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<p>AURICULOTERAPIA</p><p>AULA 3</p><p>Profª Carla Mayumi Matsue</p><p>2</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Você deve estar se perguntando quando vamos ter conhecimento</p><p>suficiente para abordarmos a parte prática de nossa área. Como sempre</p><p>dizemos, não seja impaciente como alguns clientes! Ainda temos muitos temas</p><p>para abordar até abrangermos o atendimento. Nesta aula, vamos comentar os</p><p>possíveis estímulos que podemos utilizar na auriculoterapia. Boa aula!</p><p>TEMA 1 – MASSAGEM</p><p>A massagem no pavilhão auricular é uma prática de fácil aprendizado e</p><p>aplicação, que pode ser aplicada para melhorar a circulação sanguínea e</p><p>proporcionar um equilíbrio geral ou em pontos específicos. Essa massagem é</p><p>fundamental para empregarmos a técnica de sangria. Seus movimentos devem</p><p>ser realizados com a pressão dos dedos polegar e indicador, a partir do lóbulo,</p><p>em direção ao ápice da orelha, bilateralmente e com cuidado em relação aos</p><p>movimentos de fricção, que podem causar uma laceração da pele.</p><p>A massagem deve durar até o paciente atingir a hiperemia, que é</p><p>quando ele relata que a temperatura de sua orelha aumentou, ou o nível de dor</p><p>de alguns pontos ter diminuído. Durante a aplicação dessa técnica, pode-se</p><p>incrementar a interação com o paciente para se complementar a anamnese ou</p><p>confirmar um diagnóstico. Ela consiste em uma técnica de autocuidado e</p><p>funciona como ação preventiva de doenças futuras.</p><p>TEMA 2 – AGULHAS</p><p>As agulhas utilizadas nas aurículas são mais finas e menores,</p><p>geralmente de 18 mm por 8 mm, o que torna o procedimento mais confortável e</p><p>seguro para o paciente, reduzindo o risco de sangramento e de lesões na</p><p>cartilagem. O tempo de permanência das agulhas nas aurículas deve ser de 20</p><p>a 30 minutos, após o qual as agulhas devem ser retiradas de forma lenta. Caso</p><p>haja uma resistência a isso, é possível realizar alguns giros, em ambos os</p><p>lados, para soltar as agulhas e evitar sangramento, laceração ou excesso de</p><p>dor.</p><p>3</p><p>2.1 Agulhas sistêmicas</p><p>As agulhas sistêmicas são as mais utilizadas na auriculoterapia, sendo</p><p>manipuladas até a obtenção do de qi (forte estímulo), maior vantagem dessa</p><p>técnica. Normalmente, não se recomenda o uso de mais de cinco agulhas por</p><p>orelha. Alguns profissionais priorizam o emprego de uma menor quantidade de</p><p>pontos, alegando que o efeito terapêutico disso é maior. Outra possibilidade</p><p>para obter efeitos terapêuticos é a inclinação e direcionamento na colocação</p><p>das agulhas. As agulhas sistêmicas permitem o uso de mais de uma agulha em</p><p>um único ponto ou de uma mesma agulha para o estímulo de diversos pontos.</p><p>Dessa forma, os seus efeitos podem ser combinados.</p><p>Figura 1 – Uso de agulhas sistêmicas</p><p>Crédito: Carla Mayumi Matsue.</p><p>2.2 Agulhas de pressão</p><p>Agulhas de pressão consistem em agulhas intradérmicas, também</p><p>conhecidas como percevejos, utilizadas para que o estímulo se mantenha</p><p>enquanto estiverem fixadas. Por muitos anos, esse foi o estímulo mais usado,</p><p>mas hoje, com o desenvolvimento de outras técnicas, isso deixou de acontecer,</p><p>pois essas agulhas podem ocasionar lesões na cartilagem das orelhas e, com</p><p>isso, pericondrite.</p><p>4</p><p>Quando o profissional opta por esse recurso, não deve aplicar muitas</p><p>agulhas, tampouco deixá-las muitos dias no paciente (no máximo, sete dias),</p><p>principalmente se o clima estiver muito úmido e quente, quando aumenta o</p><p>risco de inflamação. Em casos de doenças agudas, uma agulha no ponto</p><p>específico pode ser o suficiente; nos casos crônicos, há necessidade de</p><p>combinação de mais pontos. É recomendado ao paciente que pressione a</p><p>agulha sempre que possível, para manter o nível do estímulo e evitar ao</p><p>máximo o contato das agulhas com a umidade. A retirada das agulhas deve ser</p><p>feita pelo profissional, no consultório, e recomenda-se um período de</p><p>descanso, com alternância das orelhas para se diminuir o desconforto e o risco</p><p>de infecção na orelha.