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<p>ACESSE AQUI ESTE</p><p>MATERIAL DIGITAL!</p><p>GRACIELE ALICE CARVALHO ADRIANO</p><p>LUCIA CRISTIANE MORATELLI PIANEZZER</p><p>SIMONE DO SOCORRO DA ROCHA CORDEIRO PINTO</p><p>GESTÃO</p><p>EDUCACIONAL</p><p>Coordenador(a) de Conteúdo</p><p>Ana Clarisse de Alencar Barbosa</p><p>Projeto Gráfico e Capa</p><p>Arthur Cantareli Silva</p><p>Editoração</p><p>Caroline Casarotto Andujar</p><p>Renan Willian Pacheco</p><p>Yago Nardelli</p><p>Design Educacional</p><p>Bárbara Tamires Neves</p><p>Emerson José Vieira</p><p>Curadoria</p><p>Fabiana Bruna Gozer Dias</p><p>Revisão Textual</p><p>Meyre Aparecida Barbosa da Silva</p><p>Ilustração</p><p>Eduardo Aparecido Alves</p><p>Geison Ferreira da Silva</p><p>Fotos</p><p>Shutterstock e Envato</p><p>Impresso por:</p><p>Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.</p><p>Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).</p><p>Núcleo de Educação a Distância. ADRIANO, Graciele Alice Carvalho;</p><p>PIANEZZER, Lucia Cristiane Moratelli; PINTO, Simone do Socorro da</p><p>Rocha Cordeiro.</p><p>Gestão Educacional / Graciele Alice Carvalho Adriano; Lucia Cristiane</p><p>Moratelli Pianezzer; Simone do Socorro da Rocha Cordeiro Pinto. -</p><p>Florianópolis, SC: Arqué, 2023.</p><p>240 p.</p><p>ISBN papel 978-65-6083-126-1</p><p>ISBN digital 978-65-6083-122-3</p><p>“Graduação - EaD”.</p><p>1. Gestão 2. Educacional 3. EaD. I. Título.</p><p>CDD - 370</p><p>EXPEDIENTE</p><p>Centro Universitário Leonardo da Vinci.C397</p><p>FICHA CATALOGRÁFICA</p><p>PED89</p><p>RECURSOS DE IMERSÃO</p><p>Utilizado para temas, assuntos ou con-</p><p>ceitos avançados, levando ao aprofun-</p><p>damento do que está sendo trabalhado</p><p>naquele momento do texto.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você</p><p>terá indicações de filmes</p><p>que se conectam com o</p><p>tema do conteúdo.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você</p><p>terá indicações de livros</p><p>que agregarão muito na</p><p>sua vida profissional.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Utilizado para desmistificar pontos</p><p>que possam gerar confusão sobre o</p><p>tema. Após o texto trazer a explicação,</p><p>essa interlocução pode trazer pontos</p><p>adicionais que contribuam para que</p><p>o estudante não fique com dúvidas</p><p>sobre o tema.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Este item corresponde a uma proposta</p><p>de reflexão que pode ser apresentada por</p><p>meio de uma frase, um trecho breve ou</p><p>uma pergunta.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Utilizado para aprofundar o</p><p>conhecimento em conteúdos</p><p>relevantes utilizando uma lingua-</p><p>gem audiovisual.</p><p>EM FOCO</p><p>Utilizado para agregar um con-</p><p>teúdo externo.</p><p>EU INDICO</p><p>Professores especialistas e con-</p><p>vidados, ampliando as discus-</p><p>sões sobre os temas por meio de</p><p>fantásticos podcasts.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>PRODUTOS AUDIOVISUAIS</p><p>Os elementos abaixo possuem recursos</p><p>audiovisuais. Recursos de mídia dispo-</p><p>níveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem.</p><p>169</p><p>7</p><p>93</p><p>4</p><p>169 U N I D A D E 3</p><p>O PROCESSO DE FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO NO ÂMBITO NACIONAL 170</p><p>A ESTRUTURA E A ORGANIZAÇÃO DAS ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 194</p><p>GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA 216</p><p>7 U N I D A D E 1</p><p>PERCURSO HISTÓRICO DA GESTÃO ESCOLAR 8</p><p>LEGISLAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR 34</p><p>O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR 66</p><p>93 U N I D A D E 2</p><p>A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO ÂMBITO ESCOLAR 94</p><p>A FUNÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO JUNTO À GESTÃO ESCOLAR 122</p><p>O ADMINISTRADOR E O INSPETOR: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS NA GESTÃO</p><p>EDUCACIONAL 148</p><p>5</p><p>SUMÁRIO</p><p>UNIDADE 1</p><p>MINHAS METAS</p><p>PERCURSO HISTÓRICO DA GESTÃO</p><p>ESCOLAR</p><p>Compreender a evolução histórica da gestão escolar.</p><p>Analisar os principais modelos de gestão escolar ao longo da história.</p><p>Reconhecer os principais desafios enfrentados pela gestão escolar no</p><p>decorrer da história.</p><p>Avaliar o papel dos gestores escolares na construção da qualidade</p><p>educacional.</p><p>Compreender as tendências atuais da gestão escolar.