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<p>APOSTILA DE PINTURA -</p><p>ELABORADA: DAVID ROBERTO BOLDRINI – JUNHO 2019</p><p>MANUAL DE PINTURA INDUSTRIAL</p><p>1 - HISTÓRIA DA TINTA</p><p>A história do uso das cores e da pintura se confunde com a própria história da humanidade. O ser humano na pré-história, possuidor de limitados recursos verbais para transmitir suas experiências, viu-se obrigado a desenvolver alternativas que complementassem sua comunicação e que perpetuasse a informação.</p><p>1.1. A cor na pré-história</p><p>Descobertas atuais demonstram que as gravuras encontradas em cavernas remetem ao último Período Glacial. Os nossos ancestrais perceberam que certos produtos, como o sangue por exemplo, uma vez espalhado nas rochas deixavam marcas que não desapareciam. Logo estes materiais começaram a ser utilizados para transmitir informações. Com a necessidade de aumentar a durabilidade das pinturas e diversificar as cores, as chamadas pinturas rupestres passaram a utilizar óxidos naturais, presumivelmente abundantes junto à superfície do solo naquele tempo, como os ocres e vermelhos.</p><p>Para que fosse possível "pintar" era necessário um ligante que pudesse fixar os pigmentos à superfície conferindo alguma durabilidade. A solução foi misturá-los ao sebo ou seiva vegetal.</p><p>Com o aprimoramento da competência artesanal, ainda no período glacial, começaram a surgir as primeiras ferramentas e equipamentos auxiliares para executar as pinturas, bem como para manufaturar as matérias-primas utilizadas na preparação das tintas.</p><p>Depois disso, durante milhares de anos, pouco se acrescentou às descobertas iniciais. A história começa a registrar novidades quando várias civilizações surgem do longo período de maturação da mente humana.</p><p>1.2. Egito</p><p>Durante o período de 8000 a 5800 a.C. surgiram, desenvolvidos pelos egípcios, os primeiros pigmentos sintéticos. Estes pigmentos eram derivados de compostos de cálcio, alumínio, silício e cobre, razão pela qual possuíam grande gama de azuis, como o até hoje utilizado Azul do Egito. Além do desenvolvimento de pigmentos baseados em materiais minerais também foram desenvolvidos os de origem orgânica.</p><p>Os produtos usados como ligantes incluíam goma arábica, albumina de ovo, cera de abelha entre outros.</p><p>1.3. Grécia e Roma</p><p>Gregos e romanos utilizavam pigmentos como os egípcios, tendo desenvolvido grande variedade de pigmentos minerais, derivados de chumbo, zinco, ferro e orgânicos; derivados de ossos. Assim como no Egito, os bálsamos naturais eram utilizados como proteção para navios, revestindo os cascos.</p><p>Neste período da história são relatados usos de ferramentas como espátulas e trinchas.</p><p>1.4. A pintura no Oriente</p><p>Os orientais utilizavam diversos materiais orgânicos e minerais para suas pinturas.</p><p>Os chineses e japoneses preparavam materiais para decoração de suas porcelanas, sendo que os indianos e persas faziam uso de trinchas e elementos de corte para executar a pintura.</p><p>Ainda neste período os maiores desenvolvimentos se davam em função do uso decorativo da pintura, sem grande importância ao aspecto de conservação.</p><p>1.5. As Américas</p><p>Os índios das Américas, especialmente no que hoje conhecemos como América do Norte, faziam uso de vários materiais de origem vegetal nas suas pinturas e em seus cosméticos, além dos minerais retirados de rios e lagos.</p><p>Os nativos da América do Sul utilizavam penas de pássaros para a confecção de seus apetrechos de pintura. Neste período, algumas pinturas já possuíam boa durabilidade.</p><p>1.6. Idade Média</p><p>Neste período surgem os primeiros registros da utilização de vernizes como proteção para superfícies.</p><p>Estes materiais eram preparados a partir do cozimento de óleos naturais e adição de alguns ligantes.</p><p>1.7. O impulso da Revolução Industrial</p><p>Assim como em outros setores industriais, foi durante o período da Revolução Industrial que a indústria de tintas e vernizes se desenvolveu com maior rapidez.</p><p>O copal e o âmbar eram as resinas mais comumente utilizadas.</p><p>As primeiras indústrias surgiram na Inglaterra, França, Alemanha e Áustria.</p><p>As fórmulas eram tratadas sob sigilo absoluto, e tidas como uma informação de poucos privilegiados.</p><p>1.8. Novos desenvolvimentos</p><p>Durante o século XX, a indústria de tintas passou por grande evolução tecnológica, o que gerou o aparecimento de novos materiais, cada vez mais adequados ao usuário.</p><p>Os desenvolvimentos também trouxeram produtos de maior resistência, garantindo longevidade às superfícies tratadas.</p><p>1.9. Início desta atividade industrial no Brasil</p><p>A história da indústria de tintas brasileira teve início por volta do ano 1900, quando os pioneiros Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da Usina São Cristóvão, ambos imigrantes alemães, iniciaram suas atividades na nova pátria e lar. Sucessivamente outras empresas, atraídas pelo novo mercado potencial, começaram a se instalar em nosso País e desenvolver fortemente o setor.</p><p>2 – CONCEITOS SOBRE TINTAS</p><p>Antes de explicar o conceito de tinta é importante lembrar que estamos nos referindo às tintas de revestimento, e não às tintas gráficas. Esses tipos de tintas são bem distintos.</p><p>Normalmente as tintas de revestimento são classificadas como:</p><p>* Tintas Imobiliárias/Arquitetônicas</p><p>* Tintas para Automóveis e Veículos Automotores (tintas originais e para repintura)</p><p>* Tintas Industriais</p><p>A Tinta é uma composição química formada pela dispersão de pigmentos numa solução ou emulsão de um ou mais polímeros, é uma preparação, geralmente na forma líquida, que, ao ser aplicado na forma de uma película fina sobre uma superfície ou substrato, se transforma num revestimento a ela aderente com a finalidade de higenização, iluminação, proteção, segurança e estética.</p><p>Quando essa tinta não contém pigmentos, ela é chamada de verniz. Por ter pigmentos a tinta cobre o substrato, enquanto o verniz deixa transparente.</p><p>A função de uma tinta ou verniz é revestir as mais variadas superfícies, proteger e embelezar imóveis e produtos industriais, além de sinalizar estradas, ruas, portos, aeroportos e outros.</p><p>De acordo com a superfície na qual vai ser aplicada, a pintura tem finalidades diferentes:</p><p>ALVENARIA</p><p>A pintura evita o esfarelamento do material, a absorção da água da chuva e da sujeira, o desenvolvimento de mofo entre outros.</p><p>MADEIRA</p><p>Além do embelezamento, a tinta na madeira contribui para impedir a absorção de água e umidade pelo material, o que leva a maior durabilidade do mesmo.</p><p>METAL FERROSO – AÇO-CARBONO</p><p>Atualmente a pintura é a solução mais utilizada para o combate à corrosão nestes materiais.</p><p>METAL NÃO FERROSO</p><p>Assim como em todos os outros, a pintura é utilizada para colorir e decorar esses materiais.</p><p>Resinas</p><p>É a parte não volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de pigmentos e são responsáveis pela formação da película protetora na qual se converte a tinta depois de seca. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. Assim, por exemplo, temos as tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas, etc.</p><p>Tintas industriais utilizam uma variedade bastante grande de resinas e sua escolha é feita em função do tipo de substrato, da forma de aplicação, do método de cura ou secagem, etc.</p><p>Antigamente as resinas eram a base de compostos naturais, vegetais ou animais. Hoje em dia são obtidas através da indústria química ou petroquímica por meio de reações complexas, originando polímeros que conferem às tintas propriedades de resistência e durabilidade muito superior às antigas.</p><p>As resinas são formadoras da película da tinta e são responsáveis pela maioria das características físicas e químicas desta, pois determina o brilho, a resistência química e física, a secagem, a aderência entre outras. As primeiras tintas desenvolvidas utilizavam resinas de origem natural (principalmente vegetal). Atualmente, com exceção de trabalhos artísticos, as resinas utilizadas pela indústria de tinta são sintéticas e constituem compostos de alto peso molecular.</p><p>As resinas mais usuais são as alquídicas, epóxi,</p><p>o vapor de umidade do ar começa a condensar.</p><p>Pulverização</p><p>Método de aplicação no qual a tinta é aplicada sob pressão. Tipos específicos de equipamento de pulverização são: aerossol, air less e ar comprimido.</p><p>PVA</p><p>Veja Acetato de polivinila.</p><p>PVC</p><p>Sigla em inglês para Concentração de Pigmento por Volume. Relação do volume de pigmento com o volume total de material não volátil (i.e., pigmento mais ligante). O valor, geralmente, é expresso em percentagem. Valores mais altos (40 a 75%) estão associados a tintas foscas e valores mais baixos (10 a 25%) a tintas brilhantes e semibrilhantes.</p><p>Rachadura</p><p>Formação de trincas numa película seca de tinta ou verniz, geralmente como resultado do envelhecimento ou de movimentos do substrato.</p><p>Radiação ultravioleta (UV)</p><p>A parte do espectro solar que causa danos aos revestimentos e à superfície de madeira não protegida.</p><p>Reflectância</p><p>Relação entre a luz que incide sobre uma superfície e a quantidade de luz por ela refletida.</p><p>Removedor</p><p>Preparado, geralmente líquido, para tirar manchas do soalho, de roupas, etc., ou remover verniz, esmalte, tinta de uma superfície.</p><p>Rendimento</p><p>Grau de cobertura, geralmente expresso em m2/litro. O rendimento real varia com o método de aplicação, porosidade do substrato, etc. e com a natureza da tinta.</p><p>Repelentes de água</p><p>Acabamentos incolores para exteriores especialmente formulados para fazer com que a água forme gotículas sobre a superfície, reduzindo a sua penetração no substrato.</p><p>Resina</p><p>Material natural ou sintético utilizado como ligante numa tinta ou selador. O termo é usado geralmente para ligantes de tintas à base de óleo ou látex, como "resina alquídica" ou "resina acrílica".</p><p>Resistência a abrasão</p><p>Capacidade de uma tinta resistir quando esfregada com escova, esponja ou pano e sabão abrasivo.</p><p>Resistência a aderência</p><p>Capacidade de uma tinta resistir à adesão sobre si mesma quando usada em duas superfícies que entram em contato, por exemplo, porta e batente.</p><p>Resistência a algas</p><p>Capacidade de uma tinta resistir ao crescimento de algas na sua superfície.</p><p>Resistência a corrosão</p><p>Capacidade de uma substância resistir à deterioração provocada pela reação química com o meio externo.</p><p>Resistência a intempéries</p><p>Capacidade de uma tinta resistir aos efeitos de chuva, vento, sol e variações de temperatura, mantendo seu aspecto e integridade.</p><p>Resistência química</p><p>Capacidade de uma tinta resistir ao ataque de agentes químicos.</p><p>Retenção de brilho</p><p>Capacidade de uma tinta conservar o brilho. Aplica-se geralmente em tintas para exteriores.</p><p>Retenção de cor</p><p>Capacidade de uma tinta conservar a sua cor original e resistir ao desbotamento. Esse termo é geralmente aplicado a tintas para exteriores.</p><p>Retoque</p><p>Aplicação de tinta em pequenas áreas para corrigir falhas, marcas, arranhões ou locais em que a cobertura foi deteriorada, para restaurar o acabamento.</p><p>Revestimento</p><p>Tinta, corante, verniz, laca ou outro acabamento que proporciona uma camada protetora e/ou decorativa.</p><p>Sangramento</p><p>Migração de material do substrato, provocando manchas da tinta. Ocorre quando o tanino que se encontra em certos tipos de madeira (como cedro) atravessa o filme e mancha a tinta.</p><p>Saponificação</p><p>Decomposição do ligante de uma tinta por álcali e umidade no substrato (por exemplo, concreto recente). A tinta saponificada pode deteriorar-se, perder adesão e descorar.</p><p>Seco ao toque</p><p>Estágio da secagem no qual o filme já endureceu o suficiente para poder ser tocado levemente sem que a tinta adira ao dedo.</p><p>Seco para lixar</p><p>Estágio da secagem no qual um filme pode ser lixado sem que a tinta empaste excessivamente a lixa.</p><p>Seco para repintar</p><p>Estágio da secagem do filme no qual uma segunda demão pode ser aplicada sem prejudicar a camada anterior.</p><p>Sedimentação</p><p>Deposição de pigmentos ou outro material sólido numa tinta com subseqüente acumulação no fundo do recipiente.</p><p>Selador acrílico siliconizado</p><p>Semelhante a um selador acrílico, mas que contém em sua composição, pequenas quantidades, um silano o que melhora sua adesão sobre vidro e alumínio na presença de umidade.</p><p>Silano</p><p>Substância da família dos silicones adicionada a seladores para melhorar sua adesão sobre vidro e alumínio na presença de umidade.</p><p>Sílica</p><p>Pigmento feito de areia de quartzo moída. É usado como uma carga de reforço para tintas, proporciona uniformidade de brilho e tem bom poder para reduzir o brilho.</p><p>Silicone</p><p>Produto usado na fabricação de ligantes caracterizados por boa resistência ao calor, repelência de água e resistência química. Ingrediente-chave em seladores e na formulação de vários anti-espumantes para tintas látex.</p><p>Sintético</p><p>Diz-se do material que é produzido em laboratório.</p><p>Sólidos</p><p>Material não volátil na composição de um revestimento ou selador. Depois da secagem da tinta constituem a filme seco. Os sólidos são compostos principalmente pelos pigmentos e ligantes.