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<p>História de Moçambique</p><p>Mapa de Moçambique.</p><p>Moçambique é um país da África Austral, situado na</p><p>costa do Oceano Índico, com cerca de 20 milhões de ha-</p><p>bitantes (2004). Foi uma colónia portuguesa, que se tor-</p><p>nou independente em 25 de Junho de 1975.</p><p>A história de Moçambique encontra-se documentada</p><p>pelo menos a partir do século X, quando um estudioso</p><p>viajante árabe, Al-Masudi descreveu uma importante ac-</p><p>tividade comercial entre as nações da região do Golfo</p><p>Pérsico e os “Zanj” (os negros) da “Bilad as Sofala", que</p><p>incluía grande parte da costa norte e centro do actual Mo-</p><p>çambique.</p><p>No entanto, vários achados arqueológicos permitem ca-</p><p>racterizar a “pré-história” de Moçambique (antes da</p><p>escrita) por muitos séculos antes. Provavelmente o</p><p>evento mais importante dessa pré-história terá sido a fi-</p><p>xação nesta região dos povos bantu que, não só eram</p><p>agricultores, mas introduziram aqui a metalurgia do ferro,</p><p>entre os séculos I a IV.</p><p>A penetração portuguesa em Moçambique, iniciada no</p><p>início do século XVI, só em 1885 - com a partilha de</p><p>África pelas potências europeias durante a Conferência</p><p>de Berlim - se transformou numa ocupação militar, ou</p><p>seja, na submissão total dos estados ali existentes, que le-</p><p>vou, nos inícios do século XX a uma verdadeira adminis-</p><p>tração colonial.</p><p>Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de</p><p>10 anos, Moçambique tornou-se independente em 25 de</p><p>Junho de 1975.</p><p>1 História Pré-Colonial</p><p>1.1 Primeiros habitantes de Moçambique</p><p>Os primeiros habitantes de Moçambique foram prova-</p><p>velmente os Khoisan, que eram caçadores-recolectores.</p><p>Há cerca de 10.000 anos a costa de Moçambique já ti-</p><p>nha o perfil aproximado do que apresenta hoje em dia:</p><p>uma costa baixa, cortada por planícies de aluvião e par-</p><p>cialmente separada do Oceano Índico por um cordão de</p><p>dunas. Esta configuração confere à região uma grande</p><p>fertilidade, ostentando ainda hoje grandes extensões de</p><p>savana onde pululam muitos animais indígenas. Havia</p><p>portanto condições para a fixação de povos caçadores-</p><p>recolectores e até de agricultores.</p><p>Nos séculos I a IV, a região começou a ser invadida pelos</p><p>Bantu (ver expansão bantu), que eram agricultores e já</p><p>conheciam a metalurgia do ferro[1][2][3][4][5][6][7]. A base</p><p>da economia dos Bantu era a agricultura, principalmente</p><p>de cereais locais, como a mapira (sorgo) e a mexoeira;</p><p>a olaria, tecelagem e metalurgia encontravam-se tam-</p><p>bém desenvolvidas, mas naquela época a manufactura</p><p>destinava-se a suprir as necessidades familiares e o</p><p>comércio era efectuado por troca directa. Por essa razão,</p><p>a estrutura social era bastante simples - baseada na “fa-</p><p>mília alargada” (ou linhagem) à qual era reconhecido um</p><p>chefe. Os nomes destas linhagens nas línguas locais são,</p><p>entre outros: em eMakua, o Nlocko, em ciYao, Liwele,</p><p>em ciChewa, Pfuko e em chiTsonga, Ndangu.</p><p>Apesar da sociedade moçambicana se ter tornado muito</p><p>mais complexa, muitas das regras tradicionais de organi-</p><p>zação ainda se encontram baseadas na “linhagem”.</p><p>Entre os séculos IX e XIII começaram a fixar-se na costa</p><p>oriental de África populações oriundas da região doGolfo</p><p>Pérsico, que era naquele tempo um importante centro co-</p><p>mercial. Estes povos fundaram entrepostos na costa afri-</p><p>1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_Austral</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_Junho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1975</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_X</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Al-Masudi</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Negros</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metalurgia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_I</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_IV</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Berlim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Berlim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Khoisan</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Savana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_I</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_IV</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Expans%C3%A3o_bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metalurgia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sorgo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mexoeira</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Olaria</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecelagem</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manufactura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Linhagem</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/EMakua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/CiYao</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/CiChewa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiTsonga</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>2 2 HISTÓRIA COLONIAL</p><p>cana e muitos geógrafos daquela época referiram-se a um</p><p>activo comércio com as “terras de Sofala", incluindo a</p><p>troca de tecidos da Índia por ferro, ouro e outros metais.</p><p>De facto, o ferro era tão importante que se pensa que</p><p>as “aspas” de ferro - em forma de X, com cerca de 30</p><p>cm de comprimento, que formam abundantes achados</p><p>arqueológicos nesta região - eram utilizadas comomoeda.</p><p>Mais tarde, aparentemente esta “moeda” foi substituída</p><p>por outra: tubos de penas de aves cheias de ouro em pó</p><p>- os meticais cujo nome deu origem à actual moeda de</p><p>Moçambique.</p><p>Com o crescimento demográfico, novas invasões e prin-</p><p>cipalmente com a chegada dos mercadores, a estrutura</p><p>política tornou-se mais complexa, com linhagens do-</p><p>minando outras e finalmente, formando-se verdadeiros</p><p>estados na região. Um dos mais importantes foi o pri-</p><p>meiro estado do Zimbabwe.</p><p>1.2 O Primeiro Estado do Zimbabwe</p><p>Embora os povos que falavam a língua chiShona - ainda</p><p>hoje a principal língua do Zimbabwe, com cerca de sete</p><p>milhões de falantes, em vários dialectos - se tenham ins-</p><p>talado na região cerca do ano 500, o primeiro estado do</p><p>Zimbabwe existiu aproximadamente entre 1250 e 1450</p><p>aproximadamente na região da actual República do Zim-</p><p>babwe. O seu nome deriva dos amuralhados de pedra</p><p>que a aristocracia fazia construir à volta das suas habi-</p><p>tações e que se chamavam madzimbabwe.[8] O que pa-</p><p>rece ter sido a capital deste estado - o actual monumento</p><p>do Grande Zimbabwe - cobria uma superfície considerá-</p><p>vel (incluindo não só a área dentro dos amuralhados, mas</p><p>também uma grande "cidade" de caniço, à volta daque-</p><p>les), levando a pensar que tinha uma população de várias</p><p>centenas, talvez milhares de habitantes, e uma grande ac-</p><p>tividade comercial.</p><p>Em Moçambique conhecem-se também ruínas de mad-</p><p>zimbabwe, a mais importante das quais chamada</p><p>Manyikeni, a cerca de 50 km de Vilankulo, na provín-</p><p>cia de Inhambane, e a cerca de 450 km do Grande Zim-</p><p>babwe.</p><p>Para além da grande fertilidade da região onde este estado</p><p>se estabeleceu, o apogeu do primeiro estado do Zimbabwe</p><p>deve estar ligado à mineração e metalurgia do ouro, muito</p><p>procurado pelos mercadores originários da zona do Golfo</p><p>Pérsico que já demandavam as “terras de Sofala", pelo</p><p>menos desde o século XII.</p><p>Cerca de 1450, o Grande Zimbabwe foi abandonado,</p><p>não se conhecendo as razões desse abandono mas, pela</p><p>mesma altura, verificou-se uma grande invasão de povos</p><p>também de língua chiShona que deu origem ao Império</p><p>dos Mwenemutapas. Estes invasores submeteram os po-</p><p>vos duma região que se estendeu até ao Oceano Índico,</p><p>desde o rio Zambeze até a actual cidade de Inhambane,</p><p>pelo que não é claro o abandono do Grande Zimbabwe.</p><p>1.3 O Império dos Mwenemutapas</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Militante</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1986</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gorongosa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Malawi</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aldeias_comunais</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Machambas_estatais</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Mundial</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Mundial</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FMI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1987</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1992</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Geral_de_Paz</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Roma</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/4_de_Outubro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Chissano</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Dhlakama</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_de_Santo_Eg%C3%ADdio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_cat%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ONUMOZ</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_de_Reestrutura%C3%A7%C3%A3o_Econ%C3%B3mica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_de_Reestrutura%C3%A7%C3%A3o_Econ%C3%B3mica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_compra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cesta_b%C3%A1sica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_c%C3%A2mbio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_desestabiliza%C3%A7%C3%A3o_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bens_de_consumo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria-prima</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_negro_(economia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_negro_(economia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Mundial</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FMI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Desvaloriza%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metical</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADvel</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pescado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Camar%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Privatiza%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B3nima</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Quota</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gestor</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Funcion%C3%A1rio</p><p>11</p><p>3.6 O Multipartidarismo</p><p>A Constituição de 1990 introduziu no sistema político</p><p>moçambicano a possibilidade da organização de partidos</p><p>políticos que poderiam passar a participar na governação</p><p>do País.</p><p>As primeiras eleições multipartidárias realizaram-se em</p><p>1994, com a participação de vários partidos. A Frelimo</p><p>foi o partido mais votado, passando a ter maioria no</p><p>parlamento e a constituir governo.