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<p>Biossegurança, Assepsia e Esterilização</p><p>AMBIENTE DE TRABALHO EM SAUDE</p><p>Segundo o dicionário Aurélio (1993), o ambiente é definido como o que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas. Vale lembrar que um ambiente de trabalho é o resultado de um complexo de fatores, materiais ou subjetivos, todos importantes e que tantas vezes são fáceis de serem atendidos. Dentro desse panorama o trabalho possui aspectos técnicos, fisiológicos, morais, sociais e econômicos.</p><p>Em 1927, o psicólogo Elton Mayo realizou a experiência de Hawthorne em uma fábrica da Western Eletric Company,. Seus resultados demonstram: o comportamento humano diante da fadiga e da monotonia, a influências das condições físicas do ambiente de trabalho na produtividade, o caráter grupal do trabalho, a necessidade de segurança e senso de pertencer a algo, o trabalhador como uma pessoa cujas atitudes e eficiências são condicionadas pelas demandas sociais, que a colaboração grupal não ocorre por acidente (ela deve ser planejada e desenvolvida) e a reclamação relacionada ao o status do indivíduo.</p><p>Em 1970 a Teoria de Maslow complementa os conceitos ao relacionar a satisfação a partir das necessidades humanas, são elas: fisiológicas (ar, comida, repouso, abrigo), segurança (proteção contra perigo ou privação), sociais (amizade, inclusão em grupos), estima (reputação, auto-respeito, amor) e autorrealização (realização do potencial, uso dos talentos individuais).</p><p>Por fim, a Teoria de Herzberg afirma que os fatores que produzem satisfação no trabalho são distintos daqueles que produzem a insatisfação. Os fatores que trazem insatisfação foram chamados de fatores higiênicos, são eles: política e a administração da empresa, as relações interpessoais com os supervisores, a supervisão, as condições de trabalho, salário, status e segurança no trabalho. Os fatores que trazem satisfação foram denominados motivadores, esses compreendem: realização do trabalho, reconhecimento do trabalho, o próprio trabalho, responsabilidade no trabalho e o progresso ou desenvolvimento no trabalho.</p><p>Vale ressaltar que as características de um ambiente de trabalho refletem de maneira expressiva sobre seu usuário. Uma grande fonte de tensão são as condições ambientais desfavoráveis, como excesso de calor, ruídos e vibrações. Esses fatores causam desconforto, aumentam o risco de acidentes e podem provocar danos consideráveis à saúde.</p><p>Para haver um ambiente de trabalho exemplar, é necessário que se crie condições ideais, considerando os limites e recomendações para os fatores ambientais e aplicar conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia.</p><p>ATIVIDADE EXTRA</p><p>Nome da atividade: Desafios para manter o ambiente de trabalho seguro</p><p>Orientação: Assista ao filme “Incontrolável (2010)”.  No filme, os personagens precisam evitar que um trem desgovernado carregado com mercadorias altamente tóxicas atinjam uma cidade. A partir da problemática, questões como gerenciamento de crise e gestão são abordadas dentro do assunto de segurança no trabalho. Diante de inúmeras situações de risco, os profissionais precisam sempre alertar os funcionários sobre os procedimentos que auxiliam na prevenção dos acidentes, além de melhorar a qualidade dos produtos e serviços.</p><p>Agentes Causadores de Prejuízos à Saúde</p><p>Os agentes causadores de prejuízos à saúde podem ser classificados segundo suas dimensões, ou seja, podem ser externos ou internos à unidade.</p><p>Agentes externos: podem ser identificados através das condições de vida, tendo suas fontes caracterizadas segundo a forma de atendimento das necessidades básicas em habitação, transporte, alimentação, lazer, educação, entre outros.</p><p>Agentes internos: estes são identificados através das condições de trabalho. Suas fontes estão identificadas na unidade e se relacionam com o processo de trabalho e/ou condições de trabalho. Podem também ser caracterizados segundo a natureza física da fonte de risco, a área de alcance ou ação, a relação com o exercício da atividade e com o tipo de lesão - crônica ou aguda. Baseados nestas características, os agentes internos podem ser classificados em 6 tipos, são eles: físicos, mecânicos, ergonômicos químicos, biológicos e sociais.</p><p>· Agentes físicos: são agentes que têm a capacidade de modificar as características físicas do meio ambiente. A ação independe da pessoa que está exercendo a atividade e do contato direto com a fonte. Em geral, ocasionam lesões crônicas. Exemplo: iluminação inadequada, ruído, calor, frio, umidade e radiação.</p><p>· Agentes mecânicos: são agentes cujas fontes tem ação em pontos específicos do ambiente. Sua ação, em geral, independe da pessoa estar exercendo sua atividade e depende do contato direto com a fonte, geralmente ocasionam lesões agudas. Exemplo: piso escorregadio, engrenagens desprotegidas e máquinas sem proteção.</p><p>· Agentes ergonômicos: são agentes cujas fontes tem ação em pontos específicos do ambiente. Sua ação depende da pessoa estar exercendo suas atividades e tem reflexos psicofisiológicos, geralmente ocasionam lesões crônicas. Exemplo: trabalho repetitivo, postura inadequada e arranjo inadequado das estações de trabalho.</p><p>· Agentes químicos: são agentes encontrados nas formas sólidas, líquidas e gasosas. Tais agentes podem atuar segundo distintos estados e condições, como diluídos no ar e suspensos no ar na forma sólida ou líquida (aerodispersóides). Esses podem ocasionar lesões crônicas e agudas. Exemplo: gases, vapores, poeiras de produtos químicos, fumos, neblina e névoa.