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A Terapia Cognitivo Comportamental no Manejo do Transtorno de Ansiedade Generalizada (1)

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Bianca Souza

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<p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFG</p><p>PSICOLOGIA</p><p>DJULIA BRENA PEREIRA BATISTA</p><p>LARISSA MARIA BATISTA SILVA</p><p>ARTIGO CIENTÍFICO</p><p>A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NO</p><p>MANEJO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA</p><p>Guanambi – BA</p><p>2022</p><p>DJULIA BRENA PEREIRA BATISTA</p><p>LARISSA MARIA BATISTA SILVA</p><p>ARTIGO CIENTÍFICO</p><p>A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NO</p><p>MANEJO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA</p><p>Artigo científico apresentado ao curso de</p><p>Psicologia do Centro Universitário FG -</p><p>UNIFG, como requisito de avaliação da</p><p>disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso</p><p>II.</p><p>Orientadora: Prof. Ellen Camargo, Docente</p><p>Mestre.</p><p>Guanambi – BA</p><p>2022</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………….5</p><p>2. MATERIAS E MÉTODOS………………………………………………………………...6</p><p>3. RESULTADOS……………………………………………………………………………..7</p><p>4. DISCUSSÃO………………………………………………………………………………11</p><p>4.1 ANSIEDADE ………………………………………………………………………….…11</p><p>4.1.2 Psicopatologia dos Transtornos de Ansiedade……………………………………..…11</p><p>4.1.2.1 Transtorno de Ansiedade de Separação ………………………………………………12</p><p>4.1.2.2 Fobia específica……………………………………………………………….………12</p><p>4.1.2.3 Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social……………………………..………12</p><p>4.1.2.4 Transtorno de Pânico…………………………………………………………….……13</p><p>4.1.2.5 Agorafobia……………………………………………………………………….……13</p><p>4.1.2.6 Transtorno de Ansiedade Generalizada………………………………………….……13</p><p>4.1.2.7 Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento……………….……13</p><p>4.1.2.8 Transtorno de Ansiedade devido à outra condição médica………………………….…13</p><p>4.1.3 Transtorno de Ansiedade Generalizada - TAG………………………………………14</p><p>4.2 O COGNITIVISMO NA PSICOLOGIA………………………………………………….15</p><p>4.3 TERAPIA COGNITIVA DE AARON BECK……………………………………………15</p><p>4.4 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL – TCC…………………………….…17</p><p>4.5 MODELO COGNITIVO DE PSICOPATOLOGIA………………………………………21</p><p>4.6 O MANEJO DA TCC NO TRANSTORNO DA ANSIEDADE GENRALIZADA………21</p><p>4.7 DADOS EMPÍRICOS SOBRE A EFICÁCIA DO MANEJO DA TCC NO TRANSTORNO</p><p>DA ANSIEDADE GENERALIZADA……………………………………………………….23</p><p>5. CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………………..23</p><p>REFERÊNCIAS………………………………………………………………………………24</p><p>4</p><p>A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NO</p><p>MANEJO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA</p><p>Djulia Brena Pereira Batista1, Larissa Maria Batista Silva¹, Ellen Camargo²</p><p>¹Graduandas do curso de Psicologia. Centro Universitário - UNIFG.</p><p>²Docente Mestre do curso de Psicologia do Centro Universitário UNIFG.</p><p>RESUMO: A ansiedade é um sentimento de medo e tensão provocado pela antecipação de um</p><p>possível perigo. No século XX foram identificados diferentes tipos de transtornos de ansiedade,</p><p>entre estes, o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), caracterizado pela presença de</p><p>sintomas de ansiedade extrema. Uma das características deste transtorno são os pensamentos</p><p>automáticos que podem ser modificados por meio da Terapia Cognitivo Comportamental. Deste</p><p>modo, o presente estudo tem por objetivo por meio de uma revisão sistemática da literatura,</p><p>analisar a intervenção da Terapia Cognitivo-Comportamental em casos de Transtorno da</p><p>Ansiedade Generalizada. A Terapia Cognitivo Comportamental tem sido recentemente uma das</p><p>abordagens de mais rápido crescimento na Psicologia e, tornou-se um dos tratamentos mais</p><p>procurados para o Transtorno de Ansiedade Generalizada no mundo, devido ao uso de técnicas</p><p>cognitivas e comportamentais. Em suma, conclui-se que a Terapia Cognitivo Comportamental</p><p>é efetiva quanto ao manejo do Transtorno e Ansiedade Generalizada, uma vez que por meio da</p><p>reestruturação cognitiva auxilia o paciente a identificar e questionar suas disfunções cognitivas,</p><p>bem como no equilíbrio biopsicossocial do indivíduo, favorecendo uma cognição funcional e</p><p>adequação comportamental.</p><p>PALAVRAS-CHAVE: Ansiedade. Ansiedade Generalizada. Terapia. Terapia Cognitivo</p><p>Comportamental. Transtornos.</p><p>ABSTRACT: Anxiety is a feeling of fear and tension caused by the anticipation of possible</p><p>danger. In the 20th century, different types of anxiety disorders were identified, including</p><p>Generalized Anxiety Disorder (GAD), characterized by the presence of extreme anxiety</p><p>symptoms. Cognitive-Behavioral Therapy - CBT, through behavioral cognitive restructuring</p><p>techniques, helps in the individual's biopsychosocial balance, and contributes to the</p><p>management of Generalized Anxiety Disorder. Thus, the present study aims, through a</p><p>systematic review of the literature, to analyze the intervention of Cognitive-Behavioral Therapy</p><p>in cases of Generalized Anxiety Disorder. Cognitive Behavioral Therapy has recently been one</p><p>of the fastest growing approaches in psychology and has become one of the most sought after</p><p>treatments for generalized anxiety disorder in the world due to its use of cognitive and</p><p>behavioral techniques.</p><p>KEYWORDS: Anxiety. Generalized anxiety. Therapy. Cognitive behavioral therapy.</p><p>disorders.</p><p>1 Endereço para correspondência: Rua Afonso de Castro nº 59-Bairro: Centro-Riacho de Santana,</p><p>Bahia. CEP: 46470.000.</p><p>Endereço eletrônico: e-mail: djulia.brenapsicologia@gmail.com</p><p>5</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>No século XVIII as causas das doenças mentais eram vistas apenas de acordo com fatores</p><p>biológicos, e somente a partir do século XIX começou-se a considerar a possibilidade de que</p><p>as causam fossem psicológicas. Em 1948 a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a</p><p>sexta edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-6), incluindo os transtornos</p><p>mentais pela primeira vez. Somente no século XX, o conceito de ansiedade foi incluso na</p><p>classificação do DSM (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais),</p><p>organizado pela American Psychiatric Association. Neste mesmo período, os transtornos de</p><p>ansiedade deixaram de ser analisados apenas pelo fator biológico, passando então a analisar</p><p>também o ambiente como um fator influenciador (COUTINHO; DIAS; BEVILAQUA, 2013).</p><p>De acordo com American Psychiatric Association et al. (2014), a ansiedade é</p><p>conceituada como antecipação de ameaças futuras, muitas vezes associada à tensão muscular,</p><p>vigilância, comportamentos cautelosos e/ou de esquiva. Para Moura et al. (2022), a ansiedade</p><p>é um sentimento de medo e tensão provocado pela antecipação de um possível perigo.</p><p>Dalgalarrondo (2008) relata que guino século XX foram identificados diferentes tipos de</p><p>transtornos de ansiedade, entre estes, o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG),</p><p>caracterizado pela presença de sintomas de ansiedade extrema na maioria dos dias por pelo</p><p>menos seis meses, bem como a insônia, dificuldade de relaxamento, dores de cabeça, dores</p><p>musculares, queimação no estômago, taquicardia e tontura.