</p><p>Sólidos por volume</p><p>Relação em o volume de componentes sólidos (pigmento e ligante) de uma tinta pelo seu volume total. É expresso em percentagem. Sólidos por volume altos proporcionam um filme mais espesso, resultando em melhor cobertura e durabilidade. Uma tinta a óleo de primeira linha tem de 45 a 65 % de sólidos por volume, uma tinta látex de 35 a 45 % e um selador acrílico de primeira qualidade entre 70 a 80%.</p><p>Solúvel em água</p><p>Capacidade de uma tinta diluir-se em água ou em uma mistura de água e solvente.</p><p>Solvente</p><p>Líquido, geralmente volátil, no qual as partículas de tinta estão dissolvidas ou dispersas.</p><p>Substrato</p><p>Qualquer superfície sobre a qual é aplicado um revestimento.</p><p>Subtom</p><p>Cor de intensidade limitada que empresta caráter à cor dominante do acabamento.</p><p>Talco</p><p>Carga branca á base de silicato de magnésio usada em tintas.</p><p>Taxa de cobertura</p><p>Relação entre volume de tinta e área coberta. Geralmente vem indicada na embalagem e depende da forma de aplicação, da porosidade do substrato bem como do tipo de cobertura.</p><p>Tempo de secagem</p><p>Intervalo de tempo entre a aplicação da tinta e sua completa secagem.</p><p>Terebentina</p><p>Um óleo destilado do pinheiro, incolor e volátil. Antigamente usado como solvente para limpeza, mas que hoje foi substituído por solventes à base de álcool.</p><p>Thinner</p><p>Líquido que, junto com o ligante, forma o veículo da tinta.</p><p>Tingidores opacos</p><p>Tingidores que obscurecem a cor e o grão natural dos veios da madeira, mas ainda permitem que se veja sua textura.</p><p>Tingidores semi-transparentes</p><p>Tingidores que alteram a cor natural da madeira, mas ainda permitem que se veja seus veios e textura.</p><p>Tinta</p><p>Revestimento geralmente opaco composto de ligante, líquidos, aditivos e pigmentos. Aplicada na forma líquida, seca para formar um filme contínuo que protege e embeleza o substrato.</p><p>Tinta à base de água</p><p>Tinta fabricada com látex acrílico, vinílico ou de outros tipos, e solúvel em água. Seca mais rapidamente que tintas a óleo, possui pouco odor, alguma permeabilidade ao vapor d’água e é fácil de limpar.</p><p>Tinta à base de óleo (ou tinta a óleo)</p><p>Tintas feitas com um óleo secante, como linhaça ou soja, como ligante, e aguarrás como solvente. Geralmente formam filmes duros, mas demoram mais para secar do que tintas látex.</p><p>Tinta alumínio</p><p>Tinta, geralmente à base de solvente, contendo partículas de alumínio que fornecem um acabamento metálico.</p><p>Tinta anticorrosiva</p><p>Tinta desenvolvida para reduzir a corrosão quando aplicada diretamente sobre metal.</p><p>Tinta anti-cracas</p><p>Tinta especialmente formulada para superfícies como cascos de barcos e decks. Evita a adesão e o crescimento de plantas e animais marinhos.</p><p>Tinta elástica</p><p>Tinta de nova geração (também chamada de tinta elastomérica para parede) que, quando adequadamente aplicada, acompanha o movimento das rachaduras, permanecendo intacta.</p><p>Tinta fosca</p><p>Tinta com pouco ou nenhum brilho. Usada principalmente em paredes interiores, forros e áreas de paredes externas.</p><p>Tóxico</p><p>Qualidade da substância que é venenoso ou nocivo à saúde.</p><p>Transparente</p><p>Qualidade do material que permite a passagem da luz.</p><p>Trincamento</p><p>Pequenas fissuras sobre a superfície da tinta. Ocorre quando a tinta perde a elasticidade.</p><p>Uretana</p><p>Tipo de ligante usado em revestimentos,</p><p>caracterizado pela excelente flexibilidade e resistência química.</p><p>Valor tonal</p><p>Grau de intensidade de uma cor que varia em diversas tonalidades, partindo do claro ao escuro.</p><p>Valor cromático</p><p>É a base de uma cor, responsável pelo seu cromatismo. Todos os verdes têm o mesmo valor cromático, que é o do verde.</p><p>Vedante de trincas</p><p>Pasta usada para reparar trincas, fendas e outros defeitos ou para alisar as juntas entre paredes.</p><p>Veículo</p><p>Porção líquida de uma tinta, na qual o pigmento está disperso. O veículo compõe-se de solvente e ligante.</p><p>Veio</p><p>Direção, tamanho, disposição e aparência das fibras na madeira ou em entalhes.</p><p>Verniz colorido</p><p>Verniz ao qual é adicionado um corante transparente. Geralmente tem menor poder de penetração que o verniz natural.</p><p>Verniz de poliuretano</p><p>Revestimento transparente à base de uma resina alquídica modificada.</p><p>Verniz marítimo</p><p>Verniz exterior com boa resistência à água e às intempéries. O nome deriva de seu uso original em navios.</p><p>Verniz</p><p>Composição líquida que se converte em filme sólido e transparente depois de aplicado numa camada fina.</p><p>Viscosidade</p><p>Grau de fluidez de uma tinta.</p><p>VOC</p><p>Do inglês Volatil Organic Component, Componente orgânico volátil. Qualquer composto de carbono que evapora sob condições-padrão de teste. Essencialmente, todos os solventes de tintas, exceto água, são classificados como VOCs. Algumas agências governamentais estão começando a limitar a quantidade de VOCs permitida nas tintas por causa de seus efeitos sobre o meio ambiente e a saúde.</p><p>14- INFORMAÇÕES TÉCNICA E PROCESSO</p><p>14.1 - Linhas de Produtos</p><p>Trataremos de produtos que são utilizados em processos de pintura, envernizamento e impregnação, além dos cuidados para os mais variados tipos de madeira.</p><p>A madeira, o tipo de acabamento e o processo definido para seu uso devem se harmonizar e se completar, de forma a ressaltar a qualidade do produto final (a madeira com o acabamento).</p><p>Nitrocelulose</p><p>São produtos cujo veículo é a nitrocelulose. Seu sistema de cura é a simples evaporação de solventes. O uso do diluente adequado para o sistema de aplicação indicado permite um perfeito alastramento e mantém as características desejadas. Possui uma limitada resistência química, mecânica e brilho final.</p><p>Sintético</p><p>Seu sistema de cura é a simples evaporação de solventes e sua velocidade de secagem é lenta. Confere um ótimo brilho, um ótimo alastramento, de difícil fervura, e uma boa cobertura dos poros da madeira. Possui pouca resistência física, química e mecânica. Deve ser aplicado sobre seladores de base nitro ou poliuretano.</p><p>Poliuretano (PU)</p><p>São produtos formados por um componente “A”, composto por resinas, que reage com um componente “B”, que contém grupos reativos (catalisador). A secagem ocorre pela evaporação de solventes e pela reação química entre o componente “A” e o componente “B”. Muito utilizado na indústria moveleira devido à sua eficiência na aplicação e à sua resistência. Produtos auxiliares utilizados nos PU’s, como diluentes não indicados pela Sayerlack, podem alterar significativamente as características do produto (resistência, estética etc.).</p><p>Poliéster</p><p>Produtos de elevadíssimo teor de sólidos (cobertura) quando acelerados e catalisados corretamente. Por sua natureza química e estrutural, não se pode aplicar produtos poliésteres diretamente sobre a madeira sem que esta tenha recebido a aplicação de um isolante apropriado. Caso contrário, o produto reagirá com a resina natural da madeira, podendo gerar problemas na secagem e aderência.</p><p>Produtos para secagem ultravioleta (UV)</p><p>São produtos próprios para secagem UV, formulados com resinas específicas, que são pré-incorporadas a agentes de endurecimento ou fotoiniciador. Sua cura é obtida instantaneamente através de um processo fotoquímico, desencadeado depois que o produto é exposto à luz irradiada de lâmpadas ultravioletas. Trata-se de um moderno sistema de secagem, com muitas vantagens quando comparado a outros sistemas de cura. Apresentam ainda emissão nula ou praticamente nula de solventes na atmosfera e altíssimo teor de sólidos, chegando quase sempre a 100%. Sua secagem tem que ser necessariamente em túnel ultravioleta.</p><p>Melamínico (SH)</p><p>São produtos para envernizamento e pintura, catalisados com ácido. Sua secagem se dá em temperatura ambiente ou, preferencialmente, em túnel de ar quente ou infravermelho.</p><p>Tingimento</p><p>São produtos utilizados com a finalidade de enobrecer e realçar a beleza das madeiras, mudando suas cores originais e preservando características e veios. Podem ser à base de solventes e/ou base água. Possuem boa resistência à luz. Podem ser aplicados com pincel, boneca, pistola ou imersão com ou sem enxugamento.</p><p>Produtos base água</p><p>Lançados recentemente para uso em madeira, foram desenvolvidos para atender à procura por produtos ecologicamente corretos, pois não emitem gases na atmosfera, não são nocivos à saúde e apresentam baixo odor. O uso desses produtos vem crescendo bastante, pois há países que controlam com muito rigor a emissão de gases na atmosfera, inclusive no segmento moveleiro. O crescimento deste controle já se tornou uma tendência mundial.</p><p>Sayermassa</p><p>Produto pastoso que tem a finalidade de recuperar ou corrigir imperfeições e defeitos da madeira. Sobre a Sayermassa pode ser aplicado qualquer tipo de produto. A superfície emassada mantém um perfeito nivelamento.</p><p>14.2 - Equipamentos</p><p>Pistola de pintura</p><p>É o equipamento mais comum para pintura e envernizamento de móveis. Apresenta uma fácil regulagem. Deve trabalhar com pressão de pulverização entre 35 e 40 lbf/pol2 e permanecer a uma distância de 15 a 30 cm da peça que receberá a pintura. A viscosidade ideal para aplicação dos produtos varia de 13 a 22 segundos, de acordo com o tipo de material a ser trabalhado. Seladores, fundos e primers devem ser aplicados com viscosidade mais alta. Lacas e vernizes, com viscosidade mais baixa. No caso de aplicação de tingidores, a pressão do ar deve permanecer de 20 a 35 lbf/pol2.</p><p>Pistola com caneca superior</p><p>Tem a vantagem sobre a pistola com caneca inferior pois trabalha com menos pressão, com pouca névoa e, ao pintar peças grandes, não corre o risco de soltar a caneca na peça. Bastante usada para produtos com alta viscosidade.</p><p>Pistola com tanque de pressão</p><p>Nesse sistema trabalha-se com a pressão de pulverização entre 30 e 40 lbf/pol2 e pressão interna do tanque entre 10 e 15 lbf/pol2. Serve para aplicar qualquer tipo de produto que se destine a pistola. Normalmente adotada por empresas que têm um fluxo razoável de peças na seção de pintura. Oferece maior comodidade ao aplicador, pois dispensa o uso de caneca acoplada à pistola.</p><p>Máquina de cortina</p><p>Equipamento desenvolvido para pintura de painéis. O produto forma um filme cuja espessura é regulável pela abertura do cabeçote. Este filme fica depositado sobre a peça quando esta passa pelo cabeçote. Com isso, é determinada a gramatura a ser aplicada. Outra forma de determinar a gramatura é modificando a velocidade da esteira por onde viaja a peça. Quanto mais rápida a velocidade, menor a aplicação do produto. O controle da gramatura é feito através de pesagem da peça em balança, antes e depois da aplicação. Normalmente, são usadas peças de 20 x 50 cm, ou seja, 1/10 de m2. Depois é feita a multiplicação por 10 para saber quantas gramas por m2 foram aplicadas.</p><p>Máquina de rolo</p><p>Máquina aplicadora de fundos, vernizes e tingimentos, somente sobre painéis calibrados. Composta por um ou dois conjuntos com dois rolos – um aplicador e outro dosador. O primeiro rolo (dosador) é constituído de um cilindro de aço retificado e cromado. O segundo rolo (aplicador) é constituído também de um cilindro metálico que, no entanto, é revestido de borracha. A pressão que é exercida entre os dois rolos regula a quantidade de produto que passa entre eles e que será transferida para a peça. Esta quantidade é controlada através de pesagem, antes e depois da aplicação, da mesma forma descrita no item anterior. Este controle é fundamental para um bom acabamento e para a economia do produto, pois a característica</p><p>desse tipo de aplicação é possibilitar que, com um mínimo de produto, seja obtido um bom acabamento. Os produtos são específicos, desenvolvidos para essa finalidade. Apresentam viscosidade mais alta e são compostos por solventes apropriados, de forma a não danificar a borracha que reveste o rolo aplicador. A máquina apresenta, ainda, réguas de limpeza para os rolos aplicador e dosador. Estas exercem uma leve pressão sobre todo comprimento do rolo, evitando irregularidades de camadas de produto, diminuindo assim as “estrias” características desse tipo de aplicação. Para mais informações, consulte as informações técnicas de cada produto.</p><p>Espatuladeira ou alisadora</p><p>É um equipamento que se assemelha à máquina de rolo. Permite a aplicação de fundos e massas, transparentes e pigmentados, com espessura regulável,sobre vários tipos de lâminas, aglomerado ou chapa dura, desd e que sejam painéis planos e calibrados. É composta de 3 rolos, sendo o primeiro dosador – composto de um cilindro de aço retificado e cromado; o segundo, aplicador – cilindro metálico e emborrachado, e o terceiro, alisador – cilindro metálico e cromado. A função desse último rolo é remover o produto excedente aplicado pelo rolo aplicador e, simultaneamente, alisá-lo de forma perfeita. A régua mantém limpos os rolos alisador e dosador, removendo de suas superfícies todo excesso de massa, evitando assim defeitos que podem ser “fotografados” na superfície do painel.