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<p>Ergonomia e Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Responsável pelo Conteúdo:</p><p>Prof. Me. Alessandro José Nunes da Silva</p><p>Revisão Textual:</p><p>Prof.ª Dra. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro</p><p>A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>A Relação entre Saúde,</p><p>Trabalho e Adoecimento</p><p>• Estudar os conceitos das Doenças Relacionadas ao Trabalho, em especial as Lesões por Esforços</p><p>Repetitivos (LER) e dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT);</p><p>• Apresentar os Fatores de Risco para a Saúde e Segurança dos Trabalhadores;</p><p>• Apresentar ações para a atuação multiprofissional e a investigação dos casos;</p><p>• Apresentar medidas preventivas e protetivas para a saúde do trabalhador.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZADO</p><p>• Doenças Relacionadas ao Trabalho;</p><p>• Fatores de Risco para a Saúde e Segurança dos Trabalhadores;</p><p>• Lesões por Esforço Repetitivo e os Distúrbios Osteomusculares</p><p>Relacionados com o Trabalho (LER/DORT);</p><p>• Atuação de Equipe Multiprofissional;</p><p>• A Investigação das Relações Saúde & Trabalho;</p><p>• Ações de Proteção e Prevenção em Saúde do Trabalhador;</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>Doenças Relacionadas ao Trabalho</p><p>Os profissionais que atuam no campo da segurança, saúde e ergonomia no trabalho ne-</p><p>cessitam compreender a concepção de Saúde Pública e Coletiva, desenvolvida no campo</p><p>da Saúde do Trabalhador (ST) no Sistema Único de Saúde, que visa ampliar o olhar para</p><p>a determinação no social e ultrapassar as visões reducionistas de causa e efeito (MENDES;</p><p>DIAS, 1991; LACAZ, 2007). A ST rompe com esse olhar reducionista e individualizado e</p><p>se baseia no conceito de saúde coletiva, que é uma área do conhecimento que tem como</p><p>princípio compreender o processo saúde-doença levando em conta muitos elementos os</p><p>quais, dentre eles, destacamos os sociais, ambientais, culturais, produtivos. Sendo assim,</p><p>ela permite a junção de muitos instrumentos científicos e tecnológicos para a compreen-</p><p>são dos processos que determinam a saúde da população, e tem como objetivo proteger</p><p>e prevenir o desenvolvimento ou a disseminação de problemas de saúde por meio da</p><p>implantação de perfis sanitários (PAIM; ALMEIDA FILHO, 1998).</p><p>O reconhecimento do papel do trabalho na determinação e evolução do processo</p><p>saúde-doença dos trabalhadores tem implicações éticas, técnicas e legais, que se refle-</p><p>tem sobre a organização e o provimento de ações de saúde para esse segmento da po-</p><p>pulação na rede de serviços de saúde. Nessa perspectiva, o estabelecimento da relação</p><p>causal ou do nexo entre um determinado evento de saúde – dano ou doença – individual</p><p>ou coletivo, potencial ou instalado, e uma dada condição de trabalho constitui a condi-</p><p>ção básica para a implementação das ações de Saúde do Trabalhador nos serviços de</p><p>saúde. De modo esquemático, esse processo pode se iniciar pela identificação e controle</p><p>dos fatores de risco para a saúde presentes nos ambientes e condições de trabalho e/ou</p><p>a partir do diagnóstico, tratamento e prevenção dos danos, lesões ou doenças provoca-</p><p>das pelo trabalho, no indivíduo e no coletivo de trabalhadores (MS, 2001).</p><p>Importante!</p><p>A Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho organiza os agravos a partir dos agentes</p><p>etiológicos, fatores de risco de natureza ocupacional e doenças, incluindo neoplasias,</p><p>transtornos mentais, doenças infecciosas, parasitárias, do sangue, do sistema nervoso,</p><p>do olho, do ouvido e dos sistemas circulatório, respiratório, digestivo, osteomuscular e</p><p>endócrino, dentre outras. Disponível em: https://bit.ly/47z1S8Z</p><p>No campo da saúde pública, todos os casos de adoecimentos dos trabalhadores são</p><p>relevantes, durante esse período de avaliação. Por definição, qualquer caso de doença</p><p>relacionada ao trabalho pode ser considerado um evento sentinela, ou seja, um único</p><p>caso seria suficiente para desencadear modificações no processo de trabalho visando</p><p>impedir uma nova ocorrência (CORRÊA FILHO, 1994). O evento sentinela aponta a</p><p>hipótese de não estarem atendidas as medidas de segurança e prevenção já recomenda-</p><p>das, ou então indica o surgimento de susceptibilidades individuais ou coletivas desconhe-</p><p>cidas, cuja detecção implica em novas medidas de controle.</p><p>8</p><p>9</p><p>É a lógica do “trabalhador saudável”. O trabalhador só consegue trabalhar por-</p><p>que tem saúde. Se ele perde saúde no trabalho, esse é um evento inaceitável</p><p>do ponto de vista de saúde pública.</p><p>Como exemplo, vamos refletir e, para isso, vamos para ano de 1700 quando o Pai</p><p>da Medicina do Trabalho, Bernardino Ramazzini, descreve em seus relatos o caso</p><p>das doenças dos coveiros:</p><p>A tarefa dos enterradores e dos empregados das pompas fúnebres era</p><p>antigamente mais penosa do que agora; com grande cuidado prepa-</p><p>ravam os corpos dos mortos, lavando-os, untando-os, cremando-os e</p><p>guardando suas cinzas em urnas. Homens da mais vil plebe eram recru-</p><p>tados para as tarefas de embalsamadores, carregadores e cremadores</p><p>dos cadáveres. Atualmente os corpos são levados aos tem atualmente</p><p>os corpos são levados aos templos ou aos cemitérios, onde os coveiros</p><p>os sepultam. Nas cidades e povoações, pelo menos em nossa Itália, as</p><p>famílias possuem tumbas nas mais nobres igrejas. A plebe, nas suas pa-</p><p>róquias, põe os seus mortos amontoados em promiscuidade, dentro de</p><p>grandes sepulcros; quando os coveiros descem a esses antros fétidos,</p><p>cheios de cadáveres semipútridos, para depositarem outros mortos que</p><p>trazem, expõem-se a perigosas doenças, como febres malignas, morte</p><p>repentina, caquexia, hidropisias, catarros sufocantes e outras doenças</p><p>mais, muito graves; apresentam face cadavérica e aspecto amarelado,</p><p>como quem vai trabalhar no inferno. Pode-se acreditar que a causa mais</p><p>ativa e pior desses males pestíferos está na descida ao sepulcro, pois,</p><p>no seu interior, respira-se necessariamente uma atmosfera pestilenta à</p><p>qual se incorporam os espíritos animais (cuja natureza deve ser etérea),</p><p>inabilitando-os para a sua função, isto é, para a manutenção de toda a</p><p>máquina vital. [...] Cumprindo o meu propósito, direi que é justo velar pela</p><p>incolumidade dos coveiros, cujo ofício é tão necessário, porque sepultam</p><p>na terra os corpos dos mortos junto com os erros dos médicos, devendo,</p><p>pois, a arte médica compensá-los com algum benefício por sua própria</p><p>dignidade ameaçada. As precauções que se propõem para que padeçam</p><p>menos prejuízo no seu trabalho funerário deverão ser as usadas em épo-</p><p>ca de pestes; além de lavar a boca e a garganta com vinagre, e levar no</p><p>bolso um pano empapado em vinagre para modificar o ar e o mau odor,</p><p>deixar uma abertura no túmulo para que a atmosfera fechada pouco a</p><p>pouco se desvaneça; terminado o trabalho e de volta à casa, mudarão de</p><p>roupa e procurarão ficar limpos, quanto o permita sua mísera condição.