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<p>1LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>Unidade 4 – Capítulo 1- A era da selfie</p><p>Crônica argumentativa</p><p>Quando pensamos em textos de opinião, um dos primeiros gêneros que vem à nossa memória é o</p><p>artigo de opinião. Contudo, existe um gênero em que o posicionamento de um autor sobre um assunto</p><p>é revelado, mas de maneira mais leve, mais descontraída, sem tanto compromisso com a persuasão.</p><p>Esse gênero é a crônica argumentativa.</p><p>A crônica, como você já sabe, é um gênero que circula entre o jornalismo e a literatura e tem como</p><p>principal característica o fato de tratar de temas que fazem parte do cotidiano. Existem vários tipos</p><p>de crônicas e uma de suas formas modernas é a crônica argumentativa. Na crônica argumentativa o</p><p>cronista expõe sua opinião sobre um assunto e busca persuadir o leitor a concordar com ele por meio</p><p>de argumentos. Diferentemente de um artigo de opinião, contudo, os argumentos utilizados pelo cro-</p><p>nista não precisam ser validados com dados. Podem ser impressões de fatos corriqueiros, de situações</p><p>cotidianas, engraçadas ou difíceis pelas quais todos nós passamos.</p><p>A crônica argumentativa possui uma linguagem mais solta, descontraída. O autor pode utilizar</p><p>pequenos gracejos em sua escrita, explorar a ironia e o humor, dando um toque bem pessoal ao texto.</p><p>Textos assim nos levam a pensar sobre coisas nas quais possivelmente não pensaríamos, aparentemente</p><p>muitos simples, óbvias. Contudo, pelo olhar do cronista esses assuntos nos são revelados e podemos</p><p>perceber sua grandeza. Crônicas argumentativas circulam no meio jornalístico e servem para nos levar</p><p>à reflexão, gerar discussões e entreter. Como toda crônica, é um texto curto com linguagem simples e</p><p>descontraída.</p><p>A seguir você vai ler um trecho de uma crônica argumentativa de Martha Medeiros, que escreve</p><p>regularmente em um jornal gaúcho. Procure verificar a forma como a autora expõe seus pensamentos,</p><p>sua opinião e usa a linguagem, além dos fatos que apresenta para reforçar seus argumentos.</p><p>A arte de viver</p><p>Martha Medeiros</p><p>Uns cantam, uns dançam, outros fazem embaixadas por 24 horas sem deixar a bola cair.</p><p>Uns são campeões de paraquedismo, uns pintam telas abstratas, outros equilibram pratos na</p><p>ponta do nariz. [...]</p><p>Quem não tem um talento especial acaba se sentindo um penetra nesta festa onde todos</p><p>têm tido os seus quinze minutos de Caras. [...] Como não se sentir descartado nesse planeta de</p><p>tantos destaques? Simples: Valorizando nossos pequenos grandes talentos. [...]</p><p>A vida é uma arte. [...]</p><p>A arte de perceber segundas intenções, a arte de se controlar, a arte de fixar prioridades,</p><p>a arte de saber furar os bloqueios, a arte de não desistir na primeira dificuldade, a arte de não</p><p>viver uma vida de aparências, a arte de andar desarmado, metafórica e literalmente falando.</p><p>[...]</p><p>MEDEIROS, Martha. NON-STOP Crônicas do cotidiano. Porto Alegre: L&PM POCKET. p. 19-20, 2007. Fragmento.</p><p>2 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>A crônica A arte de viver é uma espécie de catálogo de assuntos para uma boa crônica. No trecho</p><p>que você leu aparecem alguns dos pequenos talentos que a autora considera uma verdadeira obra de</p><p>arte da vida diária. Escolha um desses assuntos e escreva uma crônica argumentativa sobre ele. Para</p><p>facilitar seu trabalho, reflita sobre as seguintes questões:</p><p>Qual é a importância do autocontrole?</p><p>Qual é a importância de buscar alternativas para solucionar problemas?</p><p>Qual é a importância de estabelecer prioridades?</p><p>Qual é a importância da persistência?</p><p>Qual é a importância de se viver uma vida real e não de aparências?</p><p>Esses são alguns questionamentos construídos com base no trecho que você leu. Selecione um deles</p><p>e escreva uma crônica em que seu ponto de vista fique evidente. Depois, por meio de argumentação,</p><p>leve o leitor a concordar com você. Lembre-se: a crônica deve ter uma linguagem leve e descontraída.</p><p>Depois de prontos, os textos devem ser compartilhados com a turma.</p><p>Proposta de produçãoC</p><p>T</p><p>O trabalho com a crônica argumentativa vai ao encontro da habilidade EF69LP07, pois solicita-se</p><p>uma produção de texto considerando sua adequação ao contexto de produção, à variedade linguís-</p><p>tica apropriada, à construção da textualidade, utilizando estratégias de planejamento, elaboração,</p><p>revisão, edição e reescrita, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e</p><p>aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de con-</p><p>cordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes,</p><p>acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.</p><p>1. O que a cronista defende na crônica? Como ela embasa sua opinião?</p><p>2. O que a autora sugere para não nos sentirmos descartados num mundo com tantas celebridades?</p><p>3. Cite ao menos três talentos utilizados por Martha Medeiros como exemplos.</p><p>4. E você, o que pensa sobre o assunto? Para você quais são os desafios do dia a dia? Cite alguns</p><p>exemplos e depois discuta com a turma.</p><p>ATIVIDADES</p><p>Ela defende que a vida é uma arte, que o fato de vencer os obstáculos do dia a dia é um</p><p>verdadeiro talento. Para embasar essa opinião ela apresenta exemplos de situações corriqueiras</p><p>que, para serem vencidas, exigem muita competência, destreza e boa vontade das pessoas.