</p><p>Máquina de imersão</p><p>Para pintura e envernizamento de produtos específicos, à imersão. As peças são imersas mecanicamente em um tanque com produto apropriado para o sistema. O equipamento é constituído de um mecanismo de engrenagens que permite imergir manualmente e emergir mecanicamente, com velocidade variável em mm/minuto. Pode ser usada em peças com formatos que tendem a facilitar o escorrimento do produto, como por exemplo cabos de pincel, puxadores, peças torneadas etc.</p><p>Impressora</p><p>Sistema de pintura para painéis que imita os desenhos dos veios da madeira. Um rolo de aço gravado, com o veio da madeira, transfere para um rolo de borracha o desenho do veio que é impresso em seguida na peça. Atualmente, este processo está sendo bastante utilizado sobre MDF, que depois recebe acabamento a rolo, pistola e máquina de cortina.</p><p>14.3 - Ambiente de acabamento</p><p>Neste tópico trataremos da área de acabamento – cabine de pintura e área de secagem</p><p>Ambiente de acabamento</p><p>Em uma indústria de móveis é fundamental que a área de acabamento seja estruturada de forma adequada. O ideal é que esta área fique em local distante da produção de forma a evitar a contaminação com pó, ou que, pelo menos, esta área seja construída separadamente ou ainda isolada dos ambientes próximos por uma parede. Sua porta deve permanecer fechada, devendo ser aberta somente para introdução das peças e retirada das mesmas, após acabadas.</p><p>A seguir estão relacionados alguns detalhes importantes que devem ser observados na seção de pintura.</p><p>• Sistema adequado de iluminação, para permitir ao operador uma perfeita visibilidade.</p><p>• Bom sistema de ventilação e exaustão para evitar a saturação do ambiente por solventes que são liberados durante a aplicação e secagem produtos.</p><p>• Ambiente constantemente limpo, totalmente isento de pó. Todas dos essas recomendações podem ser executadas mediante a instalação de uma cabine de pintura, sempre que possível com cortina d’água. Um sistema de extração de ar saturado e insuflação de ar externo também pode contribuir muito. A capacidade do sistema de insuflação deve ser de 5 a 10% superior ao de exaustão, aproximadamente. Isto possibilita uma pressão positiva, ou seja, a tendência será sempre expulsar a poeira do ambiente de pintura ao invés de trazê-la para dentro. Também é preciso estar atento à colocação de um sistema de filtros nas entradas de ar para dentro da cabine, a fim de evitar a entrada, além do ar, de partículas de poeira e outros contaminantes.</p><p>Cabines de pintura</p><p>É a melhor forma de proporcionar ao operário uma boa condição de trabalho, uma vez que sua função é extrair pó, partículas de pintura e solventes. Como consequência, resulta em peças melhor acabadas, pois diminui consideravelmente a quantidade de contaminantes que se teria em um ambiente sem um mínimo de condições de aplicação. As cabines mais comuns são as que seguem.</p><p>• Com filtro seco: o ar saturado é direcionado a um filtro seco, constituído de lâminas dispostas em forma de labirinto, normalmente de fibra de vidro ou papelão. Este sistema retém aproximadamente 70% das partículas. Para uma pequena produção é uma boa alternativa, pois tem um custo menor.</p><p>• Com cortina d’água: apresenta um desempenho bem melhor em comparação à cabine com filtro seco. O ar é extraído do ambiente e purificado através de uma cortina d’água que retém as partículas contaminantes. Produtos apropriados fazem com que estas partículas fiquem separadas da água, retidas em filtros, que devem ser periodicamente limpos.</p><p>Independentemente do tipo de cabine utilizada, é recomendado o uso de equipamentos de proteção individual – óculos, luvas, máscaras com filtro de carvão ativado etc., para que o profissional possa ter uma condição de trabalho melhor.</p><p>Área de secagem</p><p>Assim como na área de acabamento, são precisos alguns cuidados na área de secagem, conforme descrito a seguir.</p><p>• Ambiente totalmente isolado da área de aplicação para que não haja contato com a “poeira” de verniz formada pela pulverização durante a aplicação de produtos, caso contrário o resultado será uma superfície “sem toque” (áspera) e com perda de brilho. O ambiente também deve ser isolado das outras áreas da fábrica (produção, usinagem, lixamento etc.).</p><p>• Temperatura superior a 20º C, para facilitar o processo de evaporação dos solventes, a reação química e, consequentemente, a secagem. Entretanto, temperaturas excessivamente altas aceleram muito a secagem, ocasionando problemas irreversíveis no acabamento, sendo necessário lixamento e nova aplicação de produto.</p><p>• Distância mínima de 10 cm entre uma peça e outra, quando colocadas na horizontal para secagem, a fim de facilitar o deslocamento do ar para a retirada dos solventes ou água (principalmente em se tratando de tingimentos).</p><p>• Sistema de insuflação e exaustão de ar, idêntico ao da área de acabamento</p><p>14.4 - Técnicas para se obter uma boa aplicação a pistola</p><p>A utilização correta da pistola resulta em um bom acabamento. Para tanto, é necessário observar algumas recomendações.</p><p>• A operação de acabamento é efetuada com passadas longas e uniformes. O braço deve ser rígido; todas as articulações – punho, cotovelo, ombro e cintura devem ser móveis, de modo que a pistola permaneça perpendicular e mantenha sempre a mesma distância da peça durante as passadas, independente do formato da superfície que está recebendo a aplicação. Isso possibilita uma mesma espessura na camada da superfície acabada. A distância varia de 15 a 30 cm, conforme a pressão do ar, tipo de produto, equipamento a ser utilizado e formato da peça. Varia também de aplicador para aplicador (Figuras 3, 4, 5).</p><p>• Não utilizar produto com viscosidade muito baixa nem aproximar muito a pistola da peça, principalmente em superfícies verticais, a fim de evitar que o material escorra.</p><p>• Não aplicar o produto com a pistola a uma distância superior ao recomendado. Dessa forma evita-se que o material chegue já seco na superfície, dando a impressão de que ficou “empoeirado” pelo próprio produto.</p><p>• Deve-se cobrir 50% da passada anterior com a próxima passada da pistola para que seja obtida uma superfície regular e nivelada</p><p>• Viscosidade alta no produto ou pressão do ar excessivamente alta tendem a resultar no efeito “casca de laranja” na superfície acabada. A pressão ideal varia de 30 a 40 lbf/pol2 para pistola convencional.</p><p>Obs.: Com a crescente evolução das pistolas de aplicação que temos hoje em dia no mercado, algumas variáveis de pressão podem ocorrer. Portanto, aconselhamos consultar sempre os técnicos de produtos e equipamentos para definição da pressão, bico de pistola</p><p>e características do produto mais apropriadas.</p><p>14.5 - Instrumentos de controle para obtenção de um bom acabamento</p><p>• Copo Ford (viscosímetro) e Cronômetro: são instrumentos destinados a medir a viscosidade (fluidez) do produto de acabamento. Trata-se de um copo com formato cônico e furo de normalmente 4 mm de diâmetro (pode variar de acordo com o tipo de produto) e capacidade para 100 ml. Através do cronômetro, mede-se o tempo que o produto demora para escorrer pelo orifício, depois que o copo estiver completamente cheio. A viscosidade muda de acordo com a temperatura. Quanto mais alta a temperatura, mais baixa a viscosidade do produto e vice-versa. Por isso, há dificuldade de indicar a diluição correta de um produto, pois muitas vezes este é utilizado em diversas regiões do país que, em um único dia, podem apresentar uma diferença de temperatura de mais de 20º C. Por exemplo: 10º C no Sul e 30º C no Norte e Nordeste. Com temperatura ambiente de 10º C, o produto apresenta uma viscosidade totalmente diferente de 30º C. Apesar de não ser preciso um caso extremo como o que foi citado, uma diferença de 5º C já é suficiente para alterar a viscosidade dos produtos. Por isso a importância desse controle, ao menos periodicamente, na seção de pintura.</p><p>• Balança: utilizada para pesar a quantidade de produto aplicada em uma determinada peça. É calculada a área da peça para determinar quantas gramas por m2 de produto foram aplicadas.</p><p>14.6 - Dicas de instalação e manutenção da pistola de pintura, mangueira e compressor / filtro</p><p>• Recomenda-se que a limpeza da pistola de pintura seja realizada diariamente ou a cada uso do equipamento. É preciso lavar primeiro a caneca, retirando todo o resíduo do produto utilizado. Em seguida, ela deve ser abastecida com diluente limpo, acionando-se várias vezes o gatilho para que os orifícios internos sejam limpos. Quanto à limpeza externa, deve ser utilizado um pano umedecido em diluente. Por último, a capa de ar deve ser desmontada e limpa com o auxílio de uma escova e diluente limpo. Não deixe a pistola mergulhada no diluente.</p><p>• Quanto à mangueira, o ideal é que ela tenha o menor comprimento possível entre a pistola e o filtro regulador (o ideal é um comprimento máximo de 5 metros). Isso dificulta a condensação do ar, que transforma -se em água nos dias muito úmidos, o que é altamente prejudicial ao produto a ser aplicado. As mangueiras usadas em tanque de pressão devem ser perfeitamente limpas após o uso, para evitar a secagem de produtos em seu interior. Da mesma forma que a parte interna, a parte externa também deve ser limpa, de forma a evitar seu ressecamento.</p><p>• O compressor de ar deve estar localizado preferencialmente em um ambiente limpo, coberto, bem ventilado, livre de contaminantes e umidade, com espaço suficiente para sua manutenção (distância mínima de 80 cm de qualquer parede ou obstrução) e, se possível, fixado numa plataforma de concreto, que deverá necessariamente estar nivelada. Isso facilitará a retirada da água que normalmente se forma em seu reservatório de ar, principalmente nos dias mais úmidos. O ar a ser recebido pelos filtros do compressor deve ser isento de impurezas. Limpar semanalmente o filtro de ar e, quando necessário, substituir o elemento filtrante. Verificar diariamente o nível do óleo, mantendo-o no centro do visor de nível. Caso o compressor esteja instalado na parte externa do ambiente de trabalho, este deverá estar protegido das intempéries. Caso o tanque de ar se localize em local de elevada umidade relativa do ar, deve-se expurgar a água duas vezes ao dia. Verificar o furo de saída da água periodicamente para que não fique obstruído.</p><p>• Tomando-se os cuidados mínimos com mangueira e compressor, o filtro não ficará sobrecarregado. Bastará apenas limpá-lo periodicamente, observando sua validade para evitar problemas de branqueamento ou contaminação na seção de pintura.</p><p>15 – SALA LIMPA – INFORMAÇÕES BÁSICAS</p><p>Para um movimento estável do fluxo unidirecional é preciso, em regra geral, uma velocidade de ar entre 0,3 e 0,5 m/s, correspondendo a 1.080 e 1.800 m3/h por m2 respectivamente.</p><p>15.1 - Classificação de filtros de ar conforme NBR 6401</p><p>Norma NBR 6401 de 1980, conforme revisão efetuada em 15 de abril de 1988, pela Comissão de Estudos 4:08.4 -Ar Condicionado Comercial e Central, da ABNT.</p><p>Classe de Filtro Eficiência (%)</p><p>GROSSOS</p><p>G0 30 - 59% G1 60 - 74% G2 75 - 84% G3 85% e acima</p><p>FINOS</p><p>F1 40 – 69% F2 70 – 89% F3 90% e acima</p><p>ABSOLUTOS</p><p>A1 85 - 94,9% A2 95 - 99,96% A3 99,97% e acima</p><p>NBR 13700</p><p>Limites de classe</p><p>Classe</p><p>0,1um</p><p>0,2um</p><p>0,3um</p><p>0,5um</p><p>5,0um</p><p>SI</p><p>Sistema</p><p>unid</p><p>vol</p><p>unid</p><p>vol</p><p>unid</p><p>vol</p><p>unid</p><p>vol</p><p>unid</p><p>vol</p><p>Ingles</p><p>m3</p><p>ft3</p><p>m3</p><p>ft3</p><p>m3</p><p>ft3</p><p>m3</p><p>ft3</p><p>m3</p><p>ft3</p><p>M1</p><p>350</p><p>9,91</p><p>7,57</p><p>2,14</p><p>30,9</p><p>0,875</p><p>10</p><p>0,283</p><p>M1,5</p><p>1</p><p>1240</p><p>35</p><p>265</p><p>7,5</p><p>106</p><p>3</p><p>35,3</p><p>1</p><p>M2</p><p>3500</p><p>99,1</p><p>757</p><p>21,4</p><p>309</p><p>8,75</p><p>100</p><p>2,83</p><p>M2,5</p><p>10</p><p>12400</p><p>350</p><p>2650</p><p>75</p><p>1060</p><p>30</p><p>353</p><p>10</p><p>M3</p><p>35000</p><p>991</p><p>7570</p><p>214</p><p>3090</p><p>87,5</p><p>1000</p><p>28,3</p><p>M3,5</p><p>100</p><p>26500</p><p>750</p><p>10600</p><p>300</p><p>3530</p><p>100</p><p>M4</p><p>75700</p><p>2140</p><p>30900</p><p>875</p><p>10000</p><p>283</p><p>M4,5</p><p>1 000</p><p>35300</p><p>1000</p><p>247</p><p>7</p><p>M5</p><p>100000</p><p>2830</p><p>618</p><p>17,5</p><p>M5,5</p><p>10 000</p><p>353000</p><p>10000</p><p>2470</p><p>70</p><p>M6</p><p>1000000</p><p>28300</p><p>6180</p><p>175</p><p>M6,5</p><p>100 000</p><p>3530000</p><p>100000</p><p>24700</p><p>700</p><p>M7</p><p>10000000</p><p>283000</p><p>61800</p><p>1750</p><p>15.2 – Limites de Classes de Sala Limpa</p><p>15.3 - Padrão de fluxo de ar para "Sala Limpa Turbulenta</p><p>15.4 - Padrão de fluxo de ar para "Sala Limpa em Fluxo Laminar</p><p>15.5 – Diâmetro das Partículas em microns</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.gif</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.gif</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image1.png</p><p>poliuretânicas, acrílicas, poliéster, vinílicas e nitro celulose. Uma breve descrição de cada uma destas resinas encontra-se a seguir:</p><p>Resina alquídica: Polímero obtido pela esterificação de poliácidos e ácidos graxos com poliálcoois. Usadas para tintas que secam por oxidação ou polimerização por calor.