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<p>Índice</p><p>1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................1</p><p>2. Problemática............................................................................................................................. 2</p><p>3. Objectivos.................................................................................................................................3</p><p>3.1. Objectivo geral.................................................................................................................. 3</p><p>3.2. Objectivos específicos.......................................................................................................3</p><p>4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE AUDITORIA..........................................................4</p><p>4.1. Planeamento de auditoria.................................................................................................. 5</p><p>4.1.1. Conceito..................................................................................................................... 5</p><p>4.1.2. Objectivos do Planeamento de auditoria....................................................................6</p><p>4.1.3. Importância do planeamento de auditoria..................................................................6</p><p>4.1.4. As fases da etapa do planeamento de auditoria......................................................... 6</p><p>4.2. Execução do trabalho de auditoria.................................................................................. 14</p><p>4.3. Evidências de trabalho realizado..................................................................................... 15</p><p>4.3.1. Conceito de evidências.............................................................................................15</p><p>4.3.2. Caracteristícas de evidências de trabalho realizado................................................. 15</p><p>4.3.3. Classificação das Evidências....................................................................................16</p><p>4.4. Papéis de trabalho de auditoria........................................................................................18</p><p>4.4.1. Características dos papéis de trabalho......................................................................19</p><p>4.4.2. Objectivos dos papéis de trabalho............................................................................19</p><p>4.4.3. Tipos de papéis de trabalho......................................................................................19</p><p>4.4.4. Técnicas de Elaboração dos Papéis de Trabalho......................................................20</p><p>4.5. Métodos de selecção e técnicas de amostragem..............................................................21</p><p>4.5.1. Amostragem em auditoria........................................................................................ 21</p><p>4.5.2. Métodos de selecção da amostra.............................................................................. 21</p><p>4.5.3. Técnicas de amostragem.......................................................................................... 22</p><p>5. METODOLOGIA...................................................................................................................24</p><p>6. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 25</p><p>7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................... 26</p><p>Lista de Abreviaturas</p><p>ISA/ NIR - International Standard Board/ Norma Internacional de Revisão/ Auditoria</p><p>IIA – The Institute of Internal Auditors</p><p>PT – Programa de Trabalho</p><p>1</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Sabe-se que mesmo no nosso cotidiano, assim como nas entidades, a principal finalidade é a de</p><p>alcançar os objectivos traçados. As entidades procuram aperfeiçoar cada vez mais os seus</p><p>trabalhos, garantindo uma melhor administração e controle de suas operações e processos, e por</p><p>via de confirmar a confiabilidade de seus processos e operações, e caso necessário aprimorar os</p><p>mesmos, as entidades recorrem a uma auditoria interna, que é feita por um auditor interno,</p><p>encarregado da entidade, na qual o mesmo deve actuar de forma independente e imparcial. Antes</p><p>de iniciar a sua actividade, o auditor deve fazer uma organização do trabalho de auditoria, de</p><p>modo que possa entender melhor cada passo do seu trabalho, podendo assim concretizar os seus</p><p>objectivos.</p><p>No presente trabalho abordaremos em torno da Organização do trabalho de auditoria, que é uma</p><p>prática indispensável pois, garante a condução eficaz das auditorias internas. É a partir da</p><p>organização do trabalho que o auditor irá definir cada passo a ser seguido, que lhe permitirá</p><p>melhorar a funcionalidade da entidade, e garantir que o controlo interno da entidade está em</p><p>conformidade com as normas vigentes.</p><p>O presente trabalho é de carácter académico, por atribuição da docente aos discentes, tendo em</p><p>vista o aprimoramento do conhecimento em relação ao tema, na qual o mesmo terá um</p><p>contributo naquilo que diz respeito a formação de estudantes para que possa ser aplicado na vida</p><p>profissional, assim, como servirá de base para o desenvolvimento de habilidades para a</p><p>elaboração da organização do trabalho de auditoria para uma auditoria bem executada.</p><p>Em termos de estrutura, o presente trabalho está organizado em 5 partes, onde primeiramente são</p><p>apresentados os elementos introdutórios, seguido pela revisão da literatura, a metodologia, a</p><p>conclusão, e por fim as referências bibliográficas.</p><p>2</p><p>2. Problemática</p><p>Segundo (Gil, 2002), o problema é uma questão não solvida e que não e objecto de discussão, em</p><p>qualquer domínio do conhecimento.</p><p>Segundo (Lakatos, 2003), problema é uma dificuldade, teórica ou pratica, no conhecimento de</p><p>alguma coisa de real importância, para qual se deve encontrar uma solução. O problema deve ser</p><p>levantado, formulado, de preferência em forma interrogativa e delimitado com indicações das</p><p>variáveis que intervêm no estudo de possíveis relações entre si.