</p><p>Da Silva e Bernardes (2020), relatam que o transtorno de ansiedade possui como</p><p>característica os pensamentos automáticos que incluem antecipação de perigo, falta de controle</p><p>e distorções cognitivas que podem ser modificadas por meio da Terapia Cognitiva</p><p>Comportamental (TCC). A Terapia Cognitivo-Comportamental trata-se de uma abordagem</p><p>baseada em dois princípios: as cognições possuem influência decisiva nas emoções e</p><p>comportamentos; e o comportamento pode afetar profundamente os padrões de pensamento e</p><p>emoções (WRIGTHT, BASCO e THASE, 2008). A TCC busca organizar a perturbação no</p><p>pensamento identificando três níveis de cognição: pensamento automático, pressupostos</p><p>subjacentes, e crenças centrais ou nucleares. Com base nesses conceitos, são delineadas</p><p>estratégias cognitivas comportamentais voltadas ao equilíbrio (MOURA et al., 2022).</p><p>A TCC através de técnicas de reestruturação cognitiva comportamental auxilia no</p><p>equilíbrio biopsicossocial do indivíduo, e contribui no manejo do Transtorno de Ansiedade</p><p>Generalizada (BECK, 2014). Sendo assim, o presente estudo tem por objetivo por meio de uma</p><p>revisão</p><p>sistemática da literatura, analisar a intervenção da Terapia Cognitivo-Comportamental</p><p>6</p><p>em casos de Transtorno da Ansiedade Generalizada. A pergunta norteadora deste, foi: De que</p><p>forma a Terapia Cognitivo Comportamental contribui no manejo do Transtorno de Ansiedade</p><p>Generalizada?</p><p>Segundo Guimarães et al. (2015), os transtornos de ansiedade nos adultos vêm</p><p>aumentando exponencialmente. Entre os transtornos psiquiátricos, os transtornos ansiosos</p><p>encontram-se entre os que possuem mais frequência, com prevalências de 12,5% ao longo da</p><p>vida e 7,6% no ano. Segundo Cordioli e Grevet (2018), uma combinação de técnicas foi</p><p>fundamental para o sucesso terapêutico da ansiedade, combinação hoje conhecida como Terapia</p><p>Cognitiva Comportamental, que utiliza registros de pensamentos disfuncionais para submetê-</p><p>los ao exame das evidências. A TCC é a modalidade de tratamento mais estudada</p><p>empiricamente na ciência contemporânea, com múltiplas aplicações clínicas eficazes</p><p>(CORDIOLI e GREVET, 2018). Diante o exposto, esse estudo justifica-se pela alta frequência</p><p>de Transtornos Ansiosos, bem como pelo fato de o Transtorno de Ansiedade Generalizada ter</p><p>altas porcentagens de comorbidades e ser um dos transtornos mentais com mais demandas nos</p><p>serviços primários. Visto isso, é necessária uma pesquisa na literatura mais detalhada sobre esse</p><p>tema, para que sejam feitas compreensões mais específicas do mesmo, e também para</p><p>compreender a importância da Terapia Cognitivo-Comportamental no manejo deste transtorno.</p><p>2. MATERIAIS E MÉTODOS</p><p>A metodologia utilizada neste artigo trata-se da revisão sistemática qualitativa descritiva</p><p>da literatura. De acordo com Prodanov e Freitas (2013), na pesquisa qualitativa, os</p><p>pesquisadores tendem a analisar os dados indutivamente, tendo como foco principal o processo</p><p>e seu significado.</p><p>Para Minayo (2008 apud GUERRA, 2014) na pesquisa qualitativa é necessário</p><p>reconhecer a complexidade do objeto de estudo, rever de forma crítica as teorias quanto ao</p><p>tema, estabelecer teorias e conceitos importantes, utilizar técnicas de coleta de dados</p><p>adequadas, e analisar todo o material de modo específico e contextualizado.</p><p>No que se refere à pesquisa descritiva, Prodanov e Freitas (2013) abordam que os</p><p>pesquisadores descrevem e registram os fatos observados sem os interferir. Segundo Gerhardt</p><p>e Silveira (2009), a pesquisa descritiva exige que o pesquisador forneça um conjunto de</p><p>informações sobre o que deseja estudar, e visa descrever os fatos e fenômenos de uma</p><p>determinada realidade.</p><p>7</p><p>A revisão sistemática segundo Cordeiro et al. (2007), consiste em um estudo científico</p><p>que visa coletar, avaliar criticamente e sintetizar os resultados de vários estudos preliminares.</p><p>Também visa responder a uma pergunta claramente colocada, usando uma abordagem</p><p>sistemática e clara para identificar, selecionar e avaliar estudos relevantes e coletar e analisar</p><p>dados de estudos incluídos na revisão.</p><p>Na operacionalização deste processo, foi realizada a exploração do referencial teórico</p><p>para a construção de categorias temáticas de análise, leitura seletiva dos resumos, fichamento,</p><p>agrupamento de evidências e análise dos resultados. A análise foi realizada através do processo</p><p>de análise do conteúdo por divisão temática. Sendo estas: Ansiedade; Psicopatologia dos</p><p>Transtornos de Ansiedade; Transtorno de Ansiedade Generalizada; Cognitivismo na</p><p>Psicologia; Terapia Cognitiva de Aaron Beck; Terapia Cognitivo-Comportamental; Modelo</p><p>Cognitivo de Psicopatologia; e Manejo da TCC no Transtorno da Ansiedade Generalizada.</p><p>De acordo com Gerhardt e Silveira (2009), a análise de conteúdo é uma técnica de</p><p>pesquisa com características metodológicas, tais como a objetividade, a sistematização e a</p><p>inferência. É um conjunto de técnicas de análise da comunicação que visa obter indicadores</p><p>(quantitativos ou não quantitativos) por meio de procedimentos sistemáticos e objetivos de</p><p>descrição do conteúdo da informação para que se possa inferir o conhecimento sobre as</p><p>condições de produção/recepção (variáveis inferidas) dessa informação (BARDIN, 2011).</p><p>Esta análise passou por três fases de acordo Bardin (2011), sendo estas a Pré-análise, a</p><p>Exploração do material (codificação e categorização do material, enumeração) e o Tratamento</p><p>dos resultados obtidos e interpretação.</p><p>Os materiais utilizados foram publicados entre os anos de 2001 a 2022. Através do uso</p><p>dos termos de busca, foram encontrados 11 resumos publicados nas bases Pepsic, Google</p><p>Acadêmico, Books Google, e Scielo. Para isso, foram realizadas buscas por meio das palavras-</p><p>chave “Ansiedade” combinada com “Ansiedade Generalizada”, “Terapia”, combinada com</p><p>“Terapia Cognitivo Comportamental” combinada com “Transtornos”. As consultas às bases</p><p>foram realisadas no período de fevereiro de 2022 a outubro de 2022.</p><p>Como critérios de inclusão foram utilizados 1) estudos publicados em formato de artigo;</p><p>2) publicados na integra em inglês, espanhol e português; 3) embasamento na Terapia Cognitivo</p><p>Comportamental; 4) publicados nos últimos 21 anos; 5) estudos que investigavam</p><p>empiricamente a aplicabilidade da TCC no manejo do Transtorno de Ansiedade; 6) artigos que</p><p>descrevessem a Terapia Cognitivo-Comportamental; 7) estudos que descrevessem ou</p><p>avaliassem o Transtorno de Ansiedade Generalizada; 8) artigos que especificassem o</p><p>8</p><p>tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada a partir da Terapia Cognitivo-</p><p>Comportamental.</p><p>Os critérios de exclusão foram: 1) Artigos não disponíveis na integra; 2) Estudos não</p><p>relevantes de acordo os objetivos do estudo; 3) Estudos repetidos nas bases de dados</p><p>selecionadas. Feito a apuração dos critérios os artigos selecionados foram categorizados para</p><p>análise da seguinte forma: base de dados; título do artigo; autores e ano de publicação; e</p><p>conclusão.</p><p>3. RESULTADOS</p><p>A Tabela 1 apresenta a quantidade de artigos encontrados nas bases de dados, bem como</p><p>as publicações selecionadas e descartadas. Os estudos foram encontrados nas bases de dados</p><p>PePSIC, SciELO, Lilacs e Google Acadêmico, a partir das palavras chaves: Ansiedade;</p><p>Ansiedade Generalizada; Terapia; Terapia Cognitivo-Comportamental; e Transtornos.</p><p>Tabela 1 - Publicações encontradas, descartadas e selecionadas.