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<p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>1</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Sumário</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................... 3</p><p>Interpretação de texto. ..................................................................................................... 3</p><p>Ortografia Oficial. ........................................................................................................... 31</p><p>Acentuação Gráfica. ........................................................................................................ 39</p><p>Pontuação. ..................................................................................................................... 45</p><p>Morfologia: estrutura e formação das palavras; classes de palavras. ............................... 51</p><p>Vozes verbais: ativa e passiva. ...................................................................................... 119</p><p>Colocação Pronominal .................................................................................................. 123</p><p>Concordância Verbal e Nominal. Regência Verbal e Nominal. ........................................ 129</p><p>Sintaxe: termos da oração; período composto; conceito e classificação das orações. ..... 149</p><p>Crase ............................................................................................................................ 177</p><p>Sinônimos, antônimos e parônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. ............... 185</p><p>RACIOCÍNIO LÓGICO. ......................................................................................... 201</p><p>Princípio da Regressão (ou reversão). Lógica dedutiva, argumentativa e quantitativa. Lógica</p><p>matemática qualitativa. ................................................................................................ 201</p><p>Sequências lógicas envolvendo números, letras e figuras. .............................................. 246</p><p>Geometria Básica. ......................................................................................................... 260</p><p>Álgebra básica e sistemas lineares ................................................................................ 272</p><p>Calendários. Numeração ............................................................................................... 282</p><p>Razões Especiais. .......................................................................................................... 296</p><p>Análise Combinatória e Probabilidade. .......................................................................... 298</p><p>Progressões aritmética e geométrica. ............................................................................ 310</p><p>Conjuntos: as relações de pertinência, inclusão e igualdade; operações entre conjuntos,</p><p>união, interseção e diferença. Comparações. ................................................................. 321</p><p>CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 332</p><p>Relações de afetividade da família e da escola. Higiene da criança. Cuidados essenciais. 332</p><p>A criança e seu espaço. Prevenção de acidentes. Cuidar e Educar. Alimentação. ............ 339</p><p>Espaço na creche. Rotina. .............................................................................................. 356</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>2</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Alimentos: importância dos alimentos para saúde, contaminação (microorganismos,</p><p>doenças e intoxicações), rotulagem de produtos nutrientes, medidas caseiras. .............. 359</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente. ........................................................................... 369</p><p>Noções de planejamento de atividades. ........................................................................ 466</p><p>Noções de primeiros socorros. ....................................................................................... 476</p><p>Brinquedos, normas para utilização dos brinquedos, normas de Segurança. .................. 481</p><p>Desenvolvimento físico e motor; necessidades básicas, desenvolvimento cognitivo;</p><p>desenvolvimento da linguagem. .................................................................................... 487</p><p>Recém-nascido: necessidades e reflexos, desenvolvimento emocional, desenvolvimento</p><p>social, desenvolvimento intelectual, crescimento e desenvolvimento, tentativa de</p><p>treinamento precoce, maturação e aprendizagem. ........................................................ 496</p><p>Bases legais da educação nacional: Constituição Federal de 1988 .................................. 503</p><p>Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/1996). ............................................. 507</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>3</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>Interpretação de texto.</p><p>Compreensão e interpretação de texto</p><p>Qual a diferença entre compreensão e interpretação de texto?</p><p>A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente escrito, seja</p><p>das frases ou das ideias presentes.</p><p>Já a interpretação de texto, está ligada às conclusões que podemos chegar ao conectar as</p><p>ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o leitor teve sobre o texto.</p><p>É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível interpretá-lo sem</p><p>compreendê-lo.</p><p>Compreensão de texto Interpretação de texto</p><p>O que é</p><p>É a análise do que está escrito no</p><p>texto, a compreensão das frases e</p><p>ideias presentes.</p><p>É o que podemos concluir sobre o que</p><p>está escrito no texto. É o modo como</p><p>interpretamos o conteúdo.</p><p>Informação</p><p>A informação está presente no</p><p>texto.</p><p>A informação está fora do texto, mas</p><p>tem conexão com ele.</p><p>Análise</p><p>Trabalha com a objetividade, com</p><p>as frases e palavras que estão</p><p>escritas no texto.</p><p>Trabalha com a subjetividade, com o</p><p>que você entendeu sobre o texto.</p><p>O que é compreensão de texto?</p><p>A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a análise</p><p>objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>4</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são:</p><p>Segundo o texto…</p><p>De acordo com o autor…</p><p>No texto…</p><p>O texto informa que...</p><p>O autor sugere…</p><p>O que é interpretação de texto?</p><p>A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, após estabelecer conexões entre</p><p>o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos tirar com base nas ideias do</p><p>autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo e está relacionada com a dedução do leitor.</p><p>Existe uma ciência que estuda a teoria da interpretação, chamada de hermenêutica. Trata-se</p><p>de um ramo da filosofia que explora a interpretação de textos em diversas áreas, como</p><p>literatura, religião e direito.</p><p>Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:</p><p> Diante do que foi exposto, podemos concluir…</p><p> Infere-se do texto que…</p><p> O texto nos permite deduzir que…</p><p> Conclui-se do texto que...</p><p> O texto possibilita o entendimento de...</p><p>Fala, Língua e Linguagem</p><p>Qual a diferença entre fala, língua e linguagem?</p><p>A fala se refere a forma como as pessoas se comunicam oralmente. Para que a fala seja</p><p>compreendida, é necessário que o receptor (a pessoa que escuta) compreenda a língua em</p><p>que a mensagem foi transmitida.</p><p>Por sua vez, a linguagem refere-se a toda a forma de comunicação, seja através da fala (verbal)</p><p>ou mesmo gestos, sons, imagens, etc. (não-verbal).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>5</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O que é linguagem?</p><p>O conceito de linguagem refere-se ao processo de interação entre as pessoas, onde usamos</p><p>mecanismos para transmitir nossas ideias, sentimentos e informações.</p><p>Qualquer conjunto de</p><p>gramaticais entre determinadas palavras e/ou tempos</p><p>verbais. Por exemplo:</p><p>Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito de Indicativo do verbo “poder”) X</p><p>pode (presente do Indicativo do mesmo verbo).</p><p>Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas: terminada em “o” seguida de “r” não</p><p>deve ser acentuada, mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, para que</p><p>saibamos se se trata de um verbo ou preposição.</p><p>Os demais casos de acento diferencial não são mais utilizados: para (verbo), para (preposição),</p><p>pelo (substantivo), pelo (preposição). Seus significados e classes gramaticais são definidos</p><p>pelo contexto.</p><p>Polícia para o trânsito para realizar blitz. = o primeiro “para” é verbo; o segundo, preposição</p><p>(com relação de finalidade).</p><p>** Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, estaremos trabalhando com</p><p>um verbo, portanto:</p><p>“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por você. / Posso pôr (colocar) meus</p><p>livros aqui?</p><p>Regra do Hiato:</p><p>Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a segunda vogal do hiato, acompanhado</p><p>ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís.</p><p>Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m,</p><p>n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz.</p><p>Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-</p><p>nha, ven-to-i-nha.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>42</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta,</p><p>pa-ra-cu-u-ba.</p><p>Observação importante:</p><p>Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de</p><p>ditongo (nas paroxítonas):</p><p>** Dica: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, dobram o “e”, mas que</p><p>não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.</p><p>Repare:</p><p>1-) O menino crê em você. / Os meninos creem em você.</p><p>2-) Elza lê bem! / Todas leem bem!</p><p>3-) Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que os garotos deem o recado!</p><p>4-) Rubens vê tudo! / Eles veem tudo!</p><p>Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm à tarde!</p><p>As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou</p><p>“q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>43</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa do plural de: ele tem – eles têm / ele</p><p>vem – eles vêm (verbo vir)</p><p>A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster: ele contém – eles</p><p>contêm, ele obtém – eles obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém – eles convêm</p><p>Questões</p><p>1-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO)</p><p>Assinale a alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mesma regra.</p><p>(A) “Hambúrgueres” e “repórter”.</p><p>(B) “Inacreditáveis” e “repórter”.</p><p>(C) “Índice” e “dólares”.</p><p>(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.</p><p>(E) “Atribuídos” e “índice”.</p><p>Comentários:</p><p>(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona</p><p>(B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona</p><p>(C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona</p><p>(D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato</p><p>(E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona</p><p>RESPOSTA: “B”.</p><p>2-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – FUNDATEC)</p><p>Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica.</p><p>I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo</p><p>palavras da língua portuguesa.</p><p>II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ não é a mesma.</p><p>III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>44</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de</p><p>número.</p><p>Quais estão corretas?</p><p>A) Apenas I e III.</p><p>B) Apenas II e IV.</p><p>C) Apenas I, II e IV.</p><p>D) Apenas II, III e IV.</p><p>E) I, II, III e IV.</p><p>Comentários:</p><p>I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo</p><p>palavras da língua portuguesa = teremos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta)</p><p>II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá- rios’ e ‘país’ não é a mesma = vários é</p><p>paroxítona terminada em ditongo; país é a regra do hiato (correta)</p><p>III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato, por isso a acentuação (da - í) =</p><p>incorreta.</p><p>IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de</p><p>número = “vêm” é utilizado para a terceira pessoa do plural (correta)</p><p>RESPOSTA: “C”.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>45</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Pontuação.</p><p>Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a</p><p>coerência textual, além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Um texto</p><p>escrito adquire diferentes significados quando pontuado de formas diversificadas. O uso da</p><p>pontuação depende, em certos momentos, da intenção do autor do discurso. Assim, os sinais</p><p>de pontuação estão diretamente relacionados ao contexto e ao interlocutor.</p><p>Principais funções dos sinais de pontuação</p><p>Ponto (.)</p><p>1- Indica o término do discurso ou de parte dele, encerrando o período.</p><p>2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Companhia). Se a palavra abreviada aparecer</p><p>em final de período, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto de abreviatura marca,</p><p>também, o fim de período. Exemplo:</p><p>Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e não “etc..”)</p><p>3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do ponto, assim como após o nome do autor</p><p>de uma citação:</p><p>Haverá eleições em outubro</p><p>O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão Mendes de Almeida) (ou: Almeida.)</p><p>4- Os números que identificam o ano não utilizam ponto nem devem ter espaço a separá-los,</p><p>bem como os números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250.</p><p>Ponto e Vírgula ( ; )</p><p>1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância: “Os pobres dão pelo pão</p><p>o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os</p><p>de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA).</p><p>2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e</p><p>calor; outros, montanhas, frio e cobertor.</p><p>3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc.</p><p>Ir ao supermercado;</p><p>Pegar as crianças na escola;</p><p>Caminhada na praia;</p><p>Reunião com amigos.</p><p>Dois pontos (:)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>46</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>1- Antes de uma citação</p><p>Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:</p><p>2- Antes de um aposto</p><p>Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.</p><p>3- Antes de uma explicação ou esclarecimento</p><p>Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.</p><p>4- Em frases de estilo direto</p><p>Maria perguntou: - Por que você não toma uma decisão?</p><p>Ponto de Exclamação (!)</p><p>1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc.</p><p>Sim! Claro que eu quero me casar com você!</p><p>2- Depois de interjeições ou vocativos</p><p>Ai! Que susto!</p><p>João! Há quanto tempo!</p><p>Ponto de Interrogação (?)</p><p>Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.</p><p>“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)</p><p>Reticências (...)</p><p>1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis, canetas, cadernos...</p><p>2- Indica interrupção violenta da frase.</p><p>“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”</p><p>3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida:</p><p>Este mal... pega doutor?</p><p>4- Indica que o</p><p>sentido vai além do que foi dito: Deixa, depois, o coração falar...</p><p>Vírgula (,)</p><p>Não se usa vírgula:</p><p>* separando termos que, do ponto de vista sintático,</p><p>ligam-se diretamente entre si:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>47</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Usa-se a vírgula:</p><p>- Para marcar intercalação:</p><p>a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.</p><p>b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades</p><p>de alimentos.</p><p>c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas</p><p>vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.</p><p>- Para marcar inversão:</p><p>a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):</p><p>Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.</p><p>b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo:</p><p>Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.</p><p>c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982.</p><p>- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):</p><p>Era um garoto de 15 anos, alto, magro.</p><p>A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.</p><p>- Para marcar elipse (omissão) do verbo:</p><p>Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.</p><p>- Para isolar:</p><p>- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.</p><p>- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.</p><p>Observações:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>48</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expressão latina et cetera, que significa “e</p><p>outras coisas”, seria dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo ortográfico</p><p>em vigor no Brasil exige que empreguemos etc. Precedido de vírgula: Falamos de política,</p><p>futebol, lazer, etc.</p><p>- As perguntas que denotam surpresa podem ter combinados o ponto de interrogação e o de</p><p>exclamação: Você falou isso para ela?!</p><p>- Temos, ainda, sinais distintivos:</p><p>1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), separação de siglas (IOF/UPC);</p><p>2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como</p><p>primeira opção aos parênteses, principalmente na matemática;</p><p>3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a uma nota de rodapé ou no fim do livro,</p><p>para substituir um nome que não se quer mencionar.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>49</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Questões</p><p>1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)</p><p>Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação está correta em:</p><p>A) Hagar disse, que não iria.</p><p>B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bifes e lagostas, aos vizinhos.</p><p>C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas: para Hagar e Helga</p><p>D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Hagar à Helga.</p><p>E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e</p><p>lagostas.</p><p>Comentários:</p><p>A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre verbo e seu complemento (objeto)</p><p>B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bifes e lagostas aos vizinhos. = não há</p><p>vírgula entre verbo e seu complemento (objeto)</p><p>C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas para Hagar e Helga.</p><p>D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Hagar à Helga.</p><p>E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e</p><p>lagostas.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>50</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>RESPOSTA: “E”.</p><p>2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABALHO – CESPE)</p><p>A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais</p><p>comuns em todo o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra</p><p>“vinhos”.</p><p>( ) CERTO ( ) ERRADO</p><p>Comentários:</p><p>Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado, a não ser que se trate de um aposto (1),</p><p>predicativo do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado entre pontuações.</p><p>Exemplos:</p><p>O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa!</p><p>Os meninos, ansiosos (2), chegaram!</p><p>RESPOSTA: “CERTO”.</p><p>3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB) Em apenas uma das opções a vírgula foi</p><p>corretamente empregada. Assinale-a.</p><p>A) No dia seguinte, estavam todos cansados.</p><p>B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas.</p><p>C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas.</p><p>D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental.</p><p>E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território.</p><p>Comentários:</p><p>A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta</p><p>B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se</p><p>separa sujeito do predicado (o sujeito está no final).</p><p>C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas = não se separa sujeito do</p><p>predicado.</p><p>D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental = não se separa sujeito do</p><p>predicado.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>51</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território. = não se separa</p><p>sujeito do predicado</p><p>RESPOSTA: “A”</p><p>Morfologia: estrutura e formação das palavras; classes de palavras.</p><p>Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das</p><p>palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente</p><p>e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez</p><p>classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo,</p><p>Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.</p><p>Substantivo</p><p>Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras</p><p>variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os</p><p>substantivos também nomeiam:</p><p>- lugares: Alemanha, Porto Alegre...</p><p>- sentimentos: raiva, amor...</p><p>- estados: alegria, tristeza...</p><p>- qualidades: honestidade, sinceridade...</p><p>- ações: corrida, pescaria...</p><p>Morfossintaxe do substantivo</p><p>Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente</p><p>relacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto</p><p>direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do</p><p>complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou</p><p>como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos</p><p>adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos</p><p>de palavras.</p><p>Classificação dos Substantivos</p><p>Substantivos Comuns e Próprios</p><p>Observe a definição:</p><p>s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no</p><p>Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos</p><p>bairros).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>52</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e</p><p>avenidas" será chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.</p><p>Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica.</p><p>Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.</p><p>Veja agora este outro exemplo:</p><p>Estamos voando para Barcelona.</p><p>O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio.</p><p>Substantivo Próprio é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma</p><p>particular.</p><p>Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.</p><p>Substantivos Concretos e Abstratos</p><p>Exemplos: LÂMPADA, MALA.</p><p>Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são</p><p>independentes de outros seres.</p><p>São assim, substantivos concretos.</p><p>Substantivo Concreto é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros</p><p>seres.</p><p>Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário.</p><p>Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.</p><p>Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc.</p><p>Observe agora:</p><p>Beleza exposta</p><p>Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.</p><p>O substantivo beleza designa uma qualidade.</p><p>Substantivo Abstrato é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar</p><p>ou existir.</p><p>Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a</p><p>beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar.</p><p>Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.</p><p>Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos</p><p>quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: vida (estado),</p><p>rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>53</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Substantivos Coletivos</p><p>Observe os exemplos:</p><p>Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.</p><p>Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.</p><p>Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.</p><p>Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma</p><p>abelha, outra abelha, mais outra abelha...</p><p>No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.</p><p>No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um</p><p>conjunto de seres da mesma espécie (abelhas).</p><p>O substantivo enxame é um substantivo coletivo.</p><p>Substantivo Coletivo é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um</p><p>conjunto de seres da mesma espécie.</p><p>Lista de substantivos coletivos</p><p>abelha - enxame, cortiço, colmeia;</p><p>abutre - bando;</p><p>acompanhante - comitiva, cortejo, séquito;</p><p>alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada;</p><p>aluno - classe;</p><p>amigo - (quando em assembleia) tertúlia;</p><p>bala - saraiva, saraivada;</p><p>bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba;</p><p>bêbado - corja, súcia, farândola;</p><p>cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme a separação) marrafa, trança;</p><p>cabo - cordame, cordoalha, enxárcia;</p><p>cabra - fato, malhada, rebanho;</p><p>Formação dos Substantivos</p><p>Substantivos Simples e Compostos</p><p>Observe a definição:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>54</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Chuva: subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.</p><p>O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples.</p><p>Substantivo Simples é aquele formado por um único elemento.</p><p>Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc.</p><p>Veja agora:</p><p>O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo</p><p>é composto.</p><p>Substantivo Composto é aquele formado por dois ou mais elementos.</p><p>Outros exemplos: beija-flor, passatempo.</p><p>Substantivos Primitivos e Derivados</p><p>Veja:</p><p>Meu limão meu limoeiro,</p><p>meu pé de jacarandá...</p><p>O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua</p><p>portuguesa.</p><p>Substantivo Primitivo é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua</p><p>portuguesa.</p><p>O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.</p><p>Substantivo Derivado é aquele que se origina de outra palavra.</p><p>Flexão dos Substantivos</p><p>O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A</p><p>palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar:</p><p>Plural: meninos</p><p>Feminino: menina</p><p>Aumentativo: meninão</p><p>Diminutivo: menininho</p><p>Flexão de Gênero</p><p>Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na</p><p>língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>55</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os,</p><p>um, uns. Veja estes títulos de filmes:</p><p>O velho e o mar</p><p>Um Natal inesquecível</p><p>Os reis da praia</p><p>Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as,</p><p>uma, umas:</p><p>A história sem fim</p><p>Uma cidade sem passado</p><p>As tartarugas ninjas</p><p>Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes</p><p>Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o</p><p>gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma</p><p>para o masculino e outra para o feminino.</p><p>Observe:</p><p>gato - gata</p><p>homem - mulher</p><p>poeta - poetisa</p><p>prefeito - prefeita</p><p>Substantivos Uniformes são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para</p><p>o masculino quanto para o feminino.</p><p>Classificam-se em:</p><p>Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por exemplo:</p><p>a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.</p><p>Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por exemplo:</p><p>a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.</p><p>Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Por exemplo: o</p><p>colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.</p><p>Saiba que:</p><p>- Substantivos de origem grega terminados em -ema ou - oma são masculinos.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>56</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.</p><p>- Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado.</p><p>Por exemplo:</p><p>o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)</p><p>o capital (dinheiro) e a capital (cidade)</p><p>Formação do Feminino dos Substantivos Biformes</p><p>a) Regra: troca-se a terminação -o por -a. Por exemplo:</p><p>aluno - aluna</p><p>b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo:</p><p>freguês - freguesa</p><p>c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas:</p><p>- troca-se -ão por -oa. Por exemplo:</p><p>patrão - patroa</p><p>- troca-se -ão por -ã. Por exemplo:</p><p>campeão - campeã</p><p>-troca-se -ão por ona. Por exemplo:</p><p>solteirão - solteirona</p><p>Exceções:</p><p>barão - baronesa</p><p>ladrão- ladra</p><p>sultão – sultana</p><p>d) Substantivos terminados em -or:</p><p>- acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo:</p><p>doutor - doutora</p><p>- troca-se -or por -triz:</p><p>imperador - imperatriz</p><p>e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>57</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a:</p><p>elefante - elefanta</p><p>g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino:</p><p>bode - cabra</p><p>boi - vaca</p><p>h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma</p><p>das regras anteriores:</p><p>czar - czarina</p><p>réu – ré</p><p>Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes</p><p>Epicenos</p><p>Observe:</p><p>Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.</p><p>Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré</p><p>tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino.</p><p>Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Esses</p><p>substantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade</p><p>de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.</p><p>Por exemplo: a cobra</p><p>A cobra macho picou o marinheiro.</p><p>A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.</p><p>Sobrecomuns</p><p>Entregue as crianças à natureza.</p><p>A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino.</p><p>Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a</p><p>que se refere a palavra. Veja:</p><p>A criança chorona chamava-se João.</p><p>Apostila</p><p>Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>58</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A criança chorona chamava-se Maria.</p><p>Outros substantivos sobrecomuns:</p><p>a criatura</p><p>João é uma boa criatura.</p><p>Maria é uma boa criatura.</p><p>o cônjuge</p><p>O cônjuge de João faleceu.</p><p>O cônjuge de Marcela faleceu.</p><p>Comuns de Dois Gêneros:</p><p>Observe a manchete:</p><p>Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.</p><p>Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?</p><p>É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que a palavra motorista é um</p><p>substantivo uniforme. O restante da notícia nos informa que se trata de um homem.</p><p>A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quando</p><p>acompanharem o substantivo. Exemplos:</p><p>o colega - a colega</p><p>o imigrante - a imigrante</p><p>um jovem - uma jovem</p><p>artista famoso - artista famosa</p><p>repórter francês - repórter francesa</p><p>Flexão de Número do Substantivo</p><p>Em português, há dois números gramaticais:</p><p>O singular, que indica um ser ou um grupo de seres;</p><p>O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.</p><p>A característica do plural é o s final.</p><p>Plural dos Substantivos Simples</p><p>a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s.</p><p>Por exemplo:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>59</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>pai - pais</p><p>ímã - ímãs</p><p>hífen - hifens (sem acento, no plural).</p><p>Exceção: cânon - cânones.</p><p>b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. Por exemplo:</p><p>homem - homens.</p><p>c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es. Por exemplo:</p><p>revólver - revólveres</p><p>raiz - raízes</p><p>Atenção: O plural de caráter é caracteres.</p><p>d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is. Por</p><p>exemplo:</p><p>quintal - quintais</p><p>caracol - caracóis</p><p>hotel - hotéis</p><p>Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.</p><p>e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras:</p><p>- Quando oxítonos, em is. Por exemplo:</p><p>canil - canis</p><p>- Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo:</p><p>míssil - mísseis.</p><p>Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras:</p><p>répteis ou reptis (pouco usada).</p><p>f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras:</p><p>- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es. Por exemplo:</p><p>ás - ases</p><p>retrós - retroses</p><p>- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis. Por exemplo:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>60</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>o lápis - os lápis</p><p>o ônibus - os ônibus.</p><p>g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras.</p><p>- substituindo o -ão por -ões:</p><p>Por exemplo:</p><p>ação - ações</p><p>- substituindo o -ão por -ães:</p><p>Por exemplo:</p><p>cão - cães</p><p>- substituindo o -ão por -ãos:</p><p>Por exemplo:</p><p>grão - grãos</p><p>h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis.</p><p>Por exemplo:</p><p>o látex - os látex</p><p>Plural dos Substantivos Compostos</p><p>A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do</p><p>tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que</p><p>são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:</p><p>aguardente e aguardentes</p><p>girassol e girassóis</p><p>pontapé e pontapés</p><p>malmequer e malmequeres</p><p>Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen, observe as</p><p>orientações a seguir:</p><p>a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar por colocar apenas o primeiro</p><p>elemento ou ambos no plural:</p><p>palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves</p><p>couve-flor = couves-flor ou couves-flores</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>61</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios</p><p>peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas</p><p>b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:</p><p>substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos</p><p>adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens</p><p>numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras</p><p>c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:</p><p>verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas</p><p>palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes</p><p>palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos</p><p>d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:</p><p>substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia</p><p>substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor</p><p>e) Permanecem invariáveis, quando formados de:</p><p>verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora</p><p>verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas</p><p>f) Casos Especiais</p><p>o louva-a-deus e os louva-a-deus</p><p>o bem-te-vi e os bem-te-vis</p><p>o bem-me-quer e os bem-me-queres</p><p>o joão-ninguém e os joões-ninguém</p><p>Flexão de Grau do Substantivo</p><p>Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres.</p><p>Classifica-se em:</p><p>Grau Normal</p><p>Indica um ser de tamanho considerado normal Por exemplo: casa.</p><p>Grau Aumentativo</p><p>Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>62</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza.</p><p>Por exemplo: casa grande.</p><p>Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento.</p><p>Por exemplo: casarão.</p><p>Grau Diminutivo</p><p>Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser:</p><p>Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa</p><p>pequena.</p><p>Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Por exemplo:</p><p>casinha.</p><p>Artigo</p><p>Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de</p><p>maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o</p><p>número dos substantivos.</p><p>Classificação dos Artigos</p><p>Artigos Definidos</p><p>Determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu comprei o carro.</p><p>Artigos Indefinidos</p><p>Determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo:</p><p>Eu comprei um carro.</p><p>Combinação dos Artigos</p><p>É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este</p><p>quadro apresenta a forma assumida por essas combinações:</p><p>- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais</p><p>idênticas é conhecida por crase.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>63</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per,</p><p>equivalente a por.</p><p>Adjetivo</p><p>Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa"</p><p>diretamente ao lado de um substantivo.</p><p>Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma</p><p>qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem</p><p>bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.</p><p>Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz</p><p>sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é</p><p>adjetivo, mas substantivo.</p><p>Morfossintaxe do Adjetivo:</p><p>O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto</p><p>adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).</p><p>Classificação do Adjetivo</p><p>Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve fria.</p><p>Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por exemplo: fruta madura.</p><p>Formação do Adjetivo</p><p>Quanto à formação, o adjetivo pode ser:</p><p>Adjetivo simples: Formado por um só radical.</p><p>Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico.</p><p>Adjetivo composto: Formado por mais de um radical.</p><p>Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.</p><p>Adjetivo primitivo: É aquele que dá origem a outros adjetivos.</p><p>Por exemplo: belo, bom, feliz, puro.</p><p>Adjetivo derivado: É aquele que deriva de substantivos, verbos ou até mesmo de outro</p><p>adjetivo.</p><p>Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo.</p><p>Adjetivo Pátrio</p><p>Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>64</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Observe alguns deles.</p><p>Estados e cidades do Brasil</p><p>Adjetivo Pátrio Composto</p><p>Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e,</p><p>normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>65</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Locução Adjetiva</p><p>Locução = reunião de palavras.</p><p>Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução.</p><p>Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução</p><p>Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)</p><p>Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe</p><p>outros exemplos:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>66</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo</p><p>significado. Por exemplo:</p><p>Vi as alunas da 5ª série.</p><p>O muro de tijolos caiu.</p><p>Flexão dos adjetivos</p><p>O adjetivo varia em gênero, número e grau.</p><p>Gênero dos Adjetivos</p><p>Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma</p><p>semelhante aos substantivos, classificam-se em:</p><p>Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por</p><p>exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.</p><p>Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. Por</p><p>exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-americana.</p><p>Exceção: surdo-mudo e surda-muda.</p><p>Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo:</p><p>homem feliz e mulher feliz.</p><p>Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo: conflito</p><p>político-social e desavença político-social.</p><p>Número dos Adjetivos</p><p>Plural dos adjetivos simples</p><p>Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a</p><p>flexão numérica dos substantivos simples. Por exemplo:</p><p>mau e maus</p><p>feliz e felizes</p><p>ruim e ruins</p><p>boa e boas</p><p>Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável,</p><p>ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,</p><p>ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo,</p><p>porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então</p><p>invariável.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>67</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza.</p><p>Veja outros exemplos:</p><p>Motos vinho (mas: motos verdes)</p><p>Paredes musgo (mas: paredes brancas).</p><p>Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).</p><p>Adjetivo Composto</p><p>Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses</p><p>elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que</p><p>se refere; os demais ficam na forma masculina, singular.</p><p>Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado,</p><p>todo o adjetivo composto ficará invariável.</p><p>Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando</p><p>um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um</p><p>adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará</p><p>invariável. Por exemplo:</p><p>Camisas rosa-claro.</p><p>Ternos rosa-claro.</p><p>Olhos verde-claros.</p><p>Calças azul-escuras e camisas verde-mar.</p><p>Telhados marrom-café e paredes verde-claras.</p><p>Obs.:</p><p>- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-...</p><p>são sempre invariáveis.</p><p>- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.</p><p>Grau do Adjetivo</p><p>Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os</p><p>graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.</p><p>Comparativo</p><p>Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou</p><p>mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de</p><p>superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>68</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade</p><p>No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras</p><p>como, quanto ou quão.</p><p>2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De Superioridade Analítico</p><p>No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem</p><p>qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou</p><p>"mais...que".</p><p>3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sintético</p><p>Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas</p><p>do latim. São eles:</p><p>bom-melhor pequeno-menor</p><p>mau-pior alto-superior</p><p>grande-maior baixo-inferior</p><p>Adjetivos comparativos</p><p>Observe que:</p><p>a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno</p><p>e mais mau, respectivamente.</p><p>b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém,</p><p>em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as</p><p>formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Por exemplo:</p><p>Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos.</p><p>Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento.</p><p>4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade</p><p>Sou menos passivo (do) que tolerante.</p><p>Superlativo</p><p>O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau</p><p>superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:</p><p>Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com</p><p>outros seres. Apresenta-se nas formas:</p><p>Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade</p><p>(advérbios). Por exemplo: O secretário é muito inteligente.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>69</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. Por exemplo:</p><p>O secretário é inteligentíssimo.</p><p>Observe alguns superlativos sintéticos:</p><p>benéfico beneficentíssimo</p><p>bom boníssimo ou ótimo</p><p>célebre celebérrimo</p><p>comum comuníssimo</p><p>cruel crudelíssimo</p><p>difícil dificílimo</p><p>doce dulcíssimo</p><p>fácil facílimo</p><p>fiel fidelíssimo</p><p>frágil fragílimo</p><p>frio friíssimo ou frigidíssimo</p><p>humilde humílimo</p><p>jovem juveníssimo</p><p>livre libérrimo</p><p>magnífico magnificentíssimo</p><p>magro macérrimo ou magríssimo</p><p>manso mansuetíssimo</p><p>mau péssimo</p><p>nobre nobilíssimo</p><p>pequeno mínimo</p><p>pobre paupérrimo ou pobríssimo</p><p>preguiçoso pigérrimo</p><p>próspero prospérrimo</p><p>sábio sapientíssimo</p><p>sagrado sacratíssimo</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>70</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um</p><p>conjunto de seres. Essa relação pode ser:</p><p>De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.</p><p>De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.</p><p>Note bem:</p><p>1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente,</p><p>excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo.</p><p>2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas formas : uma erudita, de origem</p><p>latina,</p><p>outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do</p><p>adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo,</p><p>paupérrimo.</p><p>A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo,</p><p>agilíssimo.</p><p>3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na</p><p>linguagem atual, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato</p><p>i-í.</p><p>Numeral</p><p>Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade</p><p>aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos:</p><p>Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.</p><p>[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]</p><p>Eu quero café duplo, e você?</p><p>...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]</p><p>A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!</p><p>...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"]</p><p>Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos</p><p>seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de</p><p>numerais, mas sim de algarismos.</p><p>Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem</p><p>mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou</p><p>ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena.</p><p>Classificação dos Numerais</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>71</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil,</p><p>etc.</p><p>Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo,</p><p>centésimo, etc.</p><p>Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio,</p><p>terço, dois quintos, etc.</p><p>Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a</p><p>quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.</p><p>Coletivos: se referem ao conjunto de algo, indicando o número exato de seres que compõem</p><p>esse conjunto. Por exemplo: dezena, dúzia, milheiro, etc.</p><p>Leitura dos Numerais</p><p>Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em</p><p>forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-</p><p>se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e. Por exemplo:</p><p>1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis.</p><p>45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.</p><p>Flexão dos numerais</p><p>Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam</p><p>centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas,</p><p>etc.</p><p>Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc.</p><p>Os demais cardinais são invariáveis.</p><p>Os numerais ordinais variam em gênero e número:</p><p>primeiro segundo milésimo</p><p>primeira segunda milésima</p><p>primeiros segundos milésimos</p><p>primeiras segundas milésimas</p><p>Numerais multiplicativos</p><p>Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas. Por</p><p>exemplo:</p><p>Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>72</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número. Por</p><p>exemplo:</p><p>Teve de tomar doses triplas do medicamento.</p><p>Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe:</p><p>um terço/dois terços</p><p>uma terça parte</p><p>duas terças partes</p><p>Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja:</p><p>uma dúzia</p><p>um milheiro</p><p>duas dúzias</p><p>dois milheiros</p><p>É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou</p><p>especialização de sentido. É o que ocorre em frases como:</p><p>Me empresta duzentinho...</p><p>É artigo de primeiríssima qualidade!