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<p>Curso online</p><p>ENFERMAGEM</p><p>DO TRABALHO</p><p>DISPONÍVEL 24 HORAS</p><p>POR DIA</p><p>LÍDER EM CUSTO</p><p>BENEFÍCIO</p><p>EM CONFORMIDADE</p><p>COM AS LEIS VIGENTES</p><p>SUMÁRIO</p><p>História da Enfermagem do Trabalho.........................................................................</p><p>História da Enfermagem do Trabalho e Principais Procedimentos ........................</p><p>A equipe de Enfermagem doTrabalho: suas funções e responsabilidades ...........</p><p>Área física e equipamentos necessários para o SESMT ..........................................</p><p>Elaboração de manuais de ocupação ........................................................................</p><p>Organização de arquivos e prontuários ....................................................................</p><p>Normas Regulamentadoras.........................................................................................</p><p>Atuação do enfermeiro do trabalho e perspectivas de mercado ...........................</p><p>Doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho......................................................</p><p>Enfermagem do trabalho: legislação..........................................................................</p><p>Biossegurança e a relação com a enfermagem do trabalho....................................</p><p>Classificação de risco dos agentes biológicos .........................................................</p><p>Precauções para transmissão de doenças ...............................................................</p><p>Termos e conceitos utilizados em Biossegurança....................................................</p><p>Processos de limpeza de superfícies.........................................................................</p><p>Portaria Nº 1.683, de 28 de agosto de 2003 ............................................................</p><p>Resíduos do serviço de saúde ...................................................................................</p><p>Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde ..................................</p><p>Ética e Deontologia de Enfermagem e Enfermagem do Trabalho...........................</p><p>Conceitos jurídicos aplicados a enfermagem ...........................................................</p><p>CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade ...............................................</p><p>Referências....................................................................................................................</p><p>2</p><p>4</p><p>5</p><p>8</p><p>9</p><p>10</p><p>10</p><p>21</p><p>20</p><p>23</p><p>24</p><p>25</p><p>27</p><p>31</p><p>34</p><p>36</p><p>37</p><p>46</p><p>48</p><p>49</p><p>51</p><p>54</p><p>História da Enfermagem do Trabalho</p><p>O trabalho existe desde o aparecimento do primeiro homem, e tem assumido</p><p>diversas dimensões no transcorrer da história. Bernardino Ramazzini, nasceu na</p><p>Itália e marcou a história da saúde dos trabalhadores, sendo considerado o pai da</p><p>medicina do trabalho. Os primeiros relatos demonstrando a preocupação com a</p><p>saúde dos trabalhadores e sua relação com o trabalho iniciou em 1700, quando</p><p>publicou seu livro intitulado: "As doenças dos trabalhadores" (LINO et al., 2012).</p><p>O campo da saúde do trabalhador é amplo e complexo, abrangendo a</p><p>prevenção de todas as disfunções provocadas pelo emprego, acidentes e</p><p>doenças relacionadas ao trabalho, e todos os aspectos relacionados com as</p><p>interações entre trabalho e saúde (LINO et al., 2012).</p><p>2</p><p>Segundo a Comissão Internacional de</p><p>Saúde no Trabalho — ICOH (2002) o</p><p>objetivo da saúde no trabalho é proteger e</p><p>promover a saúde dos trabalhadores,</p><p>manter e melhorar sua capacidade de</p><p>trabalho, contribuir para o estabelecimento</p><p>e a manutenção de um ambiente de trabalho</p><p>saudável e seguro para todos, assim como</p><p>promover a adaptação do trabalho às</p><p>capacidades dos trabalhadores,</p><p>considerando seu estado de saúde. Dentro</p><p>desse contexto, é essencial compreender os</p><p>determinantes sociais de saúde na</p><p>qualidade de vida da população.</p><p>A enfermagem do trabalho surge quando as primeiras leis de acidente do</p><p>trabalho se originaram, até chegar ao Brasil por meio do Decreto legislativo n.</p><p>3.724 de 15 de janeiro de 1919, a fim de dar parâmetros legais para os</p><p>trabalhadores expostos aos riscos do dia a dia.</p><p>No Brasil a primeira escola de enfermagem foi</p><p>criada em 1890 no hospício de Pedro 2º, atualmente</p><p>o UNI-RIO. No que diz respeito aos aspectos</p><p>históricos, o exercício de enfermagem no Brasil foi</p><p>regulamentado em 1931, em 1955 foi aprovada a Lei</p><p>do exercício Profissional de Enfermagem no Brasil.</p><p>Em 1959 aconteceu uma Conferência Internacional</p><p>do Trabalho e, nesta, houve a recomendação de</p><p>número 112 da Organização Internacional do Trabalho</p><p>(OIT) que conceituou a Medicina do Trabalho, mas</p><p>limitando-se a intervenção médica.</p><p>3</p><p>Em 1963 foi incluído no curso de medicina o ensino de</p><p>medicina do trabalho. Com a OIT as normas sobre a</p><p>proteção à saúde e integridade física do trabalhador</p><p>ganharam força, contribuindo bastante na prevenção de</p><p>acidentes e doenças do trabalho. O auxiliar de</p><p>enfermagem do trabalho foi incluído na equipe de saúde</p><p>ocupacional pela portaria n. 3.237 de 27 de Julho de 1972</p><p>do Ministério do Trabalho. A inclusão do enfermeiro do</p><p>trabalho na equipe de saúde ocupacional aconteceu por</p><p>meio da portaria n. 3 460 do ministério do trabalho, em</p><p>1975.</p><p>História da Enfermagemdo Trabalho e Principais</p><p>Procedimentos</p><p>A Enfermagem do Trabalho faz parte da área da Enfermagem em</p><p>Saúde Pública e, como tal, emprega os mesmos métodos e</p><p>técnicasutilizados na Saúde Pública, com o objetivo de promover</p><p>a saúdedos trabalhadores, protegê-los contra os riscos</p><p>decorrentes de suas atividades laborais e oferecer proteção</p><p>contra agentes químicos, físicos, biológicos e psicossociais.</p><p>Em síntese algumas informações relevantes sobre a história da Enfermagem do</p><p>Trabalho são as seguintes:</p><p>A profissão de enfermagem surgiu na Inglaterra durante o século XIX.</p><p>No Brasil, a primeira escola de enfermagem foi estabelecida em 1890 no</p><p>Hospício de Pedro II, atualmente conhecido como UNI-RIO.</p><p>A regulamentação da enfermagem no Brasil ocorreu em 1931.</p><p>Em 1955, foi aprovada a Lei que regulamenta o exercício profissional da</p><p>Enfermagem no país.</p><p>Em 1959, ocorreu uma Conferência Internacional do Trabalho que introduziu o</p><p>conceito de medicina do trabalho, porém limitado às intervenções médicas.</p><p>Em 1963, o ensino de Medicina do Trabalho foi incluído nos cursos de</p><p>medicina.</p><p>Em 1964, a Escola de Enfermagem da UERJ passou a oferecer a disciplina de</p><p>Saúde Ocupacional em seu currículo de graduação.</p><p>Em 1972, por meio da portaria n. 3.237 do Ministério do Trabalho, o Auxiliar de</p><p>Enfermagem do Trabalho foi incorporado à equipe de Saúde Ocupacional.</p><p>Em 1973, foram criados o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) e os</p><p>CORENs (Conselhos Regionais de Enfermagem).</p><p>Em 1974, ocorreu o primeiro curso de Especialização em Enfermagem do</p><p>Trabalho no Rio de Janeiro.</p><p>Em 1975, por meio da portaria n. 3.460 do MTE (Ministério do Trabalho e</p><p>Emprego), o Enfermeiro do Trabalho foi incluído na equipe de Saúde</p><p>Ocupacional.</p><p>Nesse mesmo ano, foi criado o código de Deontologia de Enfermagem e, no</p><p>ano seguinte, estabeleceu-se o primeiro Sindicato de Enfermagem no Rio</p><p>Grande do Sul.</p><p>4</p><p>A equipe de Enfermagem doTrabalho:</p><p>suas funções e responsabilidades</p><p>A equipe de Enfermagem do Trabalho é composta por</p><p>profissionais especializados, o Técnico de Enfermagem</p><p>do Trabalho e o Enfermeiro do Trabalho. O Enfermeiro</p><p>do Trabalho é um profissional que possui um certificado</p><p>de conclusão de curso de Especialização em Enfermagem</p><p>do Trabalho, em nível de Pós-Graduação. Sua função é</p><p>assistir os trabalhadores, promovendo e cuidando de sua</p><p>saúde, prevenindo doenças ocupacionais e acidentes de</p><p>trabalho, além de fornecer cuidados aos doentes e</p><p>acidentados, visando seu bem-estar físico e mental.</p><p>O Técnico de Enfermagem do Trabalho, por sua vez,</p><p>é um profissional registrado no COREN, que concluiu</p><p>o curso de Enfermagem nos termos da lei 7.498, de</p><p>25 de junho de 1986 e do decreto n. 94.406 de 8 de</p><p>junho de 1987. Após sua formação, ele realiza o curso</p><p>de Enfermagem do Trabalho, conforme estabelecido</p><p>na NR-4 da portaria n. 3.214 do MTE. O Técnico de</p><p>Enfermagem do Trabalho desempenha um papel</p><p>importante na assistência e cuidados</p><p>a</p><p>outro, não existindo medidas preventivas e de tratamento para esses agentes;</p><p>41</p><p>Coleta e transporte externos: remoção dos resíduos de serviços de saúde do</p><p>abrigo externo até a unidade de tratamento ou outra destinação, ou disposição</p><p>final ambientalmente adequada, utilizando-se de técnicas que garantam a</p><p>preservação das condições de acondicionamento;</p><p>Coletor: recipiente utilizado para acondicionar os sacos com resíduos; coletor com</p><p>rodas ou carro de coleta: recipiente com rodas utilizado para acondicionar e</p><p>transportar internamente os sacos com resíduos;</p><p>Compostagem: processo biológico que acelera a decomposição do material</p><p>orgânico, tendo como produto final o composto orgânico;</p><p>Decaimento radioativo: desintegração natural de um núcleo atômico por meio da</p><p>emissão de energia em forma de radiação;</p><p>Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a</p><p>reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento</p><p>energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema</p><p>Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária</p><p>(SNVS) e do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), entre</p><p>elas a disposição final ambientalmente adequada, observando normas</p><p>operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à</p><p>segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;</p><p>Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos</p><p>em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos</p><p>ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais</p><p>adversos;</p><p>Equipamento de proteção individual (EPI): dispositivo ou produto de uso</p><p>individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de</p><p>ameaçar a segurança e a saúde no trabalho;</p><p>Equipamento de proteção coletiva (EPC): dispositivos ou produtos de uso coletivo</p><p>utilizados pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar</p><p>a segurança e a saúde no trabalho e de terceiros;</p><p>Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ): ficha que</p><p>contém informações essenciais detalhadas dos produtos químicos, especialmente</p><p>sua identificação, seu fornecedor, sua classificação, sua periculosidade, as medidas</p><p>de precaução e os procedimentos em caso de emergência;</p><p>42</p><p>Fonte radioativa selada: fonte radioativa encerrada hermeticamente em uma</p><p>cápsula, ou ligada totalmente a material inativo envolvente, de forma que não</p><p>possa haver dispersão de substância radioativa em condições normais e severas de</p><p>uso;</p><p>Forma livre: saturação de um líquido em um resíduo que o absorva ou o contenha,</p><p>de forma que possa produzir gotejamento, vazamento ou derramamento</p><p>espontaneamente ou sob compressão mínima;</p><p>Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de procedimentos</p><p>de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas, técnicas,</p><p>normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos e</p><p>proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção</p><p>dos trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do</p><p>meio ambiente;</p><p>Hemoderivados: produtos oriundos do sangue total ou do plasma, obtidos por</p><p>meio de processamento físico-químico ou biotecnológico;</p><p>Identificação dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de medidas que</p><p>permite o reconhecimento dos riscos presentes nos resíduos acondicionados, de</p><p>forma clara e legível em tamanho proporcional aos sacos, coletores e seus</p><p>ambientes de armazenamento, conforme disposto no Anexo II desta Resolução;</p><p>Instalação radiativa: unidade ou serviço no qual se produzam, processam,</p><p>manuseiam, utilizam, transportam