</p><p>Segundo os autores acima referenciados entramos em conclusão que o problema pode ser</p><p>definido como sendo uma questão que precisa ser respondida, ou seja, é encontrar respostas as</p><p>perguntas ou reforçar os resultados existentes para atenuar o défice de conhecimentos com vista</p><p>a resolução de problemas.</p><p>Deste modo, para o trabalho em apreço, a problemática é levantada por meio da seguinte questão:</p><p>De que maneira a organização do trabalho de auditoria contribui para uma auditoria eficiente</p><p>e eficaz?</p><p>3</p><p>3. Objectivos</p><p>3.1.Objectivo geral</p><p>Apresentar o funcionamento da organização do trabalho do Auditoria como um todo.</p><p>3.2.Objectivos específicos</p><p> Conceituar a organização do trabalho de auditoria;</p><p> Dar a conhecer as fases do planeamento bem como a sua importância na organização do</p><p>trabalho de Auditoria;</p><p> Falar sobre execução de auditoria;</p><p> Abordar sobre as evidências do trabalho de Auditoria realizado;</p><p> Explicar os papéis de trabalho do auditor e as técnicas de amostragem adequadas.</p><p>4</p><p>REVISÃO DA LITERATURA</p><p>4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE AUDITORIA</p><p>Para (Attie, 1998, p. 25) , “Auditoria é uma especialização contabilística voltada a testar a</p><p>eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado, com o objetivo de expressar uma</p><p>opinião sobre o determinado dado.ˮ</p><p>De acordo com (Oliveira) , “Auditoria é um tipo de actividade que tem como objectivo verificar</p><p>se os controles internos, procedimentos e regras estabelecidas pela entidade se estão a ser</p><p>cumpridas, e, se os documentos, registos e papéis estão regulares.ˮ</p><p>De acordo com (Moreira, 2018) , o trabalho de auditoria é uma actividade que envolve a revisão</p><p>sistemática e independente de informações, processos, transacções, registos ou sistemas de uma</p><p>organização, de modo a avaliar a sua exactidão, confiabilidade e conformidade com as normas e</p><p>regulamentos, eficácia operacional e eficiência.</p><p>De acordo com (IIA, 2012) , “trabalho de auditoria consiste numa atribuição</p><p>específica de</p><p>auditoria interna, tarefa ou actividade de revisão, tais como uma auditoria interna, uma revisão</p><p>de autoavaliação de controlo, investigação de fraude ou consultoria.”</p><p>O objectivo principal do trabalho de auditoria é o de fornecer uma avaliação objectiva e</p><p>imparcial das operações e controlo interno de uma organização, identificando as ineficiências ou</p><p>não conformidades. O trabalho de auditoria desempenha um papel essencial na avaliação e</p><p>melhoria da governança corporativa, gestão de riscos e prestações de contas, com vista a garantir</p><p>que as organizações operem de maneira transparente, ética e eficaz.</p><p>Sendo assim, a organização do trabalho de auditoria é definida como um processo de estruturar e</p><p>coordenar as actividades de auditoria interna de forma a atender as necessidades da organização</p><p>e alcançar os objectivos pretendidos, e de modo a garantir que a auditoria seja conduzida de</p><p>maneira eficaz, eficiente e de acordo com as normas e os objectivos estabelecidos. A organização</p><p>de trabalho de auditoria deve incluir:</p><p> O planeamento de auditoria;</p><p> A execução do trabalho de auditoria;</p><p>5</p><p> As evidências do trabalho realizado;</p><p> Os papéis de trabalho;</p><p> Bases de selecção e técnicas de amostragem.</p><p>4.1. Planeamento de auditoria</p><p>4.1.1. Conceito</p><p>Segundo (Araujo, p. 43) , “planear é técnica de prever hoje o que poderá ocorrer amanhã. É o</p><p>processo de estabelecer objectivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-las.ˮ</p><p>De acordo com a (NIR300) , “o Planeamento significa desenvolver uma estratégia geral e uma</p><p>abordagem geral e pormenorizada quanto a natureza, oportunidade e extensão esperadas da</p><p>auditoria.ˮ</p><p>Ainda de acordo com a (NIR300), “o auditor deve planear o trabalho de auditoria de modo que a</p><p>auditoria seja levada a efeito de uma maneira eficaz.ˮ</p><p>Segundo (Attie, 2018) “o planeamento estabelece antecipadamente o que deve ser feito, como,</p><p>onde, quando e por quem em um nível de detalhes suficiente, sem se perder em múltiplos</p><p>detalhes a essência do significado global.ˮ</p><p>De acordo com (Pinheiro, 2014, p. 238) , “o planeamento de auditoria é a etapa do trabalho na</p><p>qual os auditores internos desenvolvem e anotam um plano para cada trabalho incluindo o</p><p>âmbito, objectivos, prazos de execução e distribuição de recursos.ˮ</p><p>De acordo com a (IIA, 2012) norma 2200 “os auditores internos devem desenvolver e documentar</p><p>um planeamento para cada trabalho de auditoria, na qual devem incluir, o escopo, o prazo, e a</p><p>alocação de recursos do trabalho.ˮ</p><p>Sendo assim, o planeamento de auditoria é definido como a etapa na qual o auditor desenvolve a</p><p>estratégia geral de como os trabalhos serão executados, definindo os objectivos pretendidos, de</p><p>modo a desempenhar uma auditoria eficaz.</p><p>6</p><p>4.1.2. Objectivos do Planeamento de auditoria</p><p>Para (Morais & Martins, 2013, p. 144) “planear antecipadamente o trabalho a realizar, é um</p><p>factor determinante para o êxito do trabalho da equipa de Auditoria Interna.ˮ</p><p>O planeamento de auditoria tem como objectivos de acordo com (Attie, 2018, p. 372):</p><p> Permitir a realização de um exame adequado e eficiente que facilite aos auditores de</p><p>atingirem os seus objectivos em um prazo razoável de tempo;</p><p> Facilitar o controlo sobre o desenvolvimento do trabalho e sobre o tempo que se gasta;</p><p> Estabelecer racionalmente a extensão dos diversos procedimentos de auditoria;</p><p> Evitar a sobrecarga de trabalho.</p><p>O planeamento de auditoria irá ajudar, portanto, a direccionar as actividades que serão realizadas</p><p>de modo a garantir que o foco e os esforços estejam no lugar certo durante todo o processo.