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<p>Inserir Título Aqui</p><p>Inserir Título Aqui</p><p>Light Design</p><p>Normas e Recomendações</p><p>Responsável pelo Conteúdo:</p><p>Prof. Me. Altimar Cypriano</p><p>Revisão Textual:</p><p>Prof.ª Me. Natalia Conti</p><p>Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:</p><p>• Recomendações Normativas – Parâmetros Quantitativos</p><p>e Qualitativos no Projeto de Iluminação;</p><p>• Cálculos – Geral | Trabalho | Destaque;</p><p>• Cuidados Especiais no Projeto.</p><p>Fonte: Getty Im</p><p>ages</p><p>Objetivo</p><p>• Sistematizar e compreender as normas e os métodos de cálculo aplicados no desenvolvi-</p><p>mento do projeto de iluminação.</p><p>Caro Aluno(a)!</p><p>Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-</p><p>timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material</p><p>trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.</p><p>Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você</p><p>poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns</p><p>dias e determinar como o seu “momento do estudo”.</p><p>No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões</p><p>de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e</p><p>auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.</p><p>Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de</p><p>discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de</p><p>propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de</p><p>troca de ideias e aprendizagem.</p><p>Bons Estudos!</p><p>Normas e</p><p>Recomendações</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>Contextualização</p><p>Conhecer as normas e recomendações para a iluminação dos ambientes é fundamental</p><p>para a atividade profissional, assim como determinar a quantidade da iluminação é</p><p>essencial para o bom encaminhamento do projeto de iluminação.</p><p>A aplicação adequada dos métodos de cálculo para a quantificação da ilumina-</p><p>ção é um dos requisitos para o sucesso profissional.</p><p>Para uma ampliação do panorama da aplicação dos métodos de cálculo e da interação</p><p>entre iluminação artificial e natural, leia a dissertação de mestrado de Beatriz Guimarães</p><p>Toledo, desenvolvida na UnB – Universidade de Brasília, intitulada “Integração de ilu-</p><p>minação natural e artificial: métodos e guia prático para projeto luminotécnico”.</p><p>Disponível em: http://bit.ly/2LgbDAI</p><p>6</p><p>7</p><p>Recomendações Normativas –</p><p>Parâmetros Quantitativos e Qualitativos</p><p>no Projeto de Iluminação</p><p>A descoberta da lâmpada elétrica foi resultado da pesquisa de diversos inventores, entre</p><p>eles Thomas Edison que comprou a patente de dois canadenses Henry Evans e Matthew</p><p>Woodward1, que a apresentaram em 1874. As tecnologias de produção de luz artificial</p><p>foram se desenvolvendo na procura de fontes mais eficientes e com melhores caracterís-</p><p>ticas de reprodução e temperaturas de cor. As lâmpadas tubulares fluorescentes surgiram</p><p>no final da década de 1930, e as lâmpadas fluorescentes compactas surgiram no final dos</p><p>anos 1980, como alternativas mais econômicas para as lâmpadas incandescentes.</p><p>Com a evolução das fontes de luz, a definição de critérios de projeto relacionados à</p><p>quantidade e qualidade da iluminação para as áreas de trabalho se fez necessário, deven-</p><p>do responder aos seguintes parâmetros:</p><p>• Iluminância;</p><p>• Distribuição de luminâncias no campo visual;</p><p>• Ofuscamento;</p><p>• Modelagem;</p><p>• Qualidade das cores;</p><p>• Estética material.</p><p>A definição dos níveis de iluminamento ou as iluminâncias (E) para as áreas de traba-</p><p>lho interna devem ser adequadas às funções e tarefas que serão desenvolvidas.</p><p>Questões subjetivas relacionadas à atmosfera e ambientação, que implicam nas expe-</p><p>riências dos usuários, também são essenciais nos projetos de iluminação. Para Howard</p><p>Brandston (2010,) “códigos e normas podem nos distrair na prática da iluminação”.</p><p>Portanto, as recomendações das normas são importantes e devem ser observadas no</p><p>desenvolvimento dos projetos de iluminação a fim de garantir que as necessidades fun-</p><p>cionais do usuário sejam atendidas, mas não devem ser o único parâmetro do projeto.</p><p>A Norma Brasileira que orienta, regulamenta e estabelece parâmetros para a quantificação</p><p>dos níveis de iluminação dos ambientes interiores é a norma NBR ISO/CIE 8995 – 1, que</p><p>entrou em vigor em abril de 2013, em substituição à Norma NBR 5413, revista em 1991.</p><p>O iluminamento de interiores é objeto da NBR-541322, Iluminâ ncia</p><p>de Interiores. Outras normas relativas ao assunto sã o a NBR-5361,</p><p>Iluminaç ã o Terminologia, e NBR-5302, Verificaç ã o de Iluminâ ncia de</p><p>Interiores - Mé todos de Ensaio. De maneira geral, pela NBR-5413, se</p><p>1 Fonte: http://bit.ly/2LgFCZh</p><p>2 As citações que se referem à norma NBR 5413 não perdem a validade, mesmo que esta norma tenha sido substituída</p><p>pela NBR ISO/CIE 8995, pois os parâmetros quantitativos existentes na antiga norma não sofreram alterações substan-</p><p>ciais. A atual norma trouxe um aprimoramento na definição de parâmetros quantitativos e qualitativos para projetos.</p><p>7</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>a altura do plano de trabalho nã o é definida, deve-se adotá -la como</p><p>0,75 m do piso. Alé m disso, considera-se vá lida uma iluminaç ã o su-</p><p>plementar do plano de trabalho, quando for necessá ria uma elevada</p><p>iluminâ ncia, com o cuidado de que a iluminâ ncia no restante do am-</p><p>biente nã o seja inferior a um dé cimo do valor adotado no campo de</p><p>trabalho. A NBR-5413 define també m iluminâ ncias para cada grupo</p><p>de tarefas visuais, sendo trê s faixas de iluminâ ncias. Dentro dessas</p><p>faixas estã o trê s subfaixas com iluminâ ncias relativas aos tipos de ati-</p><p>vidade visual, conforme resumo da Tabela 5.1. (GUERRINI, 2008)</p><p>O “número”, ou seja, a “quantidade de luz” é uma referência importante, porém a qua-</p><p>lidade da iluminação não pode ser ignorada.</p><p>As atividades laborativas também requerem o atendimento de parâ-</p><p>metros quantitativos e qualitativos de iluminação, a norma NBR 5413</p><p>da ABNT faz menção apenas ao nível de iluminação recomendado</p><p>(iluminâncias), deixando de lado questões como o brilho aparente das</p><p>superfícies (luminâncias), ergonomia e conforto visual, e demais as-</p><p>suntos que tratam das questões óticas dos dispositivos que tratam a luz</p><p>(luminárias). (CYPRIANO, 2013)</p><p>Critérios qualitativos como o conforto visual, controle do ofuscamento, introdução</p><p>de exigências na classificação de luminárias destinadas a ambientes com características</p><p>especiais (uso de displays e telas de controle de tráfego e monitoramento, por exemplo)</p><p>foram introduzidos na norma NBR ISO/CIE 8995 – 1, mas que já eram utilizados no de-</p><p>senvolvimento de projetos de iluminação por escritórios de consultoria, que se baseavam</p><p>em normas internacionais ou na literatura como o Handbook do IESNA.