ou armazenam fontes de radiação, excetuando-</p><p>se as Instalações Nucleares definidas em norma da Comissão Nacional de Energia</p><p>Nuclear (CNEN);</p><p>Licença ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente</p><p>estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que devem ser</p><p>obedecidas para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou</p><p>atividades utilizadores dos recursos ambientais considerados efetiva ou</p><p>potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar</p><p>degradação ambiental;</p><p>Licença sanitária: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos</p><p>Estados, Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão para o</p><p>funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de</p><p>vigilância sanitária;</p><p>43</p><p>Líquidos corpóreos: líquidos originados no corpo humano, limitados para fins</p><p>desta resolução, em líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural, articular,</p><p>ascítico e amniótico;</p><p>Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social</p><p>caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a</p><p>viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para</p><p>reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação</p><p>final ambientalmente adequada;</p><p>Manejo dos resíduos de serviços de saúde: atividade de manuseio dos resíduos</p><p>de serviços de saúde, cujas etapas são a segregação, acondicionamento,</p><p>identificação, transporte interno, armazenamento temporário, armazenamento</p><p>externo, coleta interna, transporte externo, destinação e disposição final</p><p>ambientalmente adequada dos resíduos de serviços de saúde;</p><p>Metal pesado: qualquer substância ou composto contendo antimônio, cádmio,</p><p>cromo (IV), chumbo, estanho, mercúrio, níquel, prata, selênio, telúrio e tálio;</p><p>Nível de dispensa: valor estabelecido por norma da Comissão Nacional de Energia</p><p>Nuclear (CNEN), tal que fontes de radiação com concentração de atividade ou</p><p>atividade total igual ou inferior a esse valor podem ser dispensadas de controle</p><p>regulatório e ser liberado pelas vias convencionais, sob os aspectos de proteção</p><p>radiológica;</p><p>Nível III de inativação microbiana: processo físico ou outros processos para a</p><p>redução ou eliminação da carga microbiana, tendo como resultado a inativação de</p><p>bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e</p><p>micobactérias com redução igual ou maior que 6Log10, e inativação de esporos do</p><p>B. stearothermophilus ou de esporos do B. subtilis com redução igual ou maior que</p><p>4Log10;</p><p>Patogenicidade: é a capacidade que tem o agente infeccioso de, uma vez instalado</p><p>no organismo do homem e dos animais, produzir sintomas em maior ou menor</p><p>proporção dentre os hospedeiros infectados;</p><p>Periculosidade: qualidade ou estado de ser perigoso;</p><p>44</p><p>Plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (PGRSS): documento</p><p>que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos de</p><p>serviços de saúde, observadas suas características e riscos, contemplando os</p><p>aspectos referentes à geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta,</p><p>armazenamento, transporte, destinação e disposição final ambientalmente</p><p>adequada, bem como as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do</p><p>meio ambiente; plano de proteção radiológica (PPR): documento exigido para fins</p><p>de licenciamento de instalações radiativas, pela Comissão Nacional de Energia</p><p>Nuclear (CNEN);</p><p>Príon: estrutura proteica alterada relacionada como agente etiológico das diversas</p><p>formas de encefalite espongiforme;</p><p>Produto para diagnóstico de uso in vitro: reagentes, padrões, calibradores,</p><p>controles, materiais, artigos e instrumentos, junto com as instruções para seu uso,</p><p>que contribuem para realizar uma determinação qualitativa, quantitativa ou</p><p>semiquantitativa de uma amostra biológica e que não estejam destinados a cumprir</p><p>função anatômica, física ou terapêutica alguma, que não sejam ingeridos, injetados</p><p>ou inoculados em seres humanos e que são utilizados unicamente para provar</p><p>informação sobre amostras obtidas do organismo humano;</p><p>Quimioterápicos antineoplásicos: produtos químicos que atuam ao nível celular</p><p>com potencial de produzirem genotoxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade,</p><p>carcinogenicidade</p><p>e teratogenicidade;</p><p>Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a</p><p>alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à</p><p>transformação em insumos ou novos produtos;</p><p>Recipiente vazio de medicamento: embalagem primária de medicamentos usada</p><p>em sua preparação ou administração, que tenha sido esvaziado em decorrência da</p><p>total utilização ou transferência de seu conteúdo deste para outro recipiente;</p><p>Redução de carga microbiana: aplicação de processo que visa à inativação</p><p>microbiana das cargas biológicas contidas nos resíduos;</p><p>Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de</p><p>tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e</p><p>economicamente viáveis, não apresente outra possibilidade que não a disposição</p><p>final ambientalmente adequada;</p><p>45</p><p>Rejeito radioativo: material que contenha radionuclídeo em quantidade superior</p><p>aos limites de dispensa especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia</p><p>Nuclear (CNEN), para o qual a reutilização é imprópria ou não prevista;</p><p>Resíduos de serviços de saúde (RSS): todos os resíduos resultantes das atividades</p><p>exercidas pelos geradores de resíduos de serviços de saúde, definidos nesta</p><p>Resolução;</p><p>Resíduo perigoso: aquele que, em razão de suas características de inflamabilidade,</p><p>corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade,</p><p>teratogenicidade e mutagenicidade, apresenta significativo risco à saúde pública ou</p><p>à qualidade ambiental ou à saúde do trabalhador, de acordo com lei, regulamento</p><p>ou norma técnica;</p><p>Resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem descartado, resultante de</p><p>atividades humanas em sociedade, a cuja destinação se propõe proceder ou se está</p><p>obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos</p><p>em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento</p><p>na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções</p><p>técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;</p><p>Resíduos de serviços de saúde do Grupo A: resíduos com a possível presença de</p><p>agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de</p><p>infecção, elencados no Anexo I desta Resolução;</p><p>Resíduos de serviços de saúde do Grupo B: resíduos contendo produtos químicos</p><p>que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de</p><p>suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade,</p><p>elencados no Anexo I desta Resolução;</p><p>Resíduos de serviços de saúde do Grupo C: rejeitos radioativos, elencados no</p><p>Anexo I desta Resolução;</p><p>Resíduos de serviços de saúde do Grupo D: resíduos que não apresentam risco</p><p>biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser</p><p>equiparados aos resíduos domiciliares, elencados no Anexo I desta Resolução;</p><p>46</p><p>Resíduos de serviços de saúde do Grupo E: resíduos perfurocortantes ou</p><p>escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro,</p><p>brocas, limas endodônticas, fios ortodônticos cortados, próteses bucais metálicas</p><p>inutilizadas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares,</p><p>micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro</p><p>quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri),</p><p>elencados no Anexo I desta Resolução;</p><p>Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua</p><p>transformação biológica, física ou físico-química;</p><p>Sala de utilidades: ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos</p><p>materiais e roupas utilizados na assistência ao usuário do serviço e guarda</p><p>temporária de resíduos;</p><p>Segregação: separação dos resíduos, conforme a classificação dos Grupos</p><p>estabelecida no Anexo I desta Resolução, no momento e local de sua geração, de</p><p>acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os</p><p>riscos envolvidos;</p><p>Transporte interno: traslado dos resíduos dos pontos de geração até o abrigo</p><p>temporário ou o abrigo externo.</p><p>Tratamento: Etapa da destinação que consiste na aplicação de processo que</p><p>modifique as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos, reduzindo</p><p>ou eliminando o risco de dano ao meio ambiente ou à saúde pública;</p><p>Unidade geradora de resíduos de serviço de saúde: unidade funcional dentro do</p><p>serviço no qual é gerado o resíduo.</p><p>CAPÍTULO II DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE</p><p>SERVIÇOS DE SAÚDE Art. 4º</p><p>O gerenciamento dos RSS deve abranger todas as etapas de planejamento dos</p><p>recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos</p><p>envolvidos. Art. 5º Todo serviço gerador deve dispor de um Plano de</p><p>Gerenciamento de RSS (PGRSS), observando as regulamentações federais,</p><p>estaduais, municipais ou do Distrito Federal.</p><p>§ 1º Para obtenção da licença sanitária, caso o serviço gere exclusivamente resíduos</p><p>do Grupo D, o PGRSS pode ser substituído por uma notificação desta condição ao</p><p>órgão de vigilância sanitária competente, seguindo as orientações locais.</p><p>47</p><p>§ 2º Caso o serviço gerador possua instalação radiativa, adicionalmente, deve</p><p>atender às regulamentações específicas da CNEN.</p><p>§ 3º Os novos geradores de resíduos terão prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a</p><p>partir do início do funcionamento, para apresentar o PGRSS. Art. 6º No PGRSS, o</p><p>gerador de RSS deve:</p><p>I - estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos, conforme a classificação do</p><p>Anexo I desta resolução;</p><p>II - descrever os procedimentos relacionados ao gerenciamento dos RSS quanto à</p><p>geração, à segregação, ao acondicionamento, à identificação, à coleta, ao</p><p>armazenamento, ao transporte, ao tratamento e à disposição final ambientalmente</p><p>adequada;</p><p>III - estar em conformidade com as ações de proteção à saúde pública, do</p><p>trabalhador e do meio ambiente;</p><p>IV - estar em conformidade com a regulamentação sanitária e ambiental, bem como</p><p>com as normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana;</p><p>V - quando aplicável, contemplar os procedimentos locais definidos pelo processo</p><p>de logística reversa para os diversos RSS;</p><p>VI - estar em conformidade com as rotinas e processos de higienização e limpeza</p><p>vigentes no serviço gerador de RSS;</p><p>VII - descrever as ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes</p><p>decorrentes do gerenciamento dos RSS;</p><p>VIII - descrever as medidas preventivas e corretivas de controle integrado de</p><p>vetores e pragas urbanas, incluindo a tecnologia utilizada e a periodicidade de sua</p><p>implantação;</p><p>IX - descrever os programas de capacitação desenvolvidos e implantados pelo</p><p>serviço gerador abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o setor de</p><p>limpeza e conservação;</p><p>X - apresentar documento comprobatório da capacitação e treinamento dos</p><p>funcionários envolvidos na prestação de serviço de limpeza e conservação que</p><p>atuem no serviço, próprios ou terceiros de todas as unidades geradoras;</p><p>XI - apresentar cópia do contrato de prestação de serviços e da licença ambiental</p><p>das empresas prestadoras de serviços para a destinação dos RSS; e</p><p>XII - apresentar documento comprobatório de operação de venda ou de doação dos</p><p>RSS destinados à recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística reversa.</p><p>Parágrafo único. Os documentos referidos nos incisos X e XII devem ser mantidos</p><p>arquivados, em meio físico ou eletrônico, por no mínimo cinco anos, para fins de</p><p>inspeção sanitária, a critério da autoridade sanitária competente.</p><p>48</p><p>Art. 7º O PGRSS deve ser monitorado e mantido atualizado, conforme periodicidade</p><p>definida pelo responsável por sua elaboração e implantação. Art. 8º O</p><p>estabelecimento que possua serviços geradores de RSS com licenças sanitárias</p><p>individualizadas deve ter PGRSS único que contemple todos os serviços existentes.