</p><p>Analisar o papel das políticas educacionais na gestão escolar.</p><p>Refletir sobre as perspectivas futuras da gestão escolar.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1</p><p>8</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Imagine que você seja um gestor educacional que assumiu, recentemente, a di-</p><p>reção de uma escola e se deparou com a seguinte situação: as famílias enfrentam</p><p>dificuldades em relação à falta de participação ativa no processo de gestão edu-</p><p>cacional.</p><p>As decisões importantes são tomadas sem a participação das famílias. Com</p><p>isso, as opiniões, as indicações e as necessidades das famílias não são considera-</p><p>das. Diante deste cenário, você agregou como missão a resolução desta proble-</p><p>mática como prioridade. Como o conhecimento do percurso histórico da gestão</p><p>escolar pode lhe ajudar a solucionar este problema?</p><p>Conhecer os desafios enfrentados ao longo do tempo e como eles foram su-</p><p>perados ou mitigados é a chave inicial para compreensão dos procedimentos</p><p>necessários para resolução das diversas problemáticas que envolvem a gestão</p><p>escolar em prol da prática participativa da gestão escolar.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Vamos assistir à entrevista da pedagoga Débora Dias</p><p>Gomes? No vídeo, ela foi entrevistada pela equipe do</p><p>Programa “Conceito e Ação” (MultiRio - Prefeitura do</p><p>Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Educação) e</p><p>aborda aspectos essenciais sobre o papel do gestor</p><p>escolar e as relações de liderança que envolvem toda</p><p>esta dinâmica.</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>A gestão escolar desempenha um papel fundamental na organização e na</p><p>administração das instituições educacionais, e compreender sua evolução</p><p>histórica é essencial para compreender seu papel atual e suas perspectivas futuras.</p><p>Ao longo da história, diferentes modelos de gestão escolar foram adotados, cada</p><p>um refletindo as necessidades e as circunstâncias sociais, culturais e políticas de</p><p>seu tempo. Analisar estes modelos nos permite identificar as transformações e</p><p>os desafios enfrentados pela gestão escolar ao longo do tempo. Isso inclui o papel</p><p>das políticas educacionais na gestão escolar, pois as políticas governamentais e</p><p>as diretrizes educacionais influenciam, diretamente, a forma como as escolas</p><p>são geridas.</p><p>Nesta conversa, serão exploradas a evolução histórica da gestão escolar, os</p><p>principais modelos adotados ao longo do tempo, os desafios enfrentados, o pa-</p><p>pel dos gestores na construção da qualidade educacional, as tendências atuais,</p><p>o impacto das políticas educacionais e as perspectivas futuras. Por meio desta</p><p>análise abrangente, poderemos obter um panorama completo da gestão escolar</p><p>e seu papel fundamental na educação.</p><p>1</p><p>1</p><p>Entre os Muros da Escola</p><p>Entre os Muros da Escola (título original: Entre les Murs), é o</p><p>filme baseado no livro homônimo de François Bégaudeau, que</p><p>também atua como protagonista na história. O enredo se pas-</p><p>sa em uma escola secundária, na periferia de Paris, e retrata o</p><p>cotidiano de um professor de língua francesa e seus alunos de</p><p>diferentes origens étnicas e culturais. O diretor escolar, inter-</p><p>pretado pelo próprio François Bégaudeau, é um personagem</p><p>recorrente e desempenha um papel importante no enfrenta-</p><p>mento aos desafios vivenciados pela equipe escolar. O filme</p><p>oferece uma visão crítica e reflexiva sobre o sistema educa-</p><p>cional e os esforços dos profissionais envolvidos na educação</p><p>dos alunos.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>Agora que temos uma breve noção do que faremos aqui, vamos nos aprofundar</p><p>no assunto?</p><p>A partir de agora, as práticas e os modelos de gestão estão mais claros quanto</p><p>aos seus formatos e à suas evoluções, proporcionando a você uma visão mais am-</p><p>pla sobre o contexto em que a gestão escolar se desenvolveu e como as mudanças</p><p>sociais e educacionais influenciaram esta evolução.</p><p>Com todo o conhecimento teórico apresentado, podemos estabelecer diver-</p><p>sas conexões com a profissão do gestor e o ambiente profissional no mercado de</p><p>trabalho.