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<p>→CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA</p><p>- a Revolução Francesa foi uma revolução política que transformou não só a história da</p><p>França, mas também do mundo inteiro → a mudança do modelo político absolutista,</p><p>centralizado, para um padrão igualitário e democrático teve impactos muito fortes na</p><p>vida social e individual das pessoas.</p><p>- já a Revolução industrial foi uma revolução econômica→ alterar o sistema econômico</p><p>de uma sociedade é necessariamente interferir em todos os aspectos de sua vida,</p><p>sobretudo, no trabalho.</p><p>- principais consequências práticas dessas duas revoluções:</p><p>1. desenvolvimento e aumento das cidades europeias</p><p>2. ingresso da mulher no mercado de trabalho</p><p>3. trabalho infantil: uma outra visão da infância</p><p>4. crise da instituição família</p><p>5. crise da instituição igreja</p><p>6. novas classes sociais e fortalecimento da burguesia</p><p>- a racionalidade, a cienti�cidade e a metodologia são os principais pilares que de�nem a</p><p>sociologia→ conhecida com ciência da curiosidade.</p><p>● Émile Durkheim (1858-1917): sofreu grande in�uência da ciência positivista de</p><p>Comte → sua principal intenção com a pesquisa sociológica era observar os padrões</p><p>desarmônicos da sociedade e traçar estratégias para uma coesão social → rigor da</p><p>metodologia quantitativa.</p><p>- fatos sociais - estruturas sociais que possuem três características principais:</p><p>1. coerção: os fatos sociais coagem os indivíduos a se comportarem de determinada</p><p>maneira comum ao resto daquela sociedade.</p><p>2. exteriorização: os fatos sociais são sempre exteriores aos indivíduos e se sobrepõem</p><p>a eles.</p><p>3. generalização: os fatos sociais são aplicados a todos os indivíduos de determinados</p><p>grupos sociais.</p><p>- o suicídio como fato social: Durkheim aponta o suicídio como um fenômeno social →</p><p>cada grupo tem uma disposição coletiva para o suicidio e a partir disso, derivam as</p><p>inclinações individuais desse fenômeno</p><p>1. suicídio egoísta: praticado por pessoas que não possuem fortes laços socias, que</p><p>não tem amigos, familiares e não se sentem parte da sociedade.</p><p>2. suicídio altruísta: pratticado por pessoas que estão absolutamente integradas na</p><p>sociedade e praticam o suicíduo em prol se seu grupo social.</p><p>3. suicídio anômico: praticado emmeio agranes crises sociais, econômicas e históricas.</p><p>- conceito de anomia - foi criado para designar uma etapa de consciência do ser</p><p>humano → é uma etapa temporária que caracteriza-se pela perda da fé e</p><p>desinteresse social → a anomia aparece quando a normalização das regras sociais</p><p>não está sendo mais e�caz.</p><p>- a questão do funcionalismo: para Durkheim, a sociedade é como um corpo</p><p>humano, onde cada órgão tem uma função → para que uma sociedade tenha um</p><p>bom funcionamento é preciso, portanto, que cada um cumpra suas funções, seu</p><p>papel social em relação ao trabalho que exerce.</p><p>- a solidariedade diz respeito ao apoio/ajuda que os humanos se dão para que o</p><p>funcionamento da divisão social do trabalho possa ocorrer com êxito.</p><p>1. solidariedade mecânica: nas sociedades primitivas e feudais os seres humanos não</p><p>tinham uma divisão social do trabalho bem de�nida, tornando as pessoas pouco</p><p>dependentes entre si → os laços que uniam as pessoas eram, sobretudo religiosos e</p><p>advindos das tradições culturais.</p><p>2. solidariedade orgânica: vista com frequência nas sociedades capitalistas que</p><p>incluem maior especialização das funções do trabalho e, portanto, maior</p><p>dependência entre as pessoas.</p><p>● Max Weber (1864-1920): importante economista, sociólogo , historiador e jurista</p><p>que nasceu na Alemanha → viveu em um contexto de intensa urbanização e</p><p>industrialização da Alemanha, que viviam um governo centralizado no Bismark</p><p>(sujeito responsável por uni�car o país, protagonizando intensas guerras)→Weber</p><p>entende que a sociedade não deveria ser estudada com o mesmo afastamento e</p><p>objetividade que propõe Durkheim e os positivistas → acreditava na</p><p>impossibilidade de nos afastarmos do nosso objeto de estudo, que o social, já que</p><p>também o vivemos e fazemos parte dele→ assim como também discorda de Marx,</p><p>que buscava compreender as relações sociais a partir do entendimento da economia</p><p>e das relações de trabalho → para Weber esse é apenas um viés dos vários possíveis</p><p>para se entender a sociedade, mas não o único.