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P r o f . A n a P a u l a Ta b o s a d o s S a n t o s S a n c h e s CONCEITO DE DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIÇÃO - Direito Constitucional = engloba as normas jurídicas constitucionais, isto é, aquelas pertencentes à Constituição, em toda a sua amplitude - Constituição = pode ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, a formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos IMPORTANTE • Por isso é que nenhuma lei poderá ser contrária à Constituição, sob pena de ser considerada inconstitucional e retirada do ordenamento jurídico. • Em razão da supremacia da Constituição, é comum a utilização da expressão “Carta Magna” para nos referirmos à Constituição. Os direitos e garantias fundamentais são previstos na CF em seu Art. 5º. Este artigo traz, em seus 76 incisos, vários direitos e garantias. Basicamente, pode-se dividir os direitos e garantias em 5 espécies: DIREITOS x GARANTIAS - Os direitos fundamentais representam só por si certos bens, as garantias destinam-se a assegurar a fruição (uso) desses bens. - Podemos entender esta diferença, no exemplo: A CF garante o direito à liberdade. Violado este direito, nasce para a vítima a garantia constitucional que é o de impetrar um habeas corpus e ver cessada esta ilegalidade. Não só as pessoas físicas, mas também as jurídicas são protegidas pela CF. DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS - Da leitura do artigo 5º. e de seus vários incisos, observa-se que a CF adotou diversos princípios! PRINCÍPIOS - IGUALDADE: todos os cidadãos têm o direito de tratamento idêntico pela lei. É por meio desse principio que a CF garante a todos o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. - VIDA: é o direito principal, mas esse direito, compreende, além da própria existência, o direito a uma subsistência digna. - LIBERDADE: prevê as garantias para esta liberdade, ou seja, os meios de que disporá a vítima para ver seu direito respeitado. Assim, poderá impetrar: Habeas Corpus (p. 46), Habeas Data (p. 46), Mandado de Segurança (p. 46), Mandado de Injunção (p. 47), Ação Popular (p. 48). - LEGALIDADE: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. AÇÕES CONSTITUCIONAIS E OS DIREITOS QUE PROTEGEM TÓPICO 2 DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO PROCESSUAL Direito Administrativo = traz as regras que disciplinam a atividade da Administração Pública. CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO Direito Administrativo “é o conjunto de normas que regem a Administração Pública”, ou seja, traz as regras que organizam administrativamente o Estado, fixando os modos, os meios e a forma de ação para a consecução de seus objetivos. É no Direito Administrativo que encontraremos as regras que determinam, por exemplo, porque será realizada a desapropriação de um bem de um particular, como deverá ser realizado um contrato com um particular etc. Importante salientar que estas normas são de cumprimento obrigatório e nem por acordo entre a Administração e o particular podem ser modificadas. ATOS ADMINISTRATIVOS - A Administração Pública realiza sua função por meio dos atos administrativos. - O ato administrativo, pode ser: Unilateral: quando a Administração, “cria, modifica ou extingue direitos em relação aos administrados, aos seus servidores ou a ela própria”. Ou seja, neste tipo de ato a administração age “sozinha”. Bilateral: no ato administrativo bilateral, existem duas partes envolvidas na relação jurídica. “Refere-se aos contratos realizados pela Administração, tendo por fim a satisfação de algum interesse público”. PRINCÍPIOS QUE REGEM A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA - A Administração Pública não poder agir indistintamente. - Os limites a esta atuação são delineados por princípios que estão previstos no art. 37 da Constituição Federal: “LIMPE” PRINCÍPIO DA LEGALIDADE • Já vimos sobre ele no tópico anterior: garante que: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. • Esse princípio é considerado uma das bases do Estado Democrático de Direito. • O princípio da legalidade, quando aplicado ao Direito Administrativo, impõe certos limites à atuação da Administração Pública, que assim não poderá agir em desconformidade com a lei, sob pena de configuração de ato abusivo. PRINCÍPIO DE IMPESSSOALIDADE Por este princípio, impõe-se uma igualdade de tratamento entre os particulares (administrados), focando-se os atos administrativos no interesse público, não sendo assim possível o favorecimento de uns em detrimento dos outros PRINCÍPIO DE MORALIDADE Por este princípio, os atos