</p><p>A ABNT NBR ISO/CIE 8995-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de</p><p>Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Aplicações</p><p>Luminotécnicas e Medições Fotométricas (CE-03:034.04). O Projeto</p><p>circulou em Consulta Nacional conforme edital nº 08, de 28.08.2012</p><p>a 26.09.2012, com o número de Projeto 03:034.04-100.</p><p>Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura</p><p>e redação, à ISO/CIE 8995-1:2002 e Cor 1:2005, que foi elabo-</p><p>rada conjuntamente pelo CIE-TC 3-21 e ISO/TC 159, Technical</p><p>Committee Ergonomics, Subcommittee SC 5, Ergonomics of the</p><p>Physical Environment, conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.</p><p>Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 5413:1992 e a ABNT</p><p>NBR 5382:1985. (ABNT)</p><p>A forma como essas questões de qualificação da iluminação pela norma serão abor-</p><p>dadas são expostas no capítulo de introdução da NBRISO/CIE 8995 – 1:</p><p>Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de tra-</p><p>balho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem ta-</p><p>refas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante</p><p>todo o período de trabalho.</p><p>Uma boa iluminação propicia a visualização do ambiente, permitindo</p><p>que as pessoas vejam, se movam com segurança e desempenhem ta-</p><p>refas visuais</p><p>de maneira eficiente, precisa e segura, sem causar fadiga</p><p>8</p><p>9</p><p>visual e desconforto. A iluminação pode ser natural, artificial ou uma</p><p>combinação de ambas.</p><p>Uma boa iluminação requer igual atenção para a quantidade e qualida-</p><p>de da iluminação. Embora seja necessária a provisão de uma iluminân-</p><p>cia suficiente em uma tarefa, em muitos exemplos a visibilidade depen-</p><p>de da maneira pela qual a luz é fornecida, das características da cor da</p><p>fonte de luz e da superfície em conjunto com o nível de ofuscamento do</p><p>sistema. Nesta Norma foi levado em consideração não apenas a ilumi-</p><p>nância, mas também o limite referente ao desconforto por ofuscamento</p><p>e o índice de reprodução de cor mínimo da fonte para especificar os</p><p>vários locais de trabalho e tipos de tarefas. Os parâmetros para criar as</p><p>condições visuais confortáveis estão propostos no corpo desta Norma.</p><p>Os valores recomendados foram considerados, a fim de representar um</p><p>balanço razoável, respeitando os requisitos de segurança, saúde e um</p><p>desempenho eficiente do trabalho. Os valores podem ser atingidos com</p><p>a utilização de soluções energeticamente eficientes.</p><p>Existem também parâmetros ergonômicos visuais, como a capa-</p><p>cidade de percepção e as características e atributos da tarefa, que</p><p>determinam a qualidade das habilidades visuais do usuário e, conse-</p><p>quentemente, os níveis de desempenho. Em alguns casos a otimiza-</p><p>ção destes fatores de influência pode melhorar o desempenho sem</p><p>ser necessário aumentar os níveis de iluminância. Por exemplo, pela</p><p>melhora do contraste na tarefa, ampliando a visualização de própria</p><p>tarefa através do uso de equipamentos de auxílio à visão (óculos) e</p><p>pela provisão de sistemas de iluminação especiais com capacidade de</p><p>uma iluminação local direcional. (ABNT)</p><p>Na norma NBR ISO/CIE 8995 – 1 foram incluídos a definição da área da tarefa e</p><p>área do entorno imediato; a definição de iluminância mantida; o método de restrição</p><p>do ofuscamento (classificação de brilho) das luminárias – índice UGR – índice de ofus-</p><p>camento unificado; o índice de reprodução de cor (Ra ou IRC3); e a temperatura de cor,</p><p>esses dois últimos das fontes de luz.</p><p>A iluminância no entorno imediato deve estar relacionada com a iluminân-</p><p>cia da área de tarefa, e convém que proveja uma distribuição bem balance-</p><p>ada da luminância no campo de visão. Mudanças drásticas nas iluminân-</p><p>cias ao redor da área de tarefa podem levar a um esforço visual estressante</p><p>e desconforto. A iluminância mantida das áreas do entorno imediato</p><p>pode ser mais baixa que a iluminância da área da tarefa, mas não</p><p>pode ser inferior aos valores dados na tabela abaixo. (ABNT)</p><p>Tabela 1 – Relação de iluminância da tarefa e iluminância do entorno imediato</p><p>Iluminância da tarefa</p><p>lux</p><p>Iluminância do entorno imediato</p><p>lux</p><p>≥ 750 500</p><p>500 300</p><p>300 200</p><p>≤ 200 Mesma luminância da área de tarefa</p><p>Fonte: ABNT</p><p>3 IRC – Índice de reprodução de cor – sigla utilizada no Brasil, a sigla utilizada internacionalmente é CRI.</p><p>9</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>Nos ambientes corporativos a iluminação deve proporcionar alta performance, eco-</p><p>nomia (na implantação e operação dos sistemas adotados), flexibilidade na utilização do</p><p>espaço e garantir conforto visual (ergonomia). O atendimento aos parâmetros recomen-</p><p>dados tem alguns objetivos como: um ambiente luminoso agradável, uma distribuição</p><p>homogênea da luminância, a iluminância (E) adequada às tarefas e atividades, limitação</p><p>do ofuscamento direto e refletido, entre outros.</p><p>A prática de uma boa iluminação para locais de trabalho é muito mais</p><p>que apenas fornecer uma boa visualização da tarefa. É essencial que</p><p>as tarefas sejam realizadas facilmente e com conforto. Desta maneira</p><p>a iluminação deve satisfazer os aspectos quantitativos e qualitativos</p><p>exigidos pelo ambiente.</p><p>Em geral a iluminação assegura:</p><p>• conforto visual, dando aos trabalhadores uma sensação de bem-</p><p>-estar,</p><p>• desempenho visual, ficando os trabalhadores capacitados a realizar</p><p>suas tarefas visuais, rápida e precisamente, mesmo sob circunstâncias</p><p>difíceis e durante longos períodos,</p><p>• segurança visual, ao olhar ao redor e detectar perigos.</p><p>A fim de satisfazer isto, é requerido que seja dada atenção a todos os</p><p>parâmetros que contribuem para o ambiente luminoso.</p><p>Os principais parâmetros são:</p><p>• distribuição da luminância,</p><p>• iluminância,</p><p>• ofuscamento,</p><p>• direcionalidade da luz,</p><p>• aspectos da cor da luz e superfícies,</p><p>• cintilação,</p><p>• luz natural,</p><p>• manutenção. (ABNT)</p><p>No corpo da norma NBR ISO 8995 há explicações sobre todos os parâmetros refe-</p><p>renciados, como, por exemplo: sobre as iluminâncias (E) da área da tarefa, que deve ser</p><p>iluminada o mais uniformemente possível (o entorno imediato, ou arredores, é uma zona</p><p>de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da tarefa dentro do campo de visão); e</p><p>o controle de ofuscamento direto (utilização de luminárias com controle de ofuscamento</p><p>e boa classificação UGR - Unified Glare Rating) ou refletido (cuidado com superfícies</p><p>refletivas, posição incorreta de luminárias e estações de trabalho).</p><p>10</p><p>11</p><p>Cálculos – Geral | Trabalho | Destaque</p><p>Os dois métodos de cálculos utilizados em projetos de iluminação para a determina-</p><p>ção das iluminâncias (E) são: o método do fluxo total (ou método dos lumens) – para a</p><p>determinação de iluminâncias (E) homogeneamente distribuídas, próprias para áreas de</p><p>trabalho onde a uniformidade e baixo contraste são fundamentais para o desempenho</p><p>de tarefas; e o método ponto por ponto – para a determinação de iluminâncias (E) em</p><p>pontos específicos, especialmente quando se pretende destacar elementos (obras de</p><p>arte, exposição de produtos, ou elementos arquitetônicos) dentro de espaços para a</p><p>construção de atmosferas.