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<p>Mapa de Moçambique</p><p>História de Moçambique</p><p>Moçambique é um país da África Austral, situado na costa</p><p>do Oceano Índico, com cerca de 20 milhões de habitantes</p><p>(2004). Foi uma colónia portuguesa, que se tornou</p><p>independente em 25 de Junho de 1975. A história de</p><p>Moçambique encontra-se documentada pelo menos a</p><p>partir do século X, quando um estudioso viajante árabe,</p><p>Almaçudi descreveu uma importante actividade comercial</p><p>entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanjes" (os</p><p>negros) da "Bilade as Sofala", que incluía grande parte da</p><p>costa norte e centro do actual Moçambique.</p><p>No entanto, vários achados arqueológicos permitem</p><p>caracterizar a "pré-história" de Moçambique (antes da</p><p>escrita) por muitos séculos antes. Provavelmente o evento</p><p>mais importante dessa pré-história terá sido a fixação</p><p>nesta região dos povos bantu que, não só eram</p><p>agricultores, mas introduziram aqui a metalurgia do ferro,</p><p>entre os séculos I a IV.</p><p>A penetração portuguesa em Moçambique, iniciada no</p><p>início do século XVI, só em 1885 - com a partilha de África</p><p>pelas potências europeias durante a Conferência de Berlim</p><p>- se transformou numa ocupação militar, ou seja, na submissão total dos estados ali existentes, que</p><p>levou, nos inícios do século XX a uma verdadeira administração colonial.</p><p>Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de 10 anos, Moçambique tornou-se</p><p>independente em 25 de Junho de 1975.</p><p>Os primeiros habitantes de Moçambique foram provavelmente os Khoisan, que eram caçadores-</p><p>recolectores. Há cerca de 10.000 anos a costa de Moçambique já tinha o perfil aproximado do que</p><p>apresenta hoje em dia: uma costa baixa, cortada por planícies de aluvião e parcialmente separada</p><p>do Oceano Índico por um cordão de dunas. Esta configuração confere à região uma grande</p><p>fertilidade, ostentando ainda hoje grandes extensões de savana onde pululam muitos animais</p><p>indígenas. Havia portanto condições para a fixação de povos caçadores-recolectores e até de</p><p>agricultores.</p><p>História Pré-Colonial</p><p>Primeiros habitantes de Moçambique</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 1/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mo%C3%A7ambique_mapa.gif</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mo%C3%A7ambique_mapa.gif</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_Austral</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Alma%C3%A7udi</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Negros</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metalurgia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_I</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_IV</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Berlim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Khoisan</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Savana</p><p>Nos séculos I a IV, a região começou a ser invadida pelos Bantu (ver expansão bantu), que eram</p><p>agricultores e já conheciam a metalurgia do ferro[1][2][3][4][5][6][7]. A base da economia dos Bantu</p><p>era a agricultura, principalmente de cereais locais, como a mapira (sorgo) e a mexoeira; a olaria,</p><p>tecelagem e metalurgia encontravam-se também desenvolvidas, mas naquela época a manufactura</p><p>destinava-se a suprir as necessidades familiares e o comércio era efectuado por troca directa. Por</p><p>essa razão, a estrutura social era bastante simples - baseada na "família alargada" (ou linhagem) à</p><p>qual era reconhecido um chefe. Os nomes destas linhagens nas línguas locais são, entre outros: em</p><p>eMakua, o Nlocko, em ciYao, Liwele, em ciChewa, Pfuko e em chiTsonga, Ndangu.</p><p>Apesar da sociedade moçambicana se ter tornado muito mais complexa, muitas das regras</p><p>tradicionais de organização ainda se encontram baseadas na "linhagem".</p><p>Entre os séculos IX e XIII começaram a fixar-se na costa oriental de África populações oriundas da</p><p>região do Golfo Pérsico, que era naquele tempo um importante centro comercial. Estes povos</p><p>fundaram entrepostos na costa africana e muitos geógrafos daquela época referiram-se a um activo</p><p>comércio com as "terras de Sofala", incluindo a troca de tecidos da Índia por ferro, ouro e outros</p><p>metais.</p><p>De facto, o ferro era tão importante que se pensa que as "aspas" de ferro - em forma de X, com</p><p>cerca de 30 cm de comprimento, que formam abundantes achados arqueológicos nesta região -</p><p>eram utilizadas como moeda. Mais tarde, aparentemente esta "moeda" foi substituída por outra:</p><p>tubos de penas de aves cheias de ouro em pó - os meticais cujo nome deu origem à actual moeda de</p><p>Moçambique.</p><p>Com o crescimento demográfico, novas invasões e principalmente com a chegada dos mercadores,</p><p>a estrutura política tornou-se mais complexa, com linhagens dominando outras e finalmente,</p><p>formando-se verdadeiros estados na região. Um dos mais importantes foi o primeiro estado do</p><p>Zimbabwe.</p><p>Embora os povos que falavam a língua chiShona - ainda hoje a principal língua do Zimbabwe, com</p><p>cerca de sete milhões de falantes, em vários dialectos - se tenham instalado na região cerca do ano</p><p>500, o primeiro estado do Zimbabwe existiu aproximadamente entre 1250 e 1450</p><p>aproximadamente na região da actual República do Zimbabwe. O seu nome deriva dos</p><p>amuralhados de pedra que a aristocracia fazia construir à volta das suas habitações e que se</p><p>chamavam madzimbabwe.[8] O que parece ter sido a capital deste estado - o actual monumento do</p><p>Grande Zimbabwe - cobria uma superfície considerável (incluindo não só a área dentro dos</p><p>amuralhados, mas também uma grande "cidade" de caniço, à volta daqueles), levando a pensar que</p><p>tinha uma população de várias centenas, talvez milhares de habitantes, e uma grande actividade</p><p>comercial.</p><p>Em Moçambique conhecem-se também ruínas de madzimbabwe, a mais importante das quais</p><p>chamada Manyikeni, a cerca de 50 km de Vilankulo, na província de Inhambane, e a cerca de</p><p>450 km do Grande Zimbabwe.</p><p>Para além da grande fertilidade da região onde este estado se estabeleceu, o apogeu do primeiro</p><p>estado do Zimbabwe deve estar ligado à mineração e metalurgia do ouro, muito procurado pelos</p><p>mercadores originários da zona do Golfo Pérsico que já demandavam as "terras de Sofala", pelo</p><p>menos desde o século XII.</p><p>O Primeiro Estado do Zimbabwe</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 2/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_I</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_IV</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Expans%C3%A3o_bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metalurgia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sorgo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mexoeira</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Olaria</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecelagem</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manufactura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Linhagem</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/EMakua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/CiYao</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=CiChewa&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiTsonga</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metical</p><p>de 1990 introduziu no sistema político moçambicano a possibilidade da</p><p>organização de partidos políticos que poderiam passar a participar na governação do País.</p><p>O PRE ou início do neoliberalismo económico</p><p>O Multipartidarismo</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 15/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Aldeias_comunais&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Machambas_estatais&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Machambas_estatais&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Mundial</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FMI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Geral_de_Paz</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Roma</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Chissano</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Dhlakama</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_de_Santo_Eg%C3%ADdio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_cat%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ONUMOZ</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_compra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cesta_b%C3%A1sica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_c%C3%A2mbio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_desestabiliza%C3%A7%C3%A3o_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bens_de_consumo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria-prima</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_negro_(economia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Mundial</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FMI</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Desvaloriza%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metical</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADvel</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pescado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Camar%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Privatiza%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B3nima</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Quota&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gestor</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Funcion%C3%A1rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_pol%C3%ADtico</p><p>As primeiras eleições multipartidárias realizaram-se em 1994, com a participação de vários</p><p>partidos. A Frelimo foi o partido mais votado, passando a ter maioria no parlamento e a constituir</p><p>governo.