</p><p>(continua)</p><p>Base de</p><p>Dados</p><p>Palavras-Chave Publicações</p><p>Encontradas</p><p>Publicações</p><p>Descartadas</p><p>Publicações</p><p>Selecionadas</p><p>PePSIC Ansiedade (13); Ansiedade</p><p>Generalizada (0); Terapia (7);</p><p>Terapia Cognitivo</p><p>Comportamental (0);</p><p>Transtornos (16).</p><p>36 34 2</p><p>SciELO Ansiedade (1723); Ansiedade</p><p>Generalizada (64); Terapia</p><p>(9553); Terapia Cognitivo</p><p>Comportamental (13);</p><p>Transtornos (4522).</p><p>15875 15873 1</p><p>LILACS Ansiedade (5.968); Ansiedade</p><p>Generalizada (251); Terapia</p><p>(131.982); Terapia Cognitivo</p><p>Comportamental (861);</p><p>Transtornos (30.910)</p><p>169.972 169.971 1</p><p>Google</p><p>Acadêmico</p><p>Ansiedade (14.700);</p><p>Ansiedade Generalizada</p><p>(3.130); Terapia (29.300);</p><p>Terapia Cognitivo</p><p>Comportamental (6.300);</p><p>Transtornos (13.300).</p><p>66730 66723 7</p><p>10</p><p>Selecionados</p><p>Fonte: Ellen Camargo, Djulia Brena P. Batista, e Larissa Mª B. Silva, 2022.</p><p>9</p><p>Foram encontrados 252.613 artigos; os seus títulos e resumos foram lidos em busca de</p><p>artigos que que trouxesse a temática deste estudo. Destes 252.613, foram selecionados 10</p><p>artigos que foram incluídos nos resultados deste estudo. Os artigos incluídos nos resultados</p><p>estão apresentados na tabela abaixo.</p><p>A tabela 2 indica as bases de dados, os títulos, os anos das publicações selecionadas e a</p><p>conclusão. Foram encontrados artigos publicados de 2006 até o ano de 2022, deste modo, os</p><p>estudos serão exibidos conforme ordem da data de publicação.</p><p>Tabela 2 - Distribuição dos artigos quanto à base de dados, artigo, ano e Terapia Cognitivo</p><p>Comportamental dividida na categoria de Transtorno de Ansiedade Generalizada.</p><p>(continua)</p><p>Base de</p><p>dados</p><p>Artigo</p><p>Ano de</p><p>publicação</p><p>Conclusão</p><p>Google</p><p>Acadêmico</p><p>Estudo da terapia</p><p>cognitiva: Um</p><p>novo conceito de</p><p>psicoterapia</p><p>2006 A Terapia Cognitiva ocupa uma posição</p><p>vantajosa, em relação às demais</p><p>abordagens psicoterápicas, por unir a</p><p>teoria à técnica, etc.</p><p>PePSIC História e</p><p>panorama atual</p><p>das terapias</p><p>cognitivas no</p><p>Brasil.</p><p>2007 A grande maioria dos profissionais</p><p>baseiam sua prática clínica na combinação</p><p>dos modelos de reestruturação cognitiva e</p><p>cognitivo-comportamental.</p><p>SciELO</p><p>Revisão</p><p>sistemática: uma</p><p>revisão narrativa.</p><p>2007 Foi observado um número crescente de</p><p>artigos publicados onde os autores</p><p>utilizam como desenho de estudo a revisão</p><p>sistemática com ou sem metanálise.</p><p>PePSIC Intervenção</p><p>cognitivo-</p><p>comportamental</p><p>em transtorno de</p><p>ansiedade: relato</p><p>de caso.</p><p>2011 A TCC oferece uma gama de recursos</p><p>terapêuticos eficazes no tratamento de</p><p>diversos transtornos.</p><p>Google</p><p>Acadêmico</p><p>Transtornos de</p><p>ansiedade: um</p><p>estudo de</p><p>prevalência sobre</p><p>as fobias</p><p>específicas e a</p><p>importância da</p><p>ajuda psicológica.</p><p>2015 Mesmo sendo uma emoção fundamental</p><p>para sobrevivência do indivíduo, em</p><p>excesso, a ansiedade pode se tornar um</p><p>fator preocupante, causando-lhe prejuízos</p><p>significativos.</p><p>Google</p><p>Acadêmico</p><p>Características</p><p>básicas do</p><p>transtorno de</p><p>2017 A abordagem psicoterápica, num</p><p>sentido amplo, deve ser prioritária no</p><p>tratamento desse distúrbio.</p><p>10</p><p>ansiedade</p><p>generalizada.</p><p>Google</p><p>Acadêmico</p><p>Quando a</p><p>ansiedade vira</p><p>doença?: Como</p><p>tratar transtornos</p><p>ansiosos sob a</p><p>perspectiva</p><p>cognitivo-</p><p>comportamental.</p><p>2017 O tema ansiedade patológica e o</p><p>tratamento desta doença, com base na</p><p>TCC, são importantes, tanto para o</p><p>aprofundamento do conhecimento acerca</p><p>do assunto, quanto para o auxílio da</p><p>psicoeducação dos pacientes.</p><p>Google</p><p>Acadêmico</p><p>Behaviorismo,</p><p>cognitivismo e</p><p>construtivismo:</p><p>confronto entre</p><p>teorias remotas</p><p>com a teoria</p><p>conectivista.</p><p>2018 Verificou–se que a teoria conectivista,</p><p>definida como teoria alternativa da era</p><p>digital, pressupõe que a aprendizagem</p><p>está internalizada no indivíduo e é</p><p>necessário ser acionada por uma fonte de</p><p>conhecimento que pode residir tanto em</p><p>outros indivíduos quando em dispositivos</p><p>não humanos.</p><p>Google</p><p>Acadêmico</p><p>Ansiedade e</p><p>Terapia</p><p>Cognitivo-</p><p>Comportamental:</p><p>Uma Análise a</p><p>Partir de dois</p><p>Periódicos</p><p>Nacionais.</p><p>2020 A ansiedade disfuncional causa um</p><p>sentimento indefinido e desagradável de</p><p>medo e apreensão devido a um perigo</p><p>desconhecido, prejudicando o dia a dia do</p><p>indivíduo e podendo causar tanto</p><p>transtornos físicos quanto psicológicos.</p><p>LILACS Transtornos de</p><p>ansiedade:</p><p>histórico, aspectos</p><p>clínicos e</p><p>classificações</p><p>atuais.</p><p>2022 As presentes versões da CID e do DSM</p><p>estão fundamentadas nos avanços e na</p><p>consolidação do conhecimento atual sobre</p><p>os transtornos mentais.</p><p>Google</p><p>Acadêmico</p><p>A Terapia</p><p>Cognitivo-</p><p>Comportamental</p><p>no Tratamento do</p><p>Transtorno de</p><p>Ansiedade</p><p>Generalizada.</p><p>2022 O TAG é um transtorno complexo, com</p><p>uma grande variedade de sintomas para os</p><p>quais existem diferentes técnicas na TCC.</p><p>Fonte: Ellen Camargo, Djulia Brena P. Batista, e Larissa Mª B. Silva, 2022.</p><p>A tabela 3 indica os livros utilizados através dos títulos em ordem alfabética, bem como</p><p>os autores e o ano de cada publicação. As obras selecionadas são materiais didáticos utilizados</p><p>como fonte de estudo da graduação em Psicologia.</p><p>Tabela 3 - Livros Utilizados</p><p>11</p><p>Livro Autor (es) Ano de</p><p>Publicação</p><p>Análise de conteúdo. L. Bardin 2011</p><p>Fundamentos, modelos conceituais,</p><p>aplicações e pesquisa da terapia cognitiva.</p><p>KNAPP, Paulo; BECK, Aaron T. 2008</p><p>Introdução à psicologia. DAVIDOFF, Linda L. 2001</p><p>Manual de pesquisa qualitativa. GUERRA, Elaine Linhares de</p><p>Assis.</p><p>2014</p><p>Manual diagnóstico e estatístico de</p><p>transtornos mentais.</p><p>AMERICAN PSYCHIATRIC</p><p>ASSOCIATION et al.</p><p>2014</p><p>Métodos de pesquisa. GERHARDT, Tatiana Engel;</p><p>SILVEIRA, Denise Tolfo.</p><p>2009</p><p>Metodologia do trabalho científico:</p><p>métodos e técnicas da pesquisa e do</p><p>trabalho acadêmico</p><p>PRODANOV, Cleber Cristiano;</p><p>DE FREITAS, Ernani Cesar.</p><p>2013</p><p>Psicopatologia e semiologia dos</p><p>transtornos mentais.</p><p>DALGALARRONDO, Paulo. 2008</p><p>Psicoterapias: Abordagens Atuais. CORDIOLI, Aristides Volpato;</p><p>GREVET, Eugenio Horacio (org.)</p><p>2018</p><p>Terapia Cognitivo-Comportamental:</p><p>Teoria e Prática.</p><p>Judith S. Beck 2013</p><p>Terapia Cognitivo-Comportamental na</p><p>prática psiquiátrica.</p><p>KNAPP, Paulo. 2009</p><p>Transtorno de pânico: Teoria e Clínica. COUTINHO, Fernando; DIAS,</p><p>Gisele; BEVILAQUA, Mário</p><p>Cesar.</p><p>2013</p><p>Vencendo a ansiedade e a preocupação</p><p>com a terapia cognitivo-comportamental:</p><p>manual do paciente.</p><p>CLARK, David A.; BECK, Aaron</p><p>T.</p><p>2014</p><p>WRIGTHT, Jesse H.; BASCO, Monica</p><p>R.; THASE, Michael E.</p><p>Aprendendo a terapia cognitivo-</p><p>comportamental: um guia</p><p>ilustrado.</p><p>2008</p><p>Fonte: Ellen Camargo, Djulia Brena P. Batista, e Larissa Mª B. Silva, 2022.</p><p>4. DISCUSSÃO</p><p>4.1 ANSIEDADE</p><p>Segundo Lenhardtk e Calvetti (2017), a ansiedade é um tipo de manifestação fisiológica</p><p>natural e necessária para a sobrevivência do homem. É uma emoção determinada pela</p><p>antecipação de perigo (DAVIDOFF, 2001).