</p><p>Anteriormente,4 quando foi abordado o assunto “fontes de luz” foi também exposto</p><p>que as fontes de luz mais difusas – luz emitida em todas as direções (omnidirecionais) e as</p><p>puntiformes – emitem luz dirigidas (não omnidirecionais) e possuem características que</p><p>são mais adequadas a um ou outro método. As fontes difusas (omnidirecionais) – aquelas</p><p>que os fabricantes apresentam a quantidade de luz nos catálogos ou sites – fluxo em lú-</p><p>mens são mais indicadas para uma distribuição homogênea de luz, o método de cálculo</p><p>mais indicado para a quantificação do nível de iluminamento ou iluminância (E) será o</p><p>método dos fluxos totais. Para as fontes puntiformes (não omnidirecionais) – aquelas</p><p>que os fabricantes informam o ângulo de abertura e a quantidade de luz - em intensida-</p><p>de luminosa (candelas), o método de cálculo mais adequado para o dimensionamento</p><p>será o ponto por ponto.</p><p>Na unidade sobre o projeto de iluminação5 foram apresentadas as três premissas do</p><p>projeto de iluminação: iluminação geral, iluminação para tarefas e iluminação de</p><p>destaque. Foi explanado também sobre as etapas básicas no desenvolvimento do pro-</p><p>jeto: a estratégia geral do projeto (o quê); conceituação | concepção dos espaços</p><p>– fachos e feitos (como?); e sistemas e tecnologias envolvidos (com o quê). Basicamente</p><p>a iluminação responde a duas funções básicas: a iluminação técnica (luz da razão) e a</p><p>iluminação estética (luz da emoção).</p><p>A iluminação geral é a primeira premissa a ser observada no projeto de ilumina-</p><p>ção. Como já foi dito, a iluminação geral “recheia” o espaço com luz. Habitualmente</p><p>os principais ambientes residenciais, por exemplo, terão entre 100 lux a 150 lux como</p><p>iluminância (E). Também nesse primeiro momento se define a iluminância (E) que será</p><p>destinada às atividades laborativas (luz da razão), quais as recomendações normativas e</p><p>quais as necessidades dos usuários. Já a iluminação de destaque, última premissa a ser</p><p>atendida no processo de projeto, tem a responsabilidade de contribuir na construção da</p><p>atmosfera pretendida, reforçando essa narrativa. Sua missão essencial é criar pontos</p><p>de atração dentro dos ambientes (previamente selecionados no início do processo de</p><p>conceituação do projeto), participando com o toque criativo dentro do desenho da luz e</p><p>contribuindo</p><p>para “criar o clima”.</p><p>4 Ver Sistemas e tecnologias – parte 1. Fontes de luz mais utilizadas.</p><p>5 Ver Unidade II – Organização | metodologia de projeto de iluminação – parte 1.Conceituação do projeto de iluminação.</p><p>11</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>Método do Fluxo Total ou Método dos Lúmens</p><p>O método do fluxo total é o mais indicado para se obter uma iluminação geral homo-</p><p>gênea destinadas aos ambientes de trabalho. É a base a partir da qual será definida, se</p><p>necessário, a iluminação de destaque.</p><p>A fórmula básica utilizada para a obtenção da iluminância (E) é:</p><p>E</p><p>A</p><p>f</p><p>=</p><p>Onde:</p><p>• E: iluminância desejada;</p><p>• Φ ou F: fluxo luminoso total;</p><p>• A ou S: área a ser iluminada.</p><p>Entretanto, há alguns fatores que irão depreciar a instalação:</p><p>• O fator de depreciação ou fator de manutenção (d, FD ou FM);</p><p>• O fator de utilização (FU ou η) da luminária utilizada (ver tabela de fatores de utili-</p><p>zação na folha fotométrica fornecida pelo fabricante da luminária);</p><p>• Fator de fluxo luminoso do reator FFL ou “ballast factor”.</p><p>Como a iluminância (E) é definida pelo projetista como um “objetivo” que atenda às</p><p>questões normativas e\ou às necessidades dos usuários, a fórmula para obtenção do</p><p>fluxo total necessário deve ter então o fluxo total (F ou Φ) como incógnita:</p><p>( )E a b</p><p>FU Fd FFL</p><p>f</p><p>´ ´</p><p>=</p><p>´ ´</p><p>Onde:</p><p>• Φ ou F: fluxo luminoso total;</p><p>• E: iluminância desejada;</p><p>• a: largura;</p><p>• b: comprimento;</p><p>• (a x b): área a ser iluminada – A ou S;</p><p>• FU ou η: fator de utilização – luminária;</p><p>• Fd ou FM: fator de depreciação ou fator de manutenção;</p><p>• FFL: fator de fluxo luminoso ou “ballast factor” (por convenção na disciplina utili-</p><p>zaremos 1, pois a utilização das lâmpadas de LED é uma tendência e essa tecnolo-</p><p>gia dispensa a utilização de reatores).</p><p>Os passos que devem ser seguidos para a obtenção da iluminância (E) são:</p><p>• 1º passo: Definição da Iluminância desejada | necessária (E).(ref: tabela – NBR</p><p>ISO 8995 | NBR 5413 - antiga):</p><p>12</p><p>13</p><p>Tabela 1 – Trecho da tabela dos ambientes, tarefas e atividades,</p><p>iluminâncias (E), ofuscamento e qualidade da cor</p><p>Tipo de ambiente, tarefa ou atividade mE</p><p>lux</p><p>UGRL Ra Observações</p><p>Áreas gerais da edificação</p><p>Saguão de entrada 100 22 60</p><p>Sala de espera 200 22 80</p><p>Áreas de circulação e corredores 100 28 40 Nas entradas e saídas, estabelecer uma zona</p><p>de transição, a fim de evitar mudanças bruscas.</p><p>Escadas, escadas rolantes e esteiras</p><p>rolantes 150 25 40</p><p>Rampas de carregamento 150 25 40</p><p>Refeitório/Cantinas 200 22 80</p><p>Salas de descanso 100 22 80</p><p>Salas para exercícios físicos 300 22 80</p><p>Vestiários, banheiros, toaletes 200 25 80</p><p>Fonte: ABNT</p><p>• 2º passo: Cálculo Índice do Recinto - (folha fotométrica | luminária):</p><p>As folhas fotométricas dos fabricantes de luminárias fornecem os fatores de utilização em</p><p>tabelas que podem estar formatadas em índices de recinto K ou RCL, no momento da se-</p><p>leção da luminária a ser utilizada, também será definida a fonte de luz que atende aos</p><p>parâmetros (fluxo luminoso (f) | temperatura de cor | índice de reprodução de cor).</p><p>( )</p><p>a bK</p><p>h a b</p><p>´</p><p>=</p><p>´ +</p><p>Onde:</p><p>• K: índice do recinto (em função da conformação do espaço – dimensões);</p><p>• a: largura;</p><p>• b: comprimento;</p><p>• h: altura de montagem (distância entre a luminária e o plano de trabalho).</p><p>Ou:</p><p>( )</p><p>( )</p><p>5 Hm L C</p><p>RCL</p><p>L C</p><p>´ +</p><p>=</p><p>+</p><p>Onde:</p><p>• RCL: índice do recinto (em função da conformação do espaço – dimensões);</p><p>• L: largura;</p><p>• C: comprimento;</p><p>• Hm: altura de montagem (distância entre a luminária e o plano de trabalho).</p><p>13</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>• 3º passo: Definição do Fator de Utilização - FU (n) – (ver folha fotométrica – luminária):</p><p>É fundamental sabermos as cores dos acabamentos do teto da parede e do piso</p><p>(nessa ordem), a refletância dessas superfícies é indicada na tabela em percentuais:</p><p>70%, 50%, 30% ou 10% (algumas tabelas apresentam valores para 20%).