</p><p>· Agentes biológicos: são seres vivos - micro ou macro organismos. Tais agentes podem ser transmitidos através da atuação junto a fonte de contaminação - reservatório; podem ocasionar lesões crônicas e agudas. Exemplo: vírus, bactérias, fungos, insetos, ratos, cobras, ácaros e parasitas.</p><p>· Agentes sociais: são os agentes ligados às relações de produção no nível da unidade de trabalho. Podem ocasionar lesões crônicas e agudas. Exemplo: falta de treinamento, jornada de trabalho inadequada, trabalhos noturnos, revezamento de turnos e horas extras.</p><p>Visando a segurança, é fundamental ter conhecimento acerca dos equipamentos de proteção adequados. Assim, o  EPI (Equipamento de proteção individual) é todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, não sendo adequado o uso coletivo por questões de segurança e higiene. Sua função é prevenir ou limitar o contato entre o operador e o material infectante. Alguns exemplos seriam: luvas de procedimento, luvas estéreis, jaleco/capote, óculos de proteção, face shield/viseira,  máscaras e respiradores faciais.</p><p>Também estão disponíveis os EPCs (Equipamento de proteção coletiva) que, por sua vez, são equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal de saúde, do meio ambiente e da pesquisa desenvolvida.</p><p>É oportuno frisar, ainda, a necessidade em especial do processo de lavagem das mãos, uma vez que, é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao terminar uma tarefa.</p><p>Quando lavar as mãos?</p><p>· No início e no fim do turno de trabalho;</p><p>· Antes de preparar medicação;</p><p>· Antes e após o uso de luvas;</p><p>· Após utilizar o banheiro;</p><p>· Antes e depois de contato com pacientes;</p><p>· Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham sido usadas;</p><p>· Antes e depois de manusear catéteres vasculares, sonda vesical, tubo orotraqueal e outros dispositivos;</p><p>· Após o contato direto com secreções e matéria orgânica;</p><p>· Após o contato com superfícies e artigos contaminados;</p><p>· Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente;</p><p>· Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente;</p><p>· Após coçar ou assoar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar ou manusear dinheiro;</p><p>· Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar;</p><p>· Após manusear quaisquer resíduos.</p><p>Ainda, é de suma importância realizá-la de forma correta, assim, a</p><p>técnica apropriada de lavagem das mãos em poucos passos seria:</p><p>1. Retirar anéis, pulseiras e relógio;</p><p>2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar na pia;</p><p>3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser, de preferência, líquido e hipoalergênico;</p><p>4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas deverá ser feito com atenção);</p><p>5. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos;</p><p>6. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando totalmente o resíduo do sabão;</p><p>7. Enxugar as mãos com papel toalha;</p><p>8. Fechar a torneira acionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha, ou ainda, sem nenhum toque, se a torneira for fotoelétrica. Nunca use as mãos.</p><p>ATIVIDADE EXTRA</p><p>Nome da atividade: A importância do uso de EPI</p><p>Orientação: Assista a animação e reflita sobre a questão.</p><p>Link para a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=3KafYzDkP2Q</p><p>REFERÊNCIA BILIOGRÁFICA</p><p>MANUAL DE NORMAS E ROTINAS PARA O PROCESSAMENTO DE MATERIAIS DE ENFERMAGEM/MÉDICO/ODONTOLÓGICO. Secretaria Municipal de Saúde- Campinas. Campinas, 2014. 76 p. Disponível em: http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Esterelizacao_SMS_Campinas_versao_final_rev2015.pdf. Acesso em: 25 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora n. 32, de 11 de novembro de 2005. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de novembro de 2005. Disponível em:http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125745/4208538/PORTARIAMTEn485.2005NR32.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução- RDC n. 15, de 15 de março de 2012. Diário Oficial da União. Brasília. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>ERGONOMIA HOSPITALAR</p><p>A ergonomia é definida como a ciência relacionada ao homem e sua obra, que contém os princípios anatômicos, fisiológicos e mecânicos que afetam o uso eficiente da energia humana. Consiste na aplicação das ciências biológicas em conjunto com as ciências da engenharia, para alcançar a adaptação do homem com o seu trabalho medindo-se os seus efeitos em torno da eficiência e do bem estar.</p><p>Diante de um ambiente hospitalar insalubre, com arranjo desfavorável, composto por profissionais com posturas inadequadas, gerador de atividades repetitivas e contínuas, composto por trabalho em turnos e exigente de carregamento de peso de forma excessiva por parte dos profissionais, a ergonomia é um assunto a se pensar.</p><p>A ergonomia hospitalar se trata de melhorar condições de conforto e segurança de trabalhadores da saúde e de pacientes. Nas últimas décadas, a visão da ergonomia hospitalar avançou bastante, visando conciliar as cargas de trabalho a níveis aceitáveis. Pode ser aplicada a várias situações, como no design e concepção de equipamentos e sistemas, na definição de tarefas, no design de equipamentos e organização do trabalho e na arquitetura da informação.</p><p>Os componentes da ergonomia são: homem, máquina, ambiente, informação, organização e consequências do trabalho.</p><p>Segundo a Norma Regulamentadora 17 – NR17, as condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho.</p><p>É possível, ainda, mencionar alguns fatores influenciadores da ergonomia hospitalar, são eles:</p><p>· Jornada de trabalho – horas extras, trabalho noturno, trabalho contínuo e privação do sono;</p><p>· Organização do trabalho – divisão de tarefas, agendamento das atividades, perfil biofísico dos profissionais e número de profissionais para executar as tarefas;</p><p>· Perfil dos trabalhadores – a área da saúde é composta em 65% de mulheres.</p><p>· Grau de dependência dos clientes e dimensionamento de pessoal – cálculo sobre o número de clientes, seu grau de dependência e número de profissionais disponíveis;</p><p>· Capacitação dos profissionais – treinamento para que o profissional identifique os riscos ergonômicos e saiba revertê-los;</p><p>· Permanência em grande parte do tempo na posição supina – alternar as atividades;</p><p>· Movimentos repetitivos e contínuos – escala de trabalho e pausas entre as atividades;</p><p>· Torção da coluna lombar – treinamento para a execução das atividades e alternar procedimentos;</p><p>· Organização do local de trabalho.</p><p>ATIVIDADE EXTRA</p><p>Nome da atividade: A importância dos equipamentos ergonômicos</p><p>Orientação: Assista o filme “Fábrica de Loucuras (1986)”</p><p>O filme apresenta em seu enredo os aspectos dos equipamentos ergonômicos relacionados à qualidade de vida dos profissionais e à segurança. O cenário se trata de uma fábrica de automóveis, que apesar de parecer distante aborda de questões fundamentais em qualquer área.</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</p><p>Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas para o processamento de materiais de enfermagem/médico/odontológico. Secretaria Municipal de Saúde. Campinas, 2014. 76 p. Disponível em:http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Esterelizacao_SMS_Campinas_versao_final_rev2015.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora n. 32, de 11 de novembro de 2005. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de novembro de 2005. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125745/4208538/PORTARIAMTEn485.2005NR32.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução- RDC n. 15, de 15 de março de 2012. Diário Oficial da União. Brasília. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</p><p>FERREIRA, Aurélio. Novo dicionário aurélio da língua portuguesa. 2. ed.Brasil: Nova fronteira, 1993. 1838 p. 27.</p><p>Teoria das relações humanas. Administração para administradores. Brasil, 2020. Disponível em: https://administer33.wordpress.com/2012/05/22/teoria-das-relacoes-humanas/. Acesso em: 25 Jul. 2020.</p><p>MANUAL DE NORMAS E ROTINAS PARA O PROCESSAMENTO DE MATERIAIS DE ENFERMAGEM/MÉDICO/ODONTOLÓGICO. Secretaria Municipal de Saúde- Campinas. Campinas, 2014. 76 p. Disponível em: http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Esterelizacao_SMS_Campinas_versao_final_rev2015.pdf. Acesso em: 25 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora n. 32, de 11 de novembro de 2005. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de novembro de 2005. Disponível em:http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125745/4208538/PORTARIAMTEn485.2005NR32.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução- RDC n. 15, de 15 de março de 2012. Diário Oficial da União. Brasília. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>Introdução a ergonomia</p><p>Prezado aluno, hoje falaremos sobre a ergonomia e suas aplicações. Ergonomia quer dizer adaptação ao trabalho. O trabalho sempre deve oferecer condições de adaptação aos trabalhadores de forma a equalizar as diferenças entre trabalhadores e suas adaptações psicofisiológicas.</p><p>Componentes da Ergonomia</p><p>· Anatomia:</p><p>· Antropometria (dimensões do corpo);</p><p>· Biomecânica (aplicações de forças pelo indivíduo).</p><p>· Fisiologia</p><p>· Fisiologia do trabalho (consumo de energia);</p><p>· Esforço físico (efeitos sobre o corpo).</p><p>· Organização</p><p>· Psicologia</p><p>Domínios da ergonomia</p><p>Ergonomia Física - está relacionada com as características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação com a atividade física.</p><p>Ergonomia cognitiva - refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema.</p><p>Ergonomia organizacional - concerne à otimização dos sistemas sociotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas</p><p>e de processos.</p><p>Nr - 17 Ergonomia</p><p>Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.</p><p>Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo ela abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.</p><p>Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.</p><p>Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.</p><p>Mobiliário dos postos de trabalho</p><p>Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.</p><p>Equipamentos dos postos de trabalho.</p><p>Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.</p><p>Condições ambientais de trabalho</p><p>Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:</p><p>a. níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO;</p><p>b. índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados);</p><p>c. velocidade do ar não superior a 0,75m/s;</p><p>d. umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.</p><p>A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:</p><p>a. as normas de produção;</p><p>b. o modo operatório;</p><p>c. a exigência de tempo;</p><p>d. a determinação do conteúdo de tempo;</p><p>e. o ritmo de trabalho;</p><p>f. o conteúdo das tarefas.</p><p>Nr - 17 Anexo I trabalhadores de check-out</p><p>Esta Norma aplica-se aos empregadores que desenvolvam atividade comercial utilizando sistema de autosserviço e checkout, como supermercados, hipermercados e comércio atacadista.