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<p>ENTENDER o potencial de ação</p><p>cardíaco (resposta rápida e lenta);</p><p>- DISCUTIR o sistema de condução elétrica do</p><p>coração;</p><p>COMPREENDER o processo de acoplamento,</p><p>excitação/contração do músculo cardíaco;</p><p>RELACIONAR os traços do ECG com a</p><p>condução elétrica do coração;</p><p>O miocárdio é o músculo do coração responsável pela</p><p>ação contrátil do órgão, possuímos o miocárdio</p><p>especializado e o contrátil. O miocárdio especializado é</p><p>responsável pela condução do impulso elétrico, sendo</p><p>composto pelo nodo sinoatrial (NSA- responsável por</p><p>gerar o impulso elétrico e agir como marcapasso do</p><p>coração), nodo atrioventricular (NAV- responsável por</p><p>conduzir o impulso elétrico dos átrios para os</p><p>ventrículos, fazendo o retardo nodal), feixe de His e</p><p>Fibras de Purkinje (realizam a propagação do impulso</p><p>aos ventrículos, para o miocárdio contrátil). (BERNE,</p><p>2010).</p><p>Esse músculo possui algumas características</p><p>importantes como a capacidade de excitabilidade</p><p>(batmotropismo), capacidade de autoexcitabilidade</p><p>(automatismo), possui frequência entre cada</p><p>despolarização (cronotropismo) e capacidade de</p><p>conduzir estímulos (dromotropismo).</p><p>O miocárdio contrátil é responsável pela ação</p><p>mecânica de contração do músculo cardíaco. Sua ação</p><p>depende da parte elétrica realizada pelo miocárdio</p><p>especializado. Ele é caracterizado pela capacidade de</p><p>contração (inotropismo), capacidade de relaxamento</p><p>das fibras (lusitropismo) e também por dromotropismo.</p><p>(LEVY, 2010).</p><p>O coração é composto de três tipos principais de</p><p>músculo cardíaco – músculo atrial, músculo ventricular e</p><p>fibras musculares excitatórias e condutoras</p><p>especializadas. Os tipos de músculo atrial e ventricular</p><p>contraem-se da mesma maneira que o músculo</p><p>esquelético, exceto que a duração da contração é muito</p><p>mais longa. As fibras excitatórias e condutoras</p><p>especializadas do coração, entretanto, contraem-se</p><p>fracamente porque contêm poucas fibrilas contráteis;</p><p>em vez disso, geram descarga elétrica rítmica</p><p>automática na forma de potenciais de ação e conduzem</p><p>esses potenciais de ação ao longo do coração,</p><p>formando um sistema excitocondutor que gera e conduz</p><p>o batimento rítmico do coração o sinal para contração é</p><p>miogênico, ou seja, acontece dentro do miocárdio.</p><p>(GUYTON, 2019).</p><p>O coração tem dois tipos de células, as células</p><p>miocárdicas, também denominadas células funcionais,</p><p>que quando estimuladas eletricamente são capazes de</p><p>se contrair, e as células marcapasso, responsáveis pela</p><p>geração e condução dos estímulos elétricos.</p><p>*</p><p>* As células que integram o tecido muscular cardíaco</p><p>têm aspecto cilíndrico, são ramificadas e apresentam</p><p>extremidades irregulares. Essas células são conhecidas</p><p>como fibras musculares cardíacas, células do miocárdio,</p><p>miócitos, cardiócitos ou cardiomiócitos.</p><p>*Ele apresenta 1 núcleo que está na região central da</p><p>célula, ao contrário do musculoesquelético que</p><p>apresenta 2 núcleos que se localizam na periferia da</p><p>célula;</p><p>*Apresentam um citoesqueleto que forma estriações</p><p>transversais no citoplasma;</p><p>*Em corte transversal, as células se apresentam</p><p>justapostas, com contornos irregulares e perfis em</p><p>vários tamanhos;</p><p>*Nas extremidades dos cardiócitos, há a presença de</p><p>discos intercalares – que são junções intercelulares</p><p>complexas, que atuam tanto na adesão, quanto na</p><p>comunicação, o que possibilita o funcionamento</p><p>coordenado do tecido; Em análise histológica ainda</p><p>apresenta uma delicada bainha de tecido conjuntivo.