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<p>Objetivos Específicos</p><p>• Conhecer as principais demonstrações contábeis divulgadas pelas empresas,</p><p>sua elaboração e finalidade.</p><p>Temas</p><p>Introdução</p><p>1 Principais demonstrações contábeis</p><p>Considerações finais</p><p>Referências</p><p>Cintia Akiko Assato</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>Aula 02</p><p>Professora</p><p>Demonstrações contábeis</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>2</p><p>Introdução</p><p>As demonstrações contábeis representam o resultado do processo contábil. Nelas, estão</p><p>contidas as informações mínimas necessárias para que o usuário da informação possa efetuar</p><p>uma análise econômica e financeira da empresa e comparar sua situação com as demais</p><p>empresas do setor.</p><p>1 Principais demonstrações contábeis</p><p>Conforme o art. 176, da Lei nº 6.404/96, que teve alteração de algumas cláusulas por</p><p>meio da Lei nº 11.638/07, as empresas devem, ao fim de cada exercício social, elaborar as</p><p>demonstrações contábeis; estas devem exprimir, com clareza, a situação do patrimônio da</p><p>companhia e as mutações ocorridas no exercício.</p><p>De acordo com a Lei nº 6.404/96, as demonstrações contábeis obrigatórias são:</p><p>• balanço patrimonial;</p><p>• demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;</p><p>• demonstração do resultado do exercício;</p><p>• demonstração dos fluxos de caixa (redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007);</p><p>• e, se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (incluído pela Lei nº</p><p>11.638, de 2007).</p><p>A Lei nº 6.404/76 também exige que as demonstrações sejam complementadas por</p><p>notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis, necessários para</p><p>esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.</p><p>A Lei nº 11.638/07 determina que todas as empresas Sociedades Anônimas de capital</p><p>aberto, bem como as Sociedades Anônimas de capital fechado e Limitadas de grande porte,</p><p>com o ativo superior a R$ 240 milhões ou faturamento bruto anual de R$ 300 milhões, são</p><p>obrigadas a apresentar seus demonstrativos contábeis.</p><p>1.1 Balanço patrimonial</p><p>O balanço patrimonial reflete a posição patrimonial e financeira da empresa. É como se</p><p>fosse o retrato das contas contábeis da empresa, em determinada data. Geralmente, refere-</p><p>se a 31 de dezembro, data do exercício de apuração.</p><p>De acordo com a Lei nº 11.941/09, no ativo, as contas devem ser disponibilizadas em</p><p>ordem decrescente de grau de liquidez. Ou seja, devem aparecer, primeiramente, as contas que</p><p>possam ser transformadas mais rapidamente em dinheiro e classificadas nos seguintes grupos:</p><p>• Ativo circulante;</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>3</p><p>• Ativo não circulante (ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e</p><p>intangível).</p><p>No passivo, ainda conforme a Lei nº 11.941/09, as contas serão classificadas nos</p><p>seguintes grupos:</p><p>• Passivo circulante;</p><p>• Passivo não circulante</p><p>• Patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de lucros,</p><p>prejuízos acumulados (inclui ajuste de avaliação de patrimônio).</p><p>Assim, a estrutura básica de um balanço patrimonial pode ser apresentada conforme o</p><p>Quadro 1:</p><p>Quadro 1 − Exemplo de estrutura de balanço patrimonial</p><p>Cia. Exemplo</p><p>Balanço patrimonial em 31 de dezembro de XXXX.</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE</p><p>ATIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>• Realizável a longo prazo</p><p>• Investimentos</p><p>• Imobilizado</p><p>• Intangível</p><p>PASSIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>• Exigível a longo prazo</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor.</p><p>1.2 Demonstração do resultado do exercício (DRE)</p><p>A demonstração do resultado do exercício (DRE) apresenta a posição econômica da</p><p>empresa, exibindo o resultado líquido do período (lucro/prejuízo), fato que torna a DRE uma</p><p>importante ferramenta no auxílio de tomada de decisão dos administradores e também</p><p>investidores. Conforme o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 26 (2011), os principais</p><p>componentes da DRE são:</p><p>• Receita bruta − neste item está incluso o total bruto vendido;</p><p>• Receita operacional líquida − é igual à receita bruta menos as devoluções e impostos;</p><p>• Lucro operacional bruto − é a diferença entre a receita líquida e o custo de mercadorias</p><p>vendidas.