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<p>Habilidades Clínica II</p><p>2° Bimestre</p><p>Urologia</p><p>Sistema Urinário</p><p>O aparelho urinário é formado pelos dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. A urina produzida nos rins passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada no exterior pela uretra.</p><p>O sistema urinário tem diversas funções. É responsável pela remoção de produtos tóxicos da circulação, provenientes do metabolismo, através da formação da urina e sua eliminação; produz hormônios como a renina, que participa da regulação da pressão sanguínea, e a eritropoietina, que é essencial para o estímulo a eritropoiese (produção de hemácias); e participa da ativação da vitamina D. Além disso, os rins são responsáveis pelo equilíbrio ácido-básico e conservação de sais, glicose, proteínas e água, mantendo a homeostase.</p><p>Observação:</p><p>A homeostase é o equilíbrio dinâmico do nosso corpo frente as diferentes demandas ambientais ou internas.</p><p>Visão Geral da Anatomia Renal:</p><p>· Órgãos pares;</p><p>· Coloração vermelho-amarronzada;</p><p>· Formato de feijão;</p><p>· Tamanho do punho (11 a 13 cm);</p><p>· Um de cada lado da coluna vertebral;</p><p>· Protegido pelas últimas costelas (flutuantes);</p><p>· Abaixo do diafragma;</p><p>· Localização posterior e superior da cavidade abdominal (retroperitôneo);</p><p>· Cápsula renal (cápsula fibrosa);</p><p>· Hilo renal (artéria renal, veia renal, pelve renal, vasos linfáticos).</p><p>Os néfrons são as unidades funcionais dos rins e estão relacionados com a formação da urina. Estima-se que em cada rim temos 1 milhão de néfrons. Essas estruturas são compostas por um corpúsculo renal que corresponde a enovelado da artériola eferente (Cápsula de Bowman), estruturas tubulares e por vasos sanguineos associados (capilares peritubulares).</p><p>Formação da Urina:</p><p>A formação da urina envolve um processo complexo de filtração glomerular, reabsorção, secreção tubular e excreção. A urina é subproduto da atividade renal.</p><p>· Filtração Glomerular: O processo começa nos glomérulos, que são pequenos aglomerados de capilares nos rins. O sangue é bombeado para os glomérulos sob pressão, e parte do plasma sanguíneo é filtrada através das paredes dos capilares para os espaços dentro dos glomérulos. Isso inclui água, nutrientes, eletrólitos e resíduos.</p><p>· Reabsorção Tubular: Após a filtragem, o fluido filtrado passa para os túbulos renais. Aqui, ocorre a reabsorção tubular, na qual substâncias úteis, como glicose, aminoácidos e a maior parte da água, são reabsorvidas de volta para a corrente sanguínea através das paredes dos túbulos. Isso garante que essas substâncias essenciais não sejam perdidas na urina.</p><p>· Secreção Tubular: Além da reabsorção, os túbulos renais também secretam substâncias indesejadas, como íons de hidrogênio, potássio e algumas toxinas diretamente para o fluido tubular. Isso ajuda a manter o equilíbrio eletrolítico e ácido-base do corpo.</p><p>· Formação da Urina Final: Após passar pelos túbulos renais, o fluido filtrado foi agora modificado para se tornar urina. A urina então flui para os cálices renais, que se juntam para formar a pelve renal. A partir daí, a urina é transportada para os ureteres e, eventualmente, para a bexiga, onde é armazenada até ser eliminada do corpo através da micção.</p><p>Observação:</p><p>A taxa de filtração glomerular corresponde ao volume de filtrado produzido por ambos os rins por minuto, e, pode ser medida através de um exame chamado “clearance de creatina”.</p><p>Regulação do Ciclo Miccional:</p><p>O ciclo miccional, também conhecido como ciclo da micção, refere-se ao processo fisiológico de esvaziamento da bexiga urinária. Ele envolve uma série de etapas coordenadas que ocorrem quando o corpo percebe a necessidade de eliminar a urina armazenada na bexiga.</p><p>· Enchimento da Bexiga: Após a formação da urina nos rins e seu transporte para a bexiga através dos ureteres, a bexiga começa a se encher gradualmente. À medida que a bexiga se enche, os receptores de estiramento em suas paredes enviam sinais ao sistema nervoso central, indicando que está na hora de urinar.</p><p>· Sensação de Urgência: Quando a bexiga atinge um certo nível de distensão, a pessoa começa a sentir uma sensação de urgência urinária. Isso ocorre quando os receptores sensoriais na bexiga enviam sinais ao cérebro, indicando a necessidade de esvaziar a bexiga.</p><p>· Início da Micção: Quando a pessoa decide urinar, ela voluntariamente relaxa o esfíncter uretral externo, permitindo que a urina flua para fora da bexiga. Ao mesmo tempo, ocorre a contração coordenada dos músculos da parede da bexiga (músculo detrusor), impulsionando a urina para fora.</p><p>· Esvaziamento Completo: Durante a micção, a urina é eliminada da bexiga através da uretra até ser completamente esvaziada. Esse processo é controlado pela coordenação entre os músculos da bexiga, o esfíncter uretral externo e os sinais nervosos do sistema nervoso central.</p><p>· Fim da Micção: Após a bexiga ser esvaziada, os músculos da parede da bexiga relaxam, e o esfíncter uretral externo se contrai novamente para fechar a uretra, evitando a saída involuntária de urina.</p><p>Disfunção Vesical de Origem Neuropática:</p><p>A disfunção vesical com origem neuropática é um desafio causado por problemas nos nervos que controlam a bexiga. Pode ser resultado de lesões na medula espinhal, neuropatia diabética, entre outros. Os sintomas incluem urgência urinária, incontinência e dificuldade em urinar. O diagnóstico envolve exames detalhados. O tratamento inclui terapias medicamentosas, reabilitação da bexiga e autocuidado. Com abordagens personalizadas, é possível aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.</p><p>Avaliação da incontinência urinária em paciente com doença neurológica:</p><p>· História e exame físico</p><p>· Urina tipo I com urocultura (S/N)</p><p>· Creatinina</p><p>· Imagem do trato urinário (US/UGE)</p><p>· Cistoscopia (em alguns casos)</p><p>· Diário miccional</p><p>· Estudo urodinâmico: cistometria, pressão retal, eletromiografia.</p><p>Principais patologias neurológicas que podem levar a disfunções vesicais:</p><p>· Acidente Vascular Cerebral (AVC):</p><p>· É uma das patologias mais comuns nos idosos;</p><p>· A incontinencia urinária dificulta a reabilitação.</p><p>· Esclerose múltipla:</p><p>· Doença crônica desmielinizante</p><p>· Acomete mais o sexo feminino</p><p>· Predileção pela substancia branca da medula espinhal cervical</p><p>· Doença de Parkinson:</p><p>· É uma das patologias que mais causam disfunção miccional.</p><p>· “Bexiga Diabética”:</p><p>· Disfunções vesicais são relativamente comuns nos pacientes diabéticos. A causa da disfunção vesical no DM é a neuropatia periférica e autonômica;</p><p>· A cistopatia diabética clássica deve-se a diminuição da sensibilidade e distensão vesical crônica que leva a uma lesão da musculatura detrussora (bexiga meiogênica);</p><p>· Episódios de instabilidade detrussora pode implicar em comprometimento medular ou cortical;</p><p>· Geralmente os sintomas são leves, na fase inicial e podem não ser detectados. O primeiro sintoma é a sensação de plenitude vesical. Evolui para afilamento do jato urinário, hesitância, incontinencia urinária (cistopatia diabética), paradoxal;</p><p>· Não há correlação com tipo e nem com a duração do Diabetes.</p><p>· Lesão medular:</p><p>· Está relacionado diretamente com a violência urbana;</p><p>· Acomete mais homens com idade média de 25 anos.</p><p>· Mielodisplasias:</p><p>· Defeitos do tubo neural são as causas mais comuns de bexiga neurogênica em crianças;</p><p>· Estão associadas a fatores genéticos e deficiencia de ácido fólico;</p><p>· As sequelas urológicas das melodisplasias são variáveis. Geralmente, ocorre ncontinência urinária, com pressão intravesical variavel e pode ocorrer lesão do trato urinário superior. A perda da sensibilidade cutânea e vesical são frequentes;</p><p>· O diagnóstico é antenatal e deve ser tratado nas primeiras horas após o nascimento.</p><p>Alguns conceitos importantes na urologia:</p><p>· Disúria: sensação de dor, queimação ou desconforto ao urinar.</p><p>· Polaciúria: necessidade de urinar com frequência, geralmente em pequenas quantidades.</p><p>· Poliúria: produção e excreção de grandes volumes de urina, geralmente mais de 3 litros por dia.</p><p>· Ensurese: urinar involuntariamente, especialmente durante o sono. É comum em crianças.</p><p>· Hematúria: presença de sangue na urina,</p><p>podendo ser visível (macroscópica) ou detectada apenas por exames laboratoriais (microscópica).</p><p>· Pneumatúria: presença de ar ou gás na urina, resultando em uma sensação de borbulhamento ao urinar.</p><p>· Priapismo: ereção prolongada e geralmente dolorosa do pênis, não relacionada a estimulação sexual e não aliviada pela ejaculação.</p><p>· Urgência Miccional: é a sensação súbita e intensa de necessidade de urinar que é dificil de adiar.</p><p>· Incontinência urinária: é a perda involuntária de urina, resultando em um vazamento que pode variar de algumas gotas até a liberação completa da bexiga.