</p><p>juntas, visando ao aprimoramento do ensino e ao acompanhamento do processo</p><p>de aprendizagem. Um órgão também relevante é a Associação de Pais e Mestres</p><p>(APM), que tem como objetivo promover a integração entre escola, família e co-</p><p>munidade. A APM atua como um canal de comunicação entre os pais e a escola,</p><p>fortalecendo a participação da família na vida escolar dos alunos e colaborando</p><p>para a construção de uma educação de qualidade.</p><p>A participação ativa dos membros dos conselhos escolares e demais órgãos</p><p>colegiados é essencial para o fortalecimento da gestão escolar e para o alcance</p><p>dos objetivos educacionais. A diversidade de vozes e perspectivas presentes nestes</p><p>espaços contribui para a construção de uma escola mais inclusiva, democrática</p><p>e comprometida com o sucesso de todos os estudantes.</p><p>No entanto, é importante ressaltar que a efetividade dos conselhos escolares</p><p>e demais órgãos colegiados depende de uma série de fatores, como a disponibi-</p><p>lidade de recursos, a formação adequada dos membros, a criação de espaços de</p><p>diálogo e a valorização da participação da comunidade escolar.</p><p>É fundamental que haja um ambiente favorável</p><p>à atuação destes órgãos, garantindo que suas delibe-</p><p>rações sejam implementadas e que suas recomenda-</p><p>ções sejam levadas em consideração, bem como sua</p><p>efetividade está diretamente relacionada ao apoio e</p><p>à valorização da gestão escolar.</p><p>Os gestores devem reconhecer a importância destes espaços de participa-</p><p>ção, garantindo recursos, apoio técnico e ações de formação para os membros</p><p>dos conselhos. Além disso, é necessário criar condições favoráveis para que as</p><p>deliberações destes órgãos sejam implementadas, promovendo um ambiente de</p><p>colaboração e respeito mútuo. Por meio do diálogo e da colaboração, estas ins-</p><p>tâncias promovem a melhoria da educação, visando ao desenvolvimento integral</p><p>dos alunos e à formação de cidadãos críticos e conscientes.</p><p>É fundamental que</p><p>haja um ambiente</p><p>favorável à atuação</p><p>destes órgãos</p><p>5</p><p>1</p><p>Políticas Públicas Relacionadas à Gestão Escolar</p><p>As políticas públicas relacionadas à gestão escolar desempenham um papel</p><p>crucial na busca por uma educação de qualidade e na promoção da igualdade</p><p>de oportunidades para todos os estudantes. Essas políticas visam estabelecer</p><p>diretrizes, normas e programas que orientem a gestão das escolas, garantindo</p><p>a eficiência administrativa, o fortalecimento da participação da comunidade</p><p>escolar e o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras.</p><p>No âmbito governamental, diversos programas têm sido implementados para</p><p>auxiliar na melhoria da gestão escolar e na promoção de um ambiente educacio-</p><p>nal mais inclusivo e eficiente.</p><p>PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - PNAE</p><p>Um exemplo é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que tem</p><p>como objetivo fornecer alimentação saudável e adequada aos estudantes da rede</p><p>pública de ensino, contribuindo para o combate à desnutrição e para a melhoria</p><p>do desempenho escolar.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>PROGRAMA DINHEIRO NA ESCOLA - PDDE</p><p>Outro programa relevante é o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE),</p><p>que busca garantir recursos financeiros às escolas, permitindo a realização de</p><p>investimentos em infraestrutura, compra de materiais didáticos e capacitação</p><p>de professores. Esse programa visa fortalecer a autonomia das escolas na gestão</p><p>de seus recursos e promover a transparência na utilização dos recursos públicos.</p><p>PROGRAMA NACIONAL DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES ESCOLARES - PNAGE</p><p>5</p><p>1</p><p>Além disso, o governo tem investido em programas de formação continuada</p><p>para gestores escolares, como o Programa Nacional de Capacitação de Gestores</p><p>Escolares (PNAGE), que oferece cursos e capacitações voltados para o desenvol-</p><p>vimento de competências gerenciais e pedagógicas dos diretores e coordenadores</p><p>escolares. Estas formações visam aprimorar a liderança e a tomada de decisão</p><p>dos gestores, refletindo diretamente na qualidade da gestão escolar.</p><p>PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA - PNAIC</p><p>Outro programa relevante é o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa</p><p>(PNAIC), que busca garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os</p><p>oito anos de idade. Esse programa envolve ações conjuntas entre governo federal,</p><p>estados, municípios e universidades, com o objetivo de oferecer apoio pedagógi-</p><p>co aos professores e desenvolver práticas de ensino eficazes, contribuindo para o</p><p>alcance das metas de alfabetização.