</p><p>Por exemplo, um teto de cor branca corresponde a uma refletância de 70%, ex-</p><p>pressa em algumas tabelas como 7; as paredes brancas a uma refletância de 50%,</p><p>apresentadas em alguns casos como 5; e um piso escuro 20%, apresentado em</p><p>algumas tabelas como 2. Portanto, neste exemplo, o fator de utilização estaria na</p><p>coluna 752 na linha correspondente ao RCL calculado no passo anterior.</p><p>Figura 1 – Exemplo de folha fotométrica onde os fatores de utilização são fornecidos</p><p>através do índice de recinto (K) – (Exemplo para um K obtido = 1,50)</p><p>Fonte: Acervo do Conteudista</p><p>Exemplo de folha fotométrica onde os fatores de utilização são fornecidos</p><p>através do índice de recinto (RCL)</p><p>Exemplos</p><p>Teto (branco) 70% (7) Teto (cinza) 50% (5)</p><p>Parede (branca) 50% (5) Parede (cinza) 30% (3)</p><p>Piso (escuro) 20% (2) Piso (escuro) 20% (2)</p><p>Exemplo - Refletâncias (752) Exemplo - Refletâncias (532)</p><p>14</p><p>15</p><p>Figura 2</p><p>• 4º passo: Definição do fator de depreciação (d):</p><p>(Geralmente adotamos entre – 0,80 | 0,90 – para ambiente limpo e 0,60 para sujo).</p><p>Ambiente</p><p>Período de Manutenção</p><p>2.500 hs 5.000 hs 7500 hs</p><p>Limpo 0,95 0,91 0,88</p><p>Normal 0,91 0,85 0,80</p><p>Sujo 0,80 0,66 0,57</p><p>15</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>• 5º passo: Cálculo do Fluxo Luminoso Total por Ambiente (F):</p><p>( )E a b</p><p>FU Fd FFL</p><p>f</p><p>´ ´</p><p>=</p><p>´ ´</p><p>ou</p><p>F E A</p><p>FU Fd FFL</p><p>=</p><p>×</p><p>× ×</p><p>Onde:</p><p>• Φ ou F: fluxo luminoso total;</p><p>• E: iluminância desejada;</p><p>• a: largura;</p><p>• b: comprimento;</p><p>• (a x b): área a ser iluminada – A ou S;</p><p>• FU: fator de utilização (η) – luminária;</p><p>• d: fator de depreciação ou fator de manutenção;</p><p>• FFL: fator de fluxo luminoso ou “ballast factor” (por convenção na disciplina utili-</p><p>zaremos 1, pois utilização das lâmpadas de LED é uma tendência e essa tecnologia</p><p>dispensa a utilização de reatores).</p><p>O resultado do cálculo através da formula acima será o fluxo total (F) de todas</p><p>as lâmpadas para a iluminância desejada (E), portanto para se obter o número de</p><p>lâmpadas necessárias esse valor total (F) deverá ser dividido pelo fluxo nominal (f)</p><p>de uma lâmpada (pegar o valor no catálogo do fabricante de lâmpadas).</p><p>• 6º passo: Obter o número de lâmpadas e luminárias que serão utilizadas (N):</p><p>O número total das lâmpadas obtido deverá ser dividido pelo número de lâmpadas que</p><p>a luminária escolhida utilizar, para se obter o total de luminárias utilizadas no ambiente.</p><p>É aconselhável que o arredondamento desse número seja feito para cima.</p><p>FN</p><p>f</p><p>=</p><p>• 7º passo: Distribuição das luminárias:</p><p>Ao se obter o número de luminárias que serão utilizadas no ambiente, procurar</p><p>uma relação entre largura e comprimento do ambiente que satisfaça adequadamen-</p><p>te a distribuição homogênea da iluminação.</p><p>Atenção para a distribuição das luminárias. A equidistância entre as luminárias irá</p><p>garantir a homogeneidade da iluminância (E).</p><p>16</p><p>17</p><p>Exemplo de aplicação do Método do fluxo total ou método dos lúmens</p><p>Determinar a quantidade de luminárias para um escritório (área com hachuras) com</p><p>as seguintes dimensões: 11,00 m x 13,00 m; pé-direito de 2,85 m; considerando-se a</p><p>altura do plano de trabalho 0,75 m (altura das mesas); sendo que a montagem (Hm –</p><p>distância entre a luminária e o plano de trabalho) é igual a 2,10 m.</p><p>As cores dos acabamentos são:</p><p>Teto: branco;</p><p>Paredes: azul (médio);</p><p>Piso: madeira (escuro).</p><p>A lâmpada selecionada para este projeto é a lâmpada fluorescente T5 de 28W Osram.</p><p>A luminária selecionada para esse projeto é a luminária corporativa do fabricante</p><p>Lumini FE 1680/228. Esta luminária utiliza duas lâmpadas.</p><p>Lumini | iluminação, acesse o site: http://bit.ly/2Zxl4Wt</p><p>Figura 3</p><p>Fonte: Acervo do Conteudista</p><p>• 1º passo: Definição da Iluminância desejada | necessária (E):</p><p>A iluminância (E) recomendada para escritórios de acordo com a Norma Brasileira</p><p>NBR ISO 8995 é de 500 lux.</p><p>17</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>Figura 4</p><p>Fonte: ABNT</p><p>• 2º passo: Cálculo Índice do Recinto - (folha fotométrica | luminária):</p><p>( )</p><p>( )</p><p>( )</p><p>( )</p><p>5</p><p>5 2,10 11 13</p><p>11 13</p><p>1,76 2</p><p>Hm L C</p><p>RCL</p><p>L C</p><p>RCL</p><p>RCL</p><p>´ +</p><p>=</p><p>´</p><p>´ +</p><p>=</p><p>´</p><p>= </p><p>• 3º passo: Definição do Fator de Utilização - FU (n) – (ver folha fotométrica – luminária):</p><p>Por exemplo, um teto de cor</p><p>branca corresponde a uma refletância de 70%, ex-</p><p>pressa em algumas tabelas como 7; as paredes brancas a uma refletância de 50%,</p><p>apresentadas em alguns casos como 5; e um piso escuro 20%, apresentado em</p><p>algumas tabelas como 2. Portanto, neste exemplo, o fator de utilização estaria na</p><p>coluna 752 na linha correspondente ao RCL calculado no passo anterior.</p><p>18</p><p>19</p><p>• Teto - branco: 7;</p><p>• Paredes - azul (médio): 3;</p><p>• Piso - madeira (escuro): 2.</p><p>Obs.: para encontrar o Fator de Utilização (FU) na tabela da folha fotométrica rela-</p><p>cione a linha do RCL – no exemplo 2 com a coluna das refletâncias de teto | parede</p><p>| piso (sempre nessa ordem) – no exemplo 732.</p><p>Figura 5 – Folha Fotométrica da luminária FE – 1680/228</p><p>Fonte: Lumini</p><p>19</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>Figura 6 – Ampliação da Tabela de Fatores de Utilização -</p><p>Detalhe da folha fotométrica da luminária FE – 1680/228</p><p>Fonte: Adaptado de Lumini</p><p>Figura 7 – Dados técnicos – lâmpada fl uorescente tubular 28W</p><p>Fonte: Adaptado de Osram do Brasil (adaptado pelo autor da unidade)</p><p>20</p><p>21</p><p>Figura 8 – Dados técnicos – lâmpada fl uorescente</p><p>tubular 28W. (Fluxo luminoso= 2600 lumens)</p><p>Fonte: Osram do Brasil</p><p>21</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>• 4º passo: Definição do fator de depreciação (d):</p><p>Iremos adotar para esse exemplo: 0,90.</p><p>• 5º passo: Cálculo do Fluxo Luminoso Total por Ambiente (F):</p><p>Aplicação da fórmula:</p><p>( )</p><p>( )500 11 13</p><p>0,32 0,90 1</p><p>71.500</p><p>0,288</p><p>248.263,88 lumens</p><p>E a b</p><p>FU Fd FFL</p><p>f</p><p>f</p><p>f</p><p>f</p><p>´ ´</p><p>=</p><p>´ ´</p><p>´ ´</p><p>=</p><p>´ ´</p><p>=</p><p>=</p><p>• 6º passo: Obter o número de lâmpadas e luminárias que serão utilizadas (N):</p><p>248.263,88</p><p>2.600</p><p>95.486 96 lâmpadas</p><p>FN</p><p>f</p><p>N</p><p>N</p><p>=</p><p>=</p><p>= </p><p>Obs.: Como cada luminária utiliza 2 lâmpadas teremos um total de 48 luminárias.</p><p>• 7º passo: Distribuição das luminárias:</p><p>Obs.: Foi criado um grid com sete linhas e sete colunas de luminárias, totalizando 49</p><p>luminárias (para ambientes corporativos nunca diminuir o número de luminárias obtidas),</p><p>nesse caso teríamos um aumento da iluminância (E). A iluminância (E) prevista de 500 lux</p><p>seria alcançada com 48 luminárias, portanto se para 48 luminárias temos 500 lux, para</p><p>49 luminárias teríamos 510 lux (calculado aproximadamente por regra de três).