</p><p>• Resultado do exercício antes das receitas e despesas financeiras − é igual ao lucro</p><p>bruto menos as despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e</p><p>receitas operacionais.</p><p>• Lucro operacional líquido − é igual ao resultado antes das receitas e despesas</p><p>financeiras (+/−) Receitas e despesas financeiras.</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>4</p><p>• Resultado do exercício antes da CSLL e IR − é igual ao lucro operacional líquido (+/−)</p><p>Ganhos ou perdas de capital.</p><p>• Resultado do exercício após a CSLL e IR − é igual ao resultado antes das CSLL e IR</p><p>menos a contribuição social sobre o lucro líquido − CSLL (9%) e Imposto de Renda</p><p>− IR (25%).</p><p>• Lucro/Prejuízo líquido do exercício − é igual ao resultado do exercício após a CSLL e IR</p><p>menos participações (as participações de debêntures, empregados, administradores</p><p>e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições</p><p>ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem</p><p>como despesa).</p><p>A estrutura básica de uma DRE pode ser apresentada conforme ilustra o Quadro 2:</p><p>Quadro 2 − Exemplo de estrutura de DRE</p><p>Demonstração do resultado do exercício</p><p>Vendas</p><p>Receita da prestação de serviços</p><p>Receita operacional bruta</p><p>(−) Devoluções de vendas</p><p>(−) Impostos sobre vendas</p><p>Receita operacional líquida</p><p>(−) Custo das mercadorias vendidas</p><p>(−) Custo dos serviços prestados</p><p>Lucro (prejuízo) operacional bruto</p><p>(−) Despesas com vendas</p><p>(−) Despesas gerais</p><p>(−) Despesas administrativas</p><p>(+/−) Outras receitas e despesas operacionais</p><p>(+) Resultado por equivalência patrimonial</p><p>Resultado do exercício antes das receitas e despesas financeiras</p><p>(+/−) Outras receitas e despesas financeiras</p><p>Lucro (prejuízo) operacional líquido</p><p>(+) ou (−) ganhos ou perdas de capital</p><p>Resultado do exercício antes CSLL e IR</p><p>(−) CSLL e IR</p><p>Resultado do exercício após CSLL e IR</p><p>(−) Participações</p><p>Lucro (prejuízo) líquido do exercício</p><p>Lucro por ação</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor.</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>5</p><p>1.3 Demonstração do resultado abrangente (DRA)</p><p>Demonstração do resultado abrangente (DRA) é a mutação que ocorre no patrimônio</p><p>líquido durante um período, resultante de transações e outros eventos que não são derivados</p><p>de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários (CPC 26, 2011). A estrutura</p><p>básica da DRA é apresentada conforme Quadro 3:</p><p>Quadro 3 − Exemplo de estrutura de DRA</p><p>Demonstração do resultado abrangente</p><p>Resultado líquido do período</p><p>(+) Outros resultados abrangentes</p><p>(+/−) Parcelas de outros resultados abrangentes de empresas investidas</p><p>reconhecidas por equivalência patrimonial</p><p>Resultado abrangente do período</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor.</p><p>1.4 Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL)</p><p>O objetivo da demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) é expor a</p><p>variação do patrimônio líquido de um exercício para o outro.</p><p>De acordo com o CPC 26 (2011), a entidade deve apresentar na DMPL:</p><p>a. o resultado abrangente do período, descrevendo separadamente o montante total</p><p>atribuível aos proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à</p><p>participação de não controladores;</p><p>b. os efeitos das alterações nas políticas contábeis e as correções de erros reconhecidas</p><p>para cada componente do patrimônio líquido;</p><p>c. a conciliação do saldo no início e no final do período para cada componente do</p><p>patrimônio líquido, descrevendo separadamente as mutações decorrentes:</p><p>I. do resultado líquido;</p><p>II. de cada item dos outros resultados abrangentes;</p><p>III. de transações com os proprietários realizadas na condição</p><p>de proprietário,</p><p>demonstrando separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas,</p><p>bem como modificações nas participações em controladas que não implicaram</p><p>perda do controle.