</p><p>Resinas epóxi: Formadas na grande maioria pela reação do bisfenol A com eplicloridina; os grupos glicidila presentes na sua estrutura conferem-lhe uma grande reatividade com grupos amínicos presentes nas poliaminas e poliamidas.</p><p>Resinas acrílicas: Polímeros formados pela polimerização de monômeros acrílicos e metacrílicos; por vezes o estireno é copolimerizado com estes monômeros. A polimerização destes monômeros em emulsão (base de água) resulta nas denominadas emulsões acrílicas usadas nas tintas látex. A polimerização em solvente conduz a resina indicada para esmaltes termoconvertíveis (cura com resinas melamínicas) ou em resinas hidroxiladas para cura com poliisocianatos formandos os chamado poliuretânicos acrílicos.</p><p>Resina poliéster: Ésteres são produtos da reação de ácidos com alcoóis. Quando ela é modificada com óleo, recebe o nome de alquídica. As resinas poliéster são usadas na fabricação de primers e acabamentos de cura à estufa, combinadas com resinas amínicas, epoxídicas ou com poliisocianatos bloqueados e não bloqueados.</p><p>Emulsões vinílcas: São polímeros obtidos na copolimerização em emulsão (base água) de acetato de vinila com diferentes monômeros: acrilato de butila, di-butil maleato, etc. Estas emulsões são usadas nas tintas látex vinílicas e vinil acrílico.</p><p>Resina nitro celulose: Produzida pela reação de celulose, altamente purificada, com ácido nítrico, na presença de ácido sulfúrico. O nitro celulose possui grande uso na obtenção de lacas, cujo sistema de cura é por evaporação de solventes. São usados em composições de secagem rápida para pintura de automóveis, objetos industriais, móveis de madeira, aviões, brinquedos e papel celofane.</p><p>Para a fabricação de qualquer tipo de resina é necessário que se tenha reatores de excelente qualidade.</p><p>Pigmentos</p><p>Material/partícula sólida finamente dividida e insolúvel no meio. Utilizado para conferir cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. São divididos em dois grupos, ativos e inertes.</p><p>Os pigmentos ativos (coloridos) conferem cor e poder de cobertura à tinta, e os inertes também chamados de cargas (não coloridos e anticorrosivos) conferem proteção aos metais se encarregando de proporcionar lixabilidade, dureza, consistência e outras características.</p><p>Os pigmentos anticorrosivos mais utilizados nas tintas de proteção ao aço carbono são:</p><p>Zarcão - Um dos pigmentos mais antigos utilizados na proteção do aço tem coloração laranja. Ele tem características alcalinas (neutraliza compostos ácidos) e oxidantes (íons solúveis, como o íon ferroso são oxidados a férricos, insolúveis). O zarcão é tóxico, pois o chumbo é um metal pesado.</p><p>Fosfato de zinco - É um pigmento que, em contato com água, dissolve-se parcialmente, liberando os ânions fosfato que passivam localmente a superfície do aço, formando fosfatos de ferro.</p><p>Zinco metálico - É utilizado o zinco metálico de alta pureza disperso em resinas epoxídicas ou etil silicato. As tintas ricas em zinco são também chamadas de “galvanização a frio”, e conferem proteção catódica ao substrato de aço (o zinco se corrói, protegendo o aço processo idênticas à proteção auferida pela galvanização tradicional). Um risco na pintura e o zinco começará a se corroer, protegendo o aço.</p><p>Cromato de zinco - É um pigmento amarelo, parcialmente solúvel em água que, assim como o fosfato de zinco, passiva localmente a superfície do aço, pela precipitação de cromatos de ferro. Este pigmento é tóxico, pois o cromo é um metal pesado.</p><p>Óxido de ferro - É um pigmento vermelho que não tem nenhum mecanismo de proteção anticorrosiva por passivação, alcalinização ou proteção catódica. Entretanto, por ser sólida e maciça, a partícula atua como barreira à difusão de espécies agressivas, como água e oxigênio. Este pigmento é muito utilizado nas tintas de fundo, não é tóxico, tem bom poder de tingimento e apresenta boa cobertura.</p><p>Alumínio e outros - O alumínio lamelar e outros pigmentos também lamelares tais como a mica, talco, óxido de ferro micáceo e certos caulins atuam pela formação de folhas microscópicas sobrepostas, constituindo uma barreira que dificulta a difusão de espécies agressivas. Quanto melhor a barreira, mais durável será a tinta. A junção de resinas bastante impermeáveis com pigmentos lamelares oferece uma ótima barreira contra a penetração dos agentes agressivos.</p><p>Aditivos</p><p>Ingredientes compostos geralmente em pequena quantidade que, adicionado às tintas, proporcionam e conferem características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases da fabricação e conferir características necessárias à aplicação. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, como secantes, anti-sedimentantes, fungicidas, bactericidas, aromas, niveladores, antipele, antiespumante, etc.</p><p>Solventes</p><p>Líquido volátil, também chamado de "Diluente", geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e correlatos para dissolver a resina possibilitando apresentar sempre a mesma viscosidade e forma líquida. São classificados em solventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos.</p><p>Os solventes oxigenados incluem produtos como cetonas, éteres de glicol e álcool. Estes tipos de solventes são criados por meio da extração de elementos de outros produtos químicos para atingir a consistência desejada e equilíbrio dos componentes. Geralmente, os solventes oxigenados têm uma taxa muito elevada de pureza, como o produto é refinado na fase final de produção. As partículas e até mesmo o excesso de água são extraídos antes de o solvente ser considerado completo e pronto para uso.</p><p>Já os solventes hidrocarbonetos incluem hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos que os tornam ideais para uso em uma série de produtos para o lar. Estes tipos de solventes são um pouco mais complexos em sua composição do que os solventes oxigenados mais simples. No entanto, solventes hidrocarbonetos tendem a ser destilados para se adequar a uma finalidade.</p><p>Os solventes halogenados são passam por um processo de cloração. Isso significa que esses tipos de solventes possuem muitas qualidades. A quantidade de líquido que dissolve geralmente é um pouco diferente, e os solventes halogenados podem ter um aroma mais pungente do que os solventes mais suaves de hidrocarbonetos.</p><p>Assim, temos:</p><p>Hidrocarbonetos aromáticos (exemplos: benzeno, tolueno e xileno);</p><p>Hidrocarbonetos alifáticos (exemplos: hexano, heptano e benzina);</p><p>Álcoois (exemplos: álcool metílico, álcool etílico e álcool propílico);</p><p>Cetonas (exemplos: acetona, metil etil cetona e metil isobutil cetona);</p><p>Ésteres (exemplos: acetato de etilo e acetato de butilo);</p><p>Éteres (exemplos: éter dibutílico, éter dimetílico e éter etílico);</p><p>Hidrocarbonetos halogenados (exemplos: cloreto de metileno, dicloreto de etileno, tetra cloro</p><p>etileno, tetracloreto de carbono, tricloro etano e tricloro etileno);</p><p>Outros solventes orgânicos.</p><p>3 - CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS TINTAS</p><p>A qualidade de uma tinta é dada pela análise de 8 (oito) itens:</p><p>ESTABILIDADE</p><p>Diz da propriedade que o produto deve ter em manter-se inalterado durante o seu prazo de validade.</p><p>COBERTURA</p><p>É a capacidade do produto em ocultar a cor da superfície em que for aplicado. Alertamos que a diluição interfere diretamente na cobertura, razão pela qual deve ser feita exatamente como indicada (o item cobertura não se aplica aos vernizes).</p><p>RENDIMENTO</p><p>Definido pela área que se consegue pintar com um determinado volume de tinta.</p><p>APLICABILIDADE</p><p>Corresponde à facilidade de aplicação. Em uma aplicação convencional, não podem ocorrer respingamento e/ou escorrimento da tinta.</p><p>NIVELAMENTO</p><p>Propriedade de formar uma película uniforme, sem deixar marcas de</p><p>aplicação.</p><p>SECAGEM</p><p>Processo pelo qual uma tinta líquida se converte em película sólida.</p><p>LAVABILIDADE</p><p>É a qualidade que a tinta deve ter em resistir à limpeza com produtos de uso doméstico sem afetar a integridade da película.</p><p>DURABILIDADE</p><p>Significa a resistência que a tinta deve ter sob a ação das intempéries (sol, chuva, maresia, etc.).</p><p>É importante ressaltar que tais características variam de acordo com o produto. Linhas diferentes de tinta têm variadas finalidades e se acordam com o local de aplicação.</p><p>4 - TINTAS E PRIMERS</p><p>Para fins de proteção anticorrosiva de estruturas metálicas ou de equipamentos, um esquema de pintura é composto, na maioria dos casos, por três tipos de tinta: Tinta de fundo (primer), Tinta intermediária e Tinta de acabamento.</p><p>· TINTA DE FUNDO (PRIMER): São aquelas que são aplicadas diretamente ao substrato, portanto, é a tinta responsável pela aderência do esquema de pintura ao substrato a se proteger e são as que contêm na composição os pigmentos ditos anticorrosivos;</p><p>· TINTA INTERMEDIÁRIA: São tintas normalmente utilizadas nos esquemas de pintura com a função de aumentar a espessura do revestimento, com o objetivo de aumentar a proteção por barreira do mesmo. Algumas tintas intermediárias são denominadas seladoras, que são utilizadas para selar uma película muito porosa, antes da aplicação da tinta de acabamento, que é o caso de tintas de fundo à base de etil silicato de zinco (N-1661) que é usado a tinta epóxi óxido de ferro (N-1202);</p><p>· TINTA DE ACABAMENTO: São as tintas que têm a função de conferir a resistência química ao revestimento, pois são elas que estão em contato direto com o meio corrosivo, possuem na maioria dos casos boa resistência à raios ultravioletas e são as tintas que conferem a cor final dos revestimentos por pintura.</p><p>Os tipos de tintas mais importantes para a proteção do aço carbono, tendo como classificação o tipo de resina, são:</p><p>Alquídicas - Conhecidas como esmaltes sintéticos, são tintas monocomponentes de secagem ao ar. São utilizados em interiores secos e abrigados, ou em exteriores não poluídos. Como as resinas utilizadas são saponificáveis, não resistem ao molhamento constante ou à imersão em água.</p><p>Epoxídicas - São tintas bicomponentes de secagem ao ar. A cura se dá pela reação química entre os dois componentes. O componente A é, de modo geral, à base de resina epoxídica, e o B, o agente de cura, pode ser à base de poliamida, poliamina ou isocianato alifático. São mais impermeáveis e mais resistentes aos agentes químicos do que as alquídicas. Resistem à umidade, imersão em água doce ou salgada, lubrificantes, combustíveis e diversos produtos químicos. As epoxídicas à base de água têm a mesma resistência daquelas formuladas à base de solventes orgânicos. De modo geral, não são indicadas para a exposição ao intemperismo (ação do sol e da chuva), pois desbotam e perdem o brilho (calcinação).</p><p>Poliuretânicas - São tintas bicomponentes em que o componente A é baseado em resina de poliéster ou resina acrílica, e, o B, o agente de cura, é à base de isocianato alifático. As tintas poliuretânicas são bastante resistentes ao intemperismo. Assim, são indicadas para a pintura de acabamento em estruturas expostas ao tempo. São compatíveis com primers epoxídicos e resistem por muitos anos com menor perda da cor e do brilho originais.</p><p>Acrílicas - São tintas monocomponentes à base de solventes orgânicos ou de água, e, assim como as tintas poliuretânicas, são indicadas para a pintura de acabamento. São tintas bastante resistentes à ação do sol.</p><p>5 - LIMPEZA DE SUBSTRATOS POLIMÉRICOS</p><p>A obtenção de uma pintura de boa qualidade, no que se refere a aderência e acabamento, só pode ser obtida se a superfície do substrato estiver limpa. Os tipos mais comuns de sujeira presente em superfícies plásticas são:</p><p>Poeira atraída para a superfície devido a presença de cargas eletrostáticas.</p><p>Suor e gordura das mãos.</p><p>Desmoldantes.</p><p>Para a remoção destes, damos a seguir alguns sistemas de limpeza mais comuns:</p><p>5.1 - Limpeza com solventes</p><p>Os solventes podem ser aplicados por imersão, por pulverização sob pressão ou em fase vapor, no qual o vapor de solvente condensa sobre a peça, efetuando dessa forma a limpeza. A grande vantagem dos solventes é seu alto poder de dissolução de compostos orgânicos, como desmoldantes e gorduras que frequentemente são encontrados em superfícies poliméricas.</p><p>A limpeza por solvente na fase vapor, tem como vantagem o fato de só entrar em contato com a peça solvente limpo, excluindo-se assim a recontaminação devido a secagem do solvente sujo sobre a mesma. Suas desvantagens são a dificuldade de remover sujeiras particuladas, incompatibilidade com alguns polímeros (principalmente ao amorfos), perigo para a saúde, risco de incêndio e risco para o meio ambiente.</p><p>Na escolha de um solvente deve-se levar em conta o nível de ataque químico a peça, podendo ocorrer amolecimento da superfície e ou fissuramento sob-tensão.</p><p>Os solventes mais utilizados são a base de hidrocarbonetos halogenados e aromáticos.