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<p>ENSINO NATURALÍSTICO (NET)</p><p>Prof@ Msc. Giedra Marinho</p><p>Definição e fundamentos do ensino naturalístico</p><p>Quando falamos em intervenção em ABA, muitas pessoas pensam imediatamente em ensino estruturado que ocorre em ambiente controlado, seja no quarto ou na sala de terapia, mas sempre na mesinha.</p><p>Aquela estrutura de terapia em que a criança permanece sentada e o terapeuta em sua frente, apresentando demandas no formato de ensino por tentativas discretas (o famoso DTT): o terapeuta apresenta a demanda; a criança responde e tem acesso ao item reforçador escolhido por ela.</p><p>Tal modelo de ensino é de extrema importância e relevância para a aprendizagem de habilidades em crianças TEA ou com déficits de aprendizagem, mas ele não é o único!</p><p>Existe uma série de diferentes modelos de ensino dentro da terapia ABA, e um deles é chamado de Ensino Naturalístico.</p><p>Chamamos de ABA naturalista – ou ensino naturalístico – as intervenções que ocorrem de acordo com a motivação da criança, adolescente ou adulto no espectro.</p><p>Isso significa que a equipe vai buscar o aprendizado por meio de atividades que são reforçadoras para quem está no espectro.</p><p>Trazendo um exemplo simples, vamos imaginar que durante a terapia, a criança comece a brincar com um carrinho.</p><p>Esta brincadeira está sendo reforçadora para ela no momento, e pode ajudar a ensinar alguma habilidade, com o uso das estratégias corretas.</p><p>Além disso, o uso da abordagem naturalística para o ensino de habilidades tem como componentes:</p><p>Relações funcionais;</p><p>Aumento da motivação;</p><p>Facilitadores de generalização.</p><p>A equipe também define quais são as habilidades que serão ensinadas na sessão e têm um planejamento prévio para concluir aquele objetivo, mesmo que a motivação da pessoa atendida seja um dos principais norteadores da sessão.</p><p>Algumas intervenções baseadas na ABA naturalística são: Jasper, PRT, Ensino incidental e Denver.</p><p>Como funciona o ensino naturalístico</p><p>Uma das partes mais importantes da aplicação da ABA naturalista é que ela pode fazer parte da rotina e atividades da vida diária, com os objetivos centrais de melhorar as habilidades e lidar com comportamentos desafiadores. Por isso, os passos do profissional clínico para iniciar a intervenção com as estratégias desta vertente da ABA são:</p><p>Observar: a intervenção começa com a observação do indivíduo em seu próprio contexto. Aqui, a terapeuta ou o terapeuta vai acompanhar a rotina e atividades recorrentes para entender onde existem dificuldades, quais habilidades já foram adquiridas e quais ainda podem ser aprendidas para seu desenvolvimento, além dos comportamentos desafiadores que a terapia pode ajudar;</p><p>Anotar: enquanto observa, a terapeuta ou o terapeuta faz anotações do que identifica como possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento para o indivíduo;</p><p>Planejamento e início da intervenção: depois de entender as habilidades adquiridas e as que precisam ser aprendidas, é o momento do planejamento e início da intervenção. Aqui, o indivíduo começa a aprender novas habilidades no contexto das atividades comuns da vida diária.</p><p>Uso do reforço positivo: assim como em todas as intervenções que usam as estratégias da ABA, o uso do reforço positivo é necessário na ABA naturalista. A diferença é que ele será sempre incluído no contexto da atividade em foco;</p><p>Incluir itens ou atividades favoritas: também é imprescindível que itens ou atividades favoritas do indivíduo façam parte da intervenção.</p><p>Esse conjunto de práticas faz parte das estratégias da ABA naturalista para aumentar as habilidades sociais, de linguagem e de comunicação. Além de ajudar a solicitar e praticar a atenção conjunta e manejar comportamentos prejudiciais.</p><p>Para isso é preciso conhecer os princípios do ensino naturalístico:</p><p>Relações funcionais</p><p>Estabelecimento de relações funcionais entre vocalizações, palavras faladas e o acesso a brincadeiras e itens favoritos. Em uma brincadeira com animais, por exemplo, a terapeuta dá instruções que são relacionadas aos animais, pode trabalhar a cor dos animais, nome, identificação etc.