</p><p>O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)</p><p>Emprego dos Numerais</p><p>Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-</p><p>se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do</p><p>substantivo:</p><p>Ordinais Cardinais</p><p>João Paulo II (segundo)</p><p>D. Pedro II (segundo)</p><p>Ato II (segundo)</p><p>Século VIII (oitavo)</p><p>Canto IX (nono)</p><p>Tomo XV (quinze)</p><p>Luís XVI (dezesseis)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>73</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Capítulo XX (vinte)</p><p>Século XX (vinte)</p><p>João XXIII (vinte e três)</p><p>Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em</p><p>diante:</p><p>Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)</p><p>Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)</p><p>Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e</p><p>outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se</p><p>fez referência. Por exemplo:</p><p>Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora</p><p>participam das atividades comunitárias de seu bairro.</p><p>Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação,</p><p>artificialismo.</p><p>Pronome</p><p>Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que</p><p>acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.</p><p>Exemplos:</p><p>A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!</p><p>[substituição do nome]</p><p>A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!</p><p>[referência ao nome]</p><p>Essa moça morava nos meus sonhos!</p><p>[qualificação do nome]</p><p>Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem</p><p>significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo</p><p>que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação.</p><p>Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função</p><p>principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua</p><p>situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam</p><p>uma forma específica para cada pessoa do discurso.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>74</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Exemplos:</p><p>Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.</p><p>[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]</p><p>Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?</p><p>[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]</p><p>A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.</p><p>[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]</p><p>Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou</p><p>feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do</p><p>pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o</p><p>seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.</p><p>Exemplos:</p><p>[Fala-se de Roberta]</p><p>Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano.</p><p>[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada]</p><p>[neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada]</p><p>[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada]</p><p>Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos</p><p>e interrogativos.</p><p>Pronomes Pessoais</p><p>São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso.</p><p>Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês</p><p>para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às</p><p>pessoas de quem fala.</p><p>Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo</p><p>ser do caso reto ou do caso oblíquo.</p><p>Pronome Reto</p><p>Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função</p><p>de sujeito ou</p><p>predicativo do sujeito. Por exemplo:</p><p>Nós lhe ofertamos flores.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>75</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa,</p><p>sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o</p><p>quadro dos pronomes retos é assim configurado:</p><p>- 1ª pessoa do singular: eu</p><p>- 2ª pessoa do singular: tu</p><p>- 3ª pessoa do singular: ele, ela</p><p>- 1ª pessoa do plural: nós</p><p>- 2ª pessoa do plural: vós</p><p>- 3ª pessoa do plural: eles, elas</p><p>Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-</p><p>padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui",</p><p>comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na</p><p>língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",</p><p>"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".</p><p>Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se</p><p>dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do</p><p>verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo:</p><p>Fizemos boa viagem. (Nós)</p><p>Pronome Oblíquo</p><p>Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento</p><p>verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. Por exemplo:</p><p>Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)</p><p>Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto.</p><p>Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca</p><p>o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração.</p><p>Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem,</p><p>podendo ser átonos ou tônicos.</p><p>Pronome Oblíquo Átono</p><p>São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.</p><p>Possuem acentuação tônica fraca. Por exemplo:</p><p>Ele me deu um presente.</p><p>O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>76</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>- 1ª pessoa do singular (eu): me</p><p>- 2ª pessoa do singular (tu): te</p><p>- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe</p><p>- 1ª pessoa do plural (nós): nos</p><p>- 2ª pessoa do plural (vós): vos</p><p>- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes</p><p>Observações:</p><p>O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve</p><p>a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar diretamente uma</p><p>preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração.</p><p>Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.</p><p>Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>77</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Pronome Oblíquo Tônico</p><p>Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as</p><p>preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de</p><p>objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.</p><p>O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:</p><p>- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo</p><p>- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo</p><p>- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela</p><p>- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco</p><p>- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco</p><p>- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas</p><p>- Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e</p><p>segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.</p><p>- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca</p><p>pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os</p><p>pronomes costumam ser usados desta forma:</p><p>Não há mais nada entre mim e ti.</p><p>Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>78</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Não há nenhuma acusação contra mim.</p><p>Não vá sem mim.</p><p>- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais comigo,</p><p>contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente</p><p>exercem a função de adjunto adverbial de companhia. Por exemplo:</p><p>Ele carregava o documento consigo.</p><p>- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós" quando os</p><p>pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos</p><p>ou algum numeral. Por exemplo:</p><p>Você terá de viajar com nós todos.</p><p>Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.</p><p>Ele disse que iria com nós três.</p><p>Pronome Reflexivo</p><p>São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto,</p><p>referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo</p><p>verbo.</p><p>O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:</p><p>- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. Por exemplo:</p><p>Eu não me vanglorio disso.</p><p>Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.</p><p>- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.Por exemplo:</p><p>Assim tu teprejudicas.</p><p>Conhece a ti mesmo.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>79</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.Por exemplo:</p><p>Guilherme já se preparou.</p><p>Ela deu a si um presente.</p><p>Antônio conversou consigo mesmo.</p><p>- 1ª pessoa do plural (nós): nos.Por exemplo:</p><p>Lavamo-nos no rio.</p><p>- 2ª pessoa do plural (vós): vos.Por exemplo:</p><p>Vós vos beneficiastes com a esta conquista.</p><p>Por exemplo:</p><p>- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Por exemplo:</p><p>Eles se conheceram.</p><p>Elas deram a si um dia de folga</p><p>A Segunda Pessoa Indireta</p><p>A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar</p><p>de indicarem nosso interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira</p><p>pessoa.</p><p>É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro</p><p>seguinte:</p><p>Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a</p><p>senhora" são empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", no tratamento</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>80</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas</p><p>regiões, a forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a forma vós</p><p>tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.</p><p>Observações:</p><p>a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa (s)"</p><p>são empregados em relação à pessoa com quem falamos. Por exemplo:</p><p>Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.</p><p>Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. Por exemplo:</p><p>Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República,</p><p>agiu com propriedade.</p><p>- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos</p><p>interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos</p><p>endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo</p><p>que ocupa.</p><p>b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância</p><p>deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes</p><p>oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. Por exemplo:</p><p>Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem</p><p>reconhecidos.</p><p>c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é</p><p>permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.</p><p>Assim,</p><p>por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu".</p><p>O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Por exemplo:</p><p>Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)</p><p>Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)</p><p>Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)</p><p>Pronomes Possessivos</p><p>São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de</p><p>posse de algo (coisa possuída). Por exemplo:</p><p>Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)</p><p>Observe o quadro:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>81</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Note que:</p><p>A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número</p><p>concordam com o objeto possuído.Por exemplo:</p><p>Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.</p><p>Observações:</p><p>1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor.</p><p>Por exemplo:</p><p>Muito obrigado, seu José.</p><p>2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:</p><p>a) indicar afetividade. Por exemplo:</p><p>Não faça isso, minha filha.</p><p>b) indicar cálculo aproximado.Por exemplo:</p><p>Ele já deve ter seus 40 anos.</p><p>c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo:</p><p>Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.</p><p>3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.</p><p>Por exemplo:</p><p>Vossa Excelência trouxe sua mensagem?</p><p>4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo. Por</p><p>exemplo:</p><p>Trouxe-me seus livros e anotações.</p><p>5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de</p><p>possessivo. Por exemplo:</p><p>Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>82</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Pronomes Demonstrativos</p><p>Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em</p><p>relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou</p><p>discurso.</p><p>No espaço:</p><p>Compro este carro (aqui).</p><p>O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.</p><p>Compro esse carro (aí).</p><p>O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa</p><p>que fala.</p><p>Compro aquele carro (lá).</p><p>O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.</p><p>Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que</p><p>é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o</p><p>primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário.</p><p>Trocá-los pode causar ambiguidade.</p><p>Exemplos:</p><p>Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso</p><p>vestibular. (trata-se da universidade destinatária).</p><p>Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens.</p><p>(trata-se da universidade que envia a mensagem).</p><p>No tempo:</p><p>Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.</p><p>Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.</p><p>Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.</p><p>Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:</p><p>Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).</p><p>Invariáveis: isto, isso, aquilo.</p><p>- Também aparecem como pronomes demonstrativos:</p><p>o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s),</p><p>aquela(s), aquilo. Por exemplo:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>83</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)</p><p>Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)</p><p>mesmo (s), mesma (s):</p><p>Por exemplo:</p><p>Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.</p><p>próprio (s), própria (s):</p><p>Por exemplo:</p><p>Os próprios alunos resolveram o problema.</p><p>semelhante (s):</p><p>Por exemplo:</p><p>Não compre semelhante livro.</p><p>tal, tais:</p><p>Por exemplo: Tal era a solução para o problema.</p><p>Note que:</p><p>a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções redundantes, com</p><p>finalidade expressiva, para salientar algum termo anterior. Por exemplo:</p><p>Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso.</p><p>Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!</p><p>b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar um termo ou o conteúdo de uma</p><p>oração inteira, caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto.</p><p>Por exemplo:</p><p>O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.</p><p>c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se, em</p><p>tais casos, o verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de).</p><p>Por exemplo:</p><p>Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.</p><p>Diz-se corretamente:</p><p>Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer.</p><p>Mas: Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fazer.)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>84</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar, aquele à</p><p>mencionada em primeiro lugar. Por exemplo:</p><p>O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou</p><p>então: este solteiro, aquele casado.]</p><p>e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. Por exemplo:</p><p>A menina foi a tal que ameaçou o professor?</p><p>f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pronome demonstrativo: àquele,</p><p>àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc. Por exemplo:</p><p>Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)</p><p>Pronomes Indefinidos</p><p>São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso)</p><p>ou expressando quantidade indeterminada. Por exemplo:</p><p>Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.</p><p>Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa,</p><p>portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que</p><p>seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar.</p><p>Classificam-se em:</p><p>Pronomes Indefinidos Substantivos</p><p>Assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.</p><p>São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. Por</p><p>exemplo:</p><p>Algo o incomoda?</p><p>Quem avisa amigo é.</p><p>Pronomes Indefinidos Adjetivos</p><p>Qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada.</p><p>São eles: cada, certo(s), certa(s). Por exemplo:</p><p>Cada povo tem seus costumes.</p><p>Certas pessoas exercem várias profissões.</p><p>Note que:</p><p>Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>85</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s),</p><p>muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,</p><p>quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns,</p><p>uma(s), vários, várias.</p><p>Por exemplo:</p><p>Poucos vieram para o passeio.</p><p>Poucos alunos vieram para o passeio.</p><p>Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o quadro:</p><p>São locuções pronominais indefinidas:</p><p>cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja</p><p>qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou</p><p>outra, etc. Por exemplo:</p><p>Cada um escolheu o vinho desejado.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>86</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Pronomes Relativos</p><p>São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e</p><p>com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo:</p><p>O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.</p><p>(que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).</p><p>O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada.</p><p>Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo "que".</p><p>Os pronomes relativos "que" e "qual" podem ser antecedidos pelos pronomes demonstrativos</p><p>"o", "a", "os", "as" (quando esses equivalerem a "isto", "isso", "aquele(s)", "aquela(s)",</p><p>"aquilo".). Por exemplo:</p><p>Não sei o que você está querendo dizer.</p><p>Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. Por exemplo:</p><p>Quem casa, quer casa.</p><p>Observe o quadro abaixo:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>87</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Note que:</p><p>a) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo</p><p>universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu</p><p>antecedente for um substantivo. Por exemplo:</p><p>O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)</p><p>A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)</p><p>Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)</p><p>As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)</p><p>b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são</p><p>utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem</p><p>ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à</p><p>pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições. Por exemplo:</p><p>Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de</p><p>"que" neste caso geraria ambiguidade.)</p><p>Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar "que"</p><p>depois de "sobre".)</p><p>c) O relativo "que" às vezes equivale a "o que", "coisa que" e se refere a uma oração. Por</p><p>exemplo:</p><p>Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.</p><p>Obs.: os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência</p><p>verbal dos verbos da oração. Por exemplo:</p><p>Havia condições com que não concordávamos. (concordar com)</p><p>Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de)</p><p>d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale</p><p>a "do qual", "da qual", "dos quais", "das quais". Por exemplo</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>88</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto</p><p>(ou variações) e tudo: Por exemplo:</p><p>f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição. Por</p><p>exemplo:</p><p>g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na</p><p>indicação de lugar. Por exemplo:</p><p>A casa onde morava foi assaltada.</p><p>h) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou "em que". Por exemplo:</p><p>Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.</p><p>i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:</p><p>- como (= pelo qual)</p><p>Por exemplo:</p><p>Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.</p><p>- quando (= em que)</p><p>Por exemplo:</p><p>Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.</p><p>j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. Por exemplo:</p><p>O futebol é um esporte.</p><p>O povo gosta muito deste esporte.</p><p>O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>89</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo "que". Por</p><p>exemplo:</p><p>A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.</p><p>Pronomes Interrogativos</p><p>São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os</p><p>pronomes indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso.</p><p>São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).</p><p>Por exemplo:</p><p>Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.</p><p>Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes.</p><p>Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram.</p><p>Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos</p><p>Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem. Por</p><p>exemplo:</p><p>Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.)</p><p>Aquilo me deixou alegre.</p><p>Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pronome seguirá todas</p><p>as demais concordâncias (gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito</p><p>inanimado - marca de situação no espaço).</p><p>Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam,</p><p>juntando-lhe uma característica. Por exemplo:</p><p>Este moço é meu irmão.</p><p>Alguma coisa me deixou alegre.</p><p>Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui sua</p><p>classificação específica. Por exemplo:</p><p>Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido).</p><p>Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo possessivo / teu = pronome</p><p>substantivo possessivo)</p><p>Conjunção</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>90</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Além da preposição, há outra palavra também invariável que, na frase, é usada como</p><p>elemento de ligação: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavra de mesma</p><p>função em uma oração:</p><p>O concurso será realizado nas cidades de Campinas e São Paulo.</p><p>A prova não será fácil, por isso estou estudando muito.</p><p>Morfossintaxe da Conjunção</p><p>As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática:</p><p>são conectivos.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>91</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Classificação da Conjunção</p><p>De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em</p><p>coordenativas e subordinativas.</p><p>No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse</p><p>isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos</p><p>elementos possui.</p><p>Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do</p><p>outro. Veja:</p><p>Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.</p><p>Podemos separá-las por ponto: Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.</p><p>Temos acima um exemplo de conjunção (e, consequentemente, orações coordenadas)</p><p>coordenativa – “mas”.</p><p>Já em: Espero que eu seja aprovada no concurso!</p><p>Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a segunda “completa” o sentido da</p><p>primeira (da oração principal):</p><p>Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma oração subordinada substantiva</p><p>objetiva direta (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal).</p><p>Conjunções Coordenativas</p><p>São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que</p><p>têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:</p><p>1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo ou adição. São elas: e,</p><p>nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.</p><p>A sua pesquisa é clara e objetiva.</p><p>Não só dança, mas também canta.</p><p>2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou</p><p>compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.</p><p>Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.</p><p>3) Alternativas:</p><p>ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha,</p><p>indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer...</p><p>quer, seja... seja, talvez... talvez.</p><p>Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>92</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou</p><p>consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso,</p><p>assim.</p><p>Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.</p><p>Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão.</p><p>5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela</p><p>contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.</p><p>Não demore, que o filme já vai começar.</p><p>Falei muito, pois não gosto do silêncio!</p><p>Conjunções Subordinativas</p><p>São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração</p><p>dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração</p><p>subordinada. Veja o exemplo:</p><p>O baile já tinha começado quando ela chegou.</p><p>O baile já tinha começado: oração principal</p><p>quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal)</p><p>ela chegou: oração subordinada</p><p>As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:</p><p>1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o</p><p>sentido da principal.</p><p>Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja, as orações subordinadas</p><p>substantivas. São elas: que, se.</p><p>Quero que você volte. (Quero sua volta)</p><p>2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exerce a função de adjunto adverbial da</p><p>principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em:</p><p>a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas:</p><p>porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto,</p><p>já que, desde que, etc.</p><p>Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.</p><p>b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no</p><p>entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que,</p><p>mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>93</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.</p><p>c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência</p><p>da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que,</p><p>sem que, etc.</p><p>Se precisar de minha ajuda, telefone-me.</p><p>** Dica: você deve ter percebido que a conjunção condicional “se” também é conjunção</p><p>integrante. A diferença é clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima, ela nos</p><p>dá a ideia da condição para que recebamos um telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:</p><p>Não sei se farei o concurso...</p><p>Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da oração principal (sei) pede</p><p>complemento (objeto direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto, a oração em</p><p>destaque exerce a função de objeto direto da oração principal, sendo classificada como oração</p><p>subordinada substantiva objetiva direta.</p><p>d) Conformativas: introduzem uma oração que exprime a conformidade de um fato com</p><p>outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc.</p><p>O passeio ocorreu como havíamos planejado.</p><p>e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza</p><p>a oração principal.</p><p>São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc.</p><p>Toque o sinal para que todos entrem no salão.</p><p>f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado</p><p>proporcionalmente à ocorrência do expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção</p><p>que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto</p><p>menos... (mais), quanto menos... (menos), etc.</p><p>O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.</p><p>* Observação: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na</p><p>medida em que.</p><p>g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato</p><p>expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que,</p><p>todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc.</p><p>A briga começou assim que saímos da festa.</p><p>h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência</p><p>à oração principal.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>94</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do</p><p>que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.</p><p>O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.</p><p>i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas:</p><p>de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como</p><p>antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.</p><p>Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.</p><p>Atenção: Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser</p><p>classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto.</p><p>O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de</p><p>suas frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Interagindo com</p><p>palavras de outras classes gramaticais essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases</p><p>e textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções</p><p>fazem parte daquilo a que se pode chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o conjunto das</p><p>relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende</p><p>do conhecimento do valor relacional das conjunções, uma vez que estas interferem</p><p>semanticamente no enunciado.</p><p>Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na</p><p>produção de textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressão de</p><p>circunstâncias fundamentais à condução da história, como as noções de tempo, finalidade,</p><p>causa e consequência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a linha expositiva ou</p><p>argumentativa adotada - é o caso das exposições e argumentações construídas por meio de</p><p>contrastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e concessivas.</p><p>Verbo</p><p>Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode</p><p>indicar, entre outros processos:</p><p>ação (correr);</p><p>estado (ficar);</p><p>fenômeno (chover);</p><p>ocorrência (nascer);</p><p>desejo (querer).</p><p>O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe</p><p>que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>95</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que</p><p>esses verbos possuem.</p><p>Estrutura das Formas Verbais</p><p>Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos:</p><p>a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo:</p><p>fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)</p><p>b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo.</p><p>Por exemplo:</p><p>fala-r</p><p>São três as conjugações:</p><p>1ª - Vogal Temática - A - (falar)</p><p>2ª - Vogal Temática - E - (vender)</p><p>3ª - Vogal Temática - I - (partir)</p><p>c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. Por</p><p>exemplo:</p><p>falávamos</p><p>sinais ou signos é considerado linguagem, sejam códigos linguísticos,</p><p>placas de rua, gestos corporais, entre outros. Através dela, é possível que pessoas de</p><p>diferentes regiões ou culturas se comuniquem.</p><p>O que é língua?</p><p>O conceito de língua, por outro lado, se trata especificamente de um código verbal - um</p><p>conjunto de palavras que detém significado para determinado grupo. Podemos dizer que a</p><p>língua é um tipo de linguagem.</p><p>São exemplos a Língua Portuguesa, a Língua Inglesa e a Língua Brasileira de Sinais, utilizada</p><p>pelas comunidades surdas, dentre outras.</p><p>O que é a fala?</p><p>Já a fala é a forma como o indivíduo se comunica oralmente. Ela está diretamente relacionada</p><p>com a língua. Entretanto, ela é considerada individual e comumente é afetada por vícios de</p><p>linguagem, costumes locais e sotaques.</p><p>Tipos de Linguagem</p><p>Como qualquer forma de comunicação entre pessoas é chamada de linguagem, esta possui</p><p>uma variedade de tipos:</p><p>Linguagem verbal</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>6</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A comunicação oral é um tipo de linguagem verbal</p><p>A linguagem verbal é composta essencialmente por palavras, seja de forma oral ou escrita.</p><p>Nela, são utilizados códigos para facilitar a comunicação entre as pessoas.</p><p>A língua é um tipo de linguagem verbal, e para que haja comunicação entre emissor e</p><p>receptor, ambos devem compreender o mesmo código.</p><p>Linguagem não-verbal</p><p>O semáforo e as placas de trânsito são exemplos de linguagem não-verbal</p><p>A linguagem não-verbal é toda comunicação que ocorre por outros mecanismos que não</p><p>sejam palavras. Podem ser gestos, expressões corporais ou pelo uso de símbolos ou sinais.</p><p>Linguagem mista</p><p>Tirinhas são um tipo de linguagem mista, pois usam palavras e imagens</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>7</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A Linguagem mista é aquela que une a linguagem verbal e não-verbal, como o cinema, o</p><p>teatro ou as revistas.</p><p>Linguagem formal e informal</p><p>Dependendo da ocasião, os indivíduos poderão usar a linguagem formal ou informal.</p><p>Cada um desses tipos de linguagem requer determinada escolha de palavras e expressões.</p><p>Enquanto a linguagem formal está ligada ao uso de normas gramaticais, a linguagem informal</p><p>não requer o uso da norma culta, sendo usada de forma mais livre no cotidiano.</p><p>Por exemplo, o uso da linguagem informal é mais comum entre uma conversa de amigos. Por</p><p>outro lado, uma reunião de trabalho costuma requerer uma linguagem formal.</p><p>Tipos de Texto</p><p>Tipos de texto ou tipologias textuais são sequências de palavras e frases que formam os</p><p>textos que usamos no nosso dia a dia. São tipos textuais o narrativo, o descritivo,</p><p>o dissertativo, o injuntivo, o explicativo e o preditivo.</p><p>Gêneros textuais (romances, poemas, relatórios, e-mails, teses, verbetes etc.) são compostos</p><p>por tipos textuais. Por exemplo: para escrever um conto (gênero textual), é indispensável o</p><p>uso da narração (tipo textual). Geralmente, um único texto é formado por mais de um tipo</p><p>textual.</p><p>Texto Narrativo</p><p>Narrar é contar uma história, um acontecimento, uma cena. É isto que faz o texto narrativo:</p><p>contar histórias. Para isso, devem existir elementos como personagem, espaço e tempo. Além</p><p>disso, narrativas costumam ser organizadas em torno de um conflito - uma situação</p><p>problemática que nos chama a atenção.</p><p>Exemplos de gêneros predominantemente narrativos:</p><p> Romance</p><p> Conto</p><p> Crônica</p><p> Novela</p><p> Fábula</p><p> Lenda</p><p> Biografia</p><p>Texto Descritivo</p><p>Descrever é mostrar alguma coisa (um lugar, uma paisagem, um personagem),</p><p>caracterizando-a. A descrição faz parte de muitos gêneros, porém é raro encontrar algum</p><p>gênero em que ela seja o tipo predominante.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>8</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O perfil, gênero que se dedica a apresentar os traços de uma pessoa e de sua vida, é um</p><p>exemplo de texto predominantemente descritivo. Novelas, contos, romances e crônicas são</p><p>gêneros predominantemente narrativos que contêm descrições.</p><p>Texto Dissertativo</p><p>Dissertar é o mesmo que discorrer - falar sobre um determinado tema. Quando tem caráter</p><p>argumentativo, a dissertação expõe uma tese e apresenta argumentos com a finalidade de</p><p>demonstrar a validade desse ponto de vista. O objetivo do texto argumentativo-</p><p>dissertativo é convencer o interlocutor.</p><p>Exemplos de gêneros predominantemente dissertativos:</p><p>Dissertação de vestibular e concursos</p><p>Artigo científico (ou acadêmico)</p><p>Tese de doutorado</p><p>Artigo de opinião</p><p>Ensaio</p><p>Monografia</p><p>Editorial de jornal</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>9</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Texto Injuntivo</p><p>O texto injuntivo é aquele que emite ordens de ação ou instruções (por isso, é também</p><p>chamado de texto instrucional). Seu modo verbal característico é o imperativo: “Faça”, “Use”,</p><p>“Aja”, “Deve” etc.</p><p>Exemplos de gêneros predominantemente injuntivos:</p><p>Receita médica</p><p>Manual de instrução</p><p>Bula de remédio</p><p>Prescrição médica</p><p>Convocação militar</p><p>Instrução normativa</p><p>Texto Expositivo</p><p>A exposição é a apresentação de alguma coisa: uma ideia, um pensamento, um conceito, um</p><p>dado etc. Na exposição o foco não é problematizar ou argumentar, mas a exibição de um</p><p>saber, de forma lógica e organizada.</p><p>Exemplos de textos predominantemente expositivos:</p><p>Verbete de dicionário</p><p>Verbete de enciclopédia</p><p>Livro didático</p><p>Seminário</p><p>Apresentação de projeto</p><p>Texto Preditivo</p><p>O texto preditivo é aquele em que o autor antecipa (ou seja, prediz) alguma coisa.</p><p>Exemplos de gêneros predominantemente preditivos:</p><p>Boletim meteorológico</p><p>Programação (de conferências, encontros, eventos etc.)</p><p>Roteiro de viagem</p><p>Profecia</p><p>Exemplos de Gêneros Textuais</p><p>Gêneros textuais são formas de redação que apresentam características peculiares, definidas</p><p>por seu conteúdo, seu estilo, sua estrutura e sua função. Existem inúmeros tipos de gêneros</p><p>textuais, cada qual com suas características específicas.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>10</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Estes são exemplos de gêneros textuais que mais fazem parte do nosso dia a dia: Romance,</p><p>Conto, Crônica, Poema, Ensaio, Biografia, Diário, Notícia, Artigo de opinião, Resenha, E-mail,</p><p>Verbete de dicionário, Manifesto, Bilhete.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>11</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Romance</p><p>O romance é um texto narrativo que se caracteriza por um relato extenso de situações de</p><p>conflito vividas por mais de uma personagem. São exemplos de romance O Crime do Padre</p><p>Amaro, de Eça de Queirós, Capitães da Areia, de Jorge Amado, e Grande Sertão: Veredas, de</p><p>João Guimarães Rosa.</p><p>Conto</p><p>O conto é um texto narrativo, geralmente curto e centrado numa única situação de conflito.</p><p>São exemplos de conto “O gato preto”, de Edgar Allan Poe, “O ladrão”, de Mário de Andrade,</p><p>e “Casa tomada”, de Julio Cortázar.</p><p>Crônica</p><p>A crônica é um texto narrativo curto, centrado numa única situação de conflito e escrito em</p><p>linguagem coloquial. Crônicas têm como assunto preferencial os pequenos conflitos do</p><p>cotidiano. São exemplos de crônica “A borboleta amarela”, de Rubem Braga, “O homem nu”,</p><p>de Fernando Sabino, e os textos da Comédia da Vida Privada, de Luís Fernando Veríssimo.</p><p>Poema</p><p>O poema é um texto geralmente organizado em versos e caracterizado pelo uso de figuras de</p><p>linguagem, como a metáfora, a assonância e a aliteração. A Rosa do Povo, de Carlos</p><p>Drummond de Andrade, e Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, são exemplos de</p><p>livros de poemas.</p><p>Ensaio</p><p>O ensaio é um gênero reflexivo, em que o autor discorre sobre um determinado assunto de</p><p>maneira livre, não sistematizada e original. São exemplos do gênero os textos do livro Ensaios,</p><p>de Michel de Montaigne.</p><p>Biografia</p><p>A biografia</p><p>(indica o pretérito imperfeito do indicativo.)</p><p>falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)</p><p>d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª)</p><p>e o número (singular ou plural). Por exemplo:</p><p>falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)</p><p>falavam(indica a 3ª pessoa do plural.)</p><p>Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertencem</p><p>à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver</p><p>desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.</p><p>Formas Rizotônicas e Arrizotônicas</p><p>Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de</p><p>acentuação tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico</p><p>cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o</p><p>acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão,</p><p>nutriríamos.</p><p>Classificação dos Verbos</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>96</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Classificam-se em:</p><p>a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão</p><p>não provoca alterações no radical. Por exemplo:</p><p>canto</p><p>cantei</p><p>cantarei</p><p>cantava</p><p>cantasse</p><p>b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Por</p><p>exemplo:</p><p>faço</p><p>fiz</p><p>farei</p><p>fizesse</p><p>c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em</p><p>impessoais, unipessoais e pessoais.</p><p>Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa</p><p>do singular. Os principais verbos impessoais são:</p><p>a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).</p><p>Por exemplo:</p><p>Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)</p><p>Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)</p><p>Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)</p><p>Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)</p><p>b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo). Por exemplo:</p><p>Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.</p><p>Era primavera quando a conheci.</p><p>Estava frio naquele dia.</p><p>c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar,</p><p>gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>97</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal,</p><p>empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo:</p><p>Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)</p><p>Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)</p><p>Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)</p><p>d) São impessoais, ainda:</p><p>1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis.</p><p>2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.: Basta de</p><p>tolices. Chega de blasfêmias.</p><p>3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem,</p><p>Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,</p><p>classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.</p><p>4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo:</p><p>Não deu para chegar mais cedo.</p><p>Dá para me arrumar uns trocados?</p><p>Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas do</p><p>singular e do plural. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais,</p><p>como:</p><p>bramar (tigre)</p><p>bramir (crocodilo)</p><p>cacarejar (galinha)</p><p>coaxar (sapo)</p><p>cricrilar (grilo)</p><p>Os principais verbos unipessoais são:</p><p>1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.).</p><p>Observe os exemplos:</p><p>Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante)</p><p>Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)</p><p>É preciso que chova. (Sujeito: que chova)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>98</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que. Observe os</p><p>exemplos:</p><p>Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar)</p><p>Vai para dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)</p><p>Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.</p><p>Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos.</p><p>Por exemplo: verbo falir</p><p>Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo</p><p>falar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.</p><p>Por exemplo: verbo computar</p><p>Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa -</p><p>formas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões</p><p>muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáticos:</p><p>exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da</p><p>informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.</p><p>d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor.</p><p>Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas</p><p>regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio</p><p>irregular). Observe:</p><p>e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>99</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções</p><p>verbais. O verbo principal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando</p><p>acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio</p><p>ou particípio.</p><p>Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.</p><p>Conjugação dos Verbos Auxiliares</p><p>SER - Modo Indicativo</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>100</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>101</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>102</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>g) Pronominais</p><p>São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos,</p><p>se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou</p><p>apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:</p><p>1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos,</p><p>vos, se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc.</p><p>Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo.</p><p>Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.</p><p>A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento)</p><p>que recai sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o</p><p>pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre</p><p>é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva</p><p>expressa pelo radical do próprio verbo.</p><p>Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):</p><p>Eu me arrependo</p><p>Tu te arrependes</p><p>Ele se arrepende</p><p>Nós nos arrependemos</p><p>Vós vos arrependeis</p><p>Eles se arrependem</p><p>2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai</p><p>sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o</p><p>sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou</p><p>transitivos</p><p>diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,</p><p>formando o que se chama voz reflexiva.</p><p>Por exemplo: Maria se penteava.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>103</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra</p><p>pessoa. Por exemplo: Maria penteou-me.</p><p>Observações:</p><p>1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos</p><p>pronominais não possuem função sintática.</p><p>2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são</p><p>essencialmente pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes,</p><p>apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas.</p><p>Por exemplo: Eu me feri. --- Eu (sujeito)-1ª pessoa do singular</p><p>me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular</p><p>Modos Verbais</p><p>Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em</p><p>português, existem três modos:</p><p>Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo.</p><p>Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã.</p><p>Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino.</p><p>Formas Nominais</p><p>Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de</p><p>nomes (substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.</p><p>Observe:</p><p>a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo</p><p>ter valor e função de substantivo. Por exemplo:</p><p>Viver é lutar. (= vida é luta)</p><p>É indispensável combater a corrupção. (= combate à)</p><p>O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma</p><p>composta). Por exemplo:</p><p>É preciso ler este livro.</p><p>Era preciso ter lido este livro.</p><p>b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas</p><p>do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais,</p><p>flexiona-se da seguinte maneira:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>104</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres (tu)</p><p>1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)</p><p>2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)</p><p>3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)</p><p>Por exemplo:</p><p>Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.</p><p>c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:</p><p>Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)</p><p>Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)</p><p>Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação</p><p>concluída. Por exemplo:</p><p>Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.</p><p>Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.</p><p>d) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio</p><p>indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e</p><p>grau. Por exemplo:</p><p>Terminados os exames, os candidatos saíram.</p><p>Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume</p><p>verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo:</p><p>Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.</p><p>Tempos Verbais</p><p>Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode</p><p>ocorrer em diversos tempos. Veja:</p><p>1. Tempos do Indicativo</p><p>Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo:</p><p>Eu estudo neste colégio.</p><p>Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que</p><p>não foi completamente terminado. Por exemplo:</p><p>Ele estudava as lições quando foi interrompido.