</p><p>4 Ver também</p><p>• Lista dos responsáveis pela administração colonial</p><p>de Moçambique</p><p>5 Referências</p><p>[1] http://www.sciencemag.org/cgi/data/1172257/DC1/1</p><p>[2] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15340834</p><p>[3] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19383166</p><p>[4] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21109585</p><p>[5] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21453002</p><p>[6] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19425093</p><p>[7] http://beta.mnet.co.za/carteblanche/Article.aspx?Id=</p><p>2619</p><p>[8] Department of Arts of Africa, Oceania, and the Ameri-</p><p>cas. Great Zimbabwe (11th-15th century). In Heilbrunn</p><p>Timeline of Art History. Nova Iorque, The Metropolitan</p><p>Museum of Art, 2000. (em inglês)</p><p>6 Bibliografia</p><p>• FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBI-</p><p>QUE. História de Moçambique. Porto, Afronta-</p><p>mento, 1971. Disponível em (Consultado em 27</p><p>de Fevereiro de 2010)</p><p>• HEDGES, David (coord.). História de Moçambi-</p><p>que: Moçambique no auge do colonialismo 1930-</p><p>1961. Vol.2, 2.ª edição, Maputo, Livraria Univer-</p><p>sitária, Universidade Eduardo Mondlane, 1999.</p><p>• LAMBERT, Jean-Marie Lambert. História da</p><p>África Negra, Ed. Kelps, 2001.</p><p>• NEWITT, Malyn. História de Moçambique. Mem-</p><p>Martins, Publicações Europa-América, 1997.</p><p>• PÉLISSIER, René. História de Moçambique: for-</p><p>mação e oposição: 1854-1918. 2 vols., Lisboa, Edi-</p><p>torial Estampa, 1987-1988</p><p>• SERRA, Carlos (coord.). História de Moçambique:</p><p>Parte I - Primeiras Sociedades sedentárias e impacto</p><p>dos mercadores, 200/300- 1885; Parte II - Agressão</p><p>imperialista, 1886-1930. Vol. 1, 2.ª edição, Ma-</p><p>puto, Livraria Universitária, Universidade Eduardo</p><p>Mondlane, 2000.</p><p>• SOUTHERN, Paul. Portugal: The Scramble for</p><p>Africa. Bromley, Galago Books, 2010.</p><p>7 Ligações externas</p><p>• 20 anos de paz em Moçambique - Especial da DW</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1990</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_pol%C3%ADtico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_pol%C3%ADtico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1994</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Frelimo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Parlamento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_respons%C3%A1veis_pela_administra%C3%A7%C3%A3o_colonial_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_respons%C3%A1veis_pela_administra%C3%A7%C3%A3o_colonial_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>http://www.sciencemag.org/cgi/data/1172257/DC1/1</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15340834</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19383166</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21109585</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21453002</p><p>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19425093</p><p>http://beta.mnet.co.za/carteblanche/Article.aspx?Id=2619</p><p>http://beta.mnet.co.za/carteblanche/Article.aspx?Id=2619</p><p>http://www.metmuseum.org/toah/hd/zimb/hd_zimb.htm</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa</p><p>http://www.dw.de/dw/article/0,,16237102,00.html</p><p>12 8 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM</p><p>8 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem</p><p>8.1 Texto</p><p>• História de Moçambique Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Mo%C3%A7ambique?oldid=44435399 Contribui-</p><p>dores: JoaoMiranda, Muriel Gottrop, Mschlindwein, Rui Silva, Heitor, LeonardoRob0t, Lusitana, Teixant, Nuno Tavares, Indech, NTBot,</p><p>RobotQuistnix, Angrense, André Koehne, Leandrod, Agil, Manuel de Sousa, Santosga, Jsobral, Neko, Joseolgon, Gabrielt4e, PatríciaR,</p><p>LijeBot, Pikolas, João Sousa, Reynaldo, Yanguas, Cadum, Rei-bot, Ródi, Capmo, Luiza Teles, Barão de Itararé, Acscosta, Carlos28,</p><p>TXiKiBoT, Gunnex, VolkovBot, SieBot, Lechatjaune, Yone Fernandes, Bluedenim, LeoBot, PixelBot, BotSottile, Vini 17bot5, FiriBot,</p><p>Luckas-bot, J. Patrick Fischer, Jonathan Malavolta, Vanthorn, Salebot, JotaCartas, RibotBOT, Aadivinha, Brasileiro1500, Marcos Elias</p><p>de Oliveira Júnior, HVL, EmausBot, PedR, PauloEduardo, DARIO SEVERI, Tonton Bernardo, Halwinter, Zoldyick, Dexbot, Legobot,</p><p>Rodrigolopesbot e Anónimo: 47</p><p>8.2 Imagens</p><p>• Ficheiro:1598_Mosambique_Kaerius.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/1598_Mosambique_Kaerius.</p><p>jpg Licença: Public domain Contribuidores: Historiccities Artista original: Pieter van der Keere</p><p>• Ficheiro:Coat_of_arms_of_Portuguese_East_Africa_(1935-1951).svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/</p><p>c7/Coat_of_arms_of_Portuguese_East_Africa_%281935-1951%29.svg Licença: Public domain Contribuidores: Own work, based on</p><p>Flags of the World - Flags of portuguese colonies and Mocambique.jpg. Artista original: Thommy</p><p>• Ficheiro:Flag-map_of_Mozambique.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/44/Flag-map_of_Mozambique.</p><p>svg Licença: CC BY-SA 3.0 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Darwinek</p><p>• Ficheiro:Flag_of_Mozambique_(proposal_1967).png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/Flag_of_</p><p>Mozambique_%28proposal_1967%29.png Licença: CC BY-SA 1.0 Contribuidores: No machine-readable source provided. Own work</p><p>assumed (based on copyright claims). Artista original: No machine-readable author provided. Brian Boru assumed (based on copyright</p><p>claims).</p><p>• Ficheiro:Gungunhana.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/95/Gungunhana.jpg Licença: Public domain</p><p>Contribuidores: ? Artista original: ?</p><p>• Ficheiro:LocationAfrica.png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0f/LocationAfrica.png Licença:</p><p>Public do-</p><p>main Contribuidores: map adapted from PDF world map at CIA World Fact Book Artista original: see above</p><p>• Ficheiro:Magnifying_glass_01.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/Magnifying_glass_01.svg Licença:</p><p>CC0 Contribuidores: ? Artista original: ?</p><p>• Ficheiro:Moçambique_mapa.gif Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/33/Mo%C3%A7ambique_mapa.gif Li-</p><p>cença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: Portuguese Wikipedia Artista original: André Koehne</p><p>8.3 Licença</p><p>• Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%25C3%25B3ria_de_Mo%25C3%25A7ambique?oldid=44435399</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/1598_Mosambique_Kaerius.jpg</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/1598_Mosambique_Kaerius.jpg</p><p>http://historic-cities.huji.ac.il/mozambique/mozambique/maps/langenes_kaerius_mozambique.html</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c7/Coat_of_arms_of_Portuguese_East_Africa_%25281935-1951%2529.svg</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c7/Coat_of_arms_of_Portuguese_East_Africa_%25281935-1951%2529.svg</p><p>http://flagspot.net/flags/pt_col.html#coas</p><p>//en.wikipedia.org/wiki/Image:Mocambique.jpg</p><p>//commons.wikimedia.org/wiki/User:Thommy9</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/44/Flag-map_of_Mozambique.svg</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/44/Flag-map_of_Mozambique.svg</p><p>//commons.wikimedia.org/wiki/User:Darwinek</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/Flag_of_Mozambique_%2528proposal_1967%2529.png</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/Flag_of_Mozambique_%2528proposal_1967%2529.png</p><p>//commons.wikimedia.org/wiki/User:Brian_Boru</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/95/Gungunhana.jpg</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0f/LocationAfrica.png</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/Magnifying_glass_01.svg</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/33/Mo%25C3%25A7ambique_mapa.gif</p><p>https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/</p><p>História Pré-Colonial</p><p>Primeiros habitantes de Moçambique</p><p>O Primeiro Estado do Zimbabwe</p><p>O Império dos Mwenemutapas</p><p>História Colonial</p><p>A chegada dos portugueses a Moçambique e o declínio do Império dos Mwenemutapas</p><p>O Império Marave</p><p>Os Prazos</p><p>Os Estados Ajaua</p><p>O Império de Gaza</p><p>Os Estados Islâmicos da Costa</p><p>As Companhias Majestáticas</p><p>A Administração Colonial Portuguesa</p><p>A Ocupação Militar de Nampula</p><p>A resistência à ocupação colonial no sul de Moçambique</p><p>Companhia do Niassa e a ocupação de Cabo Delgado e Niassa</p><p>Política colonial entre 1900 e 1930</p><p>O Estado Novo</p><p>A Guerra de Libertação</p><p>História Pós-Independência</p><p>As nacionalizações</p><p>As Empresas Estatais</p><p>A socialização do campo</p><p>A Guerra Civil</p><p>O PRE ou início do neoliberalismo económico</p><p>O Multipartidarismo</p><p>Ver também</p><p>Referências</p><p>Bibliografia</p><p>Ligações externas</p><p>Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem</p><p>Texto</p><p>Imagens</p><p>Licença</p><p>A invasão e conquista do norte do planalto zimbabweano</p><p>pelas tropas de Nhatshimba Mutota, em 1440-1450, deu</p><p>origem a um novo estado dominado pela dinastia dos</p><p>Mwenemutapas. Estes invasores, que também falavam</p><p>a língua chiShona estabeleceram a sua capital num local</p><p>próximo do rio Zambeze, no norte da actual província</p><p>moçambicana de Manica.</p><p>No século XVI, o Império dos Mwenemutapas tinha</p><p>estendido o seu domínio a uma região limitada pelo</p><p>rio Zambeze, a norte, o Oceano Índico, a leste, o rio</p><p>Limpopo a sul e chegando a sua influência quase ao</p><p>deserto do Kalahari a sudoeste. Porém, esta última re-</p><p>gião poderia estar sobre a alçada de outros estados, como</p><p>os reinos de Butua e Venda, que terão estabelecido com</p><p>os Mwenemutapas relações de boa vizinhança.</p><p>Para além de esta ser uma região fértil e não estar afec-</p><p>tada pela mosca tsé-tsé, permitindo a criação de gado, o</p><p>que contribuiu para a estabilidade e crescimento das po-</p><p>pulações, as minas de ouro estavam principalmente loca-</p><p>lizadas no interior. Por essa razão, o domínio das rotas</p><p>comerciais que constituíam o Zambeze, por um lado, e</p><p>de Sofala, mais a sul, conferiu aos Mwenemutapas - era</p><p>a aristocracia que controlava o comércio - uma grande</p><p>riqueza.</p><p>Foi o ouro que determinou a fixação na costa do Oceano</p><p>Índico, primeiro dos mercadores e colonos árabes oriun-</p><p>dos da região do Golfo Pérsico, ainda no século XII, e</p><p>depois dos portugueses, no dealbar do século XVI.