</p><p>Figura 9</p><p>Fonte: Acervo do Conteudista</p><p>22</p><p>23</p><p>Obs.: Em função dos banheiros subtraímos 3 luminárias do grid inicial com 49</p><p>luminárias. Como nesse espaço próximo dos banheiros não há ilhas de trabalho,</p><p>não haverá prejuízo para o usuário.</p><p>Figura 10</p><p>Fonte: Acervo do Conteudista</p><p>Método ponto por ponto</p><p>O método ponto por ponto se baseia na lei da física do inverso do quadrado da dis-</p><p>tância. A ilumiância (E) é obtida da relação entre a Intensidade Luminosa da fonte de</p><p>luz (I) pela distância ao quadrado (d²) entre a fonte de luz e o ponto de interesse. Assim</p><p>quanto maior a distância (d), menor será a iluminância (E) no ponto desejado. Alguns</p><p>autores utilizam a letra (h), ao invés de (d), para descrever a distância entre a fonte de</p><p>luz; e o ponto de interesse para a iluminação.</p><p>Para as fontes de luz pontuais os fabricantes apresentam o ângulo de abertura do fa-</p><p>cho de luz e a Intensidade Luminosa (I) no centro do facho. Na borda do facho de luz</p><p>(do cone projetado pelo ângulo descrito) a Intensidade Luminosa (I) será a metade, ou</p><p>seja, 50% da Intensidade Luminosa (I) informada pelo fabricante em seu catálogo ou site.</p><p>2</p><p>IE</p><p>d</p><p>=</p><p>23</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>Iluminância (E) no Plano Horizontal</p><p>Para o cálculo da iluminância (E) no plano horizontal deve-se considerar o ângulo de</p><p>incidência da linha do raio luminoso em relação ao eixo perpendicular ao plano hori-</p><p>zontal. Quando o ponto de interesse for coincidente ao ângulo 0° (centro do facho), ou</p><p>seja, não houver giro, o cosseno será igual a 1 (um).</p><p>A fórmula utilizada no método ponto a ponto, para o cálculo da iluminância no plano</p><p>horizontal (Eh), é:</p><p>3</p><p>2 cosIEh</p><p>d</p><p>a= ´</p><p>Obs.: quando for no centro do facho – o cosseno do ângulo 0º é igual a 1).</p><p>Exemplo para o cálculo pelo método ponto a ponto – no Plano Horizontal</p><p>Obs.: quando for no centro do facho – o cosseno do ângulo 0º é igual a 1).</p><p>A melhor maneira para a definição da Iluminância (E), em cálculos pelo método ponto</p><p>por ponto, é em primeiro lugar encontrar a fonte de luz, por meio de suas duas caracterís-</p><p>ticas principais – o ângulo de abertura – para a iluminação que se pretende sobre o objeto,</p><p>e a Intensidade Luminosa em candelas no centro do facho – para atender a iluminância (E)</p><p>pretendida, definida em função do que se pretende como destaque do objeto.</p><p>Definir a fonte de luz para, em uma sala com Pé-direito de 3,00 m, iluminação de</p><p>destaque de um objeto (vaso, arranjo ou escultura) sobre um plano horizontal h=1,00 m,</p><p>com um diâmetro de aproximadamente 0,50m (raio = 0,25m), e com uma illuminância</p><p>(E) de 2000 lux (lembrar que o fator de destaque utilizado é estabelecido a partir da ilu-</p><p>minação geral, ou em função da hierarquia do objeto no contexto do ambiente).</p><p>Figura 11 – Corte esquemático – iluminação pontual no plano horizontal</p><p>Fonte: Acervo do Conteudista</p><p>1. Para a definição do ângulo de abertura do facho:</p><p>A partir do ponto de interesse (neste caso o objeto), tendo como o centro do objeto o</p><p>ponto de fixação da fonte de luz, ligar os pontos da extremidade do objeto (0,50 m de di-</p><p>24</p><p>25</p><p>âmetro, ou 0,25m de raio) para então “medir” o ângulo resultante (este processo gráfico</p><p>é mais objetivo e rápido do que o processo de obtenção do ângulo pela trigonometria).</p><p>Para o exemplo o ângulo obtido foi de aproximadamente 15°, portanto deveremos utili-</p><p>zar uma fonte de luz com uma abertura de facho mais próximo deste ângulo;</p><p>2. Para o cálculo ponto a ponto – plano horizontal utilizar a fórmula:</p><p>3</p><p>2 cosIEh</p><p>d</p><p>a= ´</p><p>3. Como para o ângulo 0° o cosseno é igual a 1:</p><p>2 1</p><p>( )</p><p>IEh</p><p>d</p><p>= ´</p><p>4. Como a incógnita é a Intensidade Luminosa (I), deve ser isolada, portanto:</p><p>( )</p><p>( )</p><p>2</p><p>2</p><p>1</p><p>2000 1,00 1</p><p>2000</p><p>I E d</p><p>I</p><p>I Cd</p><p>= ´ ´</p><p>= ´ ´</p><p>=</p><p>5. Assim, a Intensidade Luminosa (I) necessária para uma Iluminância (E) de 2000</p><p>lux será de 2000 Cd.</p><p>Portanto, a fonte de luz necessária para o resultado esperado deve ter um facho de</p><p>luz com ângulo de aproximadamente 15° e com uma Intensidade Luminosa (I) no</p><p>centro do facho de 2000 Candelas (Cd). Deve-se então procurar nos catálogos dos</p><p>fabricantes a fonte de luz com as características mais próximas das obtidas. A lâm-</p><p>pada LED PAR 20 da Osram tem as seguintes características: 2000 Candelas (Cd)</p><p>e um ângulo de abertura de 25° (um pouco maior do que o necessário – ver corte</p><p>esquemático acima. A lâmpada LED PAR 20 da Philips tem 25° de abertura de</p><p>facho e 3300 Cd de Intensidade Luminosa no centro do facho – ver dados abaixo).</p><p>Figura 12 – Informações técnicas– lâmpada LED PAR 20 – 7W / 25°</p><p>Fonte: Philips</p><p>25</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>Figura 13 – Dados técnicos – lâmpada LED Spot AR111</p><p>Fonte: Philips do Brasil</p><p>Iluminância (E) no Plano Vertical</p><p>Para estes casos deve-se adotar o mesmo critério que foi adotado para a iluminação</p><p>no plano horizontal, ou seja; em primeiro lugar encontrar a fonte de luz, por meio de</p><p>suas duas características principais – o ângulo de abertura do facho de luz – para a ilu-</p><p>minação do objeto; e a Intensidade Luminosa (I) em candelas no centro do facho – para</p><p>obter a iluminância (E) pretendida.</p><p>Para o cálculo da iluminância (E) no plano vertical deve-se considerar o ângulo de</p><p>giro do raio luminoso, que foi direcionado para o ponto de interesse, em relação ao eixo</p><p>perpendicular ao plano horizontal. Neste caso, estão presentes o seno e o cosseno do</p><p>ângulo de giro (considerar o ângulo em relação ao centro do facho luminoso da</p><p>fonte de luz).</p><p>Também para estes casos (iluminação no plano vertical), deve-se respeitar alguns cri-</p><p>térios como o ponto de vista do observador (considera-se h=1,60 m em relação ao piso),</p><p>as dimensões do objeto e o afastamento da parede em que está o objeto a ser iluminado,</p><p>para não provocar ofuscamento ou brilhos indesejados aos usuários.</p><p>A fórmula utilizada no método ponto</p><p>a ponto, para o cálculo da iluminância no plano</p><p>vertical (Ev), é:</p><p>2</p><p>2 cos senIEv</p><p>d</p><p>a a= ´ ´</p><p>26</p><p>27</p><p>Obs.: Após encontrar o ponto de interesse no plano vertical (altura dos olhos do</p><p>observador, centro do objeto, etc.) traçar a partir deste ponto uma linha com um giro</p><p>de 30° (para minimizar as perdas por conta do ângulo de incidência da luz). Em alguns</p><p>casos a distância obtida para a fixação da luminária deverá ser adequada ao desenho</p><p>(layout) do ambiente.</p><p>Exemplo para o cálculo pelo método ponto a ponto – no Plano Vertical</p><p>Definir a fonte de luz para a iluminação de destaque de uma obra de arte (quadro)</p><p>fixada em uma parede de uma sala com Pé-direito de 3,00 m. A obra possui as seguintes</p><p>dimensões: altura – 1,00 m, comprimento – 3,00 m, a uma distância (d) entre o centro</p><p>do quadro e o teto é de 1,50 m. Pretende-se que a Iluminância (E) esteja entre 300 e</p><p>400 lux.