</p><p>Posto de trabalho</p><p>Em relação ao mobiliário do checkout e às suas dimensões, incluindo distâncias e alturas, no posto de trabalho deve-se:</p><p>a) atender às características antropométricas de 90% dos trabalhadores, respeitando os alcances dos membros e da visão, ou seja, compatibilizando as áreas de visão com a manipulação;</p><p>b) assegurar a postura para o trabalho na posição sentada e em pé, e as posições confortáveis dos membros superiores e inferiores, nessas duas situações;</p><p>Em relação ao equipamento e às ferramentas utilizadas pelos operadores de checkout para o cumprimento de seu trabalho, deve-se:</p><p>a) escolhê-los de modo a favorecer os movimentos e ações próprias da função, sem exigência acentuada de força, pressão, preensão, flexão, extensão ou torção dos segmentos corporais;</p><p>A organização do trabalho</p><p>A disposição física e o número de checkouts em atividade (abertos) e de operadores devem ser compatíveis com o fluxo de clientes, de modo a adequar o ritmo de trabalho às características psicofisiológicas de cada operador, por meio da adoção de pelo menos um dos seguintes itens, cuja escolha fica a critério da empresa:</p><p>a) pessoas para apoio ou substituição, quando necessário;</p><p>b) filas únicas por grupos de checkouts;</p><p>c) caixas especiais (idosos, gestantes, deficientes, clientes com pequenas quantidades de mercadorias);</p><p>d) pausas durante a jornada de trabalho;</p><p>Nr - 17 Anexo II teleatendimento</p><p>As disposições deste Anexo aplicam-se a todas as empresas que mantêm serviço de teleatendimento/telemarketing nas modalidades ativo ou receptivo em centrais de atendimento telefônico e/ou centrais de relacionamento com clientes (call centers), para prestação de serviços, informações e comercialização de produtos.</p><p>Equipamentos dos postos de trabalho</p><p>Devem ser fornecidos gratuitamente conjuntos de microfone e fone de ouvido (head-sets) individuais, que permitam ao operador a alternância do uso das orelhas ao longo da jornada de trabalho e que sejam substituídos sempre que apresentarem defeitos ou desgaste devido ao uso.</p><p>Organização do trabalho - O tempo de trabalho em efetiva atividade de teleatendimento/telemarketing é de, no máximo, 06 (seis) horas diárias, nele incluídas as pausas, sem prejuízo da remuneração.</p><p>Pausas deverão ser concedidas:</p><p>a) fora do posto de trabalho;</p><p>b) em 02 (dois) períodos de 10 (dez) minutos contínuos;</p><p>c) após os primeiros e antes dos últimos 60 (sessenta) minutos de trabalho em atividade de teleatendimento/telemarketing.</p><p>Ergonomia aplicada ao trabalho</p><p>Ergonomia de correção- Atua de maneira restrita, modificando pontualmente os diversos elementos do posto de trabalho (dimensões, iluminação, ruído, temperatura, etc.).</p><p>Ergonomia de concepção - Interfere amplamente no projeto dos postos de trabalho, na concepção dos instrumentos, das máquinas, dos sistemas de produção, na organização do trabalho e na formação e treinamento de pessoal.</p><p>Ergonomia de conscientização</p><p>· Ensina o trabalhador a usufruir dos benefícios de seu posto de trabalho, tais como:</p><p>· Boa postura;</p><p>· Uso adequado de mobiliários e equipamentos;</p><p>· Implantação de pausas;</p><p>· Ginástica laboral (antes, durante e depois da atividade)</p><p>Aspectos Organizacionais - Tipo de produção, riscos inerentes à atividade de trabalho, repetitividade, transporte manual de cargas, má postura, ritmo de trabalho e produtividade</p><p>Aspectos comportamentais – Estresse, produtividade, relacionamento humano, empregados e chefias.</p><p>Atividade extra</p><p>Caro aluno, segue um vídeo bem ilustrado sobre o que é ergonomia</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=FFpOIbGjzF8</p><p>Referência Bibliográfica</p><p>CARVÃO, J. M. A ergonomia como disciplina para o estudo da atividade de trabalho.</p><p>In: CARVÃO, J. M. Trabalho, novas tecnologias e ergonomia. Rio de Janeiro: EVC,</p><p>2006. p.67-78.</p><p>GUIMARÃES, B. M. Lia. Ergonomia de produto. antropometria, fisiologia, biomecânica. Rio Grande do Sul: FEENG/ UFRGS, 2004.</p><p>NORMAS DE BIOSSEGURANÇA</p><p>Com o advento da engenharia genética, em 1970, a discussão acerca das questões de biossegurança ganharam força. Sua definição consiste no conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados.</p><p>No Brasil, a Lei Nº 8.974, de 05 de Janeiro de 1995, regulamentou os incisos II. e V do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelecendo normas para o uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados. Apesar de sua revogação e substituição por uma lei mais branda e flexível de número 11.105, é um marco no país.</p><p>Visando a proteção dos profissionais de saúde, está em vigor a NR 32. Esta Norma Regulamentadora tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de assistência à saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.</p><p>Vale ressaltar que as medidas de proteção devem ser adotadas a partir do resultado da avaliação, previstas no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Nos laboratórios, a avaliação de risco prevista no PPRA deve determinar a escolha do nível de biossegurança a ser adotado, conforme estabelecido na Resolução de Diretoria Colegiada n.º 50, de 21 de fevereiro de 2002, da ANVISA, Ministério da Saúde.