</p><p>O art. 176 da Lei nº 11.638/07 determina a obrigação da demonstração dos lucros ou</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>6</p><p>prejuízos acumulados (DLPA); no entanto, no art. 178, essa lei não descreve a conta de lucros</p><p>acumulados na estrutura do patrimônio líquido. Dessa forma, a DLPA pode ser substituída</p><p>pela DMPL, que já engloba a DLPA.</p><p>Tabela 1 − Exemplo de estrutura de DMPL</p><p>Movimentações</p><p>Capital</p><p>social</p><p>Reserva</p><p>de Capital</p><p>Reserva</p><p>legal</p><p>Reserva de</p><p>contingência</p><p>Retenção</p><p>de lucros</p><p>Total</p><p>Saldo em 31/12/2008 62.300.000 595.000 1.400.000 105.000 5.600.000 70.000.000</p><p>Capitalização 2.803.500 2.803.500</p><p>Reversão 30%</p><p>de reserva de</p><p>contingência</p><p>-31.500 31.500</p><p>Reserva legal 5% do</p><p>Lucro líquido</p><p>445.074 -445.074</p><p>Distribuição de</p><p>dividendos</p><p>-2.546.374 -2.546.374</p><p>Lucro líquido em</p><p>31/12/2009</p><p>8.901.486 8.901.486</p><p>Saldo em 31/12/2009 65.103.500 595.000 1.845.074 73.500 11.541.538 79.158.612</p><p>Fonte: Adaptado de Costa (2010).</p><p>1.5 Demonstração do fluxo de caixa (DFC)</p><p>De acordo com o CPC 03 (2010a), informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade</p><p>são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar</p><p>a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como conhecer as</p><p>necessidades do emprego desses fluxos de caixa.</p><p>Conforme o CPC 03 (CPC, 2010a), a entidade deve apresentar os fluxos de caixa do</p><p>período classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.</p><p>• Atividades operacionais − são as principais atividades geradoras de receita da entidade</p><p>e outras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.</p><p>• Atividades de investimento – referem-se à aquisição e à venda de ativos de longo</p><p>prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.</p><p>• Atividades de financiamento − são aquelas que resultam em mudanças no tamanho</p><p>e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade.</p><p>Basicamente, as movimentações dos saldos do balanço patrimonial afetam os fluxos de</p><p>caixa das atividades, conforme mostra a Figura 1:</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>7</p><p>Figura 1 − Movimentação do balanço e elaboração da DFC</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor.</p><p>A entidade também pode apresentar a DFC efetuando a apuração do fluxo de caixa</p><p>gerado pelas atividades operacionais pelo método direto ou indireto (CPC, 2010a).</p><p>• Método direto – por meio dele as principais classes de recebimentos brutos e</p><p>pagamentos brutos são divulgadas;</p><p>• Método indireto – o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações</p><p>que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações</p><p>por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais</p><p>passados ou futuros e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com</p><p>fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento.</p><p>1.6 Demonstração do valor adicionado (DVA)</p><p>Conforme o CPC 09 (2010c), a demonstração do valor adicionado (DVA) representa um</p><p>dos elementos componentes do balanço social e tem por finalidade evidenciar a riqueza</p><p>criada pela entidade e sua distribuição durante determinado período.</p><p>Para os investidores e outros usuários, essa demonstração proporciona o conhecimento</p><p>de informações de natureza econômica e social e oferece a possibilidade de melhor avaliação</p><p>das atividades da entidade dentro da sociedade na qual está inserida.</p><p>Ainda de acordo com o CPC 09 (2010c), a parte da apuração da riqueza criada pela</p><p>entidade envolve:</p><p>• Receitas − venda de mercadorias, produtos e serviços; outras receitas e provisão para</p><p>créditos de liquidação duvidosa;</p><p>• insumos adquiridos de terceiros − custo dos produtos, mercadorias e serviços</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>8</p><p>vendidos; materiais, energia, serviços de terceiros e outros; perda e recuperação de</p><p>valores ativos (ajustes por avaliação de mercado); depreciação, amortização e exaustão;</p><p>• valor adicionado recebido em transferência − resultado de equivalência patrimonial;</p><p>receitas financeiras e outras receitas.