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<p>Disciplina: Fluídos Biológicos</p><p>Lílian Márcia Dias</p><p>Docente Universitária</p><p>Biomédica, crbm 5242</p><p>Esp. Acupunturista ABA/ Microbiologista AACES</p><p>Docência no ensino superior UNIFCV/ Citologia Clínica UNYLEYA</p><p>Mestranda em Bioquímica e Biologia Molecular UFAL</p><p>Sistema Urinário</p><p>Exame físico</p><p>Inclui a determinação da cor, aspecto e gravidade específica.</p><p>Alguns autores incluem o odor</p><p>Os primeiros médicos fundamentavam seus diagnósticos baseado na observação física da urina.</p><p>COR</p><p>Pode variar de quase incolor a quase preta;</p><p>Podem decorrer de:</p><p>funções metabólicas</p><p>substancias ingeridas</p><p>condições patológicas</p><p>COR NORMAL DA URINA</p><p>Amarela-Clara</p><p>A cor amarela da urina é determinada por um pigmento chamado de urocromo, um produto do metabolismo endógeno.</p><p>Sua produção depende do estado metabólico do corpo:</p><p>- Sua concentração aumenta quando há problemas na tireoide e no estado de jejum.</p><p>Outros pigmentos na urina presentes em quantidades menores: uroeritrina e urobilina.</p><p>COR ANORMAL DA URINA</p><p>Amarela escura/âmbar/laranja</p><p>Pode significar presença de bilirrubina na urina</p><p>Espuma amarela > biliirrubina</p><p>Espuma Branca > Proteínas</p><p>A foto-oxidação da bilirrubina na urina pode produzir uma cor verde-amarelada.</p><p>COR ANORMAL DA URINA</p><p>Vermelha/Rósea/Marrom</p><p>Presença de sangue (Hematúria)</p><p>A oxidação da hemoglobina em metemoglobina na urina ácida produz uma cor marrom</p><p>Pode indicar hemorragia glomerular e Porfirinas (referida como tendo cor do vinho do porto).</p><p>Contaminação menstrual, ingestão de alimentos pigmentados (beterraba), medicamentos (rifampicina).</p><p>COR ANORMAL DA URINA</p><p>Castanho/Preto</p><p>Se for negativo para sangue no teste químico da urina</p><p>Pode indicar presença de:</p><p>Melanina, produto da oxidação do melanogênio, comum em casos de melanoma.</p><p>ácido homogentístico, metabólito da fenilalanina, comum em pessoas com alcaptonúria (erro inato do metabolismo).</p><p>COR ANORMAL DA URINA</p><p>Azul/Verde</p><p>Infecção do trato urinário por espécies de Pseudomonas, resultando em elevação do indicana urinário.</p><p>Ingestão de medicamentos como metocarbamol e amitriptilina</p><p>ASPECTO DA URINA</p><p>Refere-se a transparência/Turvação de uma amostra de urina.</p><p>Aspecto normal da urina: Clara/translúcida</p><p>Turvação não patológica:</p><p>Presença de células epiteliais escamosas e muco</p><p>Má conservação da amostra</p><p>Turvação patológica:</p><p>- Presença de GV, GB, bactérias, leveduras, cristais anormais, lipídeos</p><p>Límpido</p><p>Opalescente</p><p>Ligeiramente turvo</p><p>Turvo</p><p>leitoso</p><p>TURVAÇÃO</p><p>ASPECTO DA URINA</p><p>Gravidade específica</p><p>É definida como densidade de uma solução (urina) em comparação com a densidade de um volume similar de água destilada.</p><p>D = m/V</p><p>Parâmetro para avaliar a capacidade de reabsorção renal</p><p>Uma amostra normal de urina pode variar entre 1.015 a 1.025</p><p>Isostenúria: gravidade especifica igual a 1.010</p><p>Hipostenúria: abaixo de 1.010</p><p>Hiperstenúria: acima de 1.010</p><p>ASPECTO DA URINA</p><p>Gravidade específica</p><p>Métodos:</p><p>Urodensímetro: Densidade</p><p>Refratômetro: Índice de refração</p><p>Densitometria por oscilação harmônica: Densidade</p><p>Tira reagente: Mudanças de polieletrólito</p><p>ASPECTO DA URINA</p><p>Odor</p><p>Não faz parte da rotina, mas pode ser reportada</p><p>Normal: ligeiramente aromático</p><p>Com passar do tempo, a amostra adquire um odor de amônia (degradação da ureia)</p><p>Causas incomuns de odores incluem: infecções bacterianas, cetose diabética, ingestão de xarope de boldo.</p><p>Cheiro de “ninho de rato”: fenilcetonúria.</p><p>Exame químico da urina</p><p>Exame químico da urina de rotina utiliza tiras reagentes para a análise.</p><p>Os parâmetros analisados:</p><p>pH</p><p>Proteínas</p><p>Glicose</p><p>Cetonas</p><p>Sangue</p><p>Bilirrubina</p><p>Urobilinogênio</p><p>Nitrito</p><p>Leucócitos</p><p>Gravidade específica</p><p>Exame químico da urina</p><p>pH</p><p>Equilibrio ácido-base controlado pelo sistema renal.