</p><p>Além destes programas, é importante ressaltar a relevância de políticas públicas</p><p>que promovam a inclusão de estudantes com deficiência e necessidades educacionais</p><p>especiais, como a implementação de salas de recursos multifuncionais, a oferta de</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>apoio especializado e a garantia de acessibilidade física e pedagógica nas escolas. Estes</p><p>esforços são essenciais para o desenvolvimento educacional do país e para a formação</p><p>de cidadãos críticos, atuantes e preparados para os desafios do século XXI.</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>A legislação e a gestão escolar são elementos fundamentais para o funcionamen-</p><p>to adequado e eficiente das instituições de ensino. Como profissional da área, é</p><p>imprescindível conhecer e compreender estas leis, no entanto, a teoria por si só</p><p>não é suficiente. É necessário aplicar os conhecimentos adquiridos na prática,</p><p>adaptando-se aos desafios do dia a dia.</p><p>O futuro profissional da gestão escolar enfrentará diversos desafios, entre os</p><p>quais a necessidade de se manter atualizado em relação às mudanças na legislação</p><p>educacional. À medida que novas leis são promulgadas, é importante compreen-</p><p>der suas implicações e como elas afetam a gestão da escola, e isso inclui alguns</p><p>indicadores relevantes como:</p><p>INCLUSÃO E DIVERSIDADE</p><p>A legislação precisa lidar com questões relacionadas à inclusão de alunos com</p><p>necessidades especiais e garantir que as escolas estejam equipadas para ofere-</p><p>cer um ambiente inclusivo. Isso pode envolver a criação de políticas e diretrizes</p><p>específicas para apoiar a inclusão e a diversidade.</p><p>TECNOLOGIA E PRIVACIDADE</p><p>Com o avanço da tecnologia, a legislação deve abordar questões relacionadas à</p><p>proteção de dados pessoais dos alunos, à segurança cibernética e ao uso ético</p><p>da tecnologia nas escolas. Regulamentações relacionadas à privacidade e segu-</p><p>rança digital são fundamentais para garantir a proteção dos estudantes.</p><p>5</p><p>4</p><p>BULLYING E CYBERBULLYING</p><p>A legislação deve abordar o problema do bullying e do cyberbullying, estabe-</p><p>lecendo políticas e procedimentos para prevenção e intervenção adequadas.</p><p>Também pode ser necessário definir as consequências legais para os agressores</p><p>e a responsabilidade das escolas na prevenção destes comportamentos.</p><p>SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR</p><p>A saúde mental dos alunos é uma preocupação crescente. A legislação pode</p><p>precisar abordar a necessidade de serviços de apoio psicológico nas escolas,</p><p>incluindo o treinamento de profissionais de educação para lidar com questões</p><p>relacionadas à saúde mental dos alunos.</p><p>EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E HÍBRIDA</p><p>A pandemia da covid-19 destacou a importância da educação a distância e híbri-</p><p>da. A legislação precisa abordar questões, como acesso equitativo à educação</p><p>online, qualificação e treinamento de professores para o ensino remoto, e garan-</p><p>tir que as plataformas digitais utilizadas sejam seguras e eficazes.</p><p>AVALIAÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS</p><p>A legislação relacionada à avaliação dos alunos e à prestação de contas das es-</p><p>colas também enfrenta desafios. É necessário repensar os métodos de avaliação</p><p>tradicionais e desenvolver abordagens mais abrangentes e adequadas para</p><p>medir o desempenho dos alunos e das escolas.</p><p>FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO</p><p>O financiamento adequado das escolas é fundamental para garantir uma gestão</p><p>escolar eficaz. A legislação deve abordar questões relacionadas ao financiamento</p><p>da educação pública, à equidade na distribuição de recursos e à transparência na</p><p>alocação de fundos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>O financiamento adequado</p><p>das escolas é fundamental para garantir uma gestão</p><p>escolar eficaz. A legislação deve abordar questões relacionadas ao financiamento</p><p>da educação pública, à equidade na distribuição de recursos e à transparência</p><p>na alocação de fundos.