</p><p>(BRANCALHÃO, et al. 2016).</p><p>* Em cada disco intercalado, as membranas celulares se</p><p>fundem para formar junções de comunicação</p><p>permeáveis (gap junctions, ou junções comunicantes)</p><p>que permitem a difusão rápida de íons. Portanto, do</p><p>ponto de vista funcional, os íons se movem com</p><p>facilidade no líquido intracelular ao longo dos eixos</p><p>longitudinais das fibras do músculo cardíaco, de modo</p><p>que os potenciais de ação viajam facilmente de uma</p><p>célula do músculo cardíaco para a próxima, passando</p><p>pelos discos intercalados. Assim, o músculo cardíaco é</p><p>um sincício formado por muitas células musculares</p><p>cardíacas, no qual as células cardíacas estão tão</p><p>interconectadas que, quando uma célula fica excitada, o</p><p>potencial de ação se espalha rapidamente para todas</p><p>elas. (GUYTON, 2019).</p><p>*O coração, na verdade, é composto por dois sincícios;</p><p>o sincício atrial, que constitui as paredes dos dois átrios;</p><p>e o sincício ventricular, que constitui as paredes dos</p><p>dois ventrículos. Os átrios são separados dos</p><p>ventrículos por tecido fibroso que circunda as aberturas</p><p>valvares atrioventriculares (AV) entre os átrios e os</p><p>ventrículos.</p><p>*Essa divisão do músculo cardíaco em dois sincícios</p><p>funcionais permite que os átrios se contraiam um pouco</p><p>antes da contração ventricular, o que é importante para</p><p>a eficácia do bombeamento cardíaco.</p><p>* A principal função do coração consiste em bombear</p><p>sangue, o que exige a geração de uma força contrátil do</p><p>coração. (REECE, 2016; HALL, 2017).</p><p>Essa força é decorrente do potencial de ação</p><p>cardíaco, ou seja, para a realização de uma atividade</p><p>mecânica há exigência de atividade elétrica (KLEIN,</p><p>2014).</p><p>A ativação elétrica ordenada do coração é realizada</p><p>através da propagação sequencial de potenciais de</p><p>ação ao longo das estruturas de condutibilidade elétrica</p><p>(KLEIN, 2014).</p><p>O controle da atividade cardíaca é feito sistema</p><p>nervoso simpático e parassimpático, que inervam de</p><p>forma abundante o coração. (GUYTON; HALL, 2006).</p><p>O nó SA está localizado na parede posterior do átrio</p><p>direito, onde a veia cava chega ao coração. O nó AV</p><p>está na porção inferior do septo interatrial. O feixe de</p><p>His está no topo do septo interventricular, esse feixe se</p><p>divide no interior da parede dos ventrículos</p><p>denominando-se fibras de Purkinje, causando a</p><p>contração simultânea dos ventrículos. Sístole é a</p><p>contração da câmara cardíaca para ejeção do sangue</p><p>presente em seu interior. Diástole é o relaxamento da</p><p>câmara cardíaca para um novo preenchimento de</p><p>sangue em seu interior (GUYTON; HALL, 2006).</p><p>A média de batimentos cardíacos em um adulto</p><p>saudável fica em torno de 70 batimentos por minuto,</p><p>variando conforme as necessidades do corpo, como</p><p>exercícios físicos, situações de estresse e repouso</p><p>(VAN DE GRAAFF, 2003).