administrativos devem ser realizados baseados na moral, o que pode ser traduzido na necessidade de os atos administrativos serem praticados com base na probidade (integridade, honestidade). Além de observar os ditames legais (princípio da legalidade), é necessário que a prática dos atos administrativos ocorra de acordo com a moralidade administrativa que traz as regras de conduta ética que devem permear sua realização. Por este princípio, torna-se necessário que os atos administrativos sejam praticados com transparência, permitindo o conhecimento por todos (pela publicação, por exemplo, no Diário Oficial, ou comunicação) dos atos que estão sendo praticados pela Administração Pública. PRINCÍPIO DE EFICIENCIA - Este princípio estabelece que não basta o administrador praticar o ato de acordo com os princípios antes estudados, mas deve praticá-lo com eficiência, o que significa dizer economia do dinheiro público e resultados mais efetivos. - Exige-se não apenas cumprimento da lei, mas atos capazes de realizar as necessidades dos administrados. REFORÇANDO... CONTRATOS ADMINISTRATIVOS O contrato administrativo se diferencia do contrato comum em razão de possuir a característica de publicidade e da participação do Poder Público. Vejamos algumas características dos contratos administrativos. CARACTERISTICAS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO CA RA CT ER IS TI CA S D O C ON TR AT O AD M IN IST RA TI VO DIREITO PROCESSUAL - O Direito Processual é o ramo do Direito Público que regulamenta a forma que as ações judiciais se desenvolverão no Judiciário. - Traz as regras que chamamos de “direito formal”, enquanto o Direito Civil, por exemplo, traz as regras de “direito material”. - Para entendermos este sistema, podemos visualizar o direito material como sendo “o jogo”, enquanto o direito processual traz “as regras do jogo”. - Exemplo: direito de propriedade. Enquanto o direito civil estabelece como se origina e se extingue este direito, o direito processual civil determinará como se deve proceder para retomá-lo. DIVISÕES DO DIREITO PROCESSUAL - O Direito Processual é dividido em três grandes ramos: Direito Processual Civil, Direito Processual Penal e Direito Processual do Trabalho, correspondentes a cada uma das áreas do direito material. - O Código de Processo Civil, (Lei n. 5.869/73) é a lei que serve de instrumento para o Direito Processual Civil. - O Código de Processo Penal (decreto-lei n. 3.689 - de 03 de outubro de 1941) é o instrumento que traz as disposições relativas ao processo penal. - Já as regras de direito processual do trabalho estão na Consolidação das Leis do Trabalho, (Decreto-lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943) conhecida como “CLT”. ATIVIDADE ? Quais são os princípios previstos na CF e que devem ser respeitados obrigatoriamente pela administração pública ? TÓPICO 3 DIREITO PENAL – DIREITO TRIBUTÁRIO DIREITO PENAL Conceito e Função FUNÇÃO - É a “proteção de bens jurídico-penais (bens do Direito) essenciais ao indivíduo e à comunidade” (PRADO, 2005, p. 23). - Estes bens são a vida, o patrimônio, os costumes, a paz social, etc. - Uma vez atingidos estes bens jurídicos, o infratorficará sujeito às sanções previstas na própria legislação penal (penas ou medidas de segurança). EXEMPLOS: crimes contra a vida, crimes contra o patrimônio, etc... FATO TÍPICO – CRIME E CONTRAVENÇÃO CONTRAVENÇÃO: há uma conduta menos grave e que causa menos prejuízo, sendo que, por isso, se cominam penas mais brandas. Exemplos: o jogo do bicho, uso indevido de uniforme, etc. CRIME: “fato típico e antijurídico” FATO ANTIJURÍDICO: o “fato que, além de típico, não tem a seu favor nenhuma justificativa como a legítima defesa ou o estado de necessidade”. Assim, um homicídio praticado em legítima defesa será típico, mas não será antijurídico, porque haverá uma excludente de antijuridicidade que é a legítima defesa. DOLO E CULPA Nos crimes e contravenções, há de se distinguir a conduta dolosa da conduta culposa. Assim, são dolosos os crimes intencionais! DOLO = INTENÇÃO DE PRODUZIR O RESULTADO OU ASSUMIR O RISCO DE PRODUZI-LO DOLO E CULPA Na culpa, ao contrário, não há intenção na prática do fato delituoso, “faltando também o agente a um dever de atenção e cuidado”. A ação culposa ocorre em três tipos de conduta: NEGLIGÊNCIA: displicência, relaxamento, falta de atenção devida, como não observar a rua ao dirigir IMPRUDÊNCIA: Conduta precipitada ou afoita, a criação desnecessária de um perigo, como dirigir veículo em excesso de velocidade IMPERÍCIA: É a falta de habilidade técnica para certas habilidades, como não saber manobrar direito um veículo DIFERENÇAS