</p><p>Ela sugere valorizarmos nossos pequenos talentos.</p><p>Há várias possibilidades de resposta. Considerar todos os exemplos citados no último parágrafo.</p><p>Resposta pessoal.</p><p>3LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>A crônica A arte de viver é uma espécie de catálogo de assuntos para uma boa crônica. No trecho</p><p>que você leu aparecem alguns dos pequenos talentos que a autora considera uma verdadeira obra de</p><p>arte da vida diária. Escolha um desses assuntos e escreva uma crônica argumentativa sobre ele. Para</p><p>facilitar seu trabalho, reflita sobre as seguintes questões:</p><p>Qual é a importância do autocontrole?</p><p>Qual é a importância de buscar alternativas para solucionar problemas?</p><p>Qual é a importância de estabelecer prioridades?</p><p>Qual é a importância da persistência?</p><p>Qual é a importância de se viver uma vida real e não de aparências?</p><p>Esses são alguns questionamentos construídos com base no trecho que você leu. Selecione um deles</p><p>e escreva uma crônica em que seu ponto de vista fique evidente. Depois, por meio de argumentação,</p><p>leve o leitor a concordar com você. Lembre-se: a crônica deve ter uma linguagem leve e descontraída.</p><p>Depois de prontos, os textos devem ser compartilhados com a turma.</p><p>Proposta de produçãoC</p><p>T</p><p>O trabalho com a crônica argumentativa vai ao encontro da habilidade EF69LP07, pois solicita-se</p><p>uma produção de texto considerando sua adequação ao contexto de produção, à variedade linguís-</p><p>tica apropriada, à construção da textualidade, utilizando estratégias de planejamento, elaboração,</p><p>revisão, edição e reescrita, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e</p><p>aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de con-</p><p>cordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes,</p><p>acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.</p><p>4 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Crônica argumentativa</p><p>Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são</p><p>possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e</p><p>reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios</p><p>alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda</p><p>versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e</p><p>posterior reescrita, feita por eles.</p><p>ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero</p><p>1. O aluno escreveu uma crônica sobre um dos temas propostos?</p><p>2. O aluno apresentou posicionamento</p><p>sobre o tema?</p><p>3. O aluno apresentou argumentos que justificam a opinião dele?</p><p>4. O aluno apresentou uma linguagem mais leve e descontraída?</p><p>TOTAL</p><p>CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>5. Progressão e coerência</p><p>6. Riqueza e relevância de informações (posiciona-</p><p>mento, seleção de argumentos, linguagem leve e</p><p>descontraída).</p><p>TOTAL</p><p>COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero</p><p>7. Paragrafação (continuidade de ideias)</p><p>8. Pontuação</p><p>9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)</p><p>10. Construção de frases</p><p>TOTAL</p><p>NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>11. Ortografia e acentuação</p><p>12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano</p><p>TOTAL</p><p>TOTAL GERAL</p><p>5LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>Unidade 4 – Capítulo 2 –</p><p>Quanto vale uma imagem?</p><p>Trecho de romance - Narrativa</p><p>Já parou para pensar na infinidade de mundos que você pode conhecer por meio dos livros? Com</p><p>base neles, podemos obter conhecimento e diversão, aprendemos coisas novas e ao mesmo tempo</p><p>nos encantamos com as narrativas.</p><p>Quando procuramos um livro para entretenimento normalmente nos deparamos com um romance.</p><p>O romance é uma obra literária extensa, normalmente organizada em capítulos. Nele, os personagens</p><p>vivem uma cadeia de acontecimentos que definem o desenrolar da trama. Esses personagens estão</p><p>inseridos em determinado ambiente – o espaço da narrativa – e os acontecimentos ocorrem em deter-</p><p>minado tempo – que pode ser cronológico ou psicológico. Assim como em narrativas menores, como</p><p>as crônicas e os contos, o romance necessita de um narrador, aquele que conta os fatos. Às vezes esse</p><p>narrador é um dos personagens da história, às vezes ele apenas conta os fatos sem deles participar.</p><p>Quanto ao enredo, ou seja, os acontecimentos narrados, ele apresenta alguns momentos essenciais:</p><p>situação inicial, desenvolvimento, clímax e desfecho, sendo o clímax o momento decisivo e o desfecho</p><p>a revelação de como a história acaba.</p><p>Existem diversos tipos de romance: de aventura, policial, histórico, de fantasia, romântico, entre</p><p>outros. Algumas vezes, um autor de romance pode se valer de acontecimentos reais para criar sua his-</p><p>tória, misturando realidade e ficção. Existem também aqueles romances em que o irreal, o ilógico e a</p><p>fantasia prevalecem, bem como aqueles mais próximos de situações reais. O romance é um gênero lite-</p><p>rário capaz de agradar uma infinidade de públicos, pois dispõe de uma infinidade de temas e de estilos.