</p><p>A regulação da riimicidade do coração ocorre no nó</p><p>SA ou marca passo do coração. Esta ritmicidade ocorre</p><p>porque as membranas das fibras do nó SA são muito</p><p>permeáveis ao sódio, que passa para o interior das</p><p>fibras, fazendo com que o potencial da membrana em</p><p>repouso passe para o valor positivo até atingir seu limiar</p><p>transformando em potencial de ação. O impulso é</p><p>propagado pelos átrios através do sistema de Purkinje</p><p>provocando sua contração. Centésimos de segundos</p><p>depois, o impulso atinge o nó AV, que retarda o impulso</p><p>para que os átrios forcem a passagem de sangue para</p><p>os ventrículos. Após esse retardo, o impulso é</p><p>propagado pelo sistema de Purkinje aos ventrículos</p><p>contraindo-os (GUYTON; HALL, 2006).</p><p>O potencial de ação ocorre devido alterações na</p><p>membrana das células cardíacas relacionado à entrada</p><p>e saída de correntes iônicas. Esse movimento ocasiona</p><p>a mudança de polaridade, levando a despolarização</p><p>celular. Os principais íons envolvidos nesse processo</p><p>são o sódio (Na+), potássio (K+) e Cálcio (Ca2+).</p><p>Existem dois tipos de potencial de ação no coração de</p><p>acordo com o tipo celular:</p><p>*Potencial de Ação de Resposta Rápida</p><p>*Potencial de Ação de Resposta Lenta</p><p>É o potencial de ação encontrado nos miócitos</p><p>contráteis e fibras de Purkinje. É dividido em 05 fases:</p><p>• FASE 0- DESPOLARIZAÇÃO RÁPIDA: Após a</p><p>célula ser estimulada, os canais de Na+</p><p>dependentes de voltagens são abertos com grande</p><p>influxo</p><p>de sódio (Na+) para dentro. A polaridade</p><p>que inicialmente era -90mv vai se tornando</p><p>progressivamente mais positiva com a entrada</p><p>desses íons, chegando a +20mV no final dessa</p><p>fase.</p><p>• FASE 1 -REPOLARIZAÇÃO RÁPIDA INICIAL:</p><p>Nessa fase ocorre inativação dos canais de Na+</p><p>com abertura dos canais de K+. A polaridade cai de</p><p>+20mV até aproximadamente 0mV com a saída da</p><p>célula de Potássio.</p><p>• FASE 2- PLATÔ: Fase marcada pelo equilíbrio, com</p><p>entrada de Ca</p><p>2+</p><p>na célula e saída de K+ potássio,</p><p>mantendo a polaridade aproximadamente em 0mV.</p><p>A entrada de Cálcio na célula nessa fase é</p><p>responsável pelo processo de contração muscular.</p><p>• FASE 3- REPOLARIZAÇÃO RÁPIDA: Essa fase é</p><p>marcada pelo fechamento dos canais de Cálcio e</p><p>permanência da saída da célula dos íons Potássio,</p><p>fazendo com que a polaridade vá se negativando</p><p>progressivamente até -90mV.</p><p>• FASE 4- FASE DE REPOUSO: Apesar do nome</p><p>dessa fase ser repouso, ocorre trocas de 03 íons de</p><p>Sódio para fora e 02 íons de Potássio para dentro</p><p>da célula as custas de gasto de energia (ATP)</p><p>através da Bomba de Sódio/Potássio. (GUYTON,</p><p>2011).</p><p>*Potássio sempre sai da célula</p><p>* O período refratário é o período após um potencial de</p><p>ação durante o qual um estímulo normal não pode</p><p>desencadear um segundo potencial de ação. Quando</p><p>um segundo potencial de ação pode ocorrer, a célula</p><p>miocárdica está quase completamente relaxada.</p><p>Consequentemente, não ocorre somação.</p><p>É o potencial de ação encontrado nas células que tem</p><p>a propriedade de automatismo e função de marca passo</p><p>como o nó sinusal e nó atrioventricular.</p><p>-Fases do potencial de resposta lenta:</p><p>• FASE 0- DESPOLARIZAÇÃO ASCENDENTE:</p><p>Essa fase é marcada pela entrada de Cálcio na</p><p>célula pelos canais tipo L. As correntes de sódio</p><p>estão inativadas nessa fase.</p><p>• FASE 2 – PLATÔ: entrada de Ca2+ e saída de K+.