</p><p>5.2 - Agentes de limpeza aquosos</p><p>São formados por "tensoativos" e "coadjuvantes". Em geral são aplicados por imersão ou por jateamento em solução de 0,1 a 10% em água. A função do tensoativo é proporcionar o molhamento da superfície e remover óleos e gorduras mantendo-os separados na fase aquosa em consequência da emulsificação e da solubilização. A função dos coadjuvantes é prevenir a precipitação de sais de cálcio e de magnésio, contribuir significativamente na remoção dos sólidos, evitar que estes sejam novamente atraídos para a superfície a partir da solução e também apoiar a remoção e emulsificação de graxas e de óleos.</p><p>Estes agentes de limpeza se diferenciam pelo Ph:</p><p>a) Ácidos - possuem o Ph ao redor de 4.</p><p>Em geral são constituídos de fosfato monossódico como componente coadjuvante principal, ácido fosfórico(decapantes de ácido fosfórico), ácido sulfúrico ou ácido clorídrico ( desengraxante decapante).</p><p>São indicados para remoção de contaminantes oleosos e ferrugem, porém possuem aplicação limitada na área de polímeros.</p><p>b) Neutros</p><p>O Ph varia entre 7,5 e 9,5. Geralmente são constituídos de ácidos graxos de cadeia curta e aminas que ajudam na proteção contra corrosão dos equipamentos metálicos. Esta classe de agentes aquosos são em geral aplicados por jateamento.</p><p>c) Alcalinos</p><p>Possuem Ph na faixa de 8 a 14. São constituídos de sais de bórax, carbonato e hidrogenato de sódio, fosfatos especialmente condensados, e hidróxidos de potássio com coadjuvantes inorgânicos. Os agentes alcalinos constituem a maioria dos agentes de limpeza industriais. 5.3 - Agentes de limpeza por emulsão</p><p>Estes agentes são constituídos principalmente de óleos ou solventes. Geralmente são aplicados por jateamento.</p><p>Podem ser aplicados de duas maneiras:</p><p>Emulsão em água a 10-20% para aplicação por imersão ou jateamento.</p><p>Concentrados, para aplicação por imersão, em combinação com enxágüe em água, formando assim emulsão.</p><p>Estes agentes são indicados quando se deseja remover óleos, graxas ou ceras que são difíceis de remover com agentes de limpeza aquosos.</p><p>6 - PRINCIPAIS SISTEMAS DE PRIMES E ACABAMENTO E SUAS CARACTERÍSTICAS</p><p>6.1 - Primer</p><p>A utilização de primer nos sistemas de pintura para plásticos é muito comum, pois além de promover a aderência entre o acabamento e o substrato a um custo muito mais baixo que outros pré-tratamentos descritos no item 5.5, fornece também uniformidade superficial, proteção contra solventes agressivos do acabamento , entre outros.</p><p>Basicamente os primers se dividem em:</p><p>6.1.1 - Primers Monocomponentes</p><p>Em geral estes primers são constituídos de resinas vinilicas como, poliacetato de vinila, álcool polivinilico, policloreto de vinila.</p><p>Estas resinas vinilicas possuem a propriedade de serem solúveis em álcoois e insolúveis em solventes orgânicos que atacam a superfície polimérica, como os hidrocarbonetos aromáticos. Dessa forma, pode-se dosar os solventes orgânicos de forma a se obter ataque suficiente para</p><p>promover adesão e não comprometer as propriedades mecânicas do material. Este balanço de solventes é muito importante quanto se pinta resinas de uso de engenharia a alta suscetibilidade a solventes orgânicos.</p><p>Outra resinas , tais como, poliuretanos e acrílicos também podem ser utilizadas na fabricação de primers monocomponentes, porém estas resinas são solúveis em grande parte dos solventes orgânicos, perdendo assim a vantagem de proteção do substrato. Estes primers são utilizados somente quando se deseja encobrir defeitos na superfície do polímero.</p><p>6.1.2 - Primers Bicomponentes</p><p>Enquanto que no primer monocomponente forma-se uma película termoplástica. Nos bicomponentes se obtém uma camada de material termofixo ou elastomérico, com características do oligomero original , tornando-os altamente resistentes a solventes e promovendo proteção ao substrato a substancias agressivas proveniente do acabamento.</p><p>Os primers Bicomponentes são basicamente compostos por dois sistemas de resinas listados abaixo:</p><p>Epoxi / Poliamida</p><p>Polímeros Hidroxilados / Isocianato</p><p>O primeiro possui as seguintes características:</p><p>Promovem superfícies duras. Isso se deve a presença de uma resina termofixa, facilitando o lixamento posterior, quando esta operação é necessária.</p><p>Após a aplicação do primer, este permite a aplicação do acabamento após longos períodos.</p><p>Tempo de uso (pot life) é em torno de 15 horas, sendo recomendado em processos onde há a disponibilidade de estufa.</p><p>Grande poder de encobrir defeitos superficiais.</p><p>Os sistemas poliuretânicos são divididos em 3 categorias:</p><p>a) PU/Acrílico</p><p>b) PU/Alquídico</p><p>c) PU/Poliéster</p><p>Basicamente estes primers difere do anterior nos seguintes aspectos:</p><p>Em geral promovem superfícies flexíveis até a - 40°C, sendo indicados em aplicações onde a pintura necessite acompanhar a flexibilidade do substrato, como por exemplo em um pára-choque.</p><p>Após a aplicação dos primers b e c, estes permitem a aplicação do acabamento mesmo depois de longos períodos, porém o sistema Acrílico/Poliuretano pode comprometer a aderência com o acabamento se a aplicação deste for muito demorada.</p><p>O tempo de uso é menor, em torno de 5 horas, sendo mais indicados em processos onde não se dispõe de estufas.</p><p>O poder de encobrimento de defeitos superficiais é menor em relação ao sistema anterior.</p><p>7- TRATAMENTO SUPERFICIAL POR PLASMA</p><p>Os plásticos apresentam superfícies quimicamente inertes, não porosas e com baixa tensão superficial o que os torna não receptivos à aderência de outros substratos, tintas, revestimentos e adesivos. Entre os polímeros, as poliolefinas de ampla aplicação em embalagem, têm o problema intrínseco de sua baixa energia superficial (31 e 32dinas/cm, para PE e PP, respectivamente).</p><p>Por este motivo, filmes fabricados com esses materiais são freqüentemente submetidos a diferentes tratamentos superficiais com o intuito de alterar sua superfície, melhorando sua molhabilidade, favorecendo a interação da superfície com solventes, adesivos, revestimentos e outros polímeros. Portanto, os tratamentos superficiais objetivam melhorar a ancoragem de tinta, de metalização, a resistência da laminação, etc.</p><p>Molhabilidade é a tendência de um líquido espalhar-se sobre uma supefície e é medida pelo ângulo de contato entre o líquido e a superfície. Quanto menor o ângulo de contato, maior é a facilidade do líquido em se espalhar na supefície e, portanto, maior é a energia supeficial do substrato.</p><p>A energia superficial ideal de um filme plástico deve ser de 7 a 10dinas/cm superior à tensão supeficial do solvente ou líquido com o qual irá interagir. Por exemplo, se uma tinta de impressão tem uma tensão supeficial de 30dinas/cm, esta só irá aderir adequadamente se o filme apresentar uma energia supeficial superior a 37-40dinas/cm.</p><p>A fim de elevar a energia superficial dos filmes, pode-se submetê-los a tratamento mecânico, tratamento químico ou tratamento com gases ionizados. Este último é o método mais empregado para aumentar a energia superficial de filmes plásticos para embalagem.</p><p>Dos métodos de tratamento superficial de filmes poliméricos com gases ionizados, os mais usados são: a) tratamento por chama; b) tratamento corona; c) tratamento por plasma. Todos estes métodos são semelhantes quanto ao aspecto de que o gás na supefície do substrato é ionizado, ou com a ajuda de um campo elétrico ou por meio de uma reação química. As diferenças entre estes tratamentos consistem no método de ionização, na densidade e na temperatura dos elétrons que bombardeiam a superfície sob tratamento.</p><p>A durabilidade do tratamento superficial varia entre os diversos polímeros, ou seja, enquanto em alguns polímeros o tratamento superficial se mantém por várias semanas, em outros o trastamento desaparece da superfície em apenas alguns dias ou até horas. As principais razões para o decaimento do tratamento superficial são a recombinação dos grupos ativos superficiais, bem como a migração destes grupos para o interior do material.</p><p>Tratamento por chama (flambagem)</p><p>A chama utilizada no tratamento do material é produto da combustão entre um combustível (metano, propano ou butano) e um elemento oxidante (ar). Esta combustão produz uma complexa reação exotérmica ou plasma, durante a qual moléculas de oxigênio são dissociadas em átomos de oxigênio livres que bombardeiam a supefície do material.</p><p>Este tipo de tratamento apresenta uma série de vantagens tais como: não tem restrição de espessura do material tratado, podendo ser aplicado tanto em filmes como em frascos, possibilita alto nível de tratamento, apresenta baixo decaimento do tratamento com o tempo, não causa tratamento no lado oposto do material (back treatment), não provoca microfuros (pinholing), descontamina a supefície do filme, etc. Por outro lado, pode causar problemas na supefície de muitos polímeros devido à alta temperatura da chama, requer monitoramento constante do nível de tratamento, apresenta limitaões de produtividade, reduz a transparência do material, etc.</p><p>Tratamento Corona</p><p>Neste sistema, uma descarga elétrica é aplicada à supefície do material com o auxílio de um par de eletrodos, um com maior potencial e o outro, normalmente, o rolo que serve de suporte do material em tratamento, com menor potencial.</p><p>O tratamento corona converte a superfície de um substrato não-polar em uma supefície polar. Isto ocorre porque as moléculas de oxigênio do ar presentes na área da descarga corona são ionizadas durante o tratamento e estão livres para se ligar quimicamente às terminações das moléculas no substrato, resultando em aumento da tensão superficial.</p><p>O tratamento corona é amplamente utilizado na indústria de conversão de filmes plásticos embora apresente problemas como falta de uniformidade, necessidade de alta voltagem para iniciar a descarga, o que resulta muitas vezes em tratamento também na face oposta do filme, o que normalmente não é desejado.</p><p>Tratamento por plasma</p><p>Da mesma forma que o processo corona, o plasma é a ionização elétrica de um gás. No entanto, a descarga do plasma gera uma nuvem uniforme de gás ionizado sem a presença de descargas elétricas visíveis, como ocorre com o corona. Isto decorre porque o plasma é gerado com níveis de voltagem menores do que aqueles usados no processo corona. Por este motivo, o tratamento por plasma evita o problema de tratamento na face oposta do substrato, uma das maiores desvantagens do tratamento corona.</p><p>O tratamento por plasma também torna a supefície do substrato polar, uma vez que as moléculas de oxigênio ionizadas se ligam quimicamente às terminações das moléculas do substrato em tratamento. A velocidade com que o bombardeamento de elétrons ocorre é até 100 vezes maior. Como resultado tem-se uma maior erosão da supefície do substrato e ligações mais fortes ao longo do seu comprimento.</p><p>O efeito do tratamento por plasma sobre um dado material é determinado pelo tipo de reação química entre a supefície e as espécies reativas presentes no plasma. Assim, as mudanças que ocorrem na supefície do substrato dependem da composição química</p><p>do polímero e dos gases usados (ar, nitrogênio, argônio, oxigênio, óxido nitroso, hélio, vapor d’água, gás carbônico, metano ou amônia). Cada gás produz um plasma distinto, resultando em propiedades superficiais diferentes nos polímeros tratados.</p><p>No entanto, para qualquer composição de gás utilizada, três processos supeficiais competitivos ocorrem simultaneamente, alterando a supefície do plástico, sendo que a proporção de cada um deles depende da química e de variáveis do processo. Estes processos são: ablação, reticulação e ativação.</p><p>A ablação é semelhante a um processo de evaporação. Neste processo, o bombardeamento</p><p>FIGURA 1: Representação esquemática</p><p>de um processo de ablação</p><p>da supefície do polímero por partículas energéticas (radicais livres, elétrons e íons) e por radiação promove a quebra de ligações covalentes das cadeias poliméricas, gerando compostos de menor peso molecular (oligômeros voláteis e monômeros) que evaporam e são removidos pela exaustão de uma bomba de vácuo (Figura 1). O processo de ablação pode ser muito útil para a limpeza de metais, remoção de acabamentos superficiais de polímeros e de cadeias fracamente ligadas que podem estar presentes em certos polímeros processados, que viriam a reduzir a força de adesão dos processos subseqüentes a que serão submetidos.</p><p>A reticulação ocorre quando é empregado um gás inerte no processo (argônio ou hélio). Neste caso também ocorre quebra de ligações na supefície do polímero, porém como não há seqüestradores de radicais livres (espécies reativas) presentes, a molécula pode sofrer um destes processos: a) recombinar com os subprodutos gerados e retornar ao estado original; b) reagir com um radical livre adjacente na mesma cadeia, gerando uma ligação</p><p>FIGURA 2: Representação esquemática</p><p>de um processo de reticulação dupla ou tripla (chamada de insaturação) ou c) formar uma ligação com um radical livre adjacente, porém em outra cadeia polimérica (reticulação).</p><p>Devido ao seu efeito de união de cadeias poliméricas adjacentes, a reticulação é um processo útil para evitar a exsudação de certos aditivos para a supefície do polímero (Figura 2).