</p><p>Se sofrem de outra doença, é preciso curá-la com muita prudência. Cada</p><p>vez que tive de tratar dessa classe de homem fui parcimonioso na sangria,</p><p>pois seu sangue é parecido com o de cadáver, e quase da cor de sua face.</p><p>De preferência, empregar-se-ão os purgantes a esses homens que sofrem</p><p>de alteração dos humores e passam logo a figurar na família dos mortos.</p><p>(FUNDACENTRO, 2016, p. 107)</p><p>9</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>Como o médico Bernardino Ramazzini construiu essa narrativa? Quais os problemas dos</p><p>coveiros naquela época? Transportando para os dias atuais, em plena pandemia (março de</p><p>2021), como você enxerga o trabalho dos coveiros? Considerando o capítulo anterior das</p><p>normas regulamentadoras, quais NR devem ser usadas para proteger esses trabalhadores?</p><p>Fatores de Risco para a Saúde</p><p>e Segurança dos Trabalhadores</p><p>No campo normativo mundo do trabalho no Brasil, os fatores de risco para a saúde</p><p>e segurança dos trabalhadores, presentes ou relacionados ao trabalho, podem ser classi-</p><p>ficados em cinco grandes grupos:</p><p>Quadro 1 – Descrição dos tipos de fatores de risco</p><p>Químicos</p><p>Agentes e substâncias químicas, sob a forma líquida, gasosa ou</p><p>de partículas e poeiras minerais e vegetais, comuns nos processos</p><p>de trabalho.</p><p>Biológicos Vírus, bactérias, parasitas, geralmente associados ao trabalho em</p><p>hospitais, laboratórios e na agricultura e pecuária.</p><p>Ergonômicos e</p><p>Psicossociais</p><p>Decorrem da organização e gestão do trabalho, por exemplo: da</p><p>utilização de equipamentos, máquinas e mobiliário inadequados,</p><p>levando a posturas e posições incorretas; locais adaptados com</p><p>más condições de iluminação, ventilação e de conforto para os</p><p>trabalhadores; trabalho em turnos e noturno; monotonia ou rit-</p><p>mo de trabalho excessivo, exigências de produtividade, relações</p><p>de trabalho autoritárias, falhas no treinamento e supervisão dos</p><p>trabalhadores, entre outros.</p><p>Mecânicos e</p><p>de Acidentes</p><p>Ligados à proteção das máquinas, arranjo físico, ordem e limpeza</p><p>do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de produtos e</p><p>outros que podem levar a acidentes de trabalho.</p><p>Diante desses fatores de riscos, todos os profissionais que se preocupam com a prote-</p><p>ção dos trabalhadores devem considerar a gravidade das situações – para isso, precisam</p><p>estabelecer o excesso de risco, seguindo as etapas determinadas pela Norma Regula-</p><p>mentadora n.º 3 (NR 3):</p><p>• Avaliar o risco atual (situação encontrada) decorrente das circunstâncias encontra-</p><p>das, levando em consideração as medidas de controle existentes, ou seja, o nível</p><p>total de risco que se observa ou se considera existir na atividade;</p><p>• Estabelecer o risco de referência (situação objetivo), ou seja, o nível de risco rema-</p><p>nescente quando da implementação das medidas de prevenção necessárias;</p><p>• Determinar o excesso de risco por comparação entre o risco atual e o risco de</p><p>referência.</p><p>10</p><p>11</p><p>Uma estratégia a ser usada pelos profissionais é utilizar o método adotado pela NR 3,</p><p>no qual a caracterização de uma atividade de trabalho com risco grave e iminente risco</p><p>precisa considerar: a) a consequência, como o resultado ou resultado potencial espera-</p><p>do de um evento e b) a probabilidade, como a chance de o resultado ocorrer ou estar</p><p>ocorrendo. Assim, a aplicação deve considerar que o risco é expresso em termos de</p><p>uma combinação das consequências de um evento e a probabilidade de sua ocorrência,</p><p>conforme descritos nos Quadros 2 e 3 e na Tabela 1:</p><p>Quadro 2 – Classifi cação das consequências da NR 3</p><p>Morte Pode levar a óbito imediato ou que venha a ocorrer posteriormente.</p><p>Severa Pode prejudicar a integridade física e/ou a saúde, provocando le-</p><p>sões ou sequelas permanentes.</p><p>Signifi cativa</p><p>Pode prejudicar a integridade física e/ou a saúde, provocando le-</p><p>são que implique em incapacidade temporária por prazo superior</p><p>a 15 (quinze) dias.</p><p>Leve</p><p>Pode prejudicar a integridade física e/ou a saúde, provocando le-</p><p>são que implique em incapacidade temporária por prazo igual ou</p><p>inferior a 15 (quinze) dias.</p><p>Nenhuma Nenhuma lesão ou efeito à saúde.</p><p>Quadro 3 – Classifi cação das probabilidades da NR 3</p><p>Provável</p><p>Medidas de prevenção inexistentes ou reconhecidamente inade-</p><p>quadas. Uma consequência é esperada, com grande probabilidade</p><p>de que aconteça ou se realize.</p><p>Possível</p><p>Medidas de prevenção apresentam desvios ou problemas signi-</p><p>ficativos. Não há garantias de que as medidas serão mantidas.</p><p>Uma consequência talvez aconteça, com possibilidade de que se</p><p>efetive, concebível.</p><p>Remota</p><p>Medidas de prevenção adequadas, mas com pequenos desvios.</p><p>Ainda que em funcionamento, não há garantias de que sejam</p><p>mantidas sempre ou em longo prazo. Uma consequência é pouco</p><p>provável que aconteça, quase improvável.</p><p>Rara</p><p>Medidas de prevenção adequadas e com garantia de continuidade</p><p>desta situação. Uma consequência não é esperada, não é comum</p><p>sua ocorrência, extraordinária.