</p><p>Figura 14 – Corte | elevação esquemáticos – iluminação pontual no plano horizontal</p><p>Fonte: Acervo do Conteudista</p><p>1. Para a definição da distância entre a fonte de luz e o objeto a ser iluminado deve-</p><p>-se inicialmente traçar uma linha com um giro de 30°, partindo do ponto a ser</p><p>iluminado na direção do teto, encontrando o ponto de fixação da fonte de luz</p><p>(afastamento em relação à parede). Para este caso o ponto de interesse (centro</p><p>do quadro) está localizado a 1,50 m do piso – distância (d);</p><p>2. Posteriormente ligar o ponto da extremidade superior do objeto e da extremida-</p><p>de inferior do objeto ao ponto no teto onde será fixada a fonte de luz e “medir”</p><p>o ângulo resultante entre as linhas (distância angular entre as duas linhas traça-</p><p>das a partir das extremidades do objeto). Para o exemplo o ângulo obtido foi de</p><p>aproximadamente 19°, portanto deveremos utilizar uma fonte de luz com uma</p><p>abertura de facho mais próximo deste ângulo;</p><p>3. Para o cálculo ponto a ponto – plano vertical utilizar a fórmula:</p><p>2</p><p>2 cos senIEv</p><p>d</p><p>a a= ´ ´</p><p>27</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>4. Como a incógnita é a Intensidade Luminosa (I), deve ser isolada, portanto:</p><p>( )</p><p>( )</p><p>( )</p><p>( )</p><p>2</p><p>2</p><p>2</p><p>cos sen</p><p>400 1,50</p><p>0,75 0,50</p><p>400 2,25</p><p>0,75 0,50</p><p>900</p><p>0,375</p><p>2400</p><p>E dI</p><p>I</p><p>I</p><p>I</p><p>I Cd</p><p>a a</p><p>´</p><p>=</p><p>´</p><p>´</p><p>=</p><p>´</p><p>´</p><p>=</p><p>´</p><p>=</p><p>=</p><p>5. Assim, a Intensidade Luminosa (I) necessária para uma Iluminância (E) de 400</p><p>lux será de 2400 Cd.</p><p>Portanto, a fonte de luz necessária para o resultado esperado deve ter um facho de</p><p>luz com ângulo de aproximadamente 19° e com uma Intensidade Luminosa (I) no</p><p>centro do facho de 2400 Candelas (Cd). Deve-se então procurar nos catálogos dos</p><p>fabricantes a fonte de luz com as características mais próximas das obtidas. A lâm-</p><p>pada LED PAR 20 da Osram tem as seguintes características: 2350 Candelas (Cd) e</p><p>um ângulo de abertura de 40° (maior do que o necessário, mas com três luminárias</p><p>o quadro estará todo iluminado – ver corte | elevação esquemáticos acima).</p><p>Cuidados Especiais no Projeto</p><p>Anteriormente,6 na disciplina foi abordada a importância que a iluminação dos am-</p><p>bientes tem para o atendimento das necessidades humanas no desenvolvimento das ta-</p><p>refas com segurança e conforto. Foram tratadas, também, questões conceituais de como</p><p>a iluminação pode contribuir para a construção da atmosfera desejada; da intrínseca</p><p>relação entre luz e arquitetura; da necessidade de se elencar e definir a hierarquia para</p><p>o adequado destaque de elementos no espaço luminoso; e de como o perfil do cliente</p><p>implica no encaminhamento das diretrizes gerais do projeto de iluminação.</p><p>A disciplina7 abordou o próprio processo projetivo, contemplando as etapas do projeto</p><p>de iluminação, grandezas fotométricas e as bases para a iluminação dos ambientes interio-</p><p>res, como a iluminação geral, iluminação funcional e iluminação de destaque. E anterior-</p><p>mente8 foram tratados os sistemas e tecnologias de iluminação – fontes de luz e luminárias.</p><p>Podem-se agrupar, inicialmente, os projetos em: residenciais, comerciais e corpo-</p><p>rativos. E, ainda, os projetos de iluminação comerciais e corporativos podem ser sub-</p><p>divididos em: projetos comerciais - espaços de serviços (bares, restaurantes e beleza e</p><p>espaços de vendas) lojas e shoppings centers; e os projetos corporativos – espaços de</p><p>escritórios, administrativos, atendimento ao público, etc.</p><p>6 O Projeto de Iluminação.</p><p>7 UOrganização | Metodologia de Projeto de iluminação.</p><p>8 Sistemas e tecnologias.</p><p>28</p><p>29</p><p>Alguns cuidados espaciais devem ser tomados no desenvolvimento tanto de projetos</p><p>residenciais, como de projetos comerciais e corporativos, como:</p><p>• Iluminação sobre superfícies brilhantes (tampos de vidro, espelhos, aço inox,</p><p>superfícies especulares em geral): o brilho provocado pela fonte de luz direcio-</p><p>nada para essas superfícies podem impedir o melhor entendimento do espaço por</p><p>ofuscamento, assim como a “leitura” da própria superfície (textura, desenhos apli-</p><p>cados, e outras características);</p><p>• Evitar posicionamento de fontes de luz que provoquem ofuscamento direto</p><p>(visualização da fonte de luz) ou ofuscamento indireto (reflexão): o posiciona-</p><p>mento das fontes de luz deve ser cuidadoso, pois os ofuscamentos podem ser des-</p><p>confortáveis ou inibir o desempenho de tarefas e eventualmente provocar acidentes;</p><p>• Altura e posicionamento de pendentes (como, por exemplo, em salas de jantar):</p><p>devem ser ajustados de modo que se evite o ofuscamento direto, e deve se considerar</p><p>sua contribuição para a iluminação do entorno;</p><p>• Áreas de circulação e escadas: deve-se observar que a iluminação seja a mais</p><p>uniforme possível, nestes casos o ideal são fontes de luz mais difusas e, no caso da</p><p>utilização de fontes pontuais, os fachos mais abertos são os mais adequados (para</p><p>os vãos de escada deve-se ter atenção para com a facilidade de manutenção – para</p><p>troca de fontes de luz ou consertos e limpeza de luminárias, também deve-se utilizar</p><p>fontes com maior vida útil, o uso de balizadores pode contribuir com a iluminação</p><p>de escadas);</p><p>• Dormitórios e closets: para os dormitórios a iluminação é mais indicada uma</p><p>iluminação geral difusa, uniforme e com bons controles de ofuscamento e acio-</p><p>namento (acionamentos independentes e com variação de intensidade contribuem</p><p>para casos de dormitórios com mais de um ocupante, ou quando se tem o hábito de</p><p>ler a noite). Dormitórios de bebês necessitam de uma iluminação agradável com</p><p>iluminâncias (E) geral baixa e controlada, de preferência indireta (para a área do</p><p>berço), também é indicada uma iluminação de apoio para área do trocador (fontes</p><p>com temperatura de cor mais quente são as mais indicadas – as fontes de luz com</p><p>temperaturas de cor mais elevadas/frias podem deixar as crianças mais excitadas).