</p><p>Dentre os principais romancistas do Brasil, destacam-se: Machado de Assis, Graciliano Ramos e</p><p>Jorge Amado. O romance é um produto cultural tão rico que muitas vezes dá origem a outras produções</p><p>culturais, como filmes e peças de teatro. O trecho de romance que você vai ler agora é o início de uma</p><p>saga que alcançou grande sucesso no mundo todo. Trata-se de uma das obras mais lidas pelo público</p><p>infantojuvenil nos tempos modernos: Harry Potter e a Pedra Filosofal. Leia com atenção um trecho do</p><p>primeiro capítulo e depois responda às questões propostas.</p><p>O menino que sobreviveu</p><p>O Sr. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, nº 4, se orgulhavam de dizer que eram perfeita-</p><p>mente normais, muito bem, obrigado. Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que</p><p>se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam</p><p>com esse tipo de bobagem.</p><p>O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada Grunnings, que fazia perfurações. Era um</p><p>homem alto, corpulento, e quase sem pescoço, embora tivesse enormes bigodes. A Sra. Dursley</p><p>era magra e loura e tinha um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal, o que</p><p>era muito útil porque ela passava grande parte do tempo espichando-o por cima da cerca do</p><p>jardim para espiar os vizinhos.</p><p>6 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>Os Dursley tinham um filhinho chamado Dudley, o Duda, e em sua opinião não havia ga-</p><p>roto melhor em nenhum lugar do mundo. Os Dursley tinham tudo que queriam, mas tinham</p><p>também um segredo, e seu maior receio era que alguém o descobrisse. Achavam que não iriam</p><p>aguentar se alguém descobrisse a existência dos Potter. A Sra. Potter era irmã da Sra. Dursley,</p><p>mas não se viam havia muitos anos; na realidade a Sra. Dursley fingia que não tinha irmã, porque</p><p>esta e o marido imprestável eram o que havia de menos parecido possível com os Dursley. Eles</p><p>estremeciam só de pensar o que os vizinhos iriam dizer se os Potter aparecessem na rua. Os</p><p>Dursley sabiam que os Potter tinham um filhinho, também, mas nunca o tinham visto. O garoto</p><p>era mais uma razão para manter os Potter a distância; eles não queriam que Duda se misturasse</p><p>com uma criança daquelas.</p><p>Quando o Sr. e a Sra. Dursley acordaram na terça-feira monótona e cinzenta em que a</p><p>nossa história começa, não havia nada no céu nublado lá fora sugerindo as coisas estranhas e</p><p>misteriosas que não tardariam a acontecer por todo o país. O Sr. Dursley cantarolava ao esco-</p><p>lher a gravata mais sem graça do mundo para ir trabalhar e a Sra. Dursley fofocava alegremente</p><p>enquanto lutava para encaixar Duda aos berros na cadeirinha alta.</p><p>Nenhum deles reparou em uma coruja parda que passou, batendo as asas, pela janela.</p><p>Às oito e meia, o Sr. Dursley apanhou a pasta, deu um beijinho no rosto da Sra. Dursley e</p><p>tentou dar um beijo de despedida em Duda mas não conseguiu, porque na hora Duda estava</p><p>tendo um acesso de raiva e atirava o cereal nas paredes.</p><p>– Pestinha – disse rindo contrafeito o Sr. Dursley ao sair de casa. Entrou no carro e deu</p><p>marcha à ré para sair do estacionamento do número quatro.</p><p>Foi na esquina da rua que ele notou o primeiro indício de que algo estranho ocorria - um</p><p>gato lia um mapa. Por um instante o Sr. Dursley não percebeu o que vira – em seguida, virou</p><p>rapidamente a cabeça para dar uma segunda olhada. Havia um gato de listras amarelas sentado</p><p>na esquina da rua dos Alfeneiros, mas não havia nenhum mapa à vista. Em que estaria pensando</p><p>naquela hora? Devia ter sido um efeito da luz. Ele piscou e arregalou os olhos para o gato. O</p><p>gato o encarou. Enquanto virava a esquina e subia a rua, espiou o gato pelo espelho retrovisor.</p><p>Ele agora estava lendo a placa que dizia rua dos Alfeneiros – não, estava olhando a placa: gatos</p><p>não podiam ler mapas nem placas. O Sr. Dursley sacudiu a cabeça e tirou o gato do pensamento.</p><p>Durante o caminho para a cidade ele não pensou em mais nada exceto no grande pedido de</p><p>brocas que tinha esperanças de receber naquele dia.</p><p>[...]</p><p>Disponível em: https://www.rocco.com.br/admin/Arquivos/LivroTrecho/c1a9310b-1093-4a0e-</p><p>a7ad-fe4d30adaa8fHarryilustrado_CAP01.pdf. Acesso em: 11 fev. 2019. Fragmento.</p><p>7LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>1. Como o casal Dursley é descrito no início do texto?</p><p>2. Em que espaço os fatos ocorrem no trecho que você leu?</p><p>3. No texto, o pequeno Duda, o filho do casal Dursley, é descrito pelos pais como um menino</p><p>adorável. As ações do garoto comprovam isso? Explique.</p><p>4. Numa terça-feira, enquanto ia para o trabalho, que fato incomum chamou a atenção do Sr.</p><p>Dursley?</p><p>5. O casal Dursley, que se autodenominava normal, tinha um segredo. Qual segredo era esse?</p><p>6. Como se apresenta o narrador na passagem do livro que você acabou de ler?</p><p>ATIVIDADES</p><p>Como um casal que se autodenominava normal. O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada</p><p>Grunnings, era alto, corpulento e quase sem pescoço. A Sra. Dursley era magra e loura e tinha</p><p>um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal. Ela gostava de passar parte de</p><p>seu tempo espiando os vizinhos por cima da cerca.</p><p>Os fatos ocorrem na Rua dos Alfeneiros, número 4, endereço dos Dursley.</p><p>Não, na verdade, o menino parece ser uma criança bastante excêntrica e birrenta, como é</p><p>descrito na cena em que ele não quer sentar na cadeirinha e atira o cereal na parede.</p><p>Ele viu que um gato lia um mapa, logo depois viu o mesmo gato lendo a placa que indicava</p><p>a Rua dos Alfeneiros.