</p><p>Conforme Clark e Beck (2014), a ansiedade pode causar falta de ar, palpitações,</p><p>taquicardia, dor ou pressão no peito, vertigem, tontura, sudorese, calafrios, náuseas, diarreia,</p><p>tremores, formigamento, dormência, fraqueza, tensão muscular, medo de perder o controle,</p><p>12</p><p>medo de morte, medo de “enlouquecer”, medo de avaliação negativa dos outros, pensamentos</p><p>assustadores, baixa concentração, hipervigilância para perigo, memória fraca, dificuldade de</p><p>raciocínio, agitação, irritabilidade, apreensão, impaciência, frustração, entre outros sintomas.</p><p>Clark e Beck (2014) relatam que a ansiedade é voltada ao futuro e governada pelo</p><p>pensamento de “e se?”; e quando esses pensamentos se agravam, a ansiedade deixa de ser</p><p>considerada como um fator “normal” para ser classificada como patológica, dando início deste</p><p>modo, a diferentes tipos de transtornos ansiosos.</p><p>4.1.2 Psicopatologia dos Transtornos de Ansiedade</p><p>De acordo com o American Psychiatric Association et al. (2014), os transtornos de</p><p>ansiedade possuem como características em comum, o medo e a ansiedade em excesso, bem</p><p>como perturbações comportamentais; tais transtornos se diferenciam a partir dos tipos de</p><p>objetos ou situações que induzem a ansiedade, o medo, o comportamento de esquivar-se, bem</p><p>como na ideação cognitiva associada. Os Transtornos de ansiedade tendem a apresentar grandes</p><p>comorbidades entre si, mas, podem ser diferenciados através do exame detalhados dos tipos de</p><p>situações temidas ou evitadas, bem como por meio do conteúdo dos pensamentos e crenças.</p><p>O DSM-5 aponta como Transtorno de Ansiedade, o Transtorno de Ansiedade de</p><p>Separação; Fobia Específica; Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social; Transtorno de</p><p>Pânico; Agorafobia; Transtorno de Ansiedade Generalizada; Transtorno de Ansiedade Induzido</p><p>por Substância/Medicamento; e o Transtorno de Ansiedade devido à outra condição médica.</p><p>(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al., 2014)</p><p>4.1.2.1 Transtorno de Ansiedade de Separação</p><p>Esse transtorno caracteriza-se por apreensão e ansiedade em relação ao ato de separação</p><p>da figura de apego; os indivíduos com este transtorno possuem medo e ansiedade persistentes</p><p>no que se refere à ocorrência de danos a estas figuras, bem como a possíveis eventos que</p><p>poderiam levar a perda ou separação das mesmas; é comum também, a ocorrência de pesadelos</p><p>e sintomas físicos de sofrimento (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al., 2014).</p><p>4.1.2.2 Fobia Específica</p><p>13</p><p>Pessoas com Fobia Específica são apreensivas, ansiosas ou se esquivam de objetos ou</p><p>situações circunscritas; estas emoções são na maioria das vezes induzidas imediatamente pela</p><p>situação</p><p>fóbica, de tal modo que chega a ser persistente e desproporcional ao real risco. A fobia</p><p>específica possui diversos tipos, e como exemplo é possível citar: fobia a animais, a ambiente</p><p>natural, a sangue, injeção, ferimentos, situacional e outros. (AMERICAN PSYCHIATRIC</p><p>ASSOCIATION et al., 2014).</p><p>4.1.2.3 Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social</p><p>Neste transtorno, o indivíduo possui medo, ansiedade, ou se esquiva de interações e</p><p>situações sociais em que há a possibilidade de ser avaliado. Há uma ideação cognitiva associada</p><p>de ser avaliado negativamente, ser humilhado ou rejeitado pelos demais (AMERICAN</p><p>PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al., 2014).</p><p>4.1.2.4 Transtorno de Pânico</p><p>Há ocorrência de ataques de pânico inesperados recorrentes, e o indivíduo torna-se</p><p>apreensivo e preocupado em relação à chance de passar por novos ataques. Esses ataques são</p><p>abruptos de medo ou desconforto intenso, e são maximizados rapidamente, seguidos de</p><p>sintomas físicos e/ou cognitivos, e se dão em resposta a um objeto ou situação temida, o que</p><p>prova que não possuem razão aparente para ocorrer (AMERICAN PSYCHIATRIC</p><p>ASSOCIATION et al., 2014).</p><p>4.1.2.5 Agorafobia</p><p>Indivíduos com Agorafobia são apreensivos e ansiosos quanto a duas ou mais das</p><p>situações citadas a seguir: utilizar transporte público; estar em lugares fechados; ficar em uma</p><p>fila de espera; estar em multidões; ou estar fora de casa sozinho em outras circunstâncias. Essas</p><p>situações são temidas por conta de pensamentos de que possa ser difícil escapar ou da</p><p>possibilidade de não haver ajuda necessária em caso de desenvolvimento de sintomas de pânico,</p><p>e sintomas incapacitantes ou constrangedores (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION</p><p>et al., 2014).</p><p>14</p><p>4.1.2.6 Transtorno de Ansiedade Generalizada</p><p>Este transtorno possui a ansiedade, preocupação persistente e excessiva como principais</p><p>características. Sintomas físicos como inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”,</p><p>fatigabilidade, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono são comuns (AMERICAN</p><p>PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al., 2014).</p><p>4.1.2.7 Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento</p><p>Neste transtorno, a ansiedade ocorre em consequência de intoxicação ou abstinência de</p><p>substância ou a um tratamento medicamentoso (AMERICAN PSYCHIATRIC</p><p>ASSOCIATION et al., 2014).</p><p>4.1.2.8 Transtorno de Ansiedade devido à outra condição médica</p><p>Sintomas ansiosos por consequência fisiológica de outra condição médica</p><p>(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al., 2014).</p><p>4.1.3 Transtorno de Ansiedade Generalizada – TAG</p><p>De acordo com Dalgalarrondo (2008), a ansiedade generalizada é caracterizada por</p><p>sintomas de ansiedade excessiva na maioria dos dias por pelo menos seis meses. Sintomas como</p><p>insônia, dificuldade para relaxar, irritabilidade e dificuldade de concentração são comuns.</p><p>Sintomas físicos como dor de cabeça, dores musculares, dor de estômago ou queimação,</p><p>batimentos cardíacos acelerados, tontura, formigamento e suores frios também são comuns.</p><p>Para fazer o diagnóstico da síndrome de ansiedade é necessário verificar se os sintomas causam</p><p>sofrimento clinicamente significativo e prejudicam a vida do indivíduo (DALGALARRONDO,</p><p>2008).</p><p>Segundo o American Psychiatric Association et al. (2014), no Transtorno de Ansiedade</p><p>Generalizada, as preocupações são excessivas, disseminadas, intensas e angustiantes e ocorrem</p><p>frequentemente sem precipitantes. Neste transtorno há uma intensidade, duração e frequência</p><p>desproporcionais de ansiedade e preocupação em relação à possibilidade real de algum evento</p><p>antecipado. Adultos com esse transtorno se preocupam com frequência a respeito de</p><p>circunstâncias do dia-a-dia; já as crianças, tendem a ter preocupações sobre sua competência</p><p>15</p><p>ou desempenho. Clark e Beck (2012) afirmam que a preocupação é comum na vida da maioria</p><p>das pessoas, mas, quando se trata de preocupação excessiva associada ao TAG é bem mais</p><p>grave, persistente e incontrolável; neste transtorno, as preocupações podem durar horas,</p><p>acontecer quase todos os dias e abranger diversos temas, e, geralmente segue um curso crônico,</p><p>que tem durabilidade de meses, anos ou décadas (CLARK e BECK, 2012).