ENTRE CRIMES CULPOSOS E DOLOSOS ERRATA Observe que na unidade 2 tópico 3 (LIVRO IMPRESSO) quando trata de Penas e Medidas de Segurança, quando se lê "RESTRITIVA DE LIBERDADE" está INCORRETO. Correto: PRIVATIVA DE LIBERDADE. ESPÉCIES DE PENAS Regime fechado (cumprimento na penitenciária) Regime semiaberto e aberto = reclusão e detenção. MEDIDAS DE SEGURANÇA AÇÕES PENAIS - As ações penais são os meios através dos quais o Estado realizará a persecução penal. - De forma geral, as ações penais são de duas espécies: públicas ou privadas. AÇÕES PENAIS - Na maioria dos crimes, as ações penais são públicas, ou seja, quem inicia a ação penal é o Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça, que oferece a denúncia, independentemente da vontade do ofendido. - Já as ações privadas são aquelas em que o início da ação penal somente ocorre mediante a iniciativa do ofendido, por meio da “queixa-crime”. Exemplos de crimes que somente terão a ação penal iniciada mediante queixa-crime: calúnia, injúria e difamação CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO - São vários! A lei especifica quais são, seus tipos legais, com suas características principais e as penas a ele cominadas. - Vejam Quadro 1 – página 77 até a 79. DIREITO TRIBUTÁRIO • O Direito Tributário estuda todas as normas que dizem respeito à arrecadação de tributos. • Existem várias formas de tributo: impostos, contribuições de melhoria e taxas. TÓPICO 4 DIREITO ELEITORAL E DIREITO MILITAR DIREITO ELEITORAL • O Direito Eleitoral disciplina o processo eleitoral. • Segundo Rizatto Nunes (2003, p. 127), o Direito Eleitoral: “compõe-se do conjunto das normas jurídicas que disciplinam a escolha dos membros do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Essas normas estabelecem os critérios e condições para o eleitor votar, para alguém se candidatar, bem como as datas das eleições, as formas das apurações, o número de candidatos a serem eleitos, fixando as bases para a criação e funcionamento dos partidos políticos etc.” DIREITO MILITAR • Para Martins, (2008 p. 42) , “o direito militar pode ser definido como o conjunto harmônico de princípios e normas jurídicas que regulam matéria de natureza militar, podendo ser de caráter constitucional, penal ou administrativo.” • É, pois, o direito que regulamenta a atividade dos militares. BASICAMENTE.... TÓPICO 5 RAMOS ESPECIAIS DO DIREITO: DIREITO DO TRABALHO E DIREITO DO CONSUMIDOR PARA CONHECIMENTO: - O Direito do Trabalho e o Direito do Consumidor têm sido enquadrados pela doutrina como ramos especiais, que não pertencem nem ao Direito Público, nem ao Direito Privado entre empregado e empregador/ entre grupos ou associações RESPONSABILIDADES DO FORNECEDOR - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição (posse) e riscos. - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar. - Ver responsabilidades (página 91). DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO - Apesar de ser garantido ao consumidor o direito de reclamar, este direito não é eterno! - O art. 26 do Código de Defesa do Consumidor, traz os prazos de decadência e prescrição do direito de reclamar. PUBLICIDADE E PROPAGANDA O CDC regulamenta também a publicidade, especialmente no que se refere à oferta de produtos e serviços. Sobre a publicidade, exige o CDC: • Sua fácil identificação pelo consumidor (art. 36); • Proibição de publicidade enganosa ou abusiva (art. 37). ESCLARECENDO.... Publicidade enganosa = induz o consumidor ao erro (características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços) Publicidade abusiva = capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança (incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais) TÓPICO 6 DIREITO PÚBLICO EXTERNO: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO REFORÇANDO O CONHECIMENTO... - Qual ramo do Direito pertence o Direito Internacional Público? Direito Público externo Qual o principal objetivo do Direito Internacional Público? Reger os direitos e deveres internacionais tanto dos Estados, de certos organismos interestatais, quanto dos indivíduos. REFORÇANDO O CONHECIMENTO... REFORÇANDO... Quais as principais fontes do Direito Internacional Público? Convenções internacionais, o costume internacional, os princípios gerais de direito, decisões judiciárias, doutrina dos publicistas, tratados e convenções internacionais. Leitura complementar - “A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA EMPRESA COMO ATITUDE POSITIVA ORIENTADA PELA LEI” Até semana que vem... - Realizar a Avaliação 2 (conteúdo referente a Unidade 2) - Semana que vem, fechamos a disciplina com a última unidade do livro didático!