</p><p>11</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>Tabela 1 – Tabela de excesso de risco: exposição individual ou reduzido número de potenciais vítimas</p><p>Cla</p><p>ssi</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>do</p><p>ri</p><p>sc</p><p>o a</p><p>tu</p><p>al</p><p>(si</p><p>tu</p><p>aç</p><p>ão</p><p>en</p><p>co</p><p>nt</p><p>ra</p><p>da</p><p>)</p><p>Consequência Probabilidade</p><p>Nenhuma Rara N N N N N N N N N N N</p><p>Leve</p><p>Remota N N P N N N P N N N P</p><p>Possível N N P N N N P N N P P</p><p>Provável N N M N N N M N P M M</p><p>Significativa</p><p>Remota N N M N N N M P M M M</p><p>Possível N N M N N M M M M M M</p><p>Provável N N S N M M S M M M S</p><p>Morte/Severa</p><p>Remota N N S M M M S M M S S</p><p>Possível N M E M S S E S S S E</p><p>Provável S S E S S S E S S E E</p><p>Probabilidade de referência</p><p>Possível</p><p>Rem</p><p>ota</p><p>Rara</p><p>Provável</p><p>Possível</p><p>Rem</p><p>ota</p><p>Rara</p><p>Provável</p><p>Possível</p><p>Rem</p><p>ota</p><p>Rara</p><p>Consequência de referência Morte/Severa Significativa Leve/Nenhuma</p><p>Classificação do risco de referência</p><p>(situação objetivo)</p><p>Excesso de Risco:</p><p>E – Extremo; S – Substancial; M – Moderado; P – Pequeno; N – Nenhum.</p><p>Coloque-se no lugar de um profissional de saúde e segurança e realize uma avaliação da</p><p>exposição dos trabalhadores em atividades de trabalho em frigoríficos utilizando o método</p><p>adotada pela NR 3. Para conhecer as condições de trabalho, assista ao documentário “Carne</p><p>e Osso”. Disponível em: https://youtu.be/imKw_sbfaf0</p><p>Considerando os fatores de riscos e a descrição de casos coletivos, o pai da medi-</p><p>cina do trabalho atentou para a atividade de trabalho e mostrou quais eram as causas</p><p>de adoecimentos daqueles trabalhadores. Por isso, para aprofundar nosso olhar, vamos</p><p>conhecer as narrativas das condições de saúde e de trabalho dos pintores:</p><p>[...] várias afecções costumam atacar os pintores, como tremores nos</p><p>membros, caquexia, enegrecimento dos dentes, palidez da face, melan-</p><p>colia e abolição do olfato; e ainda que os pintores retratem os outros em</p><p>imagens elegantes e coloridas, raramente acontece que eles mostrem,</p><p>por sua vez, o mesmo colorido e o bom semblante daqueles que são</p><p>retratados. [...] A culpa disso atribuem à vida sedentária e ao caráter me-</p><p>lancólico desses homens, geralmente segregados do convívio social, que</p><p>conturbam a mente com ideias fantásticas; porém, existe latente outra</p><p>causa da enfermidade. A matéria corante que têm sempre sob o nariz e</p><p>nas mãos: óxido de chumbo, cinábrio, cerusa, verniz, azeite de nozes e</p><p>de linho utilizados para misturar cores e vários pigmentos extraídos de</p><p>diversos fósseis. Devido a isso, percebe-se nas oficinas um odor fétido,</p><p>bastante pesado, que o verniz e os mencionados óleos expelem, sendo</p><p>muito funesto para a cabeça e, provavelmente, ocasiona a abolição do</p><p>12</p><p>13</p><p>olfato. Os pintores vestem, para trabalhar, blusas sujas e manchadas de</p><p>tinta, e, ao pintar, absorvem vapores malignos pelo nariz e pela boca, os</p><p>quais penetram nas vias respiratórias, passam ao sangue, perturbam a</p><p>economia das funções naturais e provocam os distúrbios já referidos aci-</p><p>ma. O cinábrio é parente do mercúrio, a cerusa se prepara com chumbo,</p><p>o verde bronzeado com cobre, a cor ultramarina com prata (os pintores</p><p>preferem cores minerais, mais duradouras que as vegetais), pois sabemos</p><p>que quase toda a matéria corante é extraída do reino mineral e ocasiona</p><p>prejuízos graves. (FUNDACENTRO, 2016, p. 61 )</p><p>Trazendo para nossa realidade, as equipes multidisciplinares avaliam os postos de trabalho?</p><p>Ficam quanto tempo observando as atividades de trabalho? Escutam as dificuldades e afli-</p><p>ções dos trabalhadores? Como é feita esta avaliação? É multidisciplinar? Os instrumentos de</p><p>avaliação são adequados?</p><p>Atualmente, a equipe multidisciplinar deve levar em conta que o gerenciamento de</p><p>riscos ocupacionais deve estar integrado com planos, programas e outros documen-</p><p>tos previstos na legislação de segurança e saúde no trabalho. Dentre eles, podemos</p><p>destacar o PPRA, o PCMSO, Inventário de Máquinas, Análise Ergonômica do Traba-</p><p>lho, dentre outras. Esse conjunto de ações e documentos constituem o Programa de</p><p>Gerenciamento de Riscos – PGR.</p><p>Lesões por Esforço Repetitivo</p><p>e os Distúrbios Osteomusculares</p><p>Relacionados com o Trabalho (LER/DORT)</p><p>As LER/DORT se destacam por serem consideradas síndromes que vêm provocando</p><p>sequelas para a saúde dos trabalhadores, o que pode implicar em invalidez permanente,</p><p>alterações físicas e psicológicas. A dor e a fragilidade nos membros inferiores e supe-</p><p>riores, ou na região da coluna, podem se tornar crônicas, impossibilitando</p><p>a realização</p><p>desde tarefas simples até as mais complexas, no cotidiano do trabalhador, o que pode se</p><p>estender para as atividades em nível social e domiciliar.</p><p>Nesse contexto, as LER/DORT permeiam os pilares do trabalho e, inicialmente, eram</p><p>associadas a trabalhos manuais repetitivos. Pensando nos conceitos históricos, em mea-</p><p>dos de 1713, o médico Ramazzini apresentou e descreveu um grupo de afecções mus-</p><p>culoesqueléticas, dentre as quais, a encontrada em notários e escreventes que, acreditava</p><p>ele, ser pelo uso excessivo das mãos, bem como a repetição no trabalho de escrever.</p><p>13</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>Essa patologia que, anos depois, foi denominada de “câimbra do escrivão” ou “pa-</p><p>ralisia do escrivão”, para o médico Ramazzini, era caracterizada por três fatores básicos</p><p>que, em sua essência, influenciavam de forma determinante no seu surgimento.</p><p>Os três fatores eram:</p><p>• Sedentarismo;</p><p>• Uso contínuo e repetitivo da mão em um mesmo movimento;</p><p>• Grande atenção mental para não borrar a escrita.</p><p>Desse modo, a doença tinha como caracterização uma sensação de parestesia de</p><p>membros superiores, acompanhada por sensação de peso e fadiga nos braços, tendo</p><p>como fator associado dores cervicais e/ou lombares. Nesse momento histórico, uma</p><p>nova doença estava descrita pelo pesquisador, que, tempos depois, por possuir sintomas</p><p>comuns, foi também relacionada e descrita em diversas outras atividades laborais.</p><p>Já no ano de 1833, houve diversos casos de trabalhadores ingleses acometidos por</p><p>sintomas semelhantes aos já descritos por Ramazzini, nos anotadores do serviço britânico,</p><p>sendo tal aspecto relacionado ao uso de uma pena de aço mais pesada.</p><p>Parestesia: são sensações cutâneas subjetivas (exemplo: frio, calor, formigamento,</p><p>agulhadas, adormecimento, pressão, dentre outras).