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<p>SEMIOLOGIA VETERINÁRIA</p><p>→ ana (trazer de volta)</p><p>→ mnesis (memória)</p><p>= conjunto de informações sobre fatos de interesse passados e/ou atuais. NORTEIAM O</p><p>DIAGNÓSTICO!</p><p>→ Organização</p><p>→ Queixa principal</p><p>→ Importância</p><p>→ Como? Onde? Quando? NÃO! - Porque?</p><p>→ Evitar o uso de termos técnicos - considerar o grau de escolaridade do tutor/</p><p>proprietário.</p><p>Obs.: Sentimento de culpa!</p><p>-tímido, falante e frustrado.</p><p>→ Fases:</p><p>→ Inspeção;</p><p>→ Auscultação;</p><p>→ Palpação;</p><p>→ Percussão;</p><p>→ Olfação;</p><p>→ Sintoma também de origem grega SINTEÉN: acontecimento</p><p>→ Sinal - avaliação que o clínico observa o sintoma apresentado.</p><p>Observação: fungos apresentam padrões com lesões circulares!</p><p>Anamnese:</p><p>1. Patológica</p><p>2. Fisiológica</p><p>3. Preventiva</p><p>Semiologia - vem do grego SEMEION - sinais e sintomas; LOGOS - ciência/estudo.</p><p>Conceitos gerais:</p><p>Plano geral do exame físico:</p><p>→ A contenção do animal tem como finalidade principal restringir, na tentativa de se</p><p>realizar a avaliação ou a execução de outros procedimentos.</p><p>→ Contenção Física : mais comum, uso de estruturas mais simples; má execução -</p><p>acidentes com os animais e com o profissional;</p><p>→ Contenção química: se utiliza sedativos, tranquilizantes e anestésicos; realizado</p><p>exclusivamente pelo médico veterinário; venda apenas com receituário; critérios - idade</p><p>do animal, tamanho, peso, estado de saúde e nutricional, ou o uso de outros métodos.</p><p>→ Contenção de Caprinos e ovinos: procurar capturar o membro pélvico, procurando ter o</p><p>máximo de cuidado para não ocasionar luxações ou fraturar o animal. Montar sobre o</p><p>animal e imobilizá-lo, segurando pelos chifres. É possível procurar conter o animal</p><p>segurando até mesmo pela “barba”, e se for o caso, também pelas orelhas.</p><p>Obs.: Posição de estação = posição quadrupedal; sentido do exame: crânio-caudal;</p><p>coloração das mucosas normal - rósea</p><p>→ Contenção de equinos: Mais arredios - contenção por meios como o cachimbo, mão de</p><p>amigo e pé de amigo, travões e o método antigo.</p><p>→ Cachimbo - instrumento eficiente - colocação no lábio inferior ou superior com a</p><p>realização de uma torção, induzirá o animal a sentir uma dor considerável, que o</p><p>obrigará a manter quieto.</p><p>→ Mão de amigo e/ou pé de amigo - suspensão de um dos membros, anterior(mão de</p><p>amigo) ou posterior (pé de amigo), tirando o apoio do animal e induzindo-o à ficar</p><p>contido.</p><p>→ Derrubada - método dos travões - utiliza-se travões, argolas, um conjunto de quatro</p><p>correias de tamanho de largura uniforme e geralmente de couro cru, grossas e</p><p>resistentes. Em uma das extremidades coloca-se uma forte fivela fixa que prende a</p><p>caneleira no membro. Tem o objetivo de unir as caneleiras, provocando o desequilíbrio</p><p>do animal. Uso de cordas resistentes, e de aproximadamente dez metros.</p><p>→ Derrubada - método antigo - fácil execução, no meio de uma corda de 10m de</p><p>comprimento, arma-se um anel que fica colocado na base do pescoço, onde as</p><p>extremidades desta corda se cruzam sobre o pescoço, passam de volta por dentro do</p><p>anel e dirigem-se para trás, contornando as quartelas posteriores. As pontas são</p><p>trazidas e puxadas diretamente para trás e/ou passam novamente pelo anel do pescoço</p><p>e são direcionadas p/ trás. Nesta manobra, o animal vem ao solo.