</p><p>A senhora Dursley tinha uma irmã que não via há muitos anos. Essa irmã era casada e tinha um</p><p>filhinho. Para o casal Dursley essa</p><p>outra família, os Potter, era completamente diferente deles,</p><p>por isso era melhor que ficassem bem afastados.</p><p>Um narrador em 3ª pessoa que testemunha os fatos.</p><p>8 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>O trecho que você leu narra a situação inicial do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal. Nesse trecho</p><p>já é possível perceber que fatos fora do comum vão acontecer, por exemplo, quando o narrador chama</p><p>a atenção para a presença da coruja na janela e o fato de o Sr. Dursley duvidar se viu um gato lendo um</p><p>jornal e uma placa. Esses elementos marcam a presença de fantasia na obra.</p><p>Usando toda sua imaginação e criatividade, você e seus colegas irão escrever pequenas histórias,</p><p>pequenas narrativas que apresentarão um fator comum: a presença da magia, do ilógico, do irreal, do</p><p>absurdo. Contudo, desta vez sua produção não será apenas sua, mas de um grupo de colegas. Cada</p><p>aluno da turma deverá apenas escrever a situação inicial da história. Depois, conforme orientação de</p><p>seu professor, essa situação inicial deverá ser entregue a um outro colega, que deverá desenvolver a</p><p>narrativa. Em seguida, novamente os textos serão trocados e os alunos deverão escrever o clímax e o</p><p>desfecho da história. Essas etapas de escrita devem acontecer de forma que o aluno que iniciou o texto</p><p>não o receba novamente. Ao final dessa produção, sua turma irá dispor de uma grande quantidade de</p><p>histórias que deverão ser lidas pela turma.</p><p>Para produzir esses textos, você deverá ficar atento para garantir sempre uma sequência adequada</p><p>para a história, levando sempre em conta aquilo que os colegas escreveram antes. Deve ficar bastante</p><p>atento também às normas de escrita, à ortografia e à concordância.</p><p>O texto deverá, obrigatoriamente:</p><p>• apresentar situação inicial, desenvolvimento, clímax e desfecho;</p><p>• apresentar elementos ilógicos, irreais;</p><p>• ter título;</p><p>• estar de acordo com as normas do português padrão (se necessário, faça correções de linguagem</p><p>no texto que você receber).</p><p>Proposta de produçãoC</p><p>T</p><p>A produção da narrativa a ser feita pelos alunos contempla as habilidades da BNCC</p><p>EF69LP51, que propicia o engajamento nos processos de planejamento, textualização, revisão/</p><p>edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas de uma</p><p>narrativa, considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário;</p><p>EF89LP35, ao proporcionar a criação de narrativa usando os conhecimentos sobre os constituintes</p><p>estruturais e recursos expressivos do gênero, produzido em grupo, por meio de escrita colaborativa.</p><p>9LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Trecho de narrativa</p><p>Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são</p><p>possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e</p><p>reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios</p><p>alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda</p><p>versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e</p><p>posterior reescrita, feita por eles.</p><p>ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero</p><p>1. O aluno envolveu-se na criação de um texto coletivo, levando em con-</p><p>ta as informações previamente apresentadas pelos colegas?</p><p>2. O texto apresenta as partes que compõem o enredo?</p><p>3. Há elementos fantasiosos, de situações mágicas?</p><p>4. O título é coerente?</p><p>TOTAL</p><p>CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>5. Progressão e coerência</p><p>6. Riqueza e relevância de informações (criativida-</p><p>de, elementos irreais e título coerente com a criação</p><p>coletiva).</p><p>TOTAL</p><p>COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero</p><p>7. Paragrafação (continuidade de ideias)</p><p>8. Pontuação</p><p>9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)</p><p>10. Construção de frases</p><p>TOTAL</p><p>NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>11. Ortografia e acentuação</p><p>12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano</p><p>TOTAL</p><p>TOTAL GERAL</p><p>10 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>Unidade 4 – Capítulo 3 – Retratos do mundo</p><p>Biografia não ficcional</p><p>Quem são as personalidades que você admira? Já parou para pensar sobre a trajetória de vida</p><p>das pessoas por quem você sente admiração: um jogador de futebol, um escritor, um apresentador</p><p>de televisão, um cientista, um ator ou atriz ou até mesmo seu youtuber favorito? Muitas vezes, por</p><p>admiração ou necessidade, precisamos pesquisar informações detalhadas sobre a vida de alguém e o</p><p>gênero textual que nos auxilia nesse momento é a biografia (bio é vida e grafia é escrita).</p><p>A biografia é um gênero textual que mistura história, jornalismo e literatura. Ela apresenta os fa-</p><p>tos mais marcantes da vida de uma personalidade que se destacou por seus feitos ou que despertam</p><p>curiosidade popular. Os fatos revelados em biografias podem seguir a ordem cronológica dos aconte-</p><p>cimentos ou serem divididos por temas (amores, conquistas, curiosidades, por exemplo). Trata-se de</p><p>um gênero de natureza não ficcional, ou seja, todos os fatos devem estar de acordo com a realidade.</p><p>Quem escreve a biografia não deve emitir juízos sobre o biografado. É importante que os relatos sejam</p><p>apresentados de forma imparcial.