</p><p>É menos estável e longa que mo potencial de</p><p>resposta rápida. (*Alguns autores nem citam essa</p><p>fase);</p><p>• FASE 3- REPOLARIZAÇÃO: É uma fase marcada</p><p>pelo aumento da condutância ao Potássio, com sua</p><p>saída da célula.</p><p>• FASE 4- DESPOLARIZAÇÃO ESPONTÂNEA.</p><p>Ativação canais de Cálcio e sódio tipo T. Essa é a</p><p>fase que determina a propriedade de automatismo.</p><p>Diferentemente da fase 04 do potencial de resposta</p><p>rápida, essa fase apresenta um aumento lento e</p><p>gradual da voltagem sem precisar de um estímulo</p><p>externo. Quanto mais inclinado essa fase, maior a</p><p>frequência de despolarização da célula (maior a</p><p>frequência cardíaca). Quando a curva atinge o valor</p><p>de -40mV, acontece o potencial de disparo e é</p><p>gerado um novo potencial de ação. Essa</p><p>modificação de forma espontânea acontece devido</p><p>a corrente Funny (If), também denominada de</p><p>corrente de marcapasso. (BROOKS, 2014).</p><p>O termo acoplamento excitação-contração designa o</p><p>processo que ocorre desde a despolarização da</p><p>membrana excitável da célula muscular, até a liberação</p><p>de íons cálcio dos estoques intracelulares, causando a</p><p>contração do músculo cardíaco.</p><p>Como acontece com o músculo esquelético, quando</p><p>um potencial de ação passa pela membrana do músculo</p><p>cardíaco, o potencial de ação se espalha para o interior</p><p>da fibra muscular cardíaca ao longo das membranas</p><p>dos túbulos transversais (T). Os potenciais de ação do</p><p>túbulo T atuam, então, sobre as membranas dos túbulos</p><p>sarcoplasmáticos longitudinais para causar a liberação</p><p>de íons cálcio no sarcoplasma muscular a partir do</p><p>retículo sarcoplasmático. Em alguns milésimos de</p><p>segundo, esses íons cálcio se difundem nas miofibrilas</p><p>e catalisam as reações químicas que promovem o</p><p>deslizamento dos filamentos de actina e miosina uns</p><p>sobre os outros, o que produz a contração muscular.</p><p>* Etapas: *O potencial de ação gerado na região da</p><p>junção neuromuscular se propaga pelo sarcolema, e</p><p>invade os túbulos T.</p><p>*Nos túbulos T, os receptores de dihidropiridina, que</p><p>são canais de cálcio dependentes de potencial, sentem</p><p>a despolarização, e alteram a conformação do canal de</p><p>cálcio do retículo sarcoplasmático, o receptor de</p><p>rianodina, que promoverá a liberação de mais cálcio</p><p>intracelular no sarcoplasma. Quando o cálcio se liga a</p><p>esse receptor de rianodina, esse receptor pode ativar</p><p>receptores vizinhos, podendo gerar uma reação em</p><p>cadeia e, por consequência, uma grande liberação de</p><p>cálcio. Dessa forma, não é necessário um grande</p><p>influxo de cálcio extracelular, mas uma quantidade</p><p>suficiente para ativar esses receptores.</p><p>*O cálcio se ligará a Troponina C, promovendo</p><p>alteração conformacional do complexo troponina-</p><p>tropomiosina, de forma que a tropomiosina exponha</p><p>seus sítios de ligação da miosina nos filamentos de</p><p>actina. Essa comunicação entre as duas proteínas é</p><p>física, já que elas interagem fisicamente entre si.</p><p>*Forma-se então pontes cruzadas, onde a ligação da</p><p>cabeça da miosina no sítio leva a uma movimentação</p><p>semelhante a uma catraca em direção ao centro do</p><p>sarcômero.</p><p>* Esse processo utiliza energia proveniente da</p><p>liberação de ATP da miosina, permitindo, então, o</p><p>deslizamento do filamento fino sobre o filamento grosso.