</p><p>Parágrafo único. Nas edificações não hospitalares nas quais houver serviços</p><p>individualizados, os respectivos RSS dos Grupos A e E podem ter o armazenamento</p><p>externo de forma compartilhada. Art. 9º O serviço gerador de RSS deve manter</p><p>cópia do</p><p>PGRSS disponível para consulta dos órgãos de vigilância sanitária ou</p><p>ambientais, dos funcionários, dos pacientes ou do público em geral. Art. 10 O</p><p>serviço gerador de RSS é responsável pela elaboração, implantação, implementação</p><p>e monitoramento do PGRSS. Parágrafo único. A elaboração, a implantação e o</p><p>monitoramento do PGRSS pode ser terceirizada.</p><p>ÉTICA E DEONTOLOGIA DE ENFERMAGEM E ENFERMAGEM DO</p><p>TRABALHO</p><p>Ética: Estudo das crenças morais, comportamento moral.</p><p>Moral: Adesão de valores. É a prática da ética em si, passa pelo crivo pessoal.</p><p>Ética profissional: Regula as atividades que se realizam no âmbito de uma</p><p>profissão.</p><p>Código de ética: Conjunto de regras, direitos e deveres.</p><p>PRINCÍPIOS ÉTICOS COMUNS APLICADOS À ENFERMAGEM</p><p>AUTONOMIA: Capacidade de fazer uma escolha livre de coação.</p><p>BENEFICÊNCIA: Dever de fazer o bem.</p><p>NÃO-MALEFICÊNCIA: Dever não infligir o mal, bem como evitá-lo.</p><p>JUSTIÇA: EQUIDADE=Tratar casos semelhantes de forma semelhante</p><p>49</p><p>CONCEITOS JURÍDICOS APLICADOS À ENFERMAGEM</p><p>IMPERÍCIA: Ausência de qualificação para determinada ação. Inaptidão, ignorância,</p><p>desconhecimento.</p><p>NEGLIGÊNCIA: Deixar de tomar atitude esperada para a situação. Descuido,</p><p>indiferença, desatenção.</p><p>IMPRUDÊNCIA: Tomada de atitude diferente da esperada. Ação precipitada, sem</p><p>cautela. Imprevidência acerca do mal.</p><p>SEGUNDO A LEGISLAÇÃO SÃO ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO</p><p>DO TRABALHO PELA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENFERMAGEM</p><p>DO TRABALHO (ANENT) :</p><p>Estuda as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando</p><p>observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe;</p><p>Elabora e executa planos e programas de promoção e proteção à saúde dos</p><p>empregados;</p><p>Executa e avalia programas de prevenção de acidentes e de doenças</p><p>profissionais e não profissionais;</p><p>Presta primeiros socorros no local de trabalho;</p><p>Elabora e executa e avalia as atividades de assistência de enfermagem aos</p><p>trabalhadores;</p><p>Organiza e administra o setor de enfermagem da empresa;</p><p>Treina trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material adequado</p><p>ao tipo de trabalho;</p><p>Planeja e executa programas de educação sanitária;</p><p>Registra dados estatísticos de acidentes e doenças profissionais</p><p>PERFIL DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO -</p><p>ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENFERMAGEM DO TRABALHO</p><p>(ANENT)</p><p>Coparticipar com o enfermeiro;</p><p>Planejamento, programação, orientação e execução das atividades de enfermagem</p><p>do trabalho nos três níveis de prevenção integrando a equipe de saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>1. Participar com o enfermeiro: no planejamento, programação e orientação das</p><p>atividades de enfermagem do trabalho;</p><p>no desenvolvimento e execução de programas de avaliação da saúde dos</p><p>trabalhadores;</p><p>2. Participar com o enfermeiro: na elaboração e execução de programas de controle</p><p>das doenças transmissíveis e não transmissíveis e vigilância epidemiológica dos</p><p>trabalhadores; na execução dos programas de higiene e segurança do trabalho e de</p><p>prevenção de acidentes e de doenças profissionais;</p><p>Executar todas as atividades de enfermagem do trabalho exceto as privativas do</p><p>enfermeiro. Integrar a equipe de saúde do trabalhador.</p><p>50</p><p>51</p><p>CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,</p><p>INCAPACIDADE E SAÚDE – CIF</p><p>A CIF é a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde que</p><p>tem como objetivo proporcionar uma linguagem unificada e padronizada, assim</p><p>como uma estrutura de trabalho para a descrição da saúde e de estados</p><p>relacionados com a saúde.</p><p>Pertence a “família” das classificações internacionais da OMS, proporciona um</p><p>sistema para a codificação de uma ampla gama de informações sobre saúde e</p><p>utiliza uma linguagem comum padronizada.</p><p>Complementar a CID-10 A CID-10 proporciona um “diagnóstico” de doenças e traz</p><p>informações adicionais sobre funcionalidade.</p><p>Em relação aos seus antecedentes:</p><p>1980 – Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e</p><p>Desvantagens</p><p>2001 – Aprovação da CIF pela OMS</p><p>CIF transformou-se, de uma classificação de “consequência da doença” (versão de</p><p>1980) classificação de “componentes da saúde” posição neutra em relação à</p><p>etiologia da doença.</p><p>Tem como objetivos específicos:</p><p>Proporcionar uma base científica para a compreensão e o estudo dos</p><p>determinantes da saúde, dos resultados e das condições relacionadas com a</p><p>saúde;</p><p>Estabelecer uma linguagem comum para a descrição da saúde e dos estados</p><p>relacionados com a saúde;</p><p>Permitir a comparação de dados entre países, disciplinas relacionadas com os</p><p>cuidados de saúde, serviços, e em diferentes momentos ao longo do tempo;</p><p>Proporcionar um esquema de codificação para sistemas de informação de</p><p>saúde.</p><p>52</p><p>Suas principais aplicações são:</p><p>Ferramenta estatística</p><p>Ferramenta na investigação</p><p>Ferramenta clínica</p><p>Ferramenta de política social</p><p>Ferramenta pedagógica</p><p>Aspectos estruturais:</p><p>A CIF tem duas partes, cada uma com dois componentes:</p><p>Parte 1 Funcionalidade e Incapacidade</p><p>(a) Funções do Corpo e Estruturas do Corpo</p><p>(b) Atividades e Participação</p><p>Parte 2 Fatores Contextuais</p><p>(c) Fatores Ambientais</p><p>(d) Fatores Pessoais</p><p>Cada componente pode ser expresso em termos positivos e negativos. Cada</p><p>componente contém vários domínios e em cada domínio há várias categorias, que</p><p>são as unidades de classificação.</p><p>CIF definições:</p><p>Funções do corpo: São as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as</p><p>funções psicológicas);</p><p>Deficiências: São problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como,</p><p>um desvio importante ou uma perda;</p><p>Atividade: É a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo;</p><p>Participação: É o envolvimento de um indivíduo numa situação da vida real.</p><p>Alguns conceitos:</p><p>Limitações da atividade: São dificuldades que um indivíduo pode ter na</p><p>execução de atividades;</p><p>Restrições na participação: São problemas que um indivíduo pode enfrentar</p><p>quando está envolvido em situações da vida real;</p><p>53</p><p>Fatores ambientais: É o ambiente físico, social e atitudinal em que as pessoas</p><p>vivem e conduzem sua vida.</p><p>Funcionalidade: Termo que engloba todas as funções do corpo, atividades e</p><p>participação.</p><p>Incapacidade: Termo que inclui deficiências, limitação da atividade ou restrição</p><p>na participação.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15475. Resíduos de</p><p>equipamentos eletroeletrônicos – Requisitos para projeto e implantação de</p><p>sistema de gestão. Rio de Janeiro, 2019.</p><p>BRASIL. LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre as condições</p><p>para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o</p><p>funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Vide Lei</p><p>14.758, de 2023.</p><p>BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).</p><p>Brasília: MMA, 2012.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n. 222, de 28 de março de</p><p>2018. Dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas de gerenciamento dos</p><p>resíduos de serviços de saúde.</p><p>BRASIL. Doenças relacionadas ao trabalho. 2023. Disponível em:</p><p><https://bvsms.saude.gov.br/ministerio-da-saude-atualiza-lista-de-doencas-</p><p>relacionadas-ao-trabalho-apos-24-anos/></p><p>BRASIL. PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. Aprova a</p><p>Classificação de Risco dos Agentes Biológicos elaborada em 2017, pela Comissão</p><p>de Biossegurança em Saúde (CBS), do Ministério da Saúde. Disponível em:</p><p><https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2349_22_09_2017.html></p><p>BULHÕES, I. Enfermagem do trabalho. Rio de Janeiro, 1976. 262p.</p><p>CARVALHO, G. M. Enfermagem do trabalho. São Paulo: EPU, 2001. o HAAG, G.S.;</p><p>LOPES, M.J.M.; SCHUCK, J.S. (colab). Enfermagem e a saúde dos trabalhadores.</p><p>2.ed. Goiânia: AB, 2001.</p><p>COSTA, A. B.; FERREIRA, L. M. Enfermagem em saúde do trabalhador. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2018.</p><p>CRUZ, J. L. A. Manual de biossegurança em laboratórios. São Paulo: Atheneu,</p><p>2010.</p><p>MONTEIRO, C. A.; CANNON, G. Manual de nutrição e alimentação saudável. São</p><p>Paulo: Manole, 2018.</p><p>Normas Regulamentadoras. Versão em Português. Disponível em:</p><p><https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-</p><p>trabalho/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-</p><p>nrs></p><p>RAMALHO, J. M. Higiene e segurança no trabalho. Lisboa: Sílabo, 2016.</p><p>SILVA, M. P. S. Gestão de resíduos sólidos: fundamentos e práticas. Rio de</p><p>Janeiro: LTC, 2015.</p><p>SOUZA, R. H. B.; SANTOS, L. L. M. Manual de biossegurança e controle de</p><p>infecção em hospitais. São Paulo: Roca, 2017.</p><p>VASCONCELLOS, P. C. V.; LIMA, A. F. Gestão de resíduos em unidades de saúde.</p><p>São Paulo: Atheneu, 2019.</p><p>54</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.080-1990?OpenDocument</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/ministerio-da-saude-atualiza-lista-de-doencas-relacionadas-ao-trabalho-apos-24-anos/</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/ministerio-da-saude-atualiza-lista-de-doencas-relacionadas-ao-trabalho-apos-24-anos/</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2349_22_09_2017.html</p><p>https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs</p><p>https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs</p><p>https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs</p><p>NÃO ESQUECE DE REALIZAR A SUA AVALIAÇÃO</p><p>PARA OBTER O SEU CERTIFICADO, TÁ?</p><p>OBRIGADO POR ESTUDAR CONOSCO!</p><p>WWW.INEVES.COM.BR</p><p>http://www.ineves.com.br/</p><p>de enfermagem</p><p>aos empregados, promovendo a saúde e</p><p>protegendo-os contra os riscos ocupacionais. Ele</p><p>também auxilia no atendimento aos doentes e</p><p>acidentados, trabalhando em conformidade com a</p><p>legislação reguladora do exercício profissional.</p><p>As atividades do Enfermeiro do Trabalho englobam diversas atribuições, incluindo:</p><p>Atividades Assistenciais: proporcionar assistência e cuidados de enfermagem</p><p>aos trabalhadores, visando seu bem-estar físico e mental.</p><p>Atividades Administrativas: planejar, organizar, dirigir, coordenar, controlar e</p><p>avaliar as atividades de assistência de enfermagem, de acordo com a</p><p>legislação vigente.</p><p>Atividades Educativas: realizar atividades educativas com os trabalhadores,</p><p>sindicatos e empresas, promovendo a conscientização sobre saúde</p><p>ocupacional e prevenção de acidentes e doenças.</p><p>5</p><p>Atividades de Integração: participar de atividades de integração entre os</p><p>diversos membros da equipe de saúde do trabalho.</p><p>Atividades de Pesquisa: conduzir pesquisas relacionadas à saúde ocupacional,</p><p>buscando o aprimoramento dos cuidados oferecidos.</p><p>A equipe de saúde Médica do Trabalho também possui atribuições específicas,</p><p>incluindo:</p><p>Prover assistência médica aos trabalhadores que apresentam suspeita de</p><p>doenças relacionadas ao trabalho, encaminhando-os para especialistas ou</p><p>para a rede assistencial apropriada, quando necessário.</p><p>Realizar entrevistas laborais e análises clínicas para estabelecer a relação</p><p>entre o trabalho e o agravo à saúde investigado.</p><p>Programar e executar ações de assistência básica e vigilância à saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>Realizar inquéritos epidemiológicos nos ambientes de trabalho e colaborar</p><p>com outros órgãos e entidades envolvidos na saúde do trabalhador.</p><p>Notificar acidentes e doenças do trabalho, seguindo os procedimentos e</p><p>instrumentos de notificação estabelecidos pelo setor saúde.</p><p>Participar de atividades educativas em conjunto com os trabalhadores,</p><p>sindicatos e empresas.</p><p>As atividades de Enfermagem do Trabalho abrangem diferentes níveis de atuação,</p><p>tais como:</p><p>Prevenção Primária: envolve ações que visam evitar a ocorrência de doenças</p><p>ocupacionais e acidentes de trabalho, por meio da promoção de medidas de</p><p>prevenção e conscientização.