</p><p>Como regulamentado, os equipamentos de proteção individual (EPI), descartáveis ou não, deverão ser armazenados em número suficiente nos locais de trabalho, de forma a garantir o imediato fornecimento ou reposição, sempre que necessário. Assim</p><p>como, todos os locais de trabalho onde se utilizem materiais perfurocortantes, deve ser mantido recipiente apropriado para o seu descarte, conforme o estabelecido na NBR 13.853, norma brasileira registrada no INMETRO.</p><p>Ainda, os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os responsáveis pelo seu descarte. O limite máximo de enchimento do recipiente deve estar localizado 5 cm abaixo do bocal. O recipiente deve ser mantido o mais próximo possível da realização do procedimento. O recipiente deve ser posicionado de forma que a abertura possa ser visualizada pelos trabalhadores. É vedado o reencape de agulhas.</p><p>Sem prejuízo do cumprimento do disposto na legislação vigente, os Equipamentos de Proteção Individual devem atender às seguintes exigências: garantir a proteção da pele, mucosas, via respiratória e digestiva do trabalhador, ser avaliados diariamente quanto ao estado de conservação e segurança e estar armazenados em locais de fácil acesso e em quantidade suficiente para imediata substituição, segundo as exigências do procedimento ou em caso de contaminação ou dano.</p><p>Na inexistência de medidas de proteção coletiva ou na falta do EPI adequado, poderá a Autoridade Regional do Trabalho e Emprego suspender o início de qualquer atividade relacionada à exposição às drogas de risco, nos termos do art. 161 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.</p><p>É de suma importância a manutenção da rotulagem original dos produtos químicos utilizados nos estabelecimentos de assistência à saúde. Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição química, sua concentração, data de envase e de validade. É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos.</p><p>É oportuno frisar as peculiaridades quanto ao tratamento dos gases medicinais, as recomendações do fabricante devem ser observadas, desde que compatíveis com a legislação vigente, em quesitos como: movimentação, transporte, armazenamento, manuseio e utilização, bem como, na manutenção dos equipamentos. É importante que as recomendações do fabricante sejam mantidas no local de trabalho à disposição da inspeção do trabalho.</p><p>Todos os estabelecimentos que realizam, ou que pretendem realizar esterilização, reesterilização ou reprocessamento por gás óxido de etileno, deverão atender o disposto na Portaria Interministerial n.º 482/MS/MTE de 16 de abril de 1999.</p><p>Ainda, é obrigação do gestor proibir: a utilização de equipamentos em que se constate vazamentos de gás, a utilização de equipamentos não projetados para resistir a pressões a que são submetidos, a utilização de cilindros que não tenham a identificação do gás e a movimentação dos cilindros sem a utilização dos equipamentos de proteção individual. Ressalta-se que os cilindros contendo gases inflamáveis, tais como hidrogênio e acetileno, devem ser armazenados a uma distância mínima de 8 metros daqueles contendo gases oxidantes, tais como oxigênio e óxido nitroso, ou através de barreiras vedadas e resistentes ao fogo.</p><p>Com relação às drogas de risco, o local para o seu preparo deve ser centralizado em área restrita e exclusiva, onde o acesso somente será permitido à pessoas autorizadas. O local de preparo deve ser precedido por uma sala destinada à paramentação das pessoas autorizadas e dotada de pia e material para lavagem das mãos, lava-olhos, equipamentos de proteção individual para uso e reposição e armários para guarda de pertences. Nesse contexto, compete ao gestor: proibir fumar, comer ou beber na sala de preparo, assim como, portar adornos ou maquiar-se. Afastar das atividades as trabalhadoras gestantes e nutrizes, proibir que os trabalhadores expostos realizem atividades envolvendo o risco de exposição aos agentes ionizantes e fornecer aos trabalhadores avental confeccionado de material impermeável, com frente resistente, manga comprida e punho justo, quando do seu preparo, também são questões fundamentais.</p><p>ATIVIDADE EXTRA</p><p>Nome da atividade: Um pouco mais sobre biossegurança</p><p>Orientação: Assista o filme "Contágio"</p><p>No filme observamos temas de biossegurança e epidemiologia, tais como, a maneira como as doenças são disseminadas nos dias de hoje, como somos susceptíveis à novas doenças, os níveis dos laboratórios de biossegurança, a busca pelo paciente zero, CDC,  desenvolvimento de vacinas e muito mais.</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</p><p>MANUAL DE NORMAS E ROTINAS PARA O PROCESSAMENTO DE MATERIAIS DE ENFERMAGEM/MÉDICO/ODONTOLÓGICO. Secretaria Municipal de Saúde- Campinas. Campinas, 2014. 76 p. Disponível em: http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Esterelizacao_SMS_Campinas_versao_final_rev2015.pdf. Acesso em: 25 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora n. 32, de 11 de novembro de 2005. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de novembro de 2005. Disponível em:http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125745/4208538/PORTARIAMTEn485.2005NR32.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução- RDC n. 15, de 15 de março de 2012. Diário Oficial da União. Brasília. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>HIGIENE E ESTERILIZAÇÃO</p><p>A Higiene do ambiente, ao se tratar de um hospital, é complexa e fundamental. Nesse sentido, a limpeza, de forma prática, é subdividida em concorrente e terminal.</p><p>A limpeza concorrente é realizada em superfícies próximas ao paciente, tais como maçanetas, piso, banheiro, pias e torneiras, mesa acessória, bancada, grades, manivelas e campainhas. Deve ser feita diariamente, com o uso de desinfetante composto de hipoclorito de sódio 0,1 a 0,5%, álcool 70% e ácido peracético 0,5%.