</p><p>A ativação é um processo no qual grupos funcionais da supefície do polímero são substituídos por átomos ou grupos químicos diferente provenientes do plasma. Do mesmo modo que na ablação, radicais livres são gerados na superfície do polímero devido à remoção de átomos de hidrogênio ou quebra de ligações na cadeia polimérica pela exposição a espécies energéticas.</p><p>FIGURA 3: Representação esquemática</p><p>de um processo de ativação</p><p>Os radicais livres, por serem espécies instáveis, reagem rapidamente com a própria cadeia polimérica ou com outros radicais livres presentes na superfície do polímero, de modo a gerar espécies estáveis, tais como átomos ligados covalentemente ou grupos mais complexos.</p><p>Estes novos grupos introduzidos na supefície do polímero alteram suas características. No entanto, as reações de ativação são mais efetivas após um plasma de limpeza que assegure a remoção de quaisquer contaminantes da supefície a ser tratada.</p><p>Os processos de ativação são muito úteis por não alterarem as propriedades do interior do filme ou sua aparência. As características químicas da supefície do substrato podem ser trabalhadas especificamente, favorecendo adesão, seja para impressão, ancoragem de metalização, formação de compósitos ou adesão de supefícies plásticas. Desse modo, a energia superficial pode ser elevada (plasma oxidativo) ou reduzida (plasma de compostos fluorados), dependendo do resultado desejado.</p><p>Como consequência, alguns dos benefícios do tratamento por plasma são: maior nível de tratamento (dinas/cm); manutençào do tratamento superficial por tempo prolongado; reduzida degradação da morfologia superficial e eliminação do tratamento na face reversa do substrato.</p><p>O tratamento por plasma foi desenvolvido para tatamento de supefícies de filmes que serão submetidos ao processo de metalizaçào, visando melhoria da ancoragem da camada de alumínio e, conseqüentemente, melhoria das características de barreira a gases e vapor d’água de filmes utilizados para embalagens. Neste caso, o tratamento por plasma é normalmente feito sob vácuo.</p><p>Nos últimos anos, desenvolveu-se o tratamento por plasma em um processo à pressão atmosférica, minimizando assim os custos relativos às câmaras e bombas de vácuo. Os equipamentos atuais apresentam construção mais simples, são disponíveis em vários tamanhos e têm controle automático.</p><p>Tratamento por plasma sob pressão atmosférica</p><p>Em estudo desenvolvido por DECKER et al. (2000), os autores avaliaram o efeito do tratamento por plasma sob pressão atmosférica em diversos materiais (PE, BOPP e PTFE ou Teflon®) nas seguintes condições: a) velocidade do filme: de 20 a 60m/min; b) gases de tratamento: He, He + 5% CO2, He + 10% C2H2; c) nível de tratamento: de 2 a 8J/cm².</p><p>No caso do PE, foi observado um drástico aumento da energia superficial de 31 para 41dinas/cm, empregando gás hélio e o menor nível de tratamento (2J/cm²) e atingindo 46dinas/cm para um nível de 7,5J/cm², provavelmente em decorrência da formação de grupos hidroxila, carbonila e carboxila na supefície do PE. Este nível de tratamento decaiu durante um período de 500 horas, atingindo um patamar em 38 dinas/cm.</p><p>Também no tratamento de PE utilizando-se uma mistura de gás hélio com 10% de acetileno, atingiu-se um nível de energia superficial superior (60dinas/cm), além de um tratamento mais estável, com pequeno deaimento no período de 500 horas. Os autores atribuíram este comportamento a um processo de enxertia, ou seja, novos grupos químicos ativos teriam sido incorporados à superfície do PE a partir do acetileno.</p><p>Os autores observaram os mesmos efeitos de aumento da energia superficial ao tratar filmes de BOPP, atingindo 60dinas/cm. No entanto, o decaimento da energia superficial foi mais lento que no caso do PE, prolongando-se por um período de 800 horas, quando atingiu o patamar de 40dinas/cm.</p><p>Assim, como a maioria das superfícies de filmes poliméricos necessita de alguma ativação para possibilitar algum processamento, a tecnologia de tratamento por plasma sob pressão atmosférica desponta como uma tecnoloiga interessante por permitir que altos níveis de tratamento superficial sejam atingidos e também por garantir que os tratamentos sejam mais duradouros utilizando uma mistura específica de gases.</p><p>8 – PRIMER DE ADERÊNCIA</p><p>Uma melhoria pronunciada quanto a aderência em resinas parcialmente polares e apolares, pode ser alcançada através da aplicação de películas (~ 3 microns) de primer, o qual compatibiliza a superfície polimérica à tinta.</p><p>Vantagens Baixo custo.</p><p>Impede o ataque na peça pelo solvente da tinta, mantendo a resistência ao impacto original.</p><p>Facilidade de aplicação.</p><p>Aplicável em qualquer perfil.</p><p>Desvantagens</p><p>É um processo relativamente mais lento, pois geralmente necessita que ocorra a cura do primer antes da aplicação da tinta. Pode-se eliminar esta desvantagem utilizando-se primer úmido-úmido</p><p>9. TIPOS DE TINTAS</p><p>Existem duas classificações básicas para tintas:</p><p>À base de óleo ou solventes, e À base de água</p><p>As denominações citadas espelham a principal diferença entre as duas categorias de tintas, denominada porção líquida, ou veículo da tinta. A porção líquida de uma tinta à base de óleo contém solventes como o mineral spirits. Nas tintas à base de látex. A porção líquida contém água.</p><p>9.1. As vantagens das tintas a base de solvente são:</p><p>· Proporciona melhor cobertura na primeira demão</p><p>· Adere melhor a superfícies que não estão muito limpas</p><p>· Tempo de abertura maior (espaço de tempo em que a tinta pode ser aplicada com pincel antes de começar a secar)</p><p>· Depois de seca apresenta maior resistência à aderência e a abrasão</p><p>9.2. As vantagens das tintas à base de água são:</p><p>· Melhor flexibilidade em longo prazo</p><p>· Maior resistência a rachaduras e lascas</p><p>· Maior resistência ao amarelecimento, em ares prot4egidas da luz do sol</p><p>· Exala menos cheiro</p><p>· Pode ser limpa com água</p><p>· Não é inflamável</p><p>Tabela comparativa da performanceara avaliação de tintas de qualidade</p><p>ÓLEO</p><p>LÁTEX</p><p>Durabilidade</p><p>Adesão excelente. Oferecem elhor adesão que as de látex quando pintadas sobre superfícies padronizadas</p><p>Adesão excelente em todo tipo de superfícies, oferecendo melhor elasticidade que as tintas à base de óleo</p><p>Retenção de</p><p>cor</p><p>Não são melhores que as látex. A película pode se degradar em contato com o sol</p><p>Grande resistência contra a deterioração da película, quando exposta à luz solar.</p><p>Facilidade de aplicação</p><p>São mais difíceis de aplicar, pois é Mais pesada. No entanto, com apenas uma demão, oferecem maior cobertra</p><p>São mais fáceis de aplicar</p><p>Resistência ao mofo</p><p>Sendo formadas á base de óleos vegetais, fornecem nutrientes para o crescimento ou desenvolvimento do mofo.</p><p>Oferecem poucas condições ao crescimento de colônias de mofo. O uso de fungicidas inibe o crescimento do mofo.</p><p>Versabilidade</p><p>Podem ser aplicadas na maioria das superfícies,menos em superfícies cujo aglomerante seja o cimento portland, como concreto, emboços e rebocos tradicionais. Dever-se-á aplicar um protetor penetrante para isolar a superfície. Não podem ser aplicadas diretamente sobre superfícies galvanizadas</p><p>Podem ser aplicadas praticamente sobre todo tipo de superfície. Sugere-se usar primer antes</p><p>Limpeza</p><p>Só é possível com solventes derivados de petróleo, como xilol, toluol e etc.</p><p>Lavam-se apenas com água</p><p>Tempo de secagem</p><p>de 8 a 24 horas</p><p>1 a 6 horas, permitindo repintura</p><p>9.3. Tintas à base de óleo</p><p>As tintas à base de óleo têm boa cobertura (característica da tinta de cobrir ou mudar a superfície original) e adesão ao substrato aplicado. Por outro lado, em aplicações externas, algumas destas tintas tendem a oxidar, fazendo com que a película, com o passar do tempo torne-se quebradiça, ocorrendo diversas linhas de trincas e fissuras. Em aplicações internas, costuma ocorrer o amarelamento e, às vezes, pequenos desplacamentos da película. Estas tintas são mais difíceis de aplicação que as formuladas com látex, demorando de 8 a 24 horas para proceder a secagem da película aplicada.</p><p>Não devem ser aplicadas sobre superfícies com características alcalinas e, mais especificamente, sobre aquelas que não se apresentem totalmente curadas. Também não devem ser aplicadas diretamente sobre superfícies metálicas galvanizadas. Em ambos os casos há esta contra indicação devido ao fato de que, desta forma, haverá a saponificação do filme.</p><p>9.4. Tintas base água</p><p>As tintas base água dividem-se em acrílicas e copolímero de acetato de vinila (PVA).</p><p>9.4.1. Tintas à base de PVA</p><p>As tintas à base de PVA oferecem mais qualidades para fins externos que as tintas à base de óleo, já que apresentam maior variedade de cores, retenção do brilho, melhor resistência a surgência de fissuras, à radiação UV e ao desenvolvimento de mofo.</p><p>9.4.2. Tintas à base de Acrílico</p><p>As tintas de acrílico de fórmula pura oferece em relação ao látex maior resistência:</p><p>· Ao amolecimento por gordura</p><p>· Ao descascamento</p><p>· À formação de bolhas</p><p>· Ao crescimento de algas e fungos</p><p>· À formação de manchas por água, mostarda, molho de tomate, café</p><p>· Aos produtos de limpeza doméstica</p><p>· Manutenção de cor</p><p>· Adesão em condições úmidas</p><p>A qualidade das tintas à base de látex para utilização externa, hoje, é inquestionável, Particularmente aquelas formuladas com resinas 100% acrílicas, já que seu filme mantém a flexibilidade por anos.</p><p>10 - APLICAÇÃO DA PINTURA</p><p>Numerosas técnicas de aplicação de pintura têm sido empregadas para pintura de peças feitas plásticos de engenharia, dentre elas se incluem pistola convencional, pintura hidráulica e pintura eletrostática.</p><p>Air spray - Utiliza ar comprimido para pulverizar a tinta.</p><p>Airless spray - Utiliza força hidráulica para atomizar a tinta. Esta pressão gira em torno de 500psi. Em relação a primeira, esta apresenta diminuição da névoa de over spray e um melhor acabamento.</p><p>Spray eletrostático - Este método consiste basicamente em formar um campo elétrico entre o aplicador e a peça pintada previamente com um primer condutivo, de modo a aumentar a força de impacto entre as partículas de tinta e a peça, que chega a ser 1000 vezes o peso da partícula.</p><p>10.1 - Pistola de pintura</p><p>Uma pistola de pintura com tecnologia LVLP a sucção.</p><p>Pistola de pintura é uma ferramenta que permite a pintura por pulverização que é uma técnica de pintura onde um equipamento pulveriza um revestimento (tinta, verniz, etc.) através do ar até uma superfície. Os sistemas mais comuns utilizam um gás comprimido (usualmente ar) para atomizar e dirigir as partículas de tinta.</p><p>As atuais pistolas de pintura desenvolveram-se a partir dos aerógrafos e distinguem-se destes pelo seu tamanho e dimensão do padrão de pulverização que produzem. Os aerógrafos são pequenos e seguram-se com uma mão e são muito usados para trabalhos de muito detalhe como retoque de fotografias, unhas, modelismo e trabalho artístico. As pistolas de pintura são maiores e são usados para trabalhos de pintura em grandes superfícies. As pistolas de pintura podem ser de utilização manual ou automática e possuem bicos intercambiáveis para alterar o padrão de pulverização.</p><p>Para além da pintura industrial e de construção civil, a pistola de pintura é usada também em áreas como funilaria, artística, bioquímica entre outros.</p><p>Tipos</p><p>Aerógrafo</p><p>O aerógrafo deu origem as pistola que conhecemos hoje, foi criado para retoques fotográficos, e mais tarde teve sua gama de utilização expandida. A primeira patente se deu em 1876 (número 182,389) por Francis Edgar Stanley de Newton em Massachusetts. Aerógrafos são utilizados para serviços finos e detalhados como retoque de fotografia, pintura de unhas, aerografia, micropintura e modelismo.</p><p>Pistola de pulverização convencional</p><p>A pistola de pulverização utilizada para pintura de grandes superfícies e de alta produção, geralmente são maiores. Pistolas de pulverização podem ser automatizadas ou operada manualmente, possuem cabeças intercambiáveis para permitir diferentes padrões de pulverização.</p><p>São de porte maior que os aerógrafo, e geralmente em formato de pistola com repositório de tinta, e um gatilho maior. Possuem aplicações especializadas, são equipamentos de alta precisão com controle de leque e determinados ajuste conforme a utilização.</p><p>Tipos de bicos</p><p>Tipos mais comuns</p><p>Devido a uma ampla variedade de formas e tamanhos de bicos, a consistência da tinta pode ser variada. A forma da peça de trabalho e da consistência desejada e tinta padrão são fatores importantes na escolha de um bocal. Os três bicos mais comuns são o cone completo, cone oco, e fluxo plano. Existem dois tipos de processos de pulverização. Em um método de operação manual, o equipamento é operado por um operador qualificado, e aplicado a uma distancia de cerca de 6 a 10 polegadas (15-25 cm) do objeto. Em um processo automático, a cabeça da pistola está ligada a um robô automatizado através do bloco de montagem e proporciona o fluxo de tinta a partir das operações pré-programada. O objeto a ser pintado é geralmente colocado sobre rolos ou uma plataforma giratória para assegurar uma cobertura igual de todos os lados.