</p><p>Como exemplo, vamos realizar a leitura da narrativa de Ramazzini, mas para isso</p><p>precisamos viajar no tempo e ir próximo ao ano de 1700, quando o médico descreve em</p><p>seus relatos o caso das doenças dos escribas e notários:</p><p>Consta-nos que foi muito maior o número de escribas e notários anti-</p><p>gamente do que em nossos dias, depois do invento da arte tipográfica;</p><p>todavia, sabemos que nas cidades e povoados muitos ganham o sustento</p><p>para si e sua família somente com escritas. Os escribas e notários eram</p><p>geralmente servos ou escravos libertados, como Rossini demonstra am-</p><p>plamente. Com o nome de “notário”, não quero aqui designar os que, em</p><p>nosso tempo, redigem contratos e testamentos, mas sim aqueles que, por</p><p>meio de pequenas notas, donde a denominação de notários, distinguiam-</p><p>-se pela arte de escrever com velocidade. [...] Hoje, na ordem civil,</p><p>temos escribas que cobram salários para exercerem seu ofício na cúria,</p><p>junto aos magistrados, nas lojas dos mercadores e nas cortes dos prínci-</p><p>pes. Investiguemos, pois, as doenças a que estão expostos tais operários.</p><p>Três são as causas das afecções dos escreventes: primeira, contínua</p><p>vida sedentária; segunda, contínuo e sempre o mesmo movimento</p><p>da mão; e terceira, atenção mental para não mancharem os livros</p><p>e não prejudicarem seus empregadores nas somas, restos ou outras</p><p>operações aritméticas. Conhecem-se facilmente as doenças acarreta-</p><p>das pela sedentariedade: obstruções das vísceras, como fígado e baço,</p><p>indigestões do estômago, torpor nas pernas, demora no refluxo do san-</p><p>gue e mau estado de saúde. Em suma, carecem esses operários dos be-</p><p>nefícios que um moderado exercício promove, mas a que não se podem</p><p>dedicar, ainda que queiram, pois fizeram contrato e precisam cumprir sua</p><p>14</p><p>15</p><p>jornada de escrita. A necessária posição da mão para fazer correr a</p><p>pena sobre o papel ocasiona não leve dano que se comunica a todo</p><p>braço, devido à constante tensão tônica dos músculos e tendões, e</p><p>com o andar do tempo diminui o vigor da mão. Conheci um homem,</p><p>notário de profissão que ainda vive, o qual dedicou toda sua vida a es-</p><p>crever, lucrando bastante com isso; primeiro começou a sentir grande</p><p>lassidão em todo o braço e não pôde melhorar com remédio algum</p><p>e, finalmente, contraiu uma completa paralisia do braço direito.</p><p>A fim de reparar o dano, tentou escrever com a mão esquerda; porém,</p><p>ao cabo de algum tempo, esta também apresentou a mesma doença. Em</p><p>verdade, martiriza os operários, o poderoso e tenaz esforço do ânimo,</p><p>necessitando para o seu trabalho grande concentração de todo o cérebro,</p><p>contenção dos nervos e fibras; sobrevêm as cefalalgias, corizas, rouqui-</p><p>dões, lacrimejamento de tanto olharem fixamente o papel, consequências</p><p>estas que afetam muito mais os contadores e mestres de cálculos, como</p><p>assim se chamam os que se alugam aos comerciantes. Na mesma cate-</p><p>goria estão compreendidos os secretários dos príncipes cujo prazer da</p><p>companhia não é a última glória. Passam por grande tortura mental</p><p>não só pela multidão de cartas que escrevem, como porque não</p><p>adivinham suas intenções ou porque, por astúcia dos príncipes, não</p><p>querem ser entendidos de duas maneiras; o certo é que aqueles que</p><p>se destinam a esse emprego maldizem seu trabalho e, ao mesmo</p><p>tempo, a corte. [...]. (FUNDACENTRO, 2016, p. 249)</p><p>O que o médico Ramazzini fez para construir esta narrativa? Quais os problemas osteomuscu-</p><p>lares e mentais que foram narrados? Transportando para os dias atuais, como você enxerga o</p><p>trabalho do outro? Trabalhadores da limpeza? Dos dentistas? Das telefonistas? Dos professores?</p><p>No cenário brasileiro, a década de 1980 foi marcada pelo conhecimento acerca das</p><p>LER/DORT, pois os casos de tenossinovite entre os profissionais digitadores levaram</p><p>os sindicatos de trabalhadores em processamento de dados a começarem a lutar pelo</p><p>reconhecimento das lesões como doenças profissionais. No dia 06 de agosto de 1987,</p><p>o Ministério da Previdência identificou coerência na solicitação do sindicato, elaborando</p><p>assim, por meio da portaria 4.602, a inclusão da tenossinovite do digitador no índice</p><p>de doenças do trabalho. A portaria supracitada, embora mencionasse outras categorias</p><p>profissionais além do digitador, era compreendida pela perícia do INSS como exclusiva</p><p>aos digitadores.</p><p>Já em 1993, foi publicada uma norma técnica, que instituiu o nome Lesões Por Es-</p><p>forços Repetitivos (LER), o que ampliou o conceito e aplicação dos direitos previdenciá-</p><p>rios ao grupo de trabalhadores portadores de doenças relacionadas ao trabalho.</p><p>Em 1998, na revisão de sua norma técnica, a Previdência Social mudou o termo LER</p><p>para Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORT, reduzindo conside-</p><p>ravelmente os direitos previdenciários.</p><p>15</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>No campo da prevenção, fruto de mobilização sindical, há uma Norma Regulamen-</p><p>tadora (NR-17) que fixa alguns limites para as empresas em que há postos de trabalho</p><p>que exigem esforços repetitivos, ritmo acelerado e posturas inadequadas, mas ainda não</p><p>contempla diversos fatores responsáveis pelas lesões.</p><p>Após conhecer um pouco do contexto histórico, vamos aprofundar nosso conheci-</p><p>mento sobre a LER/DORT.</p><p>A Prevalência de Afastamentos do INSS. Disponível em: https://bit.ly/35Ym8mU</p><p>Afinal, o que é a LER?</p><p>Vale ressaltar que a LER não corresponde a uma doença ou enfermidade, a sigla é</p><p>denominada para caracterizar “Lesões por Esforços Repetitivos” e representa um grupo</p><p>de afecções presentes no sistema musculoesquelético. São várias essas afecções, que</p><p>apresentam manifestações clínicas distintas e podem variar em graus de intensidade.</p><p>Desse modo, não é uma patologia, mas sim uma síndrome inflamatória que provoca dor e</p><p>incapacidade funcional. O diagnóstico inclui patologias bastante conhecidas no âmbito da</p><p>ortopedia como: a tendinite, reumatismo, bursite, esclerose sistêmica, traumática e artrite,</p><p>por exemplo, já que essas também apresentam lesões causadas por esforço repetitivo.</p><p>Tabela 2 – Classificação da LER por fase, estágio e grau</p><p>Fase Estágio Grau</p><p>Fase 1: as dores são mal de-</p><p>finidas e podem melhorar</p><p>com repouso.