</p><p>· Hemospermia: é uma condição caracterizadapela presença de sangue no sêmen, tornando-o rosado, avermelhado ou marrom.</p><p>· Corrimento uretral: presença de secreção na uretra, que pode variar em cor, consistência e odor. Pode ser claro, esbranquiçado, amarelado, esverdeado ou sanguinolento. Indica uma resposta inflamatória ou infecciosa no trato urinário.</p><p>Observação:</p><p>· Menúria ou Síndrome de Machado Yousseff: condição em que ocorre menstruação pela uretra devido à presença de uma fístula urogenital entre a bexiga e o útero. Geralmente é resultado de cirurgias ginecológicas, traumas ou infecções que criam uma comunicação anormal entre esses órgãos.</p><p>Visão Geral de Algumas Patologias:</p><p>1. Doenças da Próstata:</p><p>Tumores:</p><p>· Hiperplasia prostática benigna</p><p>· Carcinoma prostático (maligno)</p><p>· Fatores de risco:</p><p>· Idade</p><p>· História familiar (hereditário)</p><p>· Raça negra</p><p>· Obesidade</p><p>· Hábitos alimentares</p><p>· Diagnóstico:</p><p>· História clínica</p><p>· Toque retal</p><p>· PSA (Antígeno Prostático Específico)</p><p>· Enzima (glicoproteína) produzida pela próstata</p><p>· Facilita a liquefação do semen</p><p>· É um marcador de alterações na próstata</p><p>2. Infecções Urinárias</p><p>Uma infecção urinária (ITU) é uma infecção que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, incluindo rins, ureteres, bexiga e uretra. As infecções urinárias são mais comuns na bexiga (cistite) e na uretra (uretrite). As ITUs são frequentemente causadas por bactérias, mas também podem ser causadas por fungos e, em raros casos, por vírus.</p><p>Sinais e Sintomas:</p><p>· Disúria</p><p>· Polaciúria</p><p>· Urgência Miccional</p><p>· Hematúria</p><p>· Dor suprapúbica</p><p>· Febre e calafrios</p><p>· Urina turva e com odor fétido</p><p>· Dor lombar</p><p>Fatores de risco:</p><p>· Sexo feminino</p><p>· Atividade sexual</p><p>· Uso de certos tipos de contraceptivos</p><p>· Histórico de pedras nos rins</p><p>· Alterações anatômicas.</p><p>Observação:</p><p>· A pielonefrite é uma infecção bacteriana aguda ou crônica que afeta os rins e pode se estender ao parênquima renal, pelve renal e cálices renais. A infecção geralmente começa na bexiga (cistite) e ascende para os rins.</p><p>· Nas mulheres, a infecção urinária mais recorrente é a cistite, que é uma infecção da bexiga. A cistite é predominantemente causada pela bactéria Escherichia coli, que é normalmente encontrada no intestino. A anatomia feminina contribui para essa predisposição, pois a uretra das mulheres é mais curta e está mais próxima do ânus, facilitando a ascensão das bactérias até a bexiga. Além disso, fatores como atividade sexual, uso de contraceptivos como diafragmas, mudanças hormonais durante a gravidez ou menopausa e higiene inadequada aumentam o risco de cistite.</p><p>· Para os homens, a infecção urinária mais comum é a prostatite, que é a infecção da próstata. A prostatite é especialmente prevalente em homens jovens e de meia-idade. Esta condição pode ser causada por infecções bacterianas agudas ou crônicas e está frequentemente associada a infecções do trato urinário inferior que se estendem até a próstata. Os fatores de risco para prostatite incluem uma história de infecções urinárias, procedimentos médicos envolvendo a uretra ou próstata, anormalidades anatômicas e traumas perineais, como os que podem ocorrer em ciclistas.</p><p>3. Calculose reno-ureteral</p><p>Calculose reno-ureteral, também conhecida como litíase urinária ou nefrolitíase, é a formação de cálculos (pedras) nos rins ou nos ureteres. Esses cálculos são aglomerados de cristais que se formam a partir de substâncias presentes na urina. A condição pode causar dor intensa e outras complicações quando os cálculos se movem pelo trato urinário.</p><p>· Sintomas: Dor aguda e intensa, frequentemente descrita como uma cólica renal, que pode irradiar do flanco para a região iguinal ou região abdominal inferior, hematúria, náuseas e vômitos, disúria, polaciúria, febre e calafrios.</p><p>· Fatores Desencadeantes: Mudanças na hidratação, dieta rica em proteínas, sódio e oxalatos, histórico familiar de cálculos renais.</p><p>· História Pessoal: Episódios anteriores de cálculos renais, doenças metabólicas (como gota), uso de certos medicamentos (como diuréticos).</p><p>Observação:</p><p>· Sinal de Giordano Positivo: dor ao percutir a região lombar.</p><p>4. Tumores renais</p><p>Tumores renais, também conhecidos como câncer renal ou carcinoma de células renais, são neoplasias malignas que se desenvolvem nos tecidos renais, incluindo os túbulos renais, que são responsáveis pela filtração do sangue e produção de urina. O carcinoma de células renais é o tipo mais comum de câncer renal em adultos.</p><p>· Sintomas: Podem ser assintomáticos em estágios iniciais. Sintomas avançados incluem dor lombar unilateral persistente, hematúria (sangue na urina), massa abdominal palpável, perda de peso inexplicada, fadiga e febre.</p><p>· Fatores de Risco: Histórico familiar de câncer renal, tabagismo, obesidade, hipertensão, exposição ocupacional a produtos químicos, uso prolongado de analgésicos, entre outros.</p><p>5. Tumores de bexiga</p><p>Os tumores de bexiga são crescimentos anormais de células que se formam na mucosa da bexiga urinária. Eles podem ser benignos ou malignos. O carcinoma urotelial é o tipo mais comum de câncer de bexiga e se desenvolve a partir das células que revestem o interior da bexiga, conhecidas como células uroteliais.</p><p>· Sintomas: Hematúria (sangue na urina), disúria (dor ao urinar), polaciúria (micção frequente), urgência miccional, dor suprapúbica, perda de peso inexplicada.</p><p>· Fatores de Risco: Tabagismo, exposição ocupacional a produtos químicos, infecções crônicas da bexiga, história pessoal de câncer de bexiga ou outras neoplasias, entre outros.</p><p>6. Tumores de testículo</p><p>Os tumores de testículo são neoplasias que se desenvolvem nos tecidos dos testículos. Eles podem ser benignos ou malignos, sendo que o câncer testicular é o tipo mais comum em homens jovens. Existem vários tipos de câncer testicular, sendo o carcinoma embrionário o tipo mais comum, seguido pelo carcinoma de células germinativas.</p><p>· Sintomas: Dor testicular, aumento do tamanho ou consistência do testículo, nódulo palpável, ginecomastia (aumento das mamas), dor abdominal ou pélvica.</p><p>· Fatores de Risco: Criptorquidia (testículo não descido), história pessoal ou familiar de câncer testicular, síndrome de Klinefelter, entre outros.</p><p>7. Tumores de adrenal</p><p>Um tumor de adrenal é uma massa anormal que se desenvolve nas glândulas adrenais, localizadas sobre os rins. Esses tumores podem ser benignos (adenomas) ou malignos (carcinomas), e podem secretar hormônios em excesso (tumores funcionais) ou serem assintomáticos (tumores não funcionais). A semiologia de um tumor de adrenal pode variar dependendo do tipo, tamanho, localização e função hormonal.</p><p>· Sintomas Endócrinos: Hipertensão arterial, ganho ou perda de peso inexplicado, fraqueza muscular, sudorese excessiva, palpitações, alterações no humor.</p><p>· Sintomas Urológicos ou Metabólicos: Dor abdominal, massa palpável no abdome, distensão abdominal, sintomas de compressão de órgãos vizinhos.</p><p>· História Pessoal: Histórico de câncer, uso de medicamentos hormonais, síndromes genéticas associadas a tumores endócrinos (ex: síndrome de Cushing, síndrome de Conn).</p><p>8. Escroto agudo</p><p>O escroto agudo é uma condição médica caracterizada por dor súbita e intensa no escroto, geralmente acompanhada de inchaço. Essa condição requer avaliação e tratamento imediatos devido à possibilidade de comprometimento vascular ou testicular grave.</p><p>· Sintomas: Dor aguda e inchaço no escroto, podendo estar associada a náuseas e vômitos.</p><p>· Fatores de Risco: Trauma recente</p><p>no escroto, histórico de cirurgia ou procedimentos no escroto, história de torção testicular prévia, atividade sexual recente.</p><p>· História Pessoal: Episódios anteriores de escroto agudo, condições médicas predisponentes (como criptorquidia ou hérnia inguinal).</p><p>Observação:</p><p>· Primeiro sinal de tumor testicular</p><p>9. Varicocele</p><p>A varicocele é uma condição caracterizada pela dilatação anormal das veias dentro do escroto, que são semelhantes às varizes que ocorrem nas pernas. Essa dilatação venosa pode ocorrer devido a uma insuficiência das válvulas nas veias espermáticas, resultando em acúmulo de sangue e aumento da pressão nas veias testiculares.</p><p>· Sintomas: Sensação de peso ou desconforto no escroto, dor testicular, piora ao longo do dia ou após atividade física.</p><p>· Fatores de Risco: Idade (mais comum em adolescentes e adultos jovens), história familiar de varicocele, atividades que aumentam a pressão intra-abdominal (como levantamento de peso).</p><p>· História Pessoal: Cirurgias prévias no escroto, trauma testicular prévio, infertilidade masculina.</p><p>10. Bexiga hiperativa</p><p>A bexiga hiperativa é uma condição caracterizada por contrações involuntárias e frequentes da musculatura da bexiga, resultando em uma necessidade urgente e frequente de urinar. É uma forma comum de incontinência urinária e pode afetar significativamente a qualidade de vida do paciente.