</p><p>Por outro lado, a limpeza terminal é referente à higienização completa das áreas do hospital e, às vezes, a desinfecção para a diminuição da sujidade e redução da população microbiana. É realizada de acordo com uma rotina pré-estabelecida, habitualmente, uma vez por semana ou quando necessário. Além da limpeza da unidade outros mobiliários e equipamentos, que têm contato direto com o paciente,  também devem ser limpos sempre que utilizados (cadeira de rodas, maca e outros). É feita após a alta, transferência, óbitos ou longa permanência do paciente.</p><p>Tendo em vista a facilitação do funcionamento habitual do ambiente em questão e a minimização de riscos de infecção, os artigos de múltiplo uso são classificados de acordo com os riscos potenciais de transmissão de infecção para os pacientes e com a definição dos processos aos quais serão submetidos após seu uso. Os artigos são classificados como:</p><p>· Críticos: são utilizados em procedimentos invasivos com penetração em pele e mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais e sistema vascular (áreas sem colonização com microbiota própria) incluindo também todos os artigos ou produtos a eles conectados. Estes artigos após limpeza devem ser submetidos à esterilização;</p><p>· Semi críticos: entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras (tecidos que possuem colonização com microbiota própria). Estes artigos após limpeza devem ser submetidos à desinfecção de alto nível ou esterilização;</p><p>· Não críticos: entram em contato com a pele íntegra e também aqueles que não entram em contato direto com o paciente. Estes artigos necessitam limpeza após seu uso e dependendo do que destina seu último uso devem ser submetidos à desinfecção de baixo ou médio nível.</p><p>·</p><p>De acordo com a CDC, os desinfetantes são divididos em 3 categorias baseadas em sua ação germicida, são elas:</p><p>· Alto nível: destrói todos os microrganismos, com exceção a alto número de esporos. Os principais são: glutaraldeído 2%, ácido peracético e ácido peracético combinado com peróxido de hidrogênio;</p><p>· Médio nível: elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus, fungos e micobactérias da TB. Incluem: álcool 70% e hipoclorito de sódio 1%;</p><p>· Baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, mas</p><p>não elimina micobactérias e esporos bacterianos. Como exemplo, o hipoclorito de sódio 0,025%.</p><p>·</p><p>Dentro de toda complexidade da questão, é oportuno relembrar os processamentos de materiais, que incluem:</p><p>· Limpeza: é a remoção mecânica de sujidade. É realizada pela aplicação de energia mecânica (fricção), química (soluções detergentes, desincrustantes ou enzimáticas) ou térmica;</p><p>· Desinfecção: é o processo de eliminação de microrganismos na forma vegetativa, presentes nos artigos e objetos inanimados mediante a aplicação de agentes físicos ou químicos. Este processo é subdividido em 03 níveis: alto (destrói quase todos os tipos de microrganismos, incluindo alguns esporos), intermediário (não possui ação contra esporos, mas destrói vírus e micobactérias) e baixo (não possui ação contra esporos, vírus não lipídicos e micobactérias);</p><p>· Esterilização: é o processo pelo qual os microrganismos são mortos a tal ponto que não se possa detectá-los no meio padrão de culturas em que previamente os agentes haviam proliferado. Um artigo é considerado estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos que o contaminam é menor do que 1:1000.000;</p><p>· Reprocessamento: processo a ser aplicado em artigos odonto-médico-hospitalares para sua reutilização incluindo limpeza, desinfecção, preparo, embalagem, rotulagem, esterilização, testes biológicos e químicos, análise residual do agente esterilizante, que garanta o desempenho e a segurança. Este processo não pode ser aplicado a artigos de uso único;</p><p>· Reesterilização: é o processo de esterilização de artigos já esterilizados, mas não utilizados. Este processo está indicado caso ocorram situações que comprometam a segurança da esterilização inicial (desde que estejam dentro do prazo de validade do produto ou da esterilização).</p><p>·</p><p>Cabe, ainda, mencionar os principais desinfetantes utilizados nos processos. São eles:</p><p>· Glutaraldeído: desinfetante de alto nível - concentração 2%. Seu período de exposição é de 20 a 30 minutos. É necessário realizar enxágue abundante após imersão do material;</p><p>· Ácido Peracético: desinfetante de alto nível - concentração de 0,2%. Seu período de exposição é de 5 a 10 minutos. É fundamental seguir as orientações do fabricante;</p><p>· Compostos Fenólicos: Desinfetante de nível médio ou intermediário - concentração de 2 a 5%; Período de exposição de 20 a 30 minutos;</p><p>· Compostos Clorados: possuem variadas concentrações e as formas líquida (hipoclorito de sódio) e sólida (hipoclorito de cálcio);</p><p>· Álcool: Desinfetante de nível intermediário – álcool etílico a 70.; Utilizado para artigos e superfícies por meio de fricção (repetir a operação 3 vezes);</p><p>· Quaternário de Amônio: Desinfetante de baixo nível. Sua concentração da fórmula depende do fabricante. É Utilizado em superfícies, paredes e mobiliários.</p><p>·</p><p>·</p><p>ATIVIDADE EXTRA</p><p>Nome da atividade: A origem da preocupação com a higiene na saúde</p><p>Orientação: Assista o filme “Semmelweis – O Início”. O filme conta a história do médico obstetra Ignaz Semmelweis, que em 1846, em um hospital da Áustria, relacionou a morte pela febre puerperal de mulheres que tinham acabado de dar a luz com a falta de higiene nas mãos.