</p><p>Prevenção Secundária: refere-se à identificação precoce de doenças</p><p>ocupacionais e acidentes de trabalho, por meio de exames periódicos e</p><p>monitoramento da saúde dos trabalhadores.</p><p>Prevenção Terciária: concentra-se na reabilitação e reintegração dos</p><p>trabalhadores afetados por doenças ocupacionais ou acidentes de trabalho,</p><p>visando melhorar sua qualidade de vida e capacidade de retorno ao trabalho.</p><p>Prevenção Quaternária: promove vitar danos associada às intervenções</p><p>médicas e de outros profissionais da saúde como excesso de medicação ou</p><p>cirurgias desnecessárias.</p><p>6</p><p>Promover o ajustamento do trabalhador ao ambiente de trabalho.</p><p>Promover a aquisição de hábitos saudáveis. A intervenção é mais eficaz ao</p><p>identificar e classificar os estressores, propondo medidas educativas e de</p><p>controle dos fatores de risco. Isso inclui impedir ou reduzir a exposição</p><p>desses fatores até o limite de resistência, fortalecendo as defesas do</p><p>trabalhador.</p><p>Prevenção primária:</p><p>Melhorar as condições sanitárias no ambiente de trabalho.</p><p>Oferecer assistência imediata a doenças e problemas de saúde causados por</p><p>condições prejudiciais no trabalho.</p><p>Fornecer assistência contínua para lidar com as consequências dos</p><p>problemas de saúde e doenças relacionados às condições de trabalho</p><p>prejudiciais. A intervenção concentra-se em ações corretivas de</p><p>enfermagem, incluindo sintomatologia e tratamento, com o objetivo de</p><p>reduzir os efeitos nocivos identificados.</p><p>Prevenção Secundária:</p><p>Prestar assistência aos trabalhadores com sequelas causadas pelas</p><p>condições de trabalho. Isso envolve readaptação das habilidades funcionais</p><p>do trabalhador, realocação de funções, entre outros, utilizando recursos do</p><p>sistema e do ambiente para fortalecer a resistência.</p><p>Prevenção Terciária:</p><p>7</p><p>Prevenção Quaternária:</p><p>Proteger os trabalhadores de intervenções médicas em que a probabilidade</p><p>de dano é superior à probabilidade de benefício em seu ambiente de trabalho.</p><p>Ex: consultas no contexto da Saúde Ocupacional.</p><p>Balança</p><p>antropométrica</p><p>Área física e equipamentos necessários para o SESMT</p><p>A área física do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina</p><p>do Trabalho (SESMT) dependerá do tipo e tamanho da organização, bem como</p><p>do número de profissionais que farão parte do serviço. O SESMT deve contar</p><p>com os seguintes espaços: local para arquivos, ambulatório, área para</p><p>procedimentos de urgência e enfermagem, sala para provas funcionais e</p><p>consultórios.</p><p>Os equipamentos básicos necessários para o funcionamento do Setor de Saúde</p><p>Ocupacional são os seguintes:</p><p>8</p><p>Nebulizador Aparelho de</p><p>esterilização</p><p>Esfigmomanômetro Estetoscópio Otoscópio Termômetro</p><p>Os manuais são instrumentos que reúnem normas, rotinas, procedimentos e</p><p>outras informações necessárias para a execução das atividades do serviço. Essas</p><p>informações podem ser agrupadas em um único manual ou divididas de acordo</p><p>com a finalidade, como coletânea de normas (rotinas, procedimentos, fluxo de</p><p>atendimentos), manual de educação em serviço e manual do funcionário.</p><p>O manual deve esclarecer dúvidas e orientar a execução das ações, sendo um</p><p>instrumento de consulta. Deve passar por análises críticas e ser atualizado</p><p>quando necessário. Além disso, deve estar facilmente acessível e ser conhecido</p><p>por todos os usuários.</p><p>É importante ressaltar que o manual deve refletir as diretrizes e normas da</p><p>organização, não as impor, para que os usuários possam crescer e se adaptar a</p><p>mudanças. Portanto, o manual deve ser um facilitador, não um obstáculo para as</p><p>iniciativas e críticas.</p><p>Elaboração de manuais de ocupação</p><p>Os manuais podem ser elaborados na fase de organização de um serviço, ou</p><p>quando ele já está em funcionamento e requer atualização de normas e</p><p>procedimentos. O fluxo de atendimento deverá fazer parte do manual do serviço,</p><p>pois as particularidades de cada serviço variam de empresa para empresa.</p><p>Conforme a Portaria n. 24 de 19/12/1994, que altera a redação da NR7 – Programa</p><p>de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, os serviços de saúde do</p><p>trabalhador devem ter um prontuário pessoal e confidencial de cada trabalhador.</p><p>9</p><p>As Normas Regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao Capítulo</p><p>V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da Consolidação das Leis</p><p>do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de</p><p>1977. Consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por</p><p>empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio,</p><p>prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.</p><p>As primeiras normas regulamentadoras foram publicadas pela Portaria MTb nº</p><p>3.214, de 8 de junho de 1978. As demais normas foram criadas ao longo do tempo,</p><p>visando assegurar a prevenção da segurança e saúde de trabalhadores em</p><p>serviços laborais e segmentos econômicos específicos.</p><p>A elaboração e a revisão das normas regulamentadoras são realizadas adotando</p><p>o sistema tripartite paritário, preconizado pela Organização Internacional do</p><p>Trabalho (OIT), por meio de grupos e comissões compostas por representantes</p><p>do governo, de empregadores e de trabalhadores.</p><p>Atualmente, estão em vigor as NR até a 38º, com revogação da NR 2 e NR 27.</p><p>Neste capítulo serão discutidas as principais NR em relação à enfermagem do</p><p>trabalho.</p><p>NORMAS REGULAMENTADORAS</p><p>10</p><p>Organização de arquivos e prontuários</p><p>O prontuário é aberto no momento do exame admissional e deve conter registros</p><p>sistemáticos de todas as ocorrências relacionadas à saúde do trabalhador. Os</p><p>prontuários devem incluir:</p><p>Exames de saúde ocupacional</p><p>Acidentes de trabalho e doenças relacionadas ao trabalho</p><p>Consultas clínicas</p><p>Absenteísmo</p><p>Tratamentos e procedimentos realizados</p><p>Os prontuários devem ser organizados de forma numérica ou alfabética para</p><p>facilitar a localização e manuseio, e devem ser armazenados em um arquivo</p><p>fechado</p><p>devido às informações confidenciais. Esses registros devem ser mantidos</p><p>por pelo menos 20 anos após o desligamento do trabalhador.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm</p><p>https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/1978/portaria_3-214_aprova_as_nrs.pdf</p><p>https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/1978/portaria_3-214_aprova_as_nrs.pdf</p><p>Norma Regulamentadora 01 - Direitos e Deveres Cabe ao</p><p>empregador:</p><p>a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança</p><p>e saúde no trabalho.</p><p>b) informar aos trabalhadores:</p><p>I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho;</p><p>II. as medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou reduzir tais</p><p>riscos;</p><p>III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico</p><p>aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;</p><p>IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.</p><p>c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência</p><p>aos trabalhadores.</p><p>d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos</p><p>preceitos legais e regulamentaressobre segurança e saúde no trabalho.</p><p>e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou</p><p>doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas.</p><p>f) disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à segurança</p><p>e saúde no trabalho.</p><p>g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo com a</p><p>seguinte ordem de prioridade:</p><p>I. eliminação dos fatores de risco.</p><p>II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de</p><p>proteção coletiva.</p><p>III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas</p><p>administrativas ou de organização do trabalho.</p><p>IV. adoção de medidas de proteção individual.</p><p>11</p><p>Direitos e Deveres que cabe ao trabalhador:</p><p>a) cumprir as disposições legais e regulamentares</p><p>sobre segurança e saúde no trabalho, inclusive as</p><p>ordens de serviço expedidas pelo empregador.</p><p>b) submeter-se aos exames médicos previstos nas</p><p>NR.</p><p>c) colaborar com a organização na aplicação das</p><p>NR.</p><p>d) usar o equipamento de proteção individual</p><p>fornecido pelo empregador.</p><p>Norma Regulamentadora 03 – Embargo e Interdição:</p><p>Esta norma estabelece as diretrizes para caracterização do grave e iminente risco</p><p>e os requisitos técnicos objetivos de embargo e interdição. Considera-se grave e</p><p>iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou</p><p>doença com lesão grave ao trabalhador.</p><p>Embargo e interdição são medidas de urgência adotadas a partir da constatação</p><p>de condição ou situação de trabalho que caracterize grave e iminente risco ao</p><p>trabalhador. O embargo implica a paralisação parcial ou total da obra. A interdição</p><p>implica a paralisação parcial ou total da atividade, da máquina ou equipamento, do</p><p>setor de serviço ou do estabelecimento.</p><p>Norma Regulamentadora 04 – Serviços Especializados em</p><p>Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT:</p><p>As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e</p><p>indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados</p><p>regidos pela CLT, manterão, obrigatoriamente os SESMT , com a finalidade de</p><p>promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.</p><p>O dimensionamento dos SESMT vincula-se à gradação do risco da atividade</p><p>principal e ao número total de empregados do estabelecimento</p><p>Composição: Engenheiro de segurança do trabalho, Técnico de Segurança do</p><p>trabalho, Médico do trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar ou Técnico de</p><p>Enfermagem do Trabalho.</p><p>As empresas que possuam mais de 50% de seus empregados em</p><p>estabelecimentos ou setor com atividade cuja gradação de risco seja de grau</p><p>superior ao da atividade principal deverão dimensionar SESMT em função do</p><p>MAIOR GRAU DE RISCO.</p><p>O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho</p><p>deverão dedicar 8 horas por dia para as atividades do SESMT.</p><p>O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro</p><p>do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 horas (tempo parcial) ou 6 horas</p><p>(tempo integral) por dia para as atividades do SESMT.</p><p>Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho é</p><p>VEDADO o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua</p><p>atuação nos SESMT.</p><p>12</p><p>13</p><p>Norma Regulamentadora 05 – Comissão Interna de Prevenção</p><p>de Acidentes :</p><p>A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção</p><p>de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível</p><p>permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>• A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados.</p><p>• Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.</p><p>• Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio</p><p>secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os</p><p>empregados interessados.</p><p>• O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma</p><p>reeleição. • É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para</p><p>cargo de direção da CIPA desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de</p><p>seu mandato.</p><p>• O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os</p><p>representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.</p><p>• Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após</p><p>o término do mandato anterior.</p><p>A CIPA terá por atribuição:</p><p>a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a</p><p>participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde</p><p>houver.</p><p>b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas</p><p>de segurança e saúde no trabalho.</p><p>c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção</p><p>necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho.</p><p>d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando</p><p>a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos</p><p>trabalhadores.</p><p>e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano</p><p>de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas.</p><p>14</p><p>f) divulgar aos trabalhadoresinformações relativas à segurança e saúde no</p><p>trabalho. g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas</p><p>pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e</p><p>processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores.</p><p>h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de</p><p>máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e</p><p>saúde dos trabalhadores.</p><p>i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de</p><p>outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho.</p><p>j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem</p><p>como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à</p><p>segurança e saúde no trabalho.</p><p>k) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador,</p><p>da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas</p><p>de solução dos problemas identificados.</p><p>l) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que</p><p>tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores.</p><p>m) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas.</p><p>n) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana</p><p>Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;</p><p>o) participar, anualmente,</p><p>em conjunto com a empresa, de Campanhas de</p><p>Prevenção da AIDS.</p><p>A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário</p><p>preestabelecido. As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o</p><p>expediente normal da empresa e em local apropriado. As decisões da CIPA</p><p>serão preferencialmente por consenso.</p><p>Norma Regulamentadora 06 – Equipamento de Proteção</p><p>Individual - EPI</p><p>Considera-se EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo</p><p>trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a</p><p>saúde no trabalho. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual,</p><p>todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra</p><p>um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de</p><p>ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.</p><p>O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só</p><p>poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação</p><p>- CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde</p><p>no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.</p><p>A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao</p><p>risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes</p><p>circunstâncias:</p><p>a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra</p><p>os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho.</p><p>b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.</p><p>c) para atender a situações de emergência. • Compete ao Serviço Especializado em</p><p>Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão</p><p>Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao</p><p>empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.</p><p>Cabe ao empregador quanto ao EPI:</p><p>a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade.</p><p>b) exigir seu uso.</p><p>c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente</p><p>em matéria de segurança e saúde no trabalho.</p><p>d) orientar e treinar o trabalhadorsobre o uso adequado, guarda e conservação.</p><p>e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.</p><p>f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.</p><p>g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.</p><p>h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas</p><p>ou sistema eletrônico.</p><p>Cabe ao empregado quanto ao EPI:</p><p>a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina.</p><p>b) responsabilizar-se pela guarda e conservação.</p><p>c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.</p><p>d) cumprir as determinações do empregadorsobre o uso adequado.</p><p>A NR traz uma lista com os EPI para proteção das partes do corpo.</p><p>15</p><p>Proteção</p><p>da cabeça</p><p>Proteção</p><p>facial</p><p>Proteção</p><p>auditiva</p><p>Proteção</p><p>respiratória</p><p>Proteção</p><p>das mãos</p><p>Proteção</p><p>do corpo</p><p>Norma Regulamentadora 07 – Programa de Controle Médico</p><p>de Saúde Ocupacional - PCMSO:</p><p>Esta NR estabelece diretrizes e requisitos para o desenvolvimento do PCMSO nas</p><p>organizações, com o objetivo de proteger e preservar a saúde de seus empregados</p><p>em relação aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do Programa de</p><p>Gerenciamento de Risco - PGR da organização. O PCMSO é parte integrante do</p><p>conjunto mais amplo de iniciativas da organização no campo da saúde de seus</p><p>empregados, devendo estar harmonizado com o disposto nas demais NR.</p><p>O PCMSO deve incluir ações de:</p><p>a) vigilância passiva da saúde ocupacional, a partir de informações sobre a</p><p>demanda espontânea de empregados que procurem serviços médicos.</p><p>b) vigilância ativa da saúde ocupacional, por meio de exames médicos dirigidos que</p><p>incluam, além dos exames previstos nesta NR, a coleta de dados sobre sinais e</p><p>sintomas de agravos à saúde relacionados aos riscos ocupacionais.</p><p>O PCMSO deve incluir a realização obrigatória dos exames médicos:</p><p>a) admissional.</p><p>b) periódico.</p><p>c) de retorno ao trabalho.</p><p>d) de mudança de riscos ocupacionais.</p><p>e) demissional.</p><p>O exame clínico deve obedecer aos prazos e à seguinte periodicidade:</p><p>I - no exame admissional: ser realizado antes que o empregado assuma suas</p><p>atividades.</p><p>II - no exame periódico: ser realizado de acordo com os seguintes intervalos:</p><p>a) para empregados expostos a riscos ocupacionais identificados e classificados no</p><p>PGR e para portadores de doenças crônicas que aumentem a susceptibilidade a tais</p><p>riscos:</p><p>1. a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico responsável.</p><p>2. de acordo com a periodicidade especificada no Anexo IV desta Norma, relativo a</p><p>empregados expostos a condições hiperbáricas.</p><p>16</p><p>b) para os demais empregados, o exame clínico deve ser realizado a cada dois anos.</p><p>No exame de retorno ao trabalho, o exame clínico deve ser realizado antes que o</p><p>empregado reassuma suas funções, quando ausente por período igual ou superior</p><p>a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou</p><p>não.</p><p>A avaliação médica deve definir a necessidade de retorno gradativo ao trabalho. O</p><p>exame de mudança de risco ocupacional deve, obrigatoriamente, ser realizado</p><p>antes da data da mudança, adequando-se o controle médico aos novos riscos. No</p><p>exame demissional, o exame clínico deve ser realizado em até 10 (dez) dias</p><p>contados do término do contrato, podendo ser dispensado caso o exame clínico</p><p>ocupacional mais recente tenha sido realizado há menos de 135 (centro e trinta e</p><p>cinco) dias, para as organizações graus de risco 1 e 2, e há menos de 90 (noventa)</p><p>dias, para as organizações graus de risco 3 e 4.</p><p>Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico emitirá Atestado de Saúde</p><p>Ocupacional - ASO, que deve ser comprovadamente disponibilizado ao empregado,</p><p>devendo ser fornecido em meio físico quando solicitado. O prontuário do</p><p>empregado deve ser mantido pela organização, no mínimo, por 20 (vinte) anos</p><p>após o seu desligamento, exceto em caso de previsão diversa.</p><p>Norma Regulamentadora 09 – Avaliação e Controle das</p><p>Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e</p><p>Biológicos.</p><p>Esta NR estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a</p><p>agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de</p><p>Gerenciamento de Riscos - PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas</p><p>de prevenção para os riscos ocupacionais.</p><p>A identificação das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e</p><p>biológicos deverá considerar:</p><p>a) descrição das atividades.</p><p>b) identificação do agente e formas de exposição.</p><p>c) possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados às exposições identificadas.</p><p>d) fatores determinantes da exposição.</p><p>e) medidas de prevenção já existentes.</p><p>f) identificação dos grupos de trabalhadores expostos.</p><p>A avaliação quantitativa das exposições ocupacionais aos agentes físicos,</p><p>químicos e biológicos, quando necessária, deverá ser realizada para:</p><p>17</p><p>a) comprovar o controle da exposição ocupacional aos agentes identificados.</p><p>b) dimensionar a exposição ocupacional dos grupos de trabalhadores.</p><p>c) subsidiar o equacionamento das medidas de prevenção.</p><p>Norma Regulamentadora 16 – Atividades e Operações</p><p>Perigosas:</p><p>O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador</p><p>a percepção de adicional de 30%, incidente sobre o salário, sem os acréscimos</p><p>resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.</p><p>São consideradas atividades ou operações perigosas as com:</p><p>Explosivos;</p><p>Inflamáveis;</p><p>Energia elétrica;</p><p>Radiações ionizantes ou substâncias radioativas;</p><p>Exposição a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades</p><p>profissionais de segurança pessoal ou patrimonial;</p><p>Motocicleta</p><p>Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia:</p><p>Esta NR visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições</p><p>de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a</p><p>proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.</p><p>As condições de trabalho incluem</p><p>aspectos relacionados ao levantamento,</p><p>transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições</p><p>ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Para avaliar a</p><p>adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos</p><p>trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho,</p><p>devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. Sempre que o</p><p>trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser</p><p>planejado ou adaptado para esta posição.</p><p>Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas,</p><p>mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de</p><p>boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos</p><p>mínimos:</p><p>18</p><p>a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de</p><p>atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura</p><p>do assento.</p><p>b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador.</p><p>c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e</p><p>movimentação adequados dos segmentos corporais.</p><p>Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes</p><p>requisitos mínimos de conforto:</p><p>a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida.</p><p>b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento.</p><p>c) borda frontal arredondada. d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo</p><p>para proteção da região lombar.</p><p>São recomendadas as seguintes condições de conforto:</p><p>a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira</p><p>registrada no INMETRO.</p><p>b) índice de temperatura efetiva entre 20oC e 23oC.</p><p>c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s.</p><p>d) umidade relativa do ar não inferior a 40 %.</p><p>Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em</p><p>convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:</p><p>a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos</p><p>trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número</p><p>individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de</p><p>remuneração e vantagens de qualquer espécie.</p><p>b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser</p><p>superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito</p><p>desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado.</p><p>c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite</p><p>máximo de 5 horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o</p><p>trabalhador poderá exercer outras atividades desde que não exijam movimentos</p><p>repetitivos, nem esforço visual.</p><p>d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10</p><p>minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de</p><p>trabalho.</p><p>e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou</p><p>superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de</p><p>toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea</p><p>"b" e ser ampliada progressivamente.</p><p>19</p><p>Norma Regulamentadora 32 – SST em serviços de saúde:</p><p>Esta NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação</p><p>de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de</p><p>saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à</p><p>saúde em geral. O PCMSO, além do previsto na NR-07, deve contemplar:</p><p>a) o reconhecimento e a avaliação dos riscos biológicos.</p><p>b) a localização das áreas de risco.