</p><p>Indivíduo saudável apresenta uma urina pela manhã com pH levemente ácida:</p><p>5,0 a 6,0.</p><p>pH alcalino após as refeições (maré alcalina).</p><p>pH de amostras normais pode variar de 4,5 a 8,0.</p><p>Exame químico da urina</p><p>pH</p><p>Significado clínico</p><p>Auxílio na determinação de doenças sistêmicas ácido-básico de origem</p><p>metabólica ou respiratória.</p><p>Acidose respiratória ou metabólica: urina ácida</p><p>Alcalose respiratória ou metabólica: urina alcalina</p><p>Formação de cristais e cálculos renais depende do pH urinário</p><p>Exame químico da urina</p><p>Proteínas</p><p>Proteinúria é indicativo de doença renal</p><p>Urina normal contém muito pouca proteína: < 10 mg/dL em 24h (Proteínas filtradas de baixo peso molecular ou produzidas nos túbulos renais</p><p>Proteinúria patológica: > 30 mg/dL</p><p>As causas de proteinúria patológica podem ser agrupadas em três categorias:</p><p>pré-renal: condições que afetam o plasma antes de atingir o rim (não é indicativo de doença renal). Ex: proteína Bence Jones (mieloma múltiplo)</p><p>Renal: Associado à verdadeira doença renal, resultado de um dano glomerular ou tubular</p><p>pós-renal: Associado a acometimento do trato urinário inferior. Ex. infecções</p><p>bacterianas</p><p>Exame químico da urina</p><p>Glicose</p><p>Principalmente para avaliação e acompanhamento de diabetes mellitus, e identificação de diabete gestacional.</p><p>É reabsorvida nos túbulos renais, mas o aumento da concentração urinaria de glicose</p><p>satura o transporte e aumenta a excreção.</p><p>Glicosúria</p><p>Hiperglicemia de origem não diabética:</p><p>síndrome de cushing</p><p>Hipertireoidismo</p><p>Doença renal avançado, quando a reabsorça tubular está comprometida</p><p>Exame químico da urina</p><p>Cetonas</p><p>Produto do metabolismo de gordura</p><p>Normalmente não é detectada na urina porque toda gordura é decomposta em CO2 e H2O</p><p>Mas aparece quando a utilização de carboidrato como fonte de energia torna-se comprometida, pois os estoques de gordura são metabolizados para obtenção de energia.</p><p>Exame químico da urina</p><p>Cetonas</p><p>Significado Clínico</p><p>Aumento do metabolismo de lipídeos, como ocorre na DM</p><p>Inadequada ingestão de carboidratos</p><p>Má-absorção intestinal de carboidratos</p><p>Cetonas urinárias são valiosas no acompanhamento de DM insulino-dependente</p><p>Exame químico da urina</p><p>Sangue</p><p>- Pode estar presente na forma de GV intactos (hematúria) ou como produto da destruição de GV, hemoglobina (hemoglobinúria)</p><p>Significado clínico:</p><p>Hematúria: Doenças glomerulares, tumores, traumatismo, pielonefrite, exposição substâncias tóxicas.</p><p>Hemoglobinúria: Anemia hemolítica, reações transfusionais e infecções.</p><p>Mioglobinúria: reage com a tira e indica destruição muscular (rabdomiólise)</p><p>Exame químico da urina</p><p>Bilirrubina e Urobilinogênio</p><p>- Bilirrubina ausente e níveis pequenos de urobilinogênio na urina</p><p>Significado clínico:</p><p>Integridade do fígado danificada (hepatite e cirrose)</p><p>Obstrução no ducto biliar: bilirrubina urinaria alta.</p><p>Bilirrubinúria e urobiligenúria: indicação precoce de doença hepática</p><p>Presenta de urobilinogênio na urina pode ser indicativo de doença hemolítica.</p><p>Exame químico da urina</p><p>Nitritos</p><p>Método rápido para triagem de infecções no TGU</p><p>Uretrite, Cistite e pielonefrite.</p><p>Baseia-se na capacidade das bactérias de reduzir o nitrato, constituinte normal da urina, em nitrito.</p><p>Portanto, identifica bacteriuria</p><p>Exame químico da urina</p><p>Esterase leucocitária</p><p>É uma enzima presente nos leucócitos, portanto, indica a presença de leucócitos na urina (principalmente neutrófilos)</p><p>Linfócitos, hemácias, bactérias, células do tecido renal não possuem esterase leucocitária.</p><p>Comumente associado ao exame microscópico</p><p>Indicador de infecção do TGU por bactérias.</p><p>Exame químico da urina</p><p>Gravidade Específicas</p><p>Principal método para identificação da densidade urinaria no exame de rotina.</p><p>Baseia-se na mudança de pKa na fita reagente</p><p>Quanto maior a concentração da urina, maior é a liberação de ions hidrogênio na fita.</p><p>image1.png</p><p>image2.jpg</p><p>image3.jpg</p><p>image4.jpg</p>