</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</p><p>Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas para o processamento de materiais de enfermagem/médico/odontológico. Secretaria Municipal de Saúde. Campinas, 2014. 76 p. Disponível em:http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Esterelizacao_SMS_Campinas_versao_final_rev2015.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora n. 32, de 11 de novembro de 2005. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de novembro de 2005. Disponível em:http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125745/4208538/PORTARIAMTEn485.2005NR32.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução- RDC n. 15, de 15 de março de 2012. Diário Oficial da União. Brasília. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO</p><p>Central de Material Esterilizado – 1º parte</p><p>O Centro de Material Esterilizado (CME) tem por função estrutural o desenvolvimento de atividades complexas capazes de promover materiais livres de contaminação. Os materiais são lavados, preparados, acondicionados, esterilizados e distribuídos para todo o serviço de saúde. O ponto de destaque na CME, é o trabalho em equipe atuando com qualidade em todas as etapas do processo. Vale ressaltar que é imprescindível o uso correto dos EPIs para realização técnica de limpeza e desinfecção, são eles: aventais impermeáveis, luvas antiderrapantes de cano longo, óculos de proteção e máscaras.</p><p>De forma prática, para o bom funcionamento sistemático, são divididas as áreas sujas e a áreas limpas. A área suja é o local onde ocorre a recepção de artigos, lavagem, secagem, inspeção visual e, por fim, a separação.</p><p>A área limpa, por sua vez, é subdividida de acordo com a função realizada, nesse sentido há a área de preparo, que se refere ao local onde realiza-se a análise e separação dos instrumentais, montagem de caixas, pacotes, materiais especiais e outros. Ainda, é na área limpa onde ocorre a recepção de roupas limpas, separação e dobradura. Há a área de esterilização, onde é realizado o acompanhamento do processo e desempenho do equipamento. E, por fim, a área de armazenamento também se enquadra como limpa.</p><p>Métodos de Esterilização:</p><p>· Físicos: termorresistentes - físicos calor úmido sob pressão – autoclave calor seco - estufa (não mais recomendado);</p><p>· Físico-químico: termossensíveis - Óxido de etileno (ETO), vapor a baixa temperatura de formaldeído, plasma de peróxido de Hidrogênio e agentes químicos líquidos (se automatizados).</p><p>·</p><p>É imprescindível o monitoramento do processo, esse acontece por meio de ações como: testar a eficácia do equipamento na instalação e após manutenção, verificar a eficácia após qualquer modificação proposta no processo de esterilização e estabelecer a eficácia como rotina diária.</p><p>É fundamental ainda haver o controle da esterilização, que ocorre por meio do Indicador químico do processo de esterilização a vapor para a identificação dos pacotes embalados com tecido reutilizável, papel e para fita na qual a viragem ocorre em listas negras bem identificáveis, após ser utilizada nas etapas de esterilização por autoclavagem.</p><p>Os indicadores químicos podem ser subdivididos em classes. Classe 1: tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração quando exposta a temperatura. Classe 2: teste de Bowie & Dick  - testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1º ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 min, sem secagem. Classe 3: controla um único parâmetro, a temperatura pré-estabelecida. Classe 4: se trata de um indicador multiparamétrico, ou seja, controla a temperatura e o tempo necessários para o processo. Classe 5: é integrador, assim, controla temperatura, tempo e qualidade do vapor. Classe 6: intervalo de confiança maior que classe 5, reage quando 95% do ciclo é concluído.</p><p>Um dos principais é o integrador químico para Vapor Saturado Classe 5, se trata de uma tira indicadora interna multiparamétrica para controle de pacotes esterilizados a vapor. Completa mudança de cor em 3,5 minutos, a uma temperatura de 132 a135º C. Ainda, é possível mencionar o integrador químico para Gás Óxido de Etileno Classe 5, que seria uma tira indicadora interna multiparamétrica para controle de pacotes esterilizados a gás óxido de etileno. Completa mudança de cor, caso o ciclo tenha sido eficiente.</p><p>Há também a disponibilidade do uso de indicadores biológicos que visam demonstrar a efetividade do processo. São preparações padronizadas de microrganismos, com concentração do inóculo em torno de 106, comprovadamente resistentes e específicos ao processo de esterilização. 1ª geração: tiras de papel com esporos microbianos, incubados em laboratório de microbiologia com leitura em 2-7 dias.</p><p>2ª geração: auto-contidos com leitura em 24 a 48 h. 3ª geração: auto-contidos com leitura em 1 a 3 horas.</p><p>Vale ressaltar, o indicador biológico autocontido para esterilização a Gás Óxido de Etileno (ETO), esse possui resultado efetivo em 48 horas, com evidente mudança de cor após 3 horas, caso o ciclo não tenha sido efetivo ocorre turgidez com tons amarelados. Impresso no rótulo, indicador químico, para que não haja confusão.</p><p>Por fim, outra ferramenta disponível é a incubadora de leitura rápida, essa lê a fluorescência produzida pelo indicador biológico. Caso haja a detecção de fluorescência isso indica uma falha no processo de esterilização.</p><p>ATIVIDADE EXTRA</p><p>Nome da atividade: Estudo de caso</p><p>Orientação: Leia “CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO PROJETO DE REESTRUTURAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL DE FRANCISCO SÁ”  - Flávia Borges Leite, a fim de uma compreensão mais prática do assunto abordado.