</p><p>5</p><p>1</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>1. Legislações educacionais em vigor e suas principais atualizações</p><p>As legislações educacionais são fundamentais para o funcionamento do sistema educa-</p><p>cional de um país, buscando garantir a qualidade e o acesso à educação para todos os</p><p>cidadãos. No Brasil, as principais legislações em vigor e suas atualizações mais relevantes</p><p>tiveram suas trajetórias iniciadas a partir do mais importante marco legal, a Constituição</p><p>Brasileira. A Constituição Federal (BRASIL, 1988, on-line) estabelece as bases para o</p><p>direito à educação no Brasil, determinando que é dever do Estado garantir o acesso à</p><p>educação, com igualdade de condições para todos. Além disso, estabelece que a edu-</p><p>cação é um direito social, assegurando a sua universalização.</p><p>Este patamar legal originou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),</p><p>regida sob o nº 9.394 (BRASIL, 1996, on-line) como referência na legislação educacional</p><p>brasileira. A LDB estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, abrangendo</p><p>desde a Educação Infantil até o Ensino Superior e, ainda, os princípios, como a igualdade</p><p>de condições para o acesso e a permanência na escola, a liberdade de aprender, ensinar,</p><p>pesquisar e divulgar o pensamento, a pluralidade de ideias e de concepções pedagógicas,</p><p>entre outros.</p><p>Com a reformulação da LDB, a questão da inclusão passou a ser foco nas discussões</p><p>educacionais e incentivaram o lançamento do Decreto nº 7.611 (BRASIL, 2011a, on-line),</p><p>que regulamentava o atendimento educacional especializado e que consistia na oferta</p><p>dos serviços, dos recursos e das estratégias pedagógicas para a inclusão de alunos com</p><p>deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.</p><p>Já no contexto do Ensino Superior, é importante mencionar a Lei de Acesso à Informa-</p><p>ção - Lei nº 12.527 (BRASIL, 2011b, on-line), e a Lei de Cotas (Lei nº 12.711 (BRASIL, 2012,</p><p>on-line), que por conseguinte, nos anos de 2011 e 2012, tinham a missão de atualizar e</p><p>promover o Ensino Superior e a inclusão e a igualdade de oportunidades nesse ensino,</p><p>em que a primeira assegura o direito de acesso à informação sobre as instituições de</p><p>Ensino Superior, permitindo que os estudantes tenham acesso a dados e a informações</p><p>relevantes para tomar decisões educacionais; e a segunda, garantir as cotas raciais no</p><p>acesso ao Ensino Superior, estabelecendo um percentual mínimo de vagas reservadas</p><p>para estudantes negros, pardos e indígenas.</p><p>Outra legislação importante é o Plano Nacional de Educação (PNE), que foi instituído</p><p>pela Lei nº 13.005 (BRASIL, 2014a, on-line). O PNE estabelece metas e estratégias para o</p><p>desenvolvimento da educação no país em um período de dez anos. Ele abordou temas,</p><p>5</p><p>1</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>como a ampliação do acesso à educação, a melhoria da qualidade do ensino, a formação</p><p>de professores, a valorização dos profissionais da educação, entre outros aspectos. O</p><p>Plano buscou promover a equidade e a inclusão, garantindo a todos os brasileiros o direito</p><p>a uma educação de qualidade.</p><p>Um aspecto relevante é a valorização dos profissionais da educação. O Plano Nacional de</p><p>Educação (PNE) estabelece metas e estratégias para a valorização dos profissionais da</p><p>educação, incluindo ações, como a formação inicial e continuada, a melhoria das condi-</p><p>ções de trabalho, a adequação do piso salarial e a valorização da carreira docente. Estas</p><p>medidas são fundamentais para atrair e manter profissionais qualificados, promovendo</p><p>a qualidade da educação.</p><p>Seguindo a linha evolutiva das legislações, não podemos esquecer da Lei de Responsabili-</p><p>dade Educacional (Lei nº 13.005 (BRASIL, 2014a, on-line), que estabelece as diretrizes para</p><p>a responsabilidade das instituições de ensino superior na oferta de cursos e programas</p><p>de qualidade, garantindo a proteção dos direitos dos estudantes e a qualidade do ensino.</p><p>Além das legislações mencionadas anteriormente, outras legislações foram criadas e/ou</p><p>atualizadas em prol de relevantes avanços nas políticas educacionais brasileiras. Como</p><p>exemplo, podemos citar a legislação específica voltada para a garantia do acesso e da</p><p>permanência das pessoas com deficiência nas escolas regulares. Essa legislação é a Lei</p><p>Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146 (BRASIL, 2015, on-line),</p><p>que estabelece as diretrizes para a promoção da inclusão em todos os níveis de ensino.