</p><p>Estágio 1: Cansaço e dor nos braços</p><p>du-</p><p>rante a jornada de trabalho, tendo mo-</p><p>mentos de melhora do horário de trabalho</p><p>e sem alterações no desempenho normal.</p><p>Grau 1: dor em uma determinada região corporal es-</p><p>pecífica apresentando a atividade repetitiva. A região</p><p>afetada transmite a sensação de “peso” e ocasional-</p><p>mente surge durante a jornada de trabalho, mas não</p><p>interfere na produtividade.</p><p>Fase 2: dores com poucos si-</p><p>nais objetivos que melhoram</p><p>com repouso.</p><p>Estágio 2: Dor e cansaço persistentes</p><p>mesmo durante o repouso. Sono agitado</p><p>e incapacidade para o trabalho repetitivo.</p><p>Grau 2: dor em diversas regiões durante a realização da</p><p>atividade que causou a síndrome. A dor é contínua, in-</p><p>tensa e surge durante a atuação nos postos de trabalho,</p><p>não passa, mas é tolerável. Pode estar acompanhada de</p><p>formigamento, calor e sensibilidade no local lesado.</p><p>Fase 3: muita dor que não</p><p>melhora com repouso.</p><p>Estágio 3: Dor, fadiga e fraqueza cons-</p><p>tantes, mesmo em situações em que o</p><p>indivíduo esteja em repouso.</p><p>Dificuldades para dormir, o que prejudi-</p><p>ca o sono. Presença de lesões.</p><p>Grau 3: dor intensa e forte, além de ser persistente e</p><p>surgir diversas vezes durante as atividades e também</p><p>no repouso. Características: perda/redução de força</p><p>muscular, redução de produtividade e, em diversos</p><p>casos, impossibilidade de executar a função que lhe é</p><p>designada. Edemas, dores, suor excessivo e perda de</p><p>função são típicas desse grau.</p><p>Fase 4: dor intensa com inca-</p><p>pacidade funcional.</p><p>Estágio 4: Limitações articulares, sinais</p><p>inflamatórios, perda de força, etc.; a capa-</p><p>cidade de esforço está muito diminuída.</p><p>Grau 4: Dor intensa e presente de maneira ativa e pas-</p><p>siva, durante o movimento ou em repouso, e, durante</p><p>a noite, existe aumento considerável da sensibilidade</p><p>por todo o membro afetado. O membro afetado fica</p><p>sem força e perde o controle dos movimentos. A ca-</p><p>pacidade para exercer o trabalho é nula e os hábitos e</p><p>atividades de vida diária são prejudicados. Neste grau,</p><p>além dos aspectos físicos, os aspectos mentais geram</p><p>situações de estresse, angústia, medo e alguns casos</p><p>de depressão.</p><p>16</p><p>17</p><p>Desde o ano 2000, o dia 28 de fevereiro é considerado o Dia Internacional de Combate às</p><p>Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho</p><p>(DORT). Assista à pesquisadora da Fundacentro Dr.ª Maria Maeno que narra sobre o dia 28</p><p>de fevereiro, Dia Internacional de Combate às LER-DORT, a pesquisadora comenta as mani-</p><p>festações de diferentes formas de apresentação dos quadros, dificuldades encontradas no</p><p>reconhecimento das relações entre quadros e o histórico de exposições.</p><p>Disponível aqui: https://youtu.be/nPXyQArsiK0</p><p>A visão do profissional deve ser direcionada de maneira que abarque o pensamento</p><p>nos fatores de riscos das LER/DORT que incluem, em um panorama mais amplo: os</p><p>itens do trabalho que se relacionam de maneira direta ou indiretamente com as mani-</p><p>festações clínicas.</p><p>Você perceberá que alguns fatores receberão atenção especial a fim de evitar possí-</p><p>veis riscos de doenças ocupacionais, como:</p><p>• Identificação se existe sobrecarrega ao trabalho executado pelo trabalhador;</p><p>• Se esse trabalhador exerce suas funções sob pressão, seja da chefia, coordenador,</p><p>supervisor, ou dos colegas de trabalho (o que pode acarretar no aumento significa-</p><p>tivo de alterações nos aspectos físicos e mentais);</p><p>• Visualizar os aspectos gerais em que o trabalhador não tem controle sobre suas</p><p>atividades (caixa, digitador, operador de telemarketing e outros);</p><p>• Obrigatoriedade na manutenção rítmica de maneira acelerada para garantir o ren-</p><p>dimento da produção;</p><p>• Trabalho fragmentado, que é compreendido como aquele em que cada trabalhador</p><p>exerce uma única tarefa de forma repetitiva;</p><p>• Identificar o baixo número de profissionais para determinadas funções;</p><p>• Alta jornada de trabalho, além da parte de mobiliários, ambiente, equipamentos,</p><p>falta de EPIs adequados e necessários para aquela determinada função;</p><p>• A ausência de pausas durante o trabalho também é um grande fator para desenvol-</p><p>vimento de doenças ocupacionais.</p><p>Os fatores supracitados podem afetar de maneira negativa a saúde do trabalhador e</p><p>alguns fatores podem elevar as chances de intensificar os acidentes, afastamentos e/ou</p><p>queixas que diminuem a qualidade de vida do trabalhador.</p><p>Assim, pode-se pensar em cinco fatores de riscos que devem ganhar um olhar am-</p><p>pliado do profissional que atua com ergonomia.</p><p>Fatores de risco:</p><p>• Fatores intrínsecos: relacionam-se com o trabalhador como, por exemplo: má</p><p>postura, antropometria inadequada, dentre outros;</p><p>• Fatores extrínsecos: referem-se às empresas e organizações, como o ritmo das</p><p>atividades, condições ambientais desfavoráveis, organização do trabalho etc.;</p><p>17</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>• Fatores biomecânicos: força excessiva na realização de determinada atividade la-</p><p>boral, por exemplo;</p><p>• Riscos organizacionais: a ausência de pausa, seja para ir ao banheiro, beber água,</p><p>alongar a musculatura, dentre outros;</p><p>• Riscos ambientais: altas ou baixas temperaturas a que os trabalhadores podem</p><p>ser expostos;</p><p>• Riscos psicoemocionais: o estresse é a alteração mais comumente citada dentre</p><p>os fatores de risco, sendo essa, por sua vez, uma alteração grave que pode modifi-</p><p>car de maneira acentuada a qualidade de vida do profissional durante os momentos</p><p>de trabalho, ampliando essa modificação para sua vida pessoal.</p><p>Você percebeu que, dessa maneira, para realizar um diagnóstico voltado para a saúde</p><p>do trabalhador de forma eficaz, os profissionais irão se basear em avaliações ocupacio-</p><p>nais (por meio de técnicas, escalas, questionários) e exames clínicos com o máximo de</p><p>detalhes possíveis para se identificar as alterações nos aspectos biopsicossociais voltados</p><p>à atenção da saúde do trabalhador, bem como realizar análise das situações ocupacio-</p><p>nais, por meio de dados ergonômicos e epidemiológicos.