</p><p>Esse mecanismo ocorre em todas as células</p><p>musculares cardíacas, pois com a contração de uma</p><p>célula todas as outras serão ativadas também. A</p><p>essencialidade do cálcio extracelular para contração do</p><p>músculo cardíaco é que diferencia o acoplamento</p><p>excitação-contração deste músculo para o músculo</p><p>esquelético que pode contrair-se na ausência de cálcio</p><p>extracelular.</p><p>*No relaxamento, o cálcio liberado pelo retículo</p><p>sarcoplasmático precisa ser guardado novamente</p><p>dentro dessa organela, e esse evento ocorre através de</p><p>uma bomba, a SERCA, mais especificamente a de</p><p>isoforma 2a que vai captar esse cálcio do citosol e</p><p>armazenar novamente no retículo sarcoplásmatico.</p><p>Essa bomba SERCA é associada a uma proteína</p><p>chamada de fosfolamban, uma inibidora, a qual é</p><p>fosforilada por proteinocinases no AMPc que por sua</p><p>vez é aumentado pela ativação de receptores beta-</p><p>adrenérgicos estimulados pelo sistema nervoso</p><p>simpático. Essa proteína fosfolamban, quando</p><p>fosforilada, deixa de inibir a atividade da SERCA,</p><p>aumentando a quantidade de cálcio no retículo</p><p>sarcoplasmático, pois esta bomba vai aumentar sua</p><p>atividade. (AIRES, 2019).</p><p>*O cálcio que entrou pelos canais de cálcio do tipo L</p><p>vai ser transportado de volta para o meio extracelular.</p><p>Um modo de retirar esse cálcio é por meio da bomba de</p><p>cálcio sarcolêmica que usa energia do ATP para retirar</p><p>o íon cálcio do cardiomiócito. Além disso, o cálcio</p><p>também pode ser jogado para fora através de outro</p><p>transportador, uma proteína que realiza</p><p>contratransporte, ou seja, transporte ativo secundário,</p><p>que vai jogar o cálcio para o meio extracelular às custas</p><p>da tendência de difusão da energia gerada pelo influxo</p><p>de sódio. (AIRES, 2019).</p><p>*O sódio tem maior concentração no meio extracelular</p><p>e pouco no meio intracelular, logo ele tem uma</p><p>tendência a entrar e isso é possível através da bomba</p><p>de sódio e potássio, que transporta 2 íons de potássio</p><p>para fora da célula e 3 íons de sódio para dentro da</p><p>célula. Ao utilizar essa energia gerada pelo influxo de 3</p><p>íon sódio, um íon cálcio é jogado para fora contra seu</p><p>gradiente de concentração, pois ele é mais concentrado</p><p>no meio extracelular em relação ao meio intracelular.</p><p>Também existem transportadores capazes de guardar o</p><p>cálcio dentro da mitocôndria. Essas formas de extrusão</p><p>de cálcio não são as principais formas de esvaziamento</p><p>deste íon do citoplasma, isso por que a maior fonte de</p><p>cálcio que vai promover a contração do músculo</p><p>cardíaco advém do retículo sarcoplasmático, a</p><p>quantidade de cálcio extracelular que entra via canais</p><p>de cálcio do tipo L na célula é bem menor, logo a menor</p><p>fonte é que vai sofrer extrusão e voltar para fora da</p><p>célula, embora seja esse</p><p>cálcio o “disparador” que</p><p>provoca a saída do cálcio armazenado no retículo.</p><p>Existem três tipos diferentes de Troponina: a</p><p>Troponina C; Troponina T e a Troponina I, juntas elas</p><p>controlam a contração muscular.</p><p>As proteínas troponina T e troponina I são liberadas</p><p>no sangue quando existe alguma lesão no músculo do</p><p>coração, como quando acontece num infarto, por</p><p>exemplo.</p><p>Em pessoas saudáveis, o exame de troponina</p><p>normalmente não identifica a presença destas proteínas</p><p>no sangue, sendo considerado que um resultado normal</p><p>é quando o resultado é negativo ou não reagente. Os</p><p>valores normais de troponina podem variar dependendo</p><p>do teste realizado pelo laboratório, mas geralmente são</p><p>inferiores a 0,04 ng/mL para a troponina I e 0,01 ng/mL</p><p>para a troponina T.