</p><p>4.1.3. Importância do planeamento de auditoria</p><p>Ao realizar uma auditoria sem planeamento, o foco pode se distorcer, como por exemplo, a</p><p>equipe foca-se em um produto ou sector específico, e ao longo do tempo acabam por focar-se em</p><p>outros sectores, atrasando e dificultando algumas análises. Daí surge a importância do</p><p>planeamento, sendo o planeamento de auditoria fundamental na medida que permite ao auditor</p><p>organizar o processo e manter o foco correcto na auditoria.</p><p>4.1.4. As fases da etapa do planeamento de auditoria</p><p>De acordo com (Pardini, 2020, p. 7) para a realização do planeamento de auditoria, o auditor deve</p><p>obedecer a três (3) fases, nomeadamente:</p><p> Primeira fase: definição dos objectivos e escopo de trabalho de auditoria, colecta de</p><p>informações, e alocação de recursos;</p><p> Segunda fase: mapeamento e matrizes</p><p> Terceira fase: elaboração do programa de trabalho.</p><p>7</p><p>4.1.4.1. Primeira fase</p><p>4.1.4.1.1. Definição dos objectivos de trabalho de auditoria</p><p>Esta é uma fase extremamente importante, pois ela irá direccionar todas as outras fases e etapas</p><p>da auditoria.</p><p>De acordo com (IIA, 2012) norma 2210 “os objectivos devem ser estabelecidos para cada</p><p>trabalho de auditoria.”</p><p>De acordo com (Pardini, 2020, p. 9) , o primeiro passo do auditor é definir quais serão os</p><p>objectivos que deverão ser alcançados com a execução do trabalho de auditoria, devendo os</p><p>objectivos estar alinhados de acordo com a sua natureza, o que quer dizer que o objectivo pode</p><p>variar de uma auditoria para outra, na qual pode se incluir como objectivos, a avaliação da</p><p>eficácia dos controlos internos ou identificação de áreas de melhoria.</p><p>4.1.4.1.2. Definição do escopo do trabalho de auditoria</p><p>Após a definição dos objectivos, o segundo passo é definir o escopo de auditoria, sendo o mesmo</p><p>determinado com base nos objectivos da auditoria, com a finalidade de direcionar os esforços da</p><p>equipe de auditoria de forma eficaz.</p><p>De acordo com (IIA, 2012) norma 2220 “o escopo estabelecido deve ser suficiente para alcançar</p><p>os objectivos do trabalho da auditoria. O escopo do trabalho de auditoria deve incluir</p><p>considerações sobre sistemas, registos, pessoal e propriedades físicas relevantes, incluindo</p><p>aqueles sob o controlo de terceiros.ˮ</p><p>Para (Pardini, 2020) , “o escopo é delimitação da avaliação, na qual são considerados os</p><p>seguintes elementos estruturais que devem estar presentes no escopo:</p><p> Abrangência: É a delimitação do universo auditável, ou seja identificamos o que deverá</p><p>ser auditado;</p><p> Tempo: Identifica quando deve ser realizado o exame, e também qual será período de</p><p>cobertura da avaliação.</p><p> Extensão: Corresponde à amplitude dos exames, inclusive a configuração da base</p><p>amostral.</p><p>8</p><p> Localidade: Onde será realizado o exame, incluindo a possibilidade de avaliação em</p><p>ambiente de terceiros, dependendo da materialidade envolvida.</p><p>O objectivo é o que queremos alcançar com nossa avaliação, e o escopo define as linhas macros</p><p>em como vamos alcançar este objetivo.</p><p>A título de exemplo (Pardini, 2020):</p><p>O processo de compras da organização</p><p>É o processo a ser avaliado, o qual é responsável pelas compras de materiais produtivos e de</p><p>consumo, como também de serviços. Um exemplo de escopo, neste caso:</p><p>“Para que possamos alcançar os objetivos da auditoria estabelecidos, somente será avaliado o</p><p>processo de compras de material produtivo A, que ocorre na unidade fabril I. O período de</p><p>cobertura para avaliação será todas as compras de material produtivo A, realizadas no período</p><p>compreendido de 01/01/2019 até 31/12/2019, sem expceção. Vamos dar ênfase na avaliação dos</p><p>controles internos que mitigam o risco de aquisições não necessárias. Para a definição da amostra</p><p>iremos aplicar a amostragem estatística, considerando 90% como confiança da amostra. A</p><p>extração da amostra deverá ser aleatória, através de números randômicos.ˮ</p><p>Desta forma definimos o objecto da avaliação, o local, o período de avaliação e a metodologia de</p><p>amostragem. Não existe uma regra para definição do escopo. É importante apenas que ele</p><p>ofereça condições possíveis para que possamos nos posicionar sobre o objetivo de auditoria.</p><p>4.1.4.1.3. Colecta de informações</p><p>Neste ponto, procura-se reunir toda e qualquer informação disponível sobre o processo que será</p><p>avaliado, que irá auxiliar na forma, um pré-entendimento para o direccionamento da avaliação.</p><p>Deve-se reunir tudo que possa acrescentar</p><p>informações para o conhecimento do auditor</p><p>auxiliando na definição prévia dos procedimentos a serem adoptados, incluindo os limites do</p><p>processo. Como exemplo destacam-se os seguintes documentos e informações:</p><p> Organograma para identificação das pessoas chaves;</p><p> Sistemas eletrónicos ou manuais utilizados;</p><p> Localidades na qual o processo esteja presente;</p><p> Políticas e procedimentos, também as leis e regulamentos;</p><p>9</p><p> Relatórios anteriores de auditoria;</p><p> Fluxogramas;</p><p> Relatórios financeiros, entre outros.</p><p>4.1.4.1.4. Alocação de recursos</p><p>A norma 2230 do (IIA, 2012) , sobre alocação de recursos para o trabalho de auditoria determina</p><p>que os recursos alocados sejam apropriados e suficientes para cumprir os objetivos do trabalho,</p><p>levando-se em conta as restrições de tempo e recursos disponíveis.</p><p>A alocação de recursos é uma etapa que tem por finalidade garantir que a auditoria seja</p><p>conduzida de maneira eficaz e eficiente. A alocação de recursos envolve: a equipe de trabalho,</p><p>orçamento e o cronograma.</p><p>De acordo com (Pardini, 2020, p. 12) na definição da equipe que participará do trabalho, deve-se</p><p>ter em consideração as competências, grau de proficiência e habilidades existentes no grupo,</p><p>para o direcionamento correcto da equipe que irá conduzir o trabalho.