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<p>Com mudanças na odontologia nas últimas décadas,</p><p>onde a doença cárie se tornou menos prevalente,</p><p>cirurgiões dentistas assumiram um novo papel no</p><p>acompanhamento e monitoramento do</p><p>desenvolvimento da oclusão dentária, para assim</p><p>contribuir no desenvolvimento de uma dentadura</p><p>permanente saudável em aspectos funcionais e</p><p>estéticos.</p><p>Dentição: termo empregado para designar os dois</p><p>tipos de dentes (decíduos e permanentes);</p><p>Dentadura: conjunto de dentes dentro da maxila e</p><p>mandíbula.</p><p>Ocorre desde o nascimento, até o período anterior a</p><p>erupção do primeiro dente permanente (0 a 6 anos).</p><p>É dividida em:</p><p>- pré-dental;</p><p>- erupção dos dentes decíduos;</p><p>- dentadura decídua madura.</p><p>PRÉ-DENTAL</p><p>Conhecida como período dos roletes gengivais. Nessa</p><p>fase normalmente não tem a presença de dente.</p><p>- Período de 0 aos 6 meses;</p><p>- Abaulamentos gengivais espessos – gengiva</p><p>apresenta-se segmentada, indicando os locais do</p><p>desenvolvimento de germes dentários;</p><p>- Arcada superior com formato de ferradura (mais</p><p>aberto) e arcada inferior em formato de U (mais</p><p>estreito);</p><p>- Relação maxila e mandíbula não é padronizada, no</p><p>entanto, na região posterior os arcos costumam se</p><p>tocar (para não extravasar leite) e na região anterior</p><p>os arcos não tocam (importante para facilitar a</p><p>amamentação que é importante no desenvolvimento</p><p>e crescimento das bases ósseas (maxila e mandíbula).</p><p>- Dentes decíduos quando a criança nasce, apresenta-</p><p>se apinhados dentro da maxila e mandíbula que</p><p>arruma fisiologicamente conforme o crescimento</p><p>ósseo no primeiro semestre de vida;</p><p>- Pode haver a presença de dentes natais (bebê nasce</p><p>com o dente) ou dentes neonatais (dentes</p><p>erupcionam até 30 dias após o nascimento). Nestes</p><p>casos, é necessário realizar avaliação com</p><p>odontopediatra e/ou pediatra para definir a melhor</p><p>conduta. Esses dentes podem ser supranumerários</p><p>também.</p><p>ERUPÇÃO DOS DENTES DECÍDUOS</p><p>- Período de 6 meses a 2 anos e meio;</p><p>- Normalmente os primeiros dentes a erupcionarem</p><p>são os incisvos centrais inferiores, depois seguido</p><p>pelos superiores.</p><p>OBS: sempre erupciona o inferior e em seguida</p><p>superior daquele mesmo grupo dentário, vai</p><p>intercalando.</p><p>- Até os 3 anos todos os decíduos já se encontram</p><p>erupcionados;</p><p>- A cronologia é muito variável, pode ter precocidade</p><p>na transição entre dentadura decíduda e mista,</p><p>normalmente em crianças com padrões eruptivos</p><p>precoces dos dentes decíduos;</p><p>- Sequência de erupção é muito variável, isso costuma</p><p>não causar nenhuma alteração no desenvolvimento da</p><p>oclusão;</p><p>- Pode acontecer de ter erupção ectópica e</p><p>impactação dental, sempre observar decidir se é</p><p>necessário intervir (exemplo: fazer ulectomia em um</p><p>dente que está com dificuldade de erupcionar);</p><p>O desenvolvimento dessa dentadura pode ser dividido</p><p>em quatro fases:</p><p>Desenvolvimento da</p><p>Oclusão</p><p>I – erupção dos incisivos;</p><p>II – erupção e intercuspidação dos primeiros molares;</p><p>III – erupção dos caninos;</p><p>IV – erupção dos segundos molares.</p><p>OBS: a sequência eruptiva mais observada é I, II, IV</p><p>e III.. Sempre primeiro inferior em seguida superior.</p><p>Fase I – Erupção dos incisivos</p><p>Caracterizado pela mordida profunda, devido a</p><p>ausência de dentes posteriores para realizar o levante</p><p>de mordida. A criança consegue “jogar” a mandíbula</p><p>muito para frente pois a fossa articular é</p><p>praticamente inexistente e o côndilo pouco</p><p>desenvolvido.