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>105</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e</p><p>que foi totalmente terminado. Por exemplo:</p><p>Ele estudou as lições ontem à noite.</p><p>Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se</p><p>prolongar até o momento atual. Por exemplo:</p><p>Tenho estudado muito para os exames.</p><p>Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.</p><p>Por exemplo:</p><p>Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta)</p><p>Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples)</p><p>Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com</p><p>relação ao momento atual. Por exemplo:</p><p>Ele estudará as lições amanhã.</p><p>Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um</p><p>momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo:</p><p>Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.</p><p>Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um</p><p>determinado fato passado. Por exemplo:</p><p>Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.</p><p>Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a</p><p>um determinado fato passado. Por exemplo:</p><p>Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias.</p><p>Tempos do Subjuntivo</p><p>Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Por exemplo:</p><p>É conveniente que estudes para o exame.</p><p>Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido. Por</p><p>exemplo:</p><p>Eu esperava que ele vencesse o jogo.</p><p>Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de</p><p>condição ou desejo. Por exemplo:</p><p>Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>106</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento</p><p>passado. Por exemplo:</p><p>Embora tenha estudado bastante, não passou no teste.</p><p>Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já</p><p>terminado. Por exemplo:</p><p>Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.</p><p>Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em</p><p>relação ao atual. Por exemplo:</p><p>Quando ele vier à loja, levará as encomendas.</p><p>Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo.</p><p>Por exemplo:</p><p>Se ele vier à loja, levará as encomendas.</p><p>Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já</p><p>terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo:</p><p>Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.</p><p>Formação dos Tempos Simples</p><p>Quanto à formação dos tempos simples, estes dividem-se em primitivos e derivados.</p><p>Primitivos:</p><p>Presente do indicativo</p><p>Pretérito perfeito do indicativo</p><p>Infinitivo impessoal</p><p>Derivados do Presente do Indicativo:</p><p>Presente do subjuntivo</p><p>Imperativo afirmativo</p><p>Imperativo negativo</p><p>Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo:</p><p>Pretérito mais-que-perfeito do indicativo</p><p>Pretérito imperfeito do subjuntivo</p><p>Futuro do subjuntivo</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>107</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Derivados do Infinitivo Impessoal:</p><p>Futuro do presente do indicativo</p><p>Futuro do pretérito do indicativo</p><p>Imperfeito do indicativo</p><p>Gerúndio</p><p>Particípio</p><p>Tempos Primitivos</p><p>Pretérito Perfeito do Indicativo</p><p>O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente pela desinência pessoal.</p><p>Infinitivo Impessoal</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>108</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Tempos Derivados do Presente do Indicativo</p><p>Presente do Subjuntivo</p><p>Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do</p><p>singular do presente do indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela</p><p>desinência</p><p>-A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>109</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Imperativo</p><p>Imperativo Afirmativo ou Positivo</p><p>Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do</p><p>singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o "S" final. As demais pessoas</p><p>vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:</p><p>Imperativo Negativo</p><p>Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do</p><p>subjuntivo.</p><p>Observações:</p><p>- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles,</p><p>pois uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala.</p><p>Por essa razão, utiliza-se você/vocês.</p><p>- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).</p><p>Tempos Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>110</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Pretérito mais-que-perfeito</p><p>Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo elimina-se a desinência -STE da 2ª</p><p>pessoa do singular do pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -</p><p>RA mais a desinência de número e pessoa correspondente.</p><p>Existem gramáticos que afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do plural do</p><p>pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram), mediante a supressão do m final e</p><p>acréscimo da desinência de número e pessoa.</p><p>Ou simplesmente:</p><p>tema + {-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (1ª, 2ª e 3ª conj.)</p><p>Observe o quadro:</p><p>Futuro do Subjuntivo</p><p>Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do</p><p>pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a</p><p>desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente.</p><p>Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pretérito perfeito</p><p>(cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -am final e acréscimo da desinência</p><p>de número e pessoa.</p><p>Ou simplesmente:</p><p>tema + { -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (1ª, 2ª e 3ª conj.)</p><p>Observe o quadro:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>111</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Atenção:</p><p>Sempre que tivermos dúvidas sobre a conjugação do futuro do subjuntivo, bastar-nos-á</p><p>verificar a 3ª p. p. do pretérito perfeito. Se formos confrontar o futuro do subjuntivo com o</p><p>infinitivo pessoal, notaremos haver igualdade de forma para muitos verbos, o que não ocorre</p><p>sempre. O verbo fazer, por exemplo, conjuga-se no infinitivo pessoal: fazer, fazeres, fazer,</p><p>fazermos, fazerdes, fazerem; mas no futuro do subjuntivo veremos as formas: quando eu fizer,</p><p>fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem, pois este tempo se origina da 3ª pessoa do plural do</p><p>pretérito perfeito do indicativo.</p><p>Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal</p><p>Futuro do Presente do Indicativo</p><p>Infinitivo Impessoal + { -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão (1ª,2ª e 3ª conj.) }</p><p>Veja:</p><p>Futuro do Pretérito do Indicativo</p><p>Infinitivo Impessoal + { -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam (1ª, 2ª e 3ª conj.)</p><p>Veja:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>112</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Infinitivo Pessoal</p><p>Infinitivo Impessoal + { -es (2ª pessoa do singular), -mos (1ª pessoa do plural), -des (2ª</p><p>pessoa do plural), -em ( 3ª pessoa do plural) (1ª, 2ª e 3ª conj.)</p><p>Questões sobre Verbo</p><p>1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A assertiva correta quanto à</p><p>conjugação verbal é: A) Houveram eleições em outros países este ano.</p><p>B) Se eu vir você por aí, acabou.</p><p>C) Tinha chego atrasado vinte minutos.</p><p>D) Fazem três anos que não tiro férias.</p><p>E) Esse homem possue muitos bens.</p><p>Comentários:</p><p>A) Houveram eleições em outros países este ano = houve</p><p>C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado</p><p>D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos</p><p>E) Esse homem possue muitos bens = possui</p><p>RESPOSTA: “B”.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>113</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>2-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACAFE/2014) Complete as lacunas com os</p><p>verbos, tempos e modos indicados entre parênteses, fazendo a devida concordância.</p><p>• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque surgiram fatos novos de ontem para</p><p>hoje. (intervir - preté- rito perfeito do indicativo)</p><p>• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos postados no facebook. (entreter -</p><p>pretérito imperfeito do indicativo)</p><p>• Representantes do PCRT somente serão aceitos na composição da chapa quando se</p><p>_________ de criticar a atual diretoria do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo)</p><p>A sequência correta, de cima para baixo, é:</p><p>A-) interveio - entretinham - abstiverem</p><p>B-) interviu - entretiveram - absterem</p><p>C-) intervém - entreteram - abstêm</p><p>D-) interviera - entretêm - abstiverem</p><p>E-) intervirá - entretenham – abstiveram</p><p>Comentários: O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este, no pretérito</p><p>perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que ele não</p><p>deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma</p><p>opção, chegamos à resposta rapidamente!</p><p>RESPOSTA: “A”.</p><p>3-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Considere o trecho a</p><p>seguir.</p><p>Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones</p><p>estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos para associar</p><p>alguns comportamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e _________</p><p>alertado os pais</p><p>para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos.</p><p>De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser</p><p>preenchidas, correta e respectivamente, com:</p><p>(A) faz … haver … têm</p><p>(B) fazem … haver … tem</p><p>(C) faz … haverem … têm</p><p>(D) fazem … haverem … têm</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>114</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>(E) faz … haverem … tem</p><p>Comentários: Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que estudos a respeito</p><p>da utilização abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam</p><p>HAVER (sentido de existir: não varia) motivos para associar alguns comportamentos dos</p><p>adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com o termo “os</p><p>especialistas”) alertado os pais para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus</p><p>filhos. Temos: faz, haver, têm.</p><p>RESPOSTA: “A”.</p><p>Locuções Verbais</p><p>Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as</p><p>locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo.</p><p>São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo</p><p>único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas</p><p>formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares.</p><p>Observe os exemplos:</p><p>Estou lendo o jornal.</p><p>Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.</p><p>Ninguém poderá sair antes do término da sessão.</p><p>A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir</p><p>por meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é</p><p>usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são</p><p>auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se</p><p>realize ou não. Veja:</p><p>Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.</p><p>Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.</p><p>Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo:</p><p>Quero ver você hoje.</p><p>Também são largamente usados como auxiliares: começar a,</p><p>deixar de, voltar a, continuar a,</p><p>pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.</p><p>Vozes do Verbo</p><p>Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente</p><p>ou paciente da ação.</p><p>São três as vozes verbais:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>115</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:</p><p>b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:</p><p>c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a</p><p>ação. Por exemplo:</p><p>O menino feriu-se.</p><p>Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo:</p><p>Os lutadores feriram-se. (um ao outro)</p><p>Formação da Voz Passiva</p><p>A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.</p><p>1- Voz Passiva Analítica</p><p>Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:</p><p>A escola será pintada.</p><p>O trabalho é feito por ele.</p><p>Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer</p><p>a construção com a preposição de. Por exemplo:</p><p>A casa ficou cercada de soldados.</p><p>- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. Por exemplo:</p><p>A exposição será aberta amanhã.</p><p>- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável.</p><p>Observe a transformação das frases seguintes:</p><p>Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)</p><p>O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)</p><p>Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>116</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)</p><p>Ele fará o trabalho. (futuro do presente)</p><p>O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)</p><p>- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo</p><p>principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte:</p><p>O vento ia levando as folhas. (gerúndio)</p><p>As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)</p><p>Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem</p><p>eventualmente funcionar como auxiliares. Por exemplo:</p><p>A moça ficou marcada pela doença.</p><p>2- Voz Passiva Sintética</p><p>A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do</p><p>pronome apassivador SE. Por exemplo:</p><p>Abriram-se as inscrições para o concurso.</p><p>Destruiu-se o velho prédio da escola.</p><p>Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.</p><p>Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva</p><p>Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Por</p><p>exemplo:</p><p>Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da</p><p>passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.</p><p>Observe mais exemplos:</p><p>Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.</p><p>Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>117</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Eu o acompanharei.</p><p>Ele será acompanhado por mim.</p><p>Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na</p><p>passiva. Por exemplo:</p><p>Prejudicaram-me.</p><p>Fui prejudicado.</p><p>Saiba que:</p><p>1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros. Por</p><p>exemplo:</p><p>O vinho é bom.</p><p>Aqui chove muito.</p><p>2) Há formas passivas com sentido ativo. Por exemplo:</p><p>É chegada a hora. (= Chegou a hora.)</p><p>Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)</p><p>És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)</p><p>3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo. Por exemplo:</p><p>Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)</p><p>Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)</p><p>4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são</p><p>considerados passivos, logo o sujeito é paciente. Por exemplo:</p><p>Chamo-me Luís.</p><p>Batizei-me na Igreja do Carmo.</p><p>Operou-se de hérnia.</p><p>Vacinaram-se contra a gripe.</p><p>QUESTÕES</p><p>1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/- adaptada) A frase “que foi</p><p>trazida pelo instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:</p><p>(A) que o instituto Endeavor traz;</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>118</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>(B) que o instituto Endeavor trouxe;</p><p>(C) trazida pelo instituto Endeavor;</p><p>(D) que é trazida pelo instituto Endeavor;</p><p>(E) que traz o instituto Endeavor.</p><p>Comentários: Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que o instituto</p><p>Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito – assim como na passiva).</p><p>RESPOSTA: “B”.</p><p>2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/- adaptada) Ao passarmos a frase “...e É</p><p>CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a voz ativa,</p><p>encontramos a seguinte forma verbal:</p><p>A) consideravam.</p><p>B) consideram.</p><p>C) considerem.</p><p>D) considerarão.</p><p>E) considerariam.</p><p>Comentários - É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os tempos = dois</p><p>verbos na voz passiva, então na ativa teremos UM: muitos o consideram o maior maratonista</p><p>de todos os tempos.</p><p>RESPOSTA: “B”.</p><p>3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC)</p><p>Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar uma observação de Machado de Assis”,</p><p>a forma verbal resultante deverá ser</p><p>(A) terei glosado</p><p>(B) seria glosada</p><p>(C) haverá de ser glosada</p><p>(D) será glosada</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>119</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>(E) terá sido glosada</p><p>Comentários: “vou glosar uma observação de Machado de Assis” – “vou glosar” expressa</p><p>“glosarei”, então teremos na passiva: uma observação de Machado de Assis será glosada por</p><p>mim.</p><p>RESPOSTA: “D”.</p><p>Vozes verbais: ativa e passiva.</p><p>As vozes verbais, ou vozes do verbo, são a forma como os verbos se apresentam na oração a</p><p>fim de determinar se o sujeito pratica ou recebe a ação. Elas podem ser de três</p><p>tipos: ativa, passiva ou reflexiva.</p><p>Voz ativa Sujeito é o agente da ação. Exemplo: Vi a professora.</p><p>Voz passiva Sujeito sofre a ação. Exemplo: A professora foi vista.</p><p>Voz reflexiva Sujeito pratica e sofre a ação. Exemplo: Vi-me ao espelho.</p><p>Voz ativa</p><p>Na voz ativa o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação.</p><p>Exemplos:</p><p> Bia tomou o café da manhã logo cedo.</p><p> Aspiramos a casa toda.</p><p> Já fiz o trabalho.</p><p>Voz passiva</p><p>Na voz passiva o sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação.</p><p>Exemplos:</p><p> A vítima foi vista ontem à noite.</p><p> Aumentou-se a vigilância desde ontem.</p><p>A voz passiva pode ser analítica ou sintética.</p><p>Formação da voz passiva analítica</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>120</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A voz passiva analítica é formada por:</p><p>Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação</p><p>conjugado no particípio + agente da passiva.</p><p>Exemplos:</p><p> O café da manhã foi tomado por Bia logo cedo.</p><p> A casa toda foi aspirada por nós.</p><p> O trabalho foi feito por mim.</p><p>Formação da voz passiva sintética</p><p>A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do</p><p>pronome se), é formada por:</p><p>Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador "se" +</p><p>sujeito paciente.</p><p>Exemplos:</p><p> Tomou-se o café da manhã logo cedo.</p><p> Aspirou-se a casa toda.</p><p> Já se fez o trabalho.</p><p>Voz reflexiva</p><p>Na voz reflexiva o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, uma vez que ele pratica e</p><p>recebe a ação.</p><p>Exemplos:</p><p> A velhinha sempre se penteia antes de sair.</p><p> Eu me cortei hoje quando estava cozinhando.</p><p>Formação</p><p>da voz reflexiva</p><p>A voz reflexiva é formada por:</p><p>Verbo na voz ativa + pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos), que serve de objeto direto ou,</p><p>por vezes, de objeto indireto, e representa a mesma pessoa que o sujeito.</p><p>Exemplos:</p><p> Atropelou-se em suas próprias palavras.</p><p> Machucou-se todo naquele jogo de futebol.</p><p> Olhei-me ao espelho.</p><p>Voz reflexiva recíproca</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>121</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A voz reflexiva também pode ser recíproca. Isso acontece quando o verbo reflexivo indica</p><p>reciprocidade, ou seja, quando dois ou mais sujeitos praticam a ação, ao mesmo tempo que</p><p>também são pacientes.</p><p>Exemplos:</p><p> Eu, meus irmãos e meus primos damo-nos bastante bem.</p><p> Aqui, os dias passam-se com muitas novidades.</p><p> Sofia e Lucas amam-se.</p><p>Vozes verbais e sua conversão</p><p>Geralmente, por uma questão de estilo, podemos passar a voz verbal ativa para a voz verbal</p><p>passiva.</p><p>Ao fazer a transposição, o sujeito da voz ativa torna-se o agente da passiva e o objeto direto</p><p>da voz ativa torna-se o sujeito da voz passiva.</p><p>Exemplo na voz ativa: Aspiramos a casa toda.</p><p>Sujeito da ativa: Nós (oculto)</p><p>Verbo: Aspiramos (transitivo direto)</p><p>Objeto direto: a casa toda.</p><p>Exemplo na voz passiva: A casa toda foi aspirada por nós.</p><p>Sujeito: A casa toda</p><p>Verbo auxiliar: foi</p><p>Verbo principal: aspirada</p><p>Agente da passiva: por nós.</p><p>Observe que o verbo auxiliar "foi" está no mesmo tempo verbal que o verbo "aspiramos"</p><p>estava na oração cuja voz é ativa. O verbo "aspiramos" na oração cuja voz é passiva está no</p><p>particípio.</p><p>Assim, a oração transposta para a voz passiva é formada da seguinte forma:</p><p>Sujeito + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) conjugado no mesmo tempo verbal</p><p>que o verbo principal da oração na voz ativa + verbo principal da ação conjugado no</p><p>particípio + agente da passiva.</p><p>https://www.todamateria.com.br/verbos-reflexivos/</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>122</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>É importante lembrar que somente os verbos transitivos admitem transposição de voz. Isso</p><p>porque uma vez que os verbos intransitivos não necessitam de complemento, não têm objeto</p><p>que seja transposto em sujeito.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>123</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>QUESTÕES</p><p>(Fundação Carlos Chagas) Transpondo para a voz passiva a oração “O faro dos cães guiava os</p><p>caçadores”, obtém-se a forma verbal:</p><p>a – ( ) guiava-se</p><p>b- ( ) ia guiando</p><p>c- ( ) guiavam</p><p>d- ( ) eram guiados</p><p>e - ( ) foram guiados</p><p>02. (TRT – RJ) “Tudo isso pode ser comprovado por qualquer cidadão”. A forma ativa dessa</p><p>mesma frase é:</p><p>a) Qualquer cidadão pode comprovar tudo isso.</p><p>b) Tudo pode comprovar-se.</p><p>c) Qualquer cidadão se pode comprovar tudo isso.</p><p>d) Pode comprovar-se tudo isso.</p><p>e) Qualquer cidadão pode ter tudo isso comprovado.</p><p>Respostas:</p><p>Questão 1</p><p>Letra “D”, visto que tal oração transposta para a voz passiva é: Os caçadores eram guiados</p><p>pelo faro dos cães.</p><p>Questão 2</p><p>Letra “A”</p><p>Colocação Pronominal</p><p>Colocação Pronominal trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.</p><p>* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função de complemento verbal (objeto). Por</p><p>isso, memorize:</p><p>OBlíquo = OBjeto!</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>124</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida,</p><p>algumas normas devem ser observadas na linguagem escrita.</p><p>Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:</p><p>1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo.</p><p>São elas:</p><p>a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.: Não se desespere!</p><p>b) Advérbios: Agora se negam a depor.</p><p>c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem tudo!</p><p>d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se esforçou.</p><p>e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportunidade.</p><p>f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito.</p><p>2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem lhe disse isso?</p><p>3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto se ofendem!</p><p>4) Orações que exprimem desejo (orações optativas): Que Deus o ajude.</p><p>5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome reto ou sujeito expresso:</p><p>Eu lhe entregarei o material amanhã.</p><p>Tu sabes cantar?</p><p>Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:</p><p>Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses</p><p>verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:</p><p>Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.</p><p>Repare que o pronome está “no meio” do verbo “realizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na</p><p>oração alguma palavra que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:</p><p>Não se realizará...</p><p>Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.</p><p>(Com presença de palavra que justifique o uso de pró- clise: Não fossem os meus</p><p>compromissos, EU te acompanharia nessa viagem).</p><p>Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a</p><p>mesóclise não forem possíveis:</p><p>1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo: Quando eu avisar, silenciem-se todos.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>125</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não era minha intenção machucá-la.</p><p>3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se inicia período com pronome oblíquo).</p><p>Vou-me embora agora mesmo.</p><p>Levanto-me às 6h.</p><p>4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo no concurso, mudo-me hoje mesmo!</p><p>5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.</p><p>Colocação pronominal nas locuções verbais</p><p>- após verbo no particípio = pronome depois do verbo auxiliar (e não depois do particípio):</p><p>Tenho me deliciado com a leitura!</p><p>Eu tenho me deliciado com a leitura!</p><p>Eu me tenho deliciado com a leitura!</p><p>- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas locuções verbais:</p><p>Vamos nos unir!</p><p>Iremos nos manifestar.</p><p>- quando há um fator para próclise nos tempos compostos ou locuções verbais: opção pelo</p><p>uso do pronome oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar (e não: “não nos</p><p>vamos preocupar”).</p><p>Observações importantes:</p><p>Emprego de o, a, os, as</p><p>1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram.</p><p>Chame-o agora.</p><p>Deixei-a mais tranquila.</p><p>2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las.</p><p>Exemplos:</p><p>(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.</p><p>(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.</p><p>3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as</p><p>alteram-se para no, na, nos, nas.</p><p>Chamem-no agora.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>126</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Põe-na sobre a mesa.</p><p>* Dica:</p><p>Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa “antes”! Pronome antes do verbo!</p><p>Ênclise – “en”... lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, em Inglês – que significa “fim, final!).</p><p>Pronome depois do verbo!</p><p>Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo</p><p>Pronome Oblíquo – função de objeto</p><p>Repare que o pronome está “no meio” do verbo “realizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na</p><p>oração alguma palavra que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:</p><p>Não se realizará...</p><p>Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.</p><p>(Com presença de palavra que justifique o uso de pró- clise: Não fossem os meus</p><p>compromissos, EU te acompanharia nessa viagem).</p><p>Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a</p><p>mesóclise não forem possíveis:</p><p>1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo: Quando eu avisar, silenciem-se todos.</p><p>2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não era minha intenção machucá-la.</p><p>3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se inicia período com pronome oblíquo).</p><p>Vou-me embora agora mesmo.</p><p>Levanto-me às 6h.</p><p>4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo no concurso, mudo-me hoje mesmo!</p><p>5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.</p><p>Colocação pronominal nas locuções verbais</p><p>- após verbo no particípio = pronome depois do verbo auxiliar (e não depois do particípio):</p><p>Tenho me deliciado com a leitura!</p><p>Eu tenho me deliciado com a leitura!</p><p>Eu me tenho deliciado com a leitura!</p><p>- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas locuções verbais:</p><p>Vamos nos unir!</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>127</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Iremos nos manifestar.</p><p>- quando há um fator para próclise nos tempos compostos ou locuções verbais: opção pelo</p><p>uso do pronome oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar (e não: “não nos</p><p>vamos preocupar”).</p><p>Observações importantes:</p><p>Emprego de o, a, os, as</p><p>1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram.</p><p>Chame-o agora.</p><p>Deixei-a mais tranquila.</p><p>2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las.</p><p>Exemplos:</p><p>(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.</p><p>(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.</p><p>3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as</p><p>alteram-se para no, na, nos, nas.</p><p>Chamem-no agora.</p><p>Põe-na sobre a mesa.</p><p>* Dica:</p><p>Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa “antes”! Pronome antes do verbo!</p><p>Ênclise – “en”... lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, em Inglês – que significa “fim, final!).</p><p>Pronome depois do verbo!</p><p>Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo</p><p>Pronome Oblíquo – função de objeto</p><p>Questões</p><p>1-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há</p><p>políticas que reconhecem a informalidade”, ao substituir o termo destacado por um pronome,</p><p>de acordo com a norma-padrão da língua, o trecho assume a formulação apresentada em:</p><p>A) Há políticas que a reconhecem.</p><p>B) Há políticas que reconhecem-a.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>128</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>C) Há políticas que reconhecem-na.</p><p>D) Há políticas que reconhecem ela.</p><p>E) Há políticas que lhe reconhecem.</p><p>Comentários: Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto ou indireto. Reconhece</p><p>o quê? Resposta: a informalidade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto direto.</p><p>Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.</p><p>Como temos a presença do “que” – independente de sua função no período (pronome</p><p>relativo, no caso!) – a regra pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a</p><p>reconhecem.</p><p>RESPOSTA: “A”.</p><p>2-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substituição do elemento grifado pelo pronome</p><p>correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:</p><p>(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu</p><p>(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os</p><p>(C) para fazer a dragagem = para fazê-la</p><p>(D) que desviava a água = que lhe desviava</p><p>(E) supriam a necessidade = supriam-na</p><p>Comentários:</p><p>(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta</p><p>(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta</p><p>(C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta</p><p>(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava</p><p>(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta</p><p>RESPOSTA: “D”.</p><p>3-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) “cruzando os desertos do oeste da China −</p><p>que contornam a Índia − adotam complexas providências Fazendo-se as alterações</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>129</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um pronome,</p><p>respectivamente, em:</p><p>(A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as</p><p>(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam</p><p>(C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes</p><p>(D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas</p><p>(E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam</p><p>Comentários: Não podemos utilizar “lhes”, que corresponde ao objeto indireto (verbo</p><p>“cruzar” pede objeto direto: cruzar o quê?), portanto já desconsideramos as alternativas “B”</p><p>e “D”. Ao iniciarmos um parágrafo (já que no enunciado temos uma oração assim) devemos</p><p>usar ênclise: (cruzando-os); na segunda oração temos um pronome relativo (dá para</p><p>substituirmos por “o qual”), o que nos obriga a usar a próclise (que a contorna); “adotam”</p><p>exige objeto direto (adotam quem ou o quê?), chegando à resposta: adotamnas (quando o</p><p>verbo terminar em “m” e usarmos um pronome oblíquo direto, lembre-se do alfabeto: jklM –</p><p>N!).</p><p>RESPOSTA: “D”.</p><p>Concordância Verbal e Nominal. Regência Verbal e Nominal.</p><p>Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (regência</p><p>verbal) ou um nome (regência nominal) e seus complementos.</p><p>Regência Verbal = Termo Regente: VERBO</p><p>A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os</p><p>complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).</p><p>Há verbos que admitem mais de uma regência, o que corresponde à diversidade de</p><p>significados que estesverbos podem adquirir dependendo do contexto em que forem</p><p>empregados.</p><p>A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, contentar.</p><p>A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agrado ou prazer”, satisfazer.</p><p>Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agradar a alguém”.</p><p>Saiba que:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>130</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do</p><p>estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar</p><p>completamente o sentido daquilo que está sendo dito.</p><p>Cheguei ao metrô.</p><p>Cheguei no metrô.</p><p>No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por</p><p>mim utilizado.</p><p>A voluntária distribuía leite às crianças.</p><p>A voluntária distribuía leite com as crianças.</p><p>Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado como transitivo direto (objeto direto:</p><p>leite) e indireto (objeto indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto (objeto</p><p>direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial).</p><p>Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. Esta,</p><p>porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases</p><p>distintas.</p><p>1-) Verbos Intransitivos</p><p>Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns</p><p>detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.</p><p>- Chegar, Ir</p><p>Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as</p><p>preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para.</p><p>- Comparecer</p><p>O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a.</p><p>Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.</p><p>2-) Verbos Transitivos Diretos</p><p>Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não</p><p>exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos,</p><p>lembre-se de que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses</p><p>pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>131</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e</p><p>lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.</p><p>São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar,</p><p>acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar,</p><p>condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir,</p><p>prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Na língua culta, esses</p><p>verbos funcionam exatamente como o verbo amar:</p><p>Amo aquele rapaz. / Amo-o.</p><p>Amo aquela moça. / Amo-a.</p><p>Amam aquele rapaz. / Amam-no.</p><p>Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.</p><p>Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em</p><p>que atuam como adjuntos adnominais):</p><p>Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)</p><p>Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)</p><p>Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)</p><p>3-) Verbos Transitivos Indiretos</p><p>Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que</p><p>esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os</p><p>pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos</p><p>indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a,</p><p>as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não</p><p>representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em</p><p>lugar dos pronomes átonos lhe, lhes.</p><p>Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:</p><p>- Consistir - Tem complemento introduzido pela preposição “em”: A modernidade verdadeira</p><p>consiste em direitos iguais para todos.</p><p>- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “a”:</p><p>Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.</p><p>Eles desobedeceram às leis do trânsito.</p><p>- Responder - Tem complemento introduzido pela preposição “a”. Esse verbo pede objeto</p><p>indireto para indicar “a quem” ou “ao que” se responde.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>132</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Respondi ao meu patrão.</p><p>Respondemos às perguntas.</p><p>Respondeu-lhe à altura.</p><p>Observação: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se</p><p>responde, admite voz passiva analítica:</p><p>O questionário foi respondido corretamente.</p><p>Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.</p><p>- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “com”.</p><p>Antipatizo com aquela apresentadora.</p><p>Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada.</p><p>4-) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos</p><p>Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto.</p><p>Merecem destaque, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São verbos que apresentam</p><p>objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.</p><p>- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado:</p><p>Agradeci o presente. / Agradeci-o.</p><p>Agradeço a você. / Agradeço-lhe.</p><p>Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.</p><p>Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.</p><p>Paguei minhas contas. / Paguei-as.</p><p>Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes</p><p>Informar</p><p>- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou</p><p>vice-versa.</p><p>Informe os novos preços aos clientes.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>133</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços)</p><p>- Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções:</p><p>Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.</p><p>Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles)</p><p>Observação: a mesma regência do verbo informar é usada para os seguintes: avisar, certificar,</p><p>notificar, cientificar, prevenir.</p><p>Comparar</p><p>Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições “a” ou “com” para</p><p>introduzir o complemento indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma</p><p>criança.</p><p>Pedir</p><p>Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente naforma de oração subordinada</p><p>substantiva) e indireto de pessoa.</p><p>Saiba que:</p><p>- A construção “pedir para”, muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito</p><p>limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver</p><p>subentendida.</p><p>Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.</p><p>Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma oração subordinada adverbial</p><p>final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).</p><p>Preferir</p><p>Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição “a”:</p><p>Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.</p><p>Prefiro trem a ônibus.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>134</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Observação: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem termos intensificadores,</p><p>tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo</p><p>existente no próprio verbo (pre).</p><p>Mudança de Transitividade - Mudança de Significado</p><p>Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de</p><p>significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico</p><p>muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas,</p><p>oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:</p><p>AGRADAR</p><p>- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar, fazer as vontades de.</p><p>Sempre agrada o filho quando.</p><p>Aquele comerciante agrada os clientes.</p><p>- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege</p><p>complemento introduzido pela preposição “a”.</p><p>O cantor não agradou aos presentes.</p><p>O cantor não lhes agradou.</p><p>*O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto:</p><p>O cantor desagradou à plateia.</p><p>ASPIRAR</p><p>- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma.</p><p>(Aspirava-o)</p><p>- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição: Aspirávamos a um</p><p>emprego melhor. (Aspirávamos a ele)</p><p>* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, as formas pronominais átonas “lhe”</p><p>e “lhes” não são utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”.</p><p>Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)</p><p>ASSISTIR</p><p>- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar.</p><p>As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.</p><p>As empresas de saúde negam-se a assisti-los.</p><p>- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>135</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Assistimos ao documentário.</p><p>Não assisti às últimas sessões.</p><p>Essa lei assiste ao inquilino.</p><p>*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intransitivo, sendo acompanhado de</p><p>adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa conturbada</p><p>cidade.</p><p>CHAMAR</p><p>- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de.</p><p>Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá chamá-la.</p><p>Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.</p><p>- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual</p><p>se refere predicativo preposicionado ou não.</p><p>A torcida chamou o jogador mercenário.</p><p>A torcida chamou ao jogador mercenário.</p><p>A torcida chamou o jogador de mercenário.</p><p>A torcida chamou ao jogador de mercenário.</p><p>- Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal:</p><p>Como você se chama? Eu me chamo José.</p><p>CUSTAR</p><p>- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de</p><p>adjunto adverbial:</p><p>Frutas e verduras não</p><p>deveriam custar muito.</p><p>- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou transitivo indireto, tendo como</p><p>sujeito uma oração reduzida de infinitivo.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>136</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>*A Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo “custar” um sujeito</p><p>representado por pessoa:</p><p>Custei para entender o problema. = Forma correta: Custou-me entender o problema.</p><p>IMPLICAR</p><p>- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:</p><p>a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes implicavam um firme propósito.</p><p>b) ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar: Uma ação implica</p><p>reação.</p><p>- Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver: Implicaram aquele</p><p>jornalista em questões econômicas.</p><p>* No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com preposição “com”:</p><p>Implicava com quem não trabalhasse arduamente.</p><p>NAMORAR</p><p>- Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois anos.</p><p>OBEDECER - DESOBEDECER</p><p>- Sempre transitivo indireto:</p><p>Todos obedeceram às regras.</p><p>Ninguém desobedece às leis.</p><p>*Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem “lhes”: As leis são essas, mas todos</p><p>desobedecem a elas.</p><p>PROCEDER</p><p>- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabimento, ter fundamento ou</p><p>comportar-se, agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial</p><p>de modo.</p><p>As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las.</p><p>Você procede muito mal.</p><p>- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição “de”) e fazer, executar (rege</p><p>complemento introduzido pela preposição “a”) é transitivo indireto.</p><p>O avião procede de Maceió.</p><p>Procedeu-se aos exames.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>137</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O delegado procederá ao inquérito.</p><p>QUERER</p><p>- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter</p><p>vontade de, cobiçar.</p><p>Querem melhor atendimento.</p><p>Queremos um país melhor.</p><p>- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar: Quero muito aos meus</p><p>amigos.</p><p>VISAR</p><p>- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.</p><p>O homem visou o alvo.</p><p>O gerente não quis visar o cheque.</p><p>- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo é transitivo indireto e rege a</p><p>preposição “a”.</p><p>O ensino deve sempre visar ao progresso social.</p><p>Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.</p><p>ESQUECER – LEMBRAR</p><p>- Lembrar algo – esquecer algo</p><p>- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)</p><p>No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição:</p><p>Ele esqueceu o livro.</p><p>No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a</p><p>preposição “de”. São, portanto, transitivos indiretos:</p><p>- Ele se esqueceu do caderno.</p><p>- Eu me esqueci da chave.</p><p>- Eles se esqueceram da prova.</p><p>- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.</p><p>Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e</p><p>o verbo sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua</p><p>contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>138</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.</p><p>Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)</p><p>Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)</p><p>Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=momentos é sujeito)</p><p>SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR</p><p>- São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:</p><p>Não simpatizei com os jurados.</p><p>Simpatizei com os alunos.</p><p>Importante: A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento</p><p>sejam usados com a preposição “a”:</p><p>Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.</p><p>Cláudia desceu ao segundo andar.</p><p>Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>139</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Regência Nominal</p><p>É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos</p><p>regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição.</p><p>No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam</p><p>exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo</p><p>significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo</p><p>obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela</p><p>preposição a. Veja:</p><p>Obedecer a algo/ a alguém.</p><p>Obediente a algo/ a alguém.</p><p>Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento</p><p>nominal, ela será completiva nominal (subordinada substantiva).</p><p>Questões</p><p>1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em</p><p>que a frase segue a norma culta da</p><p>língua quanto à regência verbal.</p><p>A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.</p><p>B) Eu esqueci do seu nome.</p><p>C) Você assistiu à cena toda?</p><p>D) Ele chegou na oficina pela manhã.</p><p>E) Sempre obedeço as leis de trânsito.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>140</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Comentários:</p><p>A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro viajar de ônibus a dirigir</p><p>B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu nome</p><p>C) Você assistiu à cena toda? = correta</p><p>D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à oficina pela manhã</p><p>E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obedeço às leis de trânsito</p><p>RESPOSTA: “C”.</p><p>2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014</p><p>- adaptada)</p><p>Leia o seguinte trecho para responder à questão. A pesquisa encontrou um dado</p><p>curioso: homens com baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imunológica</p><p>melhor a essa medida, similar _______________ .</p><p>A alternativa que completa, corretamente, o texto é:</p><p>(A) das mulheres</p><p>(B) às mulheres</p><p>(C) com das mulheres</p><p>(D) à das mulheres</p><p>(E) ao das mulheres</p><p>Comentários: Similar significa igual; sua regência equivale à da</p><p>palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (subentendido: resposta</p><p>imunológica) das mulheres.</p><p>RESPOSTA: “D”.</p><p>Concordância Verbal e Nominal</p><p>Concordância verbal consiste na harmonia estabelecida entre o sujeito (considerando</p><p>número e pessoa) e o verbo empregado. Exemplos:</p><p>Eu amo quando as folhas caem no outono.</p><p>Elas amam quando as folhas caem no outono.</p><p>Lúcia e Rodrigo entraram na livraria.