</p><p>Biografias podem ser encontradas em livros, revistas e sites da internet. A extensão do texto varia</p><p>bastante, pode ir desde um relato pequeno, bem resumido, até um livro extenso e detalhado, acom-</p><p>panhado de fotografias, documentos e, às vezes, até de depoimentos do biografado.</p><p>O texto que você vai ler é um trecho da biografia de J. K. Rowling, a autora da saga Harry Potter.</p><p>Leia-a com atenção e depois responda às questões.</p><p>J.K. Rowling</p><p>Nascida em Yate, na Inglaterra, em 31 de julho de 1965, J.K. Rowling tinha uma vida humilde</p><p>antes de escrever Harry Potter e a Pedra Filosofal, um romance de fantasia infantil. O livro foi um</p><p>best-seller mundial e Rowling escreveu os outros volumes da série, que venderam centenas de</p><p>milhares de cópias e foram adaptados a uma franquia cinematográfica de sucesso estrondoso</p><p>nas bilheterias. [...]</p><p>Joanne Rowling, mais conhecida como J.K. Rowling, nasceu em 31 de julho de 1965, em</p><p>Yate, na Inglaterra. A sigla J.K. vem da incorporação do nome de sua avó, Kathleen. [...] Rowling</p><p>se tornou uma sensação literária internacional em 1999, quando os três primeiros volumes da</p><p>série de livros infantis Harry Potter ficaram nas primeiras três posições da lista de best-sellers do</p><p>The New York Times após atingirem o mesmo sucesso no Reino Unido. A aceitação fenomenal</p><p>dos livros de Rowling chegou ao auge em julho de 2000, quando o quarto volume da série, Harry</p><p>Potter e o Cálice de Fogo, se tornou o livro mais rapidamente vendido da história.</p><p>[...]</p><p>Apesar de a série Harry Potter ter acabado, J.K. Rowling continua a trabalhar em outros livros.</p><p>Os Contos de Beedle, o Bardo, uma coleção de cinco fábulas mencionadas nos livros de Harry</p><p>Potter e que foi lançada em 2008. Rowling doou todos os royalties do livro para a Children’s High</p><p>Level Group, uma instituição de caridade que Rowling ajudou a fundar para crianças carentes</p><p>do Leste Europeu, a qual foi renomeada de Lumos.</p><p>[...]</p><p>Disponível em: https://seuhistory.com/biografias/jk-rowling Acesso em: 12 fev. 2018. Fragmento.</p><p>11LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>1. Qual fato da vida de J.K. Rowling fez com que ela fosse conhecida no mundo todo?</p><p>2. Como foi feita a composição do nome da escritora?</p><p>3. No texto, que dados sobre a vida da autora são apresentados?</p><p>4. Qual ação da biografada é enfatizada no último trecho do texto?</p><p>ATIVIDADES</p><p>Ela escreveu a série Harry Potter, que veio a se tornar um best-seller mundial.</p><p>Ao sobrenome Rowling foi acrescentada a sigla J.K., que vem da incorporação do nome da</p><p>escritora, Joanne, ao de sua avó, Kathlenn.</p><p>O texto revela o local de origem de J.K. Rowling, bem como sua data de nascimento e</p><p>informações sobre sua vida antes da publicação da</p><p>série. O texto também revela como se deu</p><p>o sucesso de suas obras e traz informações sobre trabalhos posteriores a Harry Potter.</p><p>No último trecho é revelado que a autora destinou os lucros de um trabalho realizado após</p><p>Harry Potter para uma instituição de caridade chamada Lumos.</p><p>12 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>Em grupos, conforme a orientação de seu professor, pesquisem dados sobre a vida de um ídolo, de</p><p>uma pessoa que você e seus colegas admiram. Depois vocês deverão compilar todos os dados obtidos</p><p>em um texto biográfico. O texto deverá apresentar:</p><p>• dados sobre a origem do biografado (local de origem, data de nascimento);</p><p>• informações gerais sobre a vida da personalidade (onde estudou, como foi a infância, principais</p><p>obras);</p><p>• informações sobre qual a área de atuação do biografado;</p><p>• curiosidades.</p><p>Depois de pronta, a biografia deverá ser apresentada para a turma toda, em data determinada</p><p>por seu professor. Se a equipe concordar, poderá ser representada em forma de teatro com um dos</p><p>componentes fantasiado como se fosse a personalidade biografada. Você pode também selecionar</p><p>imagens da pessoa ou trechos de vídeos em que ela apareça. Tudo isso ajudará a tornar a apresentação</p><p>mais dinâmica e atraente.</p><p>Proposta de produçãoC</p><p>T</p><p>Esse trabalho contempla as habilidades da BNCC:</p><p>EF69LP07, ao proporcionar a produção de biografia e levar em consideração os enunciadores</p><p>envolvidos, os objetivos de escrita, o suporte, a circulação, ao modo (escrito ou oral à construção</p><p>da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de</p><p>planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/e avaliação de textos, para, com a ajuda do</p><p>professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes,</p><p>acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos.</p><p>EF69LP38, ao propor a organização de dados e informações pesquisados em apresentação,</p><p>levando em conta o contexto de produção, considerando elementos paralinguísticos e cinésicos</p><p>ao proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, com</p><p>base no planejamento e na definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada com apoio</p><p>da leitura ou fala espontânea.</p><p>13LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Biografia</p><p>Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são</p><p>possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e</p><p>reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios</p><p>alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda</p><p>versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e</p><p>posterior reescrita, feita por eles.