</p><p>c) a relação contendo a identificação nominal dos trabalhadores, sua função, o local</p><p>em que desempenham suas atividades e o risco a que estão expostos.</p><p>d) a vigilância médica dos trabalhadores potencialmente expostos.</p><p>e) o programa de vacinação.</p><p>Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter</p><p>lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete</p><p>líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato</p><p>manual.</p><p>Os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de pacientes portadores de</p><p>doenças infectocontagiosas devem conter lavatório em seu interior. Importante</p><p>ressaltar que o uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que</p><p>deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas. Os trabalhadores</p><p>com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades</p><p>após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o</p><p>trabalho.</p><p>ATENÇÃO!</p><p>Todos os trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos</p><p>devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de conforto. A</p><p>vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado. Os trabalhadores</p><p>que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os responsáveis pelo seu</p><p>descarte.</p><p>São vedados o reencape e a desconexão manual de agulhas.</p><p>Vacinação dos trabalhadores - A todo trabalhador dos serviços de saúde deve</p><p>ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano,</p><p>difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO.</p><p>A vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do trabalhador,</p><p>previsto na NR-07.</p><p>Produtos químicos - Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem</p><p>original dos produtos químicos utilizados em serviços de saúde. É vedado o</p><p>procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos.</p><p>20</p><p>A atuação do enfermeiro do trabalho envolve diferentes contextos e configurações</p><p>profissionais. Ele pode trabalhar tanto em empresas públicas como em empresas</p><p>privadas, exercendo suas funções sob diferentes regimes jurídicos, seja estatutário</p><p>ou regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).</p><p>Além disso, há também a possibilidade de atuação como profissional autônomo.</p><p>No ambiente de trabalho, o enfermeiro do trabalho integra o Serviço Especializado</p><p>em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). Ele é responsável</p><p>por programas importantes, como o Programa de Gerenciamento de Resíduos de</p><p>Serviços de Saúde (PGRSS), o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e</p><p>o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).</p><p>Além disso, o enfermeiro do trabalho desempenha um papel fundamental na</p><p>implantação e administração de outras iniciativas de segurança, como a Comissão</p><p>Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), a Semana Interna de Prevenção de</p><p>Acidentes de Trabalho (SIPAT), o Programa de Conservação Auditiva (PCA) e realiza</p><p>campanhas de vacinação para funcionários e estudantes, entre outras atividades.</p><p>Doenças Ocupacionais relacionadas ao trabalho</p><p>Os casos de doenças ocupacionais vêm aumentando gradativamente na mesma</p><p>proporção do crescimento industrial, e considerando a extensão do rol dessas</p><p>doenças cabe destacar três delas que aparecem com maior incidência e por isso são</p><p>tidas como doenças ocupacionais mais comuns de acordo com as estatísticas,</p><p>sendo estas: pneumoconioses, Lesão por esforço repetitivo e doenças</p><p>osteomusculares (LER/DORT), dermatoses ocupacionais, Perda Auditiva Induzida</p><p>por Ruído - PAIR: O termo PAIR está caindo em desuso e o termo mais atual e</p><p>adequado é Perda Auditiva Ocupacional (PAIR) e o sofrimento mental relacionado</p><p>ao trabalho.</p><p>Pneumoconioses: Doença profissional ocasionada pela inalação de poeiras no</p><p>local de trabalho. Provocam degeneração do tecido pulmonar, podendo ser</p><p>classificadas em lesões fibróticas ou não-fibróticas (também chamada de</p><p>colagênicas ou não-colagênicas).</p><p>Dermatoses ocupacionais: Alteração das mucosas, pele e seus anexos por</p><p>agentes químico, físico e biológico. As dermatites alérgicas de contato e as</p><p>dermatites por irritantes representam cerca de 90% dos casos. É importante</p><p>determinar: O quadro clínico, a história ocupacional, início do quadro e tempo</p><p>de exposição, localização das lesões, bem como os agentes prováveis.</p><p>21</p><p>Atuação do enfermeiro do trabalho e perspectivas de</p><p>mercado</p><p>Lesão por Esforço Repetitivo – LER Doenças Osteomusculares relacionadas</p><p>ao trabalho - DORT: Doenças do sistema musculoesquelético causadas pela</p><p>sobrecarga de grupos musculares. Pode ser caracteriza por fadiga</p><p>neuromuscular, queixas de dor, formigamento, dormência, choque e sensação</p><p>de peso. Principais fatores ambientais: Monotonia das atividades realizadas</p><p>Posturas inadequadas Aplicação de força Trabalho muscular estático Pressão</p><p>mecânica Vibração, frio ou extremos de temperatura Posto de trabalho</p><p>inadequado.</p><p>Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR: O termo PAIR está caindo em</p><p>desuso e o termo mais atual e adequado é Perda Auditiva Ocupacional. A Perda</p><p>Auditiva Ocupacional caracteriza-se como uma perda auditiva do tipo</p><p>neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de</p><p>exposição. O exame audiométrico é uma prova funcional utilizada para verificar</p><p>os casos de perda auditiva nos trabalhadores expostos ao risco e sua</p><p>periodicidade está prevista na NR 15.</p><p>Sofrimento Mental relacionado ao trabalho: Os transtornos mentais</p><p>relacionados ao trabalho têm determinação complexa e multifatorial. Os</p><p>principais transtornos mentais relacionados ao trabalho são: Transtorno de</p><p>Ansiedade, Transtornos depressivos relacionados ao trabalho, Síndrome de</p><p>Burnout – e esgotamento profissional Karoshi – morte súbita por excesso de</p><p>trabalho.</p><p>22</p><p>23</p><p>Enfermagem do trabalho: legislação</p><p>Lei nº 8080 e a saúde do trabalhador:</p><p>Segundo a lei nº 8080 do que se trata o capítulo 3, da Organização, da Direção e</p><p>da Gestão em seu artigo 13º, define que a articulação das políticas e programas, a</p><p>cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades:</p><p>I - alimentação e nutrição;</p><p>II - saneamento e meio ambiente;</p><p>III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;</p><p>IV - recursos humanos;</p><p>V - ciência e tecnologia; e</p><p>VI - saúde do trabalhador.</p><p>Em seu artigo 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS):</p><p>c) de saúde do trabalhador; (Redação dada pela Lei nº 14.572, de 2023).</p><p>Em seu § 3º entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto</p><p>de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e</p><p>vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim</p><p>como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos</p><p>riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:</p><p>Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de</p><p>doença profissional e do trabalho;</p><p>Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em</p><p>estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde</p><p>existentes no processo de trabalho;</p><p>Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da</p><p>normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração,</p><p>armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de</p><p>produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do</p><p>trabalhador;</p><p>Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;</p><p>Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas</p><p>sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho,</p><p>bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de</p><p>saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética</p><p>profissional;</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4</p><p>24</p><p>Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do</p><p>trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;</p><p>Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de</p><p>trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e</p><p>A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a</p><p>interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho,</p><p>quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos</p><p>trabalhadores.</p><p>Na Seção I das atribuições comuns da referida lei o artigo 15º diz que a União, os</p><p>Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito</p><p>administrativo, as seguintes atribuições:</p><p>Elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade</p><p>para promoção da saúde do trabalhador;</p><p>Biossegurança e a Relação com a Enfermagem do Trabalho</p><p>A biossegurança em sua perspectiva mais ampla está envolvida em diferentes</p><p>áreas, entre as quais destaca-se a saúde e em especial a enfermagem do trabalho,</p><p>em que o risco biológico está presente ou constitui uma ameaça potencial. Deste</p><p>modo, é de extrema relevãncia o entendimento sobre este assunto.</p><p>Portanto, biossegurança pode ser definida como condição de segurança alcançada</p><p>por meio da aplicação de um conjunto de medidas e ações de prevenção,</p><p>minimização, controle ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa,</p><p>produção, comercialização, ensino, desenvolvimento tecnológico, transporte,</p><p>importação, exportação, vigilância e prestação de serviços envolvendo agentes e</p><p>materiais biológicos e seus derivados potencialmente patogênicos, os quais possam</p><p>comprometer a saúde do homem, dos animais, das plantas, recursos genéticos,</p><p>meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.</p><p>Tipos de riscos aos profissionais de saúde:</p><p>Acidentais: Fatores que coloquem o trabalhador em situação vulnerável e que afete</p><p>a sua integridade física, social e psíquica.</p><p>Ergonômicos: Fatores que possam interferir nas características psicofisiológicas do</p><p>trabalhador, causando desconforto, ou afetando a sua saúde.</p><p>Físicos: As diversas formas de energia a que possam estar expostos os</p><p>trabalhadores.</p><p>25</p><p>Químicos: Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo</p><p>do trabalhador, pela via respiratória, com que possam ter contato ou ser absorvido</p><p>pelo organismo através da pele ou ingestão.</p><p>Biológicos: bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros.</p><p>Acidentes com perfurocortantes</p><p>Práticas de risco são responsáveis por parte significativa da ocorrência de</p><p>acidentes de trabalho com perfuro cortantes. Nesses estudos, a prática de</p><p>reencapar agulhas foi responsável por 15 a 35% desses acidentes.</p><p>Os ferimentos com perfuro cortantes estão primariamente associados à</p><p>transmissão ocupacional dos vírus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV) e HIV.</p><p>Após um acidente com agulha contaminada com o agente, estima-se que o risco</p><p>de contaminação com o vírus da hepatite B (HBV) é de 6 a 30%, com o vírus da</p><p>hepatite C (HCV) é de 0,5 a 2%, e com o vírus da AIDS (HIV) é de 0,3 a 0,4.</p><p>Entre 30 a 35% dos casos das exposições percutâneas estão associados à</p><p>retirada de sangue ou de punção venosa periférica.</p><p>A frequência de exposições é maior entre, auxiliares e técnicos de enfermagem,</p><p>quando comparados a profissionais de nível superior.</p><p>Entre 60 e 80% das exposições ocorrem após a realização do procedimento e</p><p>podem ser evitadas com as práticas de precauções padrão e com o uso</p><p>sistemático de dispositivos de segurança.</p><p>De acordo com a Portaria do MS nº 2.349/2017, que aprova a classificação de</p><p>risco dos agentes biológicos, elaborada em 2017 pela CBS, os agentes biológicos</p><p>que afetam o homem, os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco</p><p>assim definidas (BRASIL, 2017):</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS</p><p>Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas são</p><p>distribuídos em classes de risco assim definidas:</p><p>Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): inclui os agentes</p><p>biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais</p><p>adultos sadios. Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis.</p><p>26</p><p>Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade):</p><p>inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais,</p><p>cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente</p><p>é limitado, e para os quais existem medidas profiláticas e terapêuticas</p><p>conhecidas</p><p>eficazes. Exemplos: Schistosoma mansoni e Vírus da Rubéola.