</p><p>Os auditores devem considerar o seguinte para definição da equipe:</p><p> O tamanho do pessoal da auditoria;</p><p> O nível de experiência;</p><p> Os conhecimentos, as habilidades e outras competências;</p><p> A disponibilidade de recursos externos;</p><p> A necessidade de treinamento.</p><p>Neste ponto, se houver a falta de competências necessárias para a condução da avaliação, deve-</p><p>se avaliar a possibilidade de contratar por demanda, um profissional com a experiência</p><p>necessária para resultado da avaliação. Segundo o (IIA, 2012) , ao planear um trabalho de</p><p>auditoria a ser executado por terceiros externos à organização, deve-se estabelecer um</p><p>entendimento por escrito dos objetivos, do escopo, das respectivas responsabilidades, incluindo</p><p>restrições na distribuição dos resultados do trabalho e acesso aos registros do trabalho.</p><p>É importante executar o orçamento do custo do trabalho de auditoria, para cobrir os custos</p><p>associados a auditoria, e para que no final, quando com o trabalho realizado, entender o grau de</p><p>eficiência na gestão recursos, podendo também comparar o custo da auditoria com o valor das</p><p>10</p><p>melhorias resultantes do trabalho, com vista a demonstrar a mais-valia da existência da</p><p>actividade de auditoria na corporação.</p><p>Exemplo da previsão de custos com o trabalho de auditoria</p><p>Previsão dos gastos</p><p>Auditores Horas</p><p>previstas</p><p>Taxa</p><p>hora</p><p>média</p><p>Total das</p><p>horas</p><p>alocadas</p><p>ao</p><p>trabalho</p><p>Transporte e</p><p>deslocamento</p><p>Hotel Alimentação Total</p><p>Osmar 260 60,00 15.600,00 200,00 0 812,50 16.612,50</p><p>Talita 470 40,00 18.800,00 200,00 0 1468,75 20.468,70</p><p>Homero 304 30,00 9.120,00 200,00 0 950,00 10.270,00</p><p>Salomé 204 10,00 2,040,00 200,00 0 638,00 2.878,00</p><p>Total 45.560,00 800,00 0 3.869,27 50.229,00</p><p>Fonte: (Pardini, 2020, p. 13).</p><p>É necessário que se realize um cronograma, pois é uma parte fundamental do planeamento de</p><p>auditoria na medida que permite a organização do trabalho da equipe de auditoria ao longo do</p><p>tempo. O cronograma define se como uma representação visual do plano de auditoria que</p><p>específica informações relacionadas ao início e conclusão das actividades de auditoria, bem</p><p>como a sequência em que as actividades serão realizadas.</p><p>4.1.4.2. Segunda fase: elaboração do mapeamento do processo</p><p>A segunda fase do planeamento é a obtenção de um entendimento mais detalhado do processo ou</p><p>do objeto de avaliação.</p><p>Segundo (Pardini, 2020, p. 15), é a fase onde faz-se o levantamento do processo ou do objeto, de</p><p>forma compreensiva, conhecendo as actividades de início, o detalhe das tarefas que são</p><p>executadas, o sistema de informação, o processo de monitoramento e as entregas do processo.</p><p>O auditor deverá, por meio de entrevistas com os diversos colaboradores que executam as tarefas,</p><p>conhecer e mapear todos os procedimentos envolvidos na execução, onde de uma forma</p><p>11</p><p>sumarizada. A entrevista deve ser estruturada para que se possa levantar o que (dados e/ou</p><p>documentos) o entrevistado recebe, o que ele executa e depois, o que ele entrega para a próxima</p><p>tarefa e/ou atividade.1</p><p>tarefas</p><p>o que</p><p>executa?</p><p>o que</p><p>recebe? o que</p><p>entrega?</p><p>O mapeamento deve abranger toda e qualquer informação relevante para uma avaliação objetiva.</p><p>Todas estas informações, devem ser formalizadas em papel de trabalho, podendo ser utilizado</p><p>para isto, a forma de narrativa e/ou por meio de fluxograma, sendo este, o gráfico com tendência</p><p>de tornar a descrição do processo mais claro e objetivo.</p><p>4.1.4.3. Terceira fase: Elaboração do Programa de trabalho</p><p>Com base no trabalho realizado até este ponto, o auditor deverá elaborar um programa de</p><p>trabalho o qual irá nortear todo o trabalho de validação na etapa da execução.</p><p>De acordo com (Camoes, 2014), “programa de trabalho constitui um conjunto de instruções para</p><p>os membros da equipa envolvidos na auditoria e uma forma de controlar e registar a adequada</p><p>execução do trabalho.”</p><p>O PT deve ser aprovado antes de ser implantado e quaisquer ajustes devem ser prontamente</p><p>aprovados.</p><p>De acordo com (IIA, 2012) , os auditores internos devem desenvolver e documentar PT que</p><p>atendam aos objetivos do trabalho, incluindo os procedimentos para identificar, analisar, avaliar</p><p>e documentar as informações durante o trabalho de auditoria.</p><p>De acordo com (Pardini, 2020) , para a elaboração do programa, o auditor precisará conhecer os</p><p>procedimentos e técnicas de auditoria que podem ser aplicados para a colecta de evidências.</p><p>1 Fonte: (Pardini, 2020, p. 15)</p><p>12</p><p>De acordo com (Pardini, 2020), “procedimentos de auditoria consistem no detalhamento, passo a</p><p>passo, das actividades necessárias para obtenção e tratamento das informações, e quanto as</p><p>técnicas, as mesmas são as base para os procedimentos.”</p><p>Segundo (Sawyer, 1973) , existem seis categorias de procedimentos que os auditores podem</p><p>utilizar em seu trabalho para examinar, mensurar e avaliar os documentos, transações e processos,</p><p>tais como:</p><p>1. Observação – é o exame visual, preliminar à confirmação por outros procedimentos.</p><p>Pode ser realizada para a verificação das características físicas do fluxo do trabalho, do</p><p>ambiente de controlo, do local, etc.</p><p>2. Indagação – pode ser conduzida de forma oral ou escrita, através de uma entrevista ou</p><p>através de um questionário.</p><p>3. Análise – é a compreensão do todo através do estudo de suas partes e do relacionamento</p><p>de cada parte com o todo. Ela é realizada para identificar qualidades, causas, efeitos e</p><p>motivos, que serão base para um julgamento ou de verificações adicionais.</p><p>4. Verificação – é o processo de corroboração e comparação, por exemplo, de um</p><p>documento com uma declaração verbal, uma aprovação de gerência com a política de</p><p>alçada, ou da documentação de um processo de compras com as políticas de suprimento.</p><p>5. Avaliação – consiste na emissão de um julgamento. É um passo após a análise e</p><p>verificação, ou seja é a conclusão do auditor sobre os fatos encontrados.