</p><p>O profissional que atua com a saúde do trabalhador precisa conhecer o guia para os profis-</p><p>sionais de saúde em LER, material educativo desenvolvido pela Médica Ada Ávila Assunção e</p><p>pela auditora fiscal Lailah Vasconcelos Oliveira Vilela. Disponível em: https://bit.ly/3x1eVhG</p><p>Atuação de Equipe Multiprofissional</p><p>Cabe ressaltar que são vários os profissionais que compõem uma equipe multiprofis-</p><p>sional no que tange à saúde do trabalhador, como enfermeiros, médicos, nutricionistas,</p><p>assistentes sociais, dentistas, fonoaudiólogos, profissionais da segurança do trabalho,</p><p>fisioterapeutas, psicólogos, dentre outros. Desse modo, vamos enfatizar que a atuação</p><p>multidisciplinar é fundamental para a prevenção, promoção, recuperação e reabilitação</p><p>da saúde do trabalhador.</p><p>Nos espaços laborais, existem três níveis de atenção preventiva. A seguir, vamos</p><p>compreender cada um deles:</p><p>• Prevenção primária: a análise da atividade é fundamental para ações de preven-</p><p>ção para a eliminação ou diminuição dos riscos/perigos que possam gerias lesões e</p><p>distúrbios osteomusculares. Atendimentos coletivos e individuais como massagens,</p><p>liberação miofascial, osteopatia, alongamentos, fortalecimento muscular, podem</p><p>contribuir com a redução de danos;</p><p>• Prevenção secundária: caracterizada pelo período de patogênese, sendo necessá-</p><p>rio inserir intervenções terapêuticas para que o trabalhador retorne ao seu estado</p><p>de saúde, baseando-se na conceituação da qualidade de vida ao exercer sua rotina</p><p>laboral. O fisioterapeuta deverá realizar avaliações contínuas e assistência integral</p><p>18</p><p>19</p><p>ao trabalhador (incluindo ações que viabilizem a promoção e prevenção da saúde,</p><p>para que a saúde do trabalhador seja protegida);</p><p>• Prevenção terciária: visa elaborar ações que evitem o surgimento refratário das</p><p>lesões acometidas ao trabalhador, ou seja, que já tenha passado pelos estágios an-</p><p>teriores, por exemplo, tratamento de algum pós-operatório, reabilitação funcional</p><p>durante o período de recuperação.</p><p>A equipe multidisciplinar atuará na prevenção e promoção da saúde do trabalhador a</p><p>fim de evitar</p><p>a LER/DORT, tendo como subsídios a equipe multiprofissional e a CIPA.</p><p>Desse modo, os profissionais irão atuar de maneira unida com a finalidade de eliminar</p><p>ou amenizar as mais variadas situações e/ou condições que promovam o início de algum</p><p>fator negativo, investigando, elaborando estratégias e planejamentos nos quais as causas</p><p>ou condições de trabalho estão associadas, prevenindo-as por meio de orientações e</p><p>intervenção aos níveis primário, secundário e terciário da base ergonômica no ambiente</p><p>de trabalho.</p><p>Você pensou nas possibilidades benéficas que a atuação da equipe multidisciplinar</p><p>pode trazer para as organizações quando se trabalha em prol da saúde do trabalhador?</p><p>• Melhoria na qualidade do serviço prestado;</p><p>• Diminuição de ausências e faltas;</p><p>• Redução de atrasos e faltas nos postos laborais;</p><p>• Atuação profissional com qualidade no desempenho do trabalhador em determinadas;</p><p>• Funções, porém, com segurança e qualidade de vida no ambiente laboral;</p><p>• Diminuição dos quadros de dores, bem como diminuição do cansaço, desânimo e</p><p>fadiga muscular;</p><p>• Melhora no relacionamento entre os colegas de trabalho;</p><p>• Maior disposição, valorização e proteção profissional, bem-estar no trabalho, prazer</p><p>em exercer a função na empresa, dentre outros benefícios.</p><p>É necessário que exista uma compreensão mútua, pois ambas as partes são impor-</p><p>tantes nas organizações: o trabalhador, com sua mão de obra e conhecimento, e a orga-</p><p>nização, com a oferta de trabalho, devendo existir preocupação entre os pares, zelando</p><p>uns pelos outros para aumento da qualidade de vida e saúde no ambiente de trabalho.</p><p>De modo similar, as equipes, durante a investigação ocupacional, devem incluir pro-</p><p>cedimentos que abarquem as seguintes etapas:</p><p>1. Realizar questionamentos sobre a história clínica de maneira ampla e com de-</p><p>talhes (história da moléstia atual);</p><p>2. Investigar e avaliar os diversos sistemas corporais;</p><p>3. Identifi car comportamentos e hábitos relevantes do indivíduo;</p><p>4. Questionar acerca dos antecedentes pessoais e familiares;</p><p>5. Anamnese ocupacional: identifi car o cenário, função e todos os detalhes que</p><p>envolvem o profi ssional no espaço laboral;</p><p>6. Exame físico detalhado e exames complementares, caso o profi ssional veja</p><p>necessidade de solicitação.</p><p>19</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>Assim, a anamnese ocupacional é uma etapa que, além de relevante para elaboração</p><p>de tratamentos e diagnóstico, torna-se investigativa, o que amplia a visão do profissional</p><p>para inserir condutas que beneficiem a saúde do trabalhador. É indispensável que o pro-</p><p>fissional avalie, estabeleça metas e condutas, bem como oriente e reavalie o trabalhador.</p><p>A Investigação das</p><p>Relações Saúde & Trabalho</p><p>No campo do reconhecimento do acidente do trabalho e doenças ocupacionais, os</p><p>profissionais tais como médicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas</p><p>ocupacionais, engenheiros, dentre outros, devem se atentar para as normas legais e</p><p>ético-profissionais para análise.</p><p>O Ministério da Saúde (2001, p. 27) aponta que é importante que o:</p><p>“reconhecimento do papel do trabalho na determinação e evolução do processo</p><p>saúde-doença dos trabalhadores tem implicações éticas, técnicas e legais, que se</p><p>refletem sobre a organização e o provimento de ações de saúde para esse segmento</p><p>da população, na rede de serviços de saúde”.</p><p>Assim os profissionais que estão na linha de frente para a proteção da saúde dos</p><p>trabalhadores devem estabelecer a relação causal ou do nexo entre um determinado</p><p>evento de saúde – dano ou doença – individual ou coletivo, potencial ou instalado, e</p><p>uma dada condição de trabalho. De modo esquemático, esse processo pode se iniciar</p><p>pela identificação e controle dos fatores de risco para a saúde presentes nos ambientes e</p><p>condições de trabalho e/ou a partir do diagnóstico, tratamento e prevenção dos danos,</p><p>lesões ou doenças provocadas pelo trabalho, no indivíduo e no coletivo de trabalhadores</p><p>(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).