</p><p>Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui</p><p>os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão, em especial por via</p><p>respiratória, e que causam doenças em humanos ou animais potencialmente letais,</p><p>para as quais existem usualmente medidas profiláticas e terapêuticas.</p><p>Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo</p><p>se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus anthracis e Vírus da</p><p>Imunodeficiência Humana (HIV).</p><p>Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes</p><p>biológicos com grande poder de transmissibilidade, em especial por via</p><p>respiratória, ou de transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma</p><p>medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes.</p><p>Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de</p><p>disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente</p><p>vírus. Exemplos: Vírus Ebola e Vírus da varíola.</p><p>Neste contexto os Equipamentos de</p><p>protecao individual (EPI) e</p><p>equipamentos de proteção coletiva</p><p>(EPC) são de extrema importância na</p><p>biossegurança da saúde do trabalhador.</p><p>Caracteriza-se como EPI todo material,</p><p>dispositivo ou produto de uso individual</p><p>do trabalhador, destinado a protegê-lo de</p><p>riscos que ameaçam a sua segurança no</p><p>ambiente de trabalho. Já no que tange os</p><p>EPC, estes são usados para auxiliar na</p><p>segurança do trabalhador nos serviços de</p><p>saúde e nos laboratórios e para proteger</p><p>o ambiente e o produto ou a pesquisa</p><p>desenvolvida.</p><p>PRECAUÇÕES PARA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS:</p><p>Precauções padrão: devem ser utilizadas para todos os pacientes,</p><p>independente da presença confirmada ou não de doenças transmissíveis;</p><p>Precauções de contato: indicadas para prevenção de infecção ou colonização</p><p>por microorganismos multirresistentes.</p><p>Precauções para gotículas: indicadas para pacientes portadores ou com</p><p>infecção por microorganismos transmissíveis por gotículas, que podem ser</p><p>gerados pela tosse, pelo espirro e pela conversação.</p><p>Precauções para aerossóis: indicadas para infecção suspeita e ou confirmada</p><p>por microorganismos transmitidos por aerossóis que permaneçam suspensar</p><p>no ar e podem ser dispersas a longas distâncias.</p><p>27</p><p>SEQUÊNCIA DE PARAMENTAÇÃO DOS EPI'S</p><p>28</p><p>SEQUÊNCIA CORRETA DOS EPI'S</p><p>29</p><p>Medidas de prevenção de vestimentas:</p><p>Adequação e condição de conforto;</p><p>Não se ausentar do local de trabalho com a vestimenta;</p><p>Higienização das vestimentas na UTI, centro obstétrico é de responsabilidade do</p><p>empregador;</p><p>Devem ser fornecidas ao trabalhador sem custos.</p><p>Acidentes com perfurocortantes</p><p>Práticas de risco são responsáveis por parte significativa da ocorrência de</p><p>acidentes de trabalho com perfuro cortantes. Nesses estudos, a prática de</p><p>reencapar agulhas foi responsável por 15 a 35% desses acidentes;</p><p>Os ferimentos com perfuro cortantes estão primariamente associados à</p><p>transmissão ocupacional dos vírus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV) e HIV.</p><p>Após um acidente com agulha contaminada com o agente, estima-se que o risco</p><p>de contaminação com o vírus da hepatite B (HBV) é de 6 a 30%, com o vírus da</p><p>hepatite C (HCV) é de 0,5 a 2%, e com o vírus da AIDS (HIV) é de 0,3 a 0,4;</p><p>Entre 30 a 35% dos casos das exposições percutâneas estão associados à</p><p>retirada de sangue ou de punção venosa periférica;</p><p>A frequência de exposições é maior entre, auxiliares e técnicos de enfermagem,</p><p>quando comparados a profissionais de nível superior.</p><p>Entre 60 e 80% das exposições ocorrem após a realização do procedimento e</p><p>podem ser evitadas com as práticas de precauções padrão e com o uso</p><p>sistemático de dispositivos de segurança.</p><p>Profilaxia pós-exposição (PEP)</p><p>A profilaxia pós-exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV consiste no uso de</p><p>antirretrovirais, por 28 dias, para reduzir o risco de adquirir essa infecção.</p><p>O atendimento depois da exposição ao HIV é uma urgência.</p><p>A PEP deve ser iniciada o mais precocemente possível, tendo como limite as 72</p><p>horas subsequentes à exposição.</p><p>Nos casos em que o atendimento ocorrer 72 horas depois da exposição, a PEP</p><p>não é mais indicada por não trazer benefícios.</p><p>INSALUBRIDADE DE GRAU MÁXIMO: TRABALHO OU OPERAÇÕES, EM CONTATO</p><p>PERMANENTE COM:</p><p>Pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos de</p><p>seu uso, não previamente esterilizados;</p><p>Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de animais</p><p>portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose,</p><p>tuberculose);</p><p>Esgotos (galerias e tanques);</p><p>Lixo urbano (coleta e industrialização).</p><p>INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO:</p><p>Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com</p><p>material infecto-contagiante, em:</p><p>Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de</p><p>vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde</p><p>humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes,</p><p>bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não</p><p>previamente esterilizados);</p><p>Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos</p><p>destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao</p><p>pessoal que tenha contato com tais animais);</p><p>Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e</p><p>outros produtos.</p><p>Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal</p><p>técnico);</p><p>Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se</p><p>somente ao pessoal técnico);</p><p>Cemitérios (exumação de corpos);</p><p>Estábulos e cavalariças;</p><p>Resíduos de animais deteriorados.</p><p>30</p><p>Norma Regulamentadora 15 – Agentes Biológicos</p><p>31</p><p>TERMOS E CONCEITOS UTILIZADOS EM BIOSSEGURANÇA</p><p>COLONIZAÇÃO - Aumento numérico de microorganismos, sem causar reação</p><p>fisiológica.</p><p>INCUBAÇÃO - Intervalo de tempo entre o início da infecção e o aparecimento do</p><p>primeiro sintoma ou sinal da doença.</p><p>INFECÇÃO - Penetração, alojamento, multiplicação e desenvolvimento de</p><p>microorganismos patogênicos no corpo de um hospedeiro, provocando reações</p><p>orgânicas patológicas.</p><p>TIPOS DE INFECÇÃO:</p><p>Infecção cruzada: é a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo</p><p>de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento</p><p>contaminado.</p><p>Infecção endógena: decorrente da ação de microrganismos já existentes, naquela</p><p>região ou tecido, de um paciente.</p><p>Infecção exógena: causada por microrganismos estranhos a paciente.</p><p>Infecção hospitalar: É aquela adquirida após a internação, ou mesmo após a alta,</p><p>quando for possível relacioná-las com a internação ou procedimentos hospitalares.</p><p>Também são consideradas aquelas que se manifestam 72 horas após internação,</p><p>estando relacionadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos.</p><p>Obs: As infecções dos recém-nascidos são hospitalares com exceção das de</p><p>transmissão transplacentárias. Ex.: TV (transmissão vertical): mãe filho: HIV, Sífilis,</p><p>toxoplasmose, citomegalovirus, hepatites, etc.</p><p>ÁREAS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE</p><p>As áreas dos serviços de saúde são classificadas em relação ao risco de transmissão</p><p>de infecções com base nas atividades realizadas em cada local.</p><p>Essa classificação auxilia em algumas estratégias contra a transmissão de infecções,</p><p>além de facilitar a elaboração de procedimentos para limpeza e desinfecção de</p><p>superfícies em serviços de saúde. O objetivo da classificação das áreas dos serviços</p><p>de saúde é orientar as complexidades, a minuciosidade e o detalhamento dos</p><p>serviços a serem executados nesses setores, de modo que o processo de limpeza e</p><p>desinfecção de superfícies esteja adequado ao risco.</p><p>Portanto, a definição das áreas dos serviços de saúde foi feita considerando o risco</p><p>potencial para a transmissão de infecções, sendo classificadas em áreas críticas,</p><p>semicríticas e não- críticas.</p><p>ÁREAS CRÍTICAS: São os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão</p><p>de infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes ou</p><p>onde se encontram</p><p>pacientes imunodeprimidos.</p><p>São exemplos desse tipo de área: centro cirúrgico (CC), centro obstétrico (CO),</p><p>unidade de terapia intensiva (UTI), unidade de diálise, laboratório de análises</p><p>clínicas, banco de sangue, setor de hemodinâmica, unidade de transplante, unidade</p><p>de queimados, unidades de isolamento, berçário de alto risco, central de material e</p><p>esterilização (CME), lactário, serviço de nutrição e dietética (SND), farmácia e área</p><p>suja da lavanderia.</p><p>32</p><p>33</p><p>ÁREAS SEMICRÍTICAS: São todos os compartimentos ocupados por pacientes com</p><p>doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. São</p><p>exemplos desse tipo de área: enfermarias e apartamentos, ambulatórios,</p><p>banheiros, posto de enfermagem, elevador e corredores.</p><p>ÁREAS NÃO-CRÍTICAS: São todos os demais compartimentos dos estabelecimentos</p><p>assistenciais de saúde não ocupados por pacientes e onde não se realizam</p><p>procedimentos de risco. São exemplos desse tipo de área: vestiário, copa, áreas</p><p>administrativas, almoxarifados, secretaria, sala de costura.</p><p>34</p><p>Processos de limpeza de superfícies</p><p>Os processos de limpeza de superfícies em serviços de saúde envolvem a limpeza</p><p>concorrente (diária) e limpeza terminal.</p><p>Limpeza concorrente: É o procedimento de limpeza realizado, diariamente, em</p><p>todas as unidades dos estabelecimentos de saúde com a finalidade de limpar e</p><p>organizar o ambiente, repor os materiais de consumo diário (por exemplo,</p><p>sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha e outros) e recolher os resíduos, de</p><p>acordo com a sua classificação. Ainda, durante a realização da limpeza concorrente</p><p>é possível a detecção de materiais e equipamentos não funcionantes, auxiliando as</p><p>chefias na solicitação de consertos e reparos necessários. Nesse procedimento</p><p>estão incluídas a limpeza de todas as superfícies horizontais, de mobiliários e</p><p>equipamentos, portas e maçanetas, parapeitos de janelas, e a limpeza do piso e</p><p>instalações sanitárias. Ressalta-se que a unidade de internação do paciente é</p><p>composta por cama, criado-mudo, painel de gases, painel de comunicação, suporte</p><p>de soro, mesa de refeição, cesta para lixo e outros mobiliários que podem ser</p><p>utilizados durante a assistência prestada nos serviços de saúde.</p><p>A limpeza da unidade de internação do paciente deve ser feita diariamente ou</p><p>sempre que necessária, antecedendo a limpeza concorrente de pisos. Merece</p><p>maior atenção, a limpeza das superfícies horizontais que tenham maior contato</p><p>com as mãos do paciente e das equipes, tais como maçanetas das portas, telefones,</p><p>interruptores de luz, grades de camas, chamada de enfermagem e outras</p><p>(SEHULSTER & CHINN, 2003).</p><p>A distribuição das tarefas da limpeza na área próxima ao paciente depende da</p><p>rotina e procedimentos da instituição. Em alguns serviços de saúde, por exemplo, a</p><p>equipe de enfermagem é responsável pela limpeza e desinfecção de determinados</p><p>equipamentos para a saúde (respiradores, monitores, incubadoras, dentre outros).</p><p>Outras instituições conferem essa atribuição ao profissional de limpeza e</p><p>desinfecção de superfícies, tornando assim imprescindível a capacitação específica</p><p>desse profissional para essas atividades.</p><p>Atualmente, devido à prevalência de microrganismos multirresistentes e do papel</p><p>do ambiente na manutenção e propagação desses, tem-se adotado como medida</p><p>de precaução na disseminação desses microrganismos a intensificação da limpeza</p><p>e desinfecção das superfícies nas trocas de turno. Por exemplo, nas áreas de</p><p>isolamento de contato, deve-se realizar a limpeza concorrente (a cada troca de</p><p>plantão ou duas vezes ao dia), principalmente nos locais de maior contato das mãos</p><p>do paciente e dos profissionais de saúde.</p><p>35</p><p>Na limpeza concorrente de piso de corredores deve-se dar preferência aos horários</p><p>de menor movimento. Em caso de uso de máquinas, devem ser utilizados os</p><p>mesmos procedimentos da limpeza concorrente de piso.