</p><p>ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero</p><p>1. O texto apresenta dados sobre a origem do biografado?</p><p>2. O texto descreve os principais feitos do biografado?</p><p>3. O texto revela a área de atuação do biografado e curiosidades sobre a</p><p>vida dele?</p><p>4. O grupo apresentou a biografia para a turma?</p><p>TOTAL</p><p>CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>5. Progressão e coerência</p><p>6. Riqueza e relevância de informações (dados sobre</p><p>o biografado, apresentação dos principais fatos da</p><p>vida do biografado, revelação de sua área de atua-</p><p>ção e curiosidades, apresentação clara para turma)</p><p>TOTAL</p><p>COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero</p><p>7. Paragrafação (continuidade de ideias)</p><p>8. Pontuação</p><p>9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)</p><p>10. Construção de frases</p><p>TOTAL</p><p>NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>11. Ortografia e acentuação</p><p>12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano</p><p>TOTAL</p><p>TOTAL GERAL</p><p>14 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>Unidade 5 – Capítulo 1 – Vendo e lendo</p><p>Entrevista</p><p>Na unidade anterior você viu que uma boa forma de conhecer um pouco mais sobre pessoas</p><p>famosas e notáveis é lendo suas biografias. Além de biografias, um gênero textual que dá ao público a</p><p>oportunidade de saber mais sobre o trabalho e sobre a vida de pessoas famosas é a entrevista. A entre-</p><p>vista é um gênero que circula no meio jornalístico. Ela serve para obter informações sobre o entrevis-</p><p>tado, que responde a uma série de perguntas elaboradas pelo entrevistador. A linguagem empregada</p><p>na entrevista depende do meio em que ela acontece. Uma entrevista com um jogador de futebol no</p><p>final de um jogo, por exemplo, pode ter uma linguagem mais descontraída e menos formal que uma</p><p>entrevista com um candidato a um cargo político que foi convidado a responder a perguntas em um</p><p>jornal. Além disso, quando se trata de entrevista oral, fatores como expressões faciais, choro e risadas</p><p>acabam se incorporando à mensagem. Quando se trata de entrevista escrita é o jornalista que acaba</p><p>acrescentando essas informações ao texto.</p><p>Quanto ao seu objetivo, a entrevista serve tanto para divulgação de informações científicas quanto</p><p>para saber como se deu o processo de criação de um novo filme, por exemplo. As informações adquiri-</p><p>das em uma entrevista vão depender da área em que o entrevistado atua. Ela pode trazer informações</p><p>como a forma de se prevenir uma doença ou simplesmente satisfazer à curiosidade de um fã sobre a</p><p>vida de seu ídolo.</p><p>Entrevistas podem ser veiculadas em jornais, revistas e sites da internet. Apresenta a versão escrita</p><p>e oral, podendo assim ser veiculada em jornais televisivos, programas de entretenimento, entre outros.</p><p>O texto que você vai ler é um trecho de uma entrevista concedida ao site Amazon pela escritora</p><p>J.K. Rowling na época em que escrevia a série Harry Potter. Leia-o com atenção e depois responda às</p><p>questões propostas.</p><p>“Magia, mistério e mutilação: uma entrevista com J.K.</p><p>Rowling”. Amazon.com, iní cio de primavera de 1999</p><p>Divorciada, vivendo de assistência pública em um pequeno apartamento em Edimburgo</p><p>com sua filha bebê, J.K. Rowling escreveu Harry Potter e a Pedra Filosofal em momentos roubados</p><p>em uma mesa de um café. Felizmente, Harry Potter a resgatou! Nesta entrevista ao Amazon.co.uk,</p><p>Rowling discute o nascimento de nosso herói, o hotel de Manchester onde Quadribol nasceu,</p><p>e como ela deve ter sido um pouco como Hermione quando ela tinha 11 anos.</p><p>Amazon.co.uk: Você queria ser uma autora quando você era mais jovem?</p><p>Jo Rowling: Sim. Eu queria ser uma autora, pelo o que me lembro. Inglês sempre foi minha</p><p>matéria favorita na escola, então por que eu fui em frente para me graduar em francês é algo</p><p>que ninguém adivinhou.</p><p>Amazon.co.uk: Com quantos anos você começou a escrever, e qual foi seu primeiro livro?</p><p>Rowling: Eu escrevi minha primeira história inteira quando eu tinha mais ou menos 6</p><p>anos. Era sobre um coelho chamado Coelho. Muito imaginativa. Eu tenho escrito desde então.</p><p>Amazon.co.uk: Por que você escolheu ser autora?</p><p>Rowling: Se alguém me pedisse a minha receita para a felicidade, o primeiro passo seria</p><p>descobrir o que você mais gosta de fazer no mundo e o segundo passo seria descobrir alguém</p><p>que lhe pague para fazer isso. Eu me considero muito sortuda de fato por conseguir me sus-</p><p>tentar escrevendo.</p><p>[...]</p><p>15LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>Amazon.co.uk: De onde vieram as ideias para os livros de Harry Potter?</p><p>Rowling: Eu não tenho nem ideia de onde as ideias vêm e eu espero nunca descobrir,</p><p>acabaria com a excitação para mim, se fosse porque eu, simplesmente, tenho uma engraçada</p><p>dobrinha na superfície do meu cérebro que me faz pensar em plataformas de trem invisíveis.</p><p>Amazon.co.uk: Como você surgiu com os nomes de seus personagens?</p><p>Rowling: Eu inventei alguns dos nomes nos livros de Harry Potter, mas eu também coleciono</p><p>nomes estranhos. Eu os pego de santas medievais, mapas, dicionários, plantas, memoriais de</p><p>guerra, e de pessoas que eu conheci!</p><p>[...]</p><p>Traduzido por: Frederico Oliveira em 27/01/2006.