</p><p>2 História Colonial</p><p>2.1 A chegada dos portugueses a Moçam-</p><p>bique e o declínio do Império dosMwe-</p><p>nemutapas</p><p>Gravura da Ilha de Moçambique (1598)</p><p>Quando Vasco da Gama chegou pela primeira vez a Mo-</p><p>çambique, em 1497, já existiam entrepostos comerciais</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metical</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiShona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aristocracia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Typha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manyikeni</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vilankulo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Inhambane_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Min%C3%A9rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metalurgia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1450</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiShona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mwenemutapa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Inhambane_(cidade)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mutota</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinastia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mwenemutapa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiShona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manica_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Limpopo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Deserto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Kalahari</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Butua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Venda_(%C3%81frica_do_Sul)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosca_ts%C3%A9-ts%C3%A9</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_P%C3%A9rsico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasco_da_Gama</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1497</p><p>2.3 Os Prazos 3</p><p>árabes e uma grande parte da população tinha aderido ao</p><p>Islão.</p><p>Os mercadores portugueses, apoiados por exércitos pri-</p><p>vados, foram-se infiltrando no império dos Mwenemuta-</p><p>pas, umas vezes firmando acordos, noutras forçando-os.</p><p>Em 1530 foi fundada a povoação portuguesa de Sena, em</p><p>1537, de Tete, no rio Zambeze, e em 1544 de Quelimane,</p><p>na costa do Oceano Índico, assenhorando-se da rota entre</p><p>as minas e o oceano. Em 1607 obtiveram do rei a conces-</p><p>são de todas as minas de ouro do seu território. Em 1627,</p><p>o Mwenemutapa Capranzina, hostil aos portugueses, foi</p><p>deposto e substituído pelo seu tio Mavura; os portugueses</p><p>baptizaram-no e este declarou-se vassalo de Portugal.</p><p>Os Mwenemutapas reinaram até finais do século XVII,</p><p>altura em que foram substituídos pela dinastia dos</p><p>Changamira Dombos, outro grupo Shona que dominava</p><p>o reino Butua, contribuindo assim para a extensão terri-</p><p>torial do império. As relações dos Changamiras com os</p><p>portugueses tiveram altos e baixos mas, em 1693, houve</p><p>um levantamento armado em que os soldados portugue-</p><p>ses que residiam na capital foram escorraçados, várias</p><p>igrejas destruídas e os portugueses impedidos, durante</p><p>algum tempo, de ter acesso ao ouro e ao comércio com</p><p>os reinos indígenas.</p><p>Por essa altura, no entanto, os portugueses controlavam</p><p>o vale do Zambeze e começaram a interessar-se mais</p><p>pelo marfim, empreendimento que levavam a cabo por</p><p>acordo com os estados Marave (ver abaixo). O impé-</p><p>rio dos Mwenemutapa, embora com menos poder econó-</p><p>mico, manteve-se até meados do século XIX, altura em</p><p>que foi desmembrado pelos Estados Militares que se for-</p><p>maram como resistência dos prazeiros à administração</p><p>portuguesa.</p><p>Finalmente, a administração colonial portuguesa e britâ-</p><p>nica em África terminou com o poder político dos chefes</p><p>então existentes.</p><p>2.2 O Império Marave</p><p>Os maraves saíram de Sul do Congo, onde habitavam e</p><p>fixaram-se ao norte do actual Malawi, entre 1200 á 1400</p><p>DC, sob o comando do chefe Karoga, tendo feito a sua</p><p>segunda migração para Marávia, nas cordilheiras de Dza-</p><p>ramanha, onde se dividiram em dois clãs: os Phiris e os</p><p>Bandas.</p><p>Os estados Marave foram um conjunto de pequenos</p><p>reinos formados na margem norte do rio Zambeze e</p><p>que se tornaram importantes na história da penetração</p><p>portuguesa nesta região.</p><p>A origem do nome é desconhecida, mas aparece em tex-</p><p>tos antigos (séculos XVII e XVIII) e ainda hoje está asso-</p><p>ciada ao de um distrito da província de Tete, a Marávia.</p><p>O nome foi utilizado com referência à fixação nesta re-</p><p>gião, entre 1200 e 1400, de um povo, cujo clã dominante,</p><p>denominado Phiri, se tornou, por alianças com as linha-</p><p>gens dominantes locais, o clã dominante. Mais recente-</p><p>mente, o escritor António Rita Ferreira utilizou esta de-</p><p>signação para o conjunto de tribos ali existente.</p><p>Uma característica importante é que todos os povos da</p><p>região, embora apresentem hoje uma grande diversidade</p><p>de línguas (do grupo de Bantu sul-central, das famílias</p><p>ciNyanja, ciYao e eMakuwa) tem como forma de organi-</p><p>zação da sociedade a matrilineariedade, ou seja, a trans-</p><p>missão dos poderes “mágicos” e da propriedade - do pró-</p><p>prio “poder” - é feita por casamento com a mulher da</p><p>linhagem que o detém.</p><p>Os Phiri terão utilizado esse poder para expandir a sua</p><p>dominação e, mais tarde, os prazeiros portugueses fize-</p><p>ram o mesmo.</p><p>2.3 Os Prazos</p><p>Ver artigo principal: Prazos da Coroa</p><p>Por volta de 1600, Portugal começou a enviar para Mo-</p><p>çambique colonos, muitos de origem indiana, que que-</p><p>riam fixar-se naquele território. Esses colonos, muitas</p><p>vezes casavam com as filhas de chefes locais e estabe-</p><p>leciam linhagens que, entre o comércio e a agricultura,</p><p>podiam tornar-se poderosas.</p><p>Em meados do século XVII, o governo português decide</p><p>que as terras ocupadas por portugueses</p><p>em Moçambique</p><p>pertenciam à coroa e estes passavam a ter o dever de</p><p>arrendá-las a prazos que eram definidos por 3 gerações e</p><p>transmitidos por via feminina. Esta tentativa de assegu-</p><p>rar a soberania na colónia recente, não foi muito exitosa</p><p>porque, de facto, os “muzungos” e as “donas” já tinham</p><p>bastante poder, mesmo militar, com os seus exércitos de</p><p>“xicundas”, e muitas vezes se opunham à administração</p><p>colonial, que era obrigada a responder igualmente pela</p><p>força das armas.</p><p>Não só estes senhores feudais não pagavam renda ao Es-</p><p>tado português, como organizaram um sistema de cobrar</p><p>o “mussoco” (um imposto individual em espécie, devido</p><p>por todos os homens válidos, maiores de 16 anos) aos</p><p>camponeses que cultivavam nas suas terras. Além disso,</p><p>mineravam ouro, marfim e escravos, que comerciavam</p><p>em troca de panos e missangas que recebiam da Índia e</p><p>de Lisboa. Até 1850, Cuba foi o principal destino dos</p><p>escravos provenientes da Zambézia.</p><p>Em 1870, era apenas em Quelimane (sem conseguir pe-</p><p>netrar no “Estado da Maganja da Costa") onde Portu-</p><p>gal exercia alguma autoridade, cobrando o “mussoco”,</p><p>instituído e cobrado pelos prazeiros. Isto, apesar de,</p><p>em 1854, o governo português ter “extinguido” os Pra-</p><p>zos (pela segunda vez, a primeira tinha sido em 1832).</p><p>Outros decretos do mesmo ano extinguiam a escrava-</p><p>tura (oficialmente, uma vez que os “libertos” eram le-</p><p>vados à força para as ilhas francesas do Oceano Índico</p><p>(Maurícia ou “ilha de França” e Reunião ou “ilha Bour-</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1530</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1537</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tete_(cidade)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1544</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Quelimane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1607</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1627</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Capranzina</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mavura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vassalo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Changamira_Dombo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Shona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Butua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marfim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tete_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%A1via_Angonia(distrito)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Phiri</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Rita_Ferreira</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_Bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/CiNyanja</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/CiYao</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/EMakua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Matrilinear</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Prazos_da_Coroa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Prazos_da_Coroa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Renda</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Militar</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marfim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%AAxtil</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Missanga</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cuba</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zamb%C3%A9zia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Quelimane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maganja_da_Costa_(distrito)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maur%C3%ADcia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Reuni%C3%A3o_(ilha)</p><p>4 2 HISTÓRIA COLONIAL</p><p>bon”, com o estatuto de “contratados”) e o imposto indi-</p><p>vidual, substituindo-o pelo imposto de palhota, uma es-</p><p>pécie de contribuição predial.</p><p>Na margem direita do rio Zambeze e na margem es-</p><p>querda da actual província de Tete, os prazos começaram</p><p>a ser atacados, em 1830, pelos nguni que fugiam durante</p><p>o mfecane mas, aparentemente, os prazos da Zambézia</p><p>escaparam a essa sorte. Mas, apesar de “ressuscitados”</p><p>por António Enes, o grande ideólogo do colonialismo</p><p>pós-escravatura, não resistiram ao capital das grandes</p><p>companhias. Depois de serem engolidos por estas, vi-</p><p>ram a administração colonial organizar-se finalmente - já</p><p>na segunda metade do século XIX - e utilizar a sua estru-</p><p>tura feudal, depois de transformados os “xicundas” em</p><p>sipaios, para submeterem os povos da região.</p><p>Por volta de 1870, começaram a estabelecer-se em Que-</p><p>limane várias companhias europeias, já não interessadas</p><p>em escravos, nem em marfim, mas sim em oleaginosas</p><p>- amendoim, gergelim e copra - muito procuradas nas</p><p>indústrias recém-criadas de óleo alimentar, sabões e ou-</p><p>tras. No princípio, comercializando com os prazeiros,</p><p>induziram-nos a forçarem os seus camponeses a culti-</p><p>var estes produtos. Exemplos dessas companhias são a</p><p>“Fabre & Filhos” e a “Régie Ainé", ambas com sede em</p><p>Marselha, a “Oost Afrikaansch Handelshuis”, holandesa,</p><p>e a “Companhia Africana de Lisboa”. A “Oost” chegou a</p><p>abrir em Sena uma sucursal para incentivar nessa região</p><p>a produção de amendoim.