</p><p>Fase II – Erupção e intercuspidação dos primeiros</p><p>molares</p><p>Caracterizado pelo primeiro ganho de DVO, pois há</p><p>uma redução da mordida profunda. Os arcos dentários</p><p>apresentam-se estáveis, côndilo e fossa já estão mais</p><p>desenvolvidos impossibilitando a criança de “jogar” a</p><p>mandíbula para frente.</p><p>Fase IV – Erupção dos segundos molares</p><p>Caracterizada pela consolidação do primeiro ganho de</p><p>DVO, apresenta uma maturidade oclusal. A condição</p><p>apresentada nessa fase será mantida até a erupção</p><p>dos primeiros dentes permanentes, salvo casos em</p><p>que fatores etiológicos extremos possam estar</p><p>presentes. Nessa fase, já é possível avaliar se tem uma</p><p>mordida profunda.</p><p>Fase III – Erupção dos caninos</p><p>Caracterizada pelo estabelecimento e manutenção de</p><p>espaços primatas, que são aqueles espaços presentes</p><p>entre caninos e os incisivos laterais, como também</p><p>entre caninos e primeiros molares inferiores.</p><p>Arcos de Baume</p><p>Arcos tipo I – diastemas generalizados;</p><p>Arcos tipo II – sem espaçamento interdentário,</p><p>apenas espaços primatas podem ser identificados.</p><p>São considerados normais, é possível que em cada</p><p>arcada tenha tipos de arcos diferentes. E o espaço</p><p>primata independe do tipo de arco, eles estarão lá</p><p>mesmo não tendo tipo de arco.</p><p>O arco tipo I é o mais preferível de estar presente,</p><p>pois dá mais espaço para erupção dos dentes</p><p>permanentes (que são maiores).</p><p>OBS: * representa os espaços primatas e o ponto</p><p>representa o tipo de arco.</p><p>Posicionamento dos dentes</p><p>Os dentes decíduos encontram-se verticalizados em</p><p>suas bases ósseas, sendo assim na região posterior</p><p>por exemplo não se observa curva de Wilson e nem</p><p>de Spee.</p><p>O engrenamento dentário ideal ocorre quando caninos</p><p>superiores oclui na ameia interproximal dos primeiros</p><p>molares e dos caninos decíduos inferiores,</p><p>classificando como condição de normo-oclusão, que</p><p>pode ser encontrada em 60% das crianças brasileiras.</p><p>A partir desse momento, já é possível classificar a</p><p>criança quanto a existência ou não de maloclusão, pois</p><p>já ocorre a intercuspidação de canino.</p><p>- Canino superior oclui entre canino inferior e primeiro</p><p>molar inferior = normoclusão – futuramente pode não</p><p>haver maloclusão ou ser um possível classe I;</p><p>- Canino superior oclui entre canino inferior e incisivo</p><p>lateral inferior = tendência a classe II;</p><p>- Canino superior oclui no sulco mesiovestibular do</p><p>primeiro molar inferior = tendência a classe III.</p><p>OBS: neste momento de intercuspidação, já pode</p><p>pensar na necessidade de intervir para evitar o</p><p>densenvolvimento e consolidação de uma maloclusão</p><p>e até mesmo de uma cirurgia ortognática</p><p>futuramente.</p><p>Na região anterior o trespasse horizontal de 0 a 3</p><p>mm é considerado normal e o trespasse vertical de</p><p>até 2/3 de cobertura incisal pode ser considerado</p><p>normal.</p><p>As cúspides palatinas dos molares decíduos superiores</p><p>ocluem nas fossas centraias dos seus antagonistas.</p><p>Superfícies palatinas de caninos superiores estão em</p><p>contato com a vestibular de caninos e primeiros</p><p>molares inferiores.</p><p>A incidência de todas essas características em uma</p><p>mesma criança é difícil, as mais comuns são os</p><p>diastemas interincisivos e a variabilidade no</p><p>trespasses.