</p><p>- Weber defendia que não não temos a capacidade de observar e teorizar a sociedade</p><p>de forma generalizada, já que ela tem inúmeros desenvolvimentos e</p><p>atravessamentos (econômicos, religiosos, pessoais etc) - estrutura sua metodologia</p><p>social a partir da observação das ações sociais que são praticadas pelos indivíduos,</p><p>os agentes sociais.</p><p>- toda ação social é intencional e não ocasional:</p><p>1. ação racional com direção a �ns: mais objetivas, pensadas racionalmente, quando</p><p>temos uma �nalidade em mente em precisamos alcançá-la por meio de</p><p>determinada ação.</p><p>2. ação social com direção a valores: visam valores éticos e morais.</p><p>3. ação afetiva: relacionadas aos afetos e às emoções → movidas pelo ódio, amor,</p><p>paixão, orgulho, vaidade etc.</p><p>4. ação tradicional: automática → tem a ver com a cultura e com o meio social, mas</p><p>não é milimetricamente pensada, apenas reproduzida.</p><p>- Weber realiza um comparativo entre as sociedades modernas e as antigas do período</p><p>medieval e percebe que a ordem da modernidade gira em torno de uma tendência à</p><p>racionalização das coisas do cotidiano, enquanto que na Idade Média, as pessoas</p><p>tendem agir a partir da tradição, de preceitos religiosos (católicos), divinos e afetivos.</p><p>- a ética protestante é um ethos que se desenvolve a partir da transformação do</p><p>pensamento religioso → basicamente, enquanto a vida do cristão católico era acreditar</p><p>que a glória divina viria no pós-morte a partir de uma vida de caridade, contribuições,</p><p>renúncias etc, a vida do protestante era acreditar que a glória divina viria em vida,</p><p>gradualmente, a partir do seu próprio trabalho na Terra, pois se você tem saúde e um</p><p>trabalho a fazer, é uma demonstração da glória de Deus → a benção e glória de Deus</p><p>viria, portanto, do indivíduo e de seu trabalho, disciplina com seu ofício, do que faz</p><p>com seu dinheiro (acumula/gasta demais) → com a crise da Igreja Católica os</p><p>indivíduos passaram a ser incentivados a acumular dinheiro e riquezas, o que antes era</p><p>um feito exclusivo do Clero.</p><p>● Karl Marx (1818-883): história de vida marcada pelo contexto de industrialização</p><p>da Segunda Revolução Industrial e o desenvolvimento intento do capitalismo.</p><p>- no início de sua jornada acadêmica, o principal in�uenciador de Marx era o também</p><p>�lósofo alemão Hegel, que participou de uma corrente teórica chamada Idealismo</p><p>Alemão ou movimento Pós-Kantiano, sendo, portanto, um idealista→Hegel e outros</p><p>idealistas do século XVIII acreditavam que a realidade só poderia ser compreendida</p><p>através das ideias e não necessariamente da materialidade → no entanto, com o passar</p><p>do tempo, Marx percebeu que a realidade em que estava inserido não poderia ser</p><p>ignorada em detrimento das ideias na hora de produzir suas análises, pelo contrário: ela</p><p>deveria se considerada em primeiro plano, desenvolvendo, portanto, a nova teórica</p><p>chamada Materialismo Histórico Dialético → defende a ideia de que as relações sociais</p><p>no sistema capitalista são econômicas de produção, isto é, de trabalho→ relações essas</p><p>protagonizadas por duas classes sociais: os burgueses (donos do meio de produção) e os</p><p>proletários (trabalhadores).</p><p>- o conceito de trabalho: é uma atividade vital para a vida e é essencialmente humana→</p><p>para Marx não há sociedade humana sem trabalho já que os indivíduos precisam</p><p>exercer essa ação para produzir e reproduzir suas formas de existência, vidas e</p><p>subjetividades → o trabalho é, portanto, uma atividade que diferencia o ser humano</p><p>dos outros seres → produ o que vai consumir com consciência do daquilo que está</p><p>fazendo → no sistema capitalista a atividade de trabalho deixa de ser exercida pela</p><p>necessidade de produzir bens úteis e necessários para a vida humana e passa a ter outro</p><p>signi�cado: agora o indivíduo trabalha pela demanda de mercadorias a serem vendidas</p><p>em prol do lucro → Marx então conclui que o trabalho exercido pelos indivíduos</p><p>nas</p><p>sociedades capitalistas é um trabalho alienado.