</p><p>Existem seis ondas registradas no resultado do ECG.</p><p>São elas: P, Q, R, S, T e U.</p><p>Um eletrocardiograma serve para registrar a atividade</p><p>elétrica do coração, que é expressa pelo traçado e suas</p><p>variações – as ondas do eletrocardiograma. É o exame</p><p>mais utilizado para auxiliar o diagnóstico de doenças</p><p>cardíacas</p><p>Trata-se de um procedimento bastante simples,</p><p>indolor e seguro, capaz de evidenciar alterações nas</p><p>atividades do músculo cardíaco.</p><p>Por isso, o ECG é considerado padrão ouro para o</p><p>diagnóstico não invasivo das arritmias (alterações na</p><p>frequência cardíaca) e distúrbios de condução</p><p>(anormalidades no trajeto dos impulsos elétricos), além</p><p>de ser muito importante nos quadros de isquemia</p><p>(redução do fluxo sanguíneo que irriga o miocárdio,</p><p>prejudicando a nutrição e oxigenação das células).</p><p>Cada onda, intervalo ou complexo representa uma fase</p><p>da passagem dos impulsos elétricos responsáveis pela</p><p>atividade elétrica cardíaca. Embora possam existir</p><p>pequenas diferenças, as ondas do eletrocardiograma</p><p>seguem padrões na duração, na amplitude e na ordem</p><p>em que aparecem.(AIRES, 2019).</p><p>*A amplitude é medida em voltagem, a partir do eixo</p><p>vertical do gráfico de eletrocardiograma.</p><p>*A duração da onda é medida em segundos,</p><p>observando o eixo horizontal. Já os padrões das ondas</p><p>dependem da derivação, ou seja, de que ângulo são</p><p>observadas.</p><p>*Uma mesma onda pode ser positiva (aparecer acima</p><p>da linha média do traçado) em uma derivação e</p><p>negativa na outra.</p><p>*O traçado que resulta de um eletrocardiograma</p><p>expressa os movimentos provocados pelo estímulo</p><p>elétrico. Nele, cada batimento possui uma onda P, um</p><p>complexo QRS e, ainda, uma onda T.</p><p>Quando há ondas e intervalos normais, onde as ondas</p><p>ocorrem em sequência, sem interrupção, podemos dizer</p><p>que o coração bate em ritmo padrão, ou ritmo sinusal.</p><p>A ausência de onda P no traçado de ECG indica, por</p><p>exemplo, uma arritmia chamada de fibrilação atrial.</p><p>O ritmo do coração é definido pela frequência cardíaca,</p><p>medida em batimentos por minuto (bpm). Um adulto</p><p>jovem e saudável tem uma frequência entre 50 e 100</p><p>bpm.</p><p>A onda P mostra a contração dos átrios, enquanto o</p><p>complexo QRS registra a contração dos ventrículos.</p><p>Uma onda P normal é arredondada e suave, durando</p><p>menos de 0,10 segundo (2,5 mm) e tem voltagem</p><p>máxima de 0,25 mV.</p><p>No ritmo sinusal, o intervalo entre a onda P e a onda</p><p>R dura entre 0,12 e 0,20 segundo, evidenciando que o</p><p>impulso elétrico está seguindo a trajetória normal.</p><p>Composto por três ondas, uma positiva (R) e duas</p><p>negativas (Q e S), o complexo QRS dura de 0,06 a 0,10</p><p>segundo. A onda Q costuma ter menos de 0,04 segundo</p><p>de duração e 2 mm de profundidade, já que é sempre</p><p>negativa.</p><p>A onda T aparece após o complexo QRS, indicando a</p><p>repolarização dos ventrículos.</p><p>Assimétrica, a onda T normal tem amplitude máxima</p><p>inferior a 15 mm nas derivações precordiais, é menor</p><p>que 5 mm nas derivações periféricas.