</p><p>Mas a agricultura familiar não produzia as quantida-</p><p>des desejadas, era necessário organizar plantações. É</p><p>nessa altura que o governador da “província ultramarina”,</p><p>Augusto de Castilho, cuja administração estava desejosa</p><p>de ter uma base tributária para manter a ocupação do ter-</p><p>ritório, emite em 1886 uma “portaria provincial” regu-</p><p>lando a cobrança do “mussoco” nos Prazos (que tinham</p><p>sido “extintos” pela terceira vez seis anos antes), que</p><p>incluía a obrigatoriedade dos homens válidos pagarem</p><p>aquele imposto, se não em produtos, então em trabalho; é</p><p>dessa forma que começam a organizar-se as grandes plan-</p><p>tações de coqueiros e, mais tarde, de sisal e cana sacarina.</p><p>Em 1890, o futuro “Comissário Régio” António Enes de-</p><p>creta, numa revisão do Código de Trabalho Rural de 1875</p><p>(que estabelecia apenas a obrigação "moral" dos colonos</p><p>[leia-se camponeses indígenas] de produzirem bens para</p><p>comercialização), que o camponês já não tem a opção de</p><p>pagar o “mussoco” em géneros: "…O arrendatário [dos</p><p>Prazos] fica obrigado a cobrar dos colonos em trabalho</p><p>rural, pelo menos metade da capitação de 800 réis, pa-</p><p>gando esse trabalho aos adultos na razão de 400 réis por</p><p>semana e aos menores na de 200 réis.”</p><p>Esse decreto impunha ainda aos prazeiros a ocupação</p><p>efectiva das terras arrendadas e o pagamento à autori-</p><p>dade colonial da respectiva renda. Mas os prazeiros não</p><p>tinham conseguido converter a sua actividade de simples</p><p>fornecedores de escravos ou de pequenas quantidades de</p><p>produtos na de organização das plantações, não só por</p><p>falta de preparação (ou de vocação), mas também por</p><p>falta de capital. O resultado foi terem sido obrigados a</p><p>subarrendar ou vender os seus prazos, terminando assim</p><p>a fase feudal desta porção de Moçambique.</p><p>2.4 Os Estados Ajaua</p><p>No rico planalto do Niassa, fixaram-se os bantu ajaua</p><p>(ou yao e também pronunciado jauá), agricultores e</p><p>caçadores, mas também comerciantes que, no século</p><p>XVIII, já islamizados, muito contribuíram para o tráfico</p><p>de escravos. No século XIX, esta população expandiu-</p><p>se para oeste (incluindo o Malawi) e organizou estados</p><p>poderosos no planalto, entre os quais, o Mataca, o Mu-</p><p>tarica, o Mukanjila e o Jalassi. Estes estados só foram</p><p>dominados pelos portugueses através da Companhia do</p><p>Niassa.</p><p>2.5 O Império de Gaza</p><p>Ver artigo principal: Império de Gaza</p><p>O Estado de Gaza foi fundado por Sochangane (tam-</p><p>Gungunhana, o último imperador de Gaza.</p><p>bém conhecido por Manicusse, 1821-1858) como resul-</p><p>tado do Mfecane, um grande conflito despoletado entre</p><p>os Zulu por consequência do assassinato de Chaca (ou</p><p>Shaka) em 1828, que culminou com a invasão de grandes</p><p>áreas da África Austral por exércitos Nguni. O Império</p><p>de Gaza, no seu apogeu, abrangia toda a área costeira en-</p><p>tre os rios Zambeze e Maputo e tinha a sua capital em</p><p>Manjacaze,</p><p>na actual província moçambicana de Gaza.</p><p>O rei de Gaza dominou os reis Tonga (possivelmente</p><p>o mesmo que Tsonga, da língua chiTsonga, a língua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_de_palhota</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Contribui%C3%A7%C3%A3o_predial</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tete_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Nguni</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mfecane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Enes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Colonialismo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sipaio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oleaginosa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Amendoim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gergelim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Copra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93leo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sab%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marselha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sena_(Mo%C3%A7ambique)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sucursal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_de_Castilho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sisal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cana_sacarina</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1890</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Moral</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Feudal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Planalto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ajaua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultor</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ca%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Comerciante</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_de_escravos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_de_escravos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Popula%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oeste</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Malawi</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_do_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_do_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_de_Gaza</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sochangane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manicusse</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mfecane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zulu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Chaca</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Shaka</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_Austral</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Nguni</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zambeze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Maputo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manjacaze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaza_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ChiTsonga</p><p>2.8 A Administração Colonial Portuguesa 5</p><p>actualmente dominante na região sul de Moçambique)</p><p>através dos membros da sua linhagem, os Nguni, co-</p><p>merciando marfim, que recebia como tributo, com os</p><p>portugueses, estabelecidos na costa (principalmente em</p><p>Lourenço Marques e Inhambane).</p><p>Aparentemente, Sochangane não fazia comércio de</p><p>escravos - os seus guerreiros eram principalmente da sua</p><p>linhagem -, nem devolvia aos portugueses os escravos que</p><p>fugiam para a sua guarda.</p><p>Com a sua morte, sucedeu-lhe o seu filho Mawewe que</p><p>decidiu, em 1859, atacar os seus irmãos para ganhar mais</p><p>poder. Apenas um irmão, Mzila (ou Muzila) conseguiu</p><p>fugir para o Transvaal, onde organizou um exército para</p><p>atacar o seu irmão. A guerra durou até 1864 e, entretanto,</p><p>a capital do reino mudou-se do vale do rio Limpopo para</p><p>Mossurize, a norte do rio Save, na actual província mo-</p><p>çambicana de Manica.</p><p>Foi em Mossurize que, em 1884, ascendeu ao trono</p><p>Nguni, Gungunhana, filho de Muzila. Gungunhana re-</p><p>gressa a Manjacaze em 1889, aparentemente pressionado</p><p>pelos exploradores de ouro de Manica e falta de apoios</p><p>locais. Em Gaza, Gungunhana prosseguiu a política de</p><p>seu pai de assimilação dos reinos locais, os “Tonga” e de</p><p>resistência à dominação portuguesa, mas essa resistência</p><p>não durou mais de seis anos. Gungunhana foi preso e</p><p>Gaza finalmente submetida à administração colonial.</p><p>2.6 Os Estados Islâmicos da Costa</p><p>A partir do século X, os mercadores árabes que demanda-</p><p>vam as costas de "Sofala" foram difundindo o islão entre</p><p>as populações costeiras, mas foi apenas após a instala-</p><p>ção em Zanzibar dum xeicado dependente do sultanato</p><p>de Oman, no século XVII, que começaram a organizar-</p><p>se pequenos estados de organização islâmica.</p><p>Na província de Nampula, no norte de Moçambique,</p><p>formaram-se o “Xeicado de Quitangonha”, “Reino</p><p>de Sancul”, “Xeicado de Sangage” e “Sultanato de</p><p>Angoche".</p><p>2.7 As Companhias Majestáticas</p><p>Em 1878, Portugal decide fazer a concessão de grandes</p><p>parcelas do território de Moçambique a companhias pri-</p><p>vadas que passaram a explorar a colónia, as companhias</p><p>majestáticas, assim chamadas, porque tinham direitos</p><p>quase soberanos sobre essas parcelas de território e seus</p><p>habitantes. As principais foram a Companhia do Niassa</p><p>e a Companhia de Moçambique.</p><p>Como Portugal tinha sido obrigado a ilegalizar o</p><p>comércio de escravos em 1842, apesar de fechar os olhos</p><p>ao comércio clandestino, e não tinha condições para ad-</p><p>ministrar todo o território, deu a estas companhias pode-</p><p>res para instituir e cobrar impostos. Foi nessa altura que</p><p>foi introduzido o “imposto de palhota”, ou seja, a obriga-</p><p>toriedade de cada família pagar um imposto em dinheiro;</p><p>como a população nativa não estava habituada às trocas</p><p>por dinheiro (para além de produzir para a própria so-</p><p>brevivência), eram obrigados a trabalhar sob prisão - o</p><p>trabalho forçado, chamado em Moçambique “chibalo";</p><p>mais tarde, as famílias nativas foram obrigadas a cultivar</p><p>produtos de rendimento, como algodão ou tabaco, que</p><p>eram comercializados por aquelas companhias.</p><p>2.8 A Administração Colonial Portuguesa</p><p>Brasão da anterior província ultramarina de Moçambique.</p><p>Até finais do século XIX, a presença oficial portuguesa</p><p>emMoçambique limitava-se a umas poucas capitanias ao</p><p>longo da costa. Portugal, bem estabelecido em Goa, de</p><p>onde vinham directamente as ordens relativas a Moçam-</p><p>bique, contava que os comerciantes que se iam estabe-</p><p>lecendo no interior do território formassem o substrato</p><p>para uma administração efectiva. Naquela época, o fun-</p><p>damental era o controlo do comércio, primeiro do ouro,</p><p>nos séculos XVI e XVII, depois domarfim e dos escravos.</p><p>No entanto, a administração colonial náo conseguia se-</p><p>quer cobrar os impostos relativos a esse comércio.</p><p>Entretanto, em 1686, o Vice-Rei português baptizava, em</p><p>Diu, a “Companhia dos Mazanes”, formada por ricos co-</p><p>merciantes indianos, à qual eram dados privilégios no co-</p><p>mércio entre aquele território e Moçambique. Ao abrigo</p><p>desta companhia, começaram a fixar-se emMoçambique</p><p>dezenas de comerciantes indianos, suas famílias e em-</p><p>pregados. Apesar das boas relações entre os indianos e</p><p>os governantes coloniais, a situação financeira da colónia</p><p>não melhorou.</p><p>Em 1752, em face da decadência da Ilha deMoçambique,</p><p>o governo doMarquês de Pombal decidiu retirar a colónia</p><p>africana da dependência do Vice-Rei do Estado da Índia</p><p>e nomear um governador-geral, que passou a habitar o</p><p>Palácio dos Capitães-Generais, confiscado aos jesuítas.