</p><p>Pessoas com transtorno de ansiedade generalizada tendem a se concentrar demais no</p><p>futuro e cometem vários erros de pensamento, como os pensamentos automáticos catastróficos,</p><p>por exemplo, devido a uma dificuldade em raciocinar a partir da realidade. A interpretação</p><p>destes pensamentos catastróficos toma grandes proporções, os indivíduos enfatizam aspectos</p><p>negativos e ignoram os positivos, por isso, enfrentam dificuldades na tomada de decisão, bem</p><p>como na solução de problemas e mudanças (OLIVEIRA, 2011).</p><p>Ainda de acordo com Oliveira (2011), os pensamentos automáticos aparecem em função</p><p>da interpretação dada à determinada situação. Todos possuem pensamentos automáticos,</p><p>entretanto, as pessoas que não estão angustiadas tendem a testar tais pensamentos e verificar a</p><p>disfuncionalidade dos mesmos, visto que enxergam a realidade como ela é. Beck (1997) ressalta</p><p>que pessoas que possuem transtornos psicológicos tendem com frequência interpretar de modo</p><p>errado situações neutras e até mesmo situações positivas (apud OLIVEIRA, 2011).</p><p>Oliveira (2011) aponta que os erros de pensamentos ou erros cognitivos tratam-se de</p><p>erros de julgamento ou equívocos dos pensamentos no modo de avaliar os acontecimentos. Os</p><p>pensamentos catastróficos configuram-se na antecipação do futuro de forma negativa, de modo</p><p>que o indivíduo acredita que não suportará possíveis ocorrências. Outro erro cognitivo é a</p><p>generalização, nesta, o paciente generaliza casos negativos isolados.</p><p>Segundo Possendoro (2007), pacientes com TAG apresentam plena capacidade para</p><p>solucionar problemas mais comuns, suas dificuldades se encontram então advindas de altos</p><p>níveis de excitação (vigilância) e ansiedade, que prejudicam a capacidade de raciocínio, gera</p><p>esquiva, dificultando, afastando ou procrastinando as soluções para os problemas (apud</p><p>OLIVEIRA, 2011).</p><p>4.2 COGNITIVISMO NA PSICOLOGIA</p><p>Segundo Rangé, Falcone e Sardinha (2007), as terapias cognitivas começaram a surgir</p><p>no final da década de 1960, e um dos fatores que contribuíram para esse surgimento foi um</p><p>movimento de insatisfação com modelos comportamentais rígidos que não reconheciam aos</p><p>comportamentos mediadores a relevância de processos cognitivos; Coelho e Dutra (2018)</p><p>16</p><p>apontam que alguns psicólogos da época começaram a rejeitar o modelo clássico de estímulo e</p><p>resposta behaviorista, que tende a ignorar atividades humanas como tomada de decisão e</p><p>raciocínio, buscando entender cada vez mais o que acontecia na mente dos seres humanos; com</p><p>isso, surgiu então o Cognitivismo, se contrapondo e dando foco ao que era ignorado pelo</p><p>Behaviorismo, enfocando os aspectos biológicos e o comportamento humano por meio de uma</p><p>análise da mente.</p><p>Sternberg (2000 apud COELHO e DUTRA, 2018) define o Cognitivismo como uma</p><p>perspectiva psicológica que sugere que o estudo do modo de pensar das pessoas levará a um</p><p>grande insight a respeito de uma ampla parte do comportamento humano. Segundo Coelho e</p><p>Dutra (2018), compreender o modo de pensar dos indivíduos é algo que estimula a investigação</p><p>no campo do cognitivismo há muito tempo, e surgem-se teorias, modelos e propostas de</p><p>estruturas cognitivas a todo tempo.</p><p>4.3 TERAPIA COGNITIVA DE AARON BECK</p><p>Para Clark e Beck (2014) o termo cognitivo consiste no ato de conhecer ou reconhecer</p><p>as próprias vivências. Sendo assim, a terapia cognitiva consiste em um tratamento psicológico</p><p>organizado e sistemático que auxiliam as pessoas na modificação de seus pensamentos, crenças</p><p>e atitudes que possuem papeis relevantes em estados emocionais negativos, tais como a</p><p>depressão e a ansiedade. A Terapia Cognitiva tem a teoria básica de que o modo de pensar</p><p>influencia</p><p>os sentimentos, por isso, ao alterar a forma de pensar, modifica-se também o sentir.</p><p>Essa terapia consiste em um tratamento breve e estruturado que ocorre através da palavra e</p><p>concentra-se no cotidiano a fim de ensinar aos indivíduos a modificarem suas ideias e crenças</p><p>por meio de avaliação sistemática e de planos de ação comportamental (CLARK e BECK,</p><p>2014).</p><p>Ainda segundo Clark e Beck (2014), a terapia cognitiva consiste em tratamento de base</p><p>científica para medo e ansiedade; faz uso do raciocínio lógico e de tarefas comportamentais</p><p>com o intuito de modificar pensamentos e sentimentos negativos e indesejados. O estilo</p><p>terapêutico dessa terapia compreende cooperação entre cliente e terapeuta, questionamento</p><p>sistemático para descoberta orientada de pensamentos problemáticos, e tarefas</p><p>comportamentais (CLARK e BECK, 2014).</p><p>Knapp e Beck (2008) abordam que desde quando o papel da cognição na depressão e na</p><p>terapia foi descrito na literatura pela primeira vez, um progresso constante no desenvolvimento</p><p>da terapia e teoria cognitiva tem ocorrido. O modelo cognitivo original foi construído com base</p><p>17</p><p>em pesquisas conduzidas por Aaron Beck para esclarecer processos psicológicos na depressão,</p><p>em uma tentativa de provar a teoria de Freud sobre a depressão como hostilidade retrofletida</p><p>reprimida. Beck realizou pesquisa a respeito dos sonhos dos pacientes deprimidos, entretanto,</p><p>ao contrário de raiva e hostilidade, a pesquisa apontou sensos de fracasso, perda e derrota. Os</p><p>temas dos sonhos coincidiam a temas do paciente em vigília, por isso, foi entendido que os</p><p>sonhos poderiam ser apenas um reflexo dos pensamentos do próprio paciente (KNAPP e BECK,</p><p>2008).</p><p>Segundo Knapp e Beck (2008), com base em observações clínicas e pesquisas</p><p>sistemáticas, Beck sugeriu que os sintomas depressivos podem ser explicados em termos</p><p>cognitivos, como interpretações tendenciosas de situações que são atribuídas à ativação de</p><p>expressões negativas sobre si mesmo, o futuro e o mundo, a isto, Beck deu o nome de tríade</p><p>cognitiva. A partir daí, Beck começou a questionar gradualmente o modelo psicanalítico das</p><p>motivações inconscientes, bem como seu método terapêutico e, sobretudo, a ênfase da</p><p>psicanálise nos conceitos motivacionais e afetivos como causa dos transtornos emocionais, que</p><p>ignoram amplamente os fatores cognitivos. Assim, ao estabelecer bases para a terapia e teoria</p><p>cognitivas, Aaron Beck começou a diferenciá-las da abordagem psicanalítica, e o tratamento</p><p>passou a ter como foco os problemas presentes, em oposição a desvelar traumas escondidos do</p><p>passado, assim como a análise de experiências psicológicas acessíveis, ao invés de</p><p>inconscientes (KNAPP e BECK, 2008).</p><p>4.4 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL – TCC</p><p>Segundo Judith Beck (2013) no final da década de 1960, seu pai Aaron Beck tomou a</p><p>decisão de testar o conceito psicanalítico de que a depressão seria resultado da hostilidade</p><p>voltada contra si mesmo; com isso, investigou os sonhos de pacientes deprimidos, uma vez que</p><p>acreditava que estes manifestariam mais temas hostis do que sonhos dos controles normais,</p><p>entretanto, o contrário aconteceu, visto que os sonhos tiveram menos temas de hostilidade, e</p><p>mais temas relativos a fracasso, perda e privação. Dessa forma, Beck identificou que os temas</p><p>eram semelhantes aos pensamentos dos pacientes quando acordados. De acordo com Beck</p><p>(1967 apud BECK, 2013), outros resultados de estudos efetivados por Beck o fizeram acreditar</p><p>que seria incorreta a ideia psicanalítica de que pacientes deprimidos possuem a necessidade de</p><p>sofrer, e isso o fez questionar o entendimento da depressão.