</p><p>6. Investigação – é a busca sistemática por fatos ocultos quando existe um desvio de</p><p>conduta ou outras condições suspeitas. Diferencia-se dos métodos análise e verificação,</p><p>pois estes são aplicados sobre informações não suspeitas. É utilizada em casos de fraude.</p><p>Testes substantivos e testes de controlo</p><p>Com base nos procedimentos e técnicas de auditoria, aplicamos os testes, que são divididos em</p><p>dois: testes substantivos e testes de controlo.</p><p>Os testes substantivos são utilizados, em sua maioria, para o trabalho de auditoria financeira,</p><p>pois são procedimentos de validação de saldos e transações contabilísticas.</p><p>13</p><p>Os testes de controlo são os testes para avaliarmos a qualidade do sistema de controlos internos</p><p>de um processo operacional, programa e/ou projeto, seja para aplicação de testes de eficiência ou</p><p>testes de eficácia.</p><p>Podem</p><p>e devem ser utilizados em uma auditoria operacional, em uma auditoria de conformidade,</p><p>ou em uma auditoria contábil. Estas técnicas de auditoria são as formas utilizadas na aplicação</p><p>dos procedimentos com vistas à obtenção de diferentes tipos de evidências.</p><p>O programa de trabalho deve ser elaborado por auditor com competência e proficiência para</p><p>identificar o melhor procedimento de auditoria que será aplicado para a coleta da evidência, a</p><p>qual será base a opinião do auditor. Também é necessário, no momento da elaboração do</p><p>programa, a definição do processo de amostragem e da extração que será utilizado.</p><p>Com o objetivo de manter um padrão de qualidade na elaboração e construção do programa de</p><p>trabalho, sugerimos que exista um formato padronizado e uma estrutura mínima de informações</p><p>que devam fazer parte do mesmo.</p><p>Alguns tópicos que devem fazer parte de um programa de trabalho são:</p><p>1. Identificação do processo objeto da avaliação;</p><p>2. Período de cobertura da avaliação;</p><p>3. Tipo da auditoria;</p><p>4. Número do passo do programa;</p><p>5. Objectivo do controle que mitiga o risco;</p><p>6. Risco relacionado</p><p>7. Objectivo do teste;</p><p>8. Descrição do passo do programa, definindo procedimento e técnica de auditoria para o</p><p>teste certificador;</p><p>9. Evidência de quem cumpriu o passo;</p><p>10. Data do cumprimento do passo.</p><p>Uma vez aprovado o PT, recomenda-se que seja discutido com todos os auditores compõem a</p><p>equipe, de forma que todos estejam alinhados e cientes do trabalho que deverão realizar. Esta</p><p>discussão servirá de base para aumentar a eficiência da execução do programa, inclusive servirá</p><p>de treinamento para os auditores menos experientes.</p><p>14</p><p>4.2. Execução do trabalho de auditoria</p><p>De acordo com (do Rosario & Furtado, 2018, p. 22) , nesta fase são realizados os procedimentos</p><p>de auditoria planeados para obter evidências que, depois de avaliadas, permitirão retirar</p><p>conclusões.</p><p>Na fase da execução o auditor está em contacto direto com os profissionais da entidade auditada,</p><p>aplica as técnicas e os testes de auditoria pré-definidos e recolhe as correspondentes evidências,</p><p>cujos suportes ficarão documentados.</p><p>A execução inicia-se e conclui-se através de uma reunião com o órgão de gestão, dirigente</p><p>máximo do serviço ou seu representante, na qual deverá estar sempre presente o coordenador da</p><p>equipa de auditoria e, preferencialmente, o Chefe de Equipa Multidisciplinar.</p><p>De acordo com (Gerais, 2013) , a execução é precedida, em pelo menos 5 dias úteis, de uma</p><p>comunicação oficial.</p><p> Identificação da acção, coordenador da mesma e respectivos inspectores;</p><p> Tempo estimado de permanência na entidade;</p><p> Os fundamentos das primeiras reuniões;</p><p> Aspectos logísticos a preparar pela entidade auditada.</p><p>Caso seja adequado, juntamente com o ofício de comunicação de início da acção é também</p><p>enviada, em anexo, a listagem de documentos a disponibilizar antes do início dos trabalhos de</p><p>campo ou no início dos mesmos.</p><p>A etapa de execução consiste em colocar em prática o programa de trabalho. Serão realizados os</p><p>testes previstos, por meio das técnicas de auditoria selecionadas, e registrados os achados da</p><p>equipe de auditoria, com base nos resultados obtidos. Os achados possibilitarão responder às</p><p>questões de auditoria levantadas na fase de planeamento, atendendo ao objetivo estabelecido</p><p>inicialmente para a avaliação. Nesse processo de coleta e de análise de dados, a equipe de</p><p>auditoria irá comparar a situação encontrada com os critérios preestabelecidos no programa de</p><p>trabalho. Os resultados dessa comparação, ou seja, os achados de auditoria, deverão estar</p><p>apoiados em evidências suficientes, confiáveis, fidedignas, relevantes e úteis.</p><p>15</p><p>É imprescindível que, durante todo o processo de auditoria, haja comunicação clara e eficiente</p><p>com o auditado, obtendo junto a ele as informações necessárias ao trabalho, bem como</p><p>fornecendo informações sobre os achados identificados pela equipe de auditores. Após a</p><p>elaboração dos achados de auditoria, estes devem ser discutidos com a Unidade Auditada.</p><p>Em decorrência dos achados, podem ser emitidas recomendações, cujas propostas também</p><p>devem ser apresentadas e debatidas com o auditado, a fim de se estabelecerem conjuntamente as</p><p>medidas mais adequadas para mitigar as causas. A etapa de execução do trabalho de auditoria</p><p>também consiste em testes de procedimentos de controlos internos.</p><p>Para (Attie, 2018) os testes de procedimentos de controlos internos executados para determinar</p><p>que as informações obtidas pelo estudo e avaliação dos controles internos estão vigentes, são</p><p>reais e permitem que as transações de igual natureza tenham idênticos processos e registros.</p><p>4.3. Evidências de trabalho realizado</p><p>4.3.1. Conceito de evidências</p><p>Segundo (Araujo A. , 2020, p. 20) “a evidência de uma auditoria compreende as informações</p><p>utilizadas pelo auditor para chegar as conclusões em que se fundamentam sua opinião.