</p><p>Só depois da visita do “Emissário Régio”, António Enes,</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marfim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Louren%C3%A7o_Marques</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Inhambane_(cidade)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravatura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mawewe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mzila</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Muzila</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Transvaal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Limpopo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mossurize</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Save</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manica_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1884</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gungunhana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1889</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_resist%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_X</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercador</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofala</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zanzibar</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oman</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Nampula_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Angoche</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1878</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_majest%C3%A1tica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_majest%C3%A1tica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_do_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1842</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_for%C3%A7ado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Algod%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabaco</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Goa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Comerciante</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marfim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1686</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vice-Rei</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Diu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1752</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_Jos%C3%A9_de_Carvalho_e_Melo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Portugu%C3%AAs_da_%C3%8Dndia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_governadores_de_Angola</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_dos_Capit%C3%A3es-Generais_(ilha_de_Mo%C3%A7ambique)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesu%C3%ADta</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Enes</p><p>6 2 HISTÓRIA COLONIAL</p><p>em 1895 e dos acordos com o Transvaal para a edifica-</p><p>ção da linha férrea, decidiu o governo colonial mudar a</p><p>capital da “província” para Lourenço Marques e, com a</p><p>debandada das companhias majestáticas, organizar uma</p><p>administração efectiva de Moçambique. Essa adminis-</p><p>tração, que foi encetada no então distrito de Lourenço</p><p>Marques (que incluía as actuais províncias de Maputo e</p><p>Gaza), tinha a forma de “circunscrições indígenas”, cujos</p><p>administradores tinham igualmente as funções de juízes.</p><p>Eram coadjuvados pelos régulos, nas “regedorias” em</p><p>que as circunscrições se dividiam, que eram membros da</p><p>aristocracia africana (portanto, aceites pelas populações)</p><p>que aceitavam colaborar com o governo colonial; as suas</p><p>principais funções eram cobrar o “imposto de palhota” e</p><p>organizar a mão-de-obra para as minas do Rand e para as</p><p>necessidades da administração.</p><p>Com a abolição da escravatura por decreto régio, em</p><p>1875, e o seu declínio real, uns dez anos depois, o go-</p><p>verno colonial viu-se obrigado a transformar Moçambi-</p><p>que de uma colónia para extracção de recursos naturais,</p><p>num território que devia produzir bens para seu consumo</p><p>e para exportação para a “metrópole”. Essa foi a motiva-</p><p>ção principal para o estabelecimento duma administração</p><p>efectiva, embora também pesassem as pressões interna-</p><p>cionais decorrentes da Conferência de Berlim e das pre-</p><p>tensões territoriais dos britânicos e holandeses.</p><p>2.9 A Ocupação Militar de Nampula</p><p>Os estados islâmicos da costa (Xeicado de Quitangonha,</p><p>Reino de Sancul, Xeicado de Sangage e Sultanato de An-</p><p>goche), em aliança com os pequenos reinos macuas do</p><p>interior conseguiram, até ao fim do século XIX, resistir</p><p>à dominação portuguesa. Com uma técnica que, já na-</p><p>quela época, era considerada de guerrilha (Teixeira Bo-</p><p>telho. 1936. História Militar e Política dos Portugueses</p><p>em Moçambique. 1º vol. Centro Tipográfico Colonial,</p><p>Lisboa, citado em UEM, 1982).</p><p>Depois de muitas tentativas, em 1905, os portugueses en-</p><p>cetaram uma nova tática, enviando grandes colunas mi-</p><p>litares a partir da Ilha de Moçambique e Mossuril, que</p><p>avançavam ao longo dos rios, submetendo os chefes ma-</p><p>cuas. Nos locais onde conseguiam a colaboração des-</p><p>tes, organizaram “Circunscrições” com uma administra-</p><p>ção incipiente, mas efectiva; onde não o conseguissem,</p><p>instalavam “Capitanias-Mores” de base militar. Dessa</p><p>forma, conseguiram dividir o território e as suas popu-</p><p>lações, incentivando as rivalidades entre si e com os es-</p><p>tados islâmicos, que acabaram por entrar em declínio e</p><p>foram finalmente subjugados à administração colonial.</p><p>2.10 A resistência à ocupação colonial no</p><p>sul de Moçambique</p><p>Em 1885 (ano da Conferência de Berlim - da partilha de</p><p>África), a autoridade colonial portuguesa no sul de Mo-</p><p>çambique confinava-se a Lourenço Marques mas, com o</p><p>início da exploração das minas de ouro do Transvaal, no</p><p>ano seguinte, e o consequente aumento do tráfego naquele</p><p>porto, os portugueses decidiram finalmente organizar o</p><p>controlo das populações desta região. Estas constituíam</p><p>um mercado, não só para os produtos exportados de Por-</p><p>tugal (em particular as bebidas alcoólicas), mas também</p><p>de mão-de-obra para as minas sul-africanas, dificultando</p><p>a sua mobilização para a construção do caminho-de-ferro</p><p>que ligaria o Transvaal ao porto de Lourenço Marques.</p><p>No ano seguinte, foi nomeado um Comissário-Residente</p><p>para Gaza, que foi “promovido” a Intendente Geral em</p><p>1889, com a transferência de Gungunhana de Mossurize</p><p>para Manjacaze; em 1888, foi estabelecido um posto mi-</p><p>litar perto de Marracuene e, em 1890, foi nomeado um</p><p>Comissário-Residente para Lourenço Marques. Entre-</p><p>tanto, em 1888, as autoridades coloniais reavivaram os</p><p>“Termos de Vassalagem" com os reinos da região.</p><p>Mas estas medidas não foram suficientes, nem para co-</p><p>brar o “imposto de palhota” (contribuição por família,</p><p>expresso nos “Termos de Vassalagem”, fixado naquela</p><p>altura em 340 réis), nem para assegurar o recrutamento</p><p>de mão-de-obra, uma vez que o trabalho nas minas sul-</p><p>africanas rendia seis vezes mais do que os concessionários</p><p>do caminho-de-ferro pagavam. Em 1892, o governo de</p><p>Lisboa enviou a Moçambique António Enes como Co-</p><p>missário Régio, para avaliar as condições económicas da</p><p>Província e, no mesmo ano, os portugueses conseguiram</p><p>realizar uma cobrança maciça do imposto, ameaçando os</p><p>indígenas de verem as suas palhotas queimadas, se não</p><p>pagassem.</p><p>Em 1891, Gungunhana assinou com Cecil Rhodes um</p><p>acordo relativo a direitos sobre a exploração de miné-</p><p>rio nas suas terras, a favor da Companhia Britânica Sul-</p><p>Africana, a troco dum pagamento anual de cerca de</p><p>500 libras. Tornava-se claro para os portugueses que só</p><p>uma acção militar poderia forçar o estabelecimento da</p><p>autoridade colonial na região. Esta acção, conhecida na</p><p>altura como "Campanha de Pacificação", foi despoletada</p><p>pela recusa de Mahazula Magaia, um chefe tradicional da</p><p>região de Marracuene, em aceitar a decisão do Comis-</p><p>sário Residente sobre uma disputa de terras. A questão</p><p>chegou a vias de facto, quando a guarnição militar portu-</p><p>guesa foi forçada a fugir para Lourenço Marques, perse-</p><p>guida pelos exércitos deMagaia, Zihlahla eMoamba, que</p><p>cercaram a cidade entre Outubro e Novembro de 1894.</p><p>António Enes organizou as suas tropas e, no dia 2 de Fe-</p><p>vereiro de 1895, perseguiu e derrotou (embora com di-</p><p>ficuldade e pesadas baixas) os atacantes em Marracuene.</p><p>Este dia continua a ser celebrado naquela vila com uma</p><p>cerimónia chamada "Gwaza Muthine". Os chefes rebel-</p><p>des refugiaram-se em Gaza, sob a protecção de Gungu-</p><p>nhana. Depois de várias tentativas de negociações com</p><p>o rei de Gaza, pedindo a extradição daqueles chefes, os</p><p>portugueses resolveram atacar de novo. A 8 de Setem-</p><p>bro, travou-se a batalha de Magul, onde se encontrava</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1895</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Transvaal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_f%C3%A9rrea</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_majest%C3%A1tica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Louren%C3%A7o_Marques</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Louren%C3%A7o_Marques</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maputo_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaza_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Juiz</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aristocracia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o-de-obra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_(minera%C3%A7%C3%A3o)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rand</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aboli%C3%A7%C3%A3o_da_escravatura</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_naturais</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Berlim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_baixos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Macua</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerrilha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1tica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mossuril</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Militar</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1885</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Berlim</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Louren%C3%A7o_Marques</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Transvaal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fego_mar%C3%ADtimo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bebida_alco%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o-de-obra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_(minera%C3%A7%C3%A3o)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Caminho-de-ferro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaza_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1889</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gungunhana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mossurize</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Manjacaze</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marracuene</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Vassalagem</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Enes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%ADgena</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cecil_Rhodes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_Brit%C3%A2nica_da_%C3%81frica_do_Sul</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_Brit%C3%A2nica_da_%C3%81frica_do_Sul</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Militar</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoridade</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Campanhas_de_Conquista_e_Pacifica%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1894</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/2_de_Fevereiro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/2_de_Fevereiro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1895</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Marracuene</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_de_Gaza</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Extradi%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/8_de_Setembro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/8_de_Setembro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Magul</p><p>2.13 O Estado Novo 7</p><p>Zihlahla e, a 7 de Novembro, uma outra coluna proveni-</p><p>ente de Inhambane defrontou-se com o exército de Gun-</p><p>gunhana emCoolela, perto da sua capital. EmDezembro,</p><p>Mouzinho de Albuquerque cercou Chaimite e prendeu o</p><p>imperador, que ali se tinha refugiado, mandando-o de-</p><p>pois para os Açores, onde veio a morrer.