</p><p>1. a alienação separa o trabalhador de sua produção;</p><p>2. a alienação separa o trabalhador do ato de produzir→ desumanização no processo</p><p>de produção.</p><p>- essa separação do trabalhador do ato produtivo faz com que ele não se reconheça no</p><p>trabalho que realiza →portanto, se o trabalhador não se reconhece naquilo que produz</p><p>e muito menos na atividade produtiva que gerou aquele produto, ele não se reconhece</p><p>enquanto ser humano→ não se reconhece como um ser livre.</p><p>- a mais valia: as relações de trabalho no capitalismo espelham uma forte exploração dos</p><p>indivíduos proletários, pois os burgueses, os donos dos meios de produção, enriquecem</p><p>às custas da classe trabalhadora → isso ocorre devido à mais-valia, que é a base de</p><p>exploração do sistema capitalista→ representa as horas de trabalho que um trabalhador</p><p>exerce, porém que não são pagas a ele, justamente porque é esse abuso a fonte do lucro</p><p>do burguês.</p><p>- o socialismo e o comunismo: Marx, por seu caráter revolucionário, propõe uma</p><p>mudança estrutural da sociedade → defende que em um determinado momento o</p><p>capitalismo estará de tal maneira avançado que se autodestruirá → dessas ruínas a</p><p>humanidade caminhará para �nalmente a libertação e isso acontecerá de forma</p><p>processual → o primeiro passo desse processo é o estabelecimento do modelo</p><p>econômico socialista → os trabalhadores conscientes da exploração capitalista</p><p>tomariam os meios de produção dos burgueses através da luta de classes, estabelecendo</p><p>um Estado da classe trabalhadora (abolição da propriedade privada e criação de um</p><p>estado forte que garanta a redistribuição de riquezas) → a última parte desse processo</p><p>fruto da luta de classes se dá no comunismo, que seria para Marx uma etapa avançada</p><p>do socialismo → depois que a classe trabalhadora tomasse o poder e se transformasse</p><p>em um Estado forte o su�ciente para reorganizar a sociedade e redistribuir riquezas e</p><p>abolisse a desigualdade social e a exploração, �nalmente teríamos o comunismo→ em</p><p>uma sociedade comunista as classes não existiriam mais e o poder do Estado seria</p><p>dissolvido entre as pessoas.</p><p>FILOSOFIA ANTIGA E MEDIEVAL</p><p>- Pré-socráticos: �lósofos que antecederam Sócrates, porém, não se limitam apenas ao</p><p>tempo, mas também ao objeto de estudo na �loso�a → também conhecidos como</p><p>�lósofos da physis ou natureza, pois se preocupavam em encontrar explicações para a</p><p>origem (arché) e funcionamento do universo (cosmologia).</p><p>– Heráclito de Éfeso (500a.C - 450 a.C): tudo �ui, nada permanece, tudo está por vir a</p><p>ser (Devir), causado pela oposição entre os opostos → por isso a verdade é dialética→ não</p><p>se pode percorrer duas vezes o mesmo rio.</p><p>– Parmênides de Eléia (530 a.C - 460 a.C): existe o caminho da verdade (Alethéia) e o</p><p>caminho da opinião (Doxa) → Parmênides optou pelo caminho da opinião, sem</p><p>fundamento, pois nada muda, tudo permanece → o ser é uno e não mutável, a essência das</p><p>coisas não muda, apenas a aparência.</p><p>- Sócrates (469 a.C - 399 a.C): a �loso�a passa a estudar os seres humanos, o seu</p><p>comportamento, as suas origens e destino→método socrático através o diálogo:</p><p>– exortação: convite/chamado para o debate;</p><p>– indagação: após a aceitação ao diálogo, deve-se questionar, saber as suas opiniões e ideias;</p><p>– ironia: após os questionamentos, Sócrates passa a buscar ponto contraditórios nas falas do</p><p>convidado, objetivando uma crescente busca por conhecimento;</p><p>– maiêutica (dar a luz): Sócrates passa a indicar caminhos para que o convidado descubrir o</p><p>conhecimento por si só.</p><p>- Platão (428 a.C - 438 a.C): academia de atenas→ divisão entre o mundo sensível e o</p><p>mundo inteligível → omundo sensível é uma cópia imperfeita do mundo inteligível →</p><p>ao sairmos do mundo inteligível, passamos por um processo de amnésia no mundo</p><p>sensível e passamos a lembrá-lo através do processo de reminiscência, que se dá através</p><p>dos estudos → a alma é dividida em três partes: apetitiva (sobrevivência), irascível</p><p>(sentimentos) e racional ( alma superior, eu leva a reminiscência)→ na política, platão</p><p>defendia o governo feito pelos que buscavam a razão, os �lósofos.