</p><p>Disponível em: https://conteudo.potterish.com/magia-misterio-e-desordem-uma-</p><p>entrevista-com-jk-rowling/. Acesso em: 16 fev. 2019. Fragmento.</p><p>1. Logo abaixo do título, há um texto escrito pelo jornalista que entrevistou Rowling. Que infor-</p><p>mações são apresentadas nesse texto?</p><p>2. Quando questionada sobre se desejou desde pequena ser escritora, qual foi a resposta de</p><p>Rowling?</p><p>3. Segundo a entrevistada, qual é a receita para a felicidade? Ela a conseguiu?</p><p>4. Como a autora explica o processo de criação dos nomes de seus personagens?</p><p>5. Você concorda com a afirmação da autora de que a receita para a felicidade é fazer o que se</p><p>gosta? Você acha que a maioria das pessoas é feliz com o trabalho que exerce? O que você</p><p>acha que a maioria das pessoas leva em conta na hora de decidir uma futura profissão? Discuta</p><p>com os colegas.</p><p>ATIVIDADES</p><p>Nesse texto o jornalista adianta alguns temas que serão tratados na entrevista e também</p><p>apresenta um breve resumo da trajetória da autora na criação de sua principal obra.</p><p>Ela revela que sempre desejou ser escritora e que sua matéria favorita na escola era o Inglês.</p><p>Segundo a autora, para uma pessoa ser feliz ela precisa descobrir o que mais gosta de fazer</p><p>no mundo e depois encontrar alguém que pague para ela fazer isso. Foi o que aconteceu com</p><p>Rowling, que se considera muito sortuda.</p><p>Ela explica que alguns nomes foram inventados por ela, mas que para outros se inspirou em</p><p>nomes de santas medievais, mapas, dicionários, plantas, memórias de guerra e de pessoas</p><p>que conheceu.</p><p>Resposta pessoal.</p><p>16 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>Escolha alguém para entrevistar.</p><p>Você pode aproveitar o assunto levantado na última questão sobre o texto lido e entrevistar uma</p><p>pessoa a fim de descobrir detalhes da vida profissional dela, se é ou não feliz no trabalho que realiza.</p><p>Para essa produção, o seguinte roteiro irá ajudá-lo:</p><p>• escolha alguém que já atue numa profissão específica há algum tempo (pode ser um tio, um</p><p>primo mais velho, um amigo da família ou mesmo seus pais);</p><p>• elabore perguntas que visam descobrir os motivos que levaram a pessoa a escolher a profissão,</p><p>como é a rotina dela, se ela já pensou em mudar de profissão, do que ela mais gosta e menos</p><p>gosta naquilo que faz;</p><p>• grave a entrevista e depois faça a transcrição para a escrita atentando-se às formalidades da</p><p>língua.</p><p>• crie um título para a entrevista;</p><p>• faça um texto introdutório apresentando o entrevistado (nome, local e data de nascimento,</p><p>profissão);</p><p>• entregue uma versão da entrevista escrita para seu professor.</p><p>Proposta de produçãoC</p><p>T</p><p>A habilidade trabalhada por meio desta produção é a (EF69LP39), que solicita ao aluno definir o</p><p>recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre</p><p>o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista com base no roteiro, abrir</p><p>possibilidades para fazer perguntas com base na resposta, se o contexto permitir, tomar nota,</p><p>gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os</p><p>objetivos estabelecidos.</p><p>17LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Entrevista</p><p>Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são</p><p>possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e</p><p>reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios</p><p>alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda</p><p>versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e</p><p>posterior reescrita, feita por eles.</p><p>ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero</p><p>1. O aluno fez a entrevista buscando informações sobre a profissão do</p><p>entrevistado?</p><p>2. O aluno fez a transcrição clara do conteúdo da entrevista?</p><p>3. Há um texto introdutório que traz informações sobre o entrevistado?</p><p>4. A entrevista apresenta título?</p><p>TOTAL</p><p>CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>5. Progressão e coerência</p><p>6. Riqueza e relevância de informações (construção</p><p>das perguntas de forma a descobrir as informações</p><p>solicitadas, texto de apresentação, transcrição da</p><p>entrevista, título).</p><p>TOTAL</p><p>COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero</p><p>7. Paragrafação (continuidade de ideias)</p><p>8. Pontuação</p><p>9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)</p><p>10. Construção de frases</p><p>TOTAL</p><p>NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>11. Ortografia e acentuação</p><p>12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano</p><p>TOTAL</p><p>TOTAL GERAL</p><p>18 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>Unidade 5 – Capítulo 2 – Pensando as palavras</p><p>Poema</p><p>Com certeza, ao longo de sua vida você se deparou com um poema. Contudo, muita gente con-</p><p>funde poema e poesia. Quando falamos em poema estamos nos referindo à forma do texto composto</p><p>em versos que são divididos em estrofes. Os versos correspondem às linhas que compõem o poema, já</p><p>as estrofes são os conjuntos dessas linhas. Portanto, o poema é uma estrutura textual e nele se constrói</p><p>a poesia.</p><p>Poemas são textos que podem ou não apresentar rimas. Por meio deles, o autor busca emocionar</p><p>o leitor, portanto trabalha com as palavras de tal forma que muitas vezes foge à objetividade, à racio-</p><p>nalidade, e não há problema algum nisso. Toda essa composição irá atribuir poesia ao poema, ou seja,</p><p>a sensação estética que irá mexer com os sentimentos de quem o lê.