</p><p>1. Identificação</p><p>2. Anamnese</p><p>3. Exame físico - geral e específico</p><p>4. Exames complementares</p><p>5. Diagnóstico</p><p>6. Tratamento</p><p>Contenção de animais domésticos:</p><p>→ Contenção de suínos: Para os suínos, recomenda-se utilizar o “cachimbo com haste de</p><p>ferro” para os animais alojados em baia. Nas gaiolas de gestação e de maternidade,</p><p>deve-se utilizar o “cachimbo de corda”, por ser mais flexível.</p><p>→ Contenção de Bovinos : método da “peia” - é uma técnica que consiste em amarrar os</p><p>membros pélvicos do animal com uma corda ou uma peia metálica. É muito utilizada</p><p>na ordenha, a técnica é feita contornando os membros acima do joelho com uma volta</p><p>simples e uma volta cruzada em forma de oito.</p><p>→ Derrubamento - método de rueff -é um método que consiste em fazer laçadas com</p><p>uma corda no pescoço e no tórax do animal:</p><p>> Em vacas leiteiras pode causar traumatismo no úbere.</p><p>→ Método Almeida Barros: consiste em manter a cabeça do animal fixada com cabresto,</p><p>e com uma corda argolada de 6m e realizar uma laçada no tórax.</p><p>→ Contenção de cães:</p><p>> colar elizabetano;</p><p>> Focinheira;</p><p>-> Contenção de gatos:</p><p>> Focinheira;</p><p>> Casulo de Contenção;</p><p>> Colar elizabetano;</p><p>> Gaiola de contenção;</p><p>+ Plano Geral de Exame Físico:</p><p>Anamnese → Exame físico - posição de estação e sentido crânio-caudal → Inspeção do</p><p>animal → Funções vitais : Mov. respiratório; Batimento Cardíaco; temperatura corporal;</p><p>movimento ruminal (ruminantes) ou movimento Ceco (equinos) → Exame dos linfonodos,</p><p>mucosas e turgor cutâneo; coloração normal das mucosas -rósea.</p><p>Exame Físico Geral:</p><p>→ Exames por sistemas x Exames por partes do corpo:</p><p>-Respiratório; - Região Craniana</p><p>-Cardio-circulatório - Região cervical</p><p>-Digestivo; - Região torácica</p><p>-Genito-urinário - Região abdominal</p><p>-Glândula mamária</p><p>-Locomotor</p><p>-Nervoso</p><p>→ Cloridrato de Xilazina:</p><p>Pré anestésica alfa-2-agonista</p><p>Induz rapidamente a sedação, analgesia e apresenta efeitos nocivos como a</p><p>bradicardia e a hipotensão.</p><p>→ Inspeção - Funções vitais: movimento respiratório; frequência respiratória; amplitude</p><p>do movimento; tipo de respiração - relação expiração/inspiração;</p><p>→ Batimento cardíaco (auscultação): inspeção - difícil/pouca informação; Palpação :</p><p>choque de ponta; frequência; frêmitos (vibração); Pulsação; Auscultação: Frequência,</p><p>frêmitos (possível); qualidade dos ruídos (arritmias, desdobramentos de bulhas, reforço</p><p>de bulhas, sopros cardíacos, ruídos associados ao pericárdio).</p><p>Bulhas - são sons gerados pelo impacto do sangue nas estruturas cardíacas e em</p><p>grandes vasos.</p><p>ex.: em bovinos:</p><p>Classificação Turgor cutâneo (seg) TPC (em segundos)</p><p>Exame físico geral ou de rotina</p><p>1. Postura e comportamento: pode estar em estação ou em decúbito, e o</p><p>comportamento pode ser ativo, alerta, calmo, apático, agressivo...</p><p>2. Frequência cardíaca: pode ser avaliada por estetoscópio, pulsação da artéria digital</p><p>do pulso, artéria femoral e carótida (pescoço).</p><p>3. Frequência respiratória: pode ser avaliada por auscultação, avalia o movimento</p><p>costoabdominal, movimento da narina ou traqueia. Cavalos tem restrição nasal</p><p>para respiração, não oxigena pela boca.</p><p>4. Temperatura Corporal: avaliar pelo termômetro no reto.</p><p>5. Grau de hidratação: grau de umidade da mucosa, turgor cutâneo, Tempo de</p><p>preenchimento capilar.