</p><p>Outra importante atualização na legislação educacional foi a aprovação da Base Nacional</p><p>Comum Curricular (BNCC), em 2017. A BNCC (BRASIL, 2017, on-line), estabelece os co-</p><p>nhecimentos, as competências e as habilidades que todos os estudantes têm o direito</p><p>de desenvolver ao longo da escolaridade básica. Ela define os objetivos de aprendizagem</p><p>para cada etapa da educação básica e orienta a elaboração dos currículos nas redes de</p><p>ensino. A BNCC visa assegurar uma educação de qualidade, com equidade e alinhada</p><p>com os desafios do século XXI.</p><p>Outro avanço legal de suma importância foi a respeito da formação de professores, em</p><p>que o Ministério da Educação (MEC) aprovou, em 2021, as novas Diretrizes Curriculares</p><p>Nacionais para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica. Essas diretrizes</p><p>buscam fortalecer a formação dos futuros professores, com foco na valorização da do-</p><p>cência, na interdisciplinaridade, no uso de tecnologias educacionais e no desenvolvimento</p><p>de competências socioemocionais.</p><p>5</p><p>8</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>É importante mencionar que, em 2022, a Lei de Cotas - Lei nº 12.711 (BRASIL, 2012, on-line)</p><p>foi atualizada e ampliada em termos de abrangência, ou seja, as garantias dos direitos</p><p>foram alargadas bem como o alcance de acesso às cotas raciais no Ensino Superior,</p><p>passando a estabelecer um percentual mínimo de vagas reservadas para estudantes</p><p>negros, pardos e indígenas, em todas as universidades federais, os institutos federais e</p><p>as instituições estaduais de ensino.</p><p>Nesta breve linha do tempo, percebemos que, com a evolução das legislações educa-</p><p>cionais vigentes no Brasil, podemos perceber que as legislações e suas atualizações</p><p>abrangem aspectos, como a base curricular, a inclusão, a valorização dos profissionais</p><p>da educação, o acesso à informação e a formação de professores. Apesar de existirem</p><p>legislações que estabelecem percentuais mínimos de investimento na educação, ainda</p><p>é necessário um esforço contínuo para garantir recursos adequados e bem direcionados,</p><p>visando à melhoria da infraestrutura escolar, à valorização dos profissionais e ao desen-</p><p>volvimento de programas educacionais de qualidade.</p><p>Vale destacar que as legislações educacionais estão em constante evolução e podem</p><p>sofrer atualizações para se adaptarem aos desafios e às demandas da sociedade. É im-</p><p>portante acompanhar estas mudanças para compreender as diretrizes e as políticas edu-</p><p>cacionais em vigor e contribuir para a melhoria da educação no país.</p><p>BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da</p><p>educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://</p><p>www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 18 set. 2023.</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1934. Brasília, DF: Pre-</p><p>sidência da República, 1934.</p><p>BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação es-</p><p>pecial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Brasília, DF:</p><p>Diário Oficial da União, 2011a.</p><p>BRASIL. Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações e dá</p><p>outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2011b. Disponível em: http://www.</p><p>planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/. Acesso em: 18 set. 2023.</p><p>BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa</p><p>com</p><p>Deficiência. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2015. Disponível em: http://www.planal-</p><p>to.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.html. Acesso em: 18 set. 2023.</p><p>5</p><p>9</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Guia de implementação da Base Nacional Comum</p><p>Curricular: orientações para o processo de implementação da BNCC. Brasília: MEC, 2018.</p><p>Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/04/</p><p>guia_BNC_2018_online_v7.pdf. Acesso em: 18 set. 2023.</p><p>BRASIL. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universi-</p><p>dades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras</p><p>providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2012. Disponível em: http://www.planalto.</p><p>gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12711.htm. Acesso em: 18 set. 2023.</p><p>Considerando o exposto sobre as legislações educacionais no Brasil, discorra sobre a</p><p>importância da inclusão e da valorização dos profissionais da educação para o desenvol-</p><p>vimento de um sistema educacional de qualidade.