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>141</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Concordância nominal: acontece quando existe a harmonia em gênero (feminino ou</p><p>masculino) e número (singular ou plural) entre o substantivo e o adjetivo atribuído a ele.</p><p>Exemplos:</p><p>O menino estudioso passou na prova.</p><p>Os meninos estudiosos passaram na prova.</p><p>A menina estudiosa passou na prova.</p><p>As meninas estudiosas passaram na prova.</p><p>A regra de ouro com relação à concordância nominal é a de que, um adjetivo, quando</p><p>caracteriza apenas um substantivo, concorda em gênero e número com esse substantivo.</p><p>Ainda que a regra acima seja predominante, também é possível que ocorra a concordância</p><p>nominal entre um pronome ou numeral substantivo assim como outros termos da oração que</p><p>possuem relação com ele, tais como particípios, artigos, numerais adjetivos e pronomes</p><p>adjetivos.</p><p>Dúvidas específicas sobre concordância verbal</p><p>Ainda que o conteúdo de concordância verbal e nominal pareça um assunto simples, são</p><p>várias as ocasiões em que surgem dúvidas e é sobre elas que vamos falar a seguir.</p><p>Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes.</p><p>O verbo vai para o plural e deve concordar com a pessoa, conforme ordem de prioridade.</p><p>Exemplo:</p><p>Maurício e eu conseguimos comprar um carro.</p><p>Neste caso, a primeira pessoa do singular tem prioridade. Passando para o plural, ela equivale</p><p>a nós (nós conseguimos comprar um carro).</p><p>Sujeitos ligados por ou.</p><p>Os verbos que são ligados por “ou” devem ir para o plural nos casos em que a ação fizer</p><p>referência a todos os elementos do sujeito. Exemplos:</p><p>Balas ou chocolates desagradam a menina. Quando o “ou” é usado com a finalidade de</p><p>retificação, o verbo deve concordar com o último elemento.</p><p>Maria ou Ana ganhará mais tempo. Já quando o verbo é aplicado a somente um dos</p><p>elementos, ele deve ficar no singular.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>142</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Indicações de datas.</p><p>Há duas variações, sendo que em uma delas o verbo deve concordar com a palavra “dia”.</p><p>Exemplos:</p><p>Hoje são 2 de novembro.</p><p>Hoje é dia 2 de novembro.</p><p>Sujeitos formados por sinônimos</p><p>Nessa situação, o verbo pode ir para o plural ou também ficar no singular, concordando com</p><p>o núcleo que estiver mais próximo. Exemplos:</p><p>Eficácia e agilidade destacaram aquela empresa.</p><p>Eficácia e agilidade destacou aquela empresa.</p><p>Verbos impessoais: O verbo sempre deve ser conjugado na terceira pessoa do singular.</p><p>Exemplos:</p><p>Havia muitos pratos naquela mesa.</p><p>Houve dois anos sem mudanças.</p><p>Sujeitos ligados por com: O verbo vai para o plural quando é semelhante à ligação “e”.</p><p>Exemplo:</p><p>A atriz com seus convidados chegaram às 7 horas.</p><p>Entretanto, quando o com representa a ideia de “em companhia de”, o verbo deve concordar</p><p>com o antecedente e o segmento “com” é grafado entre vírgulas: Exemplo:</p><p>A pintora, com todas as ajudantes, decidiu mudar a data do evento.</p><p>Sujeito formado por palavras em enumeração e graduação: o verbo pode flexionar para o</p><p>plural e também concordar com o núcleo que estiver mais próximo. Exemplos:</p><p>Um mês, um ano, uma vida de poder não supriu a saúde.</p><p>Um mês, um ano, uma vida de poder não supriram a saúde.</p><p>Pronome relativo quem: o verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular como</p><p>também pode concordar com o antecedente do pronome quem. Exemplos:</p><p>Fui eu quem falou.</p><p>Fui eu quem falei.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>143</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Sujeito seguido por tudo, nada, ninguém, nenhum, cada um</p><p>Em todos esses casos o verbo fica no singular.</p><p>Exemplo:</p><p>João, Bruna, Henrique, ninguém o convenceu de mudar a atitude.</p><p>Pronome relativo que</p><p>O verbo deve concordar com o antecedente do pronome que.</p><p>Exemplos:</p><p>Fui eu que levou.</p><p>Foi ele que levou.</p><p>Sujeitos ligados por nem.</p><p>O verbo deve ir para o plural.</p><p>Exemplo:</p><p>Nem frio nem chuva são bem recebidos na cidade.</p><p>Locuções é muito, é pouco, é mais de, é menos de.</p><p>No caso dessas locuções que se referem a peso, preço e quantidade, o verbo deve ficar sempre</p><p>no singular.</p><p>Exemplo:</p><p>Cinco vezes é muito.</p><p>Partícula “se.”</p><p>Quando a palavra se indica indeterminação do sujeito, o verbo é conjugado na terceira pessoa</p><p>do singular.</p><p>Exemplo:</p><p>Respeita-se a todos.</p><p>Já quando a palavra se é utilizada na voz passiva, o verbo é conjugado com o sujeito da oração.</p><p>Exemplos:</p><p>Construiu-se uma empresa.</p><p>Construíram-se novas empresas.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>144</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Expressões mais de, menos de, cerca de.</p><p>De forma geral, o verbo concorda com o numeral.</p><p>Exemplos:</p><p>Mais de uma senhora quis trocar os produtos.</p><p>Mais de três pessoas chegaram.</p><p>Quando a expressão mais de é repetida indicando reciprocidade, o verbo deve ir para o plural.</p><p>Exemplo:</p><p>Mais de uma aluna se abraçaram.</p><p>Sujeitos ligados por “não só, mas também”, “tanto, quanto”, “não só, como.”</p><p>O verbo pode ir para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.</p><p>Exemplos:</p><p>Tanto Pedro como Rebeca participaram da exposição.</p><p>Tanto Pedro como Rebeca participou da exposição.</p><p>Sujeito coletivo.</p><p>Geralmente o verbo fica no singular.</p><p>Exemplo:</p><p>A multidão ultrapassou o cercado.</p><p>Nos casos em que o coletivo estiver especificado, é possível que o verbo seja conjugado no</p><p>singular ou no plural.</p><p>Exemplos:</p><p>A multidão de pessoas ultrapassou o cercado.</p><p>A multidão de pessoas ultrapassaram o cercado.</p><p>Verbos dar, soar, bater + hora(s)</p><p>O verbo sempre concorda com o sujeito.</p><p>Exemplos:</p><p>Soaram três horas.</p><p>Deu uma hora que espero.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>145</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Expressão “um dos que.”</p><p>O verbo pode ser conjugado no singular e também no plural.</p><p>Exemplos:</p><p>Ele foi um dos que mais contribuiu.</p><p>Ele foi um dos que mais contribuíram.</p><p>Sujeitos ligados por como, assim como, bem como</p><p>O verbo é conjugado no plural.</p><p>Exemplo:</p><p>O talento, assim como a confiança, fizeram dela uma mulher valente.</p><p>Coletivos partitivos (“grande número de”, “a maioria de”, “a maior parte de”.)</p><p>O verbo pode ser conjugado no singular ou no plural</p><p>Exemplos:</p><p>Grande número dos participantes se retirou.</p><p>Grande número dos participantes se retiraram.</p><p>Dúvidas específicas sobre concordância nominal:</p><p>Substantivos e um adjetivo</p><p>Quando há mais de um substantivo e somente um adjetivo, há duas maneiras de fazer a</p><p>concordância:</p><p>A – Nas situações em que o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo precisa concordar</p><p>com o substantivo que está mais próximo.</p><p>Exemplo:</p><p>Linda menina e bebê.</p><p>B – Quando o adjetivo vem após os substantivos, o adjetivo precisa concordar com o</p><p>substantivo que está mais próximo ou com todos os substantivos, neste caso, prevalece o</p><p>masculino.</p><p>Exemplos:</p><p>Vocabulário e pronúncia perfeita.</p><p>Pronúncia e vocabulário perfeito.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>146</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Vocabulário e pronúncia perfeitos.</p><p>Pronúncia e vocabulário perfeitos.</p><p>Adjetivos e um substantivo</p><p>Nos casos em que existe mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos precisam</p><p>concordar com gênero e número com o substantivo.</p><p>Exemplo:</p><p>Amava comida gordurosa e temperada.</p><p>QUESTÕES</p><p>1. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. Hoje, só ___ ervas daninhas.</p><p>a) fazem, havia, existe</p><p>b) fazem, havia, existe</p><p>c) fazem, haviam, existem</p><p>d) faz, havia, existem</p><p>e) faz, havia, existe</p><p>Gabarito: alternativa d.</p><p>Comentários:</p><p>O verbo fazer impessoal (que indica tempo) sempre é conjugado na 3.ª pessoa do singular:</p><p>Faz anos.</p><p>O mesmo acontece com o verbo haver impessoal (que indica tempo ou que tem o sentido</p><p>de "existir"): Havia (existia) neste local árvores e flores.</p><p>O verbo existir, por sua vez, não é impessoal. Por esse motivo, ele deve concordar com o</p><p>sujeito: Só existem ervas daninhas.</p><p>2. (Cesgranrio) Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a forma</p><p>verbal está errada:</p><p>a) Existem na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem.</p><p>b) Podem provocar sérias lesões hepáticas, os defensivos agrícolas à base de DDT.</p><p>c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos.</p><p>d) Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos dos inseticidas clorados.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>147</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>e) Possuem elevado grau de toxidade os defensivos do tipo fosforado.</p><p>GABARITO Alternativa c:</p><p>Correção: Falta aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os</p><p>agrotóxicos.</p><p>O verbo deve concordar com o sujeito. É mais fácil se mudarmos a ordem da oração: Falta</p><p>uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos aos países subdesenvolvidos.</p><p>Mude a ordem das orações restantes:</p><p>a) Existem diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à</p><p>saúde do homem na atualidade .</p><p>b) Os defensivos agrícolas à base de DDT podem provocar sérias lesões hepáticas.</p><p>d) Os efeitos nocivos dos inseticidas clorados persistem por muito tempo no meio ambiente.</p><p>e) Os defensivos do tipo fosforado possuem elevado grau de toxidade .</p><p>3. (Fatec) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases.</p><p>___ , entre analistas políticos, que, se o governo ___ essa política salarial e se o empresariado</p><p>não ___ as perdas salariais ___ sérios problemas estruturais a serem resolvidos, e, quando os</p><p>sindicatos ___ , estará instalado o caos total.</p><p>a) Comentam-se; manter; repor; haverão; intervierem.</p><p>b) Comenta-se; mantiver; repuser; haverão; intervirem.</p><p>c) Comenta-se; mantesse; repuser; haverão; intervierem.</p><p>d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem.</p><p>e) Comentam-se; manter; repor; haverá; intervirem.</p><p>Gabarito: Alternativa d:</p><p>A partícula "se" é índice de indeterminação do sujeito. Neste caso, o verbo deve ficar na 3.º</p><p>pessoa do singular: Comenta-se.</p><p>O verbo manter está na 3.ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo, cuja forma é</p><p>mantiver: Se o governo mantiver.</p><p>O mesmo acontece com o verbo repor, que na 3.ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo</p><p>fica repuser. Se o empresariado não repuser.</p><p>O verbo verbo haver impessoal (neste caso, com o sentido de "existir") sempre é conjugado</p><p>na 3.ª pessoa do singular: Haverá sérios problemas.</p><p>O verbo intervir está na 3.ª pessoa do plural do futuro do subjuntivo, cuja forma é</p><p>intervierem: Quando os sindicatos intervierem.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>148</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>4. (FCC) A ocorrência de interferências ___ -nos a concluir que ___ uma relação profunda entre</p><p>homem e sociedade que os ___ mutuamente dependentes.</p><p>a) leva, existe, torna</p><p>b) levam, existe, tornam</p><p>c) levam, existem, tornam</p><p>d) levam, existem, torna</p><p>e) leva, existem, tornam</p><p>GABARITO: Alternativa a:</p><p>O verbo está concordando com o sujeito: A ocorrência leva.</p><p>O verbo existir também deve concordar com o sujeito: Uma relação profunda existe.</p><p>O mesmo acontece com o verbo "tornar", concorda com o sujeito: Uma relação que torna</p><p>homens e mulheres ...</p><p>5. (FGV) Nas questões abaixo, ocorrem espaços vazios. Para preenchê-los, escolha um dos</p><p>seguintes verbos: fazer, transpor, deter, ir. Utilize a forma verbal mais adequada.</p><p>a) Se ___ dias frios no inverno, talvez as coisas fossem diferentes.</p><p>b) Quando o cavalo ___ todos os obstáculos, a corrida terminará.</p><p>c) Se o cavalo ___ mais facilmente os obstáculos, alcançaria com mais folga a linha de chegada.</p><p>d) Se a equipe econômica não se ___ nos aspectos regionais e considerar os aspectos globais,</p><p>a possibilidade de solução será maior.</p><p>e) Caso ela ___ ao jogo amanhã, deverá pagar antecipadamente o ingresso.</p><p>6. (CESGRANRIO) Há concordância nominal inadequada em:</p><p>a) clima e terras desconhecidas;</p><p>b) clima e terra desconhecidos;</p><p>c) terras e clima desconhecidas;</p><p>d) terras e clima desconhecido;</p><p>e) terras e clima desconhecidos.</p><p>GABARITO: Letra C: Na frase 'terras e clima desconhecidas', o adjetivo 'desconhecidas' está</p><p>concordando com o sujeito feminino plural 'terras' apenas. De acordo com a regra, quando o</p><p>sujeito é composto, o adjetivo deve concordar com o substantivo masculino, se houver.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>149</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Sintaxe: termos da oração; período composto; conceito e classificação das orações.</p><p>Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação. Normalmente</p><p>é composta por dois termos – o sujeito e o predicado – mas não obrigatoriamente, pois há</p><p>orações ou frases sem sujeito:</p><p>Trovejou muito ontem à noite.</p><p>Quanto aos tipos de frases, além da classificação em verbais (possuem verbos, ou seja, são</p><p>orações) e nominais (sem a presença de verbos), feita a partir de seus elementos constituintes,</p><p>elas podem ser classificadas a partir de seu sentido global:</p><p>A) frases interrogativas = o emissor da mensagem formula uma pergunta: Que dia é hoje?</p><p>B) frases imperativas = o emissor dá uma ordem ou faz um pedido: Dê-me uma luz!</p><p>C) frases exclamativas = o emissor exterioriza um estado afetivo: Que dia abençoado!</p><p>D) frases declarativas = o emissor constata um fato: A prova será amanhã.</p><p>Quanto à estrutura da frase, as que possuem verbo (oração) são estruturadas por dois</p><p>elementos essenciais: sujeito e predicado.</p><p>O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É o “ser de quem</p><p>se declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”; o predicado é a parte da frase que contém</p><p>“a informação nova para o ouvinte”, é o que “se fala do sujeito”. Ele se refere ao tema,</p><p>constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.</p><p>Quando o núcleo da declaração está no verbo (que indique ação ou fenômeno da natureza,</p><p>seja um verbo significativo), temos o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver em um nome</p><p>(geralmente um adjetivo), teremos um predicado nominal (os verbos deste tipo de predicado</p><p>são os que indicam estado, conhecidos como verbos de ligação):</p><p>O menino limpou a sala. = “limpou” é verbo de ação (predicado verbal)</p><p>A prova foi fácil. – “foi” é verbo de ligação (ser); o núcleo é “fácil” (predicado nominal)</p><p>Quanto ao período, ele denomina a frase constituída por uma ou mais orações, formando um</p><p>todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.</p><p>Período simples é aquele constituído por apenas umaoração, que recebe o nome de oração</p><p>absoluta.</p><p>Chove.</p><p>A existência é frágil.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>150</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Amanhã, à tarde, faremos a prova do concurso.</p><p>Período composto é aquele constituído por duas ou mais orações:</p><p>Cantei, dancei e depois dormi.</p><p>Quero que você estude mais.</p><p>1. Termos da Oração</p><p>1.1. Termos essenciais</p><p>O sujeito e o predicado são considerados termos essenciais da oração, ou seja, são termos</p><p>indispensáveis para a formação das orações. No entanto, existem orações formadas</p><p>exclusivamente pelo predicado. O que define aoração é a presença do verbo. O sujeito é o</p><p>termo que estabelece concordância com o verbo.</p><p>O candidato está preparado.</p><p>Os candidatos estão preparados.</p><p>Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”. “Candidato” é a principal palavra do sujeito,</p><p>sendo, por isso, denominada núcleo do sujeito. Este se relaciona com o verbo, estabelecendo</p><p>a concordância (núcleo no singular, verbo no singular: candidato = está)</p><p>A função do sujeito é basicamente desempenhada por substantivos, o que a torna uma função</p><p>substantiva da oração. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras palavras</p><p>substantivadas (derivação imprópria) também podem exercer a função de sujeito.</p><p>Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, substantivo)</p><p>Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no exemplo: substantivo)</p><p>Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: o de determinação ou indeterminação</p><p>e o de núcleo do sujeito.</p><p>Um sujeito é determinado quando é facilmente identificado pela concordância verbal. O</p><p>sujeito determinado pode ser simples ou composto.</p><p>A indeterminação do sujeito ocorre quando não é possível identificar claramente a que se</p><p>refere a concordância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não interessa indicar</p><p>precisamente o sujeito de uma oração.</p><p>Estão gritando seu nome lá fora.</p><p>Trabalha-se demais neste lugar.</p><p>O sujeito simples é o sujeito determinado que apresenta um único núcleo, que pode estar no</p><p>singular ou no plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, sublinhei os núcleos</p><p>dos sujeitos:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>151</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Nós estudarems o juntos.</p><p>A humanidade é frágil.</p><p>Ninguém se move.</p><p>O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma derivação imprópria,</p><p>é um texto narrativo que, baseado em documentação diversa, busca reconstituir</p><p>a história de vida de uma pessoa. Um exemplo é a biografia Getúlio, do jornalista Lira Neto,</p><p>que conta a história do estadista brasileiro Getúlio Vargas.</p><p>Diário</p><p>Diário é um gênero de caráter pessoal, usado por uma pessoa para registrar periodicamente</p><p>suas experiências, vivências, reflexões, pensamentos etc. O livro O Observador no</p><p>Escritório contém passagens do diário do poeta Carlos Drummond de Andrade.</p><p>Notícia</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>12</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A notícia é um gênero jornalístico cuja função é comunicar algum fato socialmente relevante,</p><p>como um acontecimento político ou evento cultural. O jornal, seja ele impresso ou eletrônico,</p><p>está repleto de notícias, que se caracterizam pela isenção e pela objetividade.</p><p>Artigo de opinião</p><p>O artigo de opinião é um texto de caráter argumentativo, geralmente publicado em jornais e</p><p>revistas. Ele se caracteriza pela exposição da opinião de quem escreve (o articulista) sobre os</p><p>mais diversos temas da atualidade.</p><p>Resenha</p><p>A resenha é um comentário sobre determinado objeto cultural, seja ele um filme ou um livro.</p><p>Além de apresentar esse objeto cultural, a resenha tem caráter crítico, isto é, ela emite a</p><p>opinião de seu autor.</p><p>E-mail</p><p>E-mail é um gênero novo, que surgiu com o advento da internet. Veio a substituir, em grande</p><p>medida, a carta, por ser uma forma muito mais rápida e fácil de envio de mensagens para</p><p>pessoas que estão longe.</p><p>Verbete de dicionário</p><p>O verbete de dicionário é um texto que procura, da forma mais sintética e objetiva possível,</p><p>definir uma palavra, dando conta de suas mais variadas acepções.</p><p>Manifesto</p><p>O manifesto é um texto programático, no qual seu autor (ou autores) expressa seu</p><p>posicionamento frente a um assunto polêmico. Manifestos geralmente têm a intenção de</p><p>causar impacto e persuadir seus leitores. O Manifesto do Partido Comunista, de Marx e Engels,</p><p>e o Manifesto Futurista, de Marinetti, são exemplos do gênero.</p><p>Bilhete</p><p>O bilhete é um texto bastante útil no nosso dia a dia. Ele não tem uma forma fixa e tende a</p><p>ser breve. Seu objetivo é comunicar alguma coisa de forma rápida para outra pessoa. Trata-</p><p>se de um texto pessoal, e por isso é assinado pelo seu autor.</p><p>Diferença entre gêneros e tipos textuais</p><p>Tipos textuais ou tipos de texto são sequências de palavras e frases que compõem os textos</p><p>que lemos todos os dias. Assim, pode-se dizer que os gêneros são formados por tipos textuais.</p><p>Um exemplo de tipo textual é a descrição. Quando, por exemplo, vamos redigir uma crônica</p><p>(gênero textual), usamos a descrição (tipo textual) para mostrar ao nosso leitor como são os</p><p>objetos, as personagens e os espaços de uma determinada cena.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>13</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Os tipos textuais são o narrativo, o descritivo, o dissertativo, o injuntivo, o explicativo e o</p><p>preditivo:</p><p>Narrativo: dedica-se a contar histórias, como o conto.</p><p>Descritivo: dedica-se a mostrar coisas ao leitor (como paisagens e personagens), indicando</p><p>suas características.</p><p>Dissertativo: dissertar é falar sobre um determinado assunto, com o objetivo de convencer o</p><p>leitor, tal como se vê no ensaio.</p><p>Injuntivo: dedica-se a emitir ordens ou instruções, tal como a receita médica.</p><p>Explicativo: dedica-se a apresentar alguma coisa ao leitor, seja ela uma ideia, um fato histórico</p><p>ou um conceito.</p><p>Preditivo: dedica-se a antecipar ou anunciar alguma coisa que vai acontecer, tal como fazem</p><p>os boletins meteorológicos.</p><p>Importante destacar que um gênero textual costuma conter em si diversos tipos, embora um</p><p>determinado tipo geralmente prevaleça dentro de um gênero. Por exemplo: o ensaio é um</p><p>gênero textual onde prevalece o tipo dissertativo, mas pode haver trechos explicativos e até</p><p>narrativos.</p><p>Vejamos como os gêneros textuais podem ser classificados de acordo com os tipos textuais:</p><p>Tipos</p><p>Textuais Gêneros Textuais</p><p>Narrativo Romance, conto, crônica, lenda, biografia, novela etc.</p><p>Descritivo</p><p>Talvez não haja um gênero onde a descrição prevaleça, mas romances, contos,</p><p>crônicas e novelas sempre contêm passagens descritivas.</p><p>Dissertativo</p><p>Ensaio, dissertação de vestibular, artigo de opinião, tese, monografia,</p><p>dissertação etc.</p><p>Injuntivo Receita médica, manual de instrução, convocação militar, bula de remédio etc.</p><p>Explicativo Verbete de enciclopédia, verbete de dicionário, livro didático etc.</p><p>Preditivo Programação de eventos, boletim meteorológico, roteiro de viagem etc.</p><p>Texto Literário</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>14</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O que é um texto literário:</p><p>Um texto literário é uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com</p><p>objetivos e características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar</p><p>emoções no leitor.</p><p>De acordo com a classificação de textos, existe a divisão entre duas categorias: textos literários</p><p>e textos não literários.</p><p>Alguns exemplos de textos literários são: peças teatrais, romances, crônicas, contos fábulas,</p><p>poemas, etc. Uma das características distintivas dos textos literários é a sua função poética,</p><p>onde é possível constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um</p><p>elevado nível de criatividade.</p><p>Diferenças entre texto literário e não literário</p><p>A grande diferença entre os textos literários e não literários consiste na sua função ou</p><p>objetivo.</p><p>O texto não literário tem como objetivo informar, esclarecer, explicar, ou seja, pretende ser</p><p>útil ao leitor. O texto não literário é frequentemente visto como um texto informativo,</p><p>construído de forma específica, com linguagem clara e objetiva. Alguns exemplos são artigos</p><p>científicos, notícias, ou textos didáticos.</p><p>Por outro lado, o texto literário é mais artístico, com uma função estética, que tem como</p><p>objetivo recreativo, provocando diferentes emoções no leitor. Assim, os textos literários nem</p><p>sempre estão ligados à realidade (no caso da ficção) e muitas vezes são subjetivos, podendo</p><p>existir diferentes interpretações de leitores distintos. Além disso, o texto literário contém</p><p>figuras de linguagem, sentido figurado e metafórico das palavras, que tornam o texto mais</p><p>expressivo.</p><p>Texto narrativo</p><p>O texto narrativo é aquele em que se conta uma história, seja ela real ou fictícia. Seus</p><p>elementos básicos são espaço, tempo e personagem. Outra característica importante da</p><p>narrativa é a presença de uma voz que conta a história: o narrador.</p><p>O romance, o conto, a crônica e a fábula são exemplos de gêneros narrativos. Todos eles</p><p>apresentam personagens que agem num determinado espaço e num determinado tempo.</p><p>Estrutura do texto narrativo</p><p>Tradicionalmente, a narrativa segue uma estrutura linear com começo, meio e fim. Vejamos</p><p>quais são as partes do texto narrativo:</p><p>Apresentação</p><p>https://www.significados.com.br/texto-informativo/</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>15</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A apresentação ou situação inicial geralmente é um momento do texto em que o leitor é</p><p>apresentado à personagem principal (protagonista), que age dentro de um determinado</p><p>tempo e um determinado espaço.</p><p>https://www.significados.com.br/protagonista/</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>16</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Desenvolvimento</p><p>O desenvolvimento se inicia com a introdução de um elemento que altera a situação inicial.</p><p>Esse elemento recebe o nome de conflito.</p><p>Esta costuma ser a maior parte de um texto narrativo, já que é no desenvolvimento em que o</p><p>autor do texto irá explorar todas as consequências que o conflito terá na vida das personagens</p><p>envolvidas na história.</p><p>O momento mais dramático do conflito, quando a tensão chega ao seu nível mais elevado,</p><p>recebe o nome</p><p>transformando-</p><p>o em substantivo)</p><p>As crianças precisam de alimentos saudáveis.</p><p>O sujeito composto é o sujeito determinado que apresenta mais de um núcleo.</p><p>Alimentos e roupas custam caro.</p><p>Ela e eu sabemos o conteúdo.</p><p>O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.</p><p>Além desses dois sujeitos determinados, é comum a referência ao sujeito implícito na</p><p>desinência verbal (o “antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do sujeito que</p><p>está implícito e que pode ser reconhecido pela desinência verbal ou pelo contexto.</p><p>Abolimos todas as regras. = (nós)</p><p>Falaste o recado à sala? = (tu)</p><p>Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na primeira pessoa do singular (eu) ou plural</p><p>(nós) ou na segunda do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os pronomes não estejam</p><p>explícitos.</p><p>Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito na desinência verbal “-mos”</p><p>Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desinência verbal “-ais”</p><p>Mas:</p><p>Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós</p><p>Vós cantais bem! = sujeito simples: vós</p><p>O sujeito indeterminado surge quando não se quer - ou não se pode - identificar a que o</p><p>predicado da oração refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso contrário,</p><p>teríamos uma oração sem sujeito.</p><p>Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indeterminado de duas maneiras:</p><p>A) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado</p><p>anteriormente:</p><p>Bateram à porta;</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>152</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Andam espalhando boatos a respeito da queda do ministro.</p><p>Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples ou composto:</p><p>Os meninos bateram à porta. (simples)</p><p>Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)</p><p>B) com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido do pronome “se”. Esta é uma</p><p>construção típica dos verbos que não apresentam complemento direto:</p><p>Precisa-se de mentes criativas.</p><p>Vivia-se bem naqueles tempos.</p><p>Trata-se de casos delicados.</p><p>Sempre se está sujeito a erros.</p><p>O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de indeterminação do sujeito.</p><p>As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predicado, articulam-se a partir de um verbo</p><p>impessoal. A mensagem está centrada no processo verbal. Os principais casos de orações sem</p><p>sujeito com:</p><p>• os verbos que indicam fenômenos da natureza:</p><p>Amanheceu.</p><p>Está trovejando.</p><p>• os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fenômenos meteorológicos ou se</p><p>relacionam ao tempo em geral:</p><p>Está tarde.</p><p>Já são dez horas.</p><p>Faz frio nesta época do ano.</p><p>Há muitos concursos com inscrições abertas.</p><p>Predicado é o conjunto de enunciados que contém a informação sobre o sujeito – ou nova</p><p>para o ouvinte. Nas orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia um fato qualquer.</p><p>Nas orações com sujeito, o predicado é aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com</p><p>exceção do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere do sujeito numa oração é o</p><p>seu predicado.</p><p>Chove muito nesta época do ano.</p><p>Houve problemas na reunião.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>153</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Em ambas as orações não há sujeito, apenas predicado. Na segunda oração, “problemas”</p><p>funciona como objeto direto.</p><p>As questões estavam fáceis!</p><p>Sujeito simples = as questões</p><p>Predicado = estavam fáceis</p><p>Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento.</p><p>Sujeito = uma ideia estranha</p><p>Predicado = passou-me pelo pensamento</p><p>Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo é um nome (então teremos</p><p>um predicado nominal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar também se as</p><p>palavras que formam o predicado referem-se apenas o verbo ou também ao sujeito da oração.</p><p>Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres de opinião. (Predicado)</p><p>O predicado acima apresenta apenas uma palavra que se refere ao sujeito: pedem. As demais</p><p>palavras se ligam direta ou indiretamente ao verbo.</p><p>A cidade está deserta.</p><p>O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se ao sujeito da oração (cidade). O verbo</p><p>atua como elemento de</p><p>ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a palavra a ele relacionada (no caso:</p><p>deserta = predicativo do sujeito).</p><p>O predicado verbal é aquele que tem como núcleo significativo um verbo:</p><p>Chove muito nesta época do ano.</p><p>Estudei muito hoje!</p><p>Compraste a apostila?</p><p>Os verbos acima são significativos, isto é, não servem apenas para indicar o estado do sujeito,</p><p>mas indicam processos.</p><p>O predicado nominal é aquele que tem como núcleo significativo um nome; este atribui uma</p><p>qualidade ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujeito.</p><p>O predicativo é um nome que se liga a outro nome da oração por meio de um verbo (o verbo</p><p>de ligação).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>154</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, isto é, não indica um processo, mas une</p><p>o sujeito ao predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do sujeito: Os dados</p><p>parecem corretos.</p><p>O verbo parecer poderia ser substituído por estar, andar, ficar, ser, permanecer ou continuar,</p><p>atuando como elemento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele relacionadas.</p><p>A função de predicativo é exercida, normalmente, por um adjetivo ou substantivo.</p><p>O predicado verbo-nominal é aquele que apresenta dois núcleos significativos: um verbo e</p><p>um nome. No predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao sujeito ou ao</p><p>complemento verbal (objeto).</p><p>O verbo do predicado verbo-nominal é sempre significativo, indicando processos. É também</p><p>sempre por intermédio do verbo que o predicativo se relaciona com o termo a que se refere.</p><p>O dia amanheceu ensolarado;</p><p>As mulheres julgam os homens inconstantes.</p><p>No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta duas funções: a de verbo significativo e</p><p>a de verbo de ligação.</p><p>Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um verbal e outro nominal.</p><p>O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.</p><p>No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona o complemento homens com o</p><p>predicativo “inconstantes”.</p><p>Termos integrantes da oração</p><p>Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o complemento nominal são chamados</p><p>termos integrantes da oração.</p><p>Os complementos verbais integram o sentido dos verbos transitivos, com eles formando</p><p>unidades significativas. Estes verbos podem se relacionar com seus complementos</p><p>diretamente, sem a presença de preposição, ou indiretamente, por intermédio de preposição.</p><p>O objeto direto é o complemento que se liga diretamente ao verbo.</p><p>Houve muita confusão na partida final.</p><p>Queremos sua ajuda.</p><p>O objeto direto preposicionado ocorre principalmente:</p><p>A) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns referentes a pessoas:</p><p>Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>155</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>(o objeto é direto, mas como há preposição, denomina-se: objeto direto preposicionado)</p><p>B) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de tratamento: Não excluo a ninguém;</p><p>Não quero cansar a Vossa Senhoria.</p><p>C) para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise. (sem preposição, o sentido seria outro:</p><p>O povo prejudica a crise)</p><p>O objeto indireto é o complemento que se liga indiretamente ao verbo, ou seja, através de</p><p>uma preposição.</p><p>Gosto de música popular brasileira.</p><p>Necessito de ajuda.</p><p>Objeto Pleonástico</p><p>É a repetição de objetos, tanto diretos como indiretos. Normalmente, as frases em que</p><p>ocorrem objetos pleonásticos obedecem à estrutura: primeiro aparece o objeto, antecipado</p><p>para o início da oração; em seguida, ele é repetido através de um pronome oblíquo. É à</p><p>repetição que se dá o nome de objeto pleonástico.</p><p>“Aos fracos, não os posso proteger, jamais.” (Gonçalves</p><p>Dias)</p><p>objeto pleonástico</p><p>Ao traidor, nada lhe devemos.</p><p>O termo que integra o sentido de um nome chama-se complemento nominal, que se liga ao</p><p>nome que completa por intermédio de preposição:</p><p>A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra “necessária”</p><p>Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”.</p><p>Termos acessórios da oração e vocativo</p><p>Os termos acessórios recebem este nome por serem explicativos, circunstanciais. São termos</p><p>acessórios o adjunto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo – este, sem</p><p>relação sintática com outros temos da oração.</p><p>O adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância do processo verbal ou</p><p>intensifica o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função adverbial, pois cabe ao</p><p>advérbio e às locuções adverbiais exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a</p><p>pé àquela velha praça.</p><p>O adjunto adnominal é o termo acessório que determina, especifica ou explica um</p><p>substantivo. É uma função adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que exercem</p><p>o papel de adjunto adnominal na oração. Também atuam como adjuntos adnominais os</p><p>artigos, os numerais e os pronomes adjetivos.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>156</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância.</p><p>O adjunto adnominal se liga diretamente ao substantivo a que se refere, sem participação do</p><p>verbo. Já o predicativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo.</p><p>O poeta português deixou uma obra originalíssima.</p><p>O poeta deixou-a.</p><p>(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: adjunto adnominal)</p><p>O poeta português deixou uma obra inacabada.</p><p>O poeta deixou-a inacabada.</p><p>(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do objeto)</p><p>Enquanto o complemento nominal se relaciona a um substantivo, adjetivo ou advérbio, o</p><p>adjunto nominal se relaciona apenas ao substantivo.</p><p>O aposto é um termo acessório que permite ampliar, explicar, desenvolver ou resumir a ideia</p><p>contida em um termo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda-feira, passei o</p><p>dia mal-humorado.</p><p>Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo “ontem”. O aposto é sintaticamente</p><p>equivalente ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira passei o dia</p><p>mal-humorado.</p><p>O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor na oração, em:</p><p>A) explicativo: A linguística, ciência das línguas humanas, permite-nos interpretar melhor</p><p>nossa relação com o mundo.</p><p>B) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas coisas: amor, arte, ação.</p><p>C) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, tudo forma o carnaval.</p><p>D) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía</p><p>anoitecida.</p><p>O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou</p><p>hipotético, não mantendo relação sintática com outro termo da oração. A função de vocativo</p><p>é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes substantivos, numerais e palavras</p><p>substantivadas esse papel na linguagem.</p><p>João, venha comigo!</p><p>Traga-me doces, minha menina!</p><p>Períodos Compostos</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>157</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Período Composto por Coordenação</p><p>O período composto se caracteriza por possuir mais de uma oração em sua composição. Sendo</p><p>assim:</p><p>Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma oração)</p><p>Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto =locução verbal +</p><p>verbo, duas orações)</p><p>Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um protetor solar. (Período Composto = três</p><p>verbos, três orações).</p><p>Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as orações de um período</p><p>composto: uma relação de coordenação ou uma relação de subordinação.</p><p>Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um mesmo período, (ou seja, em um</p><p>mesmo bloco de informações, marcado pela pontuação final), mas têm, ambas, estruturas</p><p>individuais, como é o exemplo de:</p><p>Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto)</p><p>Podemos dizer:</p><p>1. Estou comprando um protetor solar.</p><p>2. Irei à praia.</p><p>Separando as duas, vemos que elas são independentes. Tal período é classificado como</p><p>Período Composto por Coordenação.</p><p>Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos: Coordenadas Assindéticas</p><p>e Coordenadas Sindéticas.</p><p>A) Coordenadas Assindéticas</p><p>São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão</p><p>apenas justapostas.</p><p>Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.</p><p>B) Coordenadas Sindéticas</p><p>Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de</p><p>uma conjunção coordenativa, que dará à oração uma classificação. As orações coordenadas</p><p>sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e</p><p>explicativas.</p><p>Dica: Memorize SINdética = SIM, tem conjunção!</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>158</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>• Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas principais conjunções são: e, nem, não só...</p><p>mas também, não só... como, assim... como.</p><p>Nem comprei o protetor solar nem fui à praia.</p><p>Comprei o protetor solar e fui à praia.</p><p>• Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas principais conjunções são: mas,</p><p>contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.</p><p>Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.</p><p>Li tudo, porém não entendi!</p><p>• Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas principais conjunções são: ou... ou;</p><p>ora...ora; quer...quer; seja...seja.</p><p>Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.</p><p>• Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas principais conjunções são: logo,</p><p>portanto, por fim, por conseguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo).</p><p>Passei no concurso, portanto comemorarei!</p><p>A situação é delicada; devemos, pois, agir.</p><p>. Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas principais conjunções são:</p><p>isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois (anteposto ao verbo).</p><p>Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo.</p><p>Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos.</p><p>Período Composto Por Subordinação</p><p>Quero que você seja aprovado!</p><p>Oração principal oração subordinada</p><p>Observe que na oração subordinada temos o verbo “seja”, que está conjugado na terceira</p><p>pessoa do singular do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por conjunção. As</p><p>orações subordinadas que apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do</p><p>modo do indicativo, subjuntivo e imperativo) e são iniciadas por conjunção, chamam-se</p><p>orações desenvolvidas ou explícitas.</p><p>Podemos modificar o período acima. Veja:</p><p>Quero ser aprovado.</p><p>Oração Principal Oração Subordinada</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>159</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A análise das orações continua sendo a mesma: “Quero” é a oração principal, cujo objeto</p><p>direto é a oração subordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordinada apresenta</p><p>agora verbo no infinitivo (ser). Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas</p><p>orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais</p><p>(infinitivo, gerúndio ou particípio) são chamadas de orações reduzidas ou implícitas (como no</p><p>exemplo acima).</p><p>Observação:</p><p>As orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem</p><p>ser, eventualmente, introduzidas por preposição.</p><p>A) Orações Subordinadas Substantivas</p><p>A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente,</p><p>por conjunção integrante (que, se).</p><p>Não sei se sairemos hoje.</p><p>Oração Subordinada Substantiva</p><p>Temos medo de que não sejamos aprovados.</p><p>Oração Subordinada Substantiva</p><p>Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas</p><p>substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como).</p><p>O garoto perguntou qual seu nome.</p><p>Oração Subordinada Substantiva</p><p>Não sabemos quando ele virá.</p><p>Oração Subordinada Substantiva</p><p>Classificação das Orações Subordinadas Substantivas</p><p>Conforme a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:</p><p>1. Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal:</p><p>É fundamental o seu comparecimento à reunião.</p><p>Sujeito</p><p>É fundamental que você compareça à reunião.</p><p>Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva</p><p>FIQUE ATENTO!</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>160</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”.</p><p>Assim, temos um período simples:</p><p>É fundamental isso ou Isso é fundamental.</p><p>Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá a função de sujeito.</p><p>Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:</p><p>• Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É</p><p>certo - Parece certo – É claro - Está evidente - Está comprovado</p><p>É bom que você compareça à minha festa.</p><p>• Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se, Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido,</p><p>Foi anunciado, Ficou provado.</p><p>Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.</p><p>• Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer</p><p>Convém que não se atrase na entrevista.</p><p>Observação:</p><p>Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está</p><p>sempre na 3.ª pessoa do singular.</p><p>2. Objetiva Direta = exerce função de objeto direto do verbo da oração principal:</p><p>Todos querem sua aprovação no concurso.</p><p>Objeto Direto</p><p>Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)</p><p>Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta.</p><p>As orações subordinadas substantivas objetivas diretas (desenvolvidas) são iniciadas por:</p><p>• Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”: A professora verificou se os alunos</p><p>estavam presentes.</p><p>• Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas</p><p>interrogações indiretas: O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.</p><p>• Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas</p><p>interrogações indiretas: Eu não sei por que ela fez isso.</p><p>3. Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida</p><p>de preposição.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>161</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Meu pai insiste em meu estudo.</p><p>Objeto Indireto</p><p>Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai insiste nisso)</p><p>Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta</p><p>Observação:</p><p>Em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.</p><p>Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.</p><p>Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta</p><p>4. Completiva Nominal = completa um nome que pertence à oração principal e também vem</p><p>marcada por preposição.</p><p>Sentimos orgulho de seu comportamento.</p><p>Complemento Nominal</p><p>Sentimos orgulho de que você se comportou. (= Sentimos orgulho disso.)</p><p>Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal</p><p>As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo,</p><p>enquanto que oraçõessubordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de</p><p>um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado.</p><p>Esta é a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal:</p><p>o primeiro complementa um verbo; o segundo, um nome.</p><p>5. Predicativa = exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem</p><p>sempre depois do verbo ser.</p><p>Nosso desejo era sua desistência.</p><p>Predicativo do Sujeito</p><p>Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo era isso)</p><p>Oração Subordinada Substantiva Predicativa</p><p>6. Apositiva = exerce função de aposto de algum termo da oração principal.</p><p>Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade!</p><p>Aposto</p><p>Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz!</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>162</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Oração subord. subst. apositiva reduzida de infinitivo</p><p>(Fernanda tinha um grande sonho: isso)</p><p>Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! ( : )</p><p>B) Orações Subordinadas Adjetivas</p><p>Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que</p><p>a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de</p><p>adjunto adnominal do antecedente.</p><p>Esta foi uma redação bem-sucedida.</p><p>Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)</p><p>O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo “bem-sucedida”. Neste caso, é</p><p>possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:</p><p>Esta foi uma redação que fez sucesso.</p><p>Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva</p><p>Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que</p><p>ela modifica é feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou relacionar) duas</p><p>orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa</p><p>o papel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso, “redação” é sujeito, então o</p><p>“que” também funciona como sujeito).</p><p>FIQUE ATENTO!</p><p>Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode</p><p>ser substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais</p><p>Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual</p><p>estuda.</p><p>Forma das Orações Subordinadas Adjetivas</p><p>Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo</p><p>ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas,</p><p>existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome</p><p>relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas</p><p>nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).</p><p>Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.</p><p>Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>163</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida</p><p>pelo pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo.</p><p>No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome</p><p>relativo e seu verbo está no infinitivo.</p><p>Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas</p><p>Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas</p><p>adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou</p><p>especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nestas orações não há</p><p>marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também</p><p>orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se</p><p>encontra suficientemente definido. Estas orações denominam-se subordinadas adjetivas</p><p>explicativas.</p><p>Exemplo 1:</p><p>Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que passava naquele momento.</p><p>Oração Subordinada Adjetiva Restritiva</p><p>No período acima, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da</p><p>palavra “homem”: trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de</p><p>homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele</p><p>momento.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>164</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Exemplo 2:</p><p>O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.</p><p>Oração Subordinada Adjetiva Explicativa</p><p>Agora, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra “homem”; na</p><p>verdade, apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de “homem”.</p><p>Saiba que:</p><p>A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa que,</p><p>na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada</p><p>como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas; de fato, as explicativas vêm</p><p>sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.</p><p>C) Orações Subordinadas Adverbiais</p><p>Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do</p><p>verbo da oração principal. Assim, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa,</p><p>condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções</p><p>subordinativas (com exclusão das integrantes, que introduzem orações subordinadas</p><p>substantivas). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz</p><p>(assim como acontece com as coordenadas sindéticas).</p><p>Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.</p><p>(Or. Subordinada Adverbial)</p><p>A oração em destaque agrega uma circunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração</p><p>subordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios que indicam</p><p>uma circunstância referente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial</p><p>depende da exata compreensão da circunstância que exprime.</p><p>Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vida.</p><p>Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de minha vida.</p><p>No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto adverbial de tempo, que modifica a</p><p>forma verbal “senti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração “Quando vi o</p><p>mar”, que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Esta oração é</p><p>desenvolvida, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma</p><p>forma verbal do modo indicativo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível</p><p>reduzi-la, obtendo-se:</p><p>Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha vida.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>165</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A oração em destaque é reduzida, apresentando uma das formas nominais do verbo (“ver” no</p><p>infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição (“a”,</p><p>combinada com o artigo “o”).</p><p>Observação:</p><p>A classificação das orações subordinadas adverbiais é feita do mesmo modo que a</p><p>classificação dos adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela oração.</p><p>Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais</p><p>A) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato,</p><p>ao motivo do que se declara na oração principal. Principal conjunção subordinativa causal:</p><p>porque. Outras conjunções e locuções causais: como (sempre introduzido na oração</p><p>anteposta à oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto que.</p><p>Exemplos:</p><p>As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.</p><p>Já que você não vai, eu também não vou.</p><p>A diferença entre a subordinada adverbial causal e a sindética explicativa é que esta “explica”</p><p>o fato que aconteceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apresenta a “causa” do</p><p>acontecimento expresso na oração à qual ela se subordina. Repare:</p><p>1. Faltei à aula porque estava doente.</p><p>2. Melissa chorou, porque seus olhos estão vermelhos.</p><p>Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro (causa) que o fato expresso na oração anterior,</p><p>ou seja, o fato de estar doente impediu-me de ir à aula. No exemplo 2, a oração sublinhada</p><p>relata um fato que aconteceu depois, já que primeiro ela chorou, depois seus olhos ficaram</p><p>vermelhos.</p><p>B) Consecutiva = exprime um fato que é consequência, é efeito do que se declara na oração</p><p>principal.</p><p>São introduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc.,</p><p>e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que.</p><p>Principal conjunção subordinativa consecutiva: que (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)</p><p>Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou concretizando-os.</p><p>Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida de Infinitivo)</p><p>C) Condicional = Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de</p><p>um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não</p><p>ocorrer para que se realize - ou deixe de se realizar - o fato expresso na oração principal.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>166</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Principal conjunção subordinativa condicional: se.</p><p>Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser</p><p>que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).</p><p>Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será</p><p>campeão.</p><p>Caso você saia, convide-me.</p><p>D) Concessiva = indica concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma</p><p>contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao</p><p>contraste, à quebrade expectativa. Principal conjunção subordinativa concessiva: embora.</p><p>Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo</p><p>que, se bem que, posto que, apesar de que.</p><p>Só irei se ele for.</p><p>A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir só se realizará caso essa condição</p><p>seja satisfeita.</p><p>Compare agora com:</p><p>Irei mesmo que ele não vá.</p><p>A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira,</p><p>independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial</p><p>concessiva.</p><p>Observe outros exemplos:</p><p>Embora fizesse calor, levei agasalho.</p><p>Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse /</p><p>embora não estudasse). (reduzida de infinitivo)</p><p>E) Comparativa= As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma</p><p>comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjunção</p><p>subordinativa comparativa: como.</p><p>Ele dorme como um urso. (como um urso dorme)</p><p>Você age como criança. (age como uma criança age)</p><p>• geralmente há omissão do verbo.</p><p>F) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou seja, apresenta uma regra, um modelo</p><p>adotado para a execução do que se declara na oração principal. Principal conjunção</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>167</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>subordinativa conformativa: conforme. Outras</p><p>conjunções conformativas: como, consoante e</p><p>segundo (todas com o mesmo valor de conforme).</p><p>Fiz o bolo conforme ensina a receita.</p><p>Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos iguais.</p><p>G) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração principal. Principal</p><p>conjunção subordinativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e</p><p>a locução conjuntiva para que.</p><p>Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.</p><p>Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.</p><p>H) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na</p><p>oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à proporção que.</p><p>Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao passo que. Há ainda as</p><p>estruturas: quanto maior... (maior), quanto maior...(menor), quanto menor... (maior), quanto</p><p>menor...(menor), quanto mais... (mais), quanto mais...(menos), quanto menos... (mais),</p><p>quanto menos...(menos).</p><p>À proporção que estudávamos mais questões acertávamos.</p><p>À medida que lia mais culto ficava.</p><p>I) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, podendo</p><p>exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal conjunção</p><p>subordinativa temporal: quando. Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal</p><p>e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre</p><p>que, desde que, etc.</p><p>Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.</p><p>Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a festa) (Oração Reduzida de</p><p>Particípio).</p><p>Orações Reduzidas</p><p>As orações subordinadas podem vir expressas como reduzidas, ou seja, com o verbo em uma</p><p>de suas formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e sem conectivo subordinativo que</p><p>as introduza.</p><p>É preciso estudar! = reduzida de infinitivo</p><p>É preciso que se estude = oração desenvolvida (presença do conectivo)</p><p>Para classificá-las, precisamos imaginar como seriam “desenvolvidas” – como no exemplo</p><p>acima.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>168</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>É preciso estudar = oração subordinada substantiva</p><p>subjetiva reduzida de infinitivo</p><p>É preciso que se estude = oração subordinada substantiva subjetiva</p><p>Orações Intercaladas</p><p>São orações independentes encaixadas na sequência do período, utilizadas para um</p><p>esclarecimento, um aparte, uma citação. Elas vêm separadas por vírgulas ou travessões.</p><p>Nós – continuava o relator – já abordamos este assunto.</p><p>Discurso direto e indireto</p><p>Discurso direto e discurso indireto são dois tipos de discurso que existem, ou seja, dois tipos</p><p>de introdução das falas de uma personagem numa narrativa.</p><p>O que é o discurso direto?</p><p>O discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem</p><p>participação do narrador.</p><p>O que é o discurso indireto?</p><p>O discurso indireto é caracterizado por ser uma intervenção do narrador no discurso ao utilizar</p><p>as suas próprias palavras para reproduzir as falas das personagens.</p><p>Exemplo de discurso direto:</p><p>A aluna afirmou:</p><p>— Preciso estudar muito para o teste.</p><p>Exemplo de discurso indireto:</p><p>A aluna afirmara que precisava estudar muito para o teste.</p><p>Características do discurso direto e do discurso indireto</p><p>O discurso direto:</p><p>é introduzido por um verbo de elocução, seguido de dois-pontos e mudança de linha para um</p><p>novo parágrafo;</p><p>é iniciado por um travessão, que indica a mudança da voz do narrador para a voz da</p><p>personagem;</p><p>é feito na 1.ª pessoa do discurso (eu ou nós).</p><p>O discurso indireto:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>169</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>é introduzido por um verbo de elocução, seguido de uma preposição que marca a mudança</p><p>da voz do narrador para a reprodução da voz da personagem feita também pelo narrador.</p><p>é construído na mesma frase, não havendo mudança de linha ou de parágrafo;</p><p>é feito na 3.ª pessoa do discurso (ele, ela, eles, elas).</p><p>Passagem de discurso direto para discurso indireto</p><p>Quando é feita a passagem do discurso direto para o discurso indireto, ocorrem diversas</p><p>transformações para que a voz da personagem possa ser reproduzida pela voz do narrador.</p><p>Exemplos de passagem do discurso direto para o discurso indireto</p><p>Discurso direto: — Eu comecei minha dieta ontem.</p><p>Discurso indireto: Ela disse que começara sua dieta no dia anterior.</p><p>Discurso direto: — Vou ali agora e volto rápido.</p><p>Discurso indireto: Ele disse que ia lá naquele momento e que voltava rápido.</p><p>Discurso direto: — Nós viajaremos amanhã.</p><p>Discurso indireto: Eles disseram que viajariam no dia seguinte.</p><p>Mudança das pessoas do discurso</p><p>Discurso direto Mudança Discurso indireto</p><p>1.ª pessoa passa para 3.ª pessoa</p><p>pronomes eu, nós</p><p>passam</p><p>para</p><p>pronomes ele, ela, eles, elas</p><p>pronomes me, mim, comigo,</p><p>nos, conosco</p><p>passam</p><p>para</p><p>pronomes ele, ela, eles, elas,</p><p>lhe, lhes, se, si, consigo, o, os, a,</p><p>as</p><p>pronomes meu, meus, minha,</p><p>minhas, nosso, nossos, nossa,</p><p>nossas</p><p>passam</p><p>para</p><p>pronomes seu, seus, sua e suas</p><p>udança de tempos verbais</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>170</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Discurso direto Mudança Discurso indireto</p><p>presente do indicativo</p><p>passa</p><p>para</p><p>pretérito imperfeito do indicativo</p><p>pretérito perfeito do</p><p>indicativo</p><p>passa</p><p>para</p><p>pretérito mais-que-perfeito do</p><p>indicativo</p><p>futuro do presente do</p><p>indicativo</p><p>passa</p><p>para</p><p>futuro do pretérito do indicativo</p><p>presente do subjuntivo</p><p>passa</p><p>para</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo</p><p>futuro do subjuntivo</p><p>passa</p><p>para</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo</p><p>imperativo</p><p>passa</p><p>para</p><p>pretérito imperfeito do subjuntivo</p><p>Mudança na pontuação das frases</p><p>Discurso direto Mudança Discurso indireto</p><p>frases interrogativas (?) passam para frases declarativas (.)</p><p>frases exclamativas (!) passam para frases declarativas (.)</p><p>frases imperativas (! ou .) passam para frases declarativas (.)</p><p>Mudança dos advérbios e adjuntos adverbiais</p><p>Discurso direto Mudança Discurso indireto</p><p>ontem passa para no dia anterior</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>171</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Discurso direto Mudança Discurso indireto</p><p>hoje passa para naquele dia</p><p>agora passa para naquele momento</p><p>amanhã passa para no dia seguinte</p><p>aqui, aí, cá passam para ali, lá</p><p>este, esta, isto passam para aquele, aquela, aquilo</p><p>Outro tipo de discurso: discurso indireto livre</p><p>Além do discurso direto e do discurso indireto, existe ainda outro tipo de discurso - o discurso</p><p>indireto livre, caracterizado por ser um discurso dinâmico em que as falas das personagens</p><p>(na 1.ª pessoa) se encontram inseridas dentro do discurso do narrador (na 3.ª pessoa).</p><p>O discurso indireto livre não apresenta uma estrutura, não havendo qualquer indício da</p><p>introdução das falas das personagens na narrativa. Assim, confunde-se facilmente a voz da</p><p>personagem com a voz do narrador.</p><p>Exemplo de discurso indireto livre:</p><p>Emília ficou boquiaberta com a proposta do novo vizinho. Quem é que ele pensa que é para</p><p>chegar e começar logo tentando mudar diversas coisas no prédio? O síndico disse ao vizinho</p><p>que a proposta teria de ser votada em reunião. Ele que nem pense que eu vou concordar com</p><p>ele.</p><p>QUESTÕES</p><p>1. (Concurso Prefeitura de São José dos Ausentes RS 2022 – Agente Administrativo – Banca</p><p>Fundatec).</p><p>Assinale a alternativa que indica o número correto de orações que compõem o período a</p><p>seguir, retirado do texto: “Sentimos prazer quando outro humano “revela sua personalidade”</p><p>– já que isso nos dá ferramentas para conviver com esse outro humano”.</p><p>A) 2.</p><p>B) 3.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>172</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>C) 4.</p><p>D) 5.</p><p>E) 6.</p><p>Resposta: LETRA C</p><p>1. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV)</p><p>“Talvez um</p><p>dia seja bom relembrar este dia”. (Virgílio) A forma de oração desenvolvida</p><p>adequada correspondente à oração sublinhada acima é:</p><p>a) relembrarmos este dia;</p><p>b) a relembrança deste dia;</p><p>c) que relembremos este dia;</p><p>d) que relembrássemos este dia;</p><p>e) uma nova lembrança deste dia.</p><p>Resposta: Letra C. Em “c”: que relembremos este dia;</p><p>Em “d”: que relembrássemos este dia; Em uma oração desenvolvida há a presença de</p><p>conjunção. Ambos os itens têm, mas temos que fazer a correlação verbal com o período da</p><p>oração reduzida (o verbo nos dá uma hipótese – talvez seja bom relembrar). Portanto, a forma</p><p>correta é: Talvez um dia seja bom que relembremos este dia.</p><p>2. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LEGISLATIVO MUNICIPAL – FGV) “Ou seja, foi</p><p>usada para criar uma desigualdade social...”; se modificarmos a oração reduzida de infinitivo</p><p>por uma oração desenvolvida, a forma adequada seria:</p><p>a) para a criação de uma desigualdade social;</p><p>b) para que se criasse uma desigualdade social;</p><p>c) para que se crie uma desigualdade social;</p><p>d) para a criatividade de uma desigualdade social;</p><p>e) para criarem uma desigualdade social.</p><p>Resposta: Letra B. Em “b”: para que se criasse uma desigualdade social;</p><p>Em “c”: para que se crie uma desigualdade social;</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>173</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Desenvolvida = tem conjunção. Ambas têm. A diferença é o tempo verbal. A ação aconteceu</p><p>(foi usada para criar): Ou seja, foi usada para que se criasse uma desigualdade social.</p><p>3. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO – FGV)</p><p>Uma manchete do Estado de São Paulo, 10/04/2017, dizia o seguinte: “Atentados contra</p><p>cristãos matam 44 no Egito e país decreta emergência”. As duas orações desse período</p><p>mantêm entre si a seguinte relação lógica:</p><p>a) causa e consequência;</p><p>b) informação e comprovação;</p><p>c) fato e exemplificação;</p><p>d) afirmação e explicação;</p><p>e) tese e argumentação.</p><p>Resposta: Letra A. Atentados contra cristãos matam 44 no Egito e país decreta emergência =</p><p>devido aos atentados (causa), o país decretou emergência (consequência).</p><p>4. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO – FGV)</p><p>“Com as novas medidas para evitar a abstenção, o governo espera uma economia vultosa no</p><p>Enem”.</p><p>A oração reduzida “para evitar a abstenção” pode ser adequadamente substituída pela</p><p>seguinte oração desenvolvida:</p><p>a) para que se evitasse a abstenção;</p><p>b) a fim de que a abstenção fosse evitada;</p><p>c) para que se evite a abstenção;</p><p>d) a fim de evitar-se a abstenção;</p><p>e) evitando-se a abstenção.</p><p>Resposta: Letra C. Em “a”: para que se evitasse a abstenção;</p><p>Em “b”: a fim de que a abstenção fosse evitada;</p><p>Em “c”: para que se evite a abstenção;</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>174</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Desenvolvida tem conjunção. O período traz “para evitar a abstenção” = hipótese. A forma</p><p>correta é: “com as novas medidas para que se evite a abstenção”.</p><p>5. (MPE-AL – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – ÁREA JURÍDICA – FGV) Assinale a opção</p><p>em que o termo sublinhado funciona como sujeito.</p><p>a) “Em um regime de liberdades, há sempre o risco de excessos”.</p><p>b) “Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise”.</p><p>c) “Não faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, ...”.</p><p>d) “A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantêm o</p><p>sistema produtivo funcionando”.</p><p>e) “Numa democracia, é livre a expressão”.</p><p>Resposta: Letra C. Em “a”: há sempre o risco de excessos = objeto direto</p><p>Em “b”: “Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico = objeto direto</p><p>Em “c”: “Não faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor = sujeito</p><p>Em “d”: que mantêm o sistema produtivo funcionando = objeto direto</p><p>Em “e”: é livre a expressão = predicativo do sujeito</p><p>6. (TJ-PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FUNÇÃO JUDICIÁRIA – IBFC - ADAPTADA) “A resposta que</p><p>lhe daria seria: ‘Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre... ’” O pronome</p><p>destacado cumpre papel coesivo, mas também sintático na oração. Assim, sintaticamente, ele</p><p>deve ser classificado como:</p><p>a) adjunto adnominal.</p><p>b) objeto direto.</p><p>c) complemento nominal.</p><p>d) objeto indireto.</p><p>e) predicativo</p><p>Resposta: Letra D. O verbo “dar” é bitransitivo (transitivo direto e indireto): Quem dá, dá algo</p><p>(direto) a alguém (indireto). No caso: resposta (objeto direto) / lhe (objeto indireto = a ele[a]).</p><p>7. (TRE-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – AOCP-2015)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>175</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Em “Ele diz que vota desde os 18, quando ainda era jovem e morava em Minas Gerais, sua</p><p>terra natal...”, a expressão em destaque</p><p>a) exerce função de vocativo e não pode ser excluída da oração por tratar-se de um termo</p><p>essencial.</p><p>b) exerce função de aposto e pode ser excluída da oração por tratar-se de um termo acessório.</p><p>c) exerce função de aposto e não pode ser excluída da oração por tratar-se de um termo</p><p>essencial.</p><p>d) exerce função de adjunto adnominal, portanto é um termo acessório.</p><p>e) exerce função de adjunto adverbial, portanto é um termo acessório.</p><p>Resposta: Letra B. A expressão destacada exerce a função de aposto – uma informação a mais</p><p>sobre o termo citado anteriormente (no caso, Minas Gerais). É um termo acessório, podendo</p><p>ser retirado do período sem prejudicar a coerência.</p><p>8. (TRF-1.ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – INFORMÁTICA – FCC-2014)</p><p>Em 1980, um gigabyte de dados armazenados ocupava uma sala...</p><p>O verbo que exige complemento tal como o sublinhado acima está em:</p><p>a) A capacidade de computação duplicou a cada 18 meses nos últimos 20 anos ...</p><p>b) ... que deriva da informação.</p><p>c) ... que reduz as barreiras ao acesso.</p><p>d) ... do que era nos anos 70.</p><p>e) ... atualmente, 200 gigabytes cabem no bolso de uma camisa.</p><p>Resposta: Letra C. “Ocupava uma sala” = transitivo direto</p><p>Em “a”: A capacidade de computação duplicou = verbo intransitivo</p><p>Em “b”: que deriva da informação = transitivo indireto</p><p>Em “c”: que reduz as barreiras = transitivo direto</p><p>Em “d”: do que era nos anos 70 = verbo de ligação</p><p>Em “e”: atualmente, 200 gigabytes cabem = verbo intransitivo</p><p>9. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>176</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>“Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente</p><p>ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos</p><p>deste importante e eficaz veículo de comunicação”. Sobre as ocorrências do vocábulo que,</p><p>nesse segmento do texto, é correto afirmar que:</p><p>a) são pronomes relativos com o mesmo antecedente;</p><p>b) exemplificam classes gramaticais diferentes;</p><p>c) mostram diferentes funções sintáticas;</p><p>d) são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática;</p><p>e) iniciam o mesmo tipo de oração subordinada.</p><p>Resposta: Letra D. “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet,</p><p>que (= a qual) se ressente ainda da falta de uma legislação específica que (= a qual) coíba não</p><p>somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação” = ambos</p><p>podem ser substituídos por “a qual”, portanto são pronomes relativos (pertencem à mesma</p><p>classe gramatical); o 1.º inicia uma oração subordinada adjetiva explicativa; o 2.º, adjetiva</p><p>restritiva.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>177</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>10. (TRE-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CONSULPLAN)</p><p>Analise as afirmações apresentadas a seguir.</p><p>I. Em “Existe alguma hora que não seja de relógio?”, a oração sublinhada é uma oração</p><p>subordinada adjetiva explicativa.</p><p>II. Em “[...] tem surgido, cada vez mais frequente, o diminutivo do gerúndio.”, a expressão</p><p>destacada atua como sujeito</p><p>da locução verbal “ter surgido”.</p><p>III. “Não pense que para por aí [...]”, a oração sublinhada é uma oração subordinada</p><p>substantiva objetiva direta.</p><p>IV. Em “[...] se te chamarem de ‘queridinho’, querem é que você exploda.”, a oração</p><p>destacada é uma oração subordinada adverbial causal.</p><p>Estão corretas apenas as afirmativas</p><p>a) I e II.</p><p>b) II e III.</p><p>c) III e IV.</p><p>d) I, II e IV</p><p>Resposta: Letra B. Em “I” - “Existe alguma hora que não seja de relógio?”, a oração sublinhada</p><p>é uma oração subordinada adjetiva explicativa = substituindo “que” por “a qual”, continua</p><p>com sentido, então é pronome relativo – presente nas adjetivas, mas no período em questão</p><p>temos uma restritiva = incorreta.</p><p>Em “II” - tem surgido, cada vez mais frequente, o diminutivo do gerúndio.”, a expressão</p><p>destacada atua como sujeito da locução verbal “ter surgido” = correta</p><p>Em “III” - “Não pense que para por aí [...]”, a oração sublinhada é uma oração subordinada</p><p>substantiva objetiva direta = correta</p><p>Em “IV” - se te chamarem de ‘queridinho’, a oração destacada é uma oração subordinada</p><p>adverbial causal = adverbial condicional (“se”) = incorreta.</p><p>Crase</p><p>A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao emprego da</p><p>preposição “a” como artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos pronomes</p><p>demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e com o “a” pertencente ao pronome relativo a</p><p>qual (as quais). Casos estes em que tal fusão encontra-se demarcada pelo acento grave ( ` ):</p><p>à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às quais.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>178</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O uso do acento indicativo de crase está condicionado aos nossos conhecimentos acerca da</p><p>regência verbal e nominal, mais precisamente ao termo regente e termo regido. Ou seja, o</p><p>termo regente é o verbo - ou nome -que exige complemento regido pela preposição “a”, e o</p><p>termo regido é aquele que completa o sentido do termo regente, admitindo a anteposição do</p><p>artigo a(s).</p><p>Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela contratada recentemente.</p><p>Após a junção da preposição com o artigo (destacados entre parênteses), temos:</p><p>Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada recentemente.</p><p>O verbo referir, de acordo com sua transitividade classifica-se como transitivo indireto, pois</p><p>sempre nos referimos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o artigo feminino</p><p>(à) e com o artigo feminino a + o pronome demonstrativo aquela (àquela).</p><p>Observações importantes:</p><p>Alguns recursos servem de ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da crase.</p><p>Eis alguns:</p><p>• Substitui-se a palavra feminina por uma masculina equivalente. Caso ocorra a combinação</p><p>a + o(s), a crase está confirmada.</p><p>Os dados foram solicitados à diretora.</p><p>Os dados foram solicitados ao diretor.</p><p>• No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso</p><p>resulte na expressão “voltar da”, há a confirmação da crase.</p><p>Faremos uma visita à Bahia.</p><p>Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada)</p><p>Não me esqueço da viagem a Roma.</p><p>Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos jamais vividos.</p><p>FIQUE ATENTO!</p><p>Nas situações em que o nome geográfico se apresentar modificado por um adjunto</p><p>adnominal, a crase está confirmada.</p><p>Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas praias.</p><p>Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo:</p><p>Vou a Campinas. = Volto de Campinas.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>179</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>(crase pra quê?)</p><p>Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!)</p><p>Quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:</p><p>Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO</p><p>DE”.</p><p>Irei à Salvador de Jorge Amado. A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s)</p><p>e aquilo receberão o acento grave se o termo regente exigir complemento regido da</p><p>preposição “a”.</p><p>Entregamos a encomenda àquela menina.</p><p>(preposição + pronome demonstrativo)</p><p>Iremos àquela reunião.</p><p>(preposição + pronome demonstrativo)</p><p>Sua história é semelhante às que eu ouvia quando criança. (àquelas que eu ouvia quando</p><p>criança)</p><p>(preposição + pronome demonstrativo)</p><p>A letra “a” que acompanha locuções femininas (adverbiais, prepositivas e conjuntivas)</p><p>recebem o acento grave:</p><p>• locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pressas, à vontade...</p><p>• locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura de...</p><p>• locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.</p><p>Cuidado: quando as expressões acima não exercerem a função de locuções não ocorrerá</p><p>crase. Repare:</p><p>Eu adoro a noite!</p><p>Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer</p><p>objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não preposição.</p><p>Casos passíveis de nota:</p><p>• A crase é facultativa diante de nomes próprios femininos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.</p><p>• Também é facultativa diante de pronomes possessivos femininos: O diretor fez referência a</p><p>(à) sua empresa.</p><p>• Facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará aberta até as (às) dezoito horas.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>180</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>• Constata-se o uso da crase se as locuções prepositivas à moda de, à maneira de</p><p>apresentarem-se implícitas, mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por</p><p>comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)</p><p>• Não se efetiva o uso da crase diante da locução adverbial “a distância”: Na praia de</p><p>Copacabana, observamos a queima de fogos a distância.</p><p>Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá</p><p>crase: O pedestre foi arremessado à distância de cem metros.</p><p>• De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -, faz-se necessário o emprego da crase.</p><p>Ensino à distância.</p><p>Ensino a distância.</p><p>• Em locuções adverbiais formadas por palavras repetidas, não há ocorrência da crase.</p><p>Ela ficou frente a frente com o agressor.</p><p>Eu o seguirei passo a passo.</p><p>Casos em que não se admite o emprego da crase:</p><p>Antes de vocábulos masculinos.</p><p>As produções escritas a lápis não serão corrigidas.</p><p>Esta caneta pertence a Pedro.</p><p>Antes de verbos no infinitivo.</p><p>Ele estava a cantar.</p><p>Começou a chover.</p><p>Antes de numeral.</p><p>O número de aprovados chegou a cem.</p><p>Faremos uma visita a dez países.</p><p>Observações:</p><p>• Nos casos em que o numeral indicar horas – funcionando como uma locução adverbial</p><p>feminina – ocorrerá crase: Os passageiros partirão às dezenove horas.</p><p>• Diante de numerais ordinais femininos a crase está confirmada, visto que estes não podem</p><p>ser empregados sem o artigo: As saudações foram direcionadas à primeira aluna da classe.</p><p>• Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quandoessa não se apresentar determinada:</p><p>Chegamos todos exaustos a casa.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>181</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto adnominal, a crase estará confirmada:</p><p>Chegamos todosexaustos à casa de Marcela.</p><p>• Não há crase antes da palavra “terra”, quando essa indicar chão firme: Quando os</p><p>navegantes regressaram a terra, já era noite.</p><p>Contudo, se o termo estiver precedido por um determinante ou referir-se ao planeta Terra,</p><p>ocorrerá crase.</p><p>Paulo viajou rumo à sua terra natal.</p><p>O astronauta voltou à Terra.</p><p>• Não ocorre crase antes de pronomes que requerem o uso do artigo.</p><p>Os livros foram entregues a mim.</p><p>Dei a ela a merecida recompensa.</p><p>• Pelo fato de os pronomes de tratamento relativos à senhora, senhorita e madame admitirem</p><p>artigo, o uso da crase está confirmado no “a” que os antecede, no caso de o termo regente</p><p>exigir a preposição. Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia.</p><p>• Não ocorre crase antes de nome feminino</p><p>utilizado em sentido genérico ou indeterminado:</p><p>Estamos sujeitos a críticas.</p><p>Refiro-me a conversas paralelas.</p><p>EXERCÍCIOS COMENTADOS</p><p>1. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO - SOLDADO PM 2.ª CLASSE – VUNESP/2017)</p><p>O acentoindicativo de crase está empregado corretamente em:</p><p>a) O personagem evita considerar à internet responsável por suas atitudes.</p><p>b) O personagem reconheceu que já tinha uma propensão à jogar o tempo fora.</p><p>c) O personagem tinha um comportamento indiferente àqualquer influência da internet.</p><p>d) O personagem refere-se à uma maneira de se portar com relação ao tempo.</p><p>e) O personagem revelou à pessoa com quem conversava que jogava o tempo fora.</p><p>Resposta: Letra E. Aos itens: Em “a”, evita considerar à internet = a internet (objeto</p><p>direto)</p><p>Em “b”, tinha uma propensão à jogar = a jogar (sem acento grave indicativo de crase antes de</p><p>verbo no infinitivo)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>182</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Em “c”, tinha um comportamento indiferente à qualquer influência = a qualquer (antes de</p><p>pronome indefinido)</p><p>Em “d”, refere-se à uma maneira = a uma (antes de artigo indefinido)</p><p>Em “e”, O personagem revelou à pessoa com quem conversava que jogava o tempo fora =</p><p>revelou o quê? que jogava o tempo fora; revelou a quem? à pessoa (objeto indireto, com</p><p>preposição) = correta.</p><p>2. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VUNESP-2017)</p><p>Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir.</p><p>Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de atendimento _____ presos da Casa de</p><p>Detenção, em São Paulo, o médico oncologista Drauzio Varella chega ao fim de</p><p>uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. Depois de “Estação Carandiru” (1999), que mostra</p><p>________ entranhas daquela que foi ________maior prisão da América Latina, e de</p><p>“Carcereiros” (2012), sobre os funcionários que trabalham no sistema prisional, Varella agora</p><p>faz um retrato das detentas da Penitenciária Feminina da Capital, também na capital paulista,</p><p>onde cumprem pena mais de duas mil mulheres. (https://oglobo.globo.com. Adaptado).</p><p>a) à … às … a</p><p>b) a … as … a</p><p>c) a … às … a</p><p>d) à … às … à</p><p>e) a … as … à</p><p>Resposta: Letra B. Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de atendimento a (preposição</p><p>– regência nominal de “atendimento”, mas sem acento grave por</p><p>estar diante de palavra masculina) presos da Casa de Detenção, em São Paulo, o médico</p><p>oncologista Drauzio Varella chega ao fim de uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. Depois de</p><p>“Estação Carandiru” (1999), que mostra as (objeto direto do verbo “mostrar”) entranhas</p><p>daquela que foi a (artigo definido) maior prisão da América Latina, e de “Carcereiros” (2012),</p><p>sobre os funcionários que trabalham no sistema prisional, Varella agora faz um retrato das</p><p>detentas da Penitenciária Feminina da Capital, também na capital paulista, onde cumprem</p><p>pena mais de duas mil mulheres. Teremos: a / as / a.</p><p>3. (CÂMARA MUNICIPAL DE DOIS CÓRREGOS-SP – OFICIAL DE ATENDIMENTO E</p><p>ADMINISTRAÇÃO – VUNESP-2018)</p><p>Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado corretamente.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>183</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>a) Algumas pessoas com supermemória chegam à sofrer com dores de cabeça.</p><p>b) Há lembranças tão vivas que nos fazem voltar à episó- dios de nosso passado.</p><p>c) Lembrar-se do passado pode ser uma tarefa muito difícil à determinadas pessoas.</p><p>d) Ela referiu-se à vontade de esquecer completamente os momentos dolorosos.</p><p>e) Ao nos atermos à uma experiência ruim, desconsideramos o que ela traz de bom.</p><p>Resposta: Letra D. Aos itens: Em “a”, chegam à sofrer = a sofrer (antes de verbo no</p><p>infinitivo não se usa acento grave).</p><p>Em “b”, que nos fazem voltar à episódios = a episódios (palavra masculina e no plural)</p><p>Em “c”, pode ser uma tarefa muito difícil à determinadas = a determinadas (palavra no plural</p><p>e presença só da preposição)</p><p>Em “d”, Ela referiu-se à vontade = correta (quem se refere, refere-se a algo ou a alguém).</p><p>Em “e”, Ao nos atermos à uma experiência = a uma (antes de artigo indefinido).</p><p>4. (IPSM-SP - ASSISTENTE DE GESTÃO MUNICIPAL - VUNESP-2018)</p><p>De acordo com a norma- -padrão, o acento indicativo da crase está corretamente empregado</p><p>em:</p><p>a) O leitor aludiu à escrita como se ela fosse questão detalento: quem não tem, não vai nunca</p><p>aprender.</p><p>b) A escrita deve levar o texto à uma riqueza, marcada pela clareza e precisão, afastando o</p><p>leitor da confusão ou tédio.</p><p>c) De parte à parte, o texto precisa organizar-se como um tecido coeso e claro, instigando,</p><p>assim, o leitor.</p><p>d) Existem aquelas pessoas que chegam à conclusões semelhantes, no entanto elas seguem</p><p>pelo lado oposto.</p><p>e) Também não estamos falando só de correção gramatical e ortográfica. Estamos nos</p><p>referindo à pensamento.</p><p>Resposta: Letra A. Em “a”, O leitor aludiu à escrita =correta (regência do verbo “aludir” pede</p><p>preposição)</p><p>Em “b”, A escrita deve levar o texto à uma riqueza = a uma (antes de artigo indefinido)</p><p>Em “c”, De parte à parte = parte a parte (entre palavras repetidas)</p><p>Em “d”, Existem aquelas pessoas que chegam à conclusões = a conclusões (antes de palavra</p><p>no plural e o “a” está “sozinho” = somente preposição)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>184</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Em “e”, Estamos nos referindo à pensamento = a pensamento (palavra masculina)</p><p>5. (PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES-SP - AUXILIAR DE APOIO</p><p>ADMINISTRATIVO - VUNESP-2018)</p><p>No começo do século 20, a rápida industrialização nos Estados Unidos deu origem _______</p><p>algumas das maiores fortunas que o mundo já viu. Famílias como os Vanderbilt e os</p><p>Rockefeller investiram em ferrovias, petróleo e aço, obtendo um grande retorno, e passaram</p><p>_________ ostentar sua riqueza. O período ficou conhecido como Era Dourada. A</p><p>desigualdade nunca foi tão grande – até</p><p>agora. É o que mostra um relatório da UBS, companhia de serviços financeiros, feito em</p><p>parceria com a consultora PwC.</p><p>Para os autores do documento, a primeira Era Dourada aconteceu entre 1870 e 1910. Segundo</p><p>eles, a atual começou em 1980 e deve se estender pelos próximos 10 a 20 anos, prolongada</p><p>pelo desempenho econômico da Ásia e de negócios ligados ________ tecnologia.</p><p>(IstoÉ, 15.11.2017. Adaptado) Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto</p><p>devem ser preenchidas, respectivamente, com:</p><p>a) a … a … a</p><p>b) à … à … à</p><p>c) a … à … à</p><p>d) à … à … a</p><p>e) a … a … à</p><p>Resposta: Letra E. Vamos aos trechos: a rápida industrialização nos Estados Unidos deu</p><p>origem a algumas das maiores fortunas = antes de pronome indefinido e passaram a ostentar</p><p>sua riqueza = antes de verbo no infinitivo e de negócios ligados à tecnologia = regência</p><p>nominal de “ligados” pede preposição</p><p>6. (CÂMARA MUNICIPAL DE COTIA-SP – CONTADOR -VUNESP-2017)</p><p>Assinale a alternativa correta quanto aoemprego do acento indicativo da crase.</p><p>a) A circulação instantânea das notícias falsas, as quaischegam à um grande público devido à</p><p>rapidez da internet, é favorável à formação de ondas de credulidade.</p><p>b) A circulação instantânea das notícias falsas, às quais chegam à muitas pessoas devido a</p><p>rapidez da internet, favorece que se formem ondas de credulidade.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>185</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>c) A circulação instantânea das notícias falsas, as quais chegam a muitas pessoas devido à</p><p>rapidez da internet, é favorável à formação de ondas de credulidade.</p><p>d) A circulação instantânea das notícias falsas, às quais chegam a um grande número de</p><p>pessoas devido à rapidez da internet, é favorável as ondas de credulidade que se formam.</p><p>e) A circulação instantânea das notícias falsas, às quais chegam a muitas pessoas devido a</p><p>rapidez da internet, favorece à formação de ondas de credulidade.</p><p>Resposta: Letra C Acertos entre parênteses: Em “a”, as quais chegam à um (a um) grande</p><p>público devido à rapidez (ok) da internet, é favorável à formação (ok)</p><p>Em “b”, às quais (as quais) chegam à muitas (a muitas) pessoas devido a rapidez (à rapidez)</p><p>da internet</p><p>Em “c”, as quais chegam a muitas pessoas devido à rapidez da internet, é favorável à formação</p><p>= correta</p><p>Em “d”, às quais (as quais) chegam a um (ok) grande número de pessoas devido à rapidez (ok)</p><p>da internet, é favorável as ondas (às ondas)</p><p>Em “e”, às quais (as quais) chegam a muitas (ok) pessoas devido a rapidez (à rapidez) da</p><p>internet, favorece à formação (a formação) Observação: quanto à regência verbal de</p><p>“favorecer” = pede complemento verbal direto (favorece o quê? favorece quem?); já a</p><p>regência nominal de “favorá- vel” pede preposição (favorável a quem? a quê?).</p><p>Sinônimos, antônimos e parônimos. Sentido próprio e figurado das palavras.</p><p>Semântica é o estudo da significação das palavras e das suas mudanças de significação através</p><p>do tempo ou em determinada época. A maior importância está em distinguir sinônimos e</p><p>antônimos (sinonímia / antonímia) e homônimos e parônimos (homonímia / paronímia).</p><p>Sinônimos</p><p>São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto - abecedário; brado, grito - clamor;</p><p>extinguir, apagar - abolir.</p><p>Duas palavras são totalmente sinônimas quando são substituíveis, uma pela outra, em</p><p>qualquer contexto (cara e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando,</p><p>ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra, em determinado enunciado</p><p>(aguardar e esperar).</p><p>Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de</p><p>sinônimos: adversário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo;</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>186</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transformação e metamorfose;</p><p>oposição e antítese.</p><p>Antônimos</p><p>São palavras que se opõem através de seu significado: ordem - anarquia; soberba - humildade;</p><p>louvar - censurar; mal - bem.</p><p>Observação: A antonímia pode se originar de um prefixo de sentido oposto ou negativo:</p><p>bendizer e maldizer; simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo</p><p>e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista; simétrico e assimétrico.</p><p>Homônimos e Parônimos</p><p>- Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas</p><p>significados diferentes. Podem ser</p><p>a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia:</p><p>rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo);</p><p>denúncia (subst.) e denuncia (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo).</p><p>b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita:</p><p>acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmonizar) e consertar (reparar); cela</p><p>(compartimento) e sela (arreio); censo (recenseamento) e senso (juízo); paço (palácio) e passo</p><p>(andar).</p><p>c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou perfeitas): São palavras iguais na escrita e</p><p>na pronúncia:</p><p>caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (adv.); livre (adj.) e livre (verbo).</p><p>- Parônimos = palavras com sentidos diferentes, porém de formas relativamente próximas.</p><p>São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de vime; cesta de</p><p>basquete/esporte) e sesta (descanso após o almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está</p><p>para ocorrer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ ou verbo “ser” no</p><p>imperativo) e cede (verbo), comprimento (medida) e cumprimento (saudação), autuar</p><p>(processar) e atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir (atender a) e diferir</p><p>(divergir), suar (transpirar) e soar (emitir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar;</p><p>apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a movimento, trânsito), mandato</p><p>(procuração) e mandado (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar, afundar).</p><p>Hiperonímia e Hiponímia</p><p>Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem a um mesmo campo semântico (de</p><p>sentido), sendo o hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperônimo, mais</p><p>abrangente.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>187</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipônimo, criando, assim, uma relação de</p><p>dependência semântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperonímia com carros,</p><p>já que veículos é uma palavra de significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões.</p><p>Veículos é um hiperônimo de carros.</p><p>Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em quaisquer contextos, mas o oposto não é</p><p>possível. A utilização correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a repetição</p><p>desnecessária de termos.</p><p>Denotação e Conotação</p><p>Exemplos de variação no significado das palavras:</p><p>Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido literal)</p><p>Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido figurado)</p><p>Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)</p><p>As variações nos significados das palavras ocasionam o sentido denotativo (denotação) e o</p><p>sentido conotativo (conotação) das palavras.</p><p>Denotação</p><p>Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu significado original,</p><p>independentemente do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado mais objetivo</p><p>e comum, aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro</p><p>significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.</p><p>A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva,</p><p>assumindo um caráter prático. É utilizada em textos informativos, como jornais,</p><p>regulamentos, manuais de instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros.</p><p>A palavra “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pedaço de madeira.</p><p>Outros exemplos:</p><p>O elefante é um mamífero.</p><p>As estrelas deixam o céu mais bonito!</p><p>Conotação</p><p>Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes significados, sujeitos</p><p>a diferentes interpretações, dependendo do contexto em que esteja inserida, referindo-se a</p><p>sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua</p><p>significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido</p><p>figurado e simbólico. Como no exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo ela pode</p><p>significar castigo (dar-lhe um pau), reprovação (tomei pau no concurso).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>188</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da mensagem, através</p><p>da expressividade e afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa linguagem</p><p>poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em</p><p>anúncios publicitários, entre outros. Exemplos:</p><p>Você é o meu sol!</p><p>Minha vida é um mar de tristezas.</p><p>Você tem um coração de pedra!</p><p>* Dica: Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal, quando o</p><p>termo é utilizado com o sentido que consta no dicionário.</p><p>Polissemia</p><p>Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir multiplicidade de sentidos, que só se</p><p>explicam dentro de um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra, mas que abarca</p><p>um grande número de significados dentro de seu próprio campo semântico.</p><p>Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos que o prefixo “poli” significa</p><p>multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as</p><p>situações de aplicabilidade. Há uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a</p><p>ocorrência da polissemia:</p><p>O rapaz é um tremendo gato.</p><p>O gato do vizinho é peralta.</p><p>Precisei fazer</p><p>um gato para que a energia voltasse.</p><p>Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivência</p><p>O passarinho foi atingido no bico.