</p><p>Segundo o CPC 09 (2010c), os principais componentes de distribuição da riqueza são:</p><p>• pessoal − remuneração direta; benefícios e FGTS;</p><p>• impostos, taxas e contribuições − impostos federais (IRPJ, CSSL, IPI, PIS, COFINS,</p><p>etc.); impostos estaduais (ICMS, IPVA, etc.); impostos municipais (ISS, IPTU, etc.);</p><p>• remuneração de capital de terceiros − juros, aluguéis e outros (royalties, direitos</p><p>autorais, franquia, etc.);</p><p>• remuneração de capital próprio − juros sobre capital próprio e dividendos, lucros</p><p>retidos e prejuízos do exercício.</p><p>Quadro 4 − Exemplo de estrutura da DVA</p><p>1 - Receitas X1 X0</p><p>1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços</p><p>1.2 Outras receitas</p><p>1.3 Receitas relativas à construção de ativos próprios</p><p>1.4 Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão/Constituição</p><p>2 - Insumos adquiridos de terceiros (incluem os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e CONFINS)</p><p>2.1 Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos</p><p>2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros</p><p>2.3 Perda/recuperação de valores ativos</p><p>2.4 Outras (especificar)</p><p>3 - Valor adicionado bruto (1 − 2)</p><p>4 - Depreciação, amortização e exaustão</p><p>5 - Valor adicionado líquido produzido pela entidade (3 − 4)</p><p>6 - Valor adicionado recebido em transferência</p><p>6.1 Resultados de equivalência patrimonial</p><p>6.2 Receitas financeiras</p><p>6.3 Outras</p><p>7 - Valor adicionado total a distribuir (5 + 6)</p><p>8 - Distribuição do valor adicionado (*)</p><p>8.1 Pessoal</p><p>8.1.1 Remuneração direta</p><p>8.1.2 Benefícios</p><p>8.1.3 FGTS</p><p>8.2 Remuneração de capitais de terceiros</p><p>8.2.1 Juros</p><p>8.2.2 Aluguéis</p><p>8.2.3 Outras</p><p>8.3 Remuneração de capitais próprios</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor.</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>9</p><p>1.7 Notas explicativas</p><p>As notas explicativas que complementam as demonstrações financeiras compreendem</p><p>não só as informações obrigatórias não contidas nas próprias demonstrações, como também</p><p>informações adicionais quando o conteúdo das demonstrações for insuficiente.</p><p>Segundo a Lei nº 11.941/09, as notas explicativas devem:</p><p>1. apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras</p><p>e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos</p><p>significativos;</p><p>2. divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não</p><p>estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;</p><p>3. fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras</p><p>e consideradas necessárias para uma apresentação adequada;</p><p>4. indicar:</p><p>a. os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente</p><p>estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de</p><p>provisões para encargos ou riscos e dos ajustes para atender a perdas prováveis na</p><p>realização de elementos do ativo;</p><p>b. os investimentos em outras sociedades, quando relevantes;</p><p>c. o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações;</p><p>d. os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a</p><p>terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;</p><p>e. a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;</p><p>f. o número, espécies e classes das ações do capital social;</p><p>g. as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;</p><p>h. os ajustes de exercícios anteriores;</p><p>i. os eventos subsequentes à data de</p><p>encerramento do exercício que tenham, ou</p><p>possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros</p><p>da companhia.</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>10</p><p>Para maior entendimento da importância das demonstrações contábeis e</p><p>notas explicativas para tomada de decisão, acesse o link “As demonstrações</p><p>contábeis”, disponibilizado na Midiateca da disciplina.