</p><p>Elabora sobre a necessidade da relação funcional entre uma instrução verbal e um reforçador relacionado (que seria a própria brincadeira), em oposição à relação entre uma instrução verbal e um reforçador arbitrário ou não relacionado.</p><p>Aumentar a motivação</p><p>Na sessão, podem ser usadas estratégias que têm como objetivo aumentar a motivação da pessoa autista. Por exemplo, aqui existe a oportunidade da pessoa escolher, realizar uma avaliação de itens de preferência, uso de materiais personalizados com os gostos dela e buscar ambientes mais associados ao dia a dia dela, como a casa, a escola ou o parquinho.</p><p>Aqui, são trabalhados vários reforçadores, oportunidade de escolha, avaliação de preferência frequente, ambientes menos estruturados associados a brincadeiras.</p><p>Facilitar a generalização</p><p>Estratégias utilizadas para promover que a habilidade ensinada apareça em todos os contextos da criança – aumentar a semelhança entre o ambiente de tratamento e o ambiente natural, ou também utilizar de esquemas de reforço intermitentes durante o tratamento para proporcionar um ambiente de aprendizado que se aproxima mais das contingências em vigor no ambiente natural).</p><p>ABA naturalista ou ABA estruturado?</p><p>O que difere a ABA naturalista – ou ensino naturalístico – da abordagem conhecida como ABA estruturada é que esta segunda é baseada no ensino por tentativas discretas. As duas, no entanto, são baseadas na Análise do Comportamento Aplicada, têm uma certa estrutura e seguem objetivos.</p><p>A diferença pontual entre as duas se dá na forma como o ensino de habilidades é realizado. Para explicar melhor, pense que o objetivo de determinada sessão é ensinar habilidades de nomeação para uma criança:</p><p>Na ABA estruturada (ensino por tentativas discretas): a terapeuta ou o terapeuta prepara três cartões com uma girafa, um cachorro e um pato. E na sessão a criança recebe esses cartões para nomear os animais.</p><p>Na ABA naturalista (ensino naturalístico): a terapeuta ou o terapeuta chega na sessão e espera que a criança se dirija a algum objeto ou brinquedo de interesse, por exemplo, um carro. A partir daí, começa a aplicar as estratégias para que ela nomeie o próprio carro e outros elementos relacionados com o carro, podendo ser as partes, pista, outros meios de transporte etc.</p><p>Nas duas situações, o objetivo era o mesmo: ensinar habilidades de nomeação. O que mudou foi a forma como isso aconteceu.</p><p>Uma coisa importante a esclarecer também é que ensino por tentativas discretas é conhecido como terapia de mesinha, mas sua aplicação pode ser feita em outros ambientes, inclusive nos mesmos em que o ensino naturalístico pode acontecer.</p><p>Quem escolhe qual aplicar a ABA naturalista?</p><p>Outra dúvida bem comum da família é sobre quem escolhe qual estratégia utilizar: naturalística ou por tentativas discretas. E a resposta para esta pergunta é: a criança ou a equipe de terapeutas.</p><p>Além disso, as duas podem ser usadas juntas na terapia. Inclusive, muitos profissionais organizam a intervenção para mesclar o ensino naturalista com o ensino estruturado. Isso porque assim é possível garantir contextos de aprendizagem variados e maior chance das habilidades aprendidas serem mantidas no futuro.</p><p>Isso porque é preciso conhecer a criança e avaliá-la para entender qual tipo de abordagem vai promover melhor o aprendizado. Além disso, a família pode ficar tranquila, porque não existe uma abordagem melhor que a outra, mas sim aquela que vai ajudar melhor no desenvolvimento da criança.</p><p>As intervenções ABA são parte das práticas baseadas em evidências indicadas para o TEA. Em 2014, a Associação para a Ciência no Tratamento do Autismo (ASAT, na sigla em inglês), publicou o Evidence Based Medicine (EBM), que analisou 20 anos de intervenções para TEA em diversas áreas relacionadas à Análise do Comportamento Aplicada (ABA)</p><p>JASPER (Joint Attention, Symbolic Play, Engagement e Regulation )</p><p>1- Modelo</p><p>JASPER significa, The Joint Attention, Symbolic Play, Engagement e Regulation ou seja, Atenção Compartilhada, Brincar Simbólico, Engajamento e Regulação.