</p><p>2.3 Agulhas dérmicas</p><p>Também chamadas de agulhas cutâneas, são muito usadas para</p><p>estimular uma área maior ou gerar efeitos dispersantes e no tratamento de</p><p>situações características de síndrome de calor. A aplicação dessa técnica é</p><p>realizada com um martelo de cinco ou seis pontas ou com uma adaptação</p><p>prática que segura algumas agulhas sistêmicas juntas, a uma pequena</p><p>distância, para tocar rapidamente a área da orelha do paciente.</p><p>TEMA 3 – SANGRIA</p><p>A sangria é realizada em função de cada ponto auricular:</p><p>• Sangria no ápice da orelha: apresenta sete funções fundamentais:</p><p>antipirética, anti-inflamatória, sedativa, hipotensora, antialérgica,</p><p>calmante da mente e clareadora da visão. É usada em tratamentos de</p><p>febre alta, processos inflamatórios, alergias, hipertensão, cefaleia, perda</p><p>de consciência, amnésia e diversas enfermidades.</p><p>• Sangria no ápice do trago: serve para tratamento de doenças</p><p>inflamatórias agudas e crônicas.</p><p>• Sangria no ponto yang do fígado: usada para combater tonturas,</p><p>vertigens, visão turva.</p><p>• Sangria no dorso da orelha: trata doenças dermatológicas, inflamação</p><p>de garganta e doenças respiratórias.</p><p>5</p><p>• Sangria no sulco hipotensor: administrada contra cefaleias, tonturas e</p><p>hipertensão.</p><p>Portanto, a sangria é um método para eliminar calor e ativar a circulação</p><p>de qi e xue, pois libera as estagnações e acalma a dor, conforme os</p><p>fundamentos da medicina tradicional chinesa (MTC). Nesse procedimento,</p><p>retira-se em média de três a cinco gotas de sangue de cada ponto auricular.</p><p>Recomenda-se o uso prévio de massagem auricular para aumentar a</p><p>circulação e potencializar os efeitos da sangria.</p><p>Na rotina, a sangria é empregada antes da aplicação de outras técnicas.</p><p>O ponto mais utilizado nela é o ápice da orelha, pois é onde há o encontro da</p><p>artéria e veia posterior com a temporal superficial. Por isso, a sangria, nesse</p><p>ponto, tem repercussão em todo o sistema auricular, beneficiando todas as</p><p>regiões auriculares. Ela é muito indicada para o tratamento de doenças</p><p>alérgicas, doenças inflamatórias, dores em geral, doenças do sistema nervoso</p><p>e hipertensão. De acordo com a gravidade da doença, o número de gotas de</p><p>sangue retiradas pode ser maior.</p><p>Assim como outras técnicas, a sangria demanda alguns cuidados para a</p><p>segurança do profissional, que deve usar todos os equipamentos de proteção</p><p>individual (EPIs) – touca, óculos, máscara, jaleco e luvas; realizar uma</p><p>anamnese que aborde uso de substâncias entorpecentes, presença de</p><p>doenças infectocontagiosas e medicamentos utilizados pelo paciente; deixar o</p><p>material preparado para aplicação da técnica (álcool, algodão, lanceta,</p><p>curativo, caixa para descarte). Depois da massagem para melhorar a</p><p>circulação sanguínea, o profissional deve realizar a contenção do local a ser</p><p>sangrado, criando uma área isquêmica que minimiza a dor da picada da</p><p>lanceta. Em caso de sangramento excessivo ou de criação de um edema, ele</p><p>deve fazer uma contenção com algodão e pressão manual até estancar o</p><p>sangramento, pois, caso não o faça, é possível o aparecimento de um</p><p>hematoma. No final da sessão, deve-se observar como está a região atingida</p><p>para se optar por algum estímulo ou curativo.</p><p>As principais contraindicações da sangria são: hipotensão, hemofilia, uso</p><p>de antiplaquetário, diabetes mellitus descompensada, doenças</p><p>infectocontagiosas, debilidade e durante o ciclo menstrual, principalmente</p><p>quando a mulher já tiver perda excessiva de sangue. Essas não são</p><p>contraindicações absolutas, mas situações em que deve ser avaliada a relação</p><p>6</p><p>risco-benefício da técnica, dando-se preferência, em caso de efetivação da</p><p>técnica, por se retirar a menor quantidade de sangue possível.</p><p>Figura 2 – Instrumentos para realizar sangria</p><p>Crédito: Carla Mayumi Matsue.