</p><p>Normal < 2 segundos < 1 segundo</p><p>leve (desidratado) 2 a 3 segundos 1 a 2 segundos</p><p>moderada (desidratado) 3 a 5 segundos 2 a 4 segundos</p><p>grave (desidratado) > 5 segundos > 4 segundos</p><p>→ causas da desidratação: sudorese excessiva, diarréia, vômito, ingestão inadequada de</p><p>água.</p><p>6.Coloração da mucosa: avalia a mucosa oral (gengival e labial), ocular (pálpebra</p><p>superior, inferior e bulbar), vulvar, prepucial, anal. Pode ser normocorada (Rósea), pálida</p><p>(esbranquiçada), congesta (avermelhado), icterícia (amarelada), cianótica (roxa).</p><p>7.Escore Corporal: ex.: em bovinos</p><p>8.Ausculta do TGI: Faz-se a escuta direta ou com estetoscópio.</p><p>9.Palpação: pode ser feita por dígito-pressão, punho pressão, vitopressão (manobra que</p><p>consiste na pressão de uma lâmina de vidro, contra alguma lesão cutânea. O intuito é</p><p>verificar se a lesão é vascular ou não).</p><p>10.Exame dos linfonodos: consistência; tamanho; sensibilidade; temperatura; mobilidade.</p><p>→ alterações no apetite: aumento - polifagia - pode ser fisiológico ou patológico como</p><p>nos casos de parasitismo</p><p>ou diabetes.</p><p>Diminuído - inapetência, pode ocorrer por lesões orais e faríngeas, enfermidades tóxicas,</p><p>dolorosas e febris.</p><p>Pervertido - ocorre em casos de osteofagia ( geralmente é pela deficiência nutricional de</p><p>fósforo e cálcio e pode causar botulismo), infantofagia (comer a prole), fitofagia (nutre</p><p>de vegetais) , pilofagia (ingestão excessiva), pterofagia (ingerir as próprias penas,</p><p>comum em aves), xilofagia (ingestão de madeira), geofagia, aerofagia e coprofagia.</p><p>Ingestão de água: pode ocorrer normodipsia, polidíssima, hipodipsia ou adipsia.</p><p>→ Aparelho digestório dos ruminantes:</p><p>boca → rúmen → retículo → boca → omaso → abomaso(estômago glandular) → intestino.</p><p>→ Anamnese: deve-se observar: estágio de prenhez - lactação; Período pós-parto;</p><p>natureza da alimentação; velocidade de início e natureza da doença; evidências de dor</p><p>abdominal; natureza e volume das fezes; apetite, ingestão de alimentos, apreensão,</p><p>mastigação, deglutição, sede...</p><p>> Quanto mais o animal come, menos ele rumina e a ruminação/salivação é importante</p><p>para a manutenção da microbiota. As bactérias crescem/diminuem de acordo com a</p><p>oferta de nutrientes. Ademais, a saliva tampona o rúmen, aumenta o PH do mesmo</p><p>pela presença de bicarbonato.</p><p>> Ruminação: 7 horas; Eructação: 600l/dia; Saliva: 200l/dia; excesso de produção de</p><p>saliva - ptialismo; quando escorre saliva - sialorréia.</p><p>→ Respiração - odor: pode estar normal, amoniacal, fétido, pútrido. Na língua pode-se</p><p>apresentar actinobacilose, úlcera, copos estranhos.</p><p>Semiologia do sistema digestório:</p><p>→ Defecação - deve-se avaliar a quantidade, consistência, odor e/ou presença de</p><p>misturas anormais. Avalia-se o formato, umidade, coloração, tamanho, muco, tipo do</p><p>alimento, trânsito, diarréia, odor.</p><p>> Fezes ressecadas (pasto seco sem suplementação);</p><p>> Fezes úmidas com leve “impressão”. Animais em pasto verde →IDEAL</p><p>> Fezes amolecidas sem “impressões” das contrações intestinais.</p><p>> Fezes semi líquidas.</p><p>→ Esôfago: na região cervical pode ser avaliado através da palpação, já o esôfago na</p><p>região torácica deve ser avaliado com sonda, endoscopia e/ou raio x.</p><p>→ Paralombar: deve-se fazer a inspeção da fossa paralombar, o normal apresenta-se</p><p>uma ligeira depressão. Lado esquerdo (ruminante) tem um aumento normal pela</p><p>presença do rúmen, porém, pode ocorrer por presença de ar (timpanismo - 5 graus)</p><p>Na palpação deve-se avaliar a tensão, podendo ser:</p><p>tensão elástica → timpanismos</p><p>baixa flutuação e consistência pétrea → geosedimento (tensão firme)</p><p>alta flutuação causada por acidose ruminal (ph abaixo de 5), indigestão vagal(</p><p>alteração na motilidade). Acidose ruminal geralmente causada pela ingestão de</p><p>grandes quantidades de alimento ricos em carboidratos e fermentáveis.