</p><p>Sistemas</p><p>Convencional</p><p>Pistola Convencional</p><p>Com este equipamento a tinta é aplicada através da utilização de uma pistola ligada a um recipiente de tinta e a um sistema de ar comprimido. Quando o gatilho é acionado, a válvula da agulha e ativada e a tinta é misturada num fluxo de ar comprimido e enviada para a superfície a ser pintada através do bico de pintura. A diferença de pressão e o fluxo de ar, provocam a atomização da tinta em partículas muito finas[2].</p><p>A tinta pode ser alimentada à pistola por gravidade, por sucção ou por pressão. No primeiro caso, existe um copo montado no topo da pistola e a tinta flui por gravidade até ao bico da pistola. No segundo caso, o reservatório de tinta está montado por debaixo da pistola e o fluxo de ar comprimido ao passar pelo topo da tubagem de alimentação</p><p>provoca vácuo no seu interior, alimentando assim a tinta o bico da pistola[3].</p><p>HVLP</p><p>O Sistema HVLP, em que HVLP é o acrónimo de - High Volume; Low Pressure, (Alto Volume, Baixa Pressão) é um desenvolvimento da pistola convencional realizado com o objetivo de aumentar a taxa de transferência da tinta para o substrato (mais tinta é depositada na superfície e menos perdida para o ar) no qual a pistola requer uma menor pressão de ar, mas com um maior volume de tinta fornecido para aerossolizar e impulsionar a tinta para a superfície. Isto resulta numa maior percentagem de ar que chega à superfície a pintar com sobrepulverização (overspray), consumo de tinta e diluente e poluição do ar reduzidos. Neste tipo de pistola instala-se um regulador para diminuir a pressão do ar do compressor para a pistola e alternativamente pode possuir uma unidade de turbina que pode ser usada como impulsionador do ar sem a necessidade de uma linha dedicada ligada ao compressor principal. Uma regra de ouro indica que 2/3 da tinta atinge o substrato a pintar e 1/3 perde-se para o ar e outros locais. As pistolas HVLP trabalham com um caudal entre 13 e 35 m3/h e requerem apenas, e no mínimo, um pequeno compressor de 5 Cv de potência</p><p>[4]. Sistemas de pulverização HVLP são usados na indústria automóvel e seus componentes, naval, arquitetônica, imobiliário, pintura cênicas e indústrias de cosméticos[5].</p><p>LVLP</p><p>O sistema "Low Volume Low Pressure", tradução de Baixa Pressão e Baixo Volume, assim como a HVLP, também operaram a uma pressão mais baixa (LP), mas usam um volume baixo (LV) de ar, quando comparado com o equipamento convencional e HVLP. Este é um esforço adicional para aumentar a eficiência de transferência (quantidade de revestimento que termina na superfície do alvo) de pistolas de pulverização, diminuindo a quantidade de consumo de ar comprimido. É dotado de fluxos de ar de 90 graus no bico, para determinar o leque[6].</p><p>Pintura eletrostática</p><p>A pintura electroestática foi patenteada pela primeira vez nos Estados Unidos, por Harold P. Ransburg em 1951[7] e através da sua produção na Ransburg Electrostatic equipment, obteve uma grande sucesso, pois os utilizadores aperceberam-se das poupanças rápidas que tal método de pintura trazia sobre a pulverização com ar comprimido.</p><p>Na pintura por pulverização electroestática, as partículas atomizadas de tinta líquida ou em pó são carregadas electricamente, que as faz repelirem-se entre si, fazendo com que, à saída da pistola, estejam uniformemente distribuída. O objecto a pintar está carregado negativamente ou ligado a terra, fazendo com que a tinta seja atraída para a superfície deixando nesta uma espessura muito uniforme, com a taxa de transferência de tinta mais elevada. Com este método consegue-se pintar até zonas de difícil acesso. No caso de pintura das arestas, enquanto na pulverização não electroestática, a tinta, quando seca, contrai afastando-se das arestas (O que se torna num ponto fraco), na pintura electroestática, a aresta concentra cargas opostas às partículas de tinta resultando num espessura de tinta maior que no resto da peça.</p><p>A principal desvantagem deste tipo de pulverização é que está limitada a peças de pequenas e media dimensão. É um método usado, sobretudo, na pintura de automóveis, seus componentes e electrodomésticos. Por outro lado, configurações especiais de certas peças, podem provocar o efeito de Gaiola de Faraday, zonas onde as cargas se anulam, ficando assim sem qualquer revestimento aplicado.</p><p>Existem 3 tecnologias para a carga eléctrica do fluido:</p><p>· Carga directa: Um eléctrodo é colocado na ponta da pistola, podendo em alguns modelos estar na canalização de alimentação da tinta à pistola, ou imerso no reservatório de tinta.</p><p>· Carga por fricção (Tribo): Utiliza a fricção do fluido com as paredes do cano da pistola de pintura, quando é forçado a sair por acção do ar comprimido.</p><p>· Carga pós atomização (Corona): O fluido atomizado entra em contacto com um campo electroestático após sair do bico da pistola. O campo electroestático pode ser criado por Indução electromagnéticaou por Descarga Corona, ou por um ou mais eléctrodos em forma de anel ou rede.</p><p>Pulverização sem ar</p><p>No caso de pintura por pulverização sem ar, a pistola de pulverização está ligada a uma bomba alternativa multiplicadora que, operando a uma pressão de entrada de 2 a 5 bar, aplica uma força multiplicadora, à tinta, que pode chegara 40 – 75 vezes a pressão de entrada ocorrendo a pulverização entre 200 e 350 bar. A pulverização sem ar (airless) é o método de pintura padrão em pintura industrial e naval.</p><p>As vantagens do sistema de pulverização sem ar são as seguintes:</p><p>· O revestimento penetra melhor em crateras e fissuras;</p><p>· Obtém-se uma camada espessa e uniforme, reduzindo o número de camadas necessárias;</p><p>· É aplicada uma camada bastante húmida, o que aumenta a aderência da tinta e o fluxo de saída.</p><p>A grande maioria das tintas pode ser pulverizada com a adição de uma quantidade mínima de diluente (0 a 5%), ao passo que na pulverização convencional, a percentagem de diluente, situa-se à volta dos 20 a 25%. Este facto contribui para a preservação da natureza e reduz o tempo de cura necessário.</p><p>As bombas de pulverização sem ar podem ser alimentadas por diferentes tipos de motores: Eléctrico, ar comprimido (pneumático) e Hidráulico. Na sua grande maioria, a bomba consiste num êmbolo de dupla acção, em que o pistão bombeia a tinta, tanto no movimento para cima e no movimento para baixo. Em alguns modelos, o pistão é substituído por um diafragma.</p><p>A maioria das bombas de pulverização sem ar eléctricas, possuem o motor conectado ao pistão através de uma cadeia cinemática. A pressão é alcançada através a paragem e arranque do motor por via de um sensor de pressão (Transdutor). Em modelos mais avançados, isto é alcançado através de controlo digital, no qual a velocidade do motor varia consoante a procura e a diferença da pressão do ponto de afinação, o que resulta num controlo melhorado da pressão de aplicação.</p><p>As bombas de pulverização sem ar pneumáticas e hidráulicas possuem motores lineares que requerem uma bomba hidráulica ou um compressor de ar, os quais podem ser alimentados por energia eléctrica ou por motores de combustão interna. Estas bombas possuem um controlo de pressão mais uniforme pois o pistão move-se a uma velocidade constante, excepto quando muda de direcção. Os motores lineares hidráulicos ou pneumáticos de bombas pulverização sem ar são energeticamente mais eficientes na conversão da potência do motor em potência do material a aplicar que as bombas em que os pistões são movimentados a partir de cadeias cinemáticas.</p><p>Todo e qualquer tipo de tinta e/ou revestimento líquido pode ser aplicado com este método.</p><p>11 - CURA DA TINTA</p><p>A cura pode ser feita a temperatura ambiente ou em estufa dependendo do sistema de pintura envolvido. No caso da cura ser feita em estufa, a temperatura máxima a ser aplicada deve ser em torno de 10°C, inferior ao HDT do material a ser pintado.</p><p>12 - PROBLEMAS COMUMENTE ENCONTRADOS NA PINTURA DE PLÁSTICOS DE ENGENHARIA</p><p>12.1- Peças manchadas</p><p>Causas prováveis</p><p>Peça altamente tensionada.</p><p>Solvente muito agressivo.</p><p>Aparência ruim do moldado.</p><p>Espessura da tinta insuficiente.</p><p>Possíveis soluções</p><p>Ajustar as condições de moldagem.</p><p>Utilizar um solvente menos agressivo.</p><p>Minimizar linhas de solda, estrias, etc.</p><p>Aumentar espessura da tinta.</p><p>12.2 - Fissuramento</p><p>Este problema pode ser detectado pela presença de trincas superficiais na pintura.</p><p>Causas prováveis</p><p>Solvente agressivo.</p><p>Peça altamente tensionada.</p><p>Possíveis soluções</p><p>Utilizar solvente mais apropriado.</p><p>Ajustar as condições de moldagem.</p><p>12.3 - Ferfura</p><p>Caracteriza-se pela presença de pequenas e numerosas bolhas na pintura.</p><p>Causas prováveis</p><p>Solvente retido abaixo da superfície da pintura que exsuda para a superfície quando a peça é exposta ao calor.</p><p>Solvente retido nos poros existentes no substrato que exsuda para a superfície.</p><p>Possíveis soluções</p><p>Aumento do tempo de evaporação do solvente.</p><p>Ajuste das condições de moldagem para eliminar a porosidade da peça moldada ou usar um primer selador.</p><p>12.4 - Branqueamento</p><p>Causa provável</p><p>Condições de alta umidade.</p><p>Possível solução</p><p>Aumentar a quantidade de solvente de maior ponto de ebulição.</p><p>12. 5 - Pé de Galinha</p><p>Caracteriza-se pela presença de trincas com ramificações na pintura, assemelhando-se a pegadas de Galinha.</p><p>Causas prováveis</p><p>Filme de tinta muito espesso.</p><p>Sistema de solventes/pigmentos incorreto.</p><p>Contaminação superficial.</p><p>Possíveis soluções</p><p>Checar a técnica de aplicação da tinta.</p><p>Mudar o sistema de solventes na formulação.</p><p>12.6 - Crateras</p><p>Causas prováveis</p><p>Pequenas partículas ou gotículas de óleo, silicone, entre outros.</p><p>Contaminantes sólidos no sistema de pintura.</p><p>Possíveis soluções</p><p>Checar o sistema de limpeza da superfície do substrato.</p><p>Checar o sistema de pintura no que se refere à impurezas.</p><p>12.7 - Casca de Laranja</p><p>A superfície da área pintada apresenta poros semelhantes aos de uma casca de laranja.</p><p>Causas prováveis</p><p>Bico da pistola longe da superfície do substrato.</p><p>Má homogeneização da tinta.</p><p>Condições de umidade muito alta ou muito baixa.</p><p>Possíveis soluções</p><p>Ajustar a distância.</p><p>Homogeneizar a tinta.</p><p>Ajustar as condições ambientais ou aumentar a porcentagem de solvente.</p><p>12.8 - Baixa Resistência a Adesão</p><p>Causas prováveis</p><p>Presença de agente desmoldante ou outros contaminantes na superfície do substrato.</p><p>Seleção incorreta da tinta.</p><p>Possíveis soluções</p><p>Eliminar o uso de agente desmoldante ou efetuar melhor limpeza da peça. Agentes desmoldantes a base de Silicone dificilmente são eliminados no processo de limpeza da peça.</p><p>Consultar o fabricante de tinta.</p><p>12.9 - Resistência de adesão não uniforme.</p><p>Causas prováveis</p><p>Contaminações localizadas na tinta ou na superfície do substrato.</p><p>Homogeneização do sistema tinta/solvente.</p><p>Possíveis soluções</p><p>Checar se há agente desmoldante ou outras substâncias estranhas.</p><p>Checar a limpeza superficial da peça e a filtragem da tinta.</p><p>Efetuar melhor a homogeização da tinta.</p><p>12.10 - Bolhas</p><p>Causas prováveis</p><p>Presença de água no sistema.</p><p>Presença de óleo no sistema.</p><p>Contaminação superficial.</p><p>Possíveis soluções</p><p>Verificar linha de ar, pistola de pintura, etc.</p><p>Verificar a limpeza superficial e possível contaminações de silicone.</p><p>Limpar a superfície a ser pintada com Álcool Isopropílico. Eliminar fontes de contaminantes</p><p>13 - GLOSSÁRIO</p><p>Absorvedor de ultravioleta (UV)</p><p>Substância usada em algumas tintas para exterior que absorve a radiação ultravioleta (UV) do Sol, reduzindo seus efeitos nocivos sobre a tinta.</p><p>Acabamento</p><p>Última demão de tinta aplicada num trabalho de pintura.</p><p>Acabamentos marinhos</p><p>Tintas e vernizes especialmente formulados para resistir à imersão em água e exposição à atmosfera marinha que é corrosiva.</p><p>Acabamentos penetrantes</p><p>Acabamentos absorvidos pelo substrato em lugar de formar uma camada na superfície.</p><p>Acetato de polivinila</p><p>Também conhecido como PVA (do Inglês Poly Vinil Acetate). Ligante a base água muito usado em tintas látex para interiores.</p><p>Acetinado</p><p>Acabamento com brilho entre semi-brilho e fosco. Ver também Acabamentos.</p><p>Acrílico</p><p>Polímero sintético usado como ligante em tintas e seladores de alto desempenho à base de água.</p><p>Adesão</p><p>Condição de uma tinta ou massa de permanecer fixa sobre a superfície depois de seca. A adesão é, provavelmente, a mais importante característica individual de uma tinta ou massa.</p><p>Adesão úmida</p><p>Capacidade de uma tinta aderir à superfície independentemente de sua condição de umidade. Particularmente importante em tintas de uso exterior.</p><p>Aerossol (ou spray)</p><p>Recipiente contendo tinta pressurizada para pulverização. Geralmente esmaltes e vernizes são envasados em embalagens aerossol. O mesmo que spray.