</p><p>2- O modelo JASPER é uma abordagem terapêutica baseada em uma combinação de princípios de desenvolvimento e comunicação, desenvolvido pela Dra. Connie Kasari na UCLA.</p><p>4- Nesse método, os cuidadores treinavam ativamente as atividades cotidianas das crianças, como regar as plantas, cuidar da aparência e ajudar na lavanderia. A intervenção seguiu o tratamento do Programa JASPER (atenção conjunta, jogo simbólico, engajamento e regulação).</p><p>3- Centra-se em os fundamentos da comunicação social (atenção conjunta, imitação e brincadeira) e usos estratégias naturalísticas para melhorar a frequência, fluência e complexidade da comunicação social.</p><p>5- A limitação para este tipo de intervenção é que sem suporte ativo aos cuidadores existe uma dificuldade para dar continuidade às intervenções. Dessa forma, Jasper é uma ação fundamentada e baseada em práticas de jogos e brincadeiras, estimulando-as a interagirem com o terapeuta e outras crianças também.</p><p>6- O objetivo desse tratamento é melhorar as habilidades sociais e de comunicação da pessoa com TEA. O método foi pensado para ser aplicado com facilidade por terapeutas e educadores treinados, tornando os tratamentos para o TEA</p><p>mais acessíveis principalmente para as famílias de baixa renda.</p><p>7- O foco em comunicação social e brincar simbólico são trabalhados a partir de uma abordagem naturalista e comportamental.</p><p>Ensino Incidental (incidental teaching) e ABA</p><p>Entende-se por ensino incidental (incidental teaching) “as interações entre um adulto e uma criança que ocorrem naturalmente em situações rotineiras, e que são usadas pelo adulto para transmitir novas informações ou prover a prática no desenvolvimento de novas habilidades” (Hart e Risley, 1975).</p><p>Nos contextos incidentais, o controle da contingência se dá por meio da criança, a criança necessita apresentar interesse por um determinado estímulo, partindo desse interesse o manejo clínico ocorre. Rastreio, formas de mando e até comentários podem provocar um episódio incidental. Quando a criança escolher o estímulo reforçador, ela cria um ambiente propício para que o psicólogo possa intervir de forma eficaz, ensinando novoscomportamentos e até mesmo refinando um repertório já instaurado na criança (CASAGRANDE).</p><p>A partir das contribuições de Skinner (1957), diversas pesquisas têm sido realizadas ao longo das últimas décadas com objetivo de verificar sob quais condições o comportamento verbal e seus pré-requisitos podem ser estabelecidos em pessoas com TEA (LOVAAS, 1987; PARTINGTON; BAILEY, 1993; PARTINGTON et al., 1994; PETURSDOTTIR; CARR; MICHAELS, 2005; FIORILE; GREER, 2007; GREER; ROSS, 2008; KODAK; CLEMENTS, 2009; VARELLA, 2009; BETZ et al, 2011; KODAK; PADEN; DICKES, 2012 cita GUERRA, 2015).</p><p>Esses estudos foram pautados na Análise do Comportamento Aplicada (ABA), dedicada ao estudo do comportamento humano socialmente relevante pela utilização de métodos científicos como descrição objetiva, quantificação, e controle experimental, sendo a experimentação utilizada para identificar as variáveis responsáveis pela mudança de comportamento (COOPER; HERON; HEWARD, 2007 cita GUERRA, 2015).</p><p>Os resultados de tais pesquisas têm sido efetivos em sua maioria, demonstrando que quando os procedimentos de ensino são bem delineados, operantes verbais, podem ser ensinados para essa população.</p><p>Há diferentes tipos de ensinos, sendo alguns citados com maior frequência, como ensino por tentativas discretas, ensino naturalístico/incidental e pareamento estímulo-estímulo.