</p><p>A imagem mostra oclusão ideal da dentadura decídua:</p><p>DENTADURA DECÍDUA MADURA</p><p>- Período de 2,5 anos até 5 anos;</p><p>- É a fase onde atinge a maturidade da dentadura</p><p>decídua;</p><p>- Poucas alterações dimensionais nos arcos dentários</p><p>(só ocorre crescimento e desenvolvimento);</p><p>- Neste momento, hábitos deletérios que a criança</p><p>possui interfere no desenvolvimento;</p><p>Algumas mudanças importantes são:</p><p>- Pequena migração mesial fisiológica dos segundos</p><p>molares decíduos (principalmente os inferiores):</p><p>Causada pela movimentação pré eruptiva dos</p><p>primeiros molares permanentes, sendo assim,</p><p>favorecendo sua erupção. Essa migração diminui</p><p>diastemas entre os molares decíduos e diminui o</p><p>perímetro e comprimento da arcada;</p><p>- Desgaste oclusal por abrasão mecânica e</p><p>crescimento mandibular: Pode gerar arcadas topo a</p><p>topo, paciente consegue realizar excursões</p><p>mandibulares;</p><p>- Desgaste interproximal ou perda prematura dos</p><p>dentes decíduos: por lesões cariosas, restaurações</p><p>insatisfatórias e extrações precoces;</p><p>- Alteração positiva nas distâncias intercaninos e</p><p>intermolares: Essas distâncias aumentam;</p><p>- Alteração negativa nas distâncias intercaninos e</p><p>intermolares: Essas distâncias diminuem. Esta</p><p>alteração se dá devido a fatores ambientais.</p><p>Fatores Ambientais</p><p>Podem causar mordidas cruzadas posteriores e/ou mordida</p><p>aberta anterior. Exemplos: sucção digital e interposição</p><p>lingual.</p><p>Hábitos deletérios persistentes após 4 anos de idade é</p><p>necessário intervenção ortodôntica. Normalmente indica</p><p>ortopedia funcional dos maxilares. Se não ultrapassar</p><p>desse período, fisiologicamente a mordida aberta e</p><p>cruzada se corrigem sozinhas.</p><p>Presença de dentes decíduos e dentes permanentes.</p><p>Van der Linden propôs três períodos para classificar</p><p>a evolução da dentadura mista, esses períodos são:</p><p>PRIMEIRO PERÍODO TRANSITÓRIO</p><p>- Período de 6 a 9 anos;</p><p>- Troca dos incisivos, erupção do primeiro molar</p><p>permanente e dos incisivos permanentes;</p><p>- Pode haver variações na sequência de erupção</p><p>destes dentes, no entanto, é comum que tenha a</p><p>erupção dos dentes permanentes inferiores seguidos</p><p>pelos dentes superiores;</p><p>- Geralmente primeiro erupciona os primeiros molares</p><p>permanentes, em seguida os incisivos permanentes,</p><p>mas não é incomum inverter essa sequência;</p><p>PERÍODO INTERTRANSITÓRIO</p><p>- Período dos 9 a 10 anos;</p><p>- Conhecido como fase do patinho feio;</p><p>- É a fase onde os dentes tem um posicionamento</p><p>antiestético, porém fisiológico. Esse posicionamento</p><p>se dá por causa do inicio do processo de erupção dos</p><p>caninos superiores permanentes que gera pressão</p><p>sobre as raízes dos incisivos laterais causando</p><p>convergência de suas raízes (para proteger de</p><p>reabsorção radicular) e um divergência e</p><p>vestibularização das coroas dos incisivos permanentes.</p><p>Com a erupção propriamente dita dos caninos</p><p>superiores permanentes, há uma melhora na</p><p>inclinação e fechamento do diastema anterior.</p><p>SEGUNDO PERÍODO TRANSITÓRIO</p><p>- Inicia entre 10 e 12 anos;</p><p>- Erupção dos pré-molares, caninos e segundos</p><p>molares permanentes;</p><p>- Sequência de erupção mais frequente: Na mandíbula</p><p>– canino, primeiro pré-molar, segundo pré-molar e</p><p>segundos molares. Na maxila – primeiro pré-molar,</p><p>segundo pré-molar e caninos junto com segundos</p><p>molares;</p><p>OBS: segundos pré-molares inferiores e caninos</p><p>superiores são dentes mais suscetíveis à impactação</p><p>e à falta de espaço.