ˮ</p><p>De acordo com a (ISA500, 2019) , “a evidência de auditoria é a informação usada pelo auditor</p><p>para chegar as conclusões sobre as quais se baseia a sua opinião. A evidência de auditoria não só</p><p>inclui a informação contida nos registos contabilisticos como também outras informações.”</p><p>De um modo geral as evidências de auditoria são as informações e os dados colectados,</p><p>analisados e avaliados pelo auditor, utilizando as técnicas de auditoria para sustentar os achados</p><p>e as conclusões do trabalho.</p><p>4.3.2. Caracteristícas de evidências de trabalho realizado</p><p>De acordo com a (ISA500), as evidências devem ser suficientes e adequadas</p><p>Suficiência: é a medida da quantidade da prova de auditoria, e o auditor não necessita de coletar</p><p>provas adicionais para dar sua conclusão.</p><p>Adequada: é a medida da qualidade da prova de auditoria.</p><p>16</p><p>E essas características incluem alguns requisitos que são:</p><p>1. Validade: deve dar credibilidade e suporte à conclusão do auditor;</p><p>2. Relevância: deve ter relação com os objetivos da auditoria;</p><p>3. Objetividade: deve ser objetiva e respaldar as conclusões do auditor de forma mais</p><p>profunda do que a simples aparência.</p><p>4.3.3. Classificação das Evidências</p><p>Segundo (Santos), as evidências podem ser classificadas principalmente quanto a sua forma e sua</p><p>fonte, cada uma tendo suas subdivisões quanto a forma e quanto a fonte, conforme apresentado:</p><p>Formas de evidência Fontes de evidências</p><p>Evidências fisicas Conhecimento profissional</p><p>Evidências testemunhais Evidência externa</p><p>Evidências documentais Evidência interna</p><p>Evidências Analiticas Evidências justapostas</p><p>Evidências de reexames</p><p>17</p><p>Classificação das evidências quanto a forma:</p><p>Evidências físicas – Obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de</p><p>pessoas, bens ou transações.Normalmente é apresentada sob a forma de fotografias, gráficos,</p><p>memorandos descritivos, mapas, amostras físicas etc.</p><p>Evidências testemunhais – Representa informações recebidas de outros agindo como</p><p>especialistas observadores relacionadas com as pesquisas feitas pelos auditores. Quantidade</p><p>substancial de evidência testemunhal é coletada das entrevistas pessoais ou solicitações de</p><p>declarações escritas e cartas de confirmação realizadas pela auditoria interna. Esse tipo de</p><p>evidência pode ser usada para descrever a maioria dos aspectos das operações reais sob exame.</p><p>Evidências documentais – É prova derivada de registros escritos diversos como manuais de</p><p>procedimentos, registros contábeis, contratos e documentos de todos os tipos. Os registros são</p><p>examinados para verificar a ocorrência de transações ou eventos por meio de fontes documentais.</p><p>Os registros podem, também, fornecer uma descrição do modelo pretendido pelo sistema sob</p><p>exame. Finalmente, os resultados registrados podem ser analisados como modo de determinar a</p><p>eficácia dos controles das operações sob exame.</p><p>Evidências analíticas – Decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e análises</p><p>feitas pelo auditor, dentre outras.</p><p>Evidências de reexames – É utilizada para verificar a exatidão das medidas e avaliações.</p><p>Conferência de preços, extensões ou outros dados são exemplos de procedimentos usados nesse</p><p>tipo de prova. O reexame das adições de listas também ajuda conferir a existência de itens</p><p>incompletos, já que imprevistos podem indicar inclusões acidentais, duplas contagens ou</p><p>omissões. O reexame pode demonstrar se o exame original de um controle foi eficaz. Um</p><p>exemplo seria a repetição do cálculo de uma folha de pagamento que um funcionário tenha</p><p>executado para verificação.</p><p>18</p><p>Classificação das evidências quanto a fonte:</p><p>Evidências do conhecimento profissional – Conhecimentos pessoais diretos são normalmente</p><p>derivados do exame físico do auditor e da observação das atividades. Este tipo de evidência</p><p>tende a ser a mais confiável, desde que o auditor possa minimizar o risco de erros de observação.</p><p>Evidências externas – Representa a evidência obtida de terceiros que são organizacionalmente</p><p>independentes do auditado. Há, evidentemente, graus de independência organizacional desde</p><p>aqueles terceiros que estão no mesmo departamento do auditado como aqueles que não estão. A</p><p>confiabilidade deste tipo de evidência depende da avaliação do auditor quanto a sua integridade,</p><p>competência e objetividade. Onde estes fatores não são problema, a evidência externa é tida</p><p>como sendo mais persuasiva que a evidência criada dentro da organização auditada.</p><p>Evidências internas – Representa a evidência originada na organização auditada. Em uma</p><p>auditoria, este é o mais prevalente e econômico tipo de evidência a obter, tende também a ser a</p><p>menos confiável.</p><p>Evidências justapostas – Esta é a evidência que é derivada da consistência mútua entre</p><p>diferentes partes de uma informação pertencente a uma declaração de controle. A confiabilidade</p><p>das evidências desta fonte depende do grau de consistência encontrado entre partes separadas da</p><p>informação, da persuasão da consistência e da habilidade do auditor em avaliar a relação entre</p><p>partes distintas da evidência.</p><p>4.4. Papéis de trabalho de auditoria</p><p>De acordo com (Motta, 1992), “os papéis de trabalho são instrumentos importantes usados pelos</p><p>auditores, pois constitui um elo de ligação entre os registos da empresa e os relatórios de</p><p>auditoria.ˮ</p><p>Segundo (Pinheiro, 2014) , “papéis de trabalho é o registo de informação, em que os auditores</p><p>internos deverão registar a informação relevante para fundamentar as conclusões e os resultados</p><p>do trabalho.ˮ</p><p>19</p><p>Ainda na teoria do mesmo autor, papéis de trabalho é a supervisão do trabalho, onde os trabalhos</p><p>deverão ser devidamente supervisionados de forma a garantir que os objectivos são alcançados,</p><p>que a qualidade e assegurada e que existe um desenvolvimento dos quadros.