</p><p>· Sintomas: Urgência miccional (necessidade urgente e súbita de urinar), frequência urinária aumentada, incontinência de urgência.</p><p>· Fatores de Risco: Idade avançada, sexo feminino, obesidade, tabagismo, doenças neurológicas.</p><p>· História Pessoal: Cirurgias pélvicas prévias, infecções urinárias recorrentes, distúrbios neurológicos.</p><p>11. Traumatismo Gênito Urinário Renal</p><p>O trauma gênito urinário renal é uma lesão que afeta os rins, geralmente causada por um evento traumático direto, como acidentes automobilísticos, quedas de altura ou lesões esportivas. Esse tipo de trauma pode variar de contusões renais simples a rupturas graves dos tecidos renais, com risco de hemorragia interna e comprometimento da função renal.</p><p>· Sintomas Pós-Traumáticos: Dor abdominal ou lombar, hematúria (sangue na urina), náuseas, vômitos, tonturas, perda de consciência.</p><p>12. Trauma Gênito Urinário – Ureteres, Bexiga e Uretra</p><p>O trauma gênito urinário nos ureteres, bexiga e uretra refere-se a lesões nessas estruturas que podem ocorrer devido a eventos traumáticos diretos, como acidentes automobilísticos, quedas, ferimentos penetrantes ou procedimentos médicos invasivos. As lesões nessas áreas podem variar de contusões simples a lacerações graves, com potencial de causar hemorragia, obstrução urinária, infecções ou incontinência.</p><p>13. Doenças sexualmente transmissíveis (DST):</p><p>· Uretrites</p><p>· Úlceras</p><p>· Verrugas</p><p>14. Disfunção erétil</p><p>A disfunção erétil, também conhecida como impotência sexual, é uma condição caracterizada pela incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção adequada para uma atividade sexual satisfatória. Acredita-se que na disfunção erétil haja um problema básico que é o desequilibrio entre contração e relaxamento da musculatura lisa do corpo cavernoso. Pode ser classificada em tres grandes grupos: psicogênica, orgânica e mista.</p><p>· Fatores de risco: hipertensão, diabetes, sedentarismo, obesidade, tabagismo, etilismo, cirurgias pélvicas e antecedentes de doença aterioesclerótica.</p><p>15. Doença de Peyronie</p><p>A doença de Peyronie é uma condição caracterizada pela formação de tecido cicatricial (placas) no tecido peniano, resultando em deformidades na curvatura do pênis durante a ereção, dor durante a relação sexual e, em alguns casos, disfunção erétil. A semiologia da doença de Peyronie envolve a avaliação dos sintomas relatados pelo paciente, bem como a identificação das alterações físicas durante o exame físico.</p><p>16. Ejaculação precoce</p><p>A ejaculação precoce é uma disfunção sexual caracterizada pela ocorrência persistente ou recorrente de ejaculação antes do desejado durante a atividade sexual, causando angústia ou dificuldades interpessoais. É uma das disfunções sexuais masculinas mais comuns e pode ter causas físicas, psicológicas ou uma combinação de ambas.</p><p>· Fatores Desencadeantes: Estresse, ansiedade, culpa, depressão, falta de confiança sexual.</p><p>17. Infertilidade masculina</p><p>A infertilidade masculina refere-se à incapacidade de um homem causar gravidez em uma parceira após um ano de relações sexuais regulares e desprotegidas. É uma condição complexa que pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo problemas de produção, transporte ou qualidade dos espermatozoides, bem como questões genéticas, hormonais ou ambientais.</p><p>· Fatores de Risco: Histórico médico pessoal (cirurgias, infecções, lesões), histórico familiar de infertilidade, exposição a toxinas ambientais, estilo de vida (tabagismo, consumo de álcool, drogas).</p><p>· Papel do urologista: diagnosticar causas tratáveis, causas genéticas, alterações na espermatogênese,fatores gonadotóxicos, avaliação seminal, orientação (reprodução assistida).</p><p>18. Retenção urinária</p><p>A retenção urinária é uma condição caracterizada pela incapacidade de esvaziar completamente a bexiga, resultando na retenção de urina dentro do órgão. Esta condição pode ser aguda ou crônica e pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo obstrução do trato urinário, fraqueza do músculo detrusor da bexiga ou disfunção do esfíncter uretral.</p><p>· Sinais e sintomas: dificuldade para urinar, jato urinário fraco ou intermitente, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, distensão abdominal, dor suprapúbica, necessidade urgente e frequente de urinar e presença de gotejamento pós-miccional.</p><p>Habilidades Clínica II</p><p>2° Bimestre</p><p>Cabeça e Pescoço</p><p>Anamnese da Cabeça e Pescoço</p><p>Queixas principais:</p><p>1. Massa ou nódulo no pescoço</p><p>· Linfonodo</p><p>· Quando foi percebido?</p><p>· Doloroso? (Se seim, é indicativo de faringite)</p><p>· Evolução (Em pessoas com mais de 40 anos de idade a evolução pode indicar malignidade)</p><p>2. Massa ou nódulo na Tireóide (ou bócio)</p><p>· Avaliar a função da tireóide (intolerancia a temperatura e sudorese)</p><p>· Interrogar vestimenta e cobertores</p><p>· Palpitações e textura da pele</p><p>· Envelhecimento: menos sudorese, menos tolerância ao frio.</p><p>· Ganho ou perda ponderal</p><p>3. Dor no pescoço (musculoesquelético)</p><p>4. Cefaléia</p><p>Exame físico da Cabeça e Pescoço:</p><p>Exame físico do cabelo</p><p>1. Examinar o cabelo no que diz respeito a sua quantidade, distribuição, textura e padrão de perda.</p><p>· Causas da queda de cabelos: estresse, tabagismo, infecção no couro cabeludo, gravidez, genética, medicamentos, escova e hidratação, alimentação.</p><p>· Efluvio telógeno: a maioria das quedas de cabelo que ocorrem em mulheres de até 50 anos é causada pelo eflúvio telógeno. Embora pareça preocupante, essa condição de queda é temporária e está relacionada a fatores como estresse com alterações orgânicas, dietas severas, após cirurgias ou doenças febris, dentre outras. Para ser considerado eflúvio telógeno a queda tem que ser superior a 60 – 80 fios por dia. É uma queda difusa, que atinge todas as áreas do couro cabeludo, porém as regiões temporais costumam ser afetadas mais precocemente. O eflúvio telógeno é dividido em dois tipos: agudo e crônico, de acordo com a duração da queda de cabelo</p><p>· O eflúvio telógeno agudo é aquele que se resolve em até seis meses. Esse é o período médio necessário para que a queda capilar volte aos padrões habituais do indivíduo. Normalmente é provocado por fatores pontuais e de curta duração. A recuperação pode ser espontânea, sem a necessidade de cuidados especiais. As causas mais comuns incluem: dietas de emagrecimento ou má alimentação; alterações nutricionais e hormonais do pós-parto; após cirurgias; processos infecciosos como febre amarela, pneumonia, meningite e outros; uso de alguns medicamentos; durante a introdução, troca ou interrupção no uso de anticoncepcionais; quadros de estresse agudo.</p><p>· O eflúvio telógeno é considerado crônico quando a queda de cabelo se prolonga por mais de seis meses. Normalmente a queda é intensa</p><p>e alterna com períodos de melhora. No longo prazo acontece não só a queda, mas também pode haver piora nas características da haste (fio), além de diminuição do volume do cabelo, pontas mais finas e fracas. As causas mais comuns incluem: doenças crônicas; deficiências nutricionais crônicas, como de vitaminas, proteínas e minerais; uso contínuo de alguns medicamentos; distúrbios hormonais; dermatites ou outros processos inflamatórios do couro cabeludo.</p><p>· Cabelos finos – hipertireoidismo</p><p>· Pediculose – piolhos e lêndeas</p><p>· Alopécia Areata</p><p>2. Examinar o couro cabeludo no que diz respeito a presença de escamações, caroços, nevos e lesões</p><p>3. Examinar o crânio no que diz respeito ao tamanho, controno, deformidades, depressões, caroços e sensibildade.</p><p>4. Inspecionar a peleda cabeça e da face (expressão, contornos, assimetria, movimentos involuntários, edema, massas).</p><p>5. Palpar os linfonodos cervicais atentando-se ao tamanho, forma, delimitação, mobilidade, consistência e maciez.</p><p>· Pontas dos dedos indicador e médio</p><p>· Palpar delicadamente</p><p>· Movimentos giratórios</p><p>· Bilaterais</p><p>Observação:</p><p>· Aumento de um linfonodo supraclavicular, especialmente à esquerda (linfonodo de Virchow), sugere possível metástase de um processo maligno torácico ou abdominal.</p><p>· Linfonodos dolorosos sugerem inflamação.</p><p>· Linfonodos de consistencia dura ou fixos sugerem malignidade.</p><p>· Linfodenopatia generalizada é observada em condições infecciosas, inflamatórias ou malignas (HIV, Mononucleose infecciosa, linfoma, leucemia, sarcoidose).</p><p>· Linfonodos reacionais são linfonodos ativados devido alguma infecção em andamento, como uma faringite, amigdalite, cárie dentária, acne, tuberculose ganglionar etc. Geralmente os linfonodos reacionais são benignos, aumentados, mas diminuem após tratado a infecção, são dolorosos, móveis e moles.