</p><p>Leeway space</p><p>É o nome dado a diferença entre a largura mesiodistal</p><p>das cúspides dos molares decíduos e a de seus</p><p>sucessores permanentes. É o espaço que sobra</p><p>distalmente aos segundos pré-molares, após a troca</p><p>dos molares decíduos. Visto que molares decíduos</p><p>apresentam tamanho um pouco maior do que os pré-</p><p>molares.</p><p>Segundo Nance, essa diferença é de 1,7 mm em média</p><p>na mandíbula e 0,9 mm na maxila.</p><p>- Por volta dos 12 a 13 anos;</p><p>- Inicia com a esfoliação do último dente decíduo e</p><p>considera completa após a intercuspidação dos 28</p><p>dentes permanentes;</p><p>- Nessa fase, o formato dos arcos e o alinhamentos</p><p>das coroas são afetados pela atividade muscular do</p><p>NOTA!</p><p>A perda de um dente decíduo se dá pela reabsorção de</p><p>sua raiz pelo germe do dente permanente, e em menor</p><p>extensão pela redução do osso que circunda cervicalmente</p><p>tal raiz.</p><p>sistema estomatognático. A pressão dos lábio,</p><p>bochevhas e lingua influencia na posição final dos</p><p>dentes. Além disso, por mais que as forças musculares</p><p>sejam de baixa intensidade, a frequência e duração</p><p>influenciam na modelagem óssea;</p><p>- Este é o momento que o profissional pode classificar</p><p>o paciente e verificar a oclusão. É o momento de</p><p>avaliar a atividade muscular. Deve verificar as 6</p><p>chaves de oclusão de Andrews, se a criança tiver a</p><p>alteração do arco já avalia para intervir.</p><p>As mudanças dimensionais são individuais, variáveis e</p><p>de difícil previsão. Os arcos não permanecem</p><p>estáticos ao longo da vida, existem uma tendência de</p><p>diminuição da distância intercaninos e do</p><p>comprimento do arco mandibular, pode ocorrer</p><p>aumento da irregularidade no posicionamento dos</p><p>incisivos inferiores (em maior quantidade no sexo</p><p>feminino) e em relação à sobremordida, à</p><p>sobressaliência e à distância intermolares as</p><p>alterações são mínimas.</p><p>- Erupciona por volta dos 17 a 21 anos;</p><p>- Não é essencial para classificar a fase da dentadura</p><p>permanente como madura;</p><p>- Pode considerar que a eventual erupção faz parte</p><p>do estágio final da formação da dentadura</p><p>permanente;</p><p>- O terceiro molar não é capaz de causar o</p><p>apinhamento dos incisivos inferiores. O que acontece</p><p>é que conforme o indivíduo vai envelhecendo tem a</p><p>redução do perímetro do arco dentário inferior em</p><p>função da força mesial que incide naturalmente sobre</p><p>a dentição, mesmo em quem tem ausência dos</p><p>terceiros molares e no caso de homens, por volta dos</p><p>21 anos ocorre o crescimento terminal da mandíbula</p><p>(por aposição óssea) e o dente dá uma movimentação</p><p>para frente;</p><p>- As mudanças fisiológicas descritas no parágrafo</p><p>anterior ocorrem na mesma época em que o terceiro</p><p>molar se encontra em erupção, o que leva as pessoas</p><p>acreditarem que este dente é a causa do</p><p>apinhamento. Entretanto, acredita-se que o</p><p>apinhamento tardio dos incisivos esteja mais</p><p>relacioando com crescimento mandibular e redução</p><p>do perímetro do arco, do que com a erupção dos</p><p>terceiros molares, sendo assim a remoção profilática</p><p>provavelmente não resolveria esse problemas;</p><p>- Nota-se mais apinhamento nos homens, devido ao</p><p>fato de que o desenvolvimento mandibular é maior</p><p>nessa época.</p><p>Escolha de remover ou não os terceiros molares:</p><p>- Deve avaliar se está em boca, bem posicionado, em</p><p>oclusão e o paciente consegue higienizar (neste caso,</p><p>não é necessário remover);</p><p>- Os ortodontistas pede para tirar quando é necessário</p><p>jogar o dente para trás e precisa do espaço do</p><p>terceiro molar para aquilo.</p>

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