</p><p>Como posto por Beck (2013), ao tempo em que Beck escutava seus pacientes no divã,</p><p>percebia que estes relatavam ocasionalmente duas vertentes de pensamento, que são: a livre</p><p>18</p><p>associação e pensamentos rápidos de qualificações a respeito de si mesmos. A esses</p><p>pensamentos rápidos, Beck nomeou de pensamentos automáticos, e ao questionar seus outros</p><p>pacientes deprimidos, percebeu que eles também os possuíam, e desta forma, começou a</p><p>auxiliar seus pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos desadaptativos e</p><p>irrealistas, a partir disso, a melhora do pensamento ocorreu rapidamente. Visto o resultado</p><p>significativo do questionamento dos pensamentos automáticos, Beck passou a ensinar este</p><p>método a seus residentes psiquiátricos na University of Pennsylvania (BECK, 2013).</p><p>Beck (2013) relata que Aaron Beck conduziu uma pesquisa científica juntamente com</p><p>o médico psiquiatra A. John Rush; eles efetivaram um ensaio clínico controlado randomizado</p><p>com pacientes deprimidos, que foi publicado em 1977, e com ele, a terapia cognitiva foi</p><p>constata como tão efetiva quanto à imipramina, um tipo de antidepressivo comum. Este estudo</p><p>foi surpreendente, tendo em vista que foi uma das primeiras vezes que uma terapia da palavra</p><p>foi comparada a um medicamento. O primeiro manual de terapia cognitivo-comportamento foi</p><p>publicado dois anos depois por Beck, Rush, Shaw e Emery em 1979 (BECK, 2013).</p><p>De acordo com Wright, Basco e Thase (2008), hoje em dia, a TCC é reconhecida de</p><p>forma ampla como uma das teorias e um dos métodos centrais no tratamento de transtornos</p><p>psiquiátricos. Segundo Clark et al. (1999), mesmo que Beck tenha partido de conceitos</p><p>psicanalíticos, ele observou que suas teorias cognitivas eram influenciadas por trabalhos de</p><p>analistas pós-freudianos, que tinham como foco as auto-imagens distorcidas, que pressagiava o</p><p>desenvolvimento de formulações cognitivo-comportamentais mais sistematizadas dos</p><p>transtornos e da estrutura da personalidade.</p><p>Outras teorias também contribuíram para o desenvolvimento das teorias e dos métodos</p><p>cognitivo-comportamentais, sendo estas a teoria dos construtos pessoais e a terapia racional-</p><p>emotiva (apud WRIGHT, BASCO e THASE, 2008). De acordo com Butler e Beck (2000), as</p><p>teorias e métodos descritos por Beck se estenderam a vários quadros clínicos. Mais de 300</p><p>estudos controlados da TCC foram realizados para diversos transtornos psiquiátricos (apud</p><p>WRIGHT, BASCO e THASE, 2008). No que se referem aos componentes comportamentais,</p><p>Rachman (1997) relata que iniciaram nos anos de 1950 e 1960, momento em que pesquisadores</p><p>clínicos começaram a aplicar as ideias de Pavlov, Skinner e outros behavioristas experimentais</p><p>(apud WRIGHT, BASCO e THASE, 2008).</p><p>Os pioneiros na exploração do potencial das intervenções comportamentais foram</p><p>Joseph Wolpe e Hans Eysenck. Muitas das primeiras abordagens ao uso de princípios</p><p>comportamentais deram pouca atenção aos processos cognitivos e focaram mais em moldar</p><p>comportamentos mensuráveis com reforçadores e eliminar as respostas de medo por meio da</p><p>19</p><p>exposição. Entretanto, à medida que a terapia comportamental se tornava difundida, vários</p><p>pesquisadores importantes, como Meichenbaum e Lewinsohn e seus colegas, começaram a</p><p>incorporar teorias e estratégias cognitivas em seus tratamentos (WRIGHT, BASCO e THASE,</p><p>2008).</p><p>Foi observado que a perspectiva cognitiva adiciona contexto, profundidade e</p><p>compreensão às intervenções comportamentais. Beck, desde o começo de seu trabalho,</p><p>defendeu a inserção de métodos comportamentais, uma vez que reconhecia que estes são</p><p>eficazes na redução de sintomas, e assim, conceitualizou um relacionamento estreito entre</p><p>cognição e comportamento. Os métodos comportamentais e cognitivos são considerados pelos</p><p>terapeutas mais pragmáticos como eficazes tanto em teoria quanto na prática; algumas</p><p>pesquisas extensivas demonstraram a eficácia de uma abordagem que faz uso de técnicas</p><p>cognitivas (modificações de cognições) unidas a métodos comportamentais, como o</p><p>treinamento da respiração e o relaxamento (WRIGHT, BASCO e THASE, 2008).</p><p>A TCC, como modelo de trabalho, é simplificada para chamar a atenção do terapeuta</p><p>para as relações entre pensamentos, emoções e comportamento e para conduzir</p><p>as intervenções</p><p>de tratamento. O modelo da TCC assume que as mudanças cognitivas e comportamentais são</p><p>moduladas por processos biológicos e que as drogas psicotrópicas e outros tratamentos</p><p>biológicos afetam a cognição. Alguns conceitos básicos da TCC são: os níveis de</p><p>processamento cognitivo, pensamentos automáticos, erros cognitivos, e esquemas (WRIGHT,</p><p>BASCO e THASE, 2008).</p><p>Quanto aos níveis de processamento cognitivo Beck e seus colaborados identificaram</p><p>três, sendo o nível mais alto a consciência. Na TCC, o desenvolvimento e aplicação de</p><p>processos conscientes adaptativos de pensamento são incentivados pelos terapeutas, estes,</p><p>dedicam também muito esforço com o objetivo de ajudar os pacientes a reconhecer e modificar</p><p>o pensamento patológico em dois níveis de processamento de informações relativamente</p><p>autônomo, que são: pensamentos automáticos e esquemas (WRIGHT, BASCO e THASE,</p><p>2008).</p><p>Os Pensamentos automáticos tratam-se de cognições que passam rapidamente pela</p><p>mente quando se está diante a situações. Mesmo que se esteja consciente da presença dos</p><p>pensamentos automáticos, essas cognições geralmente não estão sujeitas a uma análise racional</p><p>cautelosa. Normalmente, esses pensamentos são privativos, e ocorrem rapidamente ao passo</p><p>que se avalia o significado de acontecimentos; podem gerar reações emocionais dolorosas e</p><p>comportamento disfuncional (WRIGHT, BASCO e THASE, 2008).</p><p>20</p><p>De acordo com Wright, Basco e Thase (2008), os erros cognitivos são equívocos na</p><p>lógica dos pensamentos automáticos e outras cognições. Beck (2013) aponta que mesmo que</p><p>alguns pensamentos automáticos sejam verdadeiros, outros não são, ou são parcialmente. De</p><p>acordo com a autora, os erros cognitivos típicos/pensamentos automáticos são classificados em:</p><p>• Pensamento do tipo tudo ou nada/dicotômico: é classificado por enxergar uma</p><p>situação em apenas duas categorias.</p><p>• Catastrofização: é o pensamento em que prevê-se negativamente o futuro.</p><p>• Desqualificar ou desconsiderar o positivo: neste, a pessoa diz a si própria, de forma</p><p>irracional, que as experiências positivas não contam.</p><p>• Raciocínio emocional: onde sente intensamente que um fato é verdadeiro, ignorando</p><p>as evidências contrárias.</p><p>• Rotulação: pensamento em que se coloca ou coloca nos outros um rótulo fixo</p><p>descartando as evidências possam levar mais razoavelmente a uma conclusão menos</p><p>desastrosa.</p><p>• Magnificação/minimização: quando avalia a si próprio ou outras pessoas e situações,</p><p>magnificando de forma irracional o lado negativo e minimizando o positivo;</p><p>• Filtro mental: neste, é dada uma atenção indevida a detalhes negativos, ao contrário</p><p>de analisar a situação como um todo.</p><p>• Leitura mental: crença de que sabe o que os outros estão pensando, descartando</p><p>possibilidades muito mais prováveis.</p><p>• Supergeneralização: tira-se conclusões radicais negativas que vão além da atual</p><p>situação.</p><p>• Personalização: acredita-se que as pessoas estão agindo de modo negativo por sua</p><p>causa, desconsiderando explicações mais possíveis; imperativos, ou afirmações com</p><p>“deveria” e “tenho que”, testemunha-se a ideia fixa precisa de como si próprio ou os</p><p>outros devem se comportar, hipervalorizando como seria ruim a não correspondência</p><p>destas expectativas.