</p><p>2. Principais desafios e conflitos da Gestão Escolar em relação à legislação</p><p>Um dos principais desafios da gestão escolar em relação à legislação é lidar com a com-</p><p>plexidade e amplitude das leis educacionais. O sistema legal educacional é composto por</p><p>uma variedade de leis, normas e regulamentos, o que pode tornar difícil para os gestores</p><p>escolares compreenderem e aplicarem corretamente todas as diretrizes. Dessa forma,</p><p>os gestores precisam buscar conhecimento e atualização constante sobre a legislação</p><p>educacional para garantir a sua adequada implementação. Outro desafio enfrentado pela</p><p>gestão escolar é a falta de recursos adequados para a implementação da legislação edu-</p><p>cacional. Muitas leis estabelecem direitos e responsabilidades, mas não são acompanha-</p><p>das dos recursos financeiros e materiais necessários para sua efetivação. Isso coloca os</p><p>gestores em conflito, pois eles precisam buscar alternativas para cumprir as exigências</p><p>legais, mesmo diante de limitações orçamentárias.</p><p>Além disso, a gestão escolar enfrenta desafios relacionados à interpretação e aplicação</p><p>da legislação educacional. A legislação muitas vezes é aberta a diferentes interpretações,</p><p>o que pode gerar conflitos de entendimento e divergências na sua implementação. Os</p><p>gestores escolares precisam estar preparados para lidar com essas situações, buscando</p><p>orientação jurídica adequada e promovendo ações de capacitação pessoal e dos pro-</p><p>fissionais envolvidos em sua equipe de gestão. Em síntese, a gestão escolar enfrenta</p><p>inúmeros desafios e conflitos, que vão desde a relação com a legislação educacional,</p><p>a complexidade das leis, a falta de recursos adequados até a interpretação e aplicação</p><p>das normas, perpassando pela falta de políticas públicas mais condizentes e concretas,</p><p>que contemplem não apenas os aspectos técnicos da gestão, mas também os princípios</p><p>educacionais que as fundamentam.</p><p>1</p><p>1</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>“ As políticas públicas, acompanhando as mudanças ocorridas na gestão empresa-</p><p>rial, passam a implementar as reformas administrativas do setor educacional com</p><p>base nos novos paradigmas e conferem ao administrador escolar uma importân-</p><p>cia estratégica. A descentralização operacional aumentou as responsabilidades</p><p>da escola, levando seu gestor a se defrontar com novos desafios e a assumir o</p><p>novo papel de coordenar a ação dos diferentes componentes do sistema educa-</p><p>cional na tomada de decisões conjuntas, a estimular o trabalho em equipe e as</p><p>dinâmicas de trabalho identificadas por cada escola e resolver seus problemas de</p><p>forma autônoma, para melhorar as condições da escola, especialmente materiais.</p><p>Ele torna-se o elemento central e fundamental para o encaminhamento do pro-</p><p>cesso participativo no interior da escola e para sua integração com a comunidade</p><p>(CARVALHO, 2005).</p><p>Enfim, diante das transformações na gestão e nas políticas públicas do setor educacio-</p><p>nal, o papel do administrador escolar a cada dia se torna mais importante, considerando</p><p>principalmente o fato de que a descentralização das decisões trouxe consigo um aumen-</p><p>to nas responsabilidades da escola, desafiando o gestor a lidar com novos desafios e a</p><p>assumir o papel de coordenador das diferentes componentes do sistema educacional.</p><p>Nessa posição, é crucial estimular o trabalho em equipe, promover dinâmicas de trabalho</p><p>identificadas por cada escola e resolver problemas autonomamente, buscando melhorar</p><p>as condições materiais da instituição.</p><p>O gestor escolar passa a ser o elemento central para o estabelecimento de um processo</p><p>participativo interno na escola, além de buscar sua integração com a comunidade. No</p><p>entanto, em meio a esses desafios, é importante destacar que a gestão escolar também</p><p>enfrenta conflitos e desafios relacionados à legislação. O cumprimento das normas e</p><p>regulamentações, a interpretação dos direitos e deveres educacionais e a conciliação</p><p>entre as demandas legais e as necessidades da escola podem representar obstáculos</p><p>para os gestores escolares.</p><p>Nesse contexto, a capacitação e o conhecimento sobre a legislação educacional se tor-</p><p>nam fundamentais para que o gestor possa atuar de forma eficiente, equilibrando as</p><p>exigências legais com as demandas da comunidade escolar e garantindo uma gestão</p><p>educacional adequada e em conformidade com a legislação vigente.