</p><p>O exército de Gungunhana continuou a resistir à autori-</p><p>dade colonial, sob a liderança de Maguiguane Cossa, que</p><p>só foi derrotado a 21 de Julho de 1897, em Macontene (a</p><p>10 km do Chibuto). Com esta vitória, a autoridade colo-</p><p>nial foi finalmente estabelecida no sul de Moçambique.</p><p>2.11 Companhia doNiassa e a ocupação de</p><p>Cabo Delgado e Niassa</p><p>A Companhia do Niassa foi formada por alvará régio de</p><p>1890, com poderes para administrar as actuais províncias</p><p>de Cabo Delgado e Niassa, desde o rio Rovuma ao rio</p><p>Lúrio e do Oceano Índico ao Lago Niassa, numa exten-</p><p>são de mais de 160 mil km². Com o apoio dum pequeno</p><p>exército fornecido pela administração colonial, formado</p><p>por 300 “soldados regulares” (leia-se portugueses) e 2800</p><p>“sipaios” (indígenas recrutados noutras regiões de Mo-</p><p>çambique), a Companhia tentou ocupar militarmente o</p><p>território a partir de 1899. Teve imediato êxito na con-</p><p>quista das terras do Chefe Mataca (ver Os Estados Ajaua,</p><p>acima), que tinha abandonado a sua sede, e assegurar</p><p>uma posição militar em Metarica, no Niassa. Em 1900</p><p>e 1902, tomou Messumba e Metangula, nas margens do</p><p>Lago Niassa.</p><p>Durante a Primeira GuerraMundial, o território da Com-</p><p>panhia foi palco de várias operações de resistência por</p><p>parte dos chefes locais e invadido pelos alemães (ver</p><p>Triângulo de Quionga). Para resistir a essa invasão, foi</p><p>aberta uma estrada de mais de 300 km, entre Mocím-</p><p>boa do Rovuma e Porto Amélia (actual Pemba), o que</p><p>significou a ocupação efectiva do planalto de Mueda; no</p><p>entanto, só em 1920 a Companhia conseguiu assegurar</p><p>essa ocupação, depois de várias operações militares con-</p><p>tra osmacondes, fortemente armados. Como se verámais</p><p>tarde, esta tribo foi um dos primeiros e principais supor-</p><p>tes da Luta Armada de Libertação Nacional.</p><p>Em 1929 extingue-se a Companhia do Niassa, passando</p><p>o território para a administração directa do governo colo-</p><p>nial. No entanto, as estruturas administrativas, na forma</p><p>de circunscrições e regulados, asseguradas por agentes do</p><p>Estado, já tinham sido implantadas em grande parte do</p><p>território.</p><p>2.12 Política colonial entre 1900 e 1930</p><p>Com a derrota militar dos chefes locais, o governo da</p><p>Província pode finalmente organizar a administração do</p><p>território, com a instituição do Regulado. O governo re-</p><p>crutava membros da aristocracia indígena como Régulos,</p><p>encarregados da colecta do imposto-de-palhota, do recru-</p><p>tamento de trabalhadores para a administração e da proi-</p><p>bição da venda de quaisquer bebidas alcoólicas que não</p><p>fossem provenientes da Metrópole.</p><p>Para além disso e, na impossibilidade de impedir a</p><p>migração de trabalhadores para as minas sul-africanas,</p><p>firmou um acordo, primeiro com a República Sul-</p><p>Africana e, quando esta foi submetida pelos britânicos,</p><p>com a respectiva autoridade, regulamentando o trabalho</p><p>migratório e assegurando o tráfico através do porto de</p><p>Lourenço Marques. No primeiro acordo, o governo da</p><p>Província recebia uma taxa por cada trabalhador recru-</p><p>tado; mais tarde, o acordo incluía a retenção de metade</p><p>do salário dos mineiros, que era pago à colónia em ouro,</p><p>sendo omontante respectivo entregue aos mineiros no seu</p><p>regresso, em moeda local.</p><p>2.13 O Estado Novo</p><p>Proposta (não oficial) de bandeira para Moçambique enquanto</p><p>colónia.</p><p>Ver artigo principal: Estado Novo (Portugal)</p><p>Com a "eleição" de Óscar Carmona, em 1928, que cha-</p><p>mou Salazar para seu ministro das finanças, a adminis-</p><p>tração das colónias como fonte de matérias primas para</p><p>a indústria da “metrópole” tornou-se mais eficiente. Em</p><p>1930 foi publicado o Acto Colonial, legislação que orga-</p><p>nizava o papel do Estado nas colónias portuguesas:</p><p>• a nomeação de administradores para as circunscri-</p><p>ções “indígenas”, que passaram a organizar os seus</p><p>pequenos exércitos de sipaios;</p><p>• os recenseamentos que determinavam a cobrança de</p><p>impostos e a “venda” de mão-de-obra para as minas</p><p>sul-africanas;</p><p>• a criação de “Tribunais Privativos dos Indígenas";</p><p>• a definição da Igreja Católica como principal força</p><p>“civilizadora” dos indígenas, passando a ser a prin-</p><p>cipal forma de educação.</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zihlahla</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/7_de_Novembro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Coolela</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_da_Silva_Mouzinho_de_Albuquerque</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Chaimite</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7ores</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maguiguane_Cossa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/21_de_Julho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1897</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Combate_de_Macontene</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_do_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1890</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_Delgado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Niassa_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Rovuma</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_L%C3%BArio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_L%C3%BArio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_Niassa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex%C3%A9rcito</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%ADgena</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metangula</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tri%C3%A2ngulo_de_Quionga</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Planalto_de_Mueda</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Macondes</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_Armada_de_Liberta%C3%A7%C3%A3o_Nacional</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1929</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aristocracia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gulo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bebida_alco%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Metr%C3%B3pole</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%A3o_humana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Sul-Africana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Sul-Africana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sal%C3%A1rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Novo_(Portugal)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93scar_Carmona</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1928</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_de_Oliveira_Salazar</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria_prima</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1930</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Acto_Colonial</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sipaio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%ADgena</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o</p><p>8 3 HISTÓRIA PÓS-INDEPENDÊNCIA</p><p>Depois, com a nova constituição portuguesa em 1933,</p><p>Salazar e os seus braços nas colónias transportaram para</p><p>África (e Índia) a repressão mais brutal sobre os indíge-</p><p>nas, ao mesmo tempo em que incentivavam os seus cida-</p><p>dãos mais pobres a emigrarem para essas terras.</p><p>Na década de 1950, o governo colonial lançou os Planos</p><p>de Fomento para as colónias, incluindo o financiamento</p><p>à construção de infraestruturas (principalmente as que</p><p>estavam relacionadas com o comércio regional, como</p><p>os portos e caminhos de ferro) e à fixação de colonos.</p><p>O I Plano de Fomento, relativo aos anos 1953-1958,</p><p>previa um investimento em Moçambique de 1.848.500</p><p>contos, com 63% destinados às infraestrutura e 34% ao</p><p>“aproveitamento de recursos e povoamento". Ao abrigo</p><p>deste investimento, em 1960 já tinham sido instaladas no</p><p>colonato do Limpopo 1400 famílias.</p><p>Apenas na década de 1960 se deu início a alguma</p><p>industrialização.</p><p>2.14 A Guerra de Libertação</p><p>Ver artigo principal: Luta Armada de Libertação</p><p>Nacional</p><p>Para além das várias acções de resistência ao domí-</p><p>nio colonial, a última das quais culminou com a pri-</p><p>são e deportação do imperador Gungunhana, a fase fi-</p><p>nal da luta de libertação de Moçambique começou com a</p><p>independência das colónias francesas e inglesas de África.</p><p>Em 1959-1960, formaram-se três movimentos formais</p><p>de resistência à dominação portuguesa de Moçambique:</p><p>• UDENAMO - União Democrática Nacional de Mo-</p><p>çambique;</p><p>• MANU - Mozambique African National Union (à</p><p>maneira da KANU do Quénia); e</p><p>• UNAMI - União Nacional Africana para Moçambi-</p><p>que Independente.</p><p>Estes três movimentos tinham sede em países diferentes</p><p>e uma base social e étnica também diferentes mas, em</p><p>1962, sob os auspícios de Julius Nyerere, primeiro pre-</p><p>sidente da Tanzânia, estes movimentos uniram-se para</p><p>darem origem à FRELIMO - Frente de Libertação de</p><p>Moçambique - oficialmente fundada em 25 de Junho de</p><p>1962.