</p><p>Ph normal do rúmen varia entre 6,2 e 7,2.</p><p>→ Na auscultação, o normal tem-se sons em cascata (crescente e decrescente). O</p><p>número de contrações são de 2-3 em 2 minutos. Pode-se ter hipermotilidade,</p><p>hipomotilidade e atonia (perda de tônus).</p><p>→ Na percussão, pode-se estar:</p><p>> Normal: parte superior com som timpânico e as demais camadas com som maciço.</p><p>> Timpanismo gasoso: parte superior do rúmen com som sub-timpânico.</p><p>> Timpanismo espumoso: todo o rúmen com som sub-timpânico.</p><p>→ Exames - Provas de dor</p><p>> Prova do bastão: passa por debaixo do peito do bovino (sob a região xifóide) com 2</p><p>assistentes (um em cada extremidade) e traciona ela pra cima. Se o animal reagir o</p><p>mesmo estará apresentando dor.</p><p>> Percussão dolorosa: é realizada com mão fechada ou martelo, dê batidas leves perto</p><p>do coração. Deve-se evitar as costelas e veia epigástrica caudal pois pode causar</p><p>hematomas.</p><p>> Planos inclinados: Bovino com reticulite traumática reluta em percorre uma descida</p><p>fazendo-a vagarosamente já que o corpo estranho penetra mais profundamente na</p><p>mucosa reticular, em virtude da grande compressão de órgãos abdominais mais</p><p>pesados com rúmen e retículo. Com isso o animal mostra grande alívio na subida pelo</p><p>efeito inverso que a postura promoverá sobre o corpo estranho.</p><p>→ Halitose - cheiro anormal ou desagradável no hálito;</p><p>→ Disfagia - dificuldade de deglutição;</p><p>→ Odinofagia - deglutição dolorosa;</p><p>→ Regurgitação - movimento passivo e retrógrado de material ingerido;</p><p>→ Vômito - ejeção ativa de conteúdo gástrico e, ocasionalmente, intestinal, pela boca.</p><p>→ Apetite seletivo ou caprichoso - interesse ou ingestão de alimentos com alta</p><p>palatabilidade;</p><p>→ Apetite pervertido - hábito de ingerir material não alimentício;</p><p>→ Inapetência - interesse imparcial ou diminuído pelo alimento;</p><p>→ Coprofagia - hábito de ingerir fezes;</p><p>→ Anorexia - desinteresse total pelo alimento;</p><p>→ Diarreia - aumento anormal de frequência, fluidez ou volume de fezes.</p><p>→ Hematêmese - presença de sangue no vômito;</p><p>→ Melena - presença de sangue nas fezes;</p><p>→ Hematoquezia - presença de sangue vivo na superfície das fezes;</p><p>→ Disquezia - dor ao defecar;</p><p>→ Constipação - retenção fecal;</p><p>→ Obstipação - retenção fecal grave, intratável clinicamente;</p><p>→ Tenesmo - dificuldade ou ineficácia para defecar ou urinar;</p><p>→ Icterícia - coloração amarelada nas mucosas ou na esclera em razão da deposição de</p><p>pigmentos biliares.</p><p>→ Intussuscepção - quando um segmento intestinal engloba outro segmento.</p><p>→ Vólvulos - obstrução causada por torção ou nó do trato gastrointestinal.</p><p>Termos semiológicos gerais</p><p>→ Inspeção na cavidade oral:</p><p>> Lábios, estendendo-se até a entrada da faringe. Palato duro x mole; Língua e o espaço</p><p>sublingual; bochechas, os dentes, os ossos e a musculatura da mandíbula;</p><p>→ Principais sinais de comprometimento da cavidade oral e faringe:</p><p>→ Inspeção:</p><p>> Hálito - normal, odor ácido ou azedo (má digestão); urêmico (doença renal); pútrido</p><p>(resíduos de alimentos, cáries, gastrite); odor de maça verde (cetoacidose).</p><p>> Mucosa oral - coloração, umidade, presença de lesões, corpos estranhos, massas.