</p><p>– Mito da Caverna.</p><p>- Aristóteles (384 a.C - 322 a.C): Liceu → teoria metafísica , se opondo a teoria das</p><p>ideias de Platão - o mundo sensível gera conhecimento, pois a essência das coisas está</p><p>nas próprias coisas→ teoria das causas:</p><p>– causa material: matéria prima, do que é feito?</p><p>– causa formal: qual é a forma?</p><p>– causa e�ciente: o intermediador que fez a matéria se transformar em outro objeto.</p><p>– causa �nal: para que serve?</p><p>– ética: busca pela felicidade (eudaimonia) individual, a nossa causa �nal.</p><p>– justa medida: viver sem excessos.</p><p>– política: busca pela felicidade coletiva, nas pólis gregas.</p><p>– o cidadão aquele que pertencia a pólis, mas não poderia ser escravo ou mulher.</p><p>- Filoso�a Helenística (326 a.C - 146 a.C): desenvolvida a partir da dominação do</p><p>império macedônico no mundo grego → o período não é limitado, por suas</p><p>características é possível encontrar �lósofos de correntes helenísticas no mundo</p><p>romano, por exemplo→ busca pela ataraxia (estado de espírito tranquilo).</p><p>– cinismo de Diógenes: buscar a felicidade independe de bens materiais.</p><p>– ceticismo de Pirro: suspender os juízos de valores, pois não podemos saber a verdade das</p><p>coisas, pois vivemos em ummundo de aparências.</p><p>– epicurismo de Epicuro: devemos evitar os desejos naturais e não necessários (comer em</p><p>exagero) e os desejos não naturais, nem necessários (inveja, cobiça) → devemos apenas nos</p><p>apegar aos desejos naturais e necessários (comer, beber e dormir).</p><p>– estoicismo de Zenão: não devemos nos preocupar com o que não podemos transformar.</p><p>- Agostinho de Hipona (354 - 430): escola patrística → in�uência neoplatônica →</p><p>busca pela razão, contrária a um deus punitivo → a salvação é atingida através da</p><p>conversão e meditação → deus é criador do espaço e do tempo, o meio onde reinam</p><p>os homens e o �m é a salvação do reino dos céus→ o amor verdadeiro vem de Deus.</p><p>- Tomás de Aquino (1225 - 1274): escolástica → o mundo sensível pode gerar</p><p>conhecimento para compreender a fé cristã → conhecer para crer → tentativa de</p><p>dialogar com as transformações a sua época → é possível provar a existência de Deus</p><p>através de cinco argumentos:</p><p>– motor: regredir para compreender o movimento as coisas, chegando ao primeiro motor,</p><p>que é Deus;</p><p>– causa e�ciente: regredir para compreender o motivo de tudo existir;</p><p>– contingente necessário: motivo de tudo ter uma forma especí�ca;</p><p>– graus de perfeição: o parâmetro de tudo é Deus (amor menor, forte e fraco);</p><p>– governo supremo: �nalidade de vivermos, que não pode acabar após a morte.</p><p>FILOSOFIA POLÍTICA</p><p>→Política Antiga: Platão e Aristóteles.</p><p>- Política de Platão: como crítico que era do governo do povo, da democracia, Platão</p><p>propõe uma outra forma de fazer política → em sua concepção as organizações</p><p>políticas deveriam respeitar uma hierarquia social, que na teoria plantonista era</p><p>justi�cada pela existência de 3 tipos de alma→ defende a ideia de uma monarquia→</p><p>mas nem todos têm a capacidade para tal feito, é necessário ter a alma de ouro→ alma</p><p>daqueles que têm inclinação à intelectualidade, à �loso�a → a alma prata é daqueles</p><p>seres passionais, que são suscetíveis as paixões da vida, tal característica pode ser</p><p>encontrada nos guerreiros → por último, a alma de bronze → alma daqueles com</p><p>tendência a trabalhos manuais, como artesãos ou agricultores.</p><p>- Platão defende que o melhor governo é aquele onde um rei �lósofo possa governar,</p><p>pois é uma �gura instruída e estudada → ele defendia que o rei deveria estudar pelo</p><p>menos 30 anos para poder assumir o cargo e mesmo assim não teria regalias sociais,</p><p>luxo ou status: estaria a serviço do povo e da justiça, principalmente.