</p><p>O primeiro presidente da FRELIMO foi o Dr. Eduardo</p><p>Chivambo Mondlane, um antropólogo que trabalhava na</p><p>ONU e que já tinha tido contactos com um governante</p><p>português, Adriano Moreira. Nesta altura, ainda se pen-</p><p>sava que seria possível conseguir a independência das co-</p><p>lónias portuguesas sem recorrer à luta armada.</p><p>No entanto, os contactos diplomáticos estabelecidos não</p><p>resultaram e a FRELIMO decidiu entrar pela via da</p><p>guerra de guerrilha para tentar forçar o governo portu-</p><p>guês a aceitar a independência das suas colónias. A Luta</p><p>Armada de Libertação Nacional foi lançada oficialmente</p><p>em 25 de Setembro de 1964, com um ataque ao posto ad-</p><p>ministrativo de Chai no atual distrito de Macomia, pro-</p><p>víncia de Cabo Delgado.</p><p>A guerra de libertação, uma luta de guerrilha, expandiu-</p><p>se para as províncias de Niassa e Tete e durou cerca de</p><p>10 anos. Durante esse período, foram organizadas várias</p><p>áreas onde a administração colonial já não tinha controlo</p><p>- as Zonas Libertadas - e onde a FRELIMO instituiu um</p><p>sistema de governo baseado na sua necessidade em ter</p><p>bases seguras, abastecimento em víveres e vias de comu-</p><p>nicação com as suas bases recuadas na Tanzânia e com as</p><p>frentes de combate.</p><p>Finalmente, a guerra terminou com os Acordos de Lu-</p><p>saka, assinados a 7 de Setembro de 1974 entre o governo</p><p>português e a FRELIMO, na sequência da Revolução</p><p>dos Cravos. Ao abrigo desse acordo, foi formado um</p><p>Governo de Transição, chefiado por Joaquim Chissano,</p><p>que incluía ministros nomeados pelo governo português</p><p>e outros nomeados pela FRELIMO. A soberania portu-</p><p>guesa era representada por um Alto Comissário, Vítor</p><p>Crespo.</p><p>3 História Pós-Independência</p><p>Moçambique tornou-se independente de Portugal em 25</p><p>de Junho de 1975. O primeiro governo, dirigido por</p><p>Samora Machel, foi formado pela FRELIMO, a organi-</p><p>zação política que tinha negociado a independência com</p><p>Portugal.</p><p>3.1 As nacionalizações</p><p>O mandato deste primeiro governo de Moçambique in-</p><p>dependente era o de restituir ao povo moçambicano os</p><p>direitos que lhe tinham sido negados pelas autoridades</p><p>coloniais.</p><p>Com esse fim, em 24 de Julho de 1975, o governo decla-</p><p>rou a nacionalização da Saúde, da Educação e da Justiça</p><p>e, em 1976, das casas de rendimento, ou seja, qualquer</p><p>moçambicano ou estrangeiro residente passou a ter di-</p><p>reito a ser proprietário duma casa para habitação perma-</p><p>nente e de uma de férias, mas perdeu o direito a arrendar</p><p>casas de habitação a outrem. O governo assumiu a ges-</p><p>tão das casas que estavam arrendadas nessa altura, for-</p><p>mando para isso uma empresa denominada Administra-</p><p>ção do Parque Imobiliário do Estado ou APIE.</p><p>Em relação à Saúde, o governo transferiu para as unida-</p><p>des estatais (Ministério e hospitais), o equipamento e pes-</p><p>soal dos consultórios e clínicas privadas e das empresas</p><p>de funerais. Na Educação, o estado nomeou administra-</p><p>dores para as escolas privadas, cujo pessoal passava à res-</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1933</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Emigra%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1950</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Planos_de_Fomento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Planos_de_Fomento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_(transporte)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferrovia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Infraestrutura_(engenharia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Povoamento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Colonato</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Limpopo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1960</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Industria</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_Armada_de_Liberta%C3%A7%C3%A3o_Nacional</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_Armada_de_Liberta%C3%A7%C3%A3o_Nacional</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_resist%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Deporta%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Imperador</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gungunhana</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/UDENAMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/MANU</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/KANU</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%A9nia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/UNAMI</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Julius_Nyerere</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tanz%C3%A2nia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FRELIMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_Junho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1962</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Mondlane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Mondlane</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ONU</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Adriano_Moreira</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Diplomacia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerrilha</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_Armada_de_Liberta%C3%A7%C3%A3o_Nacional</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_Armada_de_Liberta%C3%A7%C3%A3o_Nacional</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_Setembro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1964</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Posto_administrativo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Posto_administrativo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Chai</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Macomia_(distrito)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_Delgado_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Niassa_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tete_(prov%C3%ADncia)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zonas_Libertadas</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordos_de_Lusaka</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordos_de_Lusaka</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/7_de_Setembro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1974</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_dos_Cravos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_dos_Cravos</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_de_Transi%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Chissano</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ministro_(pol%C3%ADtica)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Alto_Comiss%C3%A1rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADtor_Manuel_Trigueiros_Crespo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADtor_Manuel_Trigueiros_Crespo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_Junho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_Junho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1975</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Samora_Machel</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FRELIMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(hist%C3%B3ria)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/24_de_Julho</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1975</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionaliza%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1976</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Habita%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/APIE</p><p>3.4 A Guerra Civil 9</p><p>ponsabilidade do Estado. Muitas das unidades privadas</p><p>de saúde e educação pertenciam a igrejas cristãs, princi-</p><p>palmente à Igreja Católica, e estas nacionalizações, asso-</p><p>ciadas à propaganda oficial socialista e fortemente laica,</p><p>também considerada como “anti-religiosa”, criaram um</p><p>clima de animosidade entre algumas destas igrejas e seus</p><p>crentes e o estado (ou a FRELIMO, que era de facto a</p><p>força política que comandava o estado).</p><p>Estas nacionalizações foram a causa próxima para uma</p><p>vaga de abandono do país de muitos indivíduos que eram</p><p>proprietários daqueles serviços sociais ou simplesmente</p><p>se encontravam habituados aos serviços de determina-</p><p>dos especialistas ou ao atendimento exclusivo; como es-</p><p>ses indivíduos, na maioria portugueses, eram muitas ve-</p><p>zes igualmente proprietários de fábricas, barcos de pesca</p><p>ou outros meios de produção, o governo viu-se obrigado</p><p>a assumir a gestão dessas unidades de produção. Numa</p><p>primeira fase, organizou-se, para as unidades mais pe-</p><p>quenas, um sistema de auto-gestão em que comités de</p><p>trabalhadores, normalmente organizados pelas células da</p><p>FRELIMO, também chamadas Grupos Dinamizadores,</p><p>assumiam a gestão de facto.</p><p>Mais tarde, em face da falta de capacidade de gestão e das</p><p>dificuldades económicas prevalecentes, o governo come-</p><p>çou a aglutinar pequenas empresas do mesmo ramo, pri-</p><p>meiro em Unidades de Direcção e depois em Empresas</p><p>Estatais.</p><p>3.2 As Empresas Estatais</p><p>As primeiras Empresas Estatais (EE) foram formadas</p><p>ainda dentro do mesmo espírito de que o Estado deve-</p><p>ria assegurar ao Povo os bens de primeira necessidade</p><p>“livres” da exploração mercantilista. Uma destas empre-</p><p>sas foi uma “importação” das zonas libertadas: a EE das</p><p>Lojas do Povo, uma empresa de grandes supermercados</p><p>de comércio geral.</p><p>Outras EE do ramo comercial foram a PESCOM, que</p><p>assegurava a importação e distribuição de carapau, que</p><p>era a base proteica mais facilmente disponível e, mais</p><p>tarde, da exportação do camarão e outros mariscos das</p><p>EE de pesca; a ENACOMO que era uma importadora e</p><p>exportadora de produtos principalmente agrícolas; a ME-</p><p>DIMOC, ainda hoje existente, que assegurava a importa-</p><p>ção de medicamentos e material hospitalar.</p><p>3.3 A socialização do campo</p><p>Um dos pilares da estratégia de desenvolvimento dese-</p><p>nhada pela FRELIMO nos primeiros anos a seguir à</p><p>Independência foi a socialização do campo. Com esta</p><p>política, o governo pretendia promover o aumento da pro-</p><p>dução agrícola, uma vez que mais de 80% da população</p><p>vivia nas zonas rurais, ao mesmo tempo que melhorava</p><p>as suas condições de vida.</p><p>O governo colonial tinha aproveitado as excelentes condi-</p><p>ções naturais de Moçambique, em termos de clima, solos</p><p>e água, para fomentar culturas de rendimento, como o</p><p>algodão, o caju, o chá e outras baseando-se, quer em</p><p>companhias privadas que detinham a concessão de vastas</p><p>áreas onde exerciam o monopólio da venda de insumos</p><p>e da compra dos produtos, quer de instituições estatais</p><p>(como, por exemplo, o Instituto do Algodão) que apoi-</p><p>avam os agricultores nesses serviços, mas dando priori-</p><p>dade aos colonos portugueses agregados nos colonatos.