</p><p>· Linfomas: O linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer do sistema linfático que surge quando os linfócitos, células de defesa do nosso corpo, sofrem mutações e começam a se dividir de forma descontrolada. Geralmente acomete os linfonodos (gânglios), mas pode atingir órgãos que ficam fora do sistema linfático, como a medula óssea, estomago, intestino, pele, entre outros. O linfoma não Hodgkin também pode ser classificado quanto ao comportamento clínico, em indolente ou agressivo.</p><p>· Os linfomas indolentes costumam apresentar crescimento lento e progressivo, podendo se desenvolver ao longo dos anos, geralmente sem maior comprometimento do estado geral. Muitas vezes é possível um período de acompanhamento da evolução da doença, sem necessidade de tratamento na ocasião do diagnóstico. O principal representante desse grupo é o Linfoma folicular.</p><p>· Já os linfomas de comportamento agressivo geralmente apresentam tumoração de crescimento rápido e podem dobrar de tamanho em semanas, frequentemente associado a comprometimento do estado geral, indicando necessidade de tratamento imediato. Os principais representantes desse grupo são: Linfoma difuso de grandes células B, Linfoma linfoblástico e Linfoma de Burkitt.</p><p>· Sintomas: aumento indolor de linfonodos superficiais do pescoço, axilas e virilha, febre, cansaço, suor noturno e perda de peso sem motivo aparente.</p><p>6. Examinar a traqueia (desvio, sons respiratórios sobre ela)</p><p>· Inspeção da traqueia: procurar desvio de sua posição normal na linha média</p><p>· Palpação da traqueia: palpar para identificar ualquer desvio (deslizar o dedo ao longo de um lado da traqueia e observar o espaço entre a tireóide e o músculo ECM). Comparar com o outro lado, os espaços devem ser simétricos.</p><p>· Ausculta da traqueia: auscultar a respiração sobre a traqueia. Estridor – obstrução subglótica ou traqueal, grave – emergência respiratória.</p><p>7. Examinar a glândula Tireóide (tamanho, formato, consistência)</p><p>· Inspeção da tireóide: Cabeça do(a) paciente discretamente para trás; Verificar a região abaixo da cartilagem cricóidea para identificar contornos da glândula; Observar o paciente engolindo (movimento ascendente da Tireóide, verificando seu contorno e simetria.</p><p>· Palpação da tireoide: Hiperextensão do pescoço; Polo inferior da glândula não palpável – suspeitar de localização retroesternal.</p><p>· Abordagem posterior: Paciente sentado ou posição ortostática; Examinador atrás; Flexionar o pescoço para frente e relaxar os músculos ECM; Dedos indicadores logo abaio da cartilagem cricóidea</p><p>· Abordagem anterior: Paciente sentado ou posição ortostática; Localizar o istmo da Tireóide, palpando cartilagem cricóidea; Retrair, levemente, músculo ECM</p><p>· Ausculta da tireóide: se a Tireóide estiver aumentada – auscultar lobos laterais – sopro.</p><p>Observação:</p><p>BÓCIO: Aumento da glândula tireóide até o dobro de seu tamanho normal. Pode ser SIMPLES, sem nódulos ou MULTINODULAR. Se for retroesternal, pode causar rouquidão, estridor ou disfagia por compressão traqueal. Hiperextensão do pescoço e elevação do braço podem causar rubor devido à compressão da abertura torácida da própria glândula ou do movimento clavicular (sinal de Pemberton). Mais de 85% dos bócios são benignos.</p><p>Habilidades Clínica II</p><p>2° Bimestre</p><p>Orofaringe e Cavidade Oral</p><p>Anamnese: Abordagem Geral</p><p>· Muitos sintomas da orofaringe e da cavidade oral representam processos benignos comuns. Mas, algumas vezes, esses sintomas refletem uma condição subjacente grave.</p><p>· Sintomas comuns ou relevantes:</p><p>· Dor de garganta:</p><p>· Conhecido, também como Faringite, é uma queixa frequente</p><p>· Muitas vezes, associada a uma doença aguda das vias respiratórias superiors</p><p>· Dor na lingua: possibilidade de Candidíase oral</p><p>· Úlceras aftosas e a língua lisa e dolorosa pode ser sinal de deficiência nutricional</p><p>· Edema/sangramento gengival:</p><p>· O sangramento de gengivas, principalmente ao escovar os dentes, é comum</p><p>· Deve-se questionar sobre lesões locais e qualquer tendência de sangramentos ou contusões em outras partes</p><p>· Rouquidão:</p><p>· É a alteração das características da voz</p><p>· Geralmente descrita como rouca, áspera, dissonante ou mais grave que o usual</p><p>· Questionar sobre alergias ambientais, refluxo ácido, tabagismo, etilismo, inalação de fumaça ou outros irritantes</p><p>· Perguntar se o paciente fala muito, no trabalho</p><p>· As causas variam de doenças da laringe a lesões extralaríngeas que comprimem os nervos laríngeos</p><p>· Se durar mais que 2 semanas – laringoscopia</p><p>· Nódulos nas pregas vocais</p><p>· Câncer de cabeça e pescoço</p><p>· Distúrbios neurológicos (Parkinson, ELA, Miastenia)</p><p>· Halitose:</p><p>· Odor desagradável que emana da expiração</p><p>· Nem todas as pessoas com halitose percebem a condição</p><p>· Mesmo quando a boca é saudável, pode existir um odor desagradável ao despertar do sono (provável putrefação de resíduos não eliminados pela baixa salivação durante o sono</p><p>· Tudo que causa Periodontites</p><p>Exame físico da Orofaringe e Cavidade Nasal:</p><p>· Inspecionar os lábios</p><p>· Inspecionar a mucosa oral</p><p>· Palpar a mucosa oral</p><p>· Inspecionar a gengiva</p><p>· Inspecionar os dentes</p><p>· Inspecionar o palato duro e o assoalho da boca</p><p>· Testar o nervo hipoglosso, ou NC XII (simetria da protrusão da língua</p><p>· Inspecionar e palpar a língua</p><p>· Inspecionar o palato mole, arcos palatoglosso e palatofaríngeo, úvula, tonsilas e faringe</p><p>· Testar o nervo vago, ou NC X (simetria da úvula)</p><p>Habilidades Clínica II</p><p>2° Bimestre</p><p>Olhos e Ouvidos</p><p>A semiologia do ouvido, também conhecida como otoscopia ou exame otorrinolaringológico, envolve uma série de etapas e observações para avaliar a saúde auditiva e detectar possíveis patologias.</p><p>1. Anamnese:</p><p>· Queixa Principal: Dor, perda auditiva, secreção, zumbido, vertigem.</p><p>· História da Doença Atual: Início, duração, características e fatores agravantes ou aliviantes dos sintomas.</p><p>· História Médica Passada: Doenças prévias, infecções, cirurgias, uso de medicamentos ototóxicos.</p><p>· História Familiar: Problemas auditivos hereditários.</p><p>· Hábitos de Vida: Exposição a ruído, uso de fones de ouvido, natação.</p><p>2. Inspeção:</p><p>· Pavilhão Auricular: Deformidades, sinais de inflamação ou infecção, presença de nódulos ou massas.</p><p>· Conduto Auditivo Externo: Presença de cerúmen, corpos estranhos,</p><p>inflamação ou secreção.</p><p>3. Palpação:</p><p>· Pavilhão Auricular e Região Periauricular: Dor à palpação, sinais de mastoidite.</p><p>· Trago e Mastóide: Sensibilidade, tumefação, sinais de infecção ou inflamação.</p><p>4. Exame Físico:</p><p>· Otoscopia</p><p>· Conduto Auditivo Externo: Avaliação de cerúmen, corpos estranhos, inflamação, infecção (otite externa).</p><p>· Membrana Timpânica: Integridade, coloração (normalmente perolada ou cinza claro), posição (retráta ou abaulada), mobilidade (usando insuflação pneumática), presença de perfurações, cicatrizes (timpanosclerose), ou alterações (bolhas, fluido atrás da membrana).</p><p>5. Testes Funcionais</p><p>· Teste de Weber: Avaliação de lateralização do som, utilizando um diapasão.</p><p>· Teste de Rinne: Comparação entre condução aérea e condução óssea do som.</p><p>· Teste de Schwabach: Comparação da condução óssea do paciente com a do examinador.</p><p>Condições clínicas associadas ao ouvido</p><p>1. Otite externa</p><p>· Definição: Inflamação ou infecção do conduto auditivo externo, também conhecida como "ouvido de nadador".</p><p>· Etiologia: Pode ser causada por bactérias (mais comum), fungos, alergias ou irritações.</p><p>· Sintomas: Dor intensa, prurido, secreção purulenta, edema do conduto auditivo externo, diminuição da audição.</p><p>· Exame Físico: Inspeção e otoscopia mostram vermelhidão, edema, e possível presença de secreção no conduto.</p><p>2. Otomicose</p><p>· Definição: Infecção fúngica do conduto auditivo externo.</p><p>· Etiologia: Fungos, geralmente Aspergillus ou Candida.</p><p>· Sintomas: Prurido intenso, sensação de plenitude auricular, secreção otorréica (podendo ser esbranquiçada, preta ou esverdeada).</p><p>· Exame Físico: Otoscopia revela material fúngico, frequentemente com aparência de esporos ou hifas.</p><p>3. Tampão de cerúmen</p><p>· Definição: Acúmulo de cerúmen (cera) que obstrui o conduto auditivo externo.</p><p>· Etiologia: Produção excessiva de cerúmen, limpeza inadequada ou uso frequente de cotonetes.</p><p>· Sintomas: Diminuição da audição, sensação de plenitude auricular, zumbido, ocasionalmente dor.</p><p>· Exame Físico: Otoscopia mostra cerúmen compacto obstruindo o conduto auditivo.</p><p>4. Miringite bolhosa</p><p>· Definição: Inflamação da membrana timpânica caracterizada pela presença de bolhas (vesículas) hemorrágicas.</p><p>· Etiologia: Geralmente viral, podendo estar associada à influenza ou outras infecções virais.</p><p>· Sintomas: Dor súbita e intensa, perda auditiva, otorragia (sangramento no ouvido).</p><p>· Exame Físico: Otoscopia revela bolhas hemorrágicas na membrana timpânica.</p><p>5. Corpo estranho</p><p>· Definição: Presença de objeto estranho no conduto auditivo externo.