</p><p>Ensino Incidental X Ensino por tentativas discretas</p><p>Algumas distinções entre o ensino incidental e por tentativas discretas foram realizadas:</p><p>1) O ensino por tentativas discretas é controlado pelo professor, que apresenta a instrução com intervalos entre as tentativas, já o incidental é iniciado pelo aprendiz, que solicita itens preferidos;</p><p>2) O ensino por tentativas discretas ocorre em situações em que aprendiz e mediador estão sentados em um ambiente planejado com mínimas distrações, enquanto o incidental ocorre em contextos de outras atividades que oferece itens de interesse e com outros eventos ou atividades concorrentes</p><p>3) Na tentativa discreta o estímulo usado no ensino é selecionado pelo professor e não há necessidade que os estímulos consequentes tenham relação com os estímulos de ensino; no ensino incidental os itens são selecionados pelo educando, e o consequente acesso a esses itens é usado como reforçador;</p><p>e 4) em relação às dicas fornecidas, na tentativa discreta o uso de dicas padrão é utilizado até a criança alcançar o critério de respostas corretas, e no incidental as dicas variam de acordo com a resposta inicial da criança (MCGEE; KRANTZ; MCCLANNAHAN, 1985 cita Guerra2015).</p><p>Embora existam diferenças significativas entre os dois tipos de ensino apresentados, pesquisas tem demonstrado a efetividade de ambos para ensino de repertórios verbais (Guerra 2015).</p><p>Treinamento de resposta pivotal (PRT)</p><p>O PRT é uma terapia comportamental desenvolvida por Lynn e Robert Koegel, da University of California – Santa Bárbara (UCSB).</p><p>Trata-se de mais um método desenvolvido a partir do ABA (Análise do Comportamento Aplicado) e realizado de forma “naturalista”, ou seja, que prioriza a motivação e a alegria da criança enquanto aprende. Com ela, buscamos promover a aprendizagem da criança nos ambientes que ela já conhece e de um modo prazeroso!</p><p>Respeitando o ritmo da criança</p><p>Diferentemente das técnicas que utilizam tentativas discretas e repetitivas para ensinar determinados objetivos à criança, o PRT traz brincadeiras e prioriza as escolhas dela durante as atividades.</p><p>É uma maneira de respeitar e incentivar suas iniciativas. Ou seja, neste método, quem escolhe a brincadeira e o que quer aprender é ela! Dessa forma, o método mostra-se muito útil – e divertido – para o terapeuta. Sendo assim, basta que ele organize os propósitos e “encaixe” o que se deve fazer no ritmo da criança!</p><p>Na avaliação inicial os comportamentos alvo são selecionados, isto é, traçam-se metas a partir do que é observado como atípico. Nas sessões, utilizam-se estratégias de interação com objetivos, e há bastante variação nas tarefas, para evitar que a criança se canse e/ou fique desmotivada. A intenção é não deixar massiva a execução rotineira de uma atividade, já que a repetição é importante para a aprendizagem. Para isso, ela pode ser feita de maneira naturalista, com a criança sentindo o estímulo como uma “brincadeira”.</p><p>Utilizam-se também reforçadores naturais e importantes para que a criança se interesse. Os itens se relacionam ao que está sendo trabalhando no momento. Por exemplo: no caso de um trabalho de comportamento verbal, a criança quer (e pode) comer uma bala naquele momento.</p><p>Partindo disso, a terapeuta aproveita para pedir à criança para falar “bala” e a entrega depois que ela fala. O objetivo final é relacionar os estímulos com os reforçadores, ao invés de dar algo que não tenha relação alguma com a tarefa.</p><p>PRT como técnica naturalista</p><p>Como no caso dos reforçadores naturais na terapia, prioriza-se também a intervenção no ambiente natural da criança, em casa e na escola, por exemplo. Existem estudos dizendo que, quando removemos a criança do seu ambiente e ensinamos repertório em outro, os comportamentos não se desenvolvem de maneira típica.</p><p>A criança precisa estar preparada para interagir com pares e com estímulos que acontecem na realidade. Por isso a importância dos métodos naturalistas! Desenvolver essas habilidades e capacidades nos ambientes em que o pequeno passa boa parte do seu tempo é o que desejamos realizar com o PRT.</p><p>Para se realizar um bom trabalho, no entanto, é preciso se atentar às pequenas aproximações da criança aos comportamentos que queremos.