</p><p>Pontos importantes que devem ser considerados sobre o adoecimento dos trabalha-</p><p>dores e sua relação com o trabalho:</p><p>Tabela 3 – Classificação das Doenças Segundo sua Relação com o Trabalho</p><p>Grupo Descrição Exemplos</p><p>I Doenças em que o trabalho é causa necessária, tipificadas pelas doenças pro-</p><p>fissionais, stricto sensu, e pelas intoxicações agudas de origem ocupacional.</p><p>Intoxicação por chumbo/Silicose/</p><p>doenças profissionais legalmente</p><p>reconhecidas.</p><p>II</p><p>Doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, mas</p><p>não necessário, exemplificadas pelas doenças comuns, mais frequentes</p><p>ou mais precoces em determinados grupos ocupacionais e para as quais o</p><p>nexo causal é de natureza eminentemente epidemiológica.</p><p>Doença coronariana, doenças do</p><p>aparelho locomotor, câncer, varizes</p><p>dos membros inferiores.</p><p>III Doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou</p><p>agravador de doença já estabelecida ou preexistente, ou seja, concausa.</p><p>Doenças mentais e ostemusculares</p><p>Bronquite crônica, Dermatite de</p><p>contato alérgica, Asma</p><p>Fonte: Adaptada de Ministério da Saúde, 2001 | SCHILLING, 1984</p><p>20</p><p>21</p><p>Segundo as Diretrizes Sobre Prova Pericial em Acidentes do Trabalho e Doenças</p><p>Ocupacionais, proposto pelo Comitê Gestor Nacional do Programa Trabalho Seguro,</p><p>que é uma iniciativa do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do Tribunal Supe-</p><p>rior do Trabalho e pela resolução do Conselho Federal de Medicina CFM Nº 2183 DE</p><p>21/06/2018, para a investigação dos profissionais, precisam considerar:</p><p>A história clínica e ocupacional, decisiva em qualquer diagnóstico e/ou investigação</p><p>de nexo causal;</p><p>• O estudo do local de trabalho;</p><p>• O estudo da organização do trabalho;</p><p>• Os dados epidemiológicos;</p><p>• A literatura técnica específica atualizada;</p><p>• A ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhador exposto a condições</p><p>agressivas à saúde;</p><p>• A identificação dos riscos existentes no meio ambiente do trabalho;</p><p>• O depoimento e a experiência dos trabalhadores;</p><p>• Os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus profissionais, sejam</p><p>ou não da área da saúde;</p><p>• A capacitação dos trabalhadores ou outros aspectos de gestão de segurança e saú-</p><p>de do trabalho que influenciaram a ocorrência do evento.</p><p>• Relatar se havia medidas de prevenção que poderiam ter evitado a agressão e/ou</p><p>lesão ao trabalhador, bem como as medidas de proteção que poderiam ter reduzido</p><p>as suas consequências.</p><p>Para conhecer o Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho desenvolvido</p><p>pela equipe do Trabalho Seguro. Disponível em: https://bit.ly/3x8sD2A</p><p>Pontos importante nos casos de reconhecimento do nexo com o trabalho é necessário</p><p>abrir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), onde é regulada pelo Lei 8.213/1991,</p><p>onde descreve que o acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a servi-</p><p>ço da empresa ou pelo exercício de trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou</p><p>perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária,</p><p>da capacidade para o trabalho.</p><p>Importante!</p><p>A abertura da CAT possibilita o controle estatístico dos órgãos federais, além de garantir</p><p>a assistência do trabalhador junto ao INSS ou mesmo a sua aposentadoria por invalidez,</p><p>se for o caso. Após a comprovação do acidente de trabalho ou doença profissional, o</p><p>trabalhador terá direito ao auxílio-doença acidentário.</p><p>21</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>Nesse campo da notificação, é de suma importância o profissional conhecer sobre o</p><p>Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP, que foi implementado nos siste-</p><p>mas informatizados do INSS, para concessão de auxílios-doença de natureza acidentária.</p><p>Existem 3 (três) tipos de nexos técnicos previdenciários:</p><p>• Nexo técnico profissional ou do trabalho: fundamentado nas associações entre do-</p><p>enças e exposições constantes das listas A e B do anexo II do Decreto nº 3.048/99;</p><p>• Nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho</p><p>ou nexo técnico</p><p>individual: decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, bem como de</p><p>condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele relacionado diretamen-</p><p>te, nos termos do § 2º do art. 20 da Lei nº 8.213/91;</p><p>• Nexo técnico epidemiológico previdenciário: aplicável quando houver signifi-</p><p>cância estatística da associação entre o código da Classificação Internacional de</p><p>Doenças – CID e o da Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE,</p><p>fundamentado na lista C do Anexo II do Decreto nº 3.048/1999.</p><p>Ações de Proteção e</p><p>Prevenção em Saúde do Trabalhador</p><p>As equipes de saúde e segurança devem se organizar visando a ações que permitam</p><p>gerar ações em vários níveis, lembrando que muitas ações podem levar muito tempo</p><p>para transformar as ações propostas pela equipe. Nesse sentido, vamos observar a fi-</p><p>gura abaixo:</p><p>Tabela 4 – Aplicação de Medidas Preventivas</p><p>Prevenção Nível Período de Aplicação Objetivo</p><p>Primária</p><p>1 Pré-Patogênese Promoção da Saúde</p><p>2 Pré-Patogênese Proteção Específica</p><p>Secundária</p><p>3 Patogênese Pré-Clínica Diagnóstico Precoce</p><p>Tratamento Imediato</p><p>4 Patogênese Clínica Limitação de Incapacidade</p><p>Terciária 5 Sequelas e Incapacidades Reabilitação</p><p>Fonte: Adaptada de ANAMT, 2002</p><p>A Associação Nacional de Medicina do Trabalho aponta que “É comum, nas empresas</p><p>e locais de trabalho, o médico do trabalho privilegiar as ações secundárias e mesmo</p><p>terciárias, uma vez que estas têm impacto mais mensurável e evidente e, na maior parte</p><p>das vezes, mais urgentes”.</p><p>Nesse sentido, vamos apresentar três cenários em que podem ter atuação:</p><p>22</p><p>23</p><p>MACRO</p><p>Sociambiental</p><p>MICRO</p><p>Queixa e atividade</p><p>MESO</p><p>Técnico-organizacional</p><p>Anamnese</p><p>Estudos ergonômicos</p><p>Intervenção direta nos</p><p>postos de trabalho</p><p>Concepção/correção</p><p>Plano prático</p><p>Elaboração de políticas de</p><p>Estado e Regulamentações</p><p>De�nição de plano industrial</p><p>e de serviços</p><p>Figura 1</p><p>Fonte: ASSUNÇÃO; VILELA, 2009</p><p>Na atividade MICRO, os profissionais no atendimento ao trabalhador que procura o</p><p>centro de saúde são estimulados a refletir sobre os principais fatores de risco. Eles devem</p><p>manter o monitoramento, para identificar perturbações declaradas por ocasião dos exa-</p><p>mes periódicos. O acompanhamento dos trabalhadores que retornam ao trabalho pode</p><p>oferecer pistas importantes sobre as demandas das tarefas, os arranjos espaciais, o grau</p><p>de variabilidade dos processos e as modificações sobre os riscos físicos.