</p><p>· Etiologia: Mais comum em crianças, pode ser causado por inserção de pequenos objetos, insetos.</p><p>· Sintomas: Dor, perda auditiva, prurido, secreção (se houver infecção secundária).</p><p>· Exame Físico: Otoscopia permite visualização do corpo estranho.</p><p>6. Perfuração timpânica</p><p>· Definição: Abertura ou rompimento da membrana timpânica.</p><p>· Etiologia: Trauma, infecções (otite média aguda), barotrauma.</p><p>· Sintomas: Perda auditiva, otorragia, otorreia (se houver infecção), dor.</p><p>· Exame Físico: Otoscopia mostra uma abertura na membrana timpânica.</p><p>7. Timpanosclerose</p><p>· Definição: Espessamento e calcificação da membrana timpânica ou das estruturas do ouvido médio.</p><p>· Etiologia: Frequentemente resultado de otite média crônica ou após repetidas infecções.</p><p>· Sintomas: Perda auditiva, geralmente sem dor.</p><p>· Exame Físico: Otoscopia revela placas esbranquiçadas ou calcificadas na membrana timpânica.</p><p>8. Otite média aguda</p><p>· Definição: Infecção aguda do ouvido médio.</p><p>· Etiologia: Bactérias (Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae) ou vírus.</p><p>· Sintomas: Dor de ouvido intensa, febre, perda auditiva, irritabilidade em crianças, otorreia (se houver ruptura da membrana timpânica).</p><p>· Exame Físico: Otoscopia mostra membrana timpânica avermelhada, abaulada, com possível presença de líquido purulento.</p><p>9. Tubo de ventilação</p><p>· O tubo de ventilação, também conhecido como tubo de timpanostomia ou tubo de ventilação transtimpânico, é um pequeno cilindro colocado na membrana timpânica (tímpano) para permitir a ventilação do ouvido médio e a drenagem de líquido. É frequentemente utilizado no tratamento de otite média com efusão (acúmulo de líquido no ouvido médio) crônica ou recorrente.</p><p>Semiologia dos Olhos:</p><p>A semiologia dos olhos, ou exame oftalmológico, é uma avaliação sistemática da função visual e da saúde ocular.</p><p>1. Anamnese</p><p>· Queixa Principal: Visão embaçada, dor ocular, prurido, lacrimejamento, fotofobia, secreção, vermelhidão.</p><p>· História da Doença Atual: Início, duração, evolução e características dos sintomas.</p><p>· História Médica Passada: Doenças sistêmicas (diabetes, hipertensão), cirurgias oculares, uso de lentes de contato, traumas oculares.</p><p>· História Familiar: Doenças oculares hereditárias, como glaucoma, degeneração macular.</p><p>· Uso de Medicamentos: Medicamentos que possam afetar a visão (corticosteroides, antimaláricos).</p><p>2. Inspeção</p><p>· Pálpebras: Posicionamento, presença de ptose (queda da pálpebra), edema, eritema, lesões.</p><p>· Conjuntiva e Esclera: Vermelhidão, icterícia, presença de secreção, pinguécula, pterígio.</p><p>· Córnea: Transparência, presença de lesões, cicatrizes, ulcerações.</p><p>· Íris: Cor, forma, presença de lesões ou irregularidades.</p><p>· Pupilas: Tamanho, forma, simetria, reatividade à luz (reflexo fotomotor) e à acomodação.</p><p>3. Testes Especias</p><p>· Teste de Snellen: Avaliação da acuidade visual de longe.</p><p>· Teste de Jaeger: Avaliação da acuidade visual de perto.</p><p>· Correção Óptica: Teste com e sem correção óptica (óculos ou lentes de contato).</p><p>4. Fundoscopia</p><p>· A fundoscopia, também conhecida como exame de fundo de olho ou oftalmoscopia, é um procedimento médico que permite a visualização da parte interna do olho, especialmente da retina, disco óptico, mácula e vasos sanguíneos retinianos. Este exame é fundamental para o diagnóstico de várias doenças oculares e sistêmicas.</p><p>Condições clínicas relacionadas com os olhos:</p><p>1. Ceratocone:</p><p>· Definição: distrofia não inflamatória, na qual a baixa rigidez do colágeno corneal permite que a córnea sofra baulamento e afinamento progressivos. Desta forma, provocando um astigmatismo irregular e afilamento do ápice, o que causa baixa acuidade visual.</p><p>· Etiologia: a causa exata é desconhecida, mas fatores genéticos, ambientais e anomalias biomecânicas estão envolvidos. Pode estar associado a alergias oculares e ao hábito de esfregar os olhos.</p><p>· Sintomas: visão embaçada, distorcida, sensibilidade à luz (fotofobia), visão dupla (diplopia), piora progressiva da visão que não melhora com óculos.</p><p>2. Conjuntivite</p><p>· Definição: Inflamação ou infecção da conjuntiva, a membrana transparente que cobre a parte branca do olho e o interior das pálpebras.</p><p>· Etiologia: Pode ser causada por infecções virais, bacterianas, reações alérgicas, irritações químicas ou corpos estranhos.</p><p>· Sintomas: Vermelhidão, prurido, secreção (purulenta em infecções bacterianas, aquosa em virais), lacrimejamento, sensação de corpo estranho, edema palpebral, congestão conjuntival.</p><p>· A pupila não é afetada e a córnea permanece transparente.</p><p>3. Hemorragia subconjuntival</p><p>· Definição: acúmulo de sangue abaixo da conjuntiva devido ao extravasamnto de sangue para fora do vaso.</p><p>· Etiologia: pode ocorrer espontaneamente ou após trauma, esforço físico intenso, tosse violenta, hipertensão arterial, uso de anticoagulantes.</p><p>· Sintomas: mancha vermelha brilhante no olho, geralmente sem dor ou alteração na visão.</p><p>· A córnea permanece transparente e geralmente regride em 3 semanas.</p><p>4. Ferimento ou infecção da córnea</p><p>· Definição: lesão ou infecção da córnea, que pode variar de pequenas abrasões a úlceras graves.</p><p>· Etiologia: trauma físico, corpos estranhos, infecções bacterianas, virais (herpes simples), fúngicas ou parasitárias (Acanthamoeba).</p><p>· Sintomas: dor intensa, vermelhidão, lacrimejamento, fotofobia, sensação de corpo estranho, diminuição da acuidade visual, congestão ciliar.</p><p>· A pupila não é afetada, se for afetada pensar em irite.</p><p>· Pode haver opacidade da córnea em</p><p>casos de infecção</p><p>5. Irite Aguda (Uveíte Anterior)</p><p>· Definição: inflamação da íris, a parte colorida do olho.</p><p>· Etiologia: pode ser idiopática ou associada a doenças autoimunes (artrite reumatoide, espondilite anquilosante), infecções (tuberculose, sífilis), trauma.</p><p>· Sintomas: dor ocular, vermelhidão, fotofobia, visão turva, pupila pequena e irregular, congestão ciliar.</p><p>· A córnea pode se apresentar transparente ou pouco turva.</p><p>6. Glaucoma de ângulo fechado agudo</p><p>· Definição: condição em que o ângulo de drenagem entre a íris e a córnea se torna estreito, impedindo a drenagem adequada do humor aquoso e aumentando a pressão intraocular rapidamente.</p><p>· Etiologia: predisposição anatômica, fatores hereditários, pode ser precipitado por dilatação pupilar (em baixa iluminação ou uso de medicamentos).</p><p>· Sintomas: dor ocular severa, vermelhidão, visão embaçada, halos ao redor de luzes, náuseas e vômitos, pupila dilatada e não reativa, congestão ciliar.</p><p>· A córnea apresenta-se nebulosa, turva.</p><p>7. Ptose palpebral</p><p>· Definição: ptose palpebral é a queda ou descida anormal da pálpebra superior, que pode cobrir a córnea parcial ou completamente.</p><p>· Etiologia: pode ser congênita ou adquirida. As causas adquiridas incluem envelhecimento (ptose involucional), lesões do nervo oculomotor, miastenia gravis, traumas, tumores, inflamações e doenças neuromusculares.</p><p>· Sintomas: dificuldade em abrir o olho afetado, elevação do queixo para enxergar melhor, esforço ao levantar a pálpebra, visão diminuída se a pálpebra cobrir a pupila.</p><p>8. Entrópio</p><p>· Definição: entrópio é a inversão da margem da pálpebra, onde os cílios e a pele ficam voltados para dentro, em direção ao globo ocular.</p><p>· Etiologia: pode ser congênito, involucional (devido ao envelhecimento), cicatricial (devido a traumas ou infecções como tracoma), ou espástico (causado por inflamação ou irritação ocular).</p><p>· Sintomas: irritação ocular, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, vermelhidão, abrasões corneanas devido ao contato dos cílios com a córnea.</p><p>9. Ectrópio</p><p>· Definição: ectrópio é a eversão da margem da pálpebra, expondo a conjuntiva palpebral.</p><p>· Etiologia: pode ser congênito, involucional (devido ao envelhecimento), cicatricial (devido a traumas ou cirurgias), paralítico (associado à paralisia do nervo facial) ou mecânico (devido a tumores ou outras massas).</p><p>· Sintomas: secura ocular, lacrimejamento, irritação, vermelhidão, sensação de queimação, predisposição a infecções conjuntivais.</p><p>10. Retração palpebral</p><p>· Definição: retração palpebral é a elevação anormal da pálpebra superior ou a depressão da pálpebra inferior, expondo excessivamente a esclera.</p><p>· Etiologia: geralmente associada à doença de Graves (oftalmopatia tireoidiana), cicatrizes, tumores orbitais, cirurgia palpebral ou trauma.</p><p>· Sintomas: olhos arregalados, sensação de secura ocular, irritação, fotofobia, lacrimejamento.</p><p>11. Exoftalmia</p><p>· Definição: exoftalmia, ou proptose, é a protrusão anormal do globo ocular para frente.</p><p>· Etiologia: comumente associada à doença de Graves (oftalmopatia tireoidiana), tumores orbitais, inflamações orbitais (celulite orbitária), traumas ou hemorragias retro-orbitais.