</p><p>Não esperar a perfeição, mas sim reforçar com sinais divertidos e lúdicos cada pequena conquista em direção</p><p>ao comportamento final que buscamos. Com isso, pretendemos não tornar “chata” a aprendizagem e fazer com que a criança aprenda com prazer e diversão, dentro de seus ambientes já conhecidos.</p><p>A participação dos pais</p><p>O envolvimento da família é parte muito importante do processo. Estudos indicam que os índices de estresse de famílias com crianças autistas são elevados em relação às famílias que tem filhos com desenvolvimento típico.</p><p>Por isso, a orientação familiar é necessária para que os pais tenham ferramentas e saibam como cuidar e estimular essas crianças. Além disso, para que o trabalho seja efetivo, precisamos de muitas horas de terapia (alguns artigos dizem de 15 a 40 horas semanais).</p><p>Para isso, a intervenção deve ser consistente. Sendo assim, os pais precisam ter comportamentos adequados e instruídos todos os dias.</p><p>Script-fading (esvanecimento de instruções)</p><p>O script de prompt é um método usado para ensinar os alunos como iniciar conversas, responder a outras pessoas e continuar uma interação com outra pessoa. Os scripts imediatos não são usados ​​para ensinar os alunos a falar, mas para ensinar trocas sociais.</p><p>Quando um roteiro é ensinado, o aluno não só é capaz de aplicar o roteiro à interação ensinada; interações improvisadas podem se desenvolver, scripts previamente aprendidos podem ser combinados e habilidades de conversação podem ser generalizadas para além do ambiente de ensino.</p><p>Como usar scripts de prompt</p><p>Ao ensinar roteiros, certifique-se de combinar a entrega do roteiro com o repertório de habilidades dos alunos, os interesses e o contexto em que o aluno usará o roteiro. É importante usar uma linguagem que seja familiar e apropriada à idade do aluno.</p><p>Uma vez que as instruções são estímulos adicionais que são acrescentados ao procedimento de ensino, deve-se considerar estímulos que podem ocorrer naturalmente ou estar incorporados no contexto alvo. Se não for possível usar estímulos que ocorrem naturalmente, o instrutor deve planejar que os avisos sejam sistematicamente atenuados para transferir o controle para os estímulos relevantes no ambiente.</p><p>Como instrutor, a linguagem apropriada deve ser modelada (lembre-se: nem toda linguagem é vocal, considere o estilo de comunicação do seu aluno), em vez de repetir perguntas no estilo TDT. É importante ensinar ao aluno que a conversa é uma troca entre parceiros, é mais do que esperar que alguém faça uma pergunta para depois dar uma resposta.</p><p>Os scripts podem ser palavras isoladas, frases ou sugestões de imagens e podem ser apresentados como instruções escritas ou gravação de áudio.</p><p>Os modelos verbais podem ser ensinados in vivo ou pré-treinados (eliminar instruções verbais no ambiente natural pode diminuir a probabilidade de o instrutor se tornar o SD ) .</p><p>Os scripts de áudio também podem modelar tom, inflexão e volume apropriados.</p><p>Roteiros escritos podem ser usados ​​no ambiente natural (isso também inclui dicas de imagens).</p><p>Os roteiros devem ser apresentados estrategicamente no ambiente do aluno para evocar iniciações.</p><p>Por que usar o desvanecimento do script ?</p><p>Os scripts são usados ​​para ensinar iniciações de comunicação e respostas de conversação, mas o objetivo é que o aluno tenha sucesso com o estímulo menos intrusivo possível. Utilizamos procedimentos de desvanecimento de script para reduzir e eliminar os prompts e transferir o controle para os estímulos no ambiente natural.</p><p>Como instrutores, eliminamos sistematicamente os avisos inventados do ambiente para que o aluno não se torne dependente de outro indivíduo. Queremos atenuar os avisos rapidamente, mas sem correr o risco de perder a habilidade – consulte os dados para identificar um ritmo que seja mais benéfico para o aluno.