</p><p>> Gengivas - inflamação, ulceração, corpos estranhos ou massas.</p><p>> Dentes - posicionamento, oclusão, coloração, qualidade do esmalte, presença de</p><p>fraturas ou cálculos (tártaros).</p><p>> Língua - mobilidade, consistência, presença de lesões, massas, corpos estranhos na</p><p>base da língua.</p><p>>Palato duro ou mole - presença de lesões, corpos estranhos, palato mole</p><p>excessivamente longo, fissura.</p><p>> Faringe e tonsilas - inflamação, secreção purulenta, massas, corpos estranhos,</p><p>simetria.</p><p>→ Principais indícios de envolvimento do S.R.:</p><p>> Intolerância ao exercício (fornecimento inadequado de O2 - equinos);</p><p>> Ruídos respiratórios anormais (obstruções).</p><p>> Corrimento nasal (infecção, neoplasias, hemorragias).</p><p>> Dispnéias (inspiração e/ou expiração).</p><p>> Febre</p><p>1. Ptialismo(hipersalivação) ou sialorréia;</p><p>2. Halitose;</p><p>3. Hemorragia oral</p><p>4. Disfagia</p><p>5. Odinofagia</p><p>6. Engasgos</p><p>7. Dificuldade de preensão</p><p>8. Dificuldade de abertura e fechamento da mandíbula</p><p>9. Descarga Nasal.</p><p>Semiologia do sistema respiratório:</p><p>→ Inspeção:</p><p>>Observação dos animais e seu padrão de respiração - posicionamento oblíquo, de</p><p>preferência na parte posterior ou na dianteira do animal.</p><p>> Cães e gatos, a observação de cima para baixo.</p><p>→ Avaliação da Frequência Respiratória:</p><p>> Taquipnéia x bradipnéia x apnéia</p><p>> Atividade respiratória:</p><p>+Normal (eupnéia) ou dificultosa (dispneia) - movimento inspiratório é ativo e mais</p><p>rápido que o expiratório.</p><p>> Classificação da dispnéia:</p><p>+ Inspiração: alterações nas vias aéreas anteriores - estenoses, corpos estranhos ou</p><p>inflamações, que diminuam o lúmen das vias aéreas.</p><p>+ Expiração: Se relaciona a processos que diminuam a elasticidade de retorno pulmonar</p><p>ou que provoquem obstruções das pequenas vias aéreas. Dificultando a saída de ar -</p><p>enfisema pulmonar, bronquiolites.</p><p>+Mistas - combinação de condições</p><p>→ Mecanismos compensatórios do Pulmão:</p><p>> Aumentando a frequência (taquipnéia)</p><p>> Amplitude (hiperpnéia)</p><p>→ Tipo respiratório normal - padrão costoabdominal - observa- se no cão um predomínio</p><p>costa e, no equino e no bovino um predomínio abdominal.</p><p>>Alterações:</p><p>+ Costal ou torácica - caracterizada por pronunciada movimentação</p><p>das costelas e</p><p>ocorre por respiração dificultada e afecções abdominais dolorosas, gestação e gases.</p><p>+ Abdominal - caracterizada por maior movimentação do abdome e ocorre por dores no</p><p>tórax e arreio mal colocado.</p><p>→ Inspeção nasal - observar alterações do espelho nasal, também chamado de muflo.</p><p>> Ressecamento - febre, desidratações ou hipovolemias, erosões, pólipos nasais,</p><p>modificações de coloração, alterações na respiração, corrimento nasal.</p><p>> Classificando como seroso, mucoso, purulento e hemorrágico ou suas combinações.</p><p>> Ganha significado clínico quando se apresenta em excesso.</p><p>→ A posição ortopnéica demonstra que o quadro do animal é grave. Ocorre quando o</p><p>animal está com dificuldade de respirar, então ele alonga o pescoço, levanta a cabeça</p><p>para endireitar a traqueia e abre os cotovelos para minimizar a compressão.</p><p>→ A conformação da face também deve ser avaliada no exame específico.</p><p>→ Hiperpnéia - aumento da amplitude respiratória.</p><p>→ Respiração de Cheyne-Stokes - respiração com hiperpneia e apneia alternada.</p><p>→ Respiração de Biot - respiração irregular com períodos de apneia.