</p><p>· Sintomas: olhos proeminentes, dificuldade em fechar completamente as pálpebras (lagoftalmo), secura ocular, visão dupla (diplopia), dor ocular, vermelhidão.</p><p>12. Arco Senil</p><p>· Definição: é um anel opaco branco-acinzentado que aparece na periferia da córnea, geralmente associado ao envelhecimento ou hipercolesterolemia.</p><p>· Sinais Clínicos: Visível ao exame físico como um anel ao redor da córnea, mais comum em pessoas idosas.</p><p>13. Anel de Kayser-Fleicher</p><p>· Definição: Anel de deposição de cobre (dourado ou esverdeado) na periferia da córnea, associado à Doença de Wilson.</p><p>· Sinais Clínicos: Observado na lâmpada de fenda como um anel dourado ou acastanhado na junção da esclera com a córnea.</p><p>Observação:</p><p>Na Doença de Wilson, o figado não excreta o excesso de cobre na bile, como faz normalmente, resultando em acúmulo de cobre no fígado, causando-lhe danos. Os sintomais mais precoce são neuropsiquiátricos como ataxia, disartria e mudanças na personalidade -impulsividade, comportamento autolesico. Pode ter tambem o riso sardônico.</p><p>14. Pterígio</p><p>· Definição: Crescimento fibrovascular (colágeno e vasos sanguíneos) da conjuntiva que se estende sobre a córnea.</p><p>· Sinais Clínicos: Lesão triangular visível na conjuntiva e córnea, frequentemente associada à exposição solar.</p><p>15. Catarata</p><p>· Descrição: Opacidade congênita ou degenerativa do cristalino que leva à diminuição da acuidade visual.</p><p>· Sinais Clínicos: Cristalino opaco ao exame oftalmológico, perda de transparência, refletindo na diminuição da visão.</p><p>· Tratamento: é cirurgico, feito pela remoção do cristalino e colocação de uma lente intraocular em seu lugar.</p><p>· Fatores de risco: cataratas ocorrem com o envelhecimento, trauma, tabagismo, uso de álcool, exposição a raio-X, calor da exposição ao infravermelho, doença sistêmica, uveíte, fármacos sistêmicos, desnutrição, exposição crônica a luz UV.</p><p>16. Papiledema</p><p>· Definição: Edema do disco óptico devido ao aumento da pressão intracraniana.</p><p>· Sinais Clínicos: Disco óptico inchado, bordas mal definidas ao exame de fundo de olho.</p><p>17. Neurite óptica</p><p>· Definição: Inflamação do nervo óptico, frequentemente associada à esclerose múltipla. Pode ser denominada papilite quando há edema do disco, ou, neurite retrobulbar quando não há edema do disco.</p><p>· Sinais Clínicos: Dor ocular, perda súbita da visão, visão borrada, papiledema ou atrofia óptica no fundo de olho. A neurite óptica geralmente cursa com uma perda visual unilateral, subaguda, em paciente do sexo feminino, jovem, associada a dor a movimentação ocular.</p><p>18. Atrofia óptica</p><p>· Definição: Degeneração ou dano ao nervo óptico, levando à perda de visão.</p><p>· Sinais Clínicos: Palidez do disco óptico, redução da acuidade visual, perda de sensibilidade à cor.</p><p>19. Glaucoma</p><p>· Definição: Grupo de doenças que causam danos ao nervo óptico, geralmente associadas à pressão intraocular elevada.</p><p>· Sinais Clínicos: Escavação aumentada do disco óptico, perda do campo visual periférico, aumento da pressão intraocular.</p><p>20. Retinopatia hipertensiva</p><p>· Definição: Danos aos vasos sanguíneos da retina devido à hipertensão arterial crônica.</p><p>· Sinais Clínicos: Estreitamento arteriolar, cruzamentos arteriovenosos patológicos (sinal de Gunn), hemorragias em chama, exsudatos algodonosos.</p><p>21. Retinopatia diabética</p><p>· Definição: Danos aos vasos sanguíneos da retina causados pelo diabetes mellitus.</p><p>· Sinais Clínicos: Microaneurismas, hemorragias intrarretinianas, exsudatos duros, neovascularização (em casos avançados).</p><p>Habilidades Clínicas II</p><p>2° Bimestre</p><p>Anamnese e Exame Físico do Sistema Nervoso</p><p>Anamnese do Sistema Nervoso:</p><p>1st. Quando houver suspeita de doença neurológica pense:</p><p>1. Qual é a localização da dor?</p><p>2. Qual é a fisiopatologia subjacente que explica os sintomas e os achados neurológicos do paciente?</p><p>2nd. Lesões em diferentes níveis do SN podem causar os mesmos sintomas, exemplo:</p><p>· Fraqueza distal na perna = lesões no encéfalo ou tronco encefálico ou medula espinhal ou raiz do nervo espinhal ou nervo periférico ou músculos.</p><p>3rd. Evolução temporal dos sintomas fornece indícios da fisiopatologia, exemplo:</p><p>· Dificuldade para falar: súbita (AVC), progressiva (Tumor), passageira (AIT/ crise de esclerose múltipla)</p><p>Sintomas Comuns na Anamnese:</p><p>· Cefaleia;</p><p>· Tontura ou atordoamento;</p><p>· Fraqueza (generalizada, proximal ou distal);</p><p>· Parestesia (formigamento ou dormência);</p><p>· Síncope ou pré-síncope;</p><p>· Convulsões;</p><p>· Tremores ou movimentos involuntários.</p><p>1. Cefaleia</p><p>A cefaleia, ou dor de cabeça, é um sintoma comum que afeta aproximadamente 30% da população geral, sendo o sintoma mais frequentemente relatado na prática clínica. A cefaleia tensional é o tipo mais predominante de dor de cabeça.</p><p>Classificação das Cefaleias:</p><p>· Primária: Não possui causa subjacente identificada. Exemplos incluem enxaqueca e cefaleia tensional.</p><p>· Secundária: Decorrente de uma doença ou condição subjacente</p><p>identificada, como hemorragia subaracnóidea, meningite ou tumor cerebral.</p><p>Diagnóstico:</p><p>· O diagnóstico da cefaleia geralmente é estabelecido através da história clínica do paciente, já que o exame físico geralmente se apresenta normal. No entanto, se o exame físico for anormal, deve-se ter cautela e considerar a possibilidade de uma causa secundária.</p><p>Ao avaliar a cefaleia, é importante considerar os seguintes aspectos:</p><p>· Localização: Onde a dor ocorre na cabeça.</p><p>· Intensidade: Grau de dor, que pode variar de leve a intensa.</p><p>· Início: Quando a dor começou.</p><p>· Evolução temporal: Como a dor tem evoluído ao longo do tempo.</p><p>· Unilateral ou bilateral: Se a dor afeta um lado da cabeça ou ambos os lados.</p><p>· Estável ou pulsátil: Se a dor é constante ou se pulsa.</p><p>· Contínua ou intermitente: Se a dor é constante ou se ocorre em episódios.</p><p>· Existência de aura: a aura pode incluir sintomas visuais, como ver pontos cegos, flashes de luz ou linhas onduladas, mas também pode envolver sintomas sensoriais, motores ou de fala (sintomas pré dor de cabeça).</p><p>· Fatores de exacerbação ou de alívio.</p><p>Sintomas iniciais e associados</p><p>Três atributos mais importantes das cefaleias:</p><p>· Intensidade;</p><p>· Padrão Cronológico;</p><p>· Sintomas associados (fraqueza, tontura).</p><p>Sinais de alerta para cefaleia (red flags)</p><p>· Frequência ou intensidade progressiva durante um período de 3 meses;</p><p>· Início súbito ou “a pior dor de cabeça da minha vida”;</p><p>· Início após os 50 anos de idade;</p><p>· Agravamento ou alívio com mudança de posição;</p><p>· Precipitada por manobra de Valsalva ou esforço;</p><p>· Febre, sudorese noturna ou perda de peso;</p><p>· Presença de câncer, HIV ou gravidez;</p><p>· TCE recente;</p><p>· Mudança do padrão em relação a cefaleias anteriores;</p><p>· Ausência de cefaleia semelhante no passado;</p><p>· Associação com papiledema, rigidez de nuca ou déficits neurológicos focais.</p><p>Cefaleia Primária</p><p>Representa 90% das cefaleias e inclui:</p><p>· Cefaleia Tensional: pode ocorrer poucas vezes na semana ou continuar por vários dias.</p><p>· Enxaqueca: dor intensa com característica pulsátil e localizada geralmente em um lado da cabeça.</p><p>· Cefaleia em Salvas (Cluster Headache): a dor frequentemente se localiza em volta dos olhos. Pode acordar a pessoa no meio da noite.</p><p>· Cefaleia Crônica Diária: ocorre quando há mais de 15 dias de cefaleia em um mês ao longo de 3 meses.</p><p>Tratamento:</p><p>· No momento da dor: oxigênio 100% e zomig (sumatriptana).</p><p>· Durante o dia, após a crise, profilaxia para evitar quadros futuros: verapamil, lítio, valproato e topiramato</p><p>Cefaleia em Salva</p><p>A cefaleia em salvas é um tipo específico de dor de cabeça caracterizada por episódios intensos de dor unilateral que ocorrem em "salvas" ou grupos, frequentemente ao redor da mesma hora todos os dias durante semanas ou meses. Principais sintomas:</p><p>· Dor de cabeça latente</p><p>· Lacrimejamento do olho</p><p>· Vermelhidão e inchaço do olho</p><p>· Pálpebras mais fechadas</p><p>· Corrimento nasal</p><p>· Somente um lado é afetado</p><p>Observações:</p><p>· “Pior dor de cabeça da minha vida”: Pode ser um sinal de hemorragia subaracnóidea, uma condição séria que requer atenção médica imediata.</p><p>· “Cefaleia intensa + rigidez de nuca”: Sintomas característicos de meningite, uma infecção das meninges que envolvem o cérebro e a medula espinhal.</p><p>· Cefaleia surda que aumenta ao tossir e espirrar sempre na mesma localização: Pode ser indicativo de um tumor cerebral ou abscesso cerebral, que podem exercer pressão sobre as estruturas circundantes e causar dor.</p><p>Cefaleia Enxaquecosa:</p><p>· Depressão cortical difusa: os neurônios corticais são despolarizados e, assim, há aumento da concentração extracelular de potássio, aminoácidos e óxido nítrico.</p><p>· Sensibilização dos neurônios e vasos sanguíneos com consequente vasodilatação...