</p><p>Método Denver</p><p>O Método Denver é um modelo de intervenção precoce focado em pessoas com diagnóstico ou suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Apesar de ter sido criado na década de 1980, ele tem se popularizado muito nos últimos anos, especialmente no Brasil.</p><p>Para sua aplicação, são usados princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), ciência de aprendizagem bastante indicada para o tratamento de indivíduos com desenvolvimento atípico, como o autismo.</p><p>O que é o método Denver?</p><p>Para começar, podemos descrever o Método Denver como um protocolo de abordagens com a intenção de estimular a interação social e ajudar no desenvolvimento de pessoas autistas.</p><p>Por isso, as atividades propostas têm como intenção promover interações sociais positivas, ou seja, que aumentam a motivação da criança na criação de novos contatos sociais e melhoram a capacidade de aprendizagem.</p><p>Ele pode ser aplicado em crianças diagnosticadas com qualquer nível de necessidade de suporte dentro do autismo. No entanto, como essa intervenção é considerada precoce, a indicação é que o modelo seja aplicado entre 1 até os 5 anos da criança, dependendo do caso.</p><p>O Método Denver tem por base a ABA. Neste protocolo são usadas estratégias naturalísticas de ensino. A seguir explicaremos mais quais são as diferenças entre essas duas formas de atuação.</p><p>Qual a diferença entre ABA e Denver?</p><p>Famílias que estão tendo o primeiro contato com profissionais e intervenções para o autismo podem ter muitas dúvidas com relação às diferentes abordagens.</p><p>De modo geral, o método Denver se baseia nos princípios da ciência do comportamento (ABA), porém diferentemente desta ciência, é um protocolo, ou seja, oferece um passo a passo de como atuar em contextos específicos.</p><p>A terapia ABA utiliza-se dos princípios do comportamento, comprovados pelo método científico, porém não se propõe a oferecer passo a passo de como a intervenção deve ser conduzida, já que as intervenções são personalizadas a depender da criança e suas demandas.</p><p>Como funciona?</p><p>O mais importante para a aplicação do Método Denver em crianças é que as atividades ocorram em ambientes com interações dinâmicas, naturais e positivas.</p><p>Isso faz toda diferença, especialmente porque uma das principais características é o fato dele ser focado na construção de uma relação afetiva com a criança.</p><p>Três tipos diferentes de jogos e atividade são utilizados para estabelecer a relação entre terapeuta e criança. São eles:</p><p>Jogos com brinquedos apropriados à idade da criança;</p><p>Brincadeiras sociais com objetivo de promover a interação social;</p><p>Atividades como pintar, desenhar e brincar, por exemplo.</p><p>Por meio destas atividades, os terapeutas ajudam a criança a criar interações sociais e desenvolver competências sociais.</p><p>Etapas do Método Denver</p><p>Uma das características do Método Denver é o fato dele ser uma intervenção considerada intensiva. Ou seja, as terapias que seguem esse modelo têm, em média, de 3 a 4 horas de duração.</p><p>A aplicação é dividida nos seguintes cinco eixos:</p><p>Primeiro eixo: orientação social – treinar a criança a saber identificar rostos, expressões faciais, o corpo do outro e o próprio corpo. Os principais objetivos são ajudar a criança a se direcionar a outras pessoas (e não somente a objetos que goste) e estimular o cérebro a desenvolver a percepção social;</p><p>Segundo eixo: enfoque na linguagem social e na linguagem contextual;</p><p>Terceiro eixo: momento dos jogos sociais, ou seja, estimular atividades para que a criança aprenda a: direcionar atitudes, preocupar-se com os outros, trabalhar a reciprocidade e o compartilhamento social;</p><p>Quarto eixo: criança aprende a brincar simbolicamente – não só com parte do brinquedo ou fragmentos, como é comum no autismo – mas com ele todo e também de forma lúdica;</p><p>Quinto eixo: essa etapa visa reduzir deficiências iniciais – motoras, sociais, de linguagem, adaptabilidade a regras e rotinas.</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image1.jpg</p>

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