</p><p>Figura 3 – Sangria</p><p>Crédito: Carla Mayumi Matsue.</p><p>TEMA 4 – MOXABUSTÃO</p><p>A técnica de moxabustão é muito usada para estimular os pontos</p><p>sistêmicos, inclusive os pontos auriculares,</p><p>mas, como o pavilhão auricular é</p><p>menor, deve ser adaptado com o uso de pequenos cones de lã de moxa, moxa</p><p>em bastão, moxa em palito ou um pedaço da planta seca. Todas as técnicas</p><p>necessitam de muita atenção do profissional, para que não ocorra uma</p><p>queimadura.</p><p>7</p><p>Figura 4 – Moxa</p><p>Crédito: Carla Mayumi Matsue.</p><p>Figura 5 – Aplicação de moxabustão</p><p>Crédito: Carla Mayumi Matsue.</p><p>TEMA 5 – LASER</p><p>A palavra laser foi criada por Einstein em 1916, sendo um acrônimo com</p><p>origem na língua inglesa: light amplification by stimulated emission of radiation,</p><p>cuja tradução seria “amplificação de luz por emissão estimulada de radiação”.</p><p>Essa radiação é eletromagnética e não ionizante, sendo um tipo de fonte</p><p>luminosa com características bastante específicas. O laser empreende cinco</p><p>ações básicas: ação térmica, ação fotoquímica, ação eletromagnética, ação</p><p>fotoablativa, ação multifônica.</p><p>8</p><p>Nas aurículas, o laser é utilizado como instrumento de estimulação de</p><p>baixa intensidade, diretamente sobre os acupontos, em forma de irradiação a</p><p>laser do tipo não térmica. Desde os anos 1960, os fins terapêuticos do uso do</p><p>laser em diferentes tecidos vêm sendo estudados para gerar efeitos</p><p>regenerativos, anti-inflamatórios e analgésicos, porque esse estímulo aumenta</p><p>a circulação sanguínea, melhora a oxigenação, estimula a proliferação celular e</p><p>a síntese de colágeno.</p><p>Como o laser é um equipamento que age por regulação, fatores de</p><p>irradiância, fluência, intermitência e o número de sessões influem na obtenção</p><p>dos resultados. O laser já é parte da rotina de diversos consultórios, em muitos</p><p>países, porque se trata de um equipamento de baixo custo, simples de ser</p><p>manuseado para produzir um estímulo complementar na sessão de acupuntura</p><p>sistêmica ou até substituir completamente o uso das agulhas. Outros benefícios</p><p>são a impossibilidade de sangramento e, assim, de contaminação, a sua</p><p>facilidade de uso em pacientes pediátricos, geriátricos, psiquiátricos e em</p><p>pessoas com fobia a agulhas. Há ainda o seu benefício ambiental, porque ele</p><p>não gera lixo tóxico nem perfurocortante.</p><p>Apesar de muitos profissionais já utilizarem esse recurso eletrônico com</p><p>um bom desempenho clínico, é necessário continuar as pesquisas para se</p><p>evidenciar os seus resultados em cada caso clínico e se tentar uma</p><p>padronização dos parâmetros de irradiação (número de sessões, comprimento</p><p>de onda, fluência, irradiância), para que todos os profissionais possam alcançar</p><p>os mesmos resultados com seu emprego.</p><p>Figura 6 – Aplicação de laser</p><p>Crédito: Carla Mayumi Matsue.</p><p>9</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Na prática, o estímulo de massagem é utilizado no início de todas as</p><p>sessões para fazer um diagnóstico, melhorar a circulação sanguínea e o fluxo</p><p>do de qi. Após a massagem, é necessário refazer a assepsia com algodão e</p><p>álcool 70% e aplicar as agulhas sistêmicas, que são retiradas do paciente após</p><p>alguns minutos. Durante a sessão, é possível acrescentar outros estímulos.</p><p>Tudo fica a critério do acupuntor.</p><p>Figura 7 – Os órgãos e as emoções</p><p>Crédito: Carla Mayumi Matsue.</p><p>10</p><p>FINALIZANDO</p><p>Nesta aula, apresentamos algumas técnicas de estímulos que podem</p><p>ser aplicadas na auriculoacupuntura. Procure mais informações a respeito,</p><p>realize cursos com profissionais que trabalham com cada técnica para que</p><p>você possa escolher qual é a melhor técnica para o seu desenvolvimento.</p><p>Mantenha todas essas informações registradas em forma de um histórico</p><p>profissional, como garantia de segurança para o paciente ou subsídio para a</p><p>publicação de um artigo.</p>

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