</p><p>· Pródomos da enxaqueca</p><p>Tratamento:</p><p>· Não farmacológico:</p><p>· Acupuntura;</p><p>· Mindfullnes;</p><p>· Exercícios aeróbicos;</p><p>· Eliminação dos desencadeadores como chocolate, os alimentos gordurosos, queijos e as frutas cítricas;</p><p>· Alimentação adequada;</p><p>· Sono regular;</p><p>· Controle no consumo de cafeína;</p><p>· Ioga.</p><p>· Farmacológico:</p><p>· Abortivo (triptanos);</p><p>· Profilático (beta bloqueadores – propranolol) / (botox - aplicação).</p><p>Critérios Diagnósticos:</p><p>A. Ao menos cinco crises preenchendo os critérios B a D;</p><p>B. Crise de cefaleia durando 4-72 horas (sem tratamento ou com tratamento ineficaz);</p><p>C. A cefaleia possui ao menos duas das seguintes características: localização unilateral, caráter pulsátil, intensidade da dor moderada ou forte, exacerbada por ou levando o indivíduo a evitar atividades físicas rotineiras;</p><p>D. Durante a cefaleia, ao menos um dos seguintes: náuseas e/ou vomito, fotofobia e fonofobia;</p><p>E. Não melhor explicada.</p><p>Cefaleia Tensional</p><p>Critérios Diagnósticos:</p><p>A. Pelo menos 10 crises preenchendo os critérios B a D;</p><p>B. Cefaleia durante 3 a 7 dias;</p><p>C. Cefaleia preenchendo ao menos 2 das seguintes características:</p><p>· Localização bilateral;</p><p>· Caráter em pressão/ aperto (não pulsátil);</p><p>· Intensidade fraca a moderada;</p><p>· Não agrava pela atividade física rotineira.</p><p>D. Ambos os seguintes:</p><p>· Ausência de náuseas e vômitos (podendo ocorrer anorexia);</p><p>· Fotofobia ou fonofobia (apenas um desses pode estar presente).</p><p>E. Não atribuído a outro transtorno</p><p>Fatores desencadeantes:</p><p>· Estresse;</p><p>· Refeições irregulares;</p><p>· Aumento da ingestão de café;</p><p>· Desidratação;</p><p>· Desordens do sono;</p><p>· Falta de exercício físico;</p><p>· Variações durante o ciclo menstrual.</p><p>Cefaleia secundária</p><p>Sinais de alerta:</p><p>· Sistemic (S): sinais sistêmicos como toxemia, rigidez de nuca, rash cutâneo, portadores de neoplasias ou HIV, usuários de imunossupressores</p><p>· Neurologic (N): presença de déficit neurológico focais edema de papila convulsão</p><p>· Older (O): cefaleia que iniciou após os 50 anos</p><p>· Onset (O): cefaleia de iicio súbito ou primeira cefaleia</p><p>· Pattern (P): mudança no padrão da cefaleia previa ou cefaleia progressiva</p><p>Principais causas da cefaleia secundária:</p><p>· Rebote de analgésico;</p><p>· Distúrbios oculares (erros de refração, glaucoma agudo);</p><p>· Sinusite;</p><p>· Meningite</p><p>· Sinais de irritação meníngea:</p><p>· Sinal de Kernig: resistência ao movimento de flexão da perna sobre a coxa.</p><p>· Sinal de Brudzinski: fletir o pescoço do paciente (“Vamos encostar o queixo no pescoço”) e aí o paciente flexiona involuntariamente a perna.</p><p>· Hemorragia subaracnóidea;</p><p>· Tumor encefálico;</p><p>· Artrite de células gigantes;</p><p>· Cefaleia pós-concussão;</p><p>· Neuralgias cranianas.</p><p>Quando pedir exames complementares diante de quadros de cefaleias?</p><p>· História não sugestiva de cefaleia primária;</p><p>· Exames clínicos e/ou neurológicos alterados;</p><p>· Início agudo, recente, forte intensidade;</p><p>· Cefaleia crônica com mudança de padrão;</p><p>· Cefaleia de esforço;</p><p>· Componente facial de dor;</p><p>· HIV;</p><p>· Cefaleia em salvas;</p><p>· Noturna, início recente;</p><p>· Componente miofascial importante;</p><p>· Infância;</p><p>· Estado migranoso resistente a medicação.</p><p>2. Tontura ou atordoamento:</p><p>Perda transitória da consciência-desmaio, provocado pela diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos por ação do nervo vago, localizado na região da nuca. É causado pela demora na chegada de sangue ao coração e ao cérebro. Os primeiros sinais são: fraqueza, transpiração, palidez, calor, náusea, tontura, borramento visual, dor de cabeça ou palpitações.</p><p>· Hipotensão postural</p><p>· Efeito colateral de medicações</p><p>· Arritmias</p><p>· Síndrome vaso-vagal</p><p>3. Fraqueza:</p><p>· Muitos significados: fadiga, apatia, sonolência ou perda real de força.</p><p>· Fraqueza motora verdadeira (lesões):</p><p>· SNC</p><p>· Nervo periférico</p><p>· Junção neuromuscular</p><p>· Músculo</p><p>· Evolução temporal: o início é súbito? Gradual subagudo? Crônico durante um período?</p><p>· Localização: generalizada ou focal? Na face ou em um membro? Em um lado do corpo ou dos dois? Quais movimentos são afetados?</p><p>· Padrões:</p><p>· Proximal: no ombro e/ou cintura pélvica</p><p>· Distal: mãos e/ ou pés</p><p>· Simétrico: nas mesmas áreas dos dois lados</p><p>· Assimétrico</p><p>· Os tipos de fraqueza incluem:</p><p>· Focal: em uma parte da face ou membro</p><p>· Monoparesia: em um membro</p><p>· Paraparesia: nos dois membros inferiores</p><p>· Hemiparesia: em um lado do corpo</p><p>· Tetraparesia: nos quatro membros</p><p>4. Alterações de sensibilidade:</p><p>· Parestesia: sensação anormal de ardência, formigueiro ou dormência que não é desagradável.</p><p>· Disestesia: alteração da sensibilidade desagradável.</p><p>· Anestesia: ausência completa de sensibilidade</p><p>· Hipoestesia</p><p>5. Síncope e pré-síncope:</p><p>· O paciente perdeu a consciência?</p><p>· Sentiu algum atordoamento ou fraqueza?</p><p>· Posição: em pé, sentado ou deitado?</p><p>· Que atividade estava fazendo?</p><p>· Houve algum gatilho para a crise?</p><p>· Tente entrevistar uma testemunha</p><p>Tipos de síncope:</p><p>· Reflexa: vasovagal e outras causas</p><p>· Ortostática: imediata e tardia</p><p>· Cardíaca: arrítmica e estrutural</p><p>Etiologia de síncope reflexa:</p><p>· Vasovagal – causa mais comum</p><p>· Situacional: gatilhos, micção, tosse, defecção.</p><p>· SD do seio carotídeo: mais comum em idosos</p><p>· Atípicas: sem pródomos</p><p>Etiologia de síncope ortostática:</p><p>· Medicamentosa: BB, BCC, DIU, antidepressivos</p><p>· Diminuição do volume intravascular: desidratação, diuréticos</p><p>· Disautonomias: primárias ou secundárias</p><p>· Consumo excessivo de álcool: diminui tônus vascular</p><p>Etiologia de síncope cardíaca:</p><p>· Arrítmica: bradicardia, pausa sinusal maior que 3s, Mobitz II, BAVT, TV, TSV, síndrome bradi-taqui</p><p>· Estrutural: estenose aórtica, estenose tricúspide/mitral, cardiomiopatia hipertrófica, cardiomiopatia por hipertensão pulmonar, doença cardíaca congênita.</p><p>6. Convulsões:</p><p>· Focais ou generalizadas</p><p>· Houve movimento convulsivo de braços e pernas?</p><p>· Houve incontinência vesical ou fecal?</p><p>· Sonolência ou comprometimento de memória após a crise?</p><p>· Pergunte: idade de início, se houve padrão de mudança nas crises, uso de medicamentos, uso de álcool ou substancias psicoativas</p><p>· Existe história de TCE?</p><p>· As convulsões generalizadas são um tipo comum de convulsão, caracterizado por perda da consciência, manifestações motoras disseminadas de contrações tônicas seguidas de movimentos involuntários clônicos e nível de alerta suprimido após o evento.</p><p>· Fases da convulsão tônico-clônica:</p><p>· Fase aura: delírio, tontura, confusão, alucinação</p><p>· Fase tônica: contratura generalizada, movimentos bruscos</p><p>· Fase clônica: abalos musculares, salivação excessiva, pode ter apneia, pode perder controle de esfíncteres</p><p>· Fase pós-convulsiva: confusão, amnésia, sonolência, náuseas ao recuperar consciência.</p><p>· Causas comuns de convulsões sintomáticas agudas:</p><p>· TCE</p><p>· Álcool, cocaína e substancia psicoativas</p><p>· Abstinência alcoólica</p><p>· Hiper/hipoglicemia, hiper/hipocalcalcemia, hiponatremia</p><p>· AVC</p><p>· Meningite e encefalite</p><p>7. Tremores ou movimentos involuntários:</p><p>· Tremor é o transtorno de movimento mais comum</p><p>· É um movimento oscilatório rítmico de uma parte do corpo, resultante da contração de grupos musculares opostos</p><p>Formas e características dos tremores:</p><p>· Tremor fisiológico: movimento oscilatório rítmico normal das mãos que piora com estresse e fadiga.</p><p>· Tremor de repouso (Parkinson): ocorre quando o membro está relaxado.</p><p>· Tremor de ação (Essencial): ocorre durante a extensão sustentada do braço ou durante movimento voluntário.</p><p>· Tremor de intenção (Distúrbios cerebelares, AVC e esclerose múltipla): ocorre quando o membro se aproxima do alvo; geralmente acompanhado de marcha atáxica, nistagmo ou fala arrastada.</p><p>Observação</p><p>Ataque Isquêmico Transitório:</p><p>· Até 1 hora</p><p>· Hemiparesia</p><p>· Hemiparestesia</p><p>· Disartria</p><p>· Distúrbio de marcha</p><p>· Desordens visuais</p><p>· Os sintomas estão relacionados as artérias acometidas e os territórios do homúnculo de Penfield irrigados por elas.</p><p>Habilidades Clínicas II</p><p>2° Bimestre</p><p>Avaliação de Marcha e Pares Cranianos</p><p>Avaliação dos Pares de Nervos Cranianos</p><p>1. NC II – Olfatório</p><p>· O olfato, função do 1° par craniano (olfatório), geralmente é avaliada apenas depois de trauma na cabeça ou quando houver suspeita de lesões na fossa anterior (meningioma) ou se pacientes relatarem odor ou paladar anormal.