</p><p>Papéis de trabalho é um conjunto de documentos e apontamentos que contem dados e</p><p>informações obtidos pelo auditor ao longo do processo de auditoria, sendo preparados de forma</p><p>manual ou electrónica ou outros, que o auditor possa precisar para realizar uma auditoria, e que</p><p>esses devem ser preparados próprio auditor ou por ele obtida e retida, e que devem ser</p><p>preparadas de acordo com as normas e regras internacionais de auditoria aplicáveis, para que</p><p>sirvam devam aos interessados.</p><p>4.4.1. Características dos papéis de trabalho</p><p>Correspondem as características dos papéis do trabalho:</p><p> Objectividade – os papéis de trabalho devem ser objectivos e claros, de modo que possa</p><p>ser compreendido a finalidade dos exames.</p><p> Precisão – os papéis de trabalho devem ser elaborados sob extremo rigor técnico;</p><p> Concisão – os papéis de trabalho devem ser concisos, de modo que qualquer interessado</p><p>e conhecedor das normas e procedimentos de auditoria entenda-os.</p><p>4.4.2. Objectivos dos papéis de trabalho</p><p>Segundo (Pinheiro, 2014), são os objectivos dos papeis de trabalho de auditoria:</p><p> Auxiliar no planeamento, execução das acções;</p><p> Avaliar o processo de qualidade de departamento;</p><p> Cumprir com as normas para a Prática Profissional da Auditoria Interna;</p><p>4.4.3. Tipos de papéis de trabalho</p><p>Segundo (Pinheiro, 2014, p. 242), são tipos de papéis de trabalho:</p><p> Carta de confirmação de saldos;</p><p> Cópias de contracto;</p><p> Correspondência;</p><p> Notas e resumos de entrevistas;</p><p>20</p><p> Análises e testes;</p><p> Procedimentos e regulamentos;</p><p> Dados da organização: organograma, estruturas e funções.</p><p>4.4.4. Técnicas de Elaboração dos Papéis de Trabalho</p><p>Segundo (Almeida, 2019), existem algumas técnicas básicas na elaboração dos papéis de trabalho</p><p>a serem observados pelos auditores</p><p> Os papéis de trabalho devem, sempre que possível, ser escritos a lápis (preto), a fim de</p><p>facilitar possíveis alterações durante a execução dos serviços em função das revisões</p><p>feitas por auditores mais experientes auditores;</p><p> Na parte superior do papel de trabalho devem ser colocados o nome da empresa auditada,</p><p>a data-base do exame e o título (caixa, bancos, teste de amortização, teste das</p><p>depreciações, etc);</p><p> Os números e as informações devem ser colocados na parte superior do papel de trabalho</p><p>(logo após o titulo) e as explicações sobre o trabalho executado na parte inferior;</p><p> Os tiques ou símbolos são colocados ao lado do número auditado e explicados na parte</p><p>inferior do papel de trabalho, evidenciado, dessa forma, o serviço executado;</p><p> O auditor também pode utilizar o sistema de notas para dar explicações necessárias nos</p><p>papéis de trabalho;</p><p> Somente devem ser elaborados os papéis de trabalho que têm um fim útil;</p><p> O auditor deve evitar a utilização excessiva de tiques em uma mesma folha( o ideal é até</p><p>oito símbolos), devido ao fato de que dificultam consultas e revisões dos papéis de</p><p>trabalho. Caso seja necessário, o auditor poderá usar letras ou números dentro de círculos,</p><p>em vez de símbolos;</p><p> Os tiques ou as letras ou números dentro de círculos devem ser escriturados com lápis de</p><p>cor (normalmente vermelho), a fim de identificar claramente o trabalho executado e</p><p>também para facilitar revisão dos papéis de trabalho;</p><p> O auditor também pode utilizar o sistema de notas para dar explicações necessárias nos</p><p>papéis de trabalho;</p><p> As informações nos papéis de trabalho devem limitar-se aos dados necessários;</p><p> Os comentários devem ser sucintos e com redação clara e compreensíveis;</p><p>21</p><p> A forma de apresentação e o conteúdo dos papéis de trabalho devem ser de modo a</p><p>permitir que uma pessoa não participou do serviço de auditoria possa compreendê-lo de</p><p>imediato;</p><p> Os papéis de trabalho devem indicar as conclusões alcançadas.</p><p>4.5. Métodos de selecção e técnicas de amostragem</p><p>Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada e suficiente quando, considerada com</p><p>outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente para as finalidades do auditor.</p><p>Os meios a disposição do auditor para a selecção dos itens a serem testados são:</p><p> Selecção de todos os itens (selecção a 100%),</p><p> Selecção de itens específicos,</p><p> Amostragem de auditoria,</p><p>4.5.1. Amostragem em auditoria</p><p>De acordo com a (ISA530, 2019) , “a amostragem de auditoria é aplicação de procedimentos a</p><p>menos de 100% dos itens de uma população relevante para auditoria de tal forma que todas as</p><p>unidades da amostra tenham uma probabilidade de selecção, com o objectivo de proporcionar ao</p><p>auditor uma base razoável para extrair conclusões acerca de toda população.ˮ</p><p>O objectivo do auditor ao usar amostragem de auditoria bem como suas técnicas e o de</p><p>proporcionar uma base razoável para o auditor concluir quanto a população da qual a amostra e</p><p>selecionada, a definição do tamanho do tamanho da amostra e de responsabilidade do auditor, o</p><p>seu tamanho e definido com base na avaliação do controlo interno, revisão analítica e assuntos</p><p>pontuais classificados como relevantes pela auditoria.</p><p>População</p><p>De acordo com (ISA530, 2019) , “o conjunto completo de dados a partir dos quais se seleciona</p><p>uma amostra, sobre os quais o auditor deseja extrair conclusões.ˮ</p><p>22</p><p>4.5.2. Métodos de selecção da amostra</p><p>4.5.2.1. Amostragem em unidades monetárias</p><p>E um tipo de seleção com base em valor na qual o tamanho.</p><p>A seleção e a avaliação da amostra</p><p>resultam em conclusão em valores monetários.</p><p>4.5.2.2. Selecção sistemática</p><p>Selecção do item ocorre de maneira que sempre haja um intervalo constante entre cada item</p><p>selecionado.