</p><p>Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de computadores e rede elétrica, por</p><p>exemplo, temos em comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de</p><p>“entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, que pode ser utilizada representando</p><p>“tecido”, “prisão” ou “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o formato</p><p>quadriculado que têm.</p><p>Polissemia e homonímia</p><p>A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum. Quando a mesma palavra</p><p>apresenta vários significados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando</p><p>duas ou mais palavras com origens e significados distintos têm a mesma grafia e fonologia,</p><p>temos uma homonímia.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>189</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode significar uma fruta ou uma parte de</p><p>uma camisa. Não é polissemia porque os diferentes significados para a palavra “manga” têm</p><p>origens diferentes. “Letra” é uma palavra polissêmica: pode significar o elemento básico do</p><p>alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os</p><p>diferentes significados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da</p><p>escrita.</p><p>Polissemia e ambiguidade</p><p>Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na interpretação. Na língua portuguesa,</p><p>um enunciado pode ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpretação. Esta</p><p>ambiguidade pode ocorrer devido à colocação específica de uma palavra (por exemplo, um</p><p>advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase:</p><p>Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequentemente são felizes.</p><p>Neste caso podem existir duas interpretações diferentes:</p><p>As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são felizes porque têm uma</p><p>alimentação equilibrada.</p><p>De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode induzir uma pessoa a fazer mais</p><p>do que uma interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito importante saber qual</p><p>o contexto em que a frase é proferida.</p><p>Muitas vezes, a disposição das palavras na construção do enunciado pode gerar ambiguidade</p><p>ou, até mesmo, comicidade. Repare na figura abaixo:</p><p>Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, mas duas seriam:</p><p>Corte e coloração capilar</p><p>ou</p><p>Faço corte e pintura capilar.</p><p>Figura de Linguagem, Pensamento e Construção</p><p>Figura de Palavra</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>190</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego</p><p>figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma</p><p>associação, uma comparação, uma similaridade.</p><p>Estes dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade - permitem-nos reconhecer dois</p><p>tipos de figuras de palavras: a metáfora e a metonímia.</p><p>Metáfora</p><p>Consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma</p><p>relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e percebe</p><p>entre elas certas semelhanças. É o emprego da palavra fora de seu sentido normal.</p><p>Observação: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento</p><p>comparativo não aparece.</p><p>Seus olhos são como luzes brilhantes.</p><p>O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como.</p><p>Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.</p><p>Neste exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e</p><p>sim símile, ou seja, qualidade do que é semelhante.</p><p>Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.</p><p>Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta é a verdadeira metáfora.</p><p>Observe outros exemplos:</p><p>1) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa)</p><p>Neste caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de</p><p>semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez,</p><p>a profundidade, a inatingibilidade, etc.).</p><p>2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum.</p><p>Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso</p><p>dessa expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente inútil), há</p><p>uma comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma</p><p>estrada de terra que leva a lugar algum.</p><p>A Amazônia é o pulmão do mundo.</p><p>Em sua mente povoa só inveja.</p><p>Metonímia</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>191</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>É a substituição de um nome por outro, em virtude de existir entre eles algum relacionamento.</p><p>Tal substituição pode acontecer dos seguintes modos:</p><p>1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra literária de Machado</p><p>de Assis).</p><p>2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo).</p><p>3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião).</p><p>4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso Havana. (= Fumei um saboroso charuto).</p><p>5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Só- crates tomou veneno).</p><p>6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o</p><p>alimento que produzo).</p><p>7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no</p><p>cálice).</p><p>8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os</p><p>repórteres foram atrás dos jogadores).</p><p>9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam</p><p>apressadamente).</p><p>10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam</p><p>e sofrem nesse mundo).</p><p>11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As</p><p>mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher).</p><p>12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da</p><p>marca Danone).</p><p>13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua).</p><p>14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu</p><p>lado).</p><p>Saiba que: Sinédoque se relaciona com o conceito de extensão (como nos exemplos 9, 10 e</p><p>11, acima), enquanto que a metonímia abrange apenas os casos de analogia ou de relação.</p><p>Não há necessidade, atualmente, de se fazer distinção entre ambas as figuras.</p><p>Catacrese</p><p>Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma</p><p>ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro</p><p>“emprestado”.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>192</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: “asa da</p><p>xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do</p><p>abacaxi”.</p><p>Perífrase ou Antonomásia</p><p>Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou</p><p>atributos, ou de um fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por outro ou por uma</p><p>expressão que facilmente o identifique:</p><p>A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.</p><p>A Cidade-Luz (=Paris)</p><p>O rei das selvas (=o leão)</p><p>Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia.</p><p>Exemplos:</p><p>O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.</p><p>O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem.</p><p>O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.</p><p>Sinestesia</p><p>Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos</p><p>do sentido. É o cruzamento de sensações distintas.</p><p>Um grito áspero revelava tudo o</p><p>de clímax.</p><p>Desfecho</p><p>Após o clímax, a história caminha para o seu final. O desfecho ou desenlace é a parte do texto</p><p>em que o leitor conhece as consequências das situações narradas. O desfecho é, em grande</p><p>parte dos casos, a parte do texto em que o conflito se resolve.</p><p>Outras estruturas</p><p>Na literatura, há muitos exemplos de textos narrativos que não seguem a estrutura descrita</p><p>acima.</p><p>Alguns já começam pelo conflito, sem situação inicial. Outros não são lineares: iniciam pelo</p><p>desfecho ou por alguma parte do desenvolvimento e depois voltam ao início. Há textos em</p><p>que, a todo momento, cenas do passado são trazidas para o presente (esse recurso é</p><p>conhecido como analepse ou flashback).</p><p>Enfim: quando se trata da estrutura da narrativa, existem muitas possibilidades de criação.</p><p>Tipos de texto narrativo e exemplos</p><p>Romance</p><p>O romance é um relato extenso de uma série de situações de conflito envolvendo mais de</p><p>uma personagem. Caracteriza-se por uma tentativa de criar um universo imaginário em que</p><p>se exploram questões sociais, políticas ou psicológicas. São exemplos de romance Dom</p><p>Casmurro, de Machado de Assis, Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, e A Hora da</p><p>Estrela, de Clarice Lispector.</p><p>Conto</p><p>O conto é uma narrativa breve, concisa, geralmente organizada em torno de algum episódio</p><p>da vida da personagem. Diferentemente do romance, o conto se limita a explorar um único</p><p>conflito. Exemplos de conto são “O peru de Natal”, de Mário de Andrade, “O homem que sabia</p><p>javanês”, de Lima Barreto, e “Antes do baile verde”, de Lygia Fagundes Telles.</p><p>https://www.significados.com.br/romance/</p><p>https://www.significados.com.br/conto/</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>17</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Crônica</p><p>A crônica é um texto curto, geralmente publicado em jornais, revistas e blogs. É quase sempre</p><p>narrada em primeira pessoa e aborda, em linguagem coloquial, algum tema do cotidiano. São</p><p>exemplos de crônica “A última crônica”, de Fernando Sabino, “O solitário”, de Rachel de</p><p>Queiroz, e “O Conde e o passarinho”, de Rubem Braga.</p><p>Fábula</p><p>A fábula é um tipo de texto, em prosa ou em verso, que se distingue de outros gêneros</p><p>narrativos pela presença de animais ou mesmo seres inanimados como personagens. Outra</p><p>característica da fábula é o conteúdo de caráter moral que a história transmite. São exemplos</p><p>de fábulas “A Águia e a Coruja”, de Monteiro Lobato, “A Raposa e as uvas” e “A Lebre e a</p><p>Tartaruga”, de Esopo.</p><p>Tipos de narrador</p><p>O narrador é quem conta a história. Não se pode confundi-lo com o autor, que é quem</p><p>escreveu o texto. O narrador, portanto, é uma entidade fictícia. Muitos estudiosos já se</p><p>debruçaram sobre o tema, de modo que há diversas classificações de narrador. Vejamos</p><p>os tipos de narrador mais conhecidos:</p><p>Narrador personagem</p><p>Este tipo de narrador participa diretamente da ação enquanto personagem. O narrador pode</p><p>ser a personagem principal da história (autodiegético) ou personagem secundário</p><p>(homodiegético). Como participa da história, o narrador geralmente usa a 1ª pessoa.</p><p>Em “A última crônica”, de Fernando Sabino, podemos notar, logo na primeira frase, que quem</p><p>narra a história é uma personagem: “A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para</p><p>tomar um café junto ao balcão.”</p><p>Narrador observador</p><p>Não participando da história, este tipo de narrador relata os acontecimentos em 3ª pessoa</p><p>como um observador. É também chamado de narrador heterodiegético. Um exemplo desse</p><p>tipo de narrador encontramos na fábula “A Águia e a Coruja”, de Monteiro Lobato.</p><p>Dá-se o nome de narrador onisciente ao narrador que sabe tudo o que se passa, inclusive</p><p>dentro da cabeça das personagens. O narrador onisciente pode ser intruso (aquele que chega</p><p>a tecer comentários e juízos de valor) ou neutro (que não faz comentários e narra os</p><p>acontecimentos de forma mais objetiva).</p><p>Denotação e Conotação</p><p>A conotação e a denotação são as formas como usamos as palavras e os sentidos que elas</p><p>têm.</p><p>https://www.significados.com.br/cronica/</p><p>https://www.significados.com.br/fabula/</p><p>https://www.significados.com.br/tipos-de-narrador/</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>18</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Quando usamos uma palavra no sentido literal, ou seja, de acordo com o significado do</p><p>dicionário, ela é chamada de denotativa. Mas, quando usamos uma palavra no sentido</p><p>figurado, dizemos que ela é conotativa.</p><p>Assim:</p><p>Denotação - emprego do sentido real, literal das palavras e expressões, por exemplo: Depois</p><p>de jogar bola, nós comemos um churrasco.</p><p>Conotação - emprego do sentido subjetivo, figurado das palavras e expressões, por exemplo:</p><p>Ele comeu bola na prova de matemática.</p><p>Na primeira frase, o termo “bola” está empregado em sentido denotativo, que se refere ao</p><p>objeto esférico utilizado para jogar futebol, basquete e vôlei.</p><p>Já na segunda frase, a expressão “comer bola” está em sentido conotativo, que significa:</p><p>cometer um erro. Note que não poderíamos utilizar essa expressão no sentido real, uma vez</p><p>que “comer bola” é algo impensável.</p><p>O que é denotação</p><p>A denotação é o uso das palavras no sentido próprio, ou seja, no sentido do dicionário, que</p><p>chamamos de literal.</p><p>Ela é objetiva e precisa. A sua intenção é transmitir uma mensagem que não deixe espaço para</p><p>outras interpretações.</p><p>A linguagem denotativa é a que se manifesta com palavras no sentido denotativo. Assim, é a</p><p>linguagem usada em notícias e reportagens, bulas de remédios, manuais de instrução e textos</p><p>científicos.</p><p>Exemplos de denotação</p><p>O homem foi picado por uma cobra.</p><p>Piolin foi um palhaço muito famoso.</p><p>Alguém atirou uma pedra na janela.</p><p>O meu animal preferido é o gato.</p><p>Acende o fogo!</p><p>O que é conotação</p><p>A conotação é o uso das palavras no sentido figurado.</p><p>Ela é subjetiva. A sua intenção é transmitir uma mensagem que deixa espaço para</p><p>interpretações diferentes, que vão além do sentido que têm no dicionário.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>19</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A linguagem conotativa é a que se manifesta com palavras no sentido conotativo. Assim, é a</p><p>linguagem usada em textos literários (poemas, crônicas, novelas), mensagens publicitárias,</p><p>charges e tirinhas, história em quadrinhos.</p><p>Exemplos de conotação:</p><p>Dizem que aquela mulher é uma cobra.</p><p>Ele não deixa ninguém ficar triste. É um verdadeiro palhaço.</p><p>Você tem um coração de pedra!</p><p>Aquele ator é um gato.</p><p>Essa matéria é fogo.</p><p>Sentido denotativo e sentido conotativo</p><p>O sentido denotativo é o sentido original, que também chamamos de sentido próprio ou</p><p>literal, que as palavras têm. Muitas vezes, ele é caracterizado pelo sentido do dicionário, ou</p><p>seja, a primeira acepção da palavra.</p><p>O sentido conotativo é o sentido figurado, que é um sentido subjetivo, porque depende do</p><p>contexto em que é empregado. É muito utilizado na literatura, por exemplo, quando muitas</p><p>palavras têm forte carga de sensações e sentimentos.</p><p>Nos dicionários, depois do sentido denotativo (real) da palavra há o sentido conotativo</p><p>(figurado), que é apresentado entre parênteses ou colchetes,</p><p>Vejamos abaixo o significado da palavra "cachorro" no Dicio - Dicionário Online de Português:</p><p>Cachorro</p><p>Substantivo masculino</p><p>Cão novo; qualquer cão.</p><p>[Figurado] Homem desaforado, de mau-caráter ou mau gênio; indivíduo desprezível;</p><p>canalha.</p><p>Exemplos de frases com a palavra cachorro no sentido denotativo e conotativo:</p><p>O cachorro da vizinha fugiu essa manhã. (sentido denotativo)</p><p>Aquele homem é um cachorro. (sentido conotativo)</p><p>Nas orações acima, a palavra “cachorro” é utilizada em dois sentidos diferentes: denotativo e</p><p>conotativo.</p><p>Na primeira frase, a palavra “cachorro” está empregado de forma denotativa, ou seja, no</p><p>sentido real e original do termo: animal.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>20</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Já</p><p>que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil)</p><p>No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; escuro =</p><p>visual)</p><p>Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil)</p><p>Antítese</p><p>Consiste no emprego de palavras que se opõem quanto ao sentido. O contraste que se</p><p>estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se</p><p>conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. Observe os exemplos:</p><p>“O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)</p><p>O corpo é grande e a alma é pequena.</p><p>“Quando um muro separa, uma ponte une.”</p><p>Não há gosto sem desgosto.</p><p>Paradoxo ou oximoro</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>193</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>É a associação de ideias, além de contrastantes, contraditórias. Seria a antítese ao extremo.</p><p>Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.</p><p>Ouvimos as vozes do silêncio.</p><p>Eufemismo</p><p>É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar</p><p>alguma coisa áspera, desagradável ou chocante.</p><p>Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu)</p><p>O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)</p><p>Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)</p><p>Faltar à verdade. (= mentir)</p><p>Ironia</p><p>É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que as palavras ou frases expressam,</p><p>geralmente apresentando intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construída para</p><p>que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode passar uma ideia exatamente oposta à</p><p>desejada pelo emissor.</p><p>Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mínima.</p><p>Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.</p><p>O governador foi sutil como um elefante.</p><p>Hipérbole</p><p>É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia.</p><p>Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.</p><p>“Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)</p><p>O concurseiro quase morre de tanto estudar!</p><p>Prosopopeia ou Personificação</p><p>É a atribuição de ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características</p><p>humanas a seres não humanos. Observe os exemplos:</p><p>As pedras andam vagarosamente.</p><p>O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.</p><p>A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>194</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Chora, violão.</p><p>Apóstrofe</p><p>Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o</p><p>objetivo do discurso, que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo</p><p>chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- rio ou não. A introdução da</p><p>apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a</p><p>que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com tal invocação. Realiza-se por</p><p>meio do vocativo.</p><p>Exemplos:</p><p>Moça, que fazes aí parada?</p><p>“Pai Nosso, que estais no céu”</p><p>Deus, ó Deus! Onde estás?</p><p>Gradação</p><p>Apresentação de ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem ascendente</p><p>(clímax) ou descendente (anticlímax). Observe este exemplo:</p><p>Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com seus olhos claros e brincalhões...</p><p>O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dosolhos de Joana. Para chegar a este</p><p>detalhe, ele se refere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos.</p><p>Nota-se que o pensamento foi expresso em ordem decrescente de intensidade. Outros</p><p>exemplos:</p><p>“Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor”. (Olavo Bilac)</p><p>“O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se.” (Padre Antônio Vieira)</p><p>As figuras de construção (ou sintática, de sintaxe) ocorrem quando desejamos atribuir maior</p><p>expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expressividade</p><p>que se dá ao sentido.</p><p>Elipse</p><p>Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora- ção e que podem ser facilmente</p><p>identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo</p><p>contexto.</p><p>A catedral da Sé. (a igreja catedral)</p><p>Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao estádio)</p><p>Zeugma</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>195</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado</p><p>anteriormente.</p><p>Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de português)</p><p>Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só modernos. (só havia móveis)</p><p>Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)</p><p>Silepse</p><p>A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas, sim,</p><p>subentendido. É uma concordância anormal, psicológica, porque se faz com um termo oculto,</p><p>facilmente identificado. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.</p><p>Silepse de Gênero - Os gêneros são masculino e feminino. Ocorre a silepse de gênero quando</p><p>a concordância se faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos:</p><p>1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor intenso.</p><p>Neste caso, o adjetivo bonita não está concordando com o termo Porto Velho, que</p><p>gramaticalmente pertence ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a cidade</p><p>de Porto Velho).</p><p>2) Vossa Excelência está preocupado.</p><p>O adjetivo preocupado concorda com o sexo da pessoa, que nesse caso é masculino, e não</p><p>com o termo Vossa Excelência.</p><p>Silepse de Número - Os números são singular e plural. A silepse de número ocorre quando o</p><p>verbo da oração não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas com a ideia que</p><p>nele está contida. Exemplos:</p><p>A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de Salvador.</p><p>O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.</p><p>Note que nos exemplos acima, os verbos andaram e gritavam não concordam</p><p>gramaticalmente com os sujeitos das orações (que se encontram no singular, procissão e</p><p>povo, respectivamente), mas com a ideia que neles está contida. Procissão e povo dão a ideia</p><p>de muita gente, por isso que os verbos estão no plural.</p><p>Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais:</p><p>eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as três do plural). A silepse de pessoa</p><p>ocorre quando há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o</p><p>sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no sujeito. Exemplos:</p><p>O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>196</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.</p><p>“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos.” (Machado de Assis)</p><p>Observe que os verbos persistamos, temos e somos não concordam gramaticalmente com os</p><p>seus sujeitos (brasileiros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), mas com a</p><p>ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, os agricultores e os cariocas).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>197</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Polissíndeto / Assíndeto</p><p>Para estudarmos as duas figuras de construção é necessário recordar um conceito estudado</p><p>em sintaxe sobre período composto. No período composto por coordenação, podemos ter</p><p>orações sindéticas ou assindéticas. A oração coordenada ligada por uma conjunção</p><p>(conectivo)</p><p>é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assindética. Recordado esse conceito,</p><p>podemos definir as duas figuras de construção:</p><p>1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos conectivos. Observe o</p><p>exemplo: O menino resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.</p><p>2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausência, pela omissão das conjunções</p><p>coordenativas, resultando no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos:</p><p>Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.</p><p>“Vim, vi, venci.” (Júlio César)</p><p>Pleonasmo</p><p>Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não. A finalidade do</p><p>pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expressiva.</p><p>O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo.</p><p>Nesta oração, os termos “o problema da violência” e “lo” exercem a mesma função sintática:</p><p>objeto direto. Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pronome “lo”</p><p>classificado como objeto direto pleonástico. Outro exemplo:</p><p>Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.</p><p>Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto</p><p>Neste caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o pronome “lhes” exerce a função de</p><p>objeto indireto pleonástico.</p><p>Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quando confere mais vigor à frase; caso</p><p>contrário, torna-se um pleonasmo vicioso:</p><p>Vi aquela cena com meus próprios olhos.</p><p>Vamos subir para cima.</p><p>Ele desceu pra baixo.</p><p>Anáfora</p><p>É a repetição de uma ou mais palavras no início de várias frases, criando, assim, um efeito de</p><p>reforço e de coerência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é posta em destaque,</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>198</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>permitindo ao escritor valorizar determinado elemento textual. Os termos anafóricos podem</p><p>muitas vezes ser substituídos por pronomes.</p><p>Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhecia.</p><p>“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba.” (Padre Vieira)</p><p>Anacoluto</p><p>Consiste na mudança da construção sintática no meio da frase, ficando alguns termos</p><p>desligados do resto do período. É a quebra da estrutura normal da frase para a introdução de</p><p>uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação sintática com as demais.</p><p>Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.</p><p>Morrer, todo haveremos de morrer.</p><p>Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?</p><p>A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo, deveria exercer a função de sujeito. No</p><p>entanto, há uma interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exercendo nenhuma</p><p>função sintática. O anacoluto também é chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a</p><p>uma interrupção na sequência lógica do pensamento.</p><p>Observação: o anacoluto deve ser usado com finalidade expressiva em casos muito especiais.</p><p>Em geral, evite-o.</p><p>Hipérbato / Inversão</p><p>É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da ordem direta dos termos da oração,</p><p>fazendo com que o sujeito venha depois do predicado:</p><p>Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor venceu ao ódio)</p><p>Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus problemas)</p><p>* Observação:</p><p>O nosso Hino Nacional é um exemplo de hipérbato, já que, na ordem direta, teríamos:</p><p>“As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico”.</p><p>Figuras de Som</p><p>Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo</p><p>ou como efeito sonoro significativo.</p><p>Três pratos de trigo para três tigres tristes.</p><p>Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)</p><p>Quem com ferro fere com ferro será ferido.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>199</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Assonância - Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos:</p><p>“Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”</p><p>Onomatopéia - Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da</p><p>realidade:</p><p>Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.</p><p>Questões</p><p>1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR</p><p>ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV - adaptada) Ao dizer que os shoppings são</p><p>“cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem figurada denominada</p><p>(A) metonímia.</p><p>(B) eufemismo.</p><p>(C) hipérbole.</p><p>(D) metáfora.</p><p>(E) catacrese.</p><p>Comentários: A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional</p><p>(denotativo) e transportá-la para um novo campo de significação (conotativa), por meio de</p><p>uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.</p><p>RESPOSTA: “D”.</p><p>2-) (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS –</p><p>CONPASS</p><p>Identifique a figura de linguagem presente na tira seguinte:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>200</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A) metonímia</p><p>B) prosopopeia</p><p>C) hipérbole</p><p>D) eufemismo</p><p>E) onomatopeia</p><p>Comentários: “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre ou menos</p><p>agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da</p><p>tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” no lugar de “que morreram por</p><p>nós”.</p><p>RESPOSTA: “D”.</p><p>3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ UFAL/) Está tão quente que dá para</p><p>fritar um ovo no asfalto. O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de linguagem.</p><p>Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, horário do dia em que o calor é mais intenso, a</p><p>temperatura do asfalto, medida com um termômetro de contato, chegou a 65ºC. Para fritar</p><p>um ovo, seria preciso que o local alcançasse aproximadamente 90ºC.</p><p>Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso em: 22 jan. 2014.</p><p>O texto cita que o dito popular “está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto” expressa</p><p>uma figura de linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de linguagem?</p><p>A) Eufemismo.</p><p>B) Hipérbole.</p><p>C) Paradoxo.</p><p>D) Metonímia.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>201</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>E) Hipérbato.</p><p>Comentários: A expressão é um exagero! Ela serve apenas para representar o calor excessivo</p><p>que está fazendo. A figura que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a hipérbole.</p><p>RESPOSTA: “B”.</p><p>RACIOCÍNIO LÓGICO.</p><p>Princípio da Regressão (ou reversão). Lógica dedutiva, argumentativa e quantitativa. Lógica</p><p>matemática qualitativa.</p><p>Princípio da regressão (ou reversão)</p><p>Este princípio tem como objetivo resolver determinados problemas de forma não algébrica,</p><p>mas utilizando uma técnica baseada em raciocínio lógico, conhecida comoprincípio da</p><p>regressão ou reversão.</p><p>Esta técnica consiste em determinar um valor inicial pedido pelo problema a partir de um valor</p><p>final dado. Utiliza-se para resolução dos problemas as operações matemáticas básicas com</p><p>suas respectivas reversões.</p><p>Fundamento da regressão</p><p>Utilizando as quatro operações fundamentais, podemos obter uma construção quantitativa</p><p>lógica fundamentada no princípio da regressão, cujo objetivo é obter o valor inicial do</p><p>problema proposto através da operação inversa.</p><p>Veja o exemplo abaixo:</p><p>1 – Uma pessoa gasta metade do seu capital mais R$ 10,00, ficando sem capital algum. Quanto</p><p>ela possuía inicialmente?</p><p>Solução:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>202</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>No problema acima, a pessoa gastou em dinheiro (– R$ 10,00), ou seja, houve uma perda. Pelo</p><p>princípio da regressão, iremos supor que ele recuperará o dinheiro, para que possamos chegar</p><p>à situação inicial (+ R$ 10,00). Posteriormente, ele gasta metade do seu capital (÷2). Para</p><p>voltarmos a situação inicial devemos multiplicar por 2 o valor em dinheiro que ele possuía.</p><p>Logo, 2 × R $10,00 = R$ 20,00.</p><p>Lógica dedutiva, argumentativa e quantitativa. Lógica matemática qualitativa.</p><p>ESTRUTURAS LÓGICAS</p><p>1.1 Proposição</p><p>Denomina-se proposição a toda sentença, expressa em palavras ou símbolos, que exprima um</p><p>juízo ao qual se possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois valores lógicos</p><p>possíveis: verdadeiro ou falso.</p><p>Somente às sentenças declarativas pode-se atribuir valores de verdadeiro ou falso, o que</p><p>ocorre quando a sentença é, respectivamente, confirmada ou negada. De fato, não se pode</p><p>atribuir um valor de verdadeiro ou falso às demais formas de sentenças como as</p><p>interrogativas, as exclamativas e outras, embora elas também expressem juízos.</p><p>São exemplos de proposições as seguintes sentenças declarativas:</p><p>O número 6 é par.</p><p>O número 15 não é primo.</p><p>Todos os homens são mortais.</p><p>Nenhum porco espinho sabe ler.</p><p>Alguns canários não sabem cantar.</p><p>Se você estudar bastante, então aprenderá tudo.</p><p>Eu falo inglês e espanhol.</p><p>Míriam quer um sapatinho novo ou uma boneca.</p><p>Não são proposições:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>203</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Qual é o seu nome?</p><p>Preste atenção ao sinal.</p><p>Caramba!</p><p>1.2 Proposição Simples</p><p>Uma proposição é dita proposição simples ou proposição atômica quando não contém</p><p>qualquer outra proposição como sua componente. Isso significa que não é possível encontrar</p><p>como parte de uma proposição simples alguma outra proposição diferente dela. Não se pode</p><p>subdividi-la em partes menores tais que alguma delas seja uma nova proposição.</p><p>Exemplo:</p><p>A sentença “Cíntia é irmã de Maurício” é uma proposição simples, pois não é possível</p><p>identificar como parte dela qualquer outra proposição diferente. Se tentarmos separá-la em</p><p>duas ou mais partes menores nenhuma delas será uma proposição nova.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>204</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>1.3 Proposição Composta</p><p>Uma proposição que contenha qualquer outra como sua parte componente é dita proposição</p><p>composta ou proposição molecular. Isso quer dizer que uma proposição é composta quando</p><p>se pode extrair como parte dela, uma nova proposição.</p><p>1.4 Conectivos Lógicos</p><p>Existem alguns termos e expressões que estão freqüentemente presentes nas proposições</p><p>compostas, tais como não, e, ou, se ... então e se e somente se aos quais denominamos</p><p>conectivos lógicos. Os conectivos lógicos agem sobre as proposições a que estão ligados de</p><p>modo a criar novas proposições.</p><p>Exemplo:</p><p>A sentença “Se x não é maior que y, então x é igual a y ou x é menor que y” é uma proposição</p><p>composta na qual se pode observar alguns conectivos lógicos (“não”, “se ... então” e “ou”)</p><p>que estão agindo sobre as proposições simples “x é maior que y”, “x é igual a y” e “x é menor</p><p>que y”.</p><p>Uma propriedade fundamental das proposições compostas que usam conectivos lógicos é que</p><p>o seu valor lógico (verdadeiro ou falso) fica completamente determinado pelo valor lógico de</p><p>cada proposição componente e pela forma como estas sejam ligadas pelos conectivos lógicos</p><p>utilizados, conforme estudaremos mais adiante.</p><p>As proposições compostas podem receber denominações especiais, conforme o conectivo</p><p>lógico usado para ligar as proposições componentes.</p><p>Conjunção: A e B</p><p>Denominamos conjunção a proposição composta formada por duas proposições quaisquer</p><p>que estejam ligadas pelo conectivo “e”.</p><p>A conjunção A e B pode ser representada simbolicamente como:</p><p>A ∧ B</p><p>Exemplo:</p><p>Dadas as proposições simples:</p><p>A: Alberto fala espanhol.</p><p>B: Alberto é universitário.</p><p>Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um diagrama, a</p><p>conjunção ”A ∧ B” corresponderá à interseção do conjunto A com o conjunto B. A ∩ B.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>205</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Uma conjunção é verdadeira somente quando as duas proposições que a compõem forem</p><p>verdadeiras, Ou seja, a conjunção ”A ∧ B” é verdadeira somente quando A é verdadeira e B é</p><p>verdadeira também. Por isso dizemos que a conjunção exige a simultaneidade de condições.</p><p>Na tabela-verdade, apresentada a seguir, podemos observar os resultados da conjunção “A e</p><p>B” para cada um dos valores que A e B podem assumir.</p><p>Disjunção: A ou B</p><p>Denominamos disjunção a proposição composta formada por duas proposições quaisquer que</p><p>estejam ligadas pelo conectivo “ou”.</p><p>A disjunção A ou B pode ser representada simbolicamente como: A ∨ B Exemplo:</p><p>Dadas as proposições simples:</p><p>A: Alberto fala espanhol.</p><p>B: Alberto é universitário.</p><p>A disjunção “A ou B” pode ser escrita como:</p><p>A ∨ B: Alberto fala espanhol ou é universitário.</p><p>Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um diagrama, a</p><p>disjunção “A ∨ B” corresponderá à união do conjunto A com o conjunto B.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>206</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Uma disjunção é falsa somente quando as duas proposições que a compõem forem falsas. Ou</p><p>seja, a disjunção “A ou B” é falsa somente quando A é falsa e B é falsa também. Mas se A for</p><p>verdadeira ou se B for verdadeira ou mesmo se ambas, A e B, forem verdadeiras, então a</p><p>disjunção será verdadeira. Por isso dizemos que, ao contrário da conjunção, a disjunção não</p><p>necessita da simultaneidade de condições para ser verdadeira, bastando que pelo menos uma</p><p>de suas proposiçoes componentes seja verdadeira.</p><p>Na tabela-verdade, apresentada a seguir, podemos observar os resultados da disjunção “A ou</p><p>B” para cada um dos valores que A e B podem assumir.</p><p>Condicional: Se A então B</p><p>Denominamos condicional a proposição composta formada por duas proposições quaisquer</p><p>que estejam ligadas pelo conectivo “Se ... então” ou por uma de suas formas equivalentes.</p><p>A proposição condicional “Se A, então B” pode ser representada simbolicamente como:</p><p>Exemplo:</p><p>Dadas as proposições simples:</p><p>A: José é alagoano.</p><p>B: José é brasileiro.</p><p>A condicional “Se A, então B” pode ser escrita como:</p><p>: Se José é alagoano, então José é brasileiro.</p><p>Na proposição condicional “Se A, então B” a proposição A, que é anunciada pelo uso da</p><p>conjunção “se”, é denominada condição ou antecedente enquanto a proposição B, apontada</p><p>pelo advérbio “então” é denominada conclusão ou conseqüente.</p><p>As seguintes expressões podem ser empregadas como equivalentes de “Se A, então B”:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>207</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Se A, B.</p><p>B, se A.</p><p>Todo A é B.</p><p>A implica B.</p><p>A somente se B.</p><p>A é suficiente para B.</p><p>B é necessário para A.</p><p>Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um diagrama, a</p><p>disjunção “A ∨ B” corresponderá à união do conjunto A com o conjunto B.</p><p>Uma condicional “Se A então B” é falsa somente quando a condição A é verdadeira e a</p><p>conclusão B é falsa, sendo verdadeira em todos os outros casos. Isto significa que numa</p><p>proposição condicional, a única situação que não pode ocorrer é uma condição verdadeira</p><p>implicar uma conclusão falsa.</p><p>Na tabela-verdade apresentada a seguir podemos observar os resultados da proposição</p><p>condicional “Se A então B” para cada um dos valores que A e B podem assumir.</p><p>Bicondicional: A se e somente se B</p><p>Denominamos bicondicional a proposição composta formada por duas proposições quaisquer</p><p>que estejam ligadas pelo conectivo “se e somente se”.</p><p>A proposição bicondicional “A se e somente se B” pode ser representada simbolicamente</p><p>como:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>208</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Exemplo:</p><p>Dadas as proposições simples:</p><p>A: Adalberto é meu tio.</p><p>B Adalberto é irmão de um de meus pais.</p><p>A ⊂ B</p><p>B: Adalberto é irmão de um de meus pais.</p><p>A proposição bicondicional “A se e somente se B” pode ser escrita como:</p><p>Adalberto é meu tio se e somente se Adalberto é irmão de um de meus pais.</p><p>Como o próprio nome e símbolo sugerem, uma proposição bicondicional “A se e somente se</p><p>B” equivale à proposição composta “se A então B”.</p><p>Podem-se empregar também como equivalentes de “A se e somente se B” as seguintes</p><p>expressões:</p><p>A se e só se B.</p><p>Todo A é B e todo B é A.</p><p>Todo A é B e reciprocamente.</p><p>Se A então B e reciprocamente.</p><p>A somente se B e B somente se A.</p><p>A é necessário e suficiente para B.</p><p>A é suficiente para B e B é suficiente para A.</p><p>B é necessário para A e A é necessário para B.</p><p>Se as proposições A e B forem representadas como conjuntos através de um diagrama, a</p><p>proposição bicondicional “A se e somente se</p><p>B” corresponderá à igualdade dos conjuntos A e</p><p>B.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>209</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A proposição bicondicional “A se e somente se B” é verdadeira somente quando A e B têm o</p><p>mesmo valor lógico (ambas são verdadeiras ou ambas são falsas), sendo falsa quando A e B</p><p>têm valores lógicos contrários.</p><p>Na tabela-verdade, apresentada a seguir, podemos observar os resultados da proposição</p><p>bicondicional “A se e somente se B” para cada um dos valores que A e B podem assumir.</p><p>Negação: Não A</p><p>Dada uma proposição qualquer A denominamos negação de A à proposição composta que se</p><p>obtém a partir da proposição A acrescida do conectivo lógico “não” ou de outro equivalente.</p><p>A negação “não A” pode ser representada simbolicamente como:</p><p>Podem-se empregar, também, como equivalentes de “não A” as seguintes expressões:</p><p>Não é verdade que A. É falso que A.</p><p>Se a proposição A for representada como conjunto através de um diagrama, a negação “não</p><p>A” corresponderá ao conjunto complementar de A.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>210</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Uma proposição A e sua negação “não A” terão sempre valores lógicos opostos.</p><p>Na tabela-verdade, apresentada a seguir, podemos observar os resultados da negação “não</p><p>A” para cada um dos valores que A pode assumir.</p><p>Tautologia</p><p>Uma proposição composta formada pelas proposições A, B, C, ... é uma tautologia se ela for</p><p>sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições A, B, C, ... que a</p><p>compõem.</p><p>Exemplo:</p><p>A proposição “Se (A e B) então (A ou B)” é uma tautologia, pois é sempre verdadeira,</p><p>independentemente dos valores lógicos de A e de B, como se pode observar na tabela-</p><p>verdade abaixo:</p><p>Contradição</p><p>Uma proposição composta formada pelas proposições A, B, C, ... é uma contradição se ela for</p><p>sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições A, B, nC, ... que a</p><p>compõem.</p><p>Exemplo:</p><p>A proposição “A se e somente se não A” é uma contradição, pois é sempre falsa,</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>211</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>independentemente dos valores lógicos de A e de não A, como se pode observar na tabela-</p><p>verdade abaixo:</p><p>O exemplo acima mostra que uma proposição qualquer e sua negação nunca poderão ser</p><p>simultaneamente verdadeiros ou simultaneamente falsos.</p><p>Como uma tautologia é sempre verdadeira e uma contradição sempre falsa, tem-se que: a</p><p>negação de uma tautologia é sempre uma contradição enquanto a negação de uma</p><p>contradição é sempre uma tautologia.</p><p>1.5 Proposições Logicamente Equivalentes</p><p>Dizemos que duas proposições são logicamente equivalentes ou simplesmente equivalentes</p><p>quando são compostas pelas mesmas proposições simples e suas tabelas-verdade são</p><p>idênticas. Uma conseqüência prática da equivalência lógica é que ao trocar uma dada</p><p>proposição por qualquer outra que lhe seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira</p><p>de dizê-la.</p><p>A equivalência lógica entre duas proposições, A e B, pode ser representada simbolicamente</p><p>como:</p><p>Da definição de equivalência lógica pode-se demonstrar as seguintes equivalências:</p><p>Leis associativas:</p><p>1. (A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C)</p><p>2. (A ∨ B) ∨ C ⇔ A ∨ (B ∨ C)</p><p>Leis distributivas:</p><p>3. A ∧ (B ∨ C) ⇔ (A ∧ B) ∨ (A ∧ C)</p><p>4. A ∨ (B ∧ C) ⇔ (A ∨ B) ∧ (A ∨ C)</p><p>Lei da dupla negação:</p><p>5. ~(~A) ⇔ A</p><p>Equivalências da Condicional</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>212</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>1.6 Negação de Proposições Compostas</p><p>Um problema de grande importância para a lógica é o da identificação de proposições</p><p>equivalentes à negação de uma proposição dada. Negar uma proposição simples é uma tarefa</p><p>que não oferece grandes obstáculos. Entretanto, podem surgir algumas dificuldades quando</p><p>procuramos identificar a negação de uma proposição composta.</p><p>Como vimos anteriormente, a negação de uma proposição deve Ter sempre valor lógico</p><p>oposto ao da proposição dada. Deste modo, sempre que uma proposição A for verdadeira, a</p><p>sua negação não A deve ser falsa e sempre que A for falsa, não A deve ser verdadeira.</p><p>Em outras palavras, a negação de uma proposição deve ser contraditória com a proposição</p><p>dada.</p><p>A tabela abaixo mostra as equivalências mais comuns para as negações de algumas</p><p>proposições compostas:</p><p>Argumento</p><p>Denomina-se argumento a relação que associa um conjunto de proposições P1, P2, ... Pn,</p><p>chamadas premissas do argumento, a uma proposição C a qual chamamos de conclusão do</p><p>argumento.</p><p>No lugar dos termos premissa e conclusão podem ser usados os correspondentes hipótese e</p><p>tese, respectivamente.</p><p>Os argumentos que têm somente duas premissas são denominados silogismos.</p><p>Assim, são exemplos de silogismos os seguintes argumentos:</p><p>I. P1: Todos os artistas são apaixonados.</p><p>P2: Todos os apaixonados gosta de flores.</p><p>C: Todos os artistas gostam de flores.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>213</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>II. P1: Todos os apaixonados gosta de flores.</p><p>P2: Míriam gosta de flores.</p><p>C: Míriam é uma apaixonada.</p><p>Argumento Válido</p><p>Dizemos que um argumento é válido ou ainda que ele é legítimo ou bem construído quando</p><p>a sua conclusão é uma conseqüência obrigatória do seu conjunto de premissas. Posto de outra</p><p>forma: quando um argumento é válido, a verdade das premissas deve garantir a verdade da</p><p>conclusão do argumento. Isto significa que jamais poderemos chegar a uma conclusão falsa</p><p>quando as premissas forem verdadeiras e o argumento for válido.</p><p>É importante observar que ao discutir a validade de um argumento é irrelevante o valor de</p><p>verdade de cada uma das premissas. Em Lógica, o estudo dos argumentos não leva em conta</p><p>a verdade ou falsidade das proposições que compõem os argumentos, mas tão-somente a</p><p>validade destes.</p><p>Exemplo:</p><p>O silogismo:</p><p>“Todos os pardais adoram jogar xadrez.</p><p>Nenhum enxadrista gosta de óperas.</p><p>Portanto, nenhum pardal gosta de óperas.”</p><p>está perfeitamente bem construído (veja o diagrama abaixo), sendo, portanto, um argumento</p><p>válido, muito embora a verdade das premissas seja questionável.</p><p>Op = Conjunto dos que gostam de óperas</p><p>X = Conjunto dos que adoram jogar xadrez</p><p>P = Conjunto dos pardais</p><p>Pelo diagrama pode-se perceber que nenhum elemento do conjunto P (pardais) pode</p><p>pertencer ao conjunto Op (os que gostam de óperas).</p><p>Argumento Inválido</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>214</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Dizemos que um argumento é inválido, também denominado ilegítimo, mal construído ou</p><p>falacioso, quando a verdade das premisssas não é suficiente para garantir a verdade da</p><p>conclusão.</p><p>Exemplo:</p><p>O silogismo:</p><p>“Todos ps alunos do curso passaram.</p><p>Maria não é aluna do curso.</p><p>Portanto, Maria não passou.”</p><p>é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois as premissas não garantem (não</p><p>obrigam) a verdade da conclusão (veja o diagrama abaixo). Maria pode Ter passado mesmo</p><p>sem ser aluna do curso, pois a primeira premissa não afirmou que somente os alunos do curso</p><p>haviam passado.</p><p>P = Conjunto das pessoas que passaram.</p><p>C = Conjunto dos alunos do curso.</p><p>Na tabela abaixo, podemos ver um resumo das situações possíveis para um argumento:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>215</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO</p><p>1. Introdução</p><p>Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de Aristóteles (384-322 a.C.) em diante,</p><p>a lógica tornou-se um dos campos mais férteis do pensamento humano, particularmente da</p><p>filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas modalidades em que se desenvolveu, sempre</p><p>foi bem claro seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom raciocínio.</p><p>Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental quanto</p><p>o produto dessa atividade.</p><p>Esse, por sua vez, pode ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estudar o papel</p><p>das emoções sobre um determinado raciocínio; o sociólogo considerará as influências do</p><p>meio; o criminólogo levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na prática de um</p><p>ato criminoso etc. Apesar de todas estas possibilidades, o raciocínio é estudado de modo</p><p>muito especial no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos psicológico,</p><p>econômico, político, religioso, ideológico, jurídico ou de qualquer outra esfera que constituam</p><p>o “ambiente do raciocínio”.