</p><p>Já a onda U pode aparecer depois da onda T, e não</p><p>há consenso sobre o que ela representa. Ela é a última</p><p>deflexão do eletrocardiograma, representando o final da</p><p>repolarização ventricular. Essa onda nem sempre</p><p>aparece no traçado do ECG, mas pode estar</p><p>relacionada à repolarização dos músculos papilares,</p><p>presentes na parte inferior do miocárdio.</p><p>*A análise de um ECG também envolve medir os</p><p>intervalos de tempo entre ondas, que são chamados</p><p>intervalos ou segmentos. Por exemplo, o intervalo PQ é</p><p>o tempo desde o início da onda P até o início do</p><p>complexo QRS. Representa o tempo de condução do</p><p>início da excitação atrial até o início da excitação</p><p>ventricular.</p><p>↠ O segmento ST, que começa no fim da onda S e</p><p>termina no início da onda T, representa o momento em</p><p>que as fibras contráteis ventriculares são</p><p>despolarizadas durante a fase de platô do potencial de</p><p>ação.</p><p>↠ O intervalo QT se estende do início do complexo</p><p>QRS até ao final da onda T. É o tempo a partir do início</p><p>da despolarização ventricular até o fim da repolarização</p><p>ventricular.</p><p>Também chamado de eletrocardiógrafo, o</p><p>equipamento usado no exame é formado por um</p><p>monitor, fios e eletrodos. Ele possui um sistema</p><p>eletrônico que capta os estímulos elétricos emitidos pelo</p><p>músculo cardíaco, através da pele. Para isso, os</p><p>eletrodos são fixados no paciente, em posições</p><p>específicas da pele, como nos membros e pontos do</p><p>tórax. Na sequência, o aparelho de ECG é ligado e</p><p>colhe dados sobre a atividade elétrica do coração. Cada</p><p>espaço entre dois eletrodos permite a análise do</p><p>coração a partir de um ângulo diferente. Essa</p><p>informação, chamada derivação, é registrada por</p><p>software específico, que a transforma em um traçado.</p><p>Eletrodos são pequenos dispositivos em formato de</p><p>ventosa, clip ou pinça, que captam e transmitem os</p><p>estímulos elétricos cardíacos durante a</p><p>eletrocardiografia. Para que o exame seja eficiente, eles</p><p>precisam ser posicionados conforme a recomendação</p><p>clínica. No tipo de ECG mais comum, é necessário</p><p>utilizar 10 eletrodos.</p><p>Quatro eletrodos periféricos são fixados nos braços e</p><p>tornozelos do paciente, enquanto outros seis</p><p>(precordiais) são posicionados no tórax.</p><p>Juntos, eles registram um total de 12 ângulos diferentes,</p><p>ou 12 derivações.</p><p>É importante, ainda, verificar se a pele está limpa e</p><p>depilada antes de fixar os eletrodos.</p><p>Normalmente, eles são postos após a aplicação de</p><p>um gel condutor de eletricidade, que também ajuda na</p><p>fixação.</p><p>O padrão de</p><p>normalidade do ECG conta com uma onda P inicial,</p><p>seguida de 3 ondas sequenciais, formando o complexo</p><p>QRS (primeira onda negativa chama-se Q, primeira</p><p>onda positiva chama-se R e a onda negativa que vem</p><p>após a positiva chama-se S), e termina com a onda T e</p><p>U*, completando um ciclo cardíaco. Lembre-se que a</p><p>onda P representa a contração atrial, o complexo QRS a</p><p>contração ventricular, e a onda T o período de</p><p>repolarização ventricular, preparando para o início de</p><p>um novo ciclo. Além disso, é bom saber que o ECG</p><p>conta com 12 derivações, sendo 6 chamadas de</p><p>precordiais (V1, V2, V3, V4, V5 e V6) e 6 chamadas de</p><p>frontais (DI, DII, DIII, avR, avL e avF). O</p><p>eletrocardiograma é realizado a uma velocidade de</p><p>25mm/s e a uma voltagem de 10mV, em papel</p><p>milimetrado (cada “quadradinho” do papel tem 1mm e</p><p>corresponde a 0,4ms). (AIRES, 2019).