</p><p>Para os closets a iluminação deve ser em geral a mais homogênea possível com</p><p>sistemas com fontes de luz lineares (fluorescentes tubulares de LED, por exemplo,</p><p>são uma boa opção). Também se deve reforçar a iluminação nos armários mascu-</p><p>linos, pois em geral as roupas são de tecidos mais escuros (podendo ter luminárias</p><p>no interior dos armários – fora do campo visual);</p><p>• Escritório | home office: atualmente esses espaços estão muito presentes nos</p><p>apartamentos e casas, podendo estar contíguos às salas de estar ou dormitórios,</p><p>portanto a atenção deve ser maior – a iluminação deve ser geral e difusa (podendo</p><p>ser direta ou indireta), os planos de trabalho exigem uma boa iluminação uniforme</p><p>(em alguns casos deve-se reforçar a iluminação da mesa de trabalho com luminárias</p><p>de leitura ou abajur direcionadas para a área de trabalho);</p><p>• Lavabos: a iluminação para essas áreas é mais conceitual e também mais permis-</p><p>siva, ou seja, possibilita uma maior liberdade na definição da solução (podem, por</p><p>29</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>exemplo, ser adotadas luminárias pendentes para uma iluminação difusa, associa-</p><p>das a sistemas de luminárias com fontes de luz pontuais com fachos mais concentra-</p><p>dos resultando em uma iluminação mais dramática, sendo sistemas independentes</p><p>e complementares). A iluminação de lavabos, assim como de todos os ambientes,</p><p>deve estar em sintonia</p><p>com o conceito geral do projeto;</p><p>• Banheiros e áreas molhadas: nos banheiros deve-se atentar para as bancadas</p><p>com espelhos – deve-se iluminar a região do rosto (para facilitar a maquiagem e o</p><p>barbear), é fundamental que a iluminação seja bem homogênea para que se evite</p><p>sombras, o posicionamento das luminárias é muito importante devendo-se priorizar</p><p>as luminárias fixadas na parede com luz difusa – luz frontal e/ou lateral. No caso</p><p>da utilização de luminárias fixadas no teto (downlight), deve-se adotar fontes de</p><p>luz com fachos abertos e difusores translúcidos para uma luz mais difusa possível</p><p>(menos pontual), para diminuição das sombras nas áreas do rosto (nariz, queixo e</p><p>olhos). Para Áreas molhadas como chuveiros, box, banheiras ou vestiários deve-</p><p>-se ter cuidado com a água e vapor e atender as recomendações da Norma NBR</p><p>5410 – Instalações elétricas em baixa tensão, que prevê que quanto mais próximo</p><p>das áreas com incidência de água e vapor, mais estanque e hermética devem ser as</p><p>luminárias utilizadas, assim como a tensão desses equipamentos pode ser restrita</p><p>a 12v, quando bem próxima da água (ver diagrama de restrição de instalação de</p><p>aparelhos elétricos na NBR 5410);</p><p>• Cozinhas, Lavanderias e Áreas de serviço: essas áreas são consideradas áreas</p><p>laborativas. Na bancada da cozinha a tarefa inclui a leitura de receita ou embala-</p><p>gens, indicadores de tempo e temperatura em aparelhos pequenos, além de outras</p><p>tarefas como medir, mexer, avaliar a cor e textura dos ingredientes. Deve-se adotar</p><p>sistemas de iluminação difusa e homogênea que garantam uma distribuição unifor-</p><p>me (sistemas com fontes de luz lineares são os mais indicados), a utilização de um</p><p>reforço com “linhas” de luz sob os armários pode contribuir para a iluminação da</p><p>área de trabalho. Nas lavanderias e áreas de serviço as tarefas são: separar os</p><p>tecidos por cor e tipo, determinar a localização e tipo de sujeira, tipo de lavagem,</p><p>produto indicado (sabão, alvejante e amaciante, etc.), encher a máquina com as</p><p>roupas, selecionar o programa e tirar as roupas depois de limpas e secas, eventu-</p><p>almente passar as roupas. Na área do tanque, as tarefas são: molhar, lavar, tingir,</p><p>enxaguar, colocar alvejante, torcer, etc.</p><p>Para os projetos de iluminação para espaços comerciais e corporativos os cuidados</p><p>especiais deverão atentar inicialmente a sua especificidade, ou seja, os projetos comer-</p><p>ciais: espaços de serviços (bares, restaurantes e beleza) e espaços de vendas (lojas e</p><p>shoppings centers); e os projetos corporativos (espaços de escritórios, administrativos,</p><p>atendimento ao público, etc.):</p><p>• Nos projetos comerciais a iluminação pode ser utilizada como estratégia para o</p><p>estabelecimento não apenas pela hierarquia dos espaços e dos elementos que serão</p><p>vistos na ordem de importância que foi previamente estabelecida pelo projetista,</p><p>como também pode promover a dramaticidade necessária para a construção da</p><p>atmosfera pretendida, que contribuirá no estado de espirito (humor) dos usuários.</p><p>30</p><p>31</p><p>A iluminação ainda poderá auxiliar no entendimento dos espaços (correta leitura da</p><p>geometria) e dos materiais empregados (cores, texturas, etc.), aumentando a sensa-</p><p>ção de segurança, orientação e direcionamento;</p><p>• Os projetos de iluminação para espaços de serviços (bares, restaurantes e beleza)</p><p>devem ter como objetivo contribuir para que os espaços sejam convidativos, aco-</p><p>lhedores; para que mantenham o cliente interessado em permanecer no espaço</p><p>(aumento do consumo); para o estímulo de sensações agradáveis; e performance e</p><p>qualidade visual (especialmente em academias, salões de beleza e clínicas de esté-</p><p>tica). Ambientes com fontes de luz de temperatura de cor mais quente e com uma</p><p>iluminação mais dramática (fachos concentrados e grandes contrastes entre claro e</p><p>escuro), iluminância (E) baixa (próxima de 100 lux), têm uma aparência mais sofis-</p><p>ticada, portanto são espaços destinados a um público com maior poder aquisitivo,</p><p>enquanto ambientes com fontes de luz de temperatura de cor mais fria, com uma</p><p>iluminação mais difusa e uniforme (pouco ou nenhum contraste) e alta iluminân-</p><p>cia (E), têm uma aparência mais popular, assim, no início do processo de projeto</p><p>o nicho de mercado e o público alvo devem estar bem definidos. As cozinhas de</p><p>restaurantes devem ser tratadas como ambientes laborativos, com iluminância (E)</p><p>adequada à tarefa (de acordo com a Norma Brasileira: 500 lux), e distribuição de</p><p>luz homogênea, as luminárias para essas áreas devem ter boa estanqueidade para</p><p>permitir a limpeza. As fontes de luz mais indicadas para projetos de iluminação de</p><p>espaços de serviços são: lâmpadas halógenas, fluorescentes tubulares e compac-</p><p>tas, módulos (soluções integradas) de LED e lâmpadas de LED, sendo que para as</p><p>cozinhas deve-se priorizar as tecnologias mais eficientes como lâmpadas tubulares</p><p>fluorescentes e tubulares de LED e soluções integradas de LED;</p><p>• Para os salões de beleza e clínicas a iluminação deve promover o acolhimento</p><p>(fontes de luz com temperaturas de cor mais quentes); deve ter uma iluminação</p><p>uniforme com uma distribuição homogênea da luz; evitar o ofuscamento (muitas</p><p>vezes os usuários estão olhando para o teto); nas áreas de corte, tingimento, trata-</p><p>mentos e outros procedimentos as iluminâncias (E) devem ser altas; para clínicas</p><p>dermatológicas e odontológicas a iluminância (E) geral deve ser de 500 lux, na área</p><p>do entorno do paciente a iluminância (E) deve ser de 1000 lux (para o tratamento</p><p>dentário, deve-se prever ainda um reforço com luminária destinada à tarefa – área</p><p>operacional, onde a iluminância (E) necessária é de 5000 lux). Um fator importante</p><p>é o Índice de Reprodução de Cor (IRC) das fontes de luz utilizadas que deverá ser</p><p>maior ou igual a 90;</p><p>• Para as academias a iluminação deve ser estimulante (utilizar fontes de luz com</p><p>temperatura de cor mais fria, tendo o cuidado para espaços que terão atividades</p><p>mais relaxantes, neste caso utilizar fontes de luz com temperaturas mais quentes);</p><p>deve-se ter cuidado com a disposição dos equipamentos para exercícios (alguns exi-</p><p>gem que o usuário fique com o rosto voltado para o teto), neste caso a iluminação</p><p>indireta é mais indicada. As iluminâncias (E) para a área de fitness devem ser de</p><p>aproximadamente 300 lux e para vestiários 150 lux. As fontes de luz mais indica-</p><p>das para esses espaços são: lâmpadas tubulares fluorescentes e tubulares de LED e</p><p>soluções integradas de LED;</p><p>31</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>• A iluminação destinada aos espaços de vendas (lojas e shoppings centers) deve</p><p>atrair a atenção do cliente, gerar o interesse, apresentar adequadamente o produto</p><p>exposto, criar uma atmosfera agradável e estar associada à identidade e conceito</p><p>da loja. A iluminação de destaque vai contribuir para a construção da atmosfe-</p><p>ra, portanto, o fator de destaque deverá ser bem definido, pois como já foi cita-</p><p>do, quanto mais dramática for a iluminação, mais sofisticado o espaço parecerá.