</p><p>- Política de Aristóteles: defendia que para decidir o melhor tipo de governo era</p><p>necessário investigar empiricamente as possibilidades e não simplesmente tirar a ideia</p><p>da cabeça e acreditar que essa ou aquela era a melhor, como fez Platão→Aristóteles</p><p>decide então investigar empiricamente os governos que já existiam e analisar</p><p>se eram</p><p>bons ou ruins no que se propunham e qual deles seria o melhor.</p><p>- O �lósofo de Estagira conclui que não existe um único governo bom ou um único</p><p>governo ruim: todos podem ser bons ou ruins → como as pessoas que estão</p><p>governando o fazem: se o fazem com justiça, com injustiça, com virtude ou sem</p><p>virtude.</p><p>- Para Aristóteles o governo perfeito é aquele que garante a felicidade dos indivíduos→</p><p>a de�nição de felicidade para o �lósofo é uma política que preze pela organização</p><p>social a partir daquilo que cada um tem de melhor → ou seja, para sermos felizes</p><p>precisamos de um governo que nos incentive a fazer aquilo que somos bons em prol</p><p>da sociedade.</p><p>→A Política Moderna: Maquiavel e os Contratualistas.</p><p>- Em “O Príncipe”, Maquiavel descreve detalhadamente todos os caminhos possíveis</p><p>para que um governante pudesse ter êxito em seu mandato → uma das principais</p><p>características do seu pensamento é sua praticidade e pragmatismo → conceitos</p><p>tratados:</p><p>– virtude: qualidade que independe da situação, ou seja, uma qualidade que é sua e não</p><p>mudará.</p><p>– prudência: saber usar essa qualidade de acordo com as diversas situações do governo.</p><p>– virtu: estratégia de governo que o príncipe deve ter.</p><p>– fortuna: situações que não dependem das atitudes diretas do príncipe, uma espécie de</p><p>sorte.</p><p>- contratualismo: �lósofos que acreditam que para ter uma convivência harmoniosa na</p><p>sociedade é necessário que haja um contrato social que legitime o Estado, baseado em</p><p>um acordo de todos os cidadãos→ o contrato social não é, literalmente, um contrato</p><p>escrito que os envolvidos assumam→ traz a ideia de um acordo subjetivo que guiará a</p><p>conduta tanto do governante quanto dos governados: ambos devem, concordar com</p><p>o que for proposto e, naturalmente, seguir essas propostas.</p><p>- o contrato social surge por uma necessidade: a de frear o Estado de natureza, que diz</p><p>respeito ao comportamento do indivíduo sem a presença de um Estado exercendo</p><p>algum tipo de controle, seja ele social ou econômico, que inter�ra no comportamento</p><p>do indivíduo.</p><p>- Thomas Hobbes: os homens são seus próprios inimigos em potencial por sua</p><p>existência má → em sua principal obra, ele aborda o princípio da igualdade, que</p><p>geraria uma guerra de todos contra todos, uma vez que todos buscam o mesmo �m</p><p>→ além disso, ele defende que o Estado de natureza era, portanto, o caos a destruição</p><p>e o egoísmo, sendo sua proposta para lidar com isso o estabelecimento de um governo</p><p>absolutista, governado pelo Leviatã.</p><p>- John Locke: o homem no estado de natureza não era nem bom nemmau→o homem</p><p>era como uma folha em branco → o estado de natureza não era ruim, não tinha</p><p>tantos con�itos, no entanto, havia a necessidade de um Estado que garantisse a</p><p>segurança jurídica dos cidadãos, mediando a relação desses indivíduos→ Locke, além</p><p>de acreditar que o Estado deveria interferir minimamente na vida dos indivíduos,</p><p>também defendia que o contrato social seria bené�co para garantir os direitos básicos,</p><p>sendo o principal deles a propriedade privada → é esse direito básico que poderia</p><p>gerar con�itos para a convivência entre os homens.</p><p>- Rousseau: o estado de natureza do homem era totalmente contrário ao de Hobbes→</p><p>o homem nascia essencialmente bom, a sociedade era responsável por corrompê-lo→</p><p>as burocracias da sociedade privada e a propriedade privada são as causas da ruína do</p><p>homem: a propriedade privada e as desigualdades advindas disso→ em termos gerais,</p><p>Rousseau acredita que é necessário ter um soberano para representar a vontade geral,</p><p>a vontade do coletivo → propõe uma mudança estrutural da sociedade → com base</p><p>nos pilares educacionais, ele tem como objetivo a formação de indivíduos para viver</p><p>uma vida livre, autêntica e justa, que se importem com a política e com a vida em</p><p>cidadania.</p>