</p><p>• Visão em túnel: enxerga-se somente os aspectos negativos de uma situação</p><p>Em relação aos esquemas, Wright, Basco e Thase (2008) relatam que consistem em</p><p>regras fundamentais ou matrizes para processar informações que se encontram abaixo da</p><p>camada mais superficial dos pensamentos automáticos. Tratam-se de princípios duradouros de</p><p>21</p><p>pensamentos que tomam forma desde a infância, sendo influenciados pelas experiências de</p><p>vida. Como sugerido por D. A. Clark e seus colaboradores (1999), há três tipos principais de</p><p>esquemas, sendo estes: os esquemas simples (regras a respeito da natureza física do ambiente),</p><p>as crenças e pressupostos intermediários (regras condicionais, como afirmações de “se” e</p><p>“então”), e as crenças nucleares sobre si mesmo (regras globais e absolutas para realizar</p><p>interpretação das informações ambientais relacionadas à autoestima) (apud WRIGHT, BASCO</p><p>e THASE, 2008).</p><p>Na prática clínica é ensinado aos pacientes que todas as pessoas possuem uma mistura</p><p>de crenças nucleares desadaptativas e esquema adaptativos, com o intuído de identificar e</p><p>desenvolver os adaptativos e alterar ou reduzir a influência dos desadaptativos. A TCC ensina</p><p>a pensar a respeito do pensamento, para assim trazer as cognições autônomas à atenção e ao</p><p>controle conscientes (WRIGHT, BASCO e THASE, 2008).</p><p>4.5 MODELO COGNITIVO DE PSICOPATOLOGIA</p><p>O modelo cognitivo de psicopatologia propõe que à medida que as pessoas vão se</p><p>desenvolvendo, podem perder sua flexibilidade cognitiva gradativamente; flexibilidade</p><p>cognitiva é a capacidade de atualizar seus esquemas continuamente em vista de novas</p><p>regularidades. Quando se tornam enrijecidos, esses esquemas tornam-se também disfuncionais,</p><p>deixando assim o indivíduo predisposto às distorções cognitivas e à resistência ao</p><p>reconhecimento de interpretações alternativas, estas, unidas aos fatores biológico,</p><p>motivacionais e sociais, podem desencadear transtornos emocionais (SERRA, 2006).</p><p>A hipótese da vulnerabilidade cognitiva é fundamental para o modelo cognitivo de</p><p>psicopatologia; para esta hipótese, as pessoas com transtornos emocionais apresentam certa</p><p>rigidez ou uma tendência aumentada a distorcer eventos, no momento de processá-lo. A terapia</p><p>cognitiva tem como base o princípio de que a inter-relação entre comportamento, cognição e</p><p>emoção está implicada no funcionamento normal dos indivíduos, e principalmente na</p><p>psicopatologia (KNAPP, 2009).</p><p>Freeman et al. (1990 apud KNAPP, 2009) relata que os pensamentos automáticos</p><p>possuem um papel importante na psicopatologia quando são exagerados, distorcidos,</p><p>equivocados, irrealistas ou disfuncionais, visto que estes moldam as emoções e as ações das</p><p>pessoas em respostas aos eventos da vida. Sobre crenças disfuncionais, o autor relata que uma</p><p>pessoa pode ter crenças disfuncionais que a deixe predisposta à psicopatologia, tais crenças</p><p>22</p><p>ativam os pensamentos automáticos, evocando deste modo um humor correspondente, na qual</p><p>a natureza depende deles.</p><p>Knapp (2009) aborda que a teoria cognitiva de psicopatologia propõe que a</p><p>psicopatologia é causada devido a pensamentos negativos distorcidos. Ainda que estes</p><p>pensamentos sejam constituintes do ciclo vicioso da psicopatologia, não são o único fator</p><p>importante. Há elementos que interagem conjugadamente e formam a psicopatologia, sendo</p><p>estes: os desequilíbrios bioquímicos, os eventos de vida e as relações interpessoais.</p><p>4.6 O MANEJO DA TCC NO TRANSTORNO DA ANSIEDADE GENRALIZADA</p><p>Segundo Knapp e Beck (2008), o tratamento inicial da Terapia Cognitivo-</p><p>Comportamental busca o aumento da consciência dos pensamentos automáticos por parte do</p><p>paciente, e a posteriori, será focado as crenças nucleares e subjacentes. O tratamento pode se</p><p>iniciar com o auxílio da orientação do terapeuta para com a identificação e questionamento dos</p><p>pensamentos automáticos do paciente, para que este os avalie (apud REYES e FERMANN,</p><p>2017). De acordo com Oliveira (2011), indivíduos com TAG geralmente se preocupam de</p><p>forma desproporcional com o futuro, e assim, passam por diversos erros cognitivos, neste caso,</p><p>as intervenções cognitivo-comportamentais mais empregadas são a psicoeducação,</p><p>identificação de emoções, identificação de pensamentos automáticos, bem como de crenças</p><p>centrais e intermediárias, reestruturação cognitiva, resolução de problemas, e a avaliação do</p><p>processo.</p><p>Oliveira (2011) aborda que a psicoeducação trata-se de um recurso importante no</p><p>processo terapêutico, e deve ser utilizada como recurso inicial; assim, o paciente será informado</p><p>a respeito da funcionalidade de suas reações comportamentais. Barlow et al. (2009</p><p>apud</p><p>OLIVEIRA, 2011) afirma que na psicoeducação, o paciente deve receber informações</p><p>necessárias quanto suas sequelas cognitivas, fisiológicas e comportamentais das reações</p><p>emocionais, e também, sobre a interação entre as mesmas. O próximo passo é a identificação</p><p>de pensamentos automáticos e emoções, e em seguida, a avaliação destes. Ainda de acordo com</p><p>Oliveira (2011), todos os indivíduos possuem pensamentos automáticos, entretanto, quando um</p><p>sujeito não se encontra angustiado, costuma testar estes pensamentos, verificando então sua</p><p>disfuncionalidade.</p><p>O paciente pode se sentir melhor ao identificar e avaliar seus pensamentos; assim, as</p><p>crenças centrais e intermediárias são identificadas, e em seguida, modificadas, com o objetivo</p><p>de constituir modelos alternativos de comportamentos, com base em escolhas conscientes. As</p><p>23</p><p>crenças centrais são ideias rígidas e cristalizadas a respeito de si mesmo; já as crenças</p><p>intermediárias, estão relacionadas às atitudes, suposições e regras do paciente. Tanto as crenças</p><p>centrais quanto as intermediárias são direcionadas ao próprio paciente, ao outro e ao futuro</p><p>(OLIVEIRA, 2011).</p><p>Leahy (2011) relata que após realizada a identificação e avaliação dos pensamentos</p><p>automáticos e das crenças disfuncionais, inicia-se então a reestruturação cognitiva, que deve</p><p>proporcionar a aplicação da habilidade de solução de problemas. Tratando-se de transtornos</p><p>ansiosos, a reestruturação cognitiva significa questionar os pensamentos, bem como buscar</p><p>evidências contra e a favor de possíveis avaliações e interpretações de eventos reais; outro fator</p><p>importante é identificar as disfunções cognitivas características destes transtornos, tais como a</p><p>catastrofização, generalização, e leitura mental, para assim, os modificar (apud OLIVEIRA,</p><p>2011). Segundo Possendoro (2007), após reestruturação cognitiva, é dado espaço para a</p><p>resolução de problemas, e as escolhas conscientes do paciente serão proporcionadas, tornando</p><p>este, autônomo (apud OLIVEIRA, 2011).</p><p>De acordo com Lenhardtk e Calvetti (2017), o tratamento com base na TCC tem foco</p><p>nos problemas apresentados pelo paciente no momento em que este, busca pela terapia, uma</p><p>vez que a terapia tem como objetivo auxiliar o paciente no aprendizado de novas estratégias</p><p>para promover mudanças. O terapeuta cognitivo-comportamental pode fazer uso de estratégias</p><p>comportamentais e cognitivas na resolução dos problemas do paciente.