</p><p>· Pede-se ao paciente para identificar odores (sabonete, café, cravos) colocados junto as narinas enquanto a outra narina é ocluída. Álcool, amônia e outras irritantes, submetidos aos nociceptores do V par craniano (trigêmeo), são usados apenas quando houver suspeita de simulação.</p><p>· Procedimento:</p><p>· Tampe uma narina e depois respire – para testar obstrução nasal;</p><p>· Um lado cheira café, do outro lado cheira canela/sabonete/baunilha.</p><p>2. NCII – Óptico</p><p>· Acuidade visual – Teste de Snellen</p><p>· O paciente é colocado a 5-6 metros d distância do cartaz com a tabela de Snellen em tamanho padronizado;</p><p>· O teste é realizado em um olho de cada vez, sendo assim, cobre-se o olho que não está sendo avaliado no momento com um objeto sólido sem pressioná-lo, e depois avalia-se o outro;</p><p>· O avaliador deve pedir para que o paciente diga as letras que está enxergando, começando de cima para baixo, ou seja, das letras maiores para as menores;</p><p>· Se o indivíduo conseguir soletrar as letras da fileira 8 na imagem abaixo, é definida acuidade visual normal, representada como 6/6 ou 20/20 (capacidade de enxergar nitidamente a 6m ou a 20 pés.</p><p>· Cada fileira é marcada por uma estimativa de acuidade visual, por exemplo, uma AV 20/40 quer dizer que o indivíduo enxerga com nitidez a uma distância de 20 pés o que uma pessoa com acuidade normal enxergaria a 40 pés.</p><p>· Se o indivíduo usa óculo, ele deverá fazer o teste com óculos.</p><p>· Daltonismo – placas pseudoisocromáticas de Ishihara ou Hardy-Rand-Ritter</p><p>· Campos visuais – confrontação direta nos 4 quadrantes visuais</p><p>· As respostas pupilares diretas e consensuais são avaliadas</p><p>· Também é realizado exame fundoscópico</p><p>· Oftalmocospia:</p><p>· Prestar atenção nos discos do nervo óptico:</p><p>· Edema e margens borradas (papiledema);</p><p>· Palidez (atrofia óptica);</p><p>· Aumento da escavação fisiológica (glaucoma).</p><p>· Exame do campo visual</p><p>· Dessaturação para o vermelho</p><p>· Que cor é essa?</p><p>· Enxerga igual ou diferente do outro olho?</p><p>· Piscar diante de uma ameaça</p><p>3. NC III, IV e VI – Oculomotor, Troclear e Abducente</p><p>· N. abducente:</p><p>· Inerva o músculo reto lateral (olhar para fora);</p><p>· Lesão: dificuldade para olhar para fora.</p><p>· N. Oculomotor:</p><p>· Ação motora e parassimpática (miose);</p><p>· Inerva os músculos reto medial, superior e inferior;</p><p>· Inerva o músculo oblíquo inferior e elevador da pálpebra;</p><p>· Lesão: ptose, dificuldade para olhar para cima, baixo e meio, estrabismo divergente, midríase.</p><p>· N. Troclear:</p><p>· Inerva o músculo oblíquo superior.</p><p>Testes principais:</p><p>· Reflexo luminoso</p><p>· Simetria</p><p>· Tamanho</p><p>· Reações pupilares a luz</p><p>· Reflexo de acomodação</p><p>· Movimentos oculares extrínsecos</p><p>· Movimentos sacádicos</p><p>· “Quando eu mexer a mão você olha para ela”</p><p>· Movimentos persecutórios</p><p>· “Siga meu dedo”</p><p>· Nistagmo optocinético</p><p>· Reflexo oculocefálico</p><p>Observação:</p><p>· Ptose palpebral (NCIII)</p><p>· Síndrome de Horner: lesão das fibras simpáticas destinadas ao olho. Classicamente se apresenta com ptose palpebral parcial, miose e anidrose (incapacidade de transpirar) de uma hemiface ipsilateral ao nervo acometido.</p><p>· Síndrome de Pancoast: síndrome resultante de uma neoplasia maligna no sulco superior do pulmão. Leva a lesões destrutivas na entrada da cavidade torácica e envolta do plexo braquial e nervos cervicais simpáticos.</p><p>4. NCV – Trigêmeo</p><p>· Sensibilidade facial</p><p>· Olhos abertos – sente igual dos dois lados?</p><p>· Olhos fechados – qual é a pontada mais fina?</p><p>· Músculos da mastigação</p><p>· Aperte os dentes, relaxe</p><p>· Reflexo mentoniano</p><p>· Deixe a boca entreaberta</p><p>· Reflexo córneopalpebral</p><p>5. NC VII – Facial</p><p>· O 7° par craniano (facial) é avaliado verificando a fraqueza hemifacial</p><p>· A sensibilidade gustativa nos dois terços anteriores da língua pode ser testada com soluções doces, azedas, salgadas e amargas colocadas e ambos os lados da língua.</p><p>· Músculos faciais:</p><p>· “Sorria”</p><p>· “Levante a sobrancelha”</p><p>· “Feche bem os olhos”</p><p>· “Não deixe eu abrir seus olhos”</p><p>· Exame da gustação:</p><p>· “Feche os olhos”</p><p>· “Mostre a língua”</p><p>· “Salgado”</p><p>· “Doce”</p><p>6. NC VIII – Vestibulococlear</p><p>· Teste de Rinne:</p><p>· Nesse teste é comparada a condução óssea (CO) e a condução aérea (CA) do paciente.</p><p>· Normal – condução aérea > condução óssea</p><p>· Perda condutiva – CO = CA ou CO > CA</p><p>· Perda neurossensorial: CA > C</p><p>· Teste</p><p>de Weber:</p><p>· Esse é outro teste clínico usado para audição e indica se a perda é de origem neural ou condutiva</p><p>· A resposta normal é o paciente ouvir som ou sentir a vibração no meio da testa</p><p>· Caso o som não seja ouvido no meio ou se lateralize, considera-se que houve perda auditiva</p><p>· Na perda condutiva unilateral, o som é ouvido (lateralizado) do lado comprometido.</p><p>· Teste do sistema vestibular</p><p>7. NC IX e X – Glossofaríngeo e Vago</p><p>· Reflexo do engasgo e elevação do palato</p><p>· Um desses é o teste para avaliação da inervação do palato mole. O paciente deve abrir a boca, em repouso, o examinador observa o palato e a úvula que deve estar centralizada. Depois pede-se que o paciente fale “A” por alguns segundos e então observa-se. O normal é que a úvula se mantenha centralizada. Se houver lateralização da úvula, indica uma lesão do lado oposto ao desvio da úvula. Isso é conhecido como “sinal de cortina”.</p><p>8. NC XI – Acessório</p><p>· Esternocleidomastóideo e trapézio</p><p>· “vire a cabeça para direita”</p><p>· “Vire a cabeça para esquerda”</p><p>· “Empurre a cabeça para frente”</p><p>· “Levante os ombros”</p><p>· “Empurre a cabeça para trás”</p><p>9. NC XII – Hipoglosso</p><p>· Músculos da língua</p><p>· “Língua para fora”</p><p>· “Empurre meu dedo com a língua”</p><p>· “Deixe a língua descansar dentro da boca”</p><p>· “Repita”</p><p>· Desvio da língua para o lado da lesão</p><p>Avaliação da Marcha</p><p>· Timed up and go test (TUG)</p><p>· Observe: postura, apoio, equilíbrio, balanço dos braços e movimento das pernas.</p><p>· Caminhar na ponta dos pés – testa a flexão plantar e o equilíbrio</p><p>· Caminhar sobre os calcanhares – testa a dorsiflexão dos tornozelos e o equilíbrio</p><p>· Marcha em Tandem (Ataxias): Dificuldade ou mesmo incapacidade de se manter a coordenação motora como normalmente.</p><p>· Teste de Romberg:</p><p>· Testa a percepção dos movimentos realizados pelos segmentos corporais. Assim, é realizada com objetivo de avaliar a propriocepção do paciente, a fim de identificar uma possível ataxia (perda da coordenação) sensitiva.</p><p>· A prova de Romberg é dita positiva quando o paciente consegue manter-se em equilíbrio com os olhos abertos, mas apresenta oscilações importantes ou tendência à queda ao fechar os olhos.</p><p>· Para a pessoa manter o equilíbrio durante a prova de Romberg, ela necessita de ao menos dois destes três sistemas: vestibular, visual e proprioceptivo. Por isso é importante saber interpretar os sinais da prova de Romberg na ataxia sensitiva e nas vestibulopatias.</p><p>· Como interpretar a prova de Romberg na ataxia sensitiva?</p><p>· A ataxia sensitiva é definida como a perda das aferências proprioceptivas. O paciente com essa condição pode apresentar queixa típica de quedas constantes ao levantar-se para ir ao banheiro durante a noite.</p><p>· Isso porque depende de sua visão para manter o equilíbrio. Por isso, ao ser retirada sua visão - devido ao escuro da noite – ele apresenta tendência à queda.</p><p>· Para mais, ao realizar a prova de Romberg, o indivíduo com ataxia sensitiva consegue manter-se equilibrado com os olhos abertos. Entretanto, ao fechar os olhos, o paciente tende a desequilibrar-se quase imediatamente, sem lado preferencial para a queda.</p><p>· Como interpretar a prova de Romberg nas vestibulopatias?</p><p>· Nas vestibulopatias, ao fechar os olhos, o paciente também tende ao desequilíbrio. Contudo, é possível perceber tendência à queda para um lado preferencial: ou seja, para o lado acometido.</p><p>· Por exemplo: o paciente que tem tendência à queda para o lado esquerdo pode apresentar lesão na parte vestibular do nervo vestibulococlear (NC VIII) à esquerda.</p><p>· Para mais, é possível visualizar certa latência antes da perda do equilíbrio.</p><p>· Assim, o paciente com vestibulopatia não pode ser considerado Romberg positivo. Por isso, deve-se descrever esse achado como “teste de Romberg com queda preferencial para o lado esquerdo/direito”.</p><p>· A prova de Romberg testa a ataxia cerebelar?</p><p>· A prova de Romberg não testa a ataxia cerebelar. Isso porque o paciente com essa condição é incapaz de permanecer em equilíbrio com os olhos abertos. Não havendo, assim, diferença de equilíbrio com os olhos fechados e abertos.</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image17.png</p><p>image18.png</p><p>image19.png</p><p>image20.png</p><p>image21.png</p><p>image22.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p>

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