</p><p>Para espaços de vendas os fatores de destaque empregados vão de 1:5 (que pro-</p><p>move um contraste mínimo entre a iluminação primária e secundária) a fatores de</p><p>1:10, 1:30, 1:50 e até 1:100 (que são fatores altos que definem de maneira mais</p><p>marcante o objeto). As áreas de interesse na iluminação de espaços de vendas</p><p>são: a iluminação geral, iluminação de araras e expositores – iluminação de desta-</p><p>que, iluminação de vitrines – iluminação de destaque, iluminação de provadores e</p><p>áreas de caixa, empacotamento e embalagem. As fontes de luz mais indicadas para</p><p>projetos de iluminação de espaços de vendas são: lâmpadas halógenas, fluores-</p><p>centes tubulares e compactas (com cuidado, pois promovem uma iluminação muito</p><p>difusa), módulos (soluções integradas) de LED e lâmpadas de LED, sendo que para</p><p>as áreas de provadores deve-se evitar as lâmpadas halógenas refletoras e lâmpadas</p><p>de descarga, e para a iluminação de destaque e vitrines deve-se evitar as lâmpadas</p><p>fluorescentes compactas e lâmpadas de LED;</p><p>��� Para os projetos corporativos (espaços de</p><p>escritórios, administrativos, atendimento</p><p>ao público, etc.) a iluminação deve proporcionar alta performance e economia (fontes</p><p>de luz energeticamente eficientes), conferir flexibilidade de uso ao espaço e garantir</p><p>conforto/ergonomia visual. A iluminação para espaços corporativos deve respeitar as</p><p>recomendações da Norma Brasileira NBR ISO 8995. E de acordo com a Norma, a</p><p>iluminação de trabalho deve promover um ambiente luminoso agradável, iluminân-</p><p>cia (E) adequada para as atividades e tarefas, boa uniformidade, controle do ofusca-</p><p>mento, entre outras características. Alguns exemplos típicos de escritórios possuem</p><p>características específicas, portanto, a sua iluminação deve responder a essas deman-</p><p>das, como: escritórios panorâmicos / abertos, ou “office landscape” – espaços</p><p>utilizados por grandes corporações – a iluminação deve ser o mais flexível possível</p><p>com controle por meio de sistemas inteligentes de automação; escritórios pequenos</p><p>e médios – espaços destinados a grupos limitados de usuários com desenvolvimento</p><p>de trabalho em equipes, podendo ter controle individualizado e personalizado de</p><p>acionamentos, atenção para áreas individualizadas (reuniões, atendimento ou salas</p><p>de diretoria); atendimento ao público e recepção – iluminação deve ser flexível,</p><p>pois pode haver alteração no layout (geralmente espaços mais amplos), as áreas de</p><p>recepção a iluminação deve permitir um entendimento do espaço, assim como deve</p><p>orientar e dirigir o usuário (é o primeiro contato com a empresa, portanto deve comu-</p><p>nicar de maneira clara a imagem que a empresa quer passar ao visitante). As fontes</p><p>de luz mais indicadas para projetos de iluminação de espaços corporativos são: as</p><p>fontes com maior eficiência – fluorescentes tubulares e compactas, módulos (soluções</p><p>integradas) de LED e lâmpadas de LED.</p><p>32</p><p>33</p><p>Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:</p><p>Sites</p><p>Revista L+D</p><p>https://www.revistald.com.br</p><p>Revista Lume Arquitetura</p><p>http://bit.ly/2Zv37ry</p><p>Architectural Light</p><p>http://bit.ly/2ZqFmRe</p><p>Lighting Magazine</p><p>http://bit.ly/2Zl4o46</p><p>Livros</p><p>Aprender a Ver. A essência do Design da Iluminação</p><p>BRANDSTON, Howard. Aprender a Ver. A essência do Design da Iluminação, Tradução</p><p>Paulo Sergio Scarazzato. De Maio Comunicação e Editora.2010. 1ª edição.</p><p>Iluminação artificial na percepção da arquitetura</p><p>CYPRIANO, Altimar. Iluminação artificial na percepção da arquitetura. Considerações</p><p>sobre aspectos quantitativos e qualitativos no processo de projeto. São Paulo, 2013.</p><p>Dissertação (Mestrado –Área de Concentração Tecnologia da Arquitetura) – Faculdade</p><p>de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAUUSP. 203 p.: il. Orien-</p><p>tador: Paulo Sergio Scarazzato.</p><p>Iluminação teoria e projeto</p><p>GUERRINI, Délio Pereira. Iluminação teoria e projeto. São Paulo: Erica, 2008. – Recur-</p><p>so online.</p><p>Design criteria for lighting interior living spaces</p><p>IESNA. 1995. Design criteria for lighting interior living spaces. ANSI/IESNA RP-</p><p>11-1995. New York: Illuminating Engineering Society of North America (IESNA).</p><p>Projeto de iluminação</p><p>TREGENZA, Peter; LOE, David. Projeto de iluminação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman,</p><p>2015. 208 p. Recurso online.</p><p>Iluminação e Arquitetura</p><p>VIANNA, Nelson Solano & GONÇALVES, Joana Carla Soares. Iluminação e Arquitetura,</p><p>Geros Arquitetura, São Paulo, 2004, 2a. Edição.</p><p>Leitura</p><p>Projetos de Iluminação: Hotel em Porto de Galinhas</p><p>Revista L + D: edição n° 25.</p><p>http://bit.ly/2LfJ1Yh</p><p>33</p><p>UNIDADE</p><p>Normas e Recomendações</p><p>Referências</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR ISO/CIE 8995-1– Ilu-</p><p>minação de Ambiente Trabalho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.</p><p>BRANDSTON, H. Aprender a Ver. A essência do Design da Iluminação, Tradução</p><p>Paulo Sergio Scarazzato. De Maio Comunicação e Editora.2010. 1ª edição.</p><p>CYPRIANO, A. Iluminação artificial na percepção da arquitetura. Considerações so-</p><p>bre aspectos quantitativos e qualitativos no processo de projeto. São Paulo, 2013.</p><p>Dissertação (Mestrado –Área de Concentração Tecnologia da Arquitetura) – Faculdade de</p><p>Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAUUSP. 203 p.: il. Orientador:</p><p>Paulo Sergio Scarazzato.</p><p>GUERRINI, D. P. Iluminação teoria e projeto. São Paulo: Erica, 2008. – Recurso online.</p><p>IESNA – Illuminating Engineering Society of North America. Iluminating Engeneering</p><p>Society, Handabook. Vol. 2. New York: 2003.</p><p>Sites visitados</p><p><http://www.lighting.philips.com.br > Acesso em: 20.04.2019 e 10.05.2019.</p><p><https://www.revistald.com.br></p><p><http://www.lumearquitetura.com.br/lume/></p><p><https://www.archlighting.com/></p><p><https://www.lighting-magazine.com/></p><p><http://focold.com.br/projetos/apartamento-lm></p><p><http://focold.com.br/projetos/apartamento-jf-1></p><p>34</p>