</p><p>4.5.2.3. Selecção ao acaso</p><p>Sucede que quando o auditor selecciona a amostragem a seguir uma técnica estruturada, o</p><p>auditor deverá, apesar de isso evitar qualquer erro sistemático ou previsibilidades conscientes</p><p>(por exemplo evitando itens difíceis de localizar ou escolhendo ou evitando sempre o primeiro</p><p>ou ultimo registro de uma pagina) e por consequência assegurar que todos itens da população</p><p>possam selecionados.</p><p>4.5.2.4. Selecção aleatória</p><p>Assegura que todos os itens da população tenham a mesma possibilidade de serem escolhidos.</p><p>4.5.2.5. Selecção de bloco</p><p>Envolve a selecção de um ou mais blocos contingentes contíguos da população. A seleção de</p><p>bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das</p><p>populações está estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter características</p><p>semelhantes entre si, mas diferente de itens noutra parte da população. Embora em algumas</p><p>circunstâncias examinar um bloco de itens possa constituir um procedimento de auditoria,</p><p>raramente é uma técnica apropriada de selecção de amostra quando o auditor pretende tirar</p><p>inferências válidas acerca de toda população com base na amostra.</p><p>4.5.3. Técnicas de amostragem</p><p>4.5.3.1. Estratificação</p><p>Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sido dividido em extractos, a distorção</p><p>é projetada para cada extracto separadamente. As distorções para cada extracto estão combinadas</p><p>na consideração do efeito possível das distorções no total das classes de operações ou saldo da</p><p>23</p><p>conta, os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de itens dentro de</p><p>um estrato podem ser projetados para itens que compõem esses estratos, para concluir sobre toda</p><p>a população, o auditor precisa considerar o risco de distorção relevante em relação a quaisquer</p><p>outros extractos que componham toda população.</p><p>4.5.3.2. Escolha ponderada pelo valor</p><p>Ao executar testes de detalhes, pode ser eficaz identificar a unidade de amostragens como</p><p>unidades monetárias individuais que compõe a população, Após ter seleccionado unidades</p><p>específicas da população, o auditor pode então examinar os itens específicos.</p><p>24</p><p>5. METODOLOGIA</p><p>Segundo (Lakatos, 2003), o método é o conjunto de atividades sistemáticas e racionais, que</p><p>permite com a maior segurança e economia alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser</p><p>seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. Entende-se, desta forma, que o</p><p>método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir</p><p>determinado fim ou resultado desejado.</p><p>Como forma de alcançar os objectivos traçados, para elaboração do presente trabalho realizou-se</p><p>uma pesquisa bibliográfica sobre as matérias literárias, internet para suportar a pesquisa, no que</p><p>diz respeito a Organização do trabalho de auditoria.</p><p>25</p><p>6. CONCLUSÃO</p><p>Após um estudo profundo acerca da Organização do trabalho de auditoria constatamos, que ela é</p><p>uma chave indispensável para a realização do trabalho de Auditoria qualificado pois ela permite</p><p>estruturar e cordenar as actividades de auditoria interna de forma a entender as nessecidades da</p><p>organização e atender os objetivos pretendidos.</p><p>A fase embrionária da organização do trabalho de Auditoria é o planeamento onde ela estabelece</p><p>antecipadamente o que efectivamente deve ser feito, existem várias etapas no planeamento de</p><p>auditoria onde elas possuem uma relação de dependência, o sucesso da primeira fase garante o</p><p>sucesso das fases seguintes.</p><p>Os papéis de trabalho de Auditoria devem obedecer técnicas pré definidas, que devem ser</p><p>observadas pelo auditor.</p><p>Existem várias ferramentas para a seleção de itens onde a mais recomendada é amostragem pois</p><p>usa técnicas estatísticas e culmina com a redução do risco da amostragem, ajudando numa</p><p>auditoria eficaz e efeciente.</p><p>Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento, uma vez que permitiu-nos,</p><p>compreender melhor como decorre a organização do trabalho de auditoria. Para além da</p><p>compreensão, o trabalho foi importante pois, permitiu-nos aperfeiçoar as nossas habilidades de</p><p>investigação, selecção e organização do trabalho.</p><p>26</p><p>7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p> Almeida, M. C. (2019). Auditoria: uma abordagem moderna e completa (9 ed.). Atlas.</p><p> Araujo, A. (2020). Auditoria II. Salvador.</p><p> Araujo, I. d. Auditoria Contabil. Rede Prima.</p><p> Attie, W. (2018). Auditoria: Conceitos e Aplicacoes (7 ed.). Sao Paulo: Atlas.</p><p> Attie, W. (1998). Auditoria: Conceitos e Aplicaoes (3 ed.). Sao Paulo: Atlas.</p><p> Camoes, I. d. (2014). Manual de Auditoria Interna. (3). Lisboa.</p><p> do Rosario, L., & Furtado, M. (2018). Manual de Auditoria. IGAS.</p><p> Gerais, U. F. (2013). Manual de Auditoria Interna: Auditoria Geral da UFMG (2ª Versão).</p><p>Belo Horizonte.</p><p> Gil, A. C. (2002 ). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. Sao Paulo: Editora Atlas.</p><p> IIA. (2012). Normas Internacionais para a Pratica Profissional de Auditoria Interna.</p><p> ISA500. (15 de Dezembro de 2019). Prova de auditoria.</p><p> ISA530. (2019, Dezembro 15). Amostragem em auditoria.</p><p>27</p><p> Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de Metodologia Cientifica. Sao</p><p>Paulo: Editora Atlas.</p><p> Morais, G., & Martins, I. (2013). Auditoria Interna: Funcao e Processo (4 ed.). Areas</p><p>Editora.</p><p> Moreira,A.d.(2018,0324).https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/audito</p><p>ria-interna.</p><p> Motta, J. M. (1992). Auditoria: Principios e tecnicas (2 ed.). Sao Paulo: Atlas.</p><p> NIR300. Norma Internacional de Revisao/ Auditoria 300- Planeamento.</p><p> Oliveira,C.A.(n.d.).www.faculdadedelta.edu.br/downloads_alunos/1345746737_Conteudo</p><p>_01.pdf.</p><p> Pardini, E. P. (2020). Auditoria Interna: Planejamento. Sao Paulo .</p><p> Pinheiro, J. L. (2014). Auditoria Interna (3 ed.). Rei dos Livros.</p><p> Santos, R. A. (n.d.). Auditoria Interna-Evidencia.</p><p> Sawyer, L. (1973). The practice of Modern Internal Auditing (6th ed.). USA: Altamonte</p><p>Springs.</p>

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