</p><p>Alguns tipos de poemas assumem formas fixas, como o soneto, mas na maioria das vezes a dispo-</p><p>sição dos versos fica a critério do poeta, que tem a liberdade para trabalhar o formato do texto como</p><p>achar melhor.</p><p>É importante lembrar que a “voz” que fala no poema não é a do poeta que o criou, mas sim do eu</p><p>lírico, definição que se dá para essa voz. Poemas podem ser encontrados nos mais diversos lugares,</p><p>contudo seu suporte mais habitual é o livro.</p><p>Leia agora um trecho de um poema de Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores poetas</p><p>brasileiros. Depois, responda às questões que seguem.</p><p>Para Viver um Grande Amor</p><p>Carlos Drummond de Andrade</p><p>É preciso abrir todas as portas que fecham o coração.</p><p>Quebrar barreiras construídas ao longo do tempo,</p><p>Por amores do passado que foram em vão</p><p>É preciso muita renúncia em ser e mudança no pensar.</p><p>É preciso não esquecer que ninguém vem perfeito para nós!</p><p>É preciso ver o outro com os olhos da alma e se deixar cativar!</p><p>É preciso renunciar ao que não agrada ao seu amor...</p><p>Para que se moldem um ao outro como se molda uma escultura,</p><p>Aparando as arestas que podem machucar.</p><p>É como lapidar um diamante bruto... para fazê-lo brilhar!</p><p>[...]</p><p>Disponível em: http://www.50emais.com.br/41822-2/. Acesso em: 13 fev. 2018. Fragmento.</p><p>Neste bimestre você aprendeu o que é uma paráfrase (se precisar, retome a seção Em tempo na</p><p>página 65 do seu livro). Agora você irá parafrasear o trecho do poema de Drummond que acabou de</p><p>ler. Leia-o novamente, com bastante atenção, e procure encontrar novas palavras para explicar a ideia</p><p>expressa em cada verso. Lembre-se de manter a poesia do texto e manter o texto em versos. Depois,</p><p>compare o seu texto com os dos demais colegas e verifiquem quantas possibilidades de construção</p><p>foram possíveis a partir de uma mesma ideia.</p><p>Proposta de produçãoC</p><p>T</p><p>O trabalho com poema aborda a habilidade da BNCC EF89LP36 ao propor a paródia de poemas</p><p>conhecidos da literatura e a criação de textos em versos, explorando o uso de recursos sonoros e</p><p>semânticos (como figuras de linguagem e jogos de palavras).</p><p>19LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>1. Do que esse poema trata?</p><p>2. Quanto à estrutura, como está organizado o trecho?</p><p>3. Qual ideia é transmitida nesse poema?</p><p>4. O poema apresenta algumas metáforas. Identifique-as.</p><p>ATIVIDADES</p><p>Trata do amor e do que precisamos fazer para vivê-lo.</p><p>O trecho apresenta-se em uma única estrofe e os versos variam pouco em tamanho.</p><p>O poema transmite a ideia de que para viver um grande amor é preciso abrir mão de muitas</p><p>coisas, deixar de lado</p><p>o egoísmo e tentar encontrar o que o outro tem de melhor.</p><p>“É preciso abrir todas as portas que fecham o coração.”</p><p>“Quebrar barreiras construídas ao longo do tempo.”</p><p>“Aparando as arestas que podem machucar.”</p><p>Neste bimestre você aprendeu o que é uma paráfrase (se precisar, retome a seção Em tempo na</p><p>página 65 do seu livro). Agora você irá parafrasear o trecho do poema de Drummond que acabou de</p><p>ler. Leia-o novamente, com bastante atenção, e procure encontrar novas palavras para explicar a ideia</p><p>expressa em cada verso. Lembre-se de manter a poesia do texto e manter o texto em versos. Depois,</p><p>compare o seu texto com os dos demais colegas e verifiquem quantas possibilidades de construção</p><p>foram possíveis a partir de uma mesma ideia.</p><p>Proposta de produçãoC</p><p>T</p><p>O trabalho com poema aborda a habilidade da BNCC EF89LP36 ao propor a paródia de poemas</p><p>conhecidos da literatura e a criação de textos em versos, explorando o uso de recursos sonoros e</p><p>semânticos (como figuras de linguagem e jogos de palavras).</p><p>20 LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>EF</p><p>19</p><p>_9</p><p>_P</p><p>O</p><p>R_</p><p>L2</p><p>_C</p><p>A</p><p>CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 9º ANO – Poema</p><p>Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são</p><p>possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e</p><p>reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios</p><p>alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda</p><p>versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e</p><p>posterior reescrita, feita por eles.</p><p>ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero</p><p>1. O aluno fez uma paráfrase do poema de Drummond?</p><p>2. O aluno conseguiu exprimir a mesma ideia que o texto original?</p><p>3. Houve uso de linguagem poética?</p><p>4. O texto foi escrito em versos?</p><p>TOTAL</p><p>CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>5. Progressão e coerência</p><p>6. Riqueza e relevância de informações (fidelidade à</p><p>ideia original expressa no poema, uso de linguagem</p><p>poética, estrutura em versos).</p><p>TOTAL</p><p>COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero</p><p>7. Forma da escrita em versos</p><p>8. Pontuação</p><p>9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)</p><p>10. Construção de frases</p><p>TOTAL</p><p>NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero</p><p>11. Ortografia e acentuação</p><p>12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano</p><p>TOTAL</p><p>TOTAL GERAL</p>