</p><p>Link: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_CME_flavia_leite.pdf</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</p><p>Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas para o processamento de materiais de enfermagem/médico/odontológico. Secretaria Municipal de Saúde. Campinas, 2014. 76 p. Disponível em:http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Esterelizacao_SMS_Campinas_versao_final_rev2015.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora n. 32, de 11 de novembro de 2005. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de novembro de 2005. Disponível em:http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125745/4208538/PORTARIAMTEn485.2005NR32.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução- RDC n. 15, de 15 de março de 2012. Diário Oficial da União. Brasília. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>Central de Material Esterilizado – 2º parte</p><p>Dentro do processo de esterilização, para sua efetividade e garantia de segurança há a necessidade de uma atenção diferenciada para a embalagem ou invólucro a ser utilizado, uma vez que, esse deve assegurar a integridade do material a ser esterilizado, garantindo sua proteção quanto a ação de agentes externos. Dentro dos devidamente registrados na ANVISA, há disponíveis opções reutilizáveis, tais como: tecido de algodão, estojo metálico, vidro refratário e container rígido. E ainda os descartáveis, que podem ser: papel grau cirúrgico, papel crepado e TNT, frisa-se que seu reprocessamento é proibido.</p><p>Para além das ações realizadas no procedimento em si, as condições de armazenamento e estocagem também são fundamentais e, inclusive, se estiverem fora dos padrões adequados podem invalidar todo o processo previamente realizado. Assim, o material deve ser mantido em ambiente seco, limpo, arejado e restrito à equipe do setor. A embalagem ou invólucro deve permanecer íntegro, visando isso, não deve-se dobrar, amassar ou colocar elásticos, ainda para esse fim, o ideal é minimizar seu manuseio para evitar possíveis rasgos ou soltura de lacre. A estocagem deve ocorrer em armários fechados com prateleiras - com o cuidado para não superlota-lo - e de acordo com a data de vencimento da esterilização, esta vincula-se ao risco de recontaminação, tipo e configuração do material de embalagem e número de vezes que é manipulado antes do uso. Ainda, é importante lembrar que a estocagem deve ocorrer separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de contaminantes externos.</p><p>Vale ressaltar que o controle da esterilização envolve todos os métodos de monitoração física, química e biológica e requer documentação sistemática da sua aplicação e consiste na observação sistematizada, detalhada e documentada de todas as rotinas e os procedimentos relativos ao processamento de artigos médico-odonto-hospitalares.</p><p>Principais atividades e cuidados:</p><p>· Quanto aos processos: resultado do teste de Bowie & Dick, no primeiro ciclo do dia, para os equipamentos assistidos por bomba de vácuo. É importante estar atento ao número do lote, conteúdo qualitativo e quantitativo do lote, parâmetros físicos de cada processo, nome do operador responsável pelo processo, resultado dos indicadores biológicos, resultado dos indicadores químicos (quando pertinentes) e quaisquer intercorrências ocorridas durante o ciclo e as condutas.</p><p>· Quanto à manutenção: a manutenção preventiva deve ser executada segundo um protocolo pré estabelecido e descrito de acordo com as orientações recomendadas pelo fabricante. É necessário atenção quanto à data de serviço, número e série do equipamento, localização ou número do equipamento, descrição do problema detectado no aparelho, nome do técnico responsável pela manutenção, descrição do serviço realizado relacionando-se as peças trocadas, resultados dos testes biológicos realizados após a manutenção e a assinatura do enfermeiro responsável pelo período no qual ocorreu a manutenção.</p><p>No caso de falhas nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização dos equipamentos, essas são o resultado de uma série de eventos mal sucedidos. Suas causas podem ser complexas e difíceis de determinar, geralmente incluem: erros humanos, baixa qualidade do processo de esterilização e manipulação errada após processamento.</p><p>ATIVIDADE EXTRA</p><p>Nome da atividade: Quanto mais leitura melhor</p><p>Orientação: Leia “EMBALAGENS PARA ESTERILIZAÇÃO:SUAS APLICAÇÕES E RECOMENDAÇÕES NA PRÁTICA HOSPITALAR” para mais informações acerca do assunto.</p><p>Link para a atividade: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/931</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</p><p>Secretaria Municipal de Saúde. Manual de normas e rotinas para o processamento de materiais de enfermagem/médico/odontológico. Secretaria Municipal de Saúde. Campinas, 2014. 76 p. Disponível em:http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Esterelizacao_SMS_Campinas_versao_final_rev2015.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora n. 32, de 11 de novembro de 2005. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de novembro de 2005. Disponível em:http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125745/4208538/PORTARIAMTEn485.2005NR32.pdf. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução- RDC n. 15, de 15 de março de 2012. Diário Oficial da União. Brasília. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html. Acesso em: 28 Jul. 2020.</p>

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