</p><p>O novo governo de Moçambique decidiu que o desenvol-</p><p>vimento agrícola deveria ter como base as cooperativas</p><p>agrícolas - às quais o governo deveria assegurar o aprovi-</p><p>sionamento em sementes e outros insumos e, ao mesmo</p><p>tempo, a compra da produção de rendimento - com os</p><p>camponeses organizados em aldeias comunais, que eram</p><p>agregados populacionais, onde o governo iria apoiar na</p><p>construção de infraestruturas sociais, como escolas, cen-</p><p>tros de saúde e rede viária, mas tendo como base o poder</p><p>económico das cooperativas e a mão de obra rural.</p><p>A organização das cooperativas e mesmo das aldeias co-</p><p>munais não foi difícil, dado o clima de euforia e de</p><p>organização que se vivia naqueles primeiros anos da</p><p>independência, mas a acção do estado em termos de</p><p>aprovisionamento e de compra da produção, e mesmo</p><p>da organização das infraestruturas sociais, não conseguiu</p><p>acompanhar o esforço dos camponeses.</p><p>Então, no início dos anos 1980 - quando o Presidente Sa-</p><p>mora “decretou” a década de 1981-1990 como a “década</p><p>da vitória sobre o subdesenvolvimento" - o estado mudou</p><p>a sua estratégia para a organização de grandes empresas</p><p>estatais no campo, essa organização tomava a forma de</p><p>machambas estatais. Pretendia-se com essa estratégia</p><p>que os camponeses continuassem a produzir a sua base</p><p>alimentar (dentro da forma de organização dos Bantu é a</p><p>Mulher que assegura a alimentação da família), enquanto</p><p>as terras dos antigos colonatos passavam a ser geridas</p><p>centralmente e a sua produção assegurada com base na</p><p>mão-de-obra local.</p><p>3.4 A Guerra Civil</p><p>Ver artigo principal: Guerra de desestabilização de</p><p>Moçambique</p><p>Apesar da transição para a independência ter sido pací-</p><p>fica, Moçambique não conheceu a Paz durante muitos</p><p>anos. Imediatamente a seguir à independência, alguns</p><p>militares (ou ex-militares) portugueses e dissidentes da</p><p>FRELIMO instalaram-se na Rodésia, que vivia uma situ-</p><p>ação de “independência unilateral” não reconhecida pela</p><p>maior parte dos países domundo. O regime</p><p>de Ian Smith,</p><p>já a braços com um movimento interno de resistência</p><p>que aparentemente tinha algumas bases emMoçambique,</p><p>aproveitou esses dissidentes para atacar essas bases.</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialista</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Auto-gest%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_(pol%C3%ADtica)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupos_Dinamizadores</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_de_Direc%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_estatal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_estatal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercantilismo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zonas_libertadas</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Lojas_do_Povo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Importa%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Carapau</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Camar%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FRELIMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Solo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Algod%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Caju</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ch%C3%A1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Monop%C3%B3lio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Colonato</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cooperativa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aldeia_comunal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Aprovisionamento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Subdesenvolvimento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_estatal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_estatal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Machamba</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bantu</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o-de-obra</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_desestabiliza%C3%A7%C3%A3o_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_desestabiliza%C3%A7%C3%A3o_de_Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/FRELIMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rod%C3%A9sia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ian_Smith</p><p>10 3 HISTÓRIA PÓS-INDEPENDÊNCIA</p><p>De facto, a FRELIMO apoiava esses rebeldes rodesianos</p><p>e, em 1976, o governo de Moçambique declarou ofici-</p><p>almente aplicar as sanções estabelecidas pela ONU con-</p><p>tra o governo ilegal de Salisbúria e fechou as fronteiras</p><p>com aquele país. A Rodésia dependia em grande parte</p><p>do corredor da Beira, incluindo a linha de caminhos de</p><p>ferro, a estrada e o oleoduto que ligavam o porto da Beira</p><p>àquele país encravado. Embora, a Rodésia tivesse boas</p><p>relações com o regime sul-africano do apartheid, este fe-</p><p>cho das suas fontes de abastecimento foi um duro golpe</p><p>para o regime rodesiano.</p><p>Pouco tempo depois, para além de intensificarem os</p><p>ataques contra estradas, pontes e colunas de abasteci-</p><p>mento dentro de Moçambique, os rodesianos oferece-</p><p>ram aos dissidentes moçambicanos espaço para forma-</p><p>rem um movimento de resistência - a “REsistência NA-</p><p>cional MOçambicana” ou RENAMO - e criarem uma es-</p><p>tação de rádio usada para propaganda antigovernamental.</p><p>Até 1980, data da independência do Zimbabwe, a RE-</p><p>NAMO continuou os seus ataques a aldeias e infraestru-</p><p>turas sociais em Moçambique, semeando minas terres-</p><p>tres em várias estradas, principalmente nas regiões mais</p><p>próximas das fronteiras com a Rodésia. Estas acções ti-</p><p>veram um enorme papel desestabilizador da economia,</p><p>uma vez que não só obrigaram o governo a concentrar</p><p>importantes recursos numa máquina de guerra, mas prin-</p><p>cipalmente porque levaram ao êxodo de muitos milhares</p><p>de pessoas do campo para as cidades e para os países vi-</p><p>zinhos, diminuindo assim a produção agrícola.</p><p>Com a independência do Zimbabwe, a RENAMO foi</p><p>obrigada amudar a sua base de apoio para a África do Sul,</p><p>o que conseguiu com muito sucesso, tendo tido amplo</p><p>apoio das forças armadas sul-africanas. Para além disso,</p><p>estas forças realizaram vários “raids” terrestres e aéreos</p><p>contra Maputo, alegadamente para destruírem “bases” do</p><p>ANC. No entanto, o governo de Moçambique, que já ti-</p><p>nha secretamente encetado negociações com o governo</p><p>sul-africano e com a própria RENAMO, assinou em 1983</p><p>um acordo de “boa vizinhança” com aquele governo, que</p><p>ficou conhecido como o Acordo de Nkomati, segundo</p><p>o qual o governo sul-africano se comprometia a aban-</p><p>donar o apoio militar à RENAMO, enquanto que o go-</p><p>verno moçambicano se comprometia a deixar de apoiar</p><p>os militantes do ANC que se encontravam emMoçambi-</p><p>que.</p><p>Em 1986, a RENAMO tinha já estabelecido uma base</p><p>central na Gorongosa e expandido as acções militares</p><p>para todas as províncias de Moçambique, contando ainda</p><p>com o apoio do Malawi, cujo governo tinha boas relações</p><p>com o regime do apartheid. Nesta altura, a RENAMO</p><p>tinha conseguido alcançar um dos seus objectivos estra-</p><p>tégicos que consistiu em obrigar o governo a abando-</p><p>nar a sua política de “socialização do campo” através das</p><p>aldeias comunais e machambas estatais.</p><p>Em vista dos problemas económicos que Moçambique</p><p>atravessava, o governo assinou um acordo com o Banco</p><p>Mundial e FMI em 1987, que o obrigaram a abandonar</p><p>completamente a política "socialista". A guerra, porém,</p><p>só terminou em 1992 com o Acordo Geral de Paz, assi-</p><p>nado em Roma a 4 de Outubro, pelo Presidente da Repú-</p><p>blica, Joaquim Chissano e pelo presidente da RENAMO,</p><p>Afonso Dhlakama, depois de cerca de dois anos de con-</p><p>versações mediadas pela Comunidade de Santo Egídio,</p><p>uma organização da igreja católica, com apoio do governo</p><p>italiano.</p><p>Nos termos do Acordo, o governo de Moçambique soli-</p><p>citou o apoio da ONU para o desarmamento das tropas</p><p>beligerantes. A ONUMOZ foi a força internacional que</p><p>apoiou neste trabalho, que durou cerca de dois anos e que</p><p>culminou com a formação dum exército unificado e com</p><p>a organização das primeiras eleições gerais multipartidá-</p><p>rias, em 1994.</p><p>3.5 O PRE ou início do neoliberalismo</p><p>económico</p><p>Ver artigo principal: Programa de Reestruturação</p><p>Económica</p><p>Com o objectivo de proteger o poder de compra da mai-</p><p>oria da população, o estado tinha fixado os preços dos</p><p>produtos de primeira necessidade e as taxas de câmbio.</p><p>Como os termos de troca se foram deteriorando e, entre-</p><p>tanto, a guerra de desestabilização tinha já começado a</p><p>fazer sentir os seus efeitos, o país viu-se sem divisas para</p><p>importar os bens de consumo e as matérias primas neces-</p><p>sárias para o funcionamento da economia. O mercado</p><p>negro, tanto de bens de consumo, como de divisas, tinha</p><p>tomado conta desta.</p><p>O governo de Moçambique viu-se então obrigado a as-</p><p>sinar acordos com o Banco Mundial e FMI e lançar,</p><p>em 1987, um “Programa de Reestruturação Económica”,</p><p>mais conhecido pela sigla PRE, que deveria modificar</p><p>a política económica de Moçambique e relançar a eco-</p><p>nomia. A primeira medida que o governo tomou foi a</p><p>desvalorização do Metical que, em cerca de dois anos</p><p>atingiu mais de 1000%. Ao mesmo tempo, desinde-</p><p>xou os preços dos bens de consumo, com excepção dos</p><p>combustíveis (continuam até hoje, 2007, a ser indexados</p><p>pelo governo) e do pescado, considerados produtos estra-</p><p>tégicos de consumo e exportação (o camarão).</p><p>Em breve se seguiu o programa de privatização das em-</p><p>presas estatais e intervencionadas. Uma das medidas</p><p>tendentes a evitar o empobrecimento generalizado foi</p><p>a transformação de algumas empresas estatais e bancos</p><p>em sociedades anónimas, através da atribuição de quotas</p><p>aos seus gestores, ou mesmo a números maiores de</p><p>funcionários. No entanto, a maior parte das empresas fo-</p><p>ram privatizadas segundo as regras do Banco Mundial,</p><p>que era a instituição mentora deste programa.</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/ONU</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Harare</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Corredor_da_Beira</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Apartheid</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/RENAMO</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1980</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_terrestre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_terrestre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Terrestre</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Maputo</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_Africano</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1983</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_de_Nkomati</p>

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