</p><p>Limpeza terminal: Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo todas as</p><p>superfícies horizontais e verticais, internas e externas. É realizada na unidade do</p><p>paciente após alta hospitalar, transferências, óbitos (desocupação do local) ou nas</p><p>internações de longa duração (programada). As programadas devem ser realizadas</p><p>no período máximo de 15 dias quando em áreas críticas (YAMAUSHI et al., 2000;</p><p>PREFEITURA..., 2007). Em áreas semicríticas e não críticas o período máximo é de 30</p><p>dias. É importante que o formulário para confirmação da conclusão da limpeza</p><p>terminal seja preenchido por parte da chefia do setor. Esse formulário auxilia</p><p>também na programação da terminal, sinalizando impedimentos para a realização</p><p>ou conclusão dessa. Nesse caso, o chefe do setor deverá justificar o impedimento</p><p>da terminal programada.</p><p>O procedimento inclui a limpeza de paredes, pisos, teto, painel de gases,</p><p>equipamentos, todos os mobiliários como camas, colchões, macas, mesas de</p><p>cabeceira, mesas de refeição, armários, bancadas, janelas, vidros, portas, peitoris,</p><p>luminárias, filtros e grades de ar condicionado (YAMAUSHI et al., 2000). Nesse tipo</p><p>de limpeza deve-se utilizar máquinas de lavar piso (realizando-se movimentos “oito</p><p>deitado” e unidirecional), cabo regulável com esponjas sintéticas com duas faces</p><p>para parede e os kits de limpeza de vidros e de teto. As paredes devem ser limpas</p><p>de cima para baixo e o teto deve ser limpo em sentido unidirecional (HINRICHSEN,</p><p>2004).</p><p>O uso de desinfetantes deverá ser restrito a superfícies que contenham matéria</p><p>orgânica. Ainda, poderá ser utilizado na desinfecção de áreas de isolamento de</p><p>contato. Em caso de surtos, recomenda-se o uso de desinfetantes em toda a</p><p>extensão da superfície da área onde está ocorrendo o surto na unidade do paciente</p><p>(HINRICHSEN, 2004).</p><p>E importante o estabelecimento de um cronograma com a definição da</p><p>periodicidade da limpeza terminal com data, dia da semana e horários, conforme a</p><p>criticidade das áreas, não se limitando aos quartos ou salas cirúrgicas.</p><p>A limpeza terminal de postos de enfermagem, expurgos, depósito de material de</p><p>limpeza (DML) e sala de utilidades devem ser programadas considerando horários</p><p>de menor fluxo ou que não prejudique a dinâmica do setor ou a qualidade da</p><p>limpeza. Essa programação (cronograma) deve ser confirmada por meio da</p><p>assinatura do chefe do setor e do responsável pela equipe de limpeza e desinfecção</p><p>de superfícies.</p><p>36</p><p>SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NOS PROCEDIMENTOS DE HIGIENE E</p><p>PROFILAXIA</p><p>Desinfetantes (na desinfecção – área crítica)</p><p>Detergentes (na limpeza – todas as áreas)</p><p>Anti-sépticos (no tecido vivo – após degermação) Esterilizantes (artigos críticos)</p><p>OBS: As salas de cirurgia chamamos de meio asséptico e não estéril.</p><p>PORTARIA Nº 1.683, DE 28 DE AGOSTO DE 2003</p><p>O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, considerando: as</p><p>competências do Ministério da Saúde relativas à definição de estratégias de</p><p>atuação, no seu respectivo âmbito, no campo da biossegurança, em articulação</p><p>com órgãos afins; à fiscalização, emissão de autorizações e registros de produtos e</p><p>serviços de interesse da saúde; e à pesquisa científica e tecnologia na área da</p><p>saúde; e a importância do desenvolvimento de ações conjuntas e coordenadas dos</p><p>diversos órgãos e entidades do Ministério da Saúde para a definição de estratégias</p><p>de atuação, avaliação e acompanhamento das atividades relacionadas à</p><p>biossegurança no País, resolve:</p><p>Art. 1º Instituir, no âmbito do Ministério da Saúde, a Comissão de</p><p>Biossegurança em Saúde, com as seguintes atribuições:</p><p>I - participar, nos âmbitos nacional e internacional, da elaboração e reformulação</p><p>de normas no âmbito da biossegurança;</p><p>II - proceder ao levantamento e à análise das questões referentes a biossegurança,</p><p>visando identificar seus impactos e suas correlações com a saúde humana;</p><p>III - propor estudos para subsidiar o posicionamento do Ministério da Saúde na</p><p>tomada de decisões sobre temas relativos à biossegurança;</p><p>IV - subsidiar representantes do Ministério da Saúde nos grupos interministeriais</p><p>relacionados ao assunto, inclusive na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança</p><p>(CTNBio);</p><p>V - enviar aos órgãos e entidades deste Ministério os relatórios finais e</p><p>encaminhamentos resultantes de suas atividades;</p><p>VI - propiciar debates públicos sobre biossegurança, por intermédio de reuniões e</p><p>eventos abertos à comunidade; e</p><p>VII - elaborar e aprovar seu regimento interno.</p><p>Art. 2° A Comissão de Biossegurança em Saúde será composta por</p><p>representantes dos seguintes órgãos e entidades:</p><p>I - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (2);</p><p>II - Secretaria de Atenção à Saúde (1)</p><p>III - Secretaria de Vigilância em Saúde (1);</p><p>IV - Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde (1);</p><p>V - Fundação Nacional de Saúde (1);</p><p>VI - Fundação Oswaldo Cruz (1); e</p><p>VII - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (1).</p><p>Parágrafo único. Cada representante terá um suplente, ambos indicados à</p><p>coordenação da Comissão pelos dirigentes dos respectivos órgãos e entidades.</p><p>Art. 3º A coordenação da Comissão será exercida pelo primeiro titular da Secretaria</p><p>de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, cabendo ao órgão ou entidade ao</p><p>qual esteja vinculado a responsabilidade pelo apoio administrativo necessário ao</p><p>desenvolvimento dos trabalhos e pela convocação das reuniões, elaboração de atas</p><p>de reunião e encaminhamento dos documentos produzidos.</p><p>Art. 4º A coordenação da Comissão fica autorizada a requisitar servidores dos</p><p>órgãos e entidades do Ministério da Saúde e a convidar representantes de outros</p><p>órgãos da Administração Pública Federal e de entidades não governamentais, bem</p><p>como especialistas em assuntos ligados ao tema, cuja presença seja considerada</p><p>necessária ao cumprimento do disposto nesta Portaria.</p><p>Parágrafo único. A participação na Comissão de pessoas externas ao Ministério da</p><p>Saúde é considerada atividade de relevante interesse nacional e não será</p><p>remunerada.</p><p>RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE</p><p>37</p><p>É de extrema importãncia que você estudante e profissional tome</p><p>conhecimento das resoluções que regem os resíduos dos serviços de</p><p>saúde.</p><p>38</p><p>De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e a Resolução CONAMA no 358/2005,</p><p>são definidos como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o</p><p>atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência</p><p>domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para a</p><p>saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de</p><p>embalsamamento, serviços de medicina legal, drogarias e farmácias inclusive as de</p><p>manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde, centro de</p><p>controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores,</p><p>distribuidores produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro,</p><p>unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura, serviços de</p><p>tatuagem, dentre outros similares.</p><p>RESOLUÇÃO - RDC Nº 222, DE 28 DE MARÇO DE 2018: Regulamenta as Boas</p><p>Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras</p><p>providências. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no</p><p>uso da atribuição que lhe confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da Lei nº</p><p>9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno</p><p>aprovado nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 61,</p><p>de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte Resolução da Diretoria</p><p>Colegiada, conforme deliberado em reunião realizada em 20 de março de 2018, e</p><p>eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação.</p><p>CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS</p><p>Seção I Objetivo Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas</p><p>de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde.</p><p>Seção II Abrangência Art. 2º Esta Resolução se aplica aos geradores de resíduos de</p><p>serviços de saúde- RSS cujas atividades envolvam qualquer etapa do gerenciamento</p><p>dos RSS, sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo</p><p>aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.</p><p>39</p><p>§ 1º Para efeito desta resolução, definem-se como geradores de RSS todos os</p><p>serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou</p><p>animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; laboratórios analíticos de</p><p>produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades</p><p>de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina</p><p>legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; estabelecimentos de</p><p>ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses;</p><p>distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de</p><p>materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à</p><p>saúde; serviços de acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e</p><p>estética, dentre outros afins.</p><p>§ 2º Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as</p><p>determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e às indústrias de</p><p>produtos sob vigilância sanitária, que devem observar as condições específicas do</p><p>seu licenciamento ambiental.</p><p>Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:</p><p>Abrigo externo: ambiente no qual ocorre o armazenamento externo dos coletores</p><p>de resíduos;</p><p>Abrigo temporário: ambiente no qual ocorre o armazenamento temporário dos</p><p>coletores de resíduos;</p><p>Acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou</p><p>recipientes que evitem vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às ações</p><p>de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam adequados física e quimicamente</p><p>ao conteúdo acondicionado;</p><p>Agentes biológicos: microrganismos capazes ou não de originar algum tipo de</p><p>infecção, alergia ou toxicidade no corpo humano, tais como: bactérias, fungos,</p><p>vírus, clamídias, riquétsias, micoplasmas, parasitas e outros agentes, linhagens</p><p>celulares, príons e toxinas;</p><p>40</p><p>Armazenamento externo: guarda dos coletores de resíduos em ambiente</p><p>exclusivo, com acesso facilitado para a coleta externa;</p><p>Armazenamento interno: guarda do resíduo contendo produto químico ou rejeito</p><p>radioativo na área de trabalho, em condições definidas pela legislação e normas</p><p>aplicáveis a essa atividade;</p><p>Armazenamento temporário: guarda temporária dos coletores de resíduos de</p><p>serviços de saúde, em ambiente próximo aos pontos de geração, visando agilizar a</p><p>coleta no interior das instalações e otimizar o deslocamento entre os pontos</p><p>geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa;</p><p>Aterro de resíduos perigosos - Classe I: local de disposição final de resíduos</p><p>perigosos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os</p><p>impactos ambientais e utilizando procedimentos específicos de engenharia para o</p><p>confinamento destes;</p><p>Carcaça de animal: produto de retalhação de animal;</p><p>Cadáver de animal: corpo animal após a morte;</p><p>Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): agentes</p><p>biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais</p><p>adultos sadios;</p><p>Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a</p><p>comunidade): inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou</p><p>nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no</p><p>meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e</p><p>profiláticas eficazes;</p><p>Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade):</p><p>inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via</p><p>respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais,</p><p>para as quais existem usualmente medidas de tratamento ou de prevenção.</p><p>Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo</p><p>se propagar de pessoa a pessoa;</p><p>Classe de risco 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade):</p><p>classificação do Ministério da Saúde que inclui agentes biológicos que representam</p><p>grande ameaça para o ser humano e para os animais, implicando grande risco a</p><p>quem os manipula, com grande poder de transmissibilidade de um indivíduo</p>