</p><p>Bandeja</p><p>Utensílio de pintura utilizado para passar e retirar o excesso de tinta no rolo.</p><p>Bastão de espuma</p><p>Espuma extrudada geralmente colocada em juntas com profundidade acima de 12,5 mm para preencher o espaço antes de ser aplicado o selador. Possuem aplicadores cujo diâmetros varia de 3 a 20 mm.</p><p>Biocida</p><p>Aditivo formulado para evitar que as bactérias deteriorem a tinta ou a massa durante a armazenagem ou para impedir o crescimento de fungos sobre a tinta aplicada.</p><p>Brilho</p><p>Grau de reflexão de uma tinta. Tintas foscas não têm brilho, ao contrário das tintas de alto brilho.</p><p>Broxa</p><p>Pincel grande e arredondado, de pêlos ordinários, empregado em caiação e outros tipos de pintura mais rústica.</p><p>Calcinação</p><p>Deterioração da superfície de uma tinta em exteriores pela ação das intempéries, resultando numa superfície desbotada coberta de um pó esbranquiçado. A calcinação ocorre quando o ligante é degradado por condições ambientais adversas. Deve ser removida antes de repintar.</p><p>Carbonato de cálcio (CaCO2)</p><p>Mineral (giz) usado como carga em tintas ou seladores.</p><p>Carepa de laminação</p><p>Termo que se refere à combinação de sujeira e ferrugem sobre a superfície de um metal ferroso.</p><p>Carga (ou extensor)</p><p>Um pigmento barato, de baixa cobertura, que é acrescentado aos pigmentos coloridos e de alto poder de cobertura, proporcionando massa à tinta. Influi positiva ou negativamente em muitas de suas propriedades. Algumas cargas comuns são caulim, carbonato de cálcio e sílica.</p><p>Coalescente</p><p>Solvente orgânico usado em tintas à base de água, que age como um plastificante temporário, para ajudar na formação de filme. Ao ser aplicado, ajuda o ligante a formar um filme contínuo, particularmente no limite inferior da faixa de temperatura de aplicação recomendada para o revestimento.</p><p>Cobertura</p><p>Refere-se não apenas à opacidade do filme, mas também à sua espessura e nivelamento. Deve-se levar em conta o tipo de aplicação (pincel, rolo, revólver, etc.).</p><p>Combustibilidade</p><p>Capacidade de uma substância incendiar-se, tendo ponto de combustão uma temperatura igual ou superior a 37,5o C.</p><p>Combustível</p><p>Qualquer líquido com ponto de combustão igual ou superior a 37,5o C.</p><p>Corante (ou colorante)</p><p>Concentrado, na forma líquida ou em pó, adicionado à tinta para se obter uma determinada cor.</p><p>Cores análogas</p><p>No Círculo de Cores diz-se das cores que estão próximas uma da outra. Veja página Como trabalhar com o Circulo de Cores.</p><p>Cores complementares</p><p>No Círculo de Cores diz-se das cores que estão diretamente opostas.</p><p>Cores contrastantes</p><p>Diz-se das cores que estão separadas por pelo menos outras três no Círculo de Cores.</p><p>Cores neutras</p><p>Denominação geral para cores que geralmente combinam com outras. Ex. branco, bege e o cinza.</p><p>Cores personalizadas</p><p>Cores especiais feitas pela adição de corantes à tinta ou pela mistura de tintas de diferentes cores. Permite ao revendedor obter uma cor escolhida pelo cliente.</p><p>Cores primárias</p><p>Cores que não podem ser produzidas pela mistura de duas outras cores. São elas o vermelho, o amarelo e o azul.</p><p>Cores secundárias</p><p>Cores formadas pela mistura de duas cores primárias. São elas o laranja, o verde e o violeta.</p><p>Craquelê</p><p>Rachadura do esmalte da porcelana, ou do verniz, ou da pintura a óleo, por contração ou dilatação do substrato, formando um entrelaçamento irregular de fendas muito finas.</p><p>Desbotamento</p><p>Perda gradual da cor de uma tinta, geralmente causada pela exposição à luz, calor ou intempéries.</p><p>Descamação</p><p>É o destacamento da tinta, em escamas, de uma superfície, resultante da perda de adesão e integridade do filme. A descamação pode ser entre camadas ou até o substrato.</p><p>Descoramento</p><p>Perda de cor, geralmente devida à exposição à luz solar.</p><p>Desengraxante (Desengordurante)</p><p>Solvente ou composto para remover óleos, gorduras ou graxa de um substrato.</p><p>Destilado de petróleo</p><p>Solventes de hidrocarboneto líquido (como aguarrás)</p><p>Diluente</p><p>Líquido adicionado a uma tinta para reduzir a sua viscosidade. Um diluente não é necessariamente um solvente para o ligante.</p><p>Dióxido de titânio (TiO2)</p><p>Pigmento branco, caro, de alta opacidade, usado como pigmento principal tanto em tintas látex como à base de solventes.</p><p>Durabilidade</p><p>Grau de resistência de uma tinta ou massa aos efeitos destrutivos do ambiente ao qual está exposta, especialmente intempéries. O termo também se refere à resistência à abrasão</p><p>em tintas para interiores.</p><p>Dureza</p><p>Grau de resistência à pressão de um material sem que fique deformado ou riscado.</p><p>Eflorescência</p><p>Pó esbranquiçado que algumas vezes aparece em superfícies de alvenaria.</p><p>Elasticidade</p><p>Capacidade da tinta ou massa de expandir-se e contrair-se com o substrato, sem sofrer danos ou mudanças no seu aspecto. A expansão e contração geralmente são causadas por variações de temperatura e umidade.</p><p>Emenda</p><p>Área na qual um revestimento de pintura encontra outro recém-pintado: Um bom trabalho de pintura não deixa que essa junção fique visível.</p><p>Empolamento</p><p>Formação de bolhas na película de tinta.</p><p>Emulsão</p><p>Mistura (geralmente leitosa) na qual um líquido é disperso (mas não dissolvido) em outro. O ligante de uma tinta é chamado de emulsão.</p><p>Enchimento para madeiras</p><p>Produto altamente pigmentado usado para encher a grana da madeira antes de serem aplicados os fundos ou acabamentos. Usado em madeiras de grana aberta assim como em móveis e esquadrias.</p><p>Enrugamento</p><p>Desenho de superfície que aparece em tintas não bem aderidas a uma superfície brilhante. Pode ser devido também à aplicação de um revestimento duro sobre um fundo mole, ou (no caso de tinta à base de óleo) porque a madeira foi pintada antes de o fundo estar completamente seco.</p><p>Envernizar</p><p>Passar uma fina camada de tinta para modificar a cor ou a permeabilidade de uma tinta aplicada anteriormente.</p><p>Escorrer</p><p>Movimento descendente de tinta ou verniz causado por excesso de tinta, ajuntamento de tinta em irregularidades da superfície ou alastramento excessivo.</p><p>Escovação</p><p>Limpeza de uma superfície com uma escova.</p><p>Esmalte</p><p>Verniz colorido ou tinta de alto brilho. O termo é usado para tintas de alta qualidade, resistentes ao pó (geralmente para uso em interiores) que podem ter um brilho que vai do acetinado ao brilhante. Esses revestimentos são usados em aplicações em cozinhas, banheiros, etc.</p><p>Espátula</p><p>Ferramenta usada aplicar e alisar massas na superfície a ser pintada.</p><p>Espessura de filme úmido</p><p>Espessura de uma tinta ou verniz recém-aplicados.</p><p>Espessura do filme</p><p>Espessura de uma tinta ou verniz.</p><p>Esponjamento</p><p>Técnica decorativa de pintura que consiste em acrescentar ou retirar tinta usando para isso uma esponja.</p><p>Esquema de Trio de cores</p><p>Esquema de cores que usa quaisquer três cores eqüidistantes no círculo de cores.</p><p>Estêncil</p><p>Técnica decorativa de pintura baseada na repetição de padrões feitos em moldes vazados</p><p>Estireno-butadieno</p><p>Látex sintético similar à borracha sintética. É usado em alguns tipos de tintas à base de água.</p><p>Facilidade de aplicação</p><p>Características de uma tinta ou massa que facilitam a sua aplicação, por exemplo, ausência de respingos, bom nivelamento e bom tempo de abertura.</p><p>Ferroso</p><p>Diz-se do metal que contém ferro e está sujeito à corrosão.</p><p>Flash</p><p>Brilho ou cor irregulares resultantes de um substrato não selado ou temperaturas muito altas ou muito baixas durante a secagem.</p><p>Flexibilidade</p><p>Grau em que um revestimento ou selador pode se conformar ao movimento do substrato, após a secagem, sem apresentar defeitos.</p><p>Formação de filme</p><p>Capacidade da tinta de formar uma película contínua e seca. Numa tinta látex, esse processo é resultado da evaporação da água e da aglomeração das partículas do ligante.</p><p>Fosfato de trisódio</p><p>Composto para limpeza à base de material alcalino. Por conter fosfato, seu uso é controlado em certas áreas geográficas.</p><p>Fosqueante (ou lixador líquido)</p><p>Produto químico líquido usado para eliminar o brilho de uma superfície pintada, tornando-a ligeiramente áspera, o que proporciona melhor adesão à tinta a ser aplicada em seguida.</p><p>Fundo selador</p><p>Tipo de fundo que elimina ou reduz a penetração da camada superior no substrato.</p><p>Fundo</p><p>A primeira camada de tinta aplicada num sistema de pintura. Muitos fundos são desenvolvidos para proporcionar uma adesão adequada entre a superfície e as camadas seguintes. A maioria dos fundos contém algum pigmento, alguns dão uniformidade ao acabamento, alguns impedem a corrosão do substrato e alguns impedem o desbotamento do acabamento.</p><p>Fungicida</p><p>Produto químico adicionado a tintas e seladores, que impede o crescimento de fungos sobre a superfície pintada.</p><p>Galvanizado</p><p>Diz-se da uma peça metálica que recebeu uma camada de zinco ou outro metal, que a tornou mais resistente à corrosão.</p><p>Gretar</p><p>Rachar como terra seca sob o efeito de sol muito forte.</p><p>Inerte</p><p>Diz-se da substância que não é facilmente modificada por ação química.</p><p>Inibidor de corrosão</p><p>Material usado para prevenir a oxidação (corrosão ou ferrugem) de metais. Pode ser um revestimento aplicado sobre a superfície, um fundo, aditivo ou pigmento.</p><p>Inorgânico</p><p>Material que não é animal ou vegetal. Por exemplo, minerais e sais.</p><p>Insolúvel</p><p>Que não se pode dissolver.</p><p>Junta</p><p>Intervalo ou espaço entre dois materiais de construção que se encontram. Ex. dois azulejos ou uma banheira e a parede do banheiro.</p><p>Laca</p><p>Revestimento à base de material termoplástico sintético dissolvido em solvente orgânico. Seca pela evaporação do solvente.</p><p>Lavabilidade</p><p>Facilidade com que se elimina sujeira da superfície de tinta sem causar danos.</p><p>Levantamento de brilho</p><p>Formação de áreas brilhantes sobre uma superfície pintada como resultado da lavagem ou abrasão.</p><p>Levantamento de veio</p><p>Inchaço e surgimento de fibras curtas e retorcidas na madeira, causado pela absorção de um líquido, em geral a água.</p><p>Ligante</p><p>Nas tintas e seladores é o componente que une as partículas de pigmento, formando um filme uniforme, contínuo e favorecendo sua adesão ao substrato. A natureza e a quantidade do ligante determinam, a maioria das propriedades de desempenho das tintas (lavabilidade, resistência, adesão, retenção de cor e durabilidade) e dos seladores (durabilidade, adesão e flexibilidade em baixas temperaturas).</p><p>Livre de aderência</p><p>Estágio na secagem de uma tinta no qual esta não é mais pegajosa.</p><p>Livre de pó</p><p>Estágio na secagem de uma tinta no qual as partículas de pó no ar não aderem sobre a tinta.</p><p>Lixador líquido</p><p>Produto químico usado para tirar o brilho de uma superfície pintada para melhorar sua adesão a outra demão de tinta.</p><p>Lixamento</p><p>Acabamento usado em paredes ou superfícies texturizadas. Também é usado na preparação de superfície a ser pintada ou envernizada.</p><p>Marmorização</p><p>Técnica de pintura decorativa que imita os veios do mármore.</p><p>Metal mole</p><p>Designação geral para os Compostos de chumbo, que, no passado, eram usados como pigmento branco.</p><p>Nafta</p><p>Solvente destilado do petróleo usado por pintores profissionais para limpeza e para afinar tintas à base de solventes.</p><p>Não voláteis</p><p>Componentes sólidos de uma tinta, constituída de ligante e pigmento. É a parte da tinta que permanece sobre a superfície depois da secagem.</p><p>Nata</p><p>Camada que se forma na superfície de uma tinta ou selador armazenados, devido à exposição ao ar.</p><p>Nivelamento</p><p>Capacidade de uma tinta de formar um filme uniforme, sem marcas de pincel. Tintas látex de alta qualidade geralmente têm nivelamento superior. Veja também Solução de Problemas.</p><p>Orgânico</p><p>Refere-se a substâncias derivadas de seres vivos e cuja estrutura molecular contém carbono.</p><p>Oxidação</p><p>Reação química ao oxigênio. Por exemplo, a secagem de óleos em tintas à base de óleo ou o enferrujamento de ferro ou aço.</p><p>Permeável</p><p>Que permite a passagem do vapor de água sem danos.</p><p>Pigmento</p><p>Substância em pó, um dos componentes básicos de uma tinta ou massa. Proporciona cor, poder de cobertura e massa à tinta.</p><p>Poder de cobertura</p><p>Capacidade da tinta de encobrir uma superfície sobre a qual foi aplicada. O poder de cobertura vem do pigmento da tinta e depende da espessura da camada aplicada e do nivelamento.</p><p>Polímero</p><p>Material semelhante ao plástico produzido a partir de monômeros que, por sua vez, foram produzidos de álcoois e produtos petroquímicos. Alguns polímeros são usados como tinta látex e ligantes de seladores. As partículas de polímero do ligante são pequenas e suspensas em água. A mistura dessas partículas e água é conhecida por emulsão ou "látex".</p><p>Ponto de combustão</p><p>A menor temperatura na qual os vapores de um líquido podem pegar fogo.</p><p>Ponto de condensação</p><p>Temperatura na qual</p>