</p><p>Considerações finais</p><p>Podemos constatar que as demonstrações contábeis apresentadas pelas entidades</p><p>fornecem grande quantidade de informações, as quais permitem uma avaliação da gestão e</p><p>do desenvolvimento da companhia.</p><p>Essas demonstrações são úteis tanto para o administrador da empresa − uma vez que</p><p>ele pode comparar o resultado ou posição esperada no início das atividades com os dados</p><p>reais − quanto para os interessados em investir em negócios com as empresas estudadas ou</p><p>em mantê-los.</p><p>Referências</p><p>BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Diário</p><p>Oficial [da República Federativa do Brasil], Poder Executivo, Brasília, DF, 15 dez. 1976. Disponível</p><p>em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 10 mar. 2012.</p><p>______. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei nº</p><p>6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às</p><p>sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações</p><p>financeiras. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Poder Executivo, Brasília, DF, 28</p><p>dez. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/</p><p>l11638.htm>. Acesso em: 10 mar. 2012.</p><p>______. Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao</p><p>parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que especifica;</p><p>institui regime tributário de transição, alterando o Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972,</p><p>as Leis nº 8.212, de 24 de julho de 1991, nº 8.213, de 24 de julho de 1991, nº 8.218, de 29 de</p><p>agosto de 1991, nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996,</p><p>nº 9.469, de 10 de julho de 1997, nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, nº 10.426, de 24 de</p><p>abril de 2002, nº 10.480, de 2 de julho de 2002, nº 10.522, de 19 de julho de 2002, nº 10.887,</p><p>de 18 de junho de 2004, e nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, o Decreto-Lei nº 1.598, de</p><p>26 de dezembro de 1977, e as Leis nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, nº 10.925, de 23 de</p><p>julho de 2004, nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003,</p><p>nº 11.116, de 18 de maio de 2005, nº 11.732, de 30 de junho de 2008, nº 10.260, de 12 de</p><p>julho de 2001, nº 9.873, de 23 de novembro de 1999, nº 11.171, de 2 de setembro de 2005,</p><p>Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados</p><p>Contabilidade e Gestão Financeira</p><p>11</p><p>nº 11.345, de 14 de setembro de 2006; prorroga a vigência da Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro</p><p>de 1995; revoga dispositivos das Leis nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, e nº 8.620, de 5</p><p>de janeiro de 1993, do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, das Leis nº 10.190, de</p><p>14 de fevereiro de 2001, nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e nº 6.938, de 31 de agosto de</p><p>1981, nº 9.964, de 10 de abril de 2000, e, a partir da instalação do Conselho Administrativo de</p><p>Recursos Fiscais, os Decretos nº 83.304, de 28 de março de 1979, e nº 89.892, de 2 de julho</p><p>de 1984, e o art. 112 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005; e dá outras providências.</p><p>Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Poder Executivo, Brasília, DF, 27 maio 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm>.</p><p>Acesso em: 10 mar. 2012.</p><p>COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. CPC 03 (R2) – Demonstração dos fluxos</p><p>de caixa. Brasília, set. 2010a. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pdf/CPC03R2_final.pdf>.</p><p>Acesso em: 4 maio 2012.</p><p>______. CPC 09 – Demonstração do valor adicionado. Brasília, set. 2010c. Disponível em:</p><p><http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_09.pdf>. Acesso em: 30 out. 2008.</p><p>______. CPC 26 (R1) – Apresentação das demonstrações contábeis. Brasília, dez. 2011.</p><p>Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pdf/CPC26_R1.pdf>. Acesso em: 4 maio 2012.</p><p>COSTA, R. S. da. Contabilidade para iniciantes em ciências contábeis e cursos afins. São Paulo:</p><p>SENAC, 2010.</p><p>Introdução</p><p>1 Principais demonstrações contábeis</p><p>Considerações finais</p><p>Referências</p>