</p><p>Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou aquela motivação, se respeita ou não a</p><p>moral social, se teve influências das emoções ou não, se está de acordo com uma doutrina</p><p>religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa embriagada ou sóbria. Ele considera a sua</p><p>forma. Ao considerar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as relações entre as</p><p>premissas e a conclusão, em suma, sua obediência a algumas regras apropriadas ao modo</p><p>como foi formulado etc.</p><p>Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas definições e outras referências à lógica:</p><p>“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos permite chegar com ordem, facilmente</p><p>e sem erro, ao próprio ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain).</p><p>“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do</p><p>incorreto” (Irving Copi).</p><p>“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas como deve ser” (Edmundo D.</p><p>Nascimento).</p><p>“A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto, sua história demonstra o poder que</p><p>a mesma possui quando bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como o</p><p>fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico ocidental e, mais recentemente, a</p><p>informática” (Bastos; Keller).</p><p>Lógica formal e Lógica material</p><p>Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os estudos da lógica orientaram-se em</p><p>duas direções principais: a da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a da lógica</p><p>material, também conhecida como “lógica maior”.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>216</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A lógica formal preocupa-se com a correção formal do pensamento. Para esse campo de</p><p>estudos da lógica, o conteúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relativa. A</p><p>preocupação sempre será com a sua forma. A forma é respeitada quando se preenchem as</p><p>exigências de coerência</p><p>interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do ponto de vista material</p><p>(conteúdo). Nem sempre um raciocínio formalmente correto corresponde àquilo que</p><p>chamamos de realidade dos fatos.No entanto, o erro não está no seu aspecto formal e, sim,</p><p>na sua matéria. Por exemplo, partindo das premissas que</p><p>(1) todos os brasileiros são europeus</p><p>e que</p><p>(2) Pedro é brasileiro,</p><p>formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que</p><p>(3) Pedro é europeu.</p><p>Materialmente, este é um raciocínio falso porque a experiência nos diz que a premissa é falsa.</p><p>No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a conclusão é adequada às</p><p>premissas. É nesse sentido que se costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria</p><p>dos casos, processa formalmente informações nele previamente inseridas, mas não tem a</p><p>capacidade de verificar o valor empírico de tais informações.</p><p>Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das operações do pensamento à realidade,</p><p>de acordo com a natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, interessa que o</p><p>raciocínio não só seja formalmente correto, mas que também respeite a matéria, ou seja, que</p><p>o seu conteúdo corresponda à natureza do objeto a que se refere. Neste caso, trata-se da</p><p>correspondência entre pensamento e realidade.</p><p>Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar de dois tipos de verdade: a verdade</p><p>formal e a verdade material. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à forma</p><p>do discurso; já a verdade material tem a ver com a forma do discurso e as suas relações com</p><p>a matéria ou o conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no primeiro caso, e</p><p>coerência e correspondência, no segundo, tem-se a verdade.</p><p>Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas à produção de um raciocínio</p><p>válido,por meio do qual visa-se à consecução da verdade, seja ela formal ou material.</p><p>Relacionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é importante que se obtenha não</p><p>somente uma verdade formal, mas, também, uma verdade que corresponda à experiência.</p><p>Que seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os princípios formais da lógica e o</p><p>conteúdo de seus raciocínios pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma</p><p>lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>217</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>1.2. Raciocínio e Argumentação</p><p>Três são as principais operações do intelecto humano: a simples apreensão, os juízos e o</p><p>raciocínio.</p><p>A simples apreensão consiste na captação direta (através dos sentidos, da intuição racional,</p><p>da imaginação etc) de uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito (p. ex., de</p><p>um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, por sua vez, recebe uma denominação (as</p><p>palavras ou termos, p. ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”).</p><p>O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas ou separadas dando origem à emissão</p><p>de um “julgamento” (falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposições orais ou</p><p>escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre a mesa da sala”</p><p>O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos juízos ou proposições, ordenando</p><p>adequadamente os conteúdos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas para se</p><p>chegar a conclusões que devem ser adequadas. Procedendo dessa forma, adquirem-se</p><p>conhecimentos novos e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para tanto, a cada</p><p>passo, é preciso preencher os requisitos da coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três</p><p>arcanjos estão sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda” .</p><p>Quando os raciocínios são organizados com técnica e arte e expostos de forma tal a</p><p>convencera platéia, o leitor ou qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a</p><p>atividade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Argumentar é o núcleo principal</p><p>da retórica, considerada a arte de convencer mediante o discurso.</p><p>Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aquilo que querem, de acordo com as</p><p>circunstâncias da vida e as decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá atingir</p><p>mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias propostas se assentem em boas razões,</p><p>capazes de mexer com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Muitas vezes, julga-</p><p>se que estão sendo usadas como bom argumento opiniões que, na verdade, não passam de</p><p>preconceitos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas de desconhecimento.</p><p>Mesmo assim, a habilidade no argumentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem</p><p>ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.</p><p>Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa ou má, consistente/sólida ou</p><p>inconsistente/frágil, lógica ou ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou</p><p>forte etc.</p><p>De qualquer modo, argumentar não implica, necessariamente, manter-se num plano distante</p><p>da existência humana, desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se argumentar</p><p>bem sem, necessariamente, descartar as emoções, como no caso de convencer o aluno a se</p><p>esforçar nos estudos diante da perspectiva de férias mais tranquilas. Enfim, argumentar</p><p>corretamente (sem armar</p><p>ciladas para o interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, sustentar adequadamente</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>218</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>um diálogo, promovendo a dinamização do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima</p><p>democrático.</p><p>1.3. Inferência Lógica</p><p>Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um raciocínio válido, visando à verdade.</p><p>Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade quando entram em jogo asserções nas</p><p>quais se declara algo, emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos de frases:</p><p>as assertivas e as não assertivas, que também podem ser chamadas de proposições ou juízos.</p><p>Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos: “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol</p><p>brilha à noite”. Já, nas frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verdadeiro, e, por</p><p>isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso das interrogações ou das frases que expressam</p><p>estados emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou ordens. A frase “toque a</p><p>bola”, por exemplo, não é falsa nem verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).</p><p>As frases declaratórias ou assertivas podem ser combinadas de modo a levarem a conclusões</p><p>conseqüuentes, constituindo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:</p><p>(1) Não há crime sem uma lei que o defina;</p><p>(2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;</p><p>(3) logo, não é crime matar ET’s.</p><p>Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocutor, vão sendo criadas as condições</p><p>lógicas adequadas à conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes permite que a</p><p>conclusão seja antecipada sem que ainda sejam emitidas todas as proposições do raciocínio,</p><p>chamase inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premissas) deve levar a</p><p>conclusões óbvias.</p><p>1.4. Termo e Conceito</p><p>Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é fundamental que se respeite uma</p><p>exigência básica: as palavras empregadas na sua construção não podem sofrer modificações</p><p>de significado. Observe-se o exemplo:</p><p>Os jaguares são quadrúpedes;</p><p>Meu carro é um Jaguar</p><p>logo, meu carro é um quadrúpede.</p><p>O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao longo do raciocínio, por isso, não tem</p><p>validade.</p><p>Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamentos aos outros, empregamos palavras</p><p>tais como “animal”, “lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de vista da</p><p>lógica, tais palavras são classificadas como termos, que são palavras acompanhadas de</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>219</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>conceitos. Assim sendo, o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um conceito,</p><p>que é o ato mental correspondente ao signo.</p><p>Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo “mulher rica”, tende-se a pensar no</p><p>conjunto das mulheres às quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma nota</p><p>característica comum a todos os elementos do conjunto, de acordo com a ‘intencionalidade’</p><p>presente no ato mental.</p><p>Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada como dois termos: pode ser uma</p><p>pessoa do sexo feminino cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou aquela</p><p>cuja trajetória existencial destaca-se pela bondade, virtude, afetividade e equilíbrio.</p><p>Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é preciso que fique bem claro, em função</p><p>do contexto ou de uma manifestação de quem emite o juízo, o significado dos termos</p><p>empregados no discurso.</p><p>1.5. Princípios lógicos</p><p>Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua non para que a coerência do raciocínio,</p><p>em absoluto, possa ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se referem tanto à</p><p>realidade das coisas (plano ontológico), quanto ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as</p><p>coisas em geral devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento deve respeitá-</p><p>los. São eles:</p><p>a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a realidade de um ser. Trata-se de conceituar</p><p>logicamente qual é a identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma vez</p><p>conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-se ao longo do raciocínio. Por</p><p>exemplo, se estou falando de um homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a</p><p>Antônio.</p><p>b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é, não pode ser outra coisa, sob o mesmo</p><p>aspecto e ao mesmo tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora, não está</p><p>são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se, embora, enquanto João, ele seja brasileiro,</p><p>doente ou são;</p><p>c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o falso e o verdadeiro não há meio termo, ou</p><p>é falso ou é verdadeiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um terceiro termo: está</p><p>meio chovendo ou coisa parecida.</p><p>A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três princípios como suas pedras angulares,</p><p>no entanto, mais recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolveram sistemas</p><p>lógicos sem o princípio do terceiro excluído, admitindo valor lógico não somente ao falso e ao</p><p>verdadeiro, como também ao indeterminado.</p><p>2. Argumentação e Tipos de Raciocínio</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>220</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Conforme vimos, a argumentação é o modo como é exposto um raciocínio, na tentativa de</p><p>convencer alguém de alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso de diversos</p><p>tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico,</p><p>já, em outras</p><p>ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos sob o mesmo ponto de vista. É</p><p>bastante comum que raciocínios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o efeito</p><p>desejado, explorando a incapacidade momentânea ou persistente de quem está sendo</p><p>persuadido de avaliar o valor lógico do raciocínio empregado na argumentação.</p><p>Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser dotado de duas características</p><p>fundamentais: ter premissas aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropriadas.</p><p>Dos raciocínios mais empregados na argumentação, merecem ser citados a analogia, a</p><p>indução e a dedução. Dos três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bastante</p><p>poderoso de convencimento, sendo bastante usado pela filosofia, pelo senso comum e,</p><p>particularmente, nos discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente empregado pela</p><p>ciência e, também, pelo senso</p><p>comum e, por fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio autenticamente lógico,</p><p>por isso, o verdadeiro objeto da lógica formal.</p><p>A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de raciocínio dependerá do objeto a</p><p>que se aplica, do modo como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na abordagem</p><p>da natureza e do alcance do conhecimento.</p><p>Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é adequadamente empregado. Vejam-se os</p><p>seguintes exemplos: o médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou como</p><p>argumento contra a existência da alma o fato de esta nunca ter sido encontrada nas diversas</p><p>dissecações do corpo humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou que Deus não</p><p>existe pois “esteve lá em cima” e não o encontrou. Nesses exemplos fica bem claro que o</p><p>raciocínio indutivo, baseado na observação empírica, não é o mais adequado para os objetos</p><p>em questão, já que a alma e Deus são de ordem metafísica, não física.</p><p>2.1. Raciocínio analítico</p><p>Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é partir do que se sabe em direção</p><p>àquilo que não se sabe, a analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um dos</p><p>caminhos mais comuns para que isso aconteça. No raciocínio analógico, compara-se uma</p><p>situação já conhecida com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida, aplicando</p><p>a elas as informações previamente obtidas quando da vivência direta ou indireta da situação-</p><p>referência.</p><p>Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto de apoio na formação do</p><p>conhecimento, por isso, a analogia é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um</p><p>lado,</p><p>é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também tem servido de inspiração</p><p>para muitos gênios das ciências e das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>221</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou de Newton sob a macieira (lei</p><p>da gravitação universal). No entanto, também é uma forma de raciocínio em que se cometem</p><p>muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-lhe regras rígidas. A distância entre a</p><p>genialidade e a falha grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógicos, não se</p><p>trata propriamente de considerá-los válidos ou não-válidos, mas de verificar se são fracos ou</p><p>fortes. Segundo Copi, deles somente se exige “que tenham alguma probabilidade” (Introdução</p><p>à lógica, p. 314).</p><p>A força de uma analogia depende, basicamente, de três aspectos:</p><p>a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e importantes;</p><p>b) o número de elementos semelhantes entre uma situação e outra deve ser significativo;</p><p>c) não devem existir divergências marcantes na comparação.</p><p>No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, casos, objetos etc. semelhantes e</p><p>tiramse as conclusões adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor é um</p><p>meio de transporte que necessita de um condutor. Este, tanto num caso quanto no outro,</p><p>precisa ser dotado de bom senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente seu</p><p>papel.</p><p>Aplicação das regras acima a exemplos:</p><p>a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e relevantes, não imaginários ou</p><p>insignificantes.tc "a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e relevantes, não</p><p>imaginários ou insignificantes."</p><p>Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao comprar suas roupas, logo, terá bom</p><p>gosto ao comprar as roupas de sua filha.</p><p>Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e perfume francês e é um bom advogado;</p><p>Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; logo, deve ser um bom advogado.</p><p>b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação e outra deve ser significativo.tc "b)</p><p>O número de aspectos semelhantes entre uma situação e outra deve ser significativo."</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>222</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera, com clima ameno e tem água; em Marte,</p><p>tal como na Terra, houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida, logo, tal como</p><p>na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo de vida.</p><p>Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por noite e foi um gênio inventor; eu</p><p>dormirei durante 3 1/2 horas por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.</p><p>c) Não devem existir divergências marcantes na comparação.tc "c) Não devem existir</p><p>divergências marcantes na comparação.."</p><p>Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por ocasião de tormentas e tempestades;</p><p>a pescaria marinha não está tendo sucesso porque troveja muito.</p><p>Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o salário mínimo vivem bem; a maioria dos</p><p>operários brasileiros, tal como os operários suíços, também recebe um salário mínimo; logo,</p><p>a maioria dos operários brasileiros também vive bem, como os suíços.</p><p>Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta considerar a forma de raciocínio, é muito</p><p>importante que se avalie o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admitido pela</p><p>lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a conclusão não o será necessariamente,</p><p>mas possivelmente, isto caso cumpram-se as exigências acima.</p><p>Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral do raciocínio analógico, não existem</p><p>regras claras e precisas que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão necessariamente</p><p>válida. O esquema básico do raciocínio analógico é:</p><p>A é N, L, Y, X;</p><p>B, tal como A, é N, L, Y, X;</p><p>A é, também, Z</p><p>logo, B, tal como A, é também Z.</p><p>Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analógico é precário, ele é muito</p><p>importante na formulação de hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas.</p><p>Contudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio analógico necessitam de uma</p><p>avaliação posterior, mediante procedimentos indutivos ou dedutivos.</p><p>Observe-se o seguinte exemplo:</p><p>John Holland, físico e professor de ciência da computação da Universidade de Michigan,</p><p>lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo da computação, uma situação semelhante</p><p>à que ocorre no da genética.</p><p>Assim como na natureza espécies diferentes podem ser cruzadas para obter o chamado</p><p>melhoramento genético - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na informática, também</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>223</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>o cruzamento de programas pode contribuir para montar um programa mais adequado para</p><p>resolver um determinado problema.</p><p>“Se quisermos obter uma rosa mais bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies:</p><p>uma com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. “Para resolver um problema,</p><p>fazemos o mesmo. Pegamos um programa que dê conta de uma parte do problema e cruzamos</p><p>com outro programa que solucione outra parte. Entre as várias soluções possíveis, selecionam-</p><p>se aquelas que parecem mais adequadas. Esse processo se repete por várias gerações - sempre</p><p>selecionando o melhor programa - até obter o descendente que mais se adapta à questão. É,</p><p>portanto, semelhante ao processo de seleção natural, em que só sobrevivem os mais aptos”.</p><p>(Entrevista ao JB, 19/10/95, 1º cad., p. 12).</p><p>Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averiguação indutiva das conclusões extraídas</p><p>desse tipo de raciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não.</p><p>2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral</p><p>Ainda que alguns autores considerem a analogia como uma variação do raciocínio indutivo,</p><p>esse último tem uma base mais ampla de sustentação. A indução consiste em partir de uma</p><p>série de casos particulares e chegar a uma conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a</p><p>possibilidade dacoleta de dados ou da observação de muitos fatos e, na maioria dos casos,</p><p>também da verificação experimental. Como dificilmente são investigados todos os casos</p><p>possíveis, acaba se aplicando o princípio das probabilidades.</p><p>Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo dependem das probabilidades sugeridas pelo</p><p>número de casos observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enumeração de casos</p><p>deve ser realizada com rigor e a conexão entre estes deve ser feita com critérios rigorosos</p><p>para que sejam indicadores da validade das generalizações contidas nas conclusões.</p><p>O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:</p><p>B é A e é X;</p><p>C é A e também é X;</p><p>D é A e também é X;</p><p>E é A e também é X;</p><p>logo, todos os A são X</p><p>No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos particulares, chega-se a uma conclusão</p><p>de cunho geral.</p><p>Aplicando o modelo:</p><p>A jararaca é uma cobra e não voa;</p><p>A caninana é uma cobra e também não voa;</p><p>A urutu é uma cobra e também não voa;</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>224</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A cascavel é uma cobra e também não voa;</p><p>logo, as cobras não voam.</p><p>Contudo,</p><p>Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir, caiu e quebrou o braço. Maria viu o</p><p>mesmo gato e, alguns minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo gato e, ao</p><p>sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo, ver um gato preto traz azar.</p><p>Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do valor lógico, dois tipos de indução: a</p><p>indução fraca e a indução forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um caso</p><p>particular discorde da generalização obtida das premissas: a conclusão “nenhuma cobra voa”</p><p>tem grande probalidade de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece haver</p><p>sustentabilidade</p><p>da conclusão, por se tratar de mera coincidência, tratando-se de uma</p><p>indução fraca. Além disso, há casos em que uma simples análise das premissas é suficiente</p><p>para detectar a sua fraqueza.</p><p>Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser aplicadas ao comportamento da</p><p>totalidade dos membros de um grupo ou de uma classe tendo como modelo o</p><p>comportamento de alguns de seus componentes:</p><p>1. Adriana é mulher e dirige mal;</p><p>Ana Maria é mulher e dirige mal;</p><p>Mônica é mulher e dirige mal;</p><p>Carla é mulher e dirige mal;</p><p>logo, todas as mulheres dirigem mal.</p><p>2. Antônio Carlos é político e é corrupto;</p><p>Fernando é político e é corrupto;</p><p>Paulo é político e é corrupto;</p><p>Estevão é político e é corrupto;</p><p>logo, todos os políticos são corruptos.</p><p>A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é tarefa simples, havendo muitos</p><p>exemplos na história do conhecimento indicadores dos riscos das conclusões por indução.</p><p>Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos para que caia por terra uma</p><p>“verdade” por ela sustentada. Um exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta</p><p>da Austrália, onde foram</p><p>encontrados cisnes pretos, acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os</p><p>até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro cisne preto, uma certeza de</p><p>séculos caiu por terra.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>225</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>2.2.1. Procedimentos indutivos</p><p>Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio indutivo, este é um dos recursos mais</p><p>empregados pelas ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimentos principais de</p><p>desenvolvimento e aplicação desse tipo de raciocínio: o da indução por enumeração</p><p>incompleta suficiente e o da indução por enumeração completa.</p><p>a. Indução por enumeração incompleta suficiente</p><p>Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos como suficientes para serem</p><p>tiradas determinadas conclusões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de não</p><p>poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em particular, os que foram enumerados</p><p>são representativos do todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)</p><p>b. Indução por enumeração completa</p><p>Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio baseado na enumeração completa.</p><p>Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela ocorre quando:</p><p>b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;</p><p>b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.</p><p>Exemplos correspondentes às duas formas de indução por enumeração completa:</p><p>b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e em cada uma delas foi constatada</p><p>uma característica própria desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-se, por</p><p>conseguinte, a conclusão segura de que a dor de cabeça é um dos sintomas da dengue.</p><p>b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de xadrez: ao final da contagem,</p><p>constata-se que são 32 peças.</p><p>Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, podendo-se classificá-los como formas de</p><p>indução forte, mesmo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa científica.</p><p>O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado nos moldes acima citados. Às vezes,</p><p>percebe-se o seu uso pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou ordenada.</p><p>Observemse os exemplos:</p><p>- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a corrupção do cenário político</p><p>brasileiro.</p><p>Depois da série de protestos realizados pela população, depois das provas apresentadas nas</p><p>CPI’s, depois do vexame sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa, depois do</p><p>escárnio popular em festividades como o carnaval e depois de tanta insistência de muitos</p><p>sobre necessidade de moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer, apresenta</p><p>novos tentáculos, se disfarça de modos sempre novos, encontrando-se maneiras inusitadas</p><p>de ludibriar a nação.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>226</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>- Sentia-me totalmente tranquilo quanto ao meu amigo, pois, até então, os seus atos sempre</p><p>foram</p><p>pautados pelo respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto alguns insinuavam</p><p>a sua culpa, eu continuava seguro de sua inocência.</p><p>Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sendo empregando o método indutivo</p><p>porque o argumento principal está sustentado pela observação de muitos casos ou fatos</p><p>particulares que, por sua vez, fundamentam a conclusão. No primeiro caso, a constatação de</p><p>que diversas tentativas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas conduzem à</p><p>conclusão da impossibilidade de sua superação, enquanto que, no segundo exemplo, da</p><p>observação do comportamento do amigo infere-se sua inocência.</p><p>2.2.1 Analogia, indução e probabilidade</p><p>Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas chances do contrário, há sempre a</p><p>possibilidade do erro. Isso ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas não são</p><p>sinônimas de certezas.</p><p>Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a moral e a natural.</p><p>a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partindo-se dos casos numerados, é possível</p><p>calcular, sob forma de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o denominador</p><p>representa os casos possíveis e o numerador o número de casos favoráveis. Por exemplo, no</p><p>caso de um sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de 50% e a de dar coroa</p><p>também é de 50%.</p><p>b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos destituídos de caráter matemático. É o</p><p>caso da possibilidade de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação alegre ou</p><p>triste etc.</p><p>Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é provável que Pedro não tenha</p><p>cometido o crime, contudo... Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o receba</p><p>bem, mas...</p><p>c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos naturais dos quais nem todas as</p><p>possibilidades são conhecidas. A previsão meteorológica é um exemplo particular de</p><p>probalidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevisibilidade relativa e da</p><p>descrição apenas parcial de alguns eventos naturais.</p><p>Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia são passíveis de conclusões inexatas.</p><p>Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as suas conclusões. Elas expressam muito</p><p>bem a necessidade humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas, contudo,</p><p>também revelam as limitações humanas no que diz respeito à construção do conhecimento.</p><p>2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>227</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos estudiosos da lógica, é aquele no qual</p><p>são superadas as deficiências da analogia e da indução.</p><p>No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se do geral e vai-se ao particular. As</p><p>inferências ocorrem a partir do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para se</p><p>chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a premissa. O silogismo é o melhor exemplo</p><p>desse tipo de raciocínio:</p><p>Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. universal</p><p>Premissa menor: Pedro é homem.</p><p>Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular</p><p>No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral podem-se tirar conclusões de cunho</p><p>particular.</p><p>Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na qual, colocadas certas coisas, outra</p><p>diferente se lhe segue necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”. Uma vez</p><p>posto que todos os homens são mamíferos e que Pedro é homem, há de se inferir,</p><p>necessariamente, que Pedro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está presente nas</p><p>premissas, basta observar algumas</p><p>regras e inferir a conclusão.</p><p>2.3.1. Construção do Silogismo</p><p>A estrutura básica do silogismo consiste na determinação de umavpremissa</p><p>maior (ponto de</p><p>partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma conclusão, inferidava partir da</p><p>premissa menor. Em outras palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride através</p><p>da premissa menor e infere, necessariamente, uma conclusão adequada.</p><p>Eis um exemplo de silogismo:</p><p>Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Maior</p><p>A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor</p><p>Logo, a concussão é punível Conclusão</p><p>O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da lógica, as premissas são chamadas de</p><p>proposições que, por sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas ou juízos. O</p><p>termo é uma palavra ou um conjunto de palavras que exprime um conceito. Os termos de um</p><p>silogismo são necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior é aquele cuja</p><p>extensão é maior (normalmente, é o predicado da conclusão); o termo médio é o que serve</p><p>de intermediário ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na conclusão) e o</p><p>termo menor é o de menor extensão (normalmente, é o sujeito da conclusão). No exemplo</p><p>acima, punível é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e concussão é o menor.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>228</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>2.3.1.1. As Regras do Silogismo</p><p>Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio perfeitamente lógico. As quatro</p><p>primeiras dizem respeito às relações entre os termos e as demais dizem respeito às relações</p><p>entre as premissas. São elas:</p><p>2.3.1.1.1. Regras dos Termos</p><p>1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior, médio e menor.</p><p>Exemplo de formulação correta:</p><p>Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos.</p><p>Termo Médio: Mimi é um gato.</p><p>Termo Menor: Mimi é um mamífero.</p><p>Exemplo de formulação incorreta:</p><p>Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede.</p><p>Termo Médio: Maria é uma gata(2).</p><p>Termo Menor: Maria é quadrúpede.</p><p>O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro termos ao invés de três.</p><p>2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais extensos que os termos das premissas.</p><p>Exemplo de formulação correta:</p><p>Termo Maior: Todas as onças são ferozes.</p><p>Termo Médio: Nikita é uma onça.</p><p>Termo Menor: Nikita é feroz.</p><p>Exemplo de formulação incorreta:</p><p>Termo Maior: Antônio e José são poetas.</p><p>Termo Médio: Antônio e José são surfistas.</p><p>Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.</p><p>“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos os surfistas”.</p><p>3) O predicado do termo médio não pode entrar na conclusão.</p><p>Exemplo de formulação correta:</p><p>Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>229</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Termo Médio: Pedro é homem.</p><p>Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.</p><p>Exemplo de formulação incorreta:</p><p>Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.</p><p>Termo Médio: Pedro é homem.</p><p>Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a lei.</p><p>A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é inoportuna.</p><p>4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em sua extensão universal.</p><p>Exemplo de formulação correta:</p><p>Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilidades.</p><p>Termo Médio: Pedro é homem.</p><p>Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.</p><p>Exemplo de formulação incorreta:</p><p>Termo Maior: Alguns homens são sábios.</p><p>Termo Médio: Ora os ignorantes são homens</p><p>Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios</p><p>O predicado “homens” do termo médio não é universal, mas particular.</p><p>2.3.1.1.2. Regras das Premissas</p><p>5) De duas premissas negativas, nada se conclui.</p><p>Exemplo de formulação incorreta:</p><p>Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero</p><p>Premissa Menor: Lulu não é um gato.</p><p>Conclusão: (?).</p><p>6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclusão negativa.</p><p>Exemplo de formulação incorreta:</p><p>Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser desejados.</p><p>Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.</p><p>Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>230</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A premissa mais fraca é sempre a de</p><p>caráter negativo.</p><p>Exemplo de formulação incorreta:</p><p>Premissa Maior: As aves são animais que voam.</p><p>Premissa Menor: Alguns animais não são aves.</p><p>Conclusão: Alguns animais não voam.</p><p>Exemplo de formulação incorreta:</p><p>Premissa Maior: As aves são animais que voam.</p><p>Premissa Menor: Alguns animais não são aves.</p><p>Conclusão: Alguns animais voam.</p><p>8) De duas premissas particulares nada se conclui.</p><p>Exemplo de formulação incorreta:</p><p>Premissa Maior: Mimi é um gato.</p><p>Premissa Menor: Um gato foi covarde.</p><p>Conclusão: (?)</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>231</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>2.4 Diagramas Lógicos</p><p>Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários problemas. Uma situação que esses</p><p>diagramas poderão ser usados, é na determinação da quantidade de elementos que</p><p>apresentam uma determinada característica.</p><p>Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18 que dirigem moto e 10 que</p><p>dirigem carro e moto. Baseando-se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:</p><p>Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente carro ou ainda quantas dirigem</p><p>somente motos. Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que representam os</p><p>motoristas de motos e motoristas de carros. Começaremos marcando quantos elementos tem</p><p>a intersecção e depois completaremos os outros espaços.</p><p>Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo esse valor da quantidade de</p><p>elementos dos conjuntos A e B. A partir dos valores reais, é que poderemos responder as</p><p>perguntas feitas.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>232</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.</p><p>b) Dirigem somente carros 33 motoristas.</p><p>c) Dirigem somente motos 8 motoristas.</p><p>No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência quanto à leitura de três jornais. A, B</p><p>e C, foi apresentada a seguinte tabela:</p><p>Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente montar os diagramas que</p><p>representam cada conjunto. A colocação dos valores começará pela intersecção dos três</p><p>conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por último às regiões que representam</p><p>cada conjunto individualmente. Representaremos essesconjuntos dentro de um retângulo</p><p>que indicará o conjunto universo da pesquisa.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>233</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são leitores de nenhum dos três jornais.</p><p>Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.</p><p>Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.</p><p>Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.</p><p>Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.</p><p>Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.</p><p>Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.</p><p>Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes elementos:</p><p>Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas leem apenas o jornal A. Verificamos</p><p>que 500 pessoas não leem o jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda que</p><p>700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 + 150.</p><p>2.4.1. Diagrama de Euler</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>234</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, mas não precisa conter todas as zonas</p><p>(onde uma zona é definida como a área de intersecção entre dois ou mais contornos). Assim,</p><p>um diagrama de Euler pode definir um universo de discurso, isto é, ele pode definir um sistema</p><p>no qual certas intersecções não são possíveis ou consideradas. Assim, um diagrama de Venn</p><p>contendo</p><p>os atributos para Animal, Mineral e quatro patas teria que conter intersecções onde</p><p>alguns estão em ambos animal, mineral e de quatro patas. Um diagrama de Venn,</p><p>consequentemente, mostra todas as possíveis combinações ou conjunções.</p><p>2.4.2 Diagramas de Venn</p><p>Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados em matemática para simbolizar</p><p>graficamente propriedades, axiomasve problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os</p><p>respectivos diagramas consistem de curvas fechadas simples desenhadas sobre um plano, de</p><p>forma a simbolizar os conjuntos e permitir a representação das relações de pertença entre</p><p>conjuntos e seus elementos (por exemplo, 4 ∉ {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações de</p><p>continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo, {1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas curvas</p><p>que não se tocam e estão uma no espaço interno da outra simbolizam conjuntos que possuem</p><p>continência; ao passo que o ponto interno a uma curva representa um elemento pertencente</p><p>ao conjunto.</p><p>Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: suponhase que o conjunto A representa os</p><p>animais bípedes e o conjunto B representa os animais capazes de voar. A área onde os dois</p><p>círculos se sobrepõem, designada por intersecção A e B ou intersecção A-B, conteria todas as</p><p>criaturas que ao mesmo tempo podem voare têm apenas duas pernas motoras.</p><p>Considere-se agora que cada espécie viva está representada por um ponto situado em alguma</p><p>parte do diagrama. Os humanos e os pinguins seriam marcados dentro do círculo A, na parte</p><p>dele que não se sobrepõe com o círculo B, já que ambos são bípedes mas não podem voar. Os</p><p>mosquitos, que voam mas têm seis pernas, seriam representados dentro do círculo B e fora</p><p>da sobreposição.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>235</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Os canários, por sua vez, seriam representados na intersecção A-B, já que são bípedes e</p><p>podem voar. Qualquer animal que não fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou</p><p>serpentes, seria marcado por pontos fora dos dois círculos.</p><p>Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro áreas distintas (a que fica fora de</p><p>ambos os círculos, a parte de cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há</p><p>sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas estão em um círculo ou no outro):</p><p>- Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem sobreposição).</p><p>- Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem sobreposição).</p><p>- Animais que possuem duas pernas e voam (sobreposição).</p><p>- Animais que não possuem duas pernas e não voam (branco</p><p>- fora).</p><p>Essas configurações são representadas, respectivamente, pelas operações de conjuntos:</p><p>diferença de A para B, diferença de B para A, intersecção entre A e B, e conjunto</p><p>complementar de A e B. Cada uma delas pode ser representada como as seguintes áreas (mais</p><p>escuras) no diagrama:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>236</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de 16 formas diferentes. Por exemplo,</p><p>pode-se perguntar sobre os animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das</p><p>características); tal conjunto seria representado pela união de A e B. Já os animais que voam</p><p>e não possuem duas patas mais os que não voam e possuem duas patas, seriam representados</p><p>pela diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são mostrados nas imagens a seguir, que</p><p>incluem também outros dois casos.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>237</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou-se sobretudo nos diagramas de três</p><p>conjuntos. Alargando o exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos animais que</p><p>possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete áreas distintas, que podem combinar-se de</p><p>256 (28) maneiras diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes.</p><p>Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções possíveis entre A, B e C.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>238</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>2.4.3. Proposições Categóricas</p><p>- Todo A é B</p><p>- Nenhum A é B</p><p>- Algum A é B e</p><p>- Algum A não é B</p><p>Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A é um subconjunto do conjunto B.</p><p>Ou seja: A está contido em B. Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo</p><p>B é A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os conjuntos A e B são disjuntos, isto</p><p>é, não tem elementos em comum. Atenção: dizer que Nenhum A é B é logicamente</p><p>equivalente a dizer que Nenhum B é A.</p><p>Por convenção universal em Lógica, proposições da forma Algum A é B estabelecem que o</p><p>conjunto A tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando</p><p>dizemos que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B. Entretanto, no sentido lógico de</p><p>algum, está perfeitamente correto afirmar que “alguns de meus colegas estão me elogiando”,</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>239</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>mesmo que todos eles estejam. Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente a dizer que</p><p>Algum B é A. Também, as seguintes expressões são equivalentes: Algum A é B = Pelo menos</p><p>um A é B = Existe um A que é B.</p><p>Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um</p><p>elemento que não pertence ao conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é</p><p>B = Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a Algum B não é A. Nas</p><p>proposições categóricas, usam-se também as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais</p><p>como é, são, está, foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.</p><p>- Todo A é B = Todo A não é não B.</p><p>- Algum A é B = Algum A não é não B.</p><p>- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.</p><p>- Todo A é não B = Todo A não é B.</p><p>- Algum A é não B = Algum A não é B.</p><p>- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.</p><p>- Nenhum A é B = Todo A é não B.</p><p>- Todo A é B = Nenhum A é não B.</p><p>- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).</p><p>- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e viceversa).</p><p>Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas</p><p>Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das proposições categóricas, isto é, de Todo</p><p>A é B, Nenhum A é B, Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a verdade</p><p>ou a falsidade de algumas ou de todas as outras.</p><p>1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as duas representações possíveis:</p><p>Nenhum A é B. É falsa.</p><p>Algum A é B. É verdadeira.</p><p>Algum A não é B. É falsa.</p><p>2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos somente a representação:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>240</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Todo A é B. É falsa.</p><p>Algum A é B. É falsa.</p><p>Algum A não é B. É verdadeira.</p><p>3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as quatrorepresentações possíveis:</p><p>Nenhum A é B. É falsa.</p><p>Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e 2).</p><p>Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em 3 e 4) – é indeterminada.</p><p>4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três representações possíveis:</p><p>Todo A é B. É falsa.</p><p>Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e 2 – é indeterminada).</p><p>Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e 2 – é indeterminada).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>241</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Questões de Concursos</p><p>01. (FCC /TRE-SP)</p><p>Considere que uma expressão lógica envolva candidato (C), cargo político (P), votos (V) e</p><p>ganhador (G). Para avaliar se uma dada expressão é verdadeira ou não, um Técnico deve usar</p><p>uma Tabela da Verdade, que contém uma lista exaustiva de situações possíveis envolvendo as</p><p>4 variáveis. A Tabela da Verdade deve ter 4 colunas e</p><p>(A) 8 linhas.</p><p>(B) 16 linhas.</p><p>(C) 4 linhas.</p><p>na segunda frase, o termo está no sentido conotativo, uma vez que se refere ao caráter do</p><p>homem.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>21</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>QUESTÕES</p><p>QUESTÃO 01 - Banca: VUNESP. Orgão: Tribunal de Justiça de São Paulo. Cargo(s): Assistente</p><p>Social Judiciário Ano: 2022.</p><p>Em uma sociedade desigual, aqueles que alcançam o topo querem acreditar que seu</p><p>sucesso tem justificativa moral. Em uma sociedade de meritocracia* , isso significa que os</p><p>vencedores devem acreditar que conquistaram o sucesso através do próprio talento e</p><p>empenho. Quem entra em uma universidade pública de prestígio com credenciais brilhantes</p><p>se orgulha da conquista e considera que o fez por conta própria. Mas isso, de certa forma, é</p><p>ilusório. Ainda que seja verdade o fato de a entrada refletir dedicação e empenho, não se</p><p>pode dizer que foi somente resultado da própria ação. E o que dizer a respeito de pai, mãe e</p><p>professores que ajudaram ao longo do caminho? E a sorte de viver em uma sociedade que</p><p>cultiva e recompensa os talentos que eles por acaso têm?</p><p>As pessoas que, por meio de um pouco de esforço e talento, prevalecem em uma</p><p>meritocracia ficam endividadas de uma forma que a competição ofusca. À medida que a</p><p>meritocracia se intensifica, o esforço nos absorve tanto que o fato de estarmos endividados</p><p>sai de vista. Dessa maneira, até mesmo uma meritocracia justa, uma em que não haja trapaça,</p><p>ou suborno, ou privilégios especiais para os ricos, induz a uma impressão equivocada: de que</p><p>chegamos lá por conta própria. Os anos de árduo esforço exigidos de candidatos a</p><p>universidades de elite praticamente os obriga a acreditar que o sucesso deles é resultado das</p><p>próprias ações, e, se fracassarem, não terão a quem culpar, a não ser a si mesmos.</p><p>Esse é um fardo pesado para pessoas jovens carregarem. Além disso, corrói sensibilidades</p><p>cívicas. Porque quanto mais pensarmos em nós como pessoas que vencem pelo próprio</p><p>esforço e que são autossuficientes, mais difícil será aprender a ter gratidão e humildade. E</p><p>sem esses sentimentos é difícil se importar com o bem comum.</p><p>O ingresso em universidades não é a única ocasião para discussões sobre mérito. Na política</p><p>contemporânea, há uma abundância de debates acerca de quem merece o quê. Na superfície,</p><p>esses debates são sobre o que é justo – todo mundo tem oportunidades verdadeiramente</p><p>iguais para competir por bens desejáveis e posições sociais? No entanto, nossas discordâncias</p><p>a propósito do mérito não são apenas em relação a ser justo mas também quanto a como</p><p>definimos sucesso e fracasso, vencer e perder, e o comportamento que vencedores devem</p><p>direcionar àqueles menos bem-sucedidos do que eles. Essas são questões bastante pesadas e</p><p>que tentamos evitar, até o momento em que elas se lançam sobre nós. Precisamos perguntar</p><p>se a solução para nossa política conflituosa é viver mais fielmente pelo princípio do mérito ou</p><p>buscar um bem comum além da classificação e da luta.</p><p>* meritocracia: sistema de recompensa e/ou promoção fundamentado no mérito pessoal</p><p>(Michael J. Sandel. A tirania do mérito: o que aconteceu com o bem comum? Trad. Bhuvi Libanio. – 4ª ed. Rio de</p><p>Janeiro: Civilização Brasileira, 2021. Excerto adaptado)</p><p>No texto, o autor identifica como uma das consequências mais danosas da meritocracia o fato</p><p>de</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>22</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A - tal sistema de reconhecimento ter suscitado debates triviais, que acabam ofuscando a</p><p>discussão cada vez mais urgente sobre a escassez de oportunidades.</p><p>B- instalar-se o descaso com a ideia de bem comum, conforme as pessoas se convencem de</p><p>que dependem apenas de si próprias para alcançar o sucesso.</p><p>C- os vencedores em geral terem diminuída a satisfação com o triunfo, em vista do discurso</p><p>ressentido das pessoas fadadas à condição de perdedoras.</p><p>D- mesmo as disputas menos importantes, como por vagas em universidades públicas, terem</p><p>adquirido formatos cada vez mais complexos e desgastantes.</p><p>E- o árduo esforço exigido na preparação deixar pelo caminho os mais velhos, favorecendo os</p><p>jovens, mais bem adaptados a situações de concorrência.</p><p>QUESTÃO 02 - Banca: VUNESP- Orgão: Universidade Estadual de Campinas –</p><p>Cargo(s): Administrador de Sistemas Operacionais - Ano: 2022.</p><p>O ano de 1833 aproximava-se do fim. A população de Santa Fé estava alvoroçada, pois</p><p>confirmara-se a notícia de que em 1834 o povoado seria elevado a vila. No entanto o assunto</p><p>preferido de todas as rodas era a política. Gente bem informada, vinda de Porto Alegre e do</p><p>Rio Pardo, contava histórias sombrias. Depois da abdicação de d. Pedro I, as coisas na Corte</p><p>andavam confusas. Seu filho, o Príncipe d. Pedro, não podia ser coroado porque era muito</p><p>criança. Ali mesmo em Santa Fé, bem como acontecia nas carreiras, as pessoas tomavam</p><p>partido. Uns eram pela maioridade; outros achavam que o melhor mesmo era que uma junta</p><p>de homens direitos e sábios ficasse no governo. […]</p><p>Muitas vezes o pe. Lara ia conversar com o cel. Ricardo no casario de pedra e vinha de lá</p><p>com “notícias frescas”, que transmitia a alguns amigos na venda do Nicolau ou na do cap.</p><p>Rodrigo. O cel. Amaral inclinava-se ora para o lado do Partido Restaurador, que desejava a</p><p>volta de d. Pedro I ao trono, ora para o Partido Liberal de Bento Gonçalves, que se opunha</p><p>àquele. Os restauradores tinham fundado a Sociedade Militar e Bento Gonçalves trouxera do</p><p>Rio de Janeiro a promessa do governo central de impedir o funcionamento desse clube, que</p><p>os liberais classificavam de retrógrado. Tudo parecia resolvido quando o comandante militar</p><p>da Província, Sebastião Barreto, de novo tentou reerguer a Sociedade. Bento Amaral – que</p><p>agora era representante em Santa Fé do juiz de paz de São Borja – chegara, havia pouco, de</p><p>Porto Alegre e contava que a Câmara Municipal dera seu apoio aos liberais e que por sua vez</p><p>o presidente da Província censurara esse pronunciamento da Câmara. Nas ruas da cidade,</p><p>liberais e restauradores discutiam, diziam-se nomes, engalfinhavam- -se a tapas e socos.</p><p>(Erico Verissimo. Um certo capitão Rodrigo. Companhia das Letras, 2005)</p><p>De acordo com informações presentes no texto, é correto afirmar que</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>23</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A - a população da cidade de Santa Fé estava sempre ávida por notícias que chegavam da</p><p>capital da Província.</p><p>B - o cel. Amaral tinha um posicionamento político claro, mas fingia estar dividido para</p><p>conseguir informações.</p><p>C - os habitantes de Santa Fé buscavam se manter neutros nas questões políticas, já que a</p><p>Corte era implacável com traidores.</p><p>D - o governo da época dava acenos de apoio aos liberais no sentido de coibir agremiações</p><p>com ideias restauradoras.</p><p>E - era consensual que uma criança não tinha condições de governar, mas as dissensões se</p><p>davam por incitação da Câmara.</p><p>QUESTÃO 03 - Banca: FGV - Orgão: Secretaria de Segurança Pública do Estado do</p><p>Amazonas - Cargo(s): Assistente Operacional - Ano: 2022.</p><p>“A segurança pública é um direito humano fundamental, essencial à preservação da vida e à</p><p>garantia de direitos. Portanto, independentemente de condição social, econômica, política,</p><p>filosófica, a todo ser humano lhe é assegurado o direito de viver em segurança.”</p><p>Assinale a afirmação correta sobre o conteúdo desse texto.</p><p>A - A segurança pública é uma causa da existência dos direitos humanos.</p><p>B - Os direitos humanos diferem em função das condições sociais dos cidadãos.</p><p>C - Entre os direitos humanos fundamentais está a segurança de todos.</p><p>D - A segurança pública garante a todos o direito à vida.</p><p>E - Os direitos sociais, econômicos, políticos e filosóficos são garantidos pela segurança</p><p>pública.</p><p>QUESTÃO 04 - Banca: FGV - Orgão: Secretaria de Segurança Pública do Estado do</p><p>Amazonas - Cargo(s): Assistente Operacional - Ano: 2022.</p><p>(D) 32 linhas.</p><p>(E) 64 linhas</p><p>02. (FCC /Auditor Fiscal de Tributos – São Luís)</p><p>Considere as seguintes informações disponíveis sobre os quatro candidatos a uma vaga de</p><p>professor na faculdade de Economia de uma universidade federal.</p><p>De acordo com o edital do concurso, para concorrer à vaga, todo candidato que não seja</p><p>economista precisa, necessariamente, ter o título de doutor. Para certificar-se de que os</p><p>quatro candidatos satisfazem essa condição, é necessário verificar apenas</p><p>(A) as titulações acadêmicas dos candidatos 1 e 2.</p><p>(B) a titulação acadêmica do candidato 1 e a formação do candidato 3.</p><p>(C) a titulação acadêmica do candidato 2 e a formação do candidato 3.</p><p>(D) a titulação acadêmica do candidato 2 e a formação do candidato 4.</p><p>(E) as formações dos candidatos 3 e 4</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>242</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>03. (FCC /AL-MS)</p><p>Considere as afirmações e seus respectivos valores lógicos.</p><p>I. André não é analista ou Bruno é biblioteconomista. Afirmação VERDADEIRA.</p><p>II. Se Carlos não é cerimonialista, então Dorival é contador. Afirmação FALSA.</p><p>III. André não é analista e Dorival não é contador. Afirmação FALSA.</p><p>IV. Se Bruno é biblioteconomista, então Ernani é economista. Afirmação VERDADEIRA.</p><p>A partir dessas afirmações, é correto concluir que</p><p>(A) Se Ernani é economista, então André não é analista.</p><p>(B) Carlos não é cerimonialista e Bruno não é biblioteconomista.</p><p>(C) Carlos é cerimonialista e Ernani é economista.</p><p>(D) André não é analista ou Dorival é contador.</p><p>(E) Bruno não é biblioteconomista ou Dorival não é contador.</p><p>04. (FCC 2018/TRT 6ª Região)</p><p>Considere a afirmação I como sendo FALSA e as outras três afirmações como sendo</p><p>VERDADEIRAS.</p><p>I. Lucas é médico ou Marina não é enfermeira.</p><p>II. Se Arnaldo é advogado, então Lucas não é médico.</p><p>III. Ou Otávio é engenheiro, ou Marina é enfermeira, mas não ambos.</p><p>IV. Lucas é médico ou Paulo é arquiteto.</p><p>A partir dessas informações, é correto afirmar que</p><p>(A) Paulo não é arquiteto ou Marina não é enfermeira.</p><p>(B) Marina é enfermeira e Arnaldo não é advogado.</p><p>(C) Se Lucas não é médico, então Otávio é engenheiro.</p><p>(D) Otávio é engenheiro e Paulo não é arquiteto.</p><p>(E) Arnaldo é advogado ou Paulo é arquiteto.</p><p>05. (FCC /CL-DF)</p><p>Considere a proposição: “Se um candidato estudar adequadamente, então ele passará em um</p><p>concurso”. Portanto, com base nesta proposição, é correto afirmar:</p><p>a) A maior parte dos candidatos que passam em um concurso estudam adequadamente.b)</p><p>Todos os candidatos que não estudam adequadamente não passam em um concurso.</p><p>c) Todos os candidatos que estudam adequadamente passam em um concurso.</p><p>d) Havendo candidatos que passam em um concurso, certamente estudam adequadamente.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>243</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>e) É possível que existam candidatos que estudam adequadamente e não passam em um</p><p>concurso.</p><p>06. (FCC /TCE-SP)</p><p>Considere a afirmação condicional: Se Alberto é médico ou Alberto é dentista, então Rosa é</p><p>engenheira.</p><p>Seja R a afirmação: ‘Alberto é médico’;</p><p>Seja S a afirmação: ‘Alberto é dentista’ e</p><p>Seja T a afirmação: ‘Rosa é engenheira’.</p><p>A afirmação condicional será considerada necessariamente falsa quando</p><p>(A) R for falsa, S for verdadeira e T for verdadeira.</p><p>(B) R for falsa, S for falsa e T for falsa.</p><p>(C) R for falsa, S for falsa e T for verdadeira.</p><p>(D) R for verdadeira, S for falsa e T for falsa.</p><p>(E) R for verdadeira, S for falsa e T for verdadeira.</p><p>07. (FCC /TRF 4ª Região)</p><p>“Se vou ao shopping, então faço compras”. Supondo verdadeira a afirmação anterior, e a</p><p>partir dela, pode-se concluir que</p><p>(A) sempre que vou ao shopping compro alguma coisa.</p><p>(B) para fazer compras, preciso ir ao shopping.</p><p>(C) posso ir ao shopping e não fazer compras.</p><p>(D) somente vou ao shopping.</p><p>(E) só posso fazer compras em um lugar específico.</p><p>08. (FCC /DPE-SP)</p><p>Considere as proposições abaixo.</p><p>p: Afrânio estuda. ; q: Bernadete vai ao cinema. ; r: Carol não estuda.</p><p>Admitindo que essas três proposições são verdadeiras, qual das seguintes afirmações é</p><p>FALSA?</p><p>(A) Afrânio não estuda ou Carol não estuda.</p><p>(B) Se Afrânio não estuda, então Bernadete vai ao cinema.</p><p>(C) Bernadete vai ao cinema e Carol não estuda.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>244</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>(D) Se Bernadete vai ao cinema, então Afrânio estuda ou Carol estuda.</p><p>(E) Se Carol não estuda, então Afrânio estuda e Bernadete não vai ao cinema.</p><p>09. (FCC /TCE-SP)</p><p>Uma das regras elaboradas pela associação dos bancos de um país define que: Se o</p><p>vencimento de uma conta não cair em um dia útil, então ele deverá automaticamente ser</p><p>transferido para o próximo dia útil. Para que esta regra não tenha sido cumprida, basta que</p><p>(A) uma conta cujo vencimento caía num dia útil tenha tido seu vencimento antecipado para</p><p>o dia útil imediatamente anterior.</p><p>(B) uma conta cujo vencimento caía num dia útil tenha tido seu vencimento transferido para</p><p>o próximo dia útil.</p><p>(C) uma conta cujo vencimento caía num dia útil não tenha tido seu vencimento transferido</p><p>para o próximo dia útil.</p><p>(D) uma conta cujo vencimento não caía num dia útil tenha tido seu vencimento transferido</p><p>para o próximo dia útil.</p><p>(E) uma conta cujo vencimento não caía num dia útil não tenha tido seu vencimento</p><p>transferido para o próximo dia útil.</p><p>10. Concurso: MPE-SP - Analista Técnico Científico</p><p>Suponha serem verdadeiras as afirmações:</p><p>Nenhum arrogante é simpático.</p><p>Alguns mentirosos são simpáticos.</p><p>A partir dessas afirmações, é necessariamente verdadeiro que</p><p>a) algum mentiroso é arrogante.</p><p>b) nenhum mentiroso é arrogante.</p><p>c) se um mentiroso é simpático, então ele é arrogante.</p><p>d) se um mentiroso não é simpático, então ele é arrogante.</p><p>e) algum mentiroso não é arrogante.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>245</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>11. Concurso: MPE-SP - Analista Técnico Científico</p><p>Considere verdadeiras as proposições:</p><p>Se José prefere assistir a séries de televisão, então Roberto assiste a filmes no cinema.</p><p>Carlos não assiste ao futebol.</p><p>Se Lucas assiste a novelas, então Carlos assiste ao futebol.</p><p>Roberto assiste a filmes no cinema ou Lucas assiste a novelas.</p><p>A partir dessas proposições, pode-se afirmar corretamente que</p><p>a) Roberto não assiste a filmes no cinema ou José não prefere assistir a séries de televisão.</p><p>b) Lucas não assiste a novelas e Carlos assiste ao futebol.</p><p>c) José prefere assistir a séries de televisão e Carlos não assiste a futebol.</p><p>d) Lucas não assiste a novelas ou José prefere assistir a séries de televisão.</p><p>e) Lucas assiste a novelas e Roberto assiste a filmes no cinema.</p><p>12. Concurso: PRODESP</p><p>Ver texto associado a questão</p><p>A negação da sentença "minha mãe e minha avó tocavam piano" é, do ponto de vista lógico,</p><p>equivalente a</p><p>a) Nem minha mãe, nem minha avó tocam piano.</p><p>b) Minha mãe ou minha avó tocavam piano.</p><p>c) Minha mãe tocava piano e minha avó tocava piano.</p><p>d) Minha mãe tocava piano ou minha avó não tocava piano.</p><p>e) Minha mãe não tocava piano ou minha avó não tocava piano.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>246</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>GABARITO</p><p>1. B</p><p>2. C</p><p>3. E</p><p>4. E</p><p>5. C</p><p>6. D</p><p>7. A</p><p>8. E</p><p>9. E</p><p>10 E</p><p>11 D</p><p>12 E</p><p>Sequências lógicas envolvendo números, letras e figuras.</p><p>LÓGICA SEQUENCIAL</p><p>O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e mental. Neste, o intelecto humano utiliza</p><p>uma ou mais proposições, para concluir através de mecanismos de comparações e abstrações,</p><p>quais são os dados que levam às respostas verdadeiras, falsas ou prováveis. Foi pelo processo</p><p>do raciocínio que ocorreu o desenvolvimento do método matemático,</p><p>“A Justiça é cega. E às vezes lenta e gananciosa. A figura de Thêmis, deusa grega da Justiça,</p><p>costuma ser representada por uma mulher segurando uma balança em uma das mãos e uma</p><p>espada em outra. A venda nos olhos veio só no século XIV, quando os alemães acharam que</p><p>seria uma boa para representar a imparcialidade e ausência de preconceitos.”</p><p>Sobre essa imagem mitológica da Justiça, assinale a única afirmativa correta.</p><p>A - A justiça é cega porque às vezes comete injustiças.</p><p>B - A justiça é lenta porque demora a decidir as causas.</p><p>C - A balança indica o peso da culpa nos criminosos.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>24</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>D - A espada mostra a violência das penas judiciais.</p><p>E - A venda nos olhos mostra a justiça como irresponsável.</p><p>QUESTÃO 05 - Banca: FGV- Orgão: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - Cargo(s): Inspetor</p><p>de Polícia Civil - Ano: 2021.</p><p>Texto 2</p><p>“Um homem acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico foi preso, neste</p><p>sábado (13/11), por policiais civis da 110ª DP (Teresópolis) e militares. Contra ele foi cumprido</p><p>um mandado de prisão.</p><p>O criminoso foi capturado após informações de inteligência. Ele foi encaminhado para o</p><p>sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.”</p><p>O texto 2 é do tipo informativo e é marcado pela mais rigorosa objetividade; a marca de</p><p>objetividade presente no texto que está corretamente exemplificada é:</p><p>A - emprego da voz passiva sem complemento de agente: “O criminoso foi capturado após</p><p>informações de inteligência”;</p><p>B - nominalização com omissão do autor da ação: “Um homem acusado de tráfico de drogas</p><p>e associação para o tráfico foi preso”;</p><p>C - localização precisa da ocorrência: “Um homem acusado de tráfico de drogas e associação</p><p>para o tráfico foi preso, neste sábado (13/11), por policiais civis da 110ª DP (Teresópolis) e</p><p>militares;</p><p>D - estrutura pronominal de sentido ativo: “Contra ele foi cumprido um mandado de prisão”;</p><p>E - indeterminação do sujeito da ação: “Ele foi encaminhado para o sistema prisional, onde</p><p>ficará à disposição da Justiça”.</p><p>QUESTÃO 06 - Banca: FGV - Orgão: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro -</p><p>Cargo(s): Inspetor de Polícia Civil - Ano: 2021.</p><p>Observe o texto a seguir.</p><p>“A corrida sempre esteve muito presente na minha vida, mas no começo dessa pandemia fui</p><p>forçado a parar de fazer o que amo. Quando meu médico me liberou para praticar novamente,</p><p>isolado, senti um desconforto no joelho e fui forçado a dar uma pausa… Não pude acreditar</p><p>que isso estava acontecendo comigo, não podia aceitar que nunca mais ia praticar o esporte</p><p>da minha vida. Eu pesquisei em tudo que podia, tentei tomar remédio para dor e até mesmo</p><p>voltei ao meu médico. Mas só depois de tanto pesquisar, pude achar um blog onde um cara</p><p>passou pela mesma coisa que eu, e a única coisa que ajudou ele a resolver a dor foi a joelheira</p><p>Ultra K.”</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>25</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A finalidade essencial desse texto é:</p><p>A - dar um depoimento pessoal;</p><p>B - incentivar pessoas a praticar esportes;</p><p>C - divulgar um produto comercial;</p><p>D - ajudar pessoas a enfrentar problemas;</p><p>E - promover a necessidade de consultas médicas.</p><p>QUESTÃO 07 - Banca: AOCP - Orgão: Ministério da Justiça e Segurança Pública -</p><p>Cargo(s): Analista de Governança de Dados Big Data - Ano: 2020.</p><p>( O texto abaixo será referência para resolução das questões 07 e 08.)</p><p>O cinzeiro</p><p>Mário Viana</p><p>Procura-se um martelinho de ouro. Aceitam-se indicações de profissionais pacientes e com</p><p>certa delicadeza para restaurar um cinzeiro que está na família há mais de cinco décadas. Não</p><p>se trata de joia de valor financeiro incalculável, mas de uma peça que teve seus momentos</p><p>úteis nos tempos em que muita gente fumava. Hoje, é apenas o símbolo de uma época.</p><p>Arredondado e de alumínio, o cinzeiro chegou lá em casa porque meu pai o ganhara de</p><p>presente de seu patrão, o empresário Baby Pignatari – como ficou mais conhecido o</p><p>napolitano Francisco Matarazzo Pignatari (1917- 1977). Baby misturou na mesma medida as</p><p>ousadias de industrial com as estripulias de playboy. No corpo do cinzeiro destaca-se um “P”</p><p>todo trabalhado em relevo.</p><p>Nunca soube direito se meu pai ganhou o cinzeiro das mãos de Baby ou de sua mulher, a dona</p><p>Ira – era assim que a princesa e socialite italiana Ira von Furstenberg era conhecida lá em casa.</p><p>Só muitos anos depois, já adulto e jornalista formado, descobri a linha de nobreza que fazia</p><p>de dona Ira um celebridade internacional.</p><p>[...]</p><p>Pois esse objeto que já passou pelas mãos de uma princesa – italiana, mas principessa, que</p><p>diacho – despencou outro dia do 12º andar até o térreo. Amassou, coitado. A tampa giratória</p><p>ficou toda prejudicada E o botão de borracha que era pressionado também foi para o devido</p><p>beleléu.</p><p>Mesmo assim, não acredito em perda total. Tenho fé em que um bom desamassador dê um</p><p>jeito e devolva o cinzeiro, se não a seus dias de glória, pelo menos a uma aparência menos</p><p>miserável. É o símbolo de uma trajetória, afinal de contas, há que respeitar isso.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>26</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Praticamente aposentado – a maioria dos meus amigos e eu deixamos de fumar –, o cinzeiro</p><p>ocupava lugar de destaque na memorabilia do meu hipotético museu pessoal. Aquele que</p><p>todos nós criamos em nosso pensamento mais secreto, com um acervo repleto de pequenos</p><p>objetos desimportantes para o mundo.</p><p>Cabem nessa vitrine imaginária o primeiro livro sério que ganhamos, com a capa rasgada e</p><p>meio desmontado; o chaveiro que alguém especial trouxe de um rolê mochileiro pelos Andes;</p><p>o LP com dedicatória de outro alguém ainda mais especial; uma caneca comprada na Disney;</p><p>o calção usado aos 2 anos de idade... e o velho cinzeiro carente de reparo.</p><p>Adaptado de: <https://vejasp.abril.com.br/cidades/mario-viana-ocinzeiro/>. Acesso em: 10 set. 2020.</p><p>Assinale a alternativa correta sobre a memorabilia de que trata o autor do texto.</p><p>A - Memorabilia é o nome dado pelo autor à vitrine que fica em sua casa.</p><p>B - Todas as pessoas possuem sua própria memorabilia.</p><p>C - Na memorabilia, ficam expostos vários objetos de grande importância para todos aqueles</p><p>que os observam.</p><p>D - Como a memorabilia do autor não é grande, cabem nela apenas objetos de tamanho</p><p>reduzido: cinzeiro, livro, chaveiro, LP, caneca e calção.</p><p>E - Na memorabilia, o cinzeiro exibia o mesmo estatuto que os demais objetos.</p><p>QUESTÃO 08 - Banca: AOCP - Orgão: Ministério da Justiça e Segurança Pública -</p><p>Cargo(s): Analista de Governança de Dados Big Data - Ano: 2020.</p><p>Em relação ao texto, é correto afirmar que</p><p>A - o narrador procura um profissional que conserte o seu cinzeiro porque este possui alto</p><p>valor financeiro e emocional.</p><p>B - como o cinzeiro já não era mais utilizado, já que ninguém mais fumava na casa do</p><p>narrador, este não tinha pressa em consertá-lo.</p><p>C - o cinzeiro foi entregue pessoalmente ao pai do narrador por Baby Pignatari, por isso o</p><p>objeto tinha a letra “P” em relevo.</p><p>D - o narrador não tem total certeza de que o conserto do cinzeiro fará com este retorne</p><p>exatamente ao que era antigamente.</p><p>E - o cinzeiro está na família do narrador desde os anos 1950.</p><p>QUESTÃO 09 - Banca: CESGRANRIO - Orgão: Banco da Amazônia S/A - Cargo(s): Técnico</p><p>Científico - Ano: 2021.</p><p>Medo da eternidade</p><p>Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático</p><p>contato com a eternidade. Quando eu era muito pe-</p><p>quena ainda não tinha provado chicles e mesmo em</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>27</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de</p><p>que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo</p><p>o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com</p><p>o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.</p><p>Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao</p><p>sairmos de casa para</p><p>a escola me explicou:</p><p>— Tome cuidado para não perder, porque esta</p><p>bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.</p><p>— Como não acaba? — Parei um instante na</p><p>rua, perplexa.</p><p>— Não acaba nunca, e pronto.</p><p>Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada</p><p>para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei</p><p>a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o</p><p>elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia</p><p>acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças,</p><p>às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para</p><p>chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me</p><p>com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão ino-</p><p>cente, tornando possível o mundo impossível do qual</p><p>eu já começara a me dar conta.</p><p>Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle</p><p>na boca.</p><p>— E agora que é que eu faço? — Perguntei para</p><p>não errar no ritual que certamente deveria haver.</p><p>— Agora chupe o chicle para ir gostando do do-</p><p>cinho dele, e só depois que passar o gosto você co-</p><p>meça a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos</p><p>que você perca, eu já perdi vários.</p><p>Perder a eternidade? Nunca.</p><p>O adocicado do chicle era bonzinho, não podia</p><p>dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminháva-</p><p>mo-nos para a escola.</p><p>— Acabou-se o docinho. E agora?</p><p>— Agora mastigue para sempre.</p><p>Assustei-me, não sabia dizer por quê. Comecei a</p><p>mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa</p><p>cinzento de borracha que não tinha gosto de nada.</p><p>Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na</p><p>verdade eu não estava gostando do gosto. E a van-</p><p>tagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie</p><p>de medo, como se tem diante da ideia de eternidade</p><p>ou de infinito.</p><p>Eu não quis confessar que não estava à altura da</p><p>eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso,</p><p>eu mastigava obedientemente, sem parar.</p><p>Até que não suportei mais, e, atravessando o</p><p>portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado</p><p>cair no chão de areia.</p><p>— Olha só o que me aconteceu! — Disse eu em</p><p>fingidos espanto e tristeza. — Agora não posso mas-</p><p>tigar mais! A bala acabou!</p><p>— Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ele não aca-</p><p>ba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>28</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no</p><p>sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste,</p><p>um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.</p><p>Eu estava envergonhada diante da bondade de</p><p>minha irmã, envergonhada da mentira que pregara</p><p>dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.</p><p>Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre</p><p>mim.</p><p>LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, Caderno B, p.2, 6 jun. 1970.</p><p>No texto, a narradora suscita a reflexão acerca da eternidade a partir da</p><p>A - mentira que pregara na chegada à escola.</p><p>B - limitação que a falta de dinheiro lhe impunha.</p><p>C - descoberta de que o chicle não acabaria nunca.</p><p>D - relação afetiva que havia entre a ela e sua irmã.</p><p>E - satisfação que o gosto adocicado do chicle proporcionava.</p><p>QUESTÃO 10</p><p>A narradora do texto experimenta um sentimento de perplexidade diante da ideia de</p><p>eternidade.</p><p>Esse sentimento se revela, explicitamente, no seguinte trecho:</p><p>A - "Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava." (l. 4-5)</p><p>B - "quase não podia acreditar no milagre." (l. 18-19)</p><p>C - “Perder a eternidade? Nunca.” (l. 33)</p><p>D - “Acabou-se o docinho. E agora?” (l. 37)</p><p>E - “Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade.” (l. 47-48)</p><p>QUESTÃO 11 - Banca: FCC - Orgão: Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Espírito</p><p>Santo</p><p>Cargo(s): Técnico Judiciário – Administrativa - Ano: 2022.</p><p>Um cabrito que ficou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo. Então ele se</p><p>virou para o lobo e disse: “Lobo, estou conformado em ser sua comida. Mas, para que eu não morra de</p><p>forma indigna, toque uma flauta para eu dançar.” E o lobo se pôs a tocar flauta e o cabrito, a dançar.</p><p>Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo. Então este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é</p><p>benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um flautista.”</p><p>*magarefe: indivíduo que abate e esfola as reses nos matadouros; açougueiro, carniceiro.</p><p>(Esopo. Fábulas completas. São Paulo: Cosac Naify, 2013)</p><p>Em Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo, o termo sublinhado pode ser</p><p>substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>29</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>A - Além disso</p><p>B - Contudo</p><p>C - Portanto</p><p>D - Mesmo assim</p><p>E - Por isso</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>30</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>QUESTÃO 12 - Banca: FGV - Orgão: Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas</p><p>Cargo(s): Técnico de Nível Superior - Ano: 2022.</p><p>Os textos podem pertencer a diferentes tipos ou gêneros; a opção abaixo que mostra um texto</p><p>predominantemente expositivo é:</p><p>A - “Depois desses dias na juventude, meu amigo desapareceu de minha vida e eu só tornei a</p><p>encontrá-lo na semana passada, em um restaurante”.</p><p>B - “Defendo a ideia de que as pessoas podem dizer tudo o que querem, e, quando isso trouxer</p><p>qualquer prejuízo a alguém, que esse alguém as processe”.</p><p>C - “O barco atracou ontem no Rio de Janeiro, com muitas turistas a bordo, o que certamente</p><p>vai trazer a alegria para muitos comerciantes”.</p><p>D - “O rio estava transbordando, em função das fortes chuvas, com as margens derrubadas</p><p>pela força das águas e muitos detritos levados pela correnteza”.</p><p>E - “O deputado fez o seu discurso, foi ovacionado, agradeceu os aplausos e dirigiu-se a seu</p><p>gabinete”.</p><p>GABARITO:</p><p>QUESTÃO O1: B</p><p>QUESTÃO 02 D</p><p>QUESTÃO 03: C</p><p>QUESTÃO 04: B</p><p>QUESTÃO 05: A</p><p>QUESTÃO 06: C</p><p>QUESTÃO 07: B</p><p>QUESTÃO 08: D</p><p>QUESTÃO 09: C</p><p>QUESTÃO 10: B</p><p>QUESTÃO 11: B</p><p>QUESTÃO 12: C</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>31</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Ortografia Oficial.</p><p>A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta grafia das palavras. É ela quem ordena</p><p>qual som devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são grafados segundo</p><p>acordos ortográficos.</p><p>A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender ortografia é realizar muitos exercícios,</p><p>ver as palavras, familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é necessário, mas não</p><p>basta, pois há inúmeras exceções e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de</p><p>etimologia (origem da palavra).</p><p>Regras ortográficas</p><p>O fonema s</p><p>S e não C/Ç</p><p>palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent:</p><p>pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão /</p><p>aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir</p><p>- compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível /</p><p>consentir – consensual</p><p>SS e não C e Ç</p><p>nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos</p><p>terminados por tir ou -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /</p><p>ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir -</p><p>opressão / comprometer - compromisso / submeter – submissão.</p><p>*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”. Exemplos:</p><p>a + simétrico - assimé- trico / re + surgir – ressurgir.</p><p>*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: ficasse, falasse.</p><p>C ou Ç e não S e SS</p><p> vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.</p><p> vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju- çara, caçula, cachaça, cacique.</p><p> sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar,</p><p>empalidecer, carniça, caniço,esperança, carapuça, dentuço.</p><p> nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção /</p><p>reter – retenção.</p><p> após ditongos: foice, coice, traição.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>32</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p> palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):</p><p> marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>33</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O fonema z</p><p>S e não Z</p><p> sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos</p><p>nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.</p><p> sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose.</p><p> formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.</p><p> nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”: aludir - alusão / decidir -</p><p>decisão / empreender - empresa / difundir – difusão.</p><p> diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis –</p><p>lapisinho.</p><p> após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.</p><p> verbos derivados de nomes cujo radical termina com“s”: anális(e) + ar - analisar /</p><p>pesquis(a) + ar – pesquisar.</p><p>Z e não S</p><p> sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza</p><p>/ belo – beleza.</p><p> sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não termine com s): final -</p><p>finalizar / concreto – concretizar.</p><p> consoante de ligação se o radical não terminar com “s”:</p><p>pé + inho - pezinho / café + al - cafezal</p><p>Exceção: lápis + inho – lapisinho.</p><p>O fonema j</p><p>G e não J</p><p> palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso.</p><p> estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.</p><p> terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções): imagem, vertigem,</p><p>penugem, bege, foge.Exceção: pajem.</p><p> terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio, relógio, refúgio.</p><p> verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, mugir.</p><p> depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir.</p><p> depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com j: ágil, agente.</p><p>J e não G</p><p> palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.</p><p> palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia,manjerona.</p><p> palavras terminadas com aje: ultraje.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>34</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>O fonema ch</p><p>X e não CH</p><p> palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, xucro.</p><p> palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagartixa.</p><p> depois de ditongo: frouxo, feixe.</p><p> depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval.</p><p>Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)</p><p>CH e não X</p><p> palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi,</p><p> mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.</p><p>As letras “e” e “i”</p><p> Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, só o ditongo interno cãibra.</p><p> Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com “e”: caçoe, perdoe,</p><p>tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói,</p><p>possui, contribui.</p><p>* Atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia “e” pela grafia</p><p>“i”: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à</p><p>tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).</p><p>* Dica:</p><p>- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortografia de uma palavra, há a possibilidade</p><p>de consultar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado pela</p><p>Academia Brasileira de Letras. É uma obra de referência até mesmo para a criação de</p><p>dicionários, pois traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na Internet, o</p><p>endereço é www.academia.org.br.</p><p>Informações importantes</p><p>- Formas variantes são formas duplas ou múltiplas, equivalentes: aluguel/aluguer,</p><p>relampejar/relampear/relampar/relampadar.</p><p>- Os símbolos das unidades de medida são escritos sem ponto, com letra minúscula e sem “s”</p><p>para indicar plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km, 120km/h.</p><p>Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.</p><p>- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve haver espaço entre o algarismo e o</p><p>símbolo: 14h, 22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e quatro</p><p>segundos).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>35</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>- O símbolo do real antecede o número sem espaço:</p><p>R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra vertical ($)</p><p>Hífen</p><p>O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar os elementos de palavras</p><p>compostas (como ex-presidente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos</p><p>(ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é, no</p><p>fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).</p><p>Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográfica:</p><p>1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, nos</p><p>termos que se unem para formarem um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, luso-</p><p>brasileiro, tenente-coronel, segunda- -feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-</p><p>ministro, azul-escuro.</p><p>2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-</p><p>me-quer, abóbora- menina, erva-doce, feijão-verde.</p><p>3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-</p><p>número, recém-casado.</p><p>4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem</p><p>consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-demeia, água-de-</p><p>colônia, queima-roupa, deus-dará.</p><p>5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte RioNiterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto</p><p>e nas combinações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, etc.</p><p>6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo</p><p>que é iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.</p><p>7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-</p><p>prefeito.</p><p>8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-</p><p>graduação, etc.</p><p>9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei,</p><p>etc.</p><p>10. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por “h”:</p><p>sub-hepático, geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem.</p><p>11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina com a mesma vogal do</p><p>segundo elemento: micro -ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>36</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>** O hífen é suprimido quando para formar outros termos: reaver, inábil, desumano,</p><p>lobisomem, reabilitar.</p><p>Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mudança de linha), caso a última palavra a</p><p>ser escrita seja formada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti-</p><p>inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na próxima linha escreverei: “-inflamatório”</p><p>(hífen em ambas as linhas).</p><p>Não se emprega o hífen:</p><p>1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-</p><p>se em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso,</p><p>contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografia, etc.</p><p>2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo</p><p>inicia-se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada,</p><p>autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura,</p><p>etc.</p><p>3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu</p><p>o “h” inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.</p><p>4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o segundo elemento começar com “o”:</p><p>cooperação, coobriga- ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.</p><p>5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de composição: pontapé, girassol,</p><p>paraquedas, paraquedista, etc.</p><p>6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, benquerer, benquerido, etc. - Os</p><p>prefixos pós, pré e pró, em suas formas correspondentes átonas, aglutinam-se com o</p><p>elemento seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,</p><p>pressuposto, propor.</p><p>- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso, auto-observação, contra-ataque,</p><p>semi-interno, sobre-humano, super-realista, alto-mar.</p><p>- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, antisséptico, antissocial, contrarreforma,</p><p>minirrestaurante, ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, autoajuda,</p><p>autoelogio, autoestima, radiotáxi.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>37</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Questões</p><p>1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) De acordo com a nova ortografia,</p><p>assinale o item em que todas as palavras estão corretas:</p><p>A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.</p><p>B) supracitado – semi-novo – telesserviço.</p><p>C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.</p><p>D) contrarregra – autopista – semi-aberto.</p><p>E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.</p><p>1-) Correção:</p><p>A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta</p><p>B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo</p><p>C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, ultrassom</p><p>D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto</p><p>E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura</p><p>RESPOSTA: “A”.</p><p>2-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS) De acordo com a nova ortografia, assinale</p><p>o item em que todas as palavras estão corretas:</p><p>A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.</p><p>B) supracitado – semi-novo – telesserviço.</p><p>C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.</p><p>D) contrarregra – autopista – semi-aberto.</p><p>E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.</p><p>2-) Correção:</p><p>A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta</p><p>B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>38</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, ultrassom</p><p>D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto</p><p>E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura</p><p>RESPOSTA: “A”.</p><p>3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ UFAL/2014)</p><p>Armandinho, personagem do cartunista Alexandre Beck, sabe perfeitamente empregar os</p><p>parônimos “cestas” “sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, dadas as frases</p><p>abaixo,</p><p>I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral.</p><p>II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de um posto policial.</p><p>III. O condutor do automóvel __________ a lei seca.</p><p>IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro no carro.</p><p>V. O policial anunciou o __________ delito.</p><p>Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem corretamente as lacunas das frases.</p><p>A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante.</p><p>B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.</p><p>C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante.</p><p>D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante.</p><p>E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>39</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>3-) Correção: Questão que envolve ortografia.</p><p>I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)</p><p>II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de um posto policial. (= aproximadamente)</p><p>III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (relacione com infrator)</p><p>IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no carro. (de grande vulto, volumoso)</p><p>V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione com “pego no flagra”)</p><p>Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante</p><p>RESPOSTA: “D”.</p><p>Acentuação Gráfica.</p><p>Quanto à acentuação, observamos que algumas palavras têm acento gráfico e outras não; na</p><p>pronúncia, ora se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por isso, vamos às</p><p>regras!</p><p>Regras básicas – Acentuação tônica</p><p>A acentuação tônica está relacionada à intensidade com que são pronunciadas as sílabas das</p><p>palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As</p><p>demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas.</p><p>De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como:</p><p>Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração –</p><p>Belém – atum – caju – papel</p><p>Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax –</p><p>táxi – leque – sapato – passível</p><p>Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada –</p><p>câmara – tímpano – médico – ônibus.</p><p>Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com</p><p>uma sílaba somente: são os chamados monossílabos.</p><p>Os acentos</p><p>acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que</p><p>estas letras representam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público. Sobre as letras</p><p>“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto: herói – médico – céu (ditongos abertos).</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>40</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade,</p><p>timbre fechado: tâmara – Atlântico – pêsames – supôs .</p><p>acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes: à – às – àquelas</p><p>– àqueles</p><p>trema ( ̈ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção:</p><p>é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülleriano (de Müller)</p><p>til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã</p><p>Regras fundamentais</p><p>Palavras oxítonas:</p><p>Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do</p><p>plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém.</p><p>Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:</p><p>- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há</p><p>- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo,</p><p>recebê-lo, compô-lo</p><p>Paroxítonas:</p><p>Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:</p><p>- i, is: táxi – lápis – júri</p><p>- us, um, uns: vírus – álbuns – fórum</p><p>- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps</p><p>- ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos</p><p>- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”: água – pônei – mágoa –</p><p>memória</p><p>** Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que esta palavra apresenta as</p><p>terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã,</p><p>ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização!</p><p>Regras especiais:</p><p>Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos), que antes eram acentuados,</p><p>perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras</p><p>paroxítonas.</p><p>Apostila Prefeitura de Teresina - PI 2024</p><p>Auxiliar Educacional</p><p>41</p><p>www.apostilasmetodo.com.br</p><p>Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba</p><p>(céu) ainda são acentuados: dói, escarcéu.</p><p>Acento Diferencial</p><p>Representam os acentos gráficos que, pelas regras de acentuação, não se justificariam, mas</p><p>são utilizados para diferenciar classes</p>

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