</p><p>No campo MESO, os profissionais que atuam na linha de frente devem atentar em</p><p>quais fases eles podem atuar e desenvolver suas ações; no sistema técnico-organizacio-</p><p>nal, os profissionais devem realizar ações de busca ativa visando aos esforços entre os</p><p>atores para diagnosticar os determinantes internos dos fatores de risco, com ênfase para</p><p>adequação do efetivo, incorporação tecnológica, degradação das instalações e equipa-</p><p>mentos, fluxo de produção, divisão do trabalho, sincronia das metas de produção e as</p><p>metas comerciais. No caso dos ergonomistas, precisam verificar quais instrumentos já</p><p>existem na empresa que visa à análise do conteúdo das tarefas, dos modos operatórios,</p><p>do ritmo e da intensidade do trabalho; dos fatores mecânicos e condições físicas dos</p><p>postos de trabalho do paciente ou da primeira aproximação do setor.</p><p>Importante que os instrumentos usados permitam os atores observarem as situações</p><p>de trabalho em que predominam os riscos, por exemplo:</p><p>• Posto de trabalho sentado;</p><p>• Transporte manual de cargas;</p><p>• Repetitividade;</p><p>• Posto de trabalho em pé.</p><p>23</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>Para ajudar os profissionais, o International Labour Office, em colaboração com a International</p><p>Ergonomics Association, desenvolveu os Pontos de Verificação Ergonômica – soluções</p><p>práticas e de fácil aplicação para melhorar a segurança, a saúde e as condições de</p><p>trabalho que foi publicada pela Fundacentro. Disponível em: https://bit.ly/3lpLwcq</p><p>Como esse mesmo material acima, a International Labour Organization lançou o aplicativo</p><p>Checkpoints de Ergonomia com download gratuito! Onde o aplicativo permite a interação</p><p>de checkpoints de ergonomia, para ser utilizado nos postos de trabalho. No total, são 132</p><p>checkpoints que podem auxiliar na análise do trabalho. Disponível em: https://bit.ly/3w5b7uu</p><p>No campo MACRO, as instituições que atuam no campo da saúde e segurança dos</p><p>trabalhadores devem, como exemplo, convocar um conjunto de atores e estimular pro-</p><p>jetos industriais para as micro e pequenas empresas, com a participação de instituições</p><p>como SESI e SENAI. Ações intersetoriais, privilegiando ações da Política Nacional de Se-</p><p>gurança e Saúde no Trabalho – PNSST, onde podem ser dirigidas para a elaboração de</p><p>um plano com hierarquia estabelecida, utilizando-se dos relatórios técnicos disponíveis.</p><p>A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho – PNSST tem por objetivos a promo-</p><p>ção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de acidentes</p><p>e de danos à saúde advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele, por</p><p>meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes de trabalho.</p><p>Disponível aqui: https://bit.ly/2SverRW</p><p>24</p><p>25</p><p>Material Complementar</p><p>Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:</p><p>Vídeos</p><p>Carne, Osso: documentário sobre trabalho em frigoríficos</p><p>https://youtu.be/_X8ALDZH_Dk</p><p>Leitura</p><p>Protocolo de Complexidade Diferenciada – LER/DORT</p><p>https://bit.ly/47lrgzt</p><p>Lesões por esforços repetitivos (LER) e Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort)</p><p>https://bit.ly/2U8ncSq</p><p>Promoção de ambientes de trabalho saudáveis e seguros na</p><p>prevenção das doenças e agravos relacionados ao trabalho</p><p>https://bit.ly/3GmwQ97</p><p>25</p><p>UNIDADE A Relação entre Saúde, Trabalho e Adoecimento</p><p>Referências</p><p>ANAMT. Sugestão 7. Em Relação às Ações de Promoção da Saúde. 2002. Dis-</p><p>ponível em: <http://www.anamt.org.br/site/upload_arquivos/sugestao_de_condu-</p><p>ta_13120151011467055475.pdf>. Acesso em: 03/04/2021.</p><p>ASSUNÇÃO, A. A.; VILELA, L. V. O. Lesões por esforços repetitivos: guia para pro-</p><p>fissionais de saúde. Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – CEREST, 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.cerest.piracicaba.sp.gov.br/site/images/LIVRO_LER_2_</p><p>corrigido%201605X230.pdf>.</p><p>CORRÊA FILHO, H. R. Isto é trabalho de gente? Vida, Doença, e Trabalho no Brasil.</p><p>Capítulo 12 Outra contribuição da epidemiologia. Petrópolis: Petrópolis, 1994.</p><p>FUNDACENTRO. Bernardino Ramazzini – As Doenças dos Trabalhadores. Tradução</p><p>de Raimundo Estrela. 4. ed. São Paulo: Fundacentro, 2016. 107Disponível em <https://</p><p>www.unicesumar.edu.br/biblioteca/wp-content/uploads/sites/50/2019/06/Doencas-</p><p>-Trabalhadores-portal.pdf>.</p><p>________. Pontos de verificação ergonômica: soluções práticas e de fácil aplicação</p><p>para melhorar a segurança, a saúde e as condições de trabalho. Organização Interna-</p><p>cional do Trabalho; tradução, Fundacentro. 2. ed. São Paulo. Disponível em: <https://</p><p>www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/escola/cartilhas-manuais-publicacoes/pontos-de-</p><p>-verificacao-ergonomica-livro-da-fundacentro.pdf/viewb>. Acesso em: 03/04/2021.</p><p>LACAZ, F. A. de C. O campo Saúde do Trabalhador: resgatando conhecimentos e prá-</p><p>ticas sobre as relações trabalho-saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 4,</p><p>p. 757-766, 2007.</p><p>MENDES, R.; DIAS, E. C. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista de</p><p>Saúde Pública, São Paulo, v.25, n.5, p.341-349, 1991.</p><p>MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Doenças relacionadas ao trabalho: manual de pro-</p><p>cedimentos para os serviços de saúde. Ministério da Saúde do Brasil, Organização Pan-</p><p>-Americana da Saúde no Brasil; organizado por Elizabeth Costa Dias; colaboradores</p><p>Idelberto Muniz Almeida et al. Brasília: Ministério da Saúde do Brasil, 2001.</p><p>PAIM, J. S.; ALMEIDA FILHO, N. de. Saúde coletiva: uma “nova saúde pública” ou campo</p><p>aberto a novos paradigmas? Revista de Saúde Pública, vol. 32, n. 4, pp. 299-316, 1998.</p><p>PROGRAMA TRABALHO SEGURO. Diretrizes Sobre Prova Pericial em Acidentes do</p><p>Trabalho</p><p>e Doenças Ocupacionais. Brasília, 25 de fevereiro de 2014. Disponível: <http://</p><p>www.trt18.jus.br/portal/arquivos/2015/08/diretrizes.pdf>. Acesso em: 02/04/2021.</p><p>26</p>

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