</p><p>Knapp (2004) relata que a reestruturação cognitiva é o foco do trabalho constante entre</p><p>terapeuta e paciente, com o intuito de auxiliar o paciente a avaliar pensamentos mais assertivos</p><p>como alternativa aos pensamentos disfuncionais. Dessa forma, ao identificar e questionar, é</p><p>possível desaprender os pensamentos pertinentes à ansiedade excessiva, bem como considerar</p><p>cognições mais realistas e apropriadas. Contestar as cognições ansiogênicas inclui considerar</p><p>os pensamentos como hipóteses, e que estes precisam ser baseados em evidências, podendo</p><p>estas, serem confirmadas ou descartadas; e utilizar as evidências como fundamento para avaliar</p><p>a validade das crenças (apud MOURA et al., 2018).</p><p>De acordo com Moura et al. (2018), as principais técnicas da TCC são a reestruturação</p><p>cognitiva, o manejo da ansiedade e a preocupação excessiva, estas, podem ser utilizadas no</p><p>tratamento do TAG, bem como em outros transtornos ansiosos. As técnicas da TCC visam</p><p>identificar e testar cognições distorcidas, guiando os pacientes para a construção de esquemas</p><p>cognitivos mais funcionais.</p><p>24</p><p>4.7 DADOS EMPÍRICOS SOBRE A EFICÁCIA DO MANEJO DA TCC NO TRANSTORNO</p><p>DA ANSIEDADE GENERALIZADA</p><p>Segundo Moura et al. (2018), alguns estudos apontam para uma taxa de recuperação de</p><p>TAG de 51% após seis meses de TCC. Atualmente, o modelo cognitivo-comportamental é o</p><p>mais prevalente e aquele que produz a melhor resposta ao tratamento do TAG. A eficácia dessa</p><p>abordagem pode ser duradoura porque as técnicas usadas eliminam o medo condicionado e</p><p>regulam cognitivamente as emoções da pessoa ansiosa. A Terapia Cognitivo Comportamental</p><p>tem sido recentemente uma das abordagens de mais rápido crescimento na psicologia e, tornou-</p><p>se um dos tratamentos mais procurados para o transtorno de ansiedade generalizada no mundo,</p><p>devido ao uso de técnicas cognitivas e comportamentais.</p><p>Rangé, Falcone e Sardinha (2007) apontam que diversos estudos atestam a eficácia das</p><p>Terapias Cognitivas, e isso faz com que tais terapias sejam consideradas como mais importantes</p><p>e melhor avaliadas entre as demais abordagens psicoterápicas. Dados empíricos exibem que</p><p>essa abordagem é apontada como a mais popular durante as duas últimas décadas.</p><p>De acordo com Lenhardtk e Calvetti (2017), dentre todas as abordagens terapêuticas,</p><p>uma das mais indicadas para os Transtornos de Ansiedade é a TCC. O autor traz relata que</p><p>algumas pesquisas indicam que o processo psicoterápico com base na TCC é considerado como</p><p>a estratégia mais recomendável ao tratamento clínico dos transtornos ansiosos.</p><p>Para Moura et al. (2018), a TCC é uma terapia efetiva no Transtorno da Ansiedade</p><p>Generalizada, uma vez que surge como alternativa ao tratamento medicamentoso, visto que é</p><p>mais tolerada pelos pacientes devido ao fato de não possuir efeitos colaterais.</p><p>5. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A ansiedade é uma emoção considerada normal quando contribui para que o sujeito se</p><p>prepare para possíveis situações de perigo, mas, quando se torna patológica, pode causar</p><p>muitos prejuízos à vida do paciente, sendo então necessária a busca por atendimento</p><p>psicológico. Como posto anteriormente, a psicoterapia que possui mais eficácia quanto ao</p><p>tratamento dos Transtornos de Ansiedade, é a Terapia Cognitivo-Comportamental, e isso</p><p>pôde ser comprovado a partir das opções teóricas utilizadas, que foram muito eficazes quanto</p><p>à quantidade e qualidade de informações prestadas, uma vez que associaram o TAG à TCC.</p><p>Assim, a metodologia utilizada possibilitou construir um artigo qualitativo e descritivo ao</p><p>rever teorias, estabelecer conceitos importantes, e, descrever e registrar fator sem os interferir.</p><p>25</p><p>Essa pesquisa possibilitou responder a problemática de que a Terapia Cognitivo-</p><p>Comportamental possui uma verdadeira eficácia quanto ao tratamento do Transtorno de</p><p>Ansiedade Generalizada; assim, possibilita ao leitor e a outros pesquisadores um acréscimo</p><p>de informações quanto ao tema, e deixa em aberto o espaço para que novas pesquisas sejam</p><p>realizadas, a fim de enriquecer cada vez mais o campo teórico.</p><p>Embora a TCC e o TAG sejam temas muito discutidos na graduação em Psicologia,</p><p>houveram algumas limitações para a construção deste artigo científico, tais como a pouca</p><p>quantidade de pesquisas que relacionavam ambas as temáticas; e a conciliação da construção</p><p>do artigo com outros deveres acadêmicos. Entretanto, um fator contribuinte para a realização</p><p>do mesmo foi o de que ao passo em que a pesquisa estava sendo construída, estávamos</p><p>também em curso da disciplina Tópicos Especiais em Clínica I, que abordava a Terapia</p><p>Cognitivo-Comportamental, e isso contribuiu bastante para uma maior compreensão da TCC,</p><p>possibilitando-nos expressar as dúvidas quanto ao tema, bem como ter um maior domínio do</p><p>mesmo.</p><p>Em suma, conclui-se que a Terapia Cognitivo-Comportamental é efetiva quanto ao</p><p>manejo do Transtorno e Ansiedade Generalizada, uma vez que por meio da reestruturação</p><p>cognitiva auxilia o paciente a identificar e questionar suas disfunções cognitivas, bem como no</p><p>seu equilíbrio biopsicossocial, favorecendo uma cognição funcional e adequação</p><p>comportamental.</p><p>26</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual Diagnóstico e</p><p>Estatístico de Transtornos Mentais. Artmed Editora, 2014.</p><p>BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.</p><p>BECK, Judith S. Terapia Cognitivo-Comportamental:</p><p>Teoria e Prática. 2. ed. Porto Alegre:</p><p>Artmed, 2013.</p><p>CLARK, David A.; BECK, Aaron T. Vencendo a Ansiedade e a Preocupação com a</p><p>Terapia Cognitivo-Comportamental: Manual do Paciente. Porto Alegre: Artmed, 2014.</p><p>COELHO, M. Antônio; DUTRA, L. Ribeiro. Behaviorismo, Cognitivismo e Construtivismo:</p><p>confronto entre teorias remotas com a teoria conectivista. Caderno de Educação, n. 49,</p><p>2018. Disponível em: https://revista.uemg.br/index.php/cadernodeeducacao/article/view/2791.</p><p>Acesso em: 7 abr. 2022.</p><p>CORDEIRO, Alexander Magno et al. Revisão Sistemática: uma revisão narrativa. Revista do</p><p>Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 34, 2007. Disponível em:</p><p>https://www.scielo.br/j/rcbc/a/CC6NRNtP3dKLgLPwcgmV6Gf/abstract/?lang=pt. Acesso</p><p>em: 7 abr. 2022.</p><p>CORDIOLI, Aristides Volpato; GREVET, Eugenio Horacio (org.). Psicoterapias:</p><p>Abordagens Atuais. Porto Alegre: Artmed, 2018.</p><p>COUTINHO, Fernando; DIAS, Gisele; BEVILAQUA, Mário Cesar. História. In: NARDI,</p><p>Antonio Egidio; QUEVEDO, João; DA SILVA, Antônio Geraldo. Transtorno de pânico:</p><p>Teoria e Clínica. Porto Alegre: Artmed Editora, 2013.</p><p>DA SILVA, Bruna Karolina; BERNARDES, Luiz Antonio. Ansiedade E Terapia Cognitivo-</p><p>Comportamental: uma análise a partir de dois periódicos nacionais. Pretextos-Revista da</p><p>Graduação em Psicologia da PUC Minas, v. 5, 2020. Disponível em:</p><p>http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/25775. Acesso em: 7 abr.</p><p>2022.</p><p>DALGALARRONDO, Paulo. Síndromes Ansiosas. In: DALGALARRONDO, Paulo.</p><p>Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed</p><p>Editora, 2008.</p><p>DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. 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Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v3n2/v3n2a06.pdf</p><p>Acesso em: 25 abr. 2022.</p><p>SERRA, Ana Maria. Estudo da Terapia Cognitiva: Um novo conceito de</p><p>psicoterapia. Psicologia Brasil, v. 4, 2006.</p><p>WRIGTHT, Jesse H.; BASCO, Monica R.; THASE, Michael E. Aprendendo a Terapia</p><p>Cognitivo-Comportamental: um guia ilustrado. 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