</p><p>→ Respiração de Kussmaul - movimentos respiratórios lentos.</p><p>→ Tosse:</p><p>> Tosse seca e constante - alteração inflamatória nas vias aéreas superiores.</p><p>> Tosse úmida - aumento de exsudato broncopulmonar.</p><p>→ Reflexo de tosse:</p><p>> Esternutação - espirros</p><p>> Palpação dos seios paranasais;</p><p>> Inspeção da cavidade oral;</p><p>> Palpação da cadeia linfática;</p><p>> Palpação dos anéis traqueais;</p><p>> Palpação do tórax - mão espalmada e com as pontas dos dedos apoiadas no espaços</p><p>intercostais.</p><p>→ Percussão do tórax:</p><p>> Sons submaciços ou maciços - indicam preenchimento do parênquima pulmonar por</p><p>tecidos sólidos ou, pelo menos, diminuam a quantidade de ar no órgão.</p><p>> Som timpânico - indicam maior preenchimento do pulmão por ar e podem se</p><p>relacionar a enfisema pulmonar ou pneumotórax.</p><p>> Animal em posição quadrupedal (estação);</p><p>→ Auscultação:</p><p>> Deve-se auscultar as vias aéreas superiores e a região torácica separadamente.</p><p>> Cuidado com as interferências - Trato respiratório x TGI.</p><p>> Limites do pulmão:</p><p>linha bovino equino carnívoros</p><p>Ilíaca 11° E.I.C 16° E.I.C. 11° E.I.C.</p><p>Isquiática --------- 14° E.I.C. 10° E.I.C.</p><p>Escápulo-humeral 8° E.I.C. 10° E.I.C. 8° E.I.C.</p><p>Ventral 5° E.I.C. 6° E.I.C. 6° E.I.C.</p><p>→ Realizada em posição quadrupedal e em repouso.</p><p>→ Uso do estetoscópio:</p><p>Craniocaudalmente</p><p>Dorsoventralmente</p><p>→ Auscultar em cada local, no mínimo, dois movimentos respiratórios.</p><p>→ Manobras que intensifiquem/exacerbam os sons respiratórios</p><p>→ Ruídos Normais - produzidos pela turbulência do fluxo de ar nas vias aéreas com</p><p>diâmetro superior a 2mm, podendo variar na qualidade, dependendo da localização do</p><p>estetoscópio, da velocidade do ar durante a respiração e da quantidade de tecido sobre</p><p>a área avaliada.</p><p>→ Ruídos laringotraqueal - provocado pela vibração das paredes da laringe e da</p><p>traqueia, sendo ouvido sobre a região da traqueia cervical, no momento da passagem</p><p>do ar.</p><p>→ Ruído traqueobrônquico - antigamente chamado de ruído bronquial, percebido na</p><p>área torácica e produzido pela passagem de ar pelos grandes brônquios e porção final</p><p>da traqueia, com vibração de suas paredes. Ruído rude, ouvido no terço anterior do</p><p>tórax, tanto na inspiração quanto na expiração.</p><p>→ Ruído bronco-broquiolar - produzido pelas vibrações das paredes de brônquios</p><p>menores e bronquíolos. Ruído suave - ouvido nos dois terços posteriores do tórax,</p><p>durante a inspiração.</p><p>→ Sons Patológicos:</p><p>>Crepitação Grossa:</p><p>+ Aumento de líquido no interior dos brônquios</p><p>+ Sonoridade se assemelha ao de estourar bolhas;</p><p>> Crepitação fina:</p><p>+ Ruído semelhante ao esfregar de cabelos.</p><p>+ Ruído produzido durante o deslocamento das paredes das pequenas vias aéreas</p><p>preenchidas por líquido ou muco em excesso.</p><p>> Inspiração interrompida:</p><p>+ Como se fosse o soluçar de uma criança;</p><p>+ Indicação de obstrução sequencial aos brônquios.</p><p>> Sibilo:</p><p>+ Manifestação sonora aguda, que se assemelha a um chiado ou assovio.</p><p>+ Estreitamento das vias aéreas causado por deposição de secreção aderida.</p><p>> Rocepleural:</p><p>+ Ruído provocado pelo atrito das pleuras visceral e parietal inflamadas.</p><p>+ Ruído se assemelha ao esfregar de 2 folhas de papel.</p><p>> Cardiopleural:</p><p>+ Ruído rude, semelhante ao raspar 2 superfícies ásperas.</p><p>+ Atrito da pleura sobre o pericárdio.</p><p>> Cardiopulmonar:</p><p>+ Ruído suave, semelhante ao soprar com os lábios apertados.</p>