</p><p>Primeiramente, observamos os espaços entre uma</p><p>onda R e outra logo em sequência; esses espaços</p><p>devem ter o mesmo tamanho para que o ritmo seja</p><p>regular. Depois conte o número de “quadradinhos” entre</p><p>uma onda R e a próxima em sequência; divida 1500</p><p>pelo número de quadradinhos encontrados, e você</p><p>encontrará a frequência cardíaca do paciente.</p><p>Para dizer que o ritmo é sinusal, ou seja, ritmo</p><p>cardíaco normal, observe as ondas P; elas devem ser</p><p>positivas (para cima) em DI, DII e avF e negativa (para</p><p>baixo) em avR.</p><p>O intervalo PR (início da onda P até o início do</p><p>complexo QRS) é o espaço de tempo entre a contração</p><p>atrial e a contração ventricular, e dura cerca de 120 a</p><p>200ms, ou seja, de 3 a 5mm. Alterações</p><p>nesse intervalo</p><p>podem indicar bloqueios na condução ou repolarização</p><p>precoce.</p><p>O segmento ST (final do complexo QRS até o início</p><p>da onda T) é de grande importância no diagnóstico das</p><p>síndromes coronarianas agudas, quando há</p><p>desnivelamento para cima (supra) ou para baixo (infra);</p><p>o padrão normal é que o segmento se mantenha neutro,</p><p>na linha de base.</p><p>As ondas também devem ser avaliadas e, quando</p><p>alteradas, podem indicar sobrecargas nas câmaras</p><p>cardíacas, alterações eletrolíticas ou bloqueios de</p><p>condução. A onda P tem normalmente padrão</p><p>simétrico, com duração (horizontal) e amplitude</p><p>(vertical) de cerca de 100ms (2,5mm). O complexo QRS</p><p>varia em cada derivação, não necessariamente com as</p><p>3 ondas presentes em todas; tem duração de 100ms</p><p>(2,5mm), amplitude de pelo menos 5mm nas derivações</p><p>frontais e pelo menos 8mm nas precordiais, e alterações</p><p>nessa conformação podem indicar bloqueios de ramo. A</p><p>onda T tem padrão normalmente assimétrico e</p><p>acompanha a polaridade do complexo QRS (se um é</p><p>positivo, o outro também é).</p><p>Podemos também analisar o eixo elétrico de</p><p>condução de modo prático. O eixo de condução elétrica</p><p>do coração normalmente se encontra entre 0° e 90°;</p><p>para identificar que o coração do paciente se encontra</p><p>nesse intervalo, observe as derivações DI e avF – se o</p><p>complexo QRS dessas derivações estiverem com</p><p>polaridade positiva, ou seja, maior acima da linha de</p><p>base do que abaixo, podemos dizer que o eixo elétrico</p><p>está dentro dos padrões de normalidade. Desvios no</p><p>eixo mostram alteração na massa de miocárdio</p><p>(hipertrofias, por exemplo) e até mesmo destrocardia.</p><p>Animação sugerida sobre o processo de</p><p>contração do músculo cardíaco: https://youtu.be/-</p><p>Mfo3Af5E3c</p><p>BRANCALHÃO, R.M.C.; RIBEIRO, L.F.C.; LIMA, B.; KUNZ, R.I.;</p><p>CAVÉQUIA, M.C. Tecido muscular, 2016. Disponível em:</p><p><http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/. Acesso em: 16 de</p><p>jul. 2023.</p><p>GUYTON, A. C; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12. Ed.</p><p>Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.</p><p>AIRES, M.M. - Fisiologia. Ed. Guanabara Koogan. 4ª edição,</p><p>Rio de Janeiro, 2017. -BARRETT, BARMAN, BOITANO</p><p>BROOKS – Fisiologia Médica de Ganong. 24a ed. 2014. –</p><p>BEAR, M F; Connors, BW; Paradiso, MA. Neurociências -</p><p>Desvendando o Sistema Nervoso. 4ª Edição, Artmed, 2017. –</p><p>BERNE e LEVY – Fisiologia - Tradução da 7ª Edição. Editores</p><p>Bruce M. Koeppen e Bruce A. Stanton. Editora Elsevier, Rio</p><p>de Janeiro, 2018.</p>

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