</p><p>Fonte: CARVALHO, E. J. G. de. Autonomia da Gestão Escolar: Democratização e Priva-</p><p>tização, duas faces de uma mesma moeda. 2005. 132 f. Tese (Doutorado em Educação)</p><p>- Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, 2005.</p><p>1</p><p>1</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>Quanto aos desafios da gestão escolar em relação à legislação, quais afirmativas estão</p><p>corretas?</p><p>I - Um dos desafios enfrentados é a complexidade e a amplitude das leis educacionais,</p><p>o que torna difícil para os gestores compreenderem e aplicarem corretamente todas</p><p>as diretrizes.</p><p>II - A falta de recursos adequados é um desafio para a implementação da legislação</p><p>educacional, pois muitas leis não são acompanhadas dos recursos necessários para</p><p>sua efetivação.</p><p>III - A interpretação e a aplicação da legislação educacional não representam desafios</p><p>para os gestores escolares, pois as leis são claras e objetivas.</p><p>IV - A capacitação e o conhecimento sobre a legislação educacional são fundamentais para</p><p>que os gestores atuem, de forma eficiente e em conformidade com a legislação vigente.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e IV.</p><p>b) II e III.</p><p>c) III e IV.</p><p>d) I, II e III.</p><p>e) II, III e IV.</p><p>3. Políticas Públicas relacionadas à Gestão Escolar</p><p>As políticas públicas relacionadas à gestão escolar desempenham um papel crucial na busca</p><p>por uma educação de qualidade e na promoção da igualdade de oportunidades para todos os</p><p>estudantes. Essas políticas visam estabelecer diretrizes, normas e programas que orientem a</p><p>gestão das escolas, garantindo a eficiência administrativa, o fortalecimento da participação</p><p>da comunidade escolar e o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras.</p><p>No âmbito governamental, diversos programas têm sido implementados para auxiliar na</p><p>melhoria da gestão escolar e na promoção de um ambiente educacional mais inclusivo e</p><p>eficiente. Um exemplo é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que tem como</p><p>objetivo fornecer alimentação saudável e adequada aos estudantes da rede pública de en-</p><p>sino, contribuindo para o combate à desnutrição e para a melhoria do desempenho escolar.</p><p>Outro programa relevante é o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que busca</p><p>garantir recursos financeiros às escolas, permitindo a realização de investimentos em</p><p>infraestrutura, compra de materiais didáticos e capacitação de professores. Esse pro-</p><p>grama visa fortalecer a autonomia das escolas na gestão de seus recursos e promover a</p><p>transparência na utilização dos recursos públicos.</p><p>1</p><p>1</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>Além disso, o governo tem investido em programas de formação continuada para gestores</p><p>escolares, como o Programa Nacional de Capacitação</p><p>de Gestores Escolares (PNAGE),</p><p>que oferece cursos e capacitações voltados para o desenvolvimento de competências</p><p>gerenciais e pedagógicas dos diretores e coordenadores escolares. Essas formações</p><p>visam aprimorar a liderança e a tomada de decisão dos gestores, refletindo diretamente</p><p>na qualidade da gestão escolar.</p><p>Outro programa relevante é o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC),</p><p>que busca garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade.</p><p>Esse programa envolve ações conjuntas entre governo federal, estados, municípios e</p><p>universidades, com o objetivo de oferecer apoio pedagógico aos professores e desenvol-</p><p>ver práticas de ensino eficazes, contribuindo para o alcance das metas de alfabetização.</p><p>Além desses programas, é importante ressaltar a relevância de políticas públicas que pro-</p><p>movam a inclusão de estudantes com deficiência e necessidades educacionais especiais,</p><p>como a implementação de salas de recursos multifuncionais, a oferta de apoio especia-</p><p>lizado e a garantia de acessibilidade física e pedagógica nas escolas. Estes esforços são</p><p>essenciais para o desenvolvimento educacional do país e para a formação de cidadãos</p><p>críticos, atuantes e preparados para os desafios do século XXI.</p><p>Fonte: BRASIL. Curso PDDE/Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. 5.</p><p>ed. atual. Brasília: MEC, