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<p>Questões de Doenças Parasitarias – 1º prova</p><p>Babesiose:</p><p>1. O que caracteriza a Babesiose nos bovinos?</p><p>A Babesiose é caracterizada por febre, anemia hemolítica, hemoglobinúria e,</p><p>em muitos casos, morte. A doença é causada por protozoários do gênero</p><p>*Babesia*, que parasitam os eritrócitos dos bovinos.</p><p>2. Quais são os vetores responsáveis pela transmissão da Babesiose?</p><p>Os vetores responsáveis são os carrapatos ixodídeos, como o *Rhipicephalus</p><p>Boophilus microplus*.</p><p>3. Quais são os principais sintomas da Babesiose em cães?</p><p>Os sintomas incluem anemia progressiva, febre, anorexia, desidratação, perda</p><p>de peso, dor abdominal e, em alguns casos, morte.</p><p>4. Como ocorre a transmissão transovariana da Babesia nos carrapatos?</p><p>A Babesia pode ser transmitida dos carrapatos adultos infectados para seus</p><p>descendentes através dos ovos, um processo chamado de transmissão</p><p>transovariana.</p><p>5. Qual é a importância da Babesiose para a exportação de equinos?</p><p>A Babesiose equina é um impedimento significativo para a exportação de</p><p>cavalos para países livres da doença, como Estados Unidos, Canadá e Japão.</p><p>6. Quais são os métodos de diagnóstico para a Babesiose?</p><p>Os métodos de diagnóstico incluem esfregaço sanguíneo, PCR e testes</p><p>sorológicos, como ELISA e imunofluorescência indireta.</p><p>7. Quais são as fases clínicas da Babesiose canina?</p><p>As fases são hiperaguda, aguda, crônica e subclínica, sendo a aguda a mais</p><p>comum, caracterizada por anemia hemolítica e febre.</p><p>8. Qual o tratamento recomendado para a Babesiose bovina?</p><p>O tratamento inclui o uso de Imidocarb (1-3 mg/kg) e Diaceturato de</p><p>diminazene (3-5 mg/kg).</p><p>9. Como ocorre a forma cerebral da Babesiose?</p><p>Na forma cerebral, eritrócitos infectados se acumulam nos capilares cerebrais,</p><p>causando trombose e sinais neurológicos como incoordenação, cegueira e</p><p>agressividade.</p><p>10. Qual a importância da imunidade humoral e celular na Babesiose?</p><p>A imunidade humoral e celular são importantes, mas não são duradouras, o</p><p>que requer contato contínuo com o agente para manter a imunidade.</p><p>11. Quais são as diferenças entre Babesia caballi e *Theileria equi?</p><p>Babesia caballi tem parasitemia mais baixa e tende a ser menos patogênica</p><p>que Theileria equi, a qual é mais resistente e causa sintomas mais severos.</p><p>12. Como o ciclo biológico da Babesia envolve os hospedeiros vertebrados</p><p>e invertebrados?</p><p>A Babesia passa por reprodução assexuada nos eritrócitos dos hospedeiros</p><p>vertebrados e reprodução sexual nos carrapatos, que são os invertebrados.</p><p>13. Quais são as complicações da forma hiperaguda da Babesiose?</p><p>Na forma hiperaguda, os animais podem sofrer choque, hipotermia, hipóxia e</p><p>lesões graves, principalmente em recém-nascidos e animais com alta infestação</p><p>de carrapatos.</p><p>14. Quais fatores influenciam a patogenia da Babesiose em diferentes</p><p>espécies animais?</p><p>Idade, estado nutricional, grau de infestação por carrapatos, virulência do</p><p>agente e presença de outras infecções são fatores que influenciam a patogenia.</p><p>15. Como os anticorpos no colostro protegem os bezerros contra a</p><p>Babesiose?</p><p>Os anticorpos no colostro conferem proteção temporária aos bezerros,</p><p>diminuindo a gravidade da parasitemia.</p><p>Questões de Doenças Parasitarias – 1º prova</p><p>Tripanossomíase:</p><p>1. Quais são as formas evolutivas do trypanosoma?</p><p>As formas evolutivas incluem amastigota, epimastigota e tripomastigota. O</p><p>tripomastigota é a forma infectante.</p><p>2. O que é o mecanismo de variação antigênica no Trypanosoma?</p><p>O Trypanosoma muda a composição de glicoproteínas na sua superfície</p><p>(VSG) para escapar do sistema imunológico.</p><p>3. Quais são os principais vetores envolvidos na transmissão da</p><p>Tripanossomíase bovina?</p><p>Os vetores incluem moscas hematófagas, como tabanídeos e mosca dos</p><p>estábulos.</p><p>4. Quais são os sinais clínicos da Tripanossomíase equina (*Surra*)?</p><p>Os sinais incluem anemia, emagrecimento progressivo, incoordenação, atrofia</p><p>dos membros e dificuldade para levantar.</p><p>5. Como o Trypanosoma evansi afeta os equinos?</p><p>Causa a doença conhecida como "Surra", que é caracterizada por fraqueza</p><p>muscular, emagrecimento e atrofia.</p><p>6. Como ocorre a transmissão da Tripanossomíase por insetos</p><p>hematófagos?</p><p>Ocorre quando os insetos picam um animal infectado e transmitem o parasita</p><p>ao próximo hospedeiro.</p><p>7. Quais métodos são utilizados para o diagnóstico da Tripanossomíase em</p><p>bovinos?</p><p>Métodos incluem técnicas de esfregaço, microhematócrito,</p><p>imunofluorescência indireta e PCR.</p><p>8. Quais são os principais desafios no controle da Tripanossomíase em</p><p>regiões tropicais?</p><p>O uso inadequado de medicamentos, a resistência aos fármacos e a alta</p><p>infestação de vetores dificultam o controle.</p><p>9. Qual a importância da Tripanossomíase na pecuária sul-americana?</p><p>A Tripanossomíase causa grandes perdas econômicas na pecuária, afetando</p><p>a produção de leite e carne.</p><p>10. Qual é o tratamento mais recomendado para a Tripanossomíase</p><p>bovina?</p><p>O tratamento inclui a administração de homidium, isometamidium e</p><p>dimenazene.</p><p>11. Como o Trypanosoma equiperdum é transmitido entre equinos?</p><p>A transmissão ocorre durante o coito, quando o parasita é depositado nas</p><p>mucosas genitais.</p><p>12. Quais são as diferenças entre as formas aguda e crônica da</p><p>Tripanossomíase bovina?</p><p>Na forma aguda, os animais apresentam febre, anemia e morte rápida,</p><p>enquanto a forma crônica causa anemia progressiva e emagrecimento.</p><p>13. Como a sorologia é utilizada no diagnóstico de Trypanosoma evansi?</p><p>A sorologia, como a imunofluorescência indireta, é usada para detectar</p><p>anticorpos contra o parasita.</p><p>14. Qual o impacto econômico da Tripanossomíase na Pecuária?</p><p>A Tripanossomíase afeta a produtividade do gado, causando queda na</p><p>produção de leite, problemas reprodutivos e, em muitos casos, morte dos</p><p>animais, resultando em prejuízos econômicos significativos.</p><p>15. Como a quimioterapia é utilizada no controle da Tripanossomíase</p><p>animal?</p><p>A quimioterapia é a principal forma de controle, utilizando medicamentos como</p><p>homidium, isometamidium e dimenazene para tratar e prevenir a doença.</p><p>Questões de Doenças Parasitarias – 1º prova</p><p>Tricomoníase:</p><p>1. Quais são os sintomas da Tricomoníase em bovinos?</p><p>A Tricomoníase causa vaginite, aborto, retenção de placenta, infertilidade e,</p><p>em touros, infecção assintomática.</p><p>2. Como ocorre a transmissão do Tritrichomonas foetus entre bovinos?</p><p>A transmissão ocorre principalmente durante o coito, mas também pode</p><p>ocorrer por inseminação artificial e fômites contaminados.</p><p>3. Quais são os métodos de diagnóstico para a Tricomoníase em bovinos?</p><p>Os métodos incluem o isolamento do protozoário em material prepucial,</p><p>vaginal ou em fetos abortados, além de exames laboratoriais como cultivo e</p><p>PCR.</p><p>4. Como a Tricomoníase afeta o sistema reprodutor dos bovinos?</p><p>Em fêmeas, a Tricomoníase pode causar vaginite, infecções uterinas, morte</p><p>embrionária e abortos. Em touros, o parasita permanece na mucosa prepucial</p><p>sem causar sintomas.</p><p>5. Como o Tritrichomonas foetus afeta os gatos?</p><p>O Tritrichomonas foetus em gatos causa diarreia crônica no intestino grosso e</p><p>colite. Afeta principalmente filhotes com menos de um ano de idade, geralmente</p><p>em locais com grande concentração de animais, como criatórios.</p><p>6. Qual é o principal sinal clínico da infecção por Tritrichomonas foetus em</p><p>felinos?</p><p>O principal sinal clínico é a diarreia crônica ou intermitente, com fezes pastosas</p><p>ou semilíquidas, frequentemente com presença de muco e/ou sangue.</p><p>7. Como ocorre a transmissão do Tritrichomonas foetus entre gatos?</p><p>A transmissão ocorre via oro-fecal, geralmente através do uso compartilhado</p><p>de caixas de areia contaminadas.</p><p>8. Qual é o tratamento recomendado para a infecção por Tritrichomonas</p><p>foetus em felinos?</p><p>O tratamento mais eficaz é o uso de Ronidazol, administrado na dose de 30</p><p>mg/kg uma vez ao dia por 14 dias.</p><p>Questões de Doenças Parasitarias – 1º prova</p><p>Giardíase:</p><p>1. Quais são os principais fatores de risco para a disseminação da</p><p>Giardíase em animais domésticos?</p><p>Os principais fatores incluem aglomeração de animais em locais como canis</p><p>e abrigos, além do hábito de coprofagia em cães jovens.</p><p>2. Qual o mecanismo de patogenicidade da Giardia spp?</p><p>A Giardia se adere à mucosa intestinal por meio de discos suctórios,</p><p>interferindo na absorção de nutrientes e causando alterações nas vilosidades</p><p>intestinais, o que leva a má absorção de nutrientes.</p><p>3. Como o disco adesivo da Giardia atua no intestino?</p><p>O disco adesivo permite que o trofozoíto se fixe firmemente às células</p><p>epiteliais do intestino, impedindo que ele seja eliminado e promovendo o</p><p>recobrimento da mucosa.</p><p>4. Quais são as principais zoonoses associadas à Giardia spp?</p><p>A Giardíase é uma zoonose importante, sendo transmitida dos animais para</p><p>os humanos através da ingestão de cistos presentes em água e alimentos</p><p>contaminados.</p><p>5. Como o ciclo biológico da Giardia spp influencia sua transmissão?</p><p>A forma infectante da *Giardia* é o cisto, que é ingerido pelo hospedeiro</p><p>através de água ou alimentos contaminados. No intestino, o cisto se transforma</p><p>em trofozoíto e causa a infecção.</p><p>6. Quais tratamentos são recomendados para a Giardíase em cães e gatos?</p><p>Os tratamentos incluem metronidazol, fenbendazol e combinações de</p><p>febantel, pirantel e praziquantel, administrados por vários dias.</p><p>7. Qual a importância da variação antigênica no ciclo de vida da Giardia</p><p>spp?</p><p>A Giardia apresenta VSPs (proteínas variantes de superfície) que mudam</p><p>constantemente para escapar da resposta imune do hospedeiro. Isso permite</p><p>que o parasita evite a eliminação pelas defesas do organismo.</p><p>8. Quais são os principais sintomas clínicos da giardíase em cães e gatos?</p><p>Os sintomas incluem diarreia amarelada ou acinzentada, fezes fétidas,</p><p>presença de muco e, em alguns casos, sangue nas fezes. A esteatorreia também</p><p>é comum, indicando má absorção de gorduras.</p><p>9. Como é feito o diagnóstico de giardíase em animais?</p><p>O diagnóstico pode ser feito pela observação de trofozoítos nas fezes frescas</p><p>ou através da técnica de flutuação fecal em sulfato de zinco para detectar cistos.</p><p>10. Como ocorre a transmissão da giardíase em animais?</p><p>A transmissão ocorre pela ingestão de cistos presentes em alimentos e água</p><p>contaminados. Os cistos são eliminados de forma intermitente nas fezes dos</p><p>animais infectados.</p><p>Questões de Doenças Parasitarias – 1º prova</p><p>Leishimaniose</p><p>1.O que são leishmanioses?</p><p>São doenças parasitárias causadas por protozoários do gênero *Leishmania*,</p><p>que afetam tanto humanos quanto animais, especialmente cães e roedores.</p><p>2.Qual a forma de transmissão da leishmaniose?</p><p>A transmissão ocorre através da picada de insetos flebotomíneos, como o</p><p>Lutzomyia longipalpis e Phlebotomus spp., conhecidos popularmente como</p><p>“mosquito-palha”.</p><p>3.Qual é a espécie de Leishmania que causa a leishmaniose visceral?</p><p>As espécies principais são Leishmania donovani e Leishmania infantum</p><p>(também conhecida como Leishmania chagasi).</p><p>4.O que caracteriza a forma visceral da leishmaniose?</p><p>Na forma visceral, há lesões nos órgãos internos como fígado, baço e medula</p><p>óssea, podendo evoluir para óbito se não tratada.</p><p>5.Quais são os sintomas comuns da leishmaniose visceral em cães?</p><p>Febre, emagrecimento progressivo, esplenomegalia, hepatomegalia, lesões</p><p>cutâneas, alopecia e crescimento excessivo das unhas (onicogrifose).</p><p>6.Como se dá o ciclo de vida do parasita Leishmania?</p><p>O ciclo é heteroxeno, envolvendo o inseto vetor e o hospedeiro vertebrado. No</p><p>vetor, o parasita está na forma promastigota, e no hospedeiro, na forma</p><p>amastigota.</p><p>7.Quais são os métodos de diagnóstico da leishmaniose visceral?</p><p>O diagnóstico pode ser feito através de exames parasitológicos, citologia,</p><p>sorologia e testes moleculares, como a PCR.</p><p>8.O que é metaciclogênese no contexto da leishmaniose?</p><p>É o processo de diferenciação que ocorre no parasita durante sua passagem</p><p>pelo inseto, tornando-o mais resistente e preparado para infectar o hospedeiro</p><p>vertebrado.</p><p>9.Quais são os mecanismos de evasão imunológica do parasita</p><p>Leishmania?</p><p>O parasita interfere na produção de citocinas e na apresentação de antígenos,</p><p>além de modificar sua superfície celular (LPG) para resistir à digestão pelos</p><p>macrófagos.</p><p>10.Quais são as principais estratégias de controle da leishmaniose</p><p>visceral?</p><p>Eutanásia de cães infectados, uso de coleiras impregnadas com inseticida,</p><p>controle de populações de flebotomíneos e campanhas de vacinação.</p><p>11.Qual é a base legal para o tratamento de cães infectados com</p><p>leishmaniose visceral no Brasil?</p><p>A Portaria Interministerial 1.426/08 proíbe o tratamento da leishmaniose</p><p>visceral canina com produtos de uso humano ou não registrados no Ministério</p><p>da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).</p><p>12.Qual medicamento é autorizado para o tratamento da leishmaniose</p><p>visceral canina?</p><p>O *Milteforan* é o único medicamento autorizado para o tratamento da</p><p>leishmaniose visceral canina no Brasil.</p><p>13.Quais são os efeitos do *Milteforan* no tratamento da leishmaniose</p><p>visceral canina?</p><p>O *Milteforan* ajuda a reduzir significativamente a carga parasitária e a</p><p>sintomatologia clínica, mas não é considerado uma estratégia de controle da</p><p>doença para fins de saúde pública.</p><p>14.O tratamento com *Milteforan* elimina completamente o parasita?</p><p>Não, o *Milteforan* pode reduzir a infectividade, mas não elimina</p><p>completamente o parasita. Metade dos cães tratados tornam-se não infectivos</p><p>para o vetor, mas a doença pode persistir.</p><p>15.Quais são as responsabilidades do veterinário ao tratar a leishmaniose</p><p>visceral canina com *Milteforan*?</p><p>O veterinário deve acompanhar rigorosamente o tratamento, realizar</p><p>reavaliações clínicas e parasitológicas periódicas, e garantir o uso de repelentes</p><p>para proteger o cão de novas infecções.</p><p>16.Por que a eutanásia de cães infectados ainda é uma prática</p><p>recomendada no Brasil?</p><p>A eutanásia é recomendada como medida de precaução, pois cães infectados,</p><p>mesmo que assintomáticos, podem continuar transmitindo a doença para os</p><p>vetores e, consequentemente, para humanos.</p>