</p><p>Lista dos responsáveis pela administração colonial de Moçambique</p><p>1. http://www.sciencemag.org/cgi/data/1172257/DC1/1</p><p>2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15340834</p><p>3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19383166</p><p>4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21109585</p><p>5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21453002</p><p>6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19425093</p><p>7. «Cópia arquivada» (https://web.archive.org/web/20120207144914/http://beta.mnet.co.za/carteb</p><p>lanche/Article.aspx?Id=2619). Consultado em 27 de junho de 2013. Arquivado do original (htt</p><p>p://beta.mnet.co.za/carteblanche/Article.aspx?Id=2619) em 7 de fevereiro de 2012</p><p>8. Department of Arts of Africa, Oceania, and the Americas. Great Zimbabwe (11th-15th century)</p><p>(http://www.metmuseum.org/toah/hd/zimb/hd_zimb.htm). In Heilbrunn Timeline of Art History.</p><p>Nova Iorque, The Metropolitan Museum of Art, 2000. (em inglês)</p><p>FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE. História de Moçambique. Porto,</p><p>Afrontamento, 1971. Disponível em [1] (http://www.macua.org/livros/histmocfrel.html)</p><p>(Consultado em 27 de Fevereiro de 2010)</p><p>HEDGES, David (coord.). História de Moçambique: Moçambique no auge do colonialismo</p><p>1930-1961. Vol.2, 2.ª edição, Maputo, Livraria Universitária, Universidade Eduardo Mondlane,</p><p>1999.</p><p>LAMBERT, Jean-Marie Lambert. História da África Negra, Ed. Kelps, 2001.</p><p>NEWITT, Malyn. História de Moçambique. Mem-Martins, Publicações Europa-América, 1997.</p><p>PÉLISSIER, René. História de Moçambique: formação e oposição: 1854-1918. 2 vols., Lisboa,</p><p>Editorial Estampa, 1987-1988</p><p>SERRA, Carlos (coord.). História de Moçambique: Parte I - Primeiras Sociedades sedentárias</p><p>e impacto dos mercadores, 200/300- 1885; Parte II - Agressão imperialista, 1886-1930. Vol. 1,</p><p>2.ª edição, Maputo, Livraria Universitária, Universidade Eduardo Mondlane, 2000.</p><p>SOUTHERN, Paul. Portugal: The Scramble for Africa. Bromley, Galago Books, 2010.</p><p>20 anos de paz em Moçambique - Especial da DW (http://www.dw.de/dw/article/0,,16237102,0</p><p>0.html)</p><p>Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=História_de_Moçambique&oldid=66842132"</p><p>Ver também</p><p>Referências</p><p>Bibliografia</p><p>Ligações externas</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 16/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Frelimo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Parlamento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_respons%C3%A1veis_pela_administra%C3%A7%C3%A3o_colonial_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>http://www.sciencemag.org/cgi/data/1172257/DC1/1</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15340834</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19383166</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21109585</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21453002</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19425093</p><p>https://web.archive.org/web/20120207144914/http://beta.mnet.co.za/carteblanche/Article.aspx?Id=2619</p><p>https://web.archive.org/web/20120207144914/http://beta.mnet.co.za/carteblanche/Article.aspx?Id=2619</p><p>http://beta.mnet.co.za/carteblanche/Article.aspx?Id=2619</p><p>http://beta.mnet.co.za/carteblanche/Article.aspx?Id=2619</p><p>http://www.metmuseum.org/toah/hd/zimb/hd_zimb.htm</p><p>http://www.metmuseum.org/toah/hd/zimb/hd_zimb.htm</p><p>http://www.macua.org/livros/histmocfrel.html</p><p>http://www.dw.de/dw/article/0,,16237102,00.html</p><p>http://www.dw.de/dw/article/0,,16237102,00.html</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hist%C3%B3ria_de_Mo%C3%A7ambique&oldid=66842132</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiShona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aristocracia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Typha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Manyikeni&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vilankulo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Inhambane_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Min%C3%A9rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metalurgia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XII</p><p>Gravura da Ilha de Moçambique</p><p>(1598)</p><p>Cerca de 1450, o Grande Zimbabwe foi abandonado, não se conhecendo as razões desse abandono</p><p>mas, pela mesma altura, verificou-se uma grande invasão de povos também de língua chiShona</p><p>que deu origem ao Império dos Mwenemutapas. Estes invasores submeteram os povos duma</p><p>região que se estendeu até ao Oceano Índico, desde o rio Zambeze até a actual cidade de</p><p>Inhambane, pelo que não é claro o abandono do Grande Zimbabwe.</p><p>A invasão e conquista do norte do planalto zimbabweano pelas tropas de Nyantsimba Mutota, em</p><p>1440-1450, deu origem a um novo estado dominado pela dinastia dos Mwenemutapas. Estes</p><p>invasores, que também falavam a língua chiShona estabeleceram a sua capital num local próximo</p><p>do rio Zambeze, no norte da actual província moçambicana de Manica.</p><p>No século XVI, o Império dos Mwenemutapas tinha estendido o seu domínio a uma região</p><p>limitada pelo rio Zambeze, a norte, o Oceano Índico, a leste, o rio Limpopo a sul e chegando a sua</p><p>influência quase ao deserto do Kalahari a sudoeste. Porém, esta última região poderia estar sobre a</p><p>alçada de outros estados, como os reinos de Butua e Venda, que terão estabelecido com os</p><p>Mwenemutapas relações de boa vizinhança.</p><p>Para além de esta ser uma região fértil e não estar afectada pela mosca tsé-tsé, permitindo a</p><p>criação de gado, o que contribuiu para a estabilidade e crescimento das populações, as minas de</p><p>ouro estavam principalmente localizadas no interior. Por essa razão, o domínio das rotas</p><p>comerciais que constituíam o Zambeze, por um lado, e de Sofala, mais a sul, conferiu aos</p><p>Mwenemutapas - era a aristocracia que controlava o comércio - uma grande riqueza.</p><p>Foi o ouro que determinou a fixação na costa do Oceano Índico, primeiro dos mercadores e colonos</p><p>árabes oriundos da região do Golfo Pérsico, ainda no século XII, e depois dos portugueses, no</p><p>dealbar do século XVI.</p><p>Quando Vasco da Gama chegou pela primeira vez a</p><p>Moçambique, em 1497, já existiam entrepostos comerciais</p><p>árabes e uma grande parte da população tinha aderido ao Islão.</p><p>Os mercadores portugueses, apoiados por exércitos privados,</p><p>foram-se infiltrando no império dos Mwenemutapas, umas</p><p>vezes firmando acordos, noutras forçando-os. Em 1530 foi</p><p>fundada a povoação portuguesa de Sena, em 1537, de Tete, no</p><p>rio Zambeze, e em 1544 de Quelimane, na costa do Oceano</p><p>Índico, assenhorando-se da rota entre as minas e o oceano. Em</p><p>1607 obtiveram do rei a concessão de todas as minas de ouro</p><p>do seu território. Em 1627, o Mwenemutapa Capranzina, hostil aos portugueses, foi deposto e</p><p>substituído pelo seu tio Mavura; os portugueses baptizaram-no e este declarou-se vassalo de</p><p>Portugal.</p><p>O Império dos Mwenemutapas</p><p>História Colonial</p><p>A chegada dos portugueses a Moçambique e o declínio do Império dos</p><p>Mwenemutapas</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 3/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:1598_Mosambique_Kaerius.jpg</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:1598_Mosambique_Kaerius.jpg</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiShona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mwenemutapa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Inhambane_(cidade)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mutota&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinastia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mwenemutapa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiShona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manica_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Limpopo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Deserto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Kalahari</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Butua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Venda_(%C3%81frica_do_Sul)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosca_ts%C3%A9-ts%C3%A9</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasco_da_Gama</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tete_(cidade)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Quelimane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Capranzina&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mavura&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vassalo</p><p>Os Mwenemutapas reinaram até finais do século XVII, altura em que foram substituídos pela</p><p>dinastia dos Changamira Dombos, outro grupo Shona que dominava o reino Butua, contribuindo</p><p>assim para a extensão territorial do império. As relações dos Changamiras com os portugueses</p><p>tiveram altos e baixos mas, em 1693, houve um levantamento armado em que os soldados</p><p>portugueses que residiam na capital foram escorraçados, várias igrejas destruídas e os portugueses</p><p>impedidos, durante algum tempo, de ter acesso ao ouro e ao comércio com os reinos indígenas.</p><p>Por essa altura, no entanto, os portugueses controlavam o vale do Zambeze e começaram a</p><p>interessar-se mais pelo marfim, empreendimento que levavam a cabo por acordo com os estados</p><p>Marave (ver abaixo). O império dos Mwenemutapa, embora com menos poder económico,</p><p>manteve-se até meados do século XIX, altura em que foi desmembrado pelos Estados Militares</p><p>que se formaram como resistência dos prazeiros à administração portuguesa.</p><p>Finalmente, a administração colonial portuguesa e britânica em África terminou com o poder</p><p>político dos chefes então existentes.</p><p>Os maraves saíram de Sul do Congo, onde habitavam e fixaram-se ao norte do actual Malawi, entre</p><p>1200 á 1400 DC, sob o comando do chefe Karoga, tendo feito a sua segunda migração para</p><p>Marávia, nas cordilheiras de Dzaramanha, onde se dividiram em dois clãs: os Phiris e os Bandas.</p><p>Os estados Marave foram um conjunto de pequenos reinos formados na margem norte do rio</p><p>Zambeze e que se tornaram importantes na história da penetração portuguesa nesta região.</p><p>A origem do nome é desconhecida, mas aparece em textos antigos (séculos XVII e XVIII) e ainda</p><p>hoje está associada ao de um distrito da província de Tete, a Marávia. O nome foi utilizado com</p><p>referência à fixação nesta região, entre 1200 e 1400, de um povo, cujo clã dominante, denominado</p><p>Phiri, se tornou, por alianças com as linhagens dominantes locais, o clã dominante. Mais</p><p>recentemente, o escritor António Rita Ferreira utilizou esta designação para o conjunto de tribos</p><p>ali existente.</p><p>Uma característica importante é que todos os povos da região, embora apresentem hoje uma</p><p>grande diversidade de línguas (do grupo de Bantu sul-central, das famílias ciNyanja, ciYao e</p><p>eMakuwa) tem como forma de organização</p><p>da sociedade a matrilineariedade, ou seja, a</p><p>transmissão dos poderes "mágicos" e da propriedade - do próprio "poder" - é feita por casamento</p><p>com a mulher da linhagem que o detém.</p><p>Os Phiri terão utilizado esse poder para expandir a sua dominação e, mais tarde, os prazeiros</p><p>portugueses fizeram o mesmo.</p><p>Por volta de 1600, Portugal começou a enviar para Moçambique colonos, muitos de origem</p><p>indiana, que queriam fixar-se naquele território. Esses colonos, muitas vezes casavam com as filhas</p><p>de chefes locais e estabeleciam linhagens que, entre o comércio e a agricultura, podiam tornar-se</p><p>poderosas.</p><p>Em meados do século XVII, o governo português decide que as terras ocupadas por portugueses</p><p>em Moçambique pertenciam à coroa e estes passavam a ter o dever de arrendá-las a prazos que</p><p>eram definidos por 3 gerações e transmitidos por via feminina. Esta tentativa de assegurar a</p><p>O Império Marave</p><p>Os Prazos</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 4/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Changamira_Dombo&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Shona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Butua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marfim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tete_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mar%C3%A1via_Angonia(distrito)&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Phiri&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ant%C3%B3nio_Rita_Ferreira&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_Bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/CiNyanja</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/CiYao</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/EMakua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Matrilinear</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Prazos_da_Coroa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Renda</p><p>soberania na colónia recente, não foi muito exitosa porque, de facto, os "muzungos" e as "donas" já</p><p>tinham bastante poder, mesmo militar, com os seus exércitos de "xicundas", e muitas vezes se</p><p>opunham à administração colonial, que era obrigada a responder igualmente pela força das armas.</p><p>Não só estes senhores feudais não pagavam renda ao Estado português, como organizaram um</p><p>sistema de cobrar o "mussoco" (um imposto individual em espécie, devido por todos os homens</p><p>válidos, maiores de 16 anos) aos camponeses que cultivavam nas suas terras. Além disso,</p><p>mineravam ouro, marfim e escravos, que comerciavam em troca de panos e missangas que</p><p>recebiam da Índia e de Lisboa. Até 1850, Cuba foi o principal destino dos escravos provenientes da</p><p>Zambézia.</p><p>Em 1870, era apenas em Quelimane (sem conseguir penetrar no "Estado da Maganja da Costa")</p><p>onde Portugal exercia alguma autoridade, cobrando o "mussoco", instituído e cobrado pelos</p><p>prazeiros. Isto, apesar de, em 1854, o governo português ter "extinguido" os Prazos (pela segunda</p><p>vez, a primeira tinha sido em 1832). Outros decretos do mesmo ano extinguiam a escravatura</p><p>(oficialmente, uma vez que os "libertos" eram levados à força para as ilhas francesas do Oceano</p><p>Índico (Maurícia ou "ilha de França" e Reunião ou "ilha Bourbon", com o estatuto de</p><p>"contratados") e o imposto individual, substituindo-o pelo imposto de palhota, uma espécie de</p><p>contribuição predial.</p><p>Na margem direita do rio Zambeze e na margem esquerda da actual província de Tete, os prazos</p><p>começaram a ser atacados, em 1830, pelos nguni que fugiam durante o mfecane mas,</p><p>aparentemente, os prazos da Zambézia escaparam a essa sorte. Mas, apesar de "ressuscitados" por</p><p>António Enes, o grande ideólogo do colonialismo pós-escravatura, não resistiram ao capital das</p><p>grandes companhias. Depois de serem engolidos por estas, viram a administração colonial</p><p>organizar-se finalmente - já na segunda metade do século XIX - e utilizar a sua estrutura feudal,</p><p>depois de transformados os "xicundas" em sipaios, para submeterem os povos da região.</p><p>Por volta de 1870, começaram a estabelecer-se em Quelimane várias companhias europeias, já não</p><p>interessadas em escravos, nem em marfim, mas sim em oleaginosas - amendoim, gergelim e copra</p><p>- muito procuradas nas indústrias recém-criadas de óleo alimentar, sabões e outras. No princípio,</p><p>comercializando com os prazeiros, induziram-nos a forçarem os seus camponeses a cultivar estes</p><p>produtos. Exemplos dessas companhias são a "Fabre & Filhos" e a "Régie Ainé", ambas com sede</p><p>em Marselha, a "Oost Afrikaansch Handelshuis", holandesa, e a "Companhia Africana de Lisboa".</p><p>A "Oost" chegou a abrir em Sena uma sucursal para incentivar nessa região a produção de</p><p>amendoim.</p><p>Mas a agricultura familiar não produzia as quantidades desejadas, era necessário organizar</p><p>plantações. É nessa altura que o governador da "província ultramarina", Augusto de Castilho, cuja</p><p>administração estava desejosa de ter uma base tributária para manter a ocupação do território,</p><p>emite em 1886 uma "portaria provincial" regulando a cobrança do "mussoco" nos Prazos (que</p><p>tinham sido "extintos" pela terceira vez seis anos antes), que incluía a obrigatoriedade dos homens</p><p>válidos pagarem aquele imposto, se não em produtos, então em trabalho; é dessa forma que</p><p>começam a organizar-se as grandes plantações de coqueiros e, mais tarde, de sisal e cana sacarina.</p><p>Em 1890, o futuro "Comissário Régio" António Enes decreta, numa revisão do Código de Trabalho</p><p>Rural de 1875 (que estabelecia apenas a obrigação "moral" dos colonos [leia-se camponeses</p><p>indígenas] de produzirem bens para comercialização), que o camponês já não tem a opção de pagar</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 5/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Militar</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marfim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%AAxtil</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Missanga</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cuba</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zamb%C3%A9zia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Quelimane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maganja_da_Costa_(distrito)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maur%C3%ADcia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Reuni%C3%A3o_(ilha)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_de_palhota</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Contribui%C3%A7%C3%A3o_predial</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tete_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Nguni</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mfecane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Enes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Colonialismo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sipaio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oleaginosa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Amendoim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gergelim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Copra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93leo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sab%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marselha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sena_(Mo%C3%A7ambique)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sucursal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_de_Castilho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sisal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cana_sacarina</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Moral</p><p>Gungunhana, o último imperador</p><p>de Gaza</p><p>o "mussoco" em géneros: "…O arrendatário [dos Prazos] fica obrigado</p><p>a cobrar dos colonos em</p><p>trabalho rural, pelo menos metade da capitação de 800 réis, pagando esse trabalho aos adultos</p><p>na razão de 400 réis por semana e aos menores na de 200 réis."</p><p>Esse decreto impunha ainda aos prazeiros a ocupação efectiva das terras arrendadas e o</p><p>pagamento à autoridade colonial da respectiva renda. Mas os prazeiros não tinham conseguido</p><p>converter a sua actividade de simples fornecedores de escravos ou de pequenas quantidades de</p><p>produtos na de organização das plantações, não só por falta de preparação (ou de vocação), mas</p><p>também por falta de capital. O resultado foi terem sido obrigados a subarrendar ou vender os seus</p><p>prazos, terminando assim a fase feudal desta porção de Moçambique.</p><p>No rico planalto do Niassa, fixaram-se os bantu ajaua (ou yao e também pronunciado jauá),</p><p>agricultores e caçadores, mas também comerciantes que, no século XVIII, já islamizados, muito</p><p>contribuíram para o tráfico de escravos. No século XIX, esta população expandiu-se para oeste</p><p>(incluindo o Malawi) e organizou estados poderosos no planalto, entre os quais, o Mataca, o</p><p>Mutarica, o Mukanjila e o Jalassi. Estes estados só foram dominados pelos portugueses através da</p><p>Companhia do Niassa.</p><p>O Estado de Gaza foi fundado por Sochangane (também</p><p>conhecido por Manicusse, 1821-1858) como resultado do</p><p>Mfecane, um grande conflito despoletado entre os Zulu por</p><p>consequência do assassinato de Chaca (ou Shaka) em 1828, que</p><p>culminou com a invasão de grandes áreas da África Austral por</p><p>exércitos Nguni. O Império de Gaza, no seu apogeu, abrangia toda</p><p>a área costeira entre os rios Zambeze e Maputo e tinha a sua</p><p>capital em Manjacaze, na actual província moçambicana de Gaza.</p><p>O rei de Gaza dominou os reis Tonga (possivelmente o mesmo</p><p>que Tsonga, da língua chiTsonga, a língua actualmente dominante</p><p>na região sul de Moçambique) através dos membros da sua</p><p>linhagem, os Nguni, comerciando marfim, que recebia como</p><p>tributo, com os portugueses, estabelecidos na costa</p><p>(principalmente em Lourenço Marques e Inhambane).</p><p>Aparentemente, Sochangane não fazia comércio de escravos - os povos derrotados eram removidos</p><p>das suas terras e cativos eram usados como trabalhadores no campo e carregadores,</p><p>alternativamente serviam como guerreiros para conquistar novas terras onde se poderiam instalar,</p><p>mas eram cidadão de segunda, os Angunizados -, nem devolvia aos portugueses os escravos que</p><p>fugiam para a sua guarda.</p><p>Com a sua morte, sucedeu-lhe o seu filho Mawewe que decidiu, em 1859, atacar os seus irmãos</p><p>para ganhar mais poder. Apenas um irmão, Mzila (ou Muzila) conseguiu fugir para o Transvaal,</p><p>onde organizou um exército para atacar o seu irmão. A guerra durou até 1864 e, entretanto, a</p><p>capital do reino mudou-se do vale do rio Limpopo para Mossurize, a norte do rio Save, na actual</p><p>província moçambicana de Manica.</p><p>Os Estados Ajaua</p><p>O Império de Gaza</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 6/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Gungunhana.jpg</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Gungunhana.jpg</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Feudal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Planalto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ajaua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultor</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ca%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Comerciante</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_de_escravos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Popula%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oeste</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Malawi</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_do_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sochangane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manicusse</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mfecane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zulu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Chaca</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Shaka</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_Austral</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Nguni</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Maputo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manjacaze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaza_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiTsonga</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marfim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Louren%C3%A7o_Marques</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Inhambane_(cidade)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravatura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mawewe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mzila</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Muzila</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Transvaal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Limpopo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mossurize</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Save</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manica_(prov%C3%ADncia)</p><p>Foi em Mossurize que, em 1884, ascendeu ao trono Nguni, Gungunhana, filho de Muzila.</p><p>Gungunhana regressa a Manjacaze em 1889, aparentemente pressionado pelos exploradores de</p><p>ouro de Manica e falta de apoios locais. Em Gaza, Gungunhana prosseguiu a política de seu pai de</p><p>assimilação dos reinos locais, os "Tonga" e de resistência à dominação portuguesa, mas essa</p><p>resistência não durou mais de seis anos. Gungunhana foi preso e Gaza finalmente submetida à</p><p>administração colonial.</p><p>A partir do século X, os mercadores árabes que demandavam as costas de "Sofala" foram</p><p>difundindo o islão entre as populações costeiras, mas foi apenas após a instalação em Zanzibar</p><p>dum xeicado dependente do sultanato de Oman, no século XVII, que começaram a organizar-se</p><p>pequenos estados de organização islâmica.</p><p>Na província de Nampula, no norte de Moçambique, formaram-se o "Xeicado de Quitangonha",</p><p>"Reino de Sancul", "Xeicado de Sangage" e "Sultanato de Angoche".</p><p>Em 1878, Portugal decide fazer a concessão de grandes parcelas do território de Moçambique a</p><p>companhias privadas que passaram a explorar a colónia, as companhias majestáticas, assim</p><p>chamadas, porque tinham direitos quase soberanos sobre essas parcelas de território e seus</p><p>habitantes. As principais foram a Companhia do Niassa e a Companhia de Moçambique.</p><p>Como Portugal tinha sido obrigado a ilegalizar o comércio de escravos em 1842, apesar de fechar</p><p>os olhos ao comércio clandestino, e não tinha condições para administrar todo o território, deu a</p><p>estas companhias poderes para instituir e cobrar impostos. Foi nessa altura que foi introduzido o</p><p>"imposto de palhota", ou seja, a obrigatoriedade de cada família pagar um imposto em dinheiro;</p><p>como a população nativa não estava habituada às trocas por dinheiro (para além de produzir para a</p><p>própria sobrevivência), eram obrigados a trabalhar sob prisão - o trabalho forçado, chamado em</p><p>Moçambique "chibalo"; mais tarde, as famílias nativas foram obrigadas a cultivar produtos de</p><p>rendimento, como algodão ou tabaco, que eram comercializados por aquelas companhias.</p><p>Até finais do século XIX, a presença oficial portuguesa em Moçambique limitava-se a umas poucas</p><p>capitanias ao longo da costa. Portugal, bem estabelecido em Goa, de onde vinham directamente as</p><p>ordens relativas a Moçambique, contava que os comerciantes que se iam estabelecendo no interior</p><p>do território formassem o substrato para uma administração efectiva. Naquela época, o</p><p>fundamental era o controlo do comércio, primeiro do ouro, nos séculos XVI e XVII, depois do</p><p>marfim e dos escravos. No entanto, a administração colonial náo conseguia sequer cobrar os</p><p>impostos relativos a esse comércio.</p><p>Entretanto, em 1686, o Vice-Rei português baptizava, em Diu, a "Companhia dos Mazanes",</p><p>formada por ricos comerciantes indianos, à qual eram dados privilégios no comércio entre aquele</p><p>território e Moçambique. Ao abrigo desta companhia, começaram a fixar-se em Moçambique</p><p>dezenas de comerciantes indianos, suas famílias</p><p>e empregados. Apesar das boas relações entre os</p><p>indianos e os governantes coloniais, a situação financeira da colónia não melhorou.</p><p>Os Estados Islâmicos da Costa</p><p>As Companhias Majestáticas</p><p>A Administração Colonial Portuguesa</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 7/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gungunhana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_resist%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_X</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercador</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zanzibar</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oman</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Nampula_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Angoche</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_majest%C3%A1tica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_do_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_for%C3%A7ado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Algod%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabaco</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Goa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Comerciante</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marfim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vice-Rei</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Diu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>Brasão da anterior província ultramarina de</p><p>Moçambique</p><p>Em 1752, em face da decadência da Ilha de</p><p>Moçambique, o governo do Marquês de Pombal</p><p>decidiu retirar a colónia africana da dependência do</p><p>Vice-Rei do Estado da Índia e nomear um</p><p>governador-geral, que passou a habitar o Palácio</p><p>dos Capitães-Generais, confiscado aos jesuítas.</p><p>Só depois da visita do "Emissário Régio", António</p><p>Enes, em 1895 e dos acordos com o Transvaal para</p><p>a edificação da linha férrea, decidiu o governo</p><p>colonial mudar a capital da "província" para</p><p>Lourenço Marques e, com a debandada das</p><p>companhias majestáticas, organizar uma</p><p>administração efectiva de Moçambique. Essa</p><p>administração, que foi encetada no então distrito de</p><p>Lourenço Marques (que incluía as actuais</p><p>províncias de Maputo e Gaza), tinha a forma de</p><p>"circunscrições indígenas", cujos administradores tinham igualmente as funções de juízes. Eram</p><p>coadjuvados pelos régulos, nas "regedorias" em que as circunscrições se dividiam, que eram</p><p>membros da aristocracia africana (portanto, aceites pelas populações) que aceitavam colaborar</p><p>com o governo colonial; as suas principais funções eram cobrar o "imposto de palhota" e organizar</p><p>a mão-de-obra para as minas do Rand e para as necessidades da administração.</p><p>Com a abolição da escravatura por decreto régio, em 1875, e o seu declínio real, uns dez anos</p><p>depois, o governo colonial viu-se obrigado a transformar Moçambique de uma colónia para</p><p>extracção de recursos naturais, num território que devia produzir bens para seu consumo e para</p><p>exportação para a "metrópole". Essa foi a motivação principal para o estabelecimento duma</p><p>administração efectiva, embora também pesassem as pressões internacionais decorrentes da</p><p>Conferência de Berlim e das pretensões territoriais dos britânicos e holandeses.</p><p>Os estados islâmicos da costa (Xeicado de Quitangonha, Reino de Sancul, Xeicado de Sangage e</p><p>Sultanato de Angoche), em aliança com os pequenos reinos macuas do interior conseguiram, até ao</p><p>fim do século XIX, resistir à dominação portuguesa. Com uma técnica que, já naquela época, era</p><p>considerada de guerrilha (Teixeira Botelho. 1936. História Militar e Política dos Portugueses em</p><p>Moçambique. 1º vol. Centro Tipográfico Colonial, Lisboa, citado em UEM, 1982).</p><p>Depois de muitas tentativas, em 1905, os portugueses encetaram uma nova tática, enviando</p><p>grandes colunas militares a partir da Ilha de Moçambique e Mossuril, que avançavam ao longo dos</p><p>rios, submetendo os chefes macuas. Nos locais onde conseguiam a colaboração destes,</p><p>organizaram "Circunscrições" com uma administração incipiente, mas efectiva; onde não o</p><p>conseguissem, instalavam "Capitanias-Mores" de base militar. Dessa forma, conseguiram dividir o</p><p>território e as suas populações, incentivando as rivalidades entre si e com os estados islâmicos, que</p><p>acabaram por entrar em declínio e foram finalmente subjugados à administração colonial.</p><p>A Ocupação Militar de Nampula</p><p>A resistência à ocupação colonial no sul de Moçambique</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 8/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Coat_of_arms_of_Mozambique_(1935%E2%80%931951).svg</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Coat_of_arms_of_Mozambique_(1935%E2%80%931951).svg</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_Jos%C3%A9_de_Carvalho_e_Melo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Portugu%C3%AAs_da_%C3%8Dndia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_governadores_de_Angola</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_dos_Capit%C3%A3es-Generais_(ilha_de_Mo%C3%A7ambique)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_dos_Capit%C3%A3es-Generais_(ilha_de_Mo%C3%A7ambique)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesu%C3%ADta</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Enes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Enes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Transvaal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_f%C3%A9rrea</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_majest%C3%A1tica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Louren%C3%A7o_Marques</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maputo_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaza_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Juiz</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aristocracia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o-de-obra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_(minera%C3%A7%C3%A3o)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rand</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aboli%C3%A7%C3%A3o_da_escravatura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_naturais</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Berlim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_baixos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Macua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerrilha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1tica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mossuril</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Militar</p><p>Em 1885 (ano da Conferência de Berlim - da partilha de África), a autoridade colonial portuguesa</p><p>no sul de Moçambique confinava-se a Lourenço Marques mas, com o início da exploração das</p><p>minas de ouro do Transvaal, no ano seguinte, e o consequente aumento do tráfego naquele porto,</p><p>os portugueses decidiram finalmente organizar o controlo das populações desta região. Estas</p><p>constituíam um mercado, não só para os produtos exportados de Portugal (em particular as</p><p>bebidas alcoólicas), mas também de mão-de-obra para as minas sul-africanas, dificultando a sua</p><p>mobilização para a construção do</p><p>caminho-de-ferro que ligaria o Transvaal ao porto de Lourenço</p><p>Marques.</p><p>No ano seguinte, foi nomeado um Comissário-Residente para Gaza, que foi "promovido" a</p><p>Intendente Geral em 1889, com a transferência de Gungunhana de Mossurize para Manjacaze; em</p><p>1888, foi estabelecido um posto militar perto de Marracuene e, em 1890, foi nomeado um</p><p>Comissário-Residente para Lourenço Marques. Entretanto, em 1888, as autoridades coloniais</p><p>reavivaram os "Termos de Vassalagem" com os reinos da região.</p><p>Mas estas medidas não foram suficientes, nem para cobrar o "imposto de palhota" (contribuição</p><p>por família, expresso nos "Termos de Vassalagem", fixado naquela altura em 340 réis), nem para</p><p>assegurar o recrutamento de mão-de-obra, uma vez que o trabalho nas minas sul-africanas rendia</p><p>seis vezes mais do que os concessionários do caminho-de-ferro pagavam. Em 1892, o governo de</p><p>Lisboa enviou a Moçambique António Enes como Comissário Régio, para avaliar as condições</p><p>económicas da Província e, no mesmo ano, os portugueses conseguiram realizar uma cobrança</p><p>maciça do imposto, ameaçando os indígenas de verem as suas palhotas queimadas, se não</p><p>pagassem.</p><p>Em 1891, Gungunhana assinou com Cecil Rhodes um acordo relativo a direitos sobre a exploração</p><p>de minério nas suas terras, a favor da Companhia Britânica Sul-Africana, a troco dum pagamento</p><p>anual de cerca de 500 libras. Tornava-se claro para os portugueses que só uma acção militar</p><p>poderia forçar o estabelecimento da autoridade colonial na região. Esta acção, conhecida na altura</p><p>como "Campanha de Pacificação", foi despoletada pela recusa de Mahazula Magaia, um chefe</p><p>tradicional da região de Marracuene, em aceitar a decisão do Comissário Residente sobre uma</p><p>disputa de terras. A questão chegou a vias de facto, quando a guarnição militar portuguesa foi</p><p>forçada a fugir para Lourenço Marques, perseguida pelos exércitos de Magaia, Zihlahla e Moamba,</p><p>que cercaram a cidade entre Outubro e Novembro de 1894.</p><p>António Enes organizou as suas tropas e, no dia 2 de Fevereiro de 1895, perseguiu e derrotou</p><p>(embora com dificuldade e pesadas baixas) os atacantes em Marracuene. Este dia continua a ser</p><p>celebrado naquela vila com uma cerimónia chamada "Gwaza Muthine". Os chefes rebeldes</p><p>refugiaram-se em Gaza, sob a protecção de Gungunhana. Depois de várias tentativas de</p><p>negociações com o rei de Gaza, pedindo a extradição daqueles chefes, os portugueses resolveram</p><p>atacar de novo. A 8 de Setembro, travou-se a batalha de Magul, onde se encontrava Zihlahla e, a 7</p><p>de Novembro, uma outra coluna proveniente de Inhambane defrontou-se com o exército de</p><p>Gungunhana em Coolela, perto da sua capital. Em Dezembro, Mouzinho de Albuquerque cercou</p><p>Chaimite e prendeu o imperador, que ali se tinha refugiado, mandando-o depois para os Açores,</p><p>onde veio a morrer.</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 9/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Berlim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Louren%C3%A7o_Marques</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Transvaal</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tr%C3%A1fego_mar%C3%ADtimo&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bebida_alco%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o-de-obra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_(minera%C3%A7%C3%A3o)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Caminho-de-ferro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaza_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gungunhana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mossurize</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manjacaze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marracuene</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vassalagem</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Enes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%ADgena</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cecil_Rhodes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_Brit%C3%A2nica_da_%C3%81frica_do_Sul</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Militar</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoridade</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Campanhas_de_Conquista_e_Pacifica%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marracuene</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_de_Gaza</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Extradi%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Magul</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zihlahla</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Coolela</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_da_Silva_Mouzinho_de_Albuquerque</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Chaimite</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7ores</p><p>O exército de Gungunhana continuou a resistir à autoridade colonial, sob a liderança de</p><p>Maguiguane Cossa, que só foi derrotado a 21 de Julho de 1897, em Macontene (a 10 km do</p><p>Chibuto). Com esta vitória, a autoridade colonial foi finalmente estabelecida no sul de</p><p>Moçambique.</p><p>A Companhia do Niassa foi formada por alvará régio de 1890, com poderes para administrar as</p><p>actuais províncias de Cabo Delgado e Niassa, desde o rio Rovuma ao rio Lúrio e do Oceano Índico</p><p>ao Lago Niassa, numa extensão de mais de 160 mil km². Com o apoio dum pequeno exército</p><p>fornecido pela administração colonial, formado por 300 "soldados regulares" (leia-se portugueses)</p><p>e 2800 "sipaios" (indígenas recrutados noutras regiões de Moçambique), a Companhia tentou</p><p>ocupar militarmente o território a partir de 1899. Teve imediato êxito na conquista das terras do</p><p>Chefe Mataca (ver Os Estados Ajaua, acima), que tinha abandonado a sua sede, e assegurar uma</p><p>posição militar em Metarica, no Niassa. Em 1900 e 1902, tomou Messumba e Metangula, nas</p><p>margens do Lago Niassa.</p><p>Durante a Primeira Guerra Mundial, o território da Companhia foi palco de várias operações de</p><p>resistência por parte dos chefes locais e invadido pelos alemães (ver Triângulo de Quionga). Para</p><p>resistir a essa invasão, foi aberta uma estrada de mais de 300 km, entre Mocímboa do Rovuma e</p><p>Porto Amélia (actual Pemba), o que significou a ocupação efectiva do planalto de Mueda; no</p><p>entanto, só em 1920 a Companhia conseguiu assegurar essa ocupação, depois de várias operações</p><p>militares contra os macondes, fortemente armados. Como se verá mais tarde, esta tribo foi um dos</p><p>primeiros e principais suportes da Luta Armada de Libertação Nacional.</p><p>Em 1929 extingue-se a Companhia do Niassa, passando o território para a administração directa</p><p>do governo colonial. No entanto, as estruturas administrativas, na forma de circunscrições e</p><p>regulados, asseguradas por agentes do Estado, já tinham sido implantadas em grande parte do</p><p>território.</p><p>Com a derrota militar dos chefes locais, o governo da Província pode finalmente organizar a</p><p>administração do território, com a instituição do Regulado. O governo recrutava membros da</p><p>aristocracia indígena como Régulos, encarregados da colecta do imposto-de-palhota, do</p><p>recrutamento de trabalhadores para a administração e da proibição da venda de quaisquer bebidas</p><p>alcoólicas que não fossem provenientes da Metrópole.</p><p>Para além disso e, na impossibilidade de impedir a migração de trabalhadores para as minas sul-</p><p>africanas, firmou um acordo, primeiro com a República Sul-Africana e, quando esta foi submetida</p><p>pelos britânicos, com a respectiva autoridade, regulamentando o trabalho migratório e</p><p>assegurando o tráfico através do porto de Lourenço Marques. No primeiro acordo, o governo da</p><p>Província recebia uma taxa por cada trabalhador recrutado; mais tarde, o acordo incluía a retenção</p><p>de metade do salário dos mineiros, que era pago à colónia em ouro, sendo o montante respectivo</p><p>entregue aos mineiros no seu regresso, em moeda local.</p><p>Companhia do Niassa e a ocupação de Cabo Delgado e Niassa</p><p>Política colonial entre 1900 e 1930</p><p>O Estado Novo</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 10/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maguiguane_Cossa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Combate_de_Macontene</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_do_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_Delgado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Niassa_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Rovuma</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_L%C3%BArio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex%C3%A9rcito</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%ADgena</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metangula</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tri%C3%A2ngulo_de_Quionga</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Planalto_de_Mueda&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Macondes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_Armada_de_Liberta%C3%A7%C3%A3o_Nacional</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aristocracia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gulo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bebida_alco%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bebida_alco%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metr%C3%B3pole</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%A3o_humana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Sul-Africana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sal%C3%A1rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>Proposta (não oficial) de bandeira</p><p>para Moçambique enquanto colónia</p><p>Com a "eleição" de Óscar Carmona, em 1928, que chamou</p><p>Salazar para seu ministro das finanças, a administração das</p><p>colónias como fonte de matérias primas para a indústria da</p><p>"metrópole" tornou-se mais eficiente. Em 1930 foi publicado o</p><p>Acto Colonial, legislação que organizava o papel do Estado nas</p><p>colónias portuguesas:</p><p>a nomeação de administradores para as circunscrições</p><p>"indígenas", que passaram a organizar os seus pequenos</p><p>exércitos de sipaios;</p><p>os recenseamentos que determinavam a cobrança de</p><p>impostos e a "venda" de mão-de-obra para as minas sul-</p><p>africanas;</p><p>a criação de "Tribunais Privativos dos Indígenas";</p><p>a definição da Igreja Católica como principal força "civilizadora" dos indígenas, passando a ser</p><p>a principal forma de educação.</p><p>Depois, com a nova constituição portuguesa em 1933, Salazar e os seus braços nas colónias</p><p>transportaram para África (e Índia) a repressão mais brutal sobre os indígenas, ao mesmo tempo</p><p>em que incentivavam os seus cidadãos mais pobres a emigrarem para essas terras.</p><p>Na década de 1950, o governo colonial lançou os Planos de Fomento para as colónias, incluindo o</p><p>financiamento à construção de infraestruturas (principalmente as que estavam relacionadas com o</p><p>comércio regional, como os portos e caminhos de ferro) e à fixação de colonos. O I Plano de</p><p>Fomento, relativo aos anos 1953-1958, previa um investimento em Moçambique de 1.848.500</p><p>contos, com 63% destinados às infraestrutura e 34% ao "aproveitamento de recursos e</p><p>povoamento". Ao abrigo deste investimento, em 1960 já tinham sido instaladas no colonato do</p><p>Limpopo 1400 famílias.</p><p>Apenas na década de 1960 se deu início a alguma industrialização.</p><p>Para além das várias acções de resistência ao domínio colonial, a última das quais culminou com a</p><p>prisão e deportação do imperador Gungunhana, a fase final da luta de libertação de Moçambique</p><p>começou com a independência das colónias francesas e inglesas de África. Em 1959-1960,</p><p>formaram-se três movimentos formais de resistência à dominação portuguesa de Moçambique:</p><p>UDENAMO - União Democrática Nacional de Moçambique;</p><p>MANU - Mozambique African National Union (à maneira da KANU do Quénia); e</p><p>UNAMI - União Nacional Africana para Moçambique Independente.</p><p>Estes três movimentos tinham sede em países diferentes e uma base social e étnica também</p><p>diferentes mas, em 1962, sob os auspícios de Julius Nyerere, primeiro presidente da Tanzânia,</p><p>estes movimentos uniram-se para darem origem à FRELIMO - Frente de Libertação de</p><p>Moçambique - oficialmente fundada em 25 de Junho de 1962.</p><p>O primeiro presidente da FRELIMO foi o Dr. Eduardo Chivambo Mondlane, um antropólogo que</p><p>trabalhava na ONU e que já tinha tido contactos com um governante português, Adriano Moreira.</p><p>Nesta altura, ainda se pensava que seria possível conseguir a independência das colónias</p><p>portuguesas sem recorrer à luta armada.</p><p>A Guerra de Libertação</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 11/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Flag_of_Mozambique_(1967_proposal).png</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Flag_of_Mozambique_(1967_proposal).png</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93scar_Carmona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_de_Oliveira_Salazar</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria_prima</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Acto_Colonial</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sipaio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%ADgena</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Emigra%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1950</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Planos_de_Fomento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_(transporte)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferrovia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Infraestrutura_(engenharia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Povoamento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Colonato</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Limpopo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1960</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_resist%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Deporta%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imperador</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gungunhana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/UDENAMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/MANU</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/KANU</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%A9nia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/UNAMI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Julius_Nyerere</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tanz%C3%A2nia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FRELIMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Mondlane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ONU</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Adriano_Moreira</p><p>No entanto, os contactos diplomáticos estabelecidos não resultaram e a FRELIMO decidiu entrar</p><p>pela via da guerra de guerrilha para tentar forçar o governo português a aceitar a independência</p><p>das suas colónias. A Luta Armada de Libertação Nacional foi lançada oficialmente em 25 de</p><p>Setembro de 1964, com um ataque ao posto administrativo de Chai no atual distrito de Macomia,</p><p>província de Cabo Delgado.</p><p>A guerra de libertação, uma luta de guerrilha, expandiu-se para as províncias de Niassa e Tete e</p><p>durou cerca de 10 anos. Durante esse período, foram organizadas várias áreas onde a</p><p>administração colonial já não tinha controlo - as Zonas Libertadas - e onde a FRELIMO instituiu</p><p>um sistema de governo baseado na sua necessidade em ter bases seguras, abastecimento em</p><p>víveres e vias de comunicação com as suas bases recuadas na Tanzânia e com as frentes de</p><p>combate.</p><p>Finalmente, a guerra terminou com os Acordos de Lusaka, assinados a 7 de Setembro de 1974</p><p>entre o governo português e a FRELIMO, na sequência da Revolução dos Cravos. Ao abrigo desse</p><p>acordo, foi formado um Governo de Transição, chefiado por Joaquim Chissano, que incluía</p><p>ministros nomeados pelo governo português e outros nomeados pela FRELIMO. A soberania</p><p>portuguesa era representada por um Alto Comissário, Vítor Crespo.</p><p>Moçambique tornou-se independente de Portugal em 25 de Junho de 1975. O primeiro governo,</p><p>dirigido por Samora Machel,</p><p>foi formado pela FRELIMO, a organização política que tinha</p><p>negociado a independência com Portugal.</p><p>O mandato deste primeiro governo de Moçambique independente era o de restituir ao povo</p><p>moçambicano os direitos que lhe tinham sido negados pelas autoridades coloniais.</p><p>Com esse fim, em 24 de Julho de 1975, o governo declarou a nacionalização da Saúde, da Educação</p><p>e da Justiça e, em 1976, das casas de rendimento, ou seja, qualquer moçambicano ou estrangeiro</p><p>residente passou a ter direito a ser proprietário duma casa para habitação permanente e de uma de</p><p>férias, mas perdeu o direito a arrendar casas de habitação a outrem. O governo assumiu a gestão</p><p>das casas que estavam arrendadas nessa altura, formando para isso uma empresa denominada</p><p>Administração do Parque Imobiliário do Estado ou APIE.</p><p>Em relação à Saúde, o governo transferiu para as unidades estatais (Ministério e hospitais), o</p><p>equipamento e pessoal dos consultórios e clínicas privadas e das empresas de funerais. Na</p><p>Educação, o estado nomeou administradores para as escolas privadas, cujo pessoal passava à</p><p>responsabilidade do Estado. Muitas das unidades privadas de saúde e educação pertenciam a</p><p>igrejas cristãs, principalmente à Igreja Católica, e estas nacionalizações, associadas à propaganda</p><p>oficial socialista e fortemente laica, também considerada como "anti-religiosa", criaram um clima</p><p>de animosidade entre algumas destas igrejas e seus crentes e o estado (ou a FRELIMO, que era de</p><p>facto a força política que comandava o estado).</p><p>Estas nacionalizações foram a causa próxima para uma vaga de abandono do país de muitos</p><p>indivíduos que eram proprietários daqueles serviços sociais ou simplesmente se encontravam</p><p>habituados aos serviços de determinados especialistas ou ao atendimento exclusivo; como esses</p><p>História Pós-Independência</p><p>As nacionalizações</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 12/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Diplomacia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerrilha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_Armada_de_Liberta%C3%A7%C3%A3o_Nacional</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Posto_administrativo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Chai</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Macomia_(distrito)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_Delgado_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Niassa_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tete_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Zonas_Libertadas&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordos_de_Lusaka</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_dos_Cravos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_de_Transi%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Chissano</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ministro_(pol%C3%ADtica)&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Alto_Comiss%C3%A1rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADtor_Manuel_Trigueiros_Crespo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Samora_Machel</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FRELIMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionaliza%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Habita%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/APIE</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialista</p><p>indivíduos, na maioria portugueses, eram muitas vezes igualmente proprietários de fábricas,</p><p>barcos de pesca ou outros meios de produção, o governo viu-se obrigado a assumir a gestão dessas</p><p>unidades de produção. Numa primeira fase, organizou-se, para as unidades mais pequenas, um</p><p>sistema de autogestão em que comités de trabalhadores, normalmente organizados pelas células</p><p>da FRELIMO, também chamadas Grupos Dinamizadores, assumiam a gestão de facto.</p><p>Mais tarde, em face da falta de capacidade de gestão e das dificuldades económicas prevalecentes,</p><p>o governo começou a aglutinar pequenas empresas do mesmo ramo, primeiro em Unidades de</p><p>Direcção e depois em Empresas Estatais.</p><p>As primeiras Empresas Estatais (EE) foram formadas ainda dentro do mesmo espírito de que o</p><p>Estado deveria assegurar ao Povo os bens de primeira necessidade "livres" da exploração</p><p>mercantilista. Uma destas empresas foi uma "importação" das zonas libertadas: a EE das Lojas do</p><p>Povo, uma empresa de grandes supermercados de comércio geral.</p><p>Outras EE do ramo comercial foram a PESCOM, que assegurava a importação e distribuição de</p><p>carapau, que era a base proteica mais facilmente disponível e, mais tarde, da exportação do</p><p>camarão e outros mariscos das EE de pesca; a ENACOMO que era uma importadora e exportadora</p><p>de produtos principalmente agrícolas; a MEDIMOC, ainda hoje existente, que assegurava a</p><p>importação de medicamentos e material hospitalar.</p><p>Um dos pilares da estratégia de desenvolvimento desenhada pela FRELIMO nos primeiros anos a</p><p>seguir à Independência foi a socialização do campo. Com esta política, o governo pretendia</p><p>promover o aumento da produção agrícola, uma vez que mais de 80% da população vivia nas zonas</p><p>rurais, ao mesmo tempo que melhorava as suas condições de vida.</p><p>O governo colonial tinha aproveitado as excelentes condições naturais de Moçambique, em termos</p><p>de clima, solos e água, para fomentar culturas de rendimento, como o algodão, o caju, o chá e</p><p>outras baseando-se, quer em companhias privadas que detinham a concessão de vastas áreas onde</p><p>exerciam o monopólio da venda de insumos e da compra dos produtos, quer de instituições</p><p>estatais (como, por exemplo, o Instituto do Algodão) que apoiavam os agricultores nesses serviços,</p><p>mas dando prioridade aos colonos portugueses agregados nos colonatos.</p><p>O novo governo de Moçambique decidiu que o desenvolvimento agrícola deveria ter como base as</p><p>cooperativas agrícolas - às quais o governo deveria assegurar o aprovisionamento em sementes e</p><p>outros insumos e, ao mesmo tempo, a compra da produção de rendimento - com os camponeses</p><p>organizados em aldeias comunais, que eram agregados populacionais, onde o governo iria apoiar</p><p>na construção de infraestruturas sociais, como escolas, centros de saúde e rede viária, mas tendo</p><p>como base o poder económico das cooperativas e a mão de obra rural.</p><p>A organização das cooperativas e mesmo das aldeias comunais não foi difícil, dado o clima de</p><p>euforia e de organização que se vivia naqueles primeiros anos da independência, mas a acção do</p><p>estado em termos de aprovisionamento e de compra da produção, e mesmo da organização das</p><p>infraestruturas sociais, não conseguiu acompanhar o esforço dos camponeses.</p><p>As Empresas Estatais</p><p>A socialização do campo</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 13/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Autogest%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_(pol%C3%ADtica)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupos_Dinamizadores</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Unidades_de_Direc%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Unidades_de_Direc%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_estatal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercantilismo</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Zonas_libertadas&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lojas_do_Povo&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lojas_do_Povo&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Importa%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Carapau</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Camar%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FRELIMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Solo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Algod%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Caju</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ch%C3%A1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Monop%C3%B3lio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Colonato</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cooperativa</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Aldeia_comunal&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aprovisionamento</p><p>Então, no início dos anos 1980 - quando o Presidente Samora "decretou" a década de 1981-1990</p><p>como a "década da vitória sobre o subdesenvolvimento" - o estado mudou a sua estratégia para a</p><p>organização de grandes empresas estatais no campo, essa organização tomava a forma de</p><p>machambas estatais. Pretendia-se com essa estratégia que os camponeses continuassem a produzir</p><p>a sua base alimentar (dentro da forma de organização dos Bantu é a Mulher que assegura a</p><p>alimentação da família), enquanto as terras dos antigos colonatos passavam a ser geridas</p><p>centralmente e a sua produção assegurada com base na mão-de-obra local.</p><p>Apesar da transição para a independência ter sido pacífica, Moçambique não conheceu a Paz</p><p>durante muitos anos. Imediatamente a seguir à independência, alguns militares (ou ex-militares)</p><p>portugueses e dissidentes da FRELIMO instalaram-se na Rodésia, que vivia uma situação de</p><p>"independência unilateral" não reconhecida pela maior parte dos países do mundo. O regime de</p><p>Ian Smith, já a braços com um movimento interno de resistência que aparentemente tinha</p><p>algumas bases em Moçambique, aproveitou esses dissidentes para atacar essas bases.</p><p>De facto, a FRELIMO apoiava esses rebeldes rodesianos e, em 1976, o governo de Moçambique</p><p>declarou oficialmente aplicar as sanções estabelecidas pela ONU contra o governo ilegal de</p><p>Salisbúria e fechou as fronteiras com aquele país. A Rodésia dependia em grande parte do corredor</p><p>da Beira, incluindo a linha de caminhos de ferro, a estrada e o oleoduto que ligavam o porto da</p><p>Beira àquele país encravado. Embora, a Rodésia tivesse boas relações com o regime sul-africano do</p><p>apartheid, este fecho das suas fontes de abastecimento foi um duro golpe para o regime rodesiano.</p><p>Pouco tempo depois, para além de intensificarem os ataques contra estradas, pontes e colunas de</p><p>abastecimento dentro de Moçambique, os rodesianos ofereceram aos dissidentes moçambicanos</p><p>espaço para formarem um movimento de resistência - a "REsistência NAcional MOçambicana" ou</p><p>RENAMO - e criarem uma estação de rádio usada para propaganda antigovernamental.</p><p>Até 1980, data da independência do Zimbabwe, a RENAMO continuou os seus ataques a aldeias e</p><p>infraestruturas sociais em Moçambique, semeando minas terrestres em várias estradas,</p><p>principalmente nas regiões mais próximas das fronteiras com a Rodésia. Estas acções tiveram um</p><p>enorme papel desestabilizador da economia, uma vez que não só obrigaram o governo a concentrar</p><p>importantes recursos numa máquina de guerra, mas principalmente porque levaram ao êxodo de</p><p>muitos milhares de pessoas do campo para as cidades e para os países vizinhos, diminuindo assim</p><p>a produção agrícola.</p><p>Com a independência do Zimbabwe, a RENAMO foi obrigada a mudar a sua base de apoio para a</p><p>África do Sul, o que conseguiu com muito sucesso, tendo tido amplo apoio das forças armadas sul-</p><p>africanas. Para além disso, estas forças realizaram vários "raids" terrestres e aéreos contra Maputo,</p><p>alegadamente para destruírem "bases" do ANC. No entanto, o governo de Moçambique, que já</p><p>tinha secretamente encetado negociações com o governo sul-africano e com a própria RENAMO,</p><p>assinou em 1983 um acordo de "boa vizinhança" com aquele governo, que ficou conhecido como o</p><p>Acordo de Nkomati, segundo o qual o governo sul-africano se comprometia a abandonar o apoio</p><p>militar à RENAMO, enquanto que o governo moçambicano se comprometia a deixar de apoiar os</p><p>militantes do ANC que se encontravam em Moçambique.</p><p>Em 1986, a RENAMO tinha já estabelecido uma base central na Gorongosa e expandido as acções</p><p>militares para todas as províncias de Moçambique, contando ainda com o apoio do Malawi, cujo</p><p>governo tinha boas relações com o regime do apartheid. Nesta altura, a RENAMO tinha</p><p>A Guerra Civil</p><p>07/09/24, 09:25 História de Moçambique – Wikipédia, a enciclopédia livre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Moçambique#História_Pós-Independência 14/16</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Subdesenvolvimento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_estatal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Machamba</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o-de-obra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FRELIMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rod%C3%A9sia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ian_Smith</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ONU</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Harare</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Corredor_da_Beira&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Corredor_da_Beira&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Apartheid</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/RENAMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_terrestre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maputo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_Africano</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_de_Nkomati</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Militante</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gorongosa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Malawi</p><p>conseguido alcançar um dos seus objectivos estratégicos que consistiu em obrigar o governo a</p><p>abandonar a sua política de "socialização do campo" através das aldeias comunais e machambas</p><p>estatais.</p><p>Em vista dos problemas económicos que Moçambique atravessava, o governo assinou um acordo</p><p>com o Banco Mundial e FMI em 1987, que o obrigaram a abandonar completamente a política</p><p>"socialista". A guerra, porém, só terminou em 1992 com o Acordo Geral de Paz, assinado em</p><p>Roma a 4 de Outubro, pelo Presidente da República, Joaquim Chissano e pelo presidente da</p><p>RENAMO, Afonso Dhlakama, depois de cerca de dois anos de conversações mediadas pela</p><p>Comunidade de Santo Egídio, uma organização da igreja católica, com apoio do governo italiano.</p><p>Nos termos do Acordo, o governo de Moçambique solicitou o apoio da ONU para o desarmamento</p><p>das tropas beligerantes. A ONUMOZ foi a força internacional que apoiou neste trabalho, que durou</p><p>cerca de dois anos e que culminou com a formação dum exército unificado e com a organização das</p><p>primeiras eleições gerais multipartidárias, em 1994.</p><p>Com o objectivo de proteger o poder de compra da maioria da população, o estado tinha fixado os</p><p>preços dos produtos de primeira necessidade e as taxas de câmbio. Como os termos de troca se</p><p>foram deteriorando e, entretanto, a guerra de desestabilização tinha já começado a fazer sentir os</p><p>seus efeitos, o país viu-se sem divisas para importar os bens de consumo e as matérias primas</p><p>necessárias para o funcionamento da economia. O mercado negro, tanto de bens de consumo,</p><p>como de divisas, tinha tomado conta desta.</p><p>O governo de Moçambique viu-se então obrigado a assinar acordos com o Banco Mundial e FMI e</p><p>lançar, em 1987, um "Programa de Reestruturação Económica", mais conhecido pela sigla PRE,</p><p>que deveria modificar a política económica de Moçambique e relançar a economia. A primeira</p><p>medida que o governo tomou foi a desvalorização do Metical que, em cerca de dois anos atingiu</p><p>mais de 1000%. Ao mesmo tempo, desindexou os preços dos bens de consumo, com excepção dos</p><p>combustíveis (continuam até hoje, 2007, a ser indexados pelo governo) e do pescado, considerados</p><p>produtos estratégicos de consumo e exportação (o camarão).</p><p>Em breve se seguiu o programa de privatização das empresas estatais e intervencionadas. Uma das</p><p>medidas tendentes a evitar o empobrecimento generalizado foi a transformação de algumas</p><p>empresas estatais e bancos em sociedades anónimas, através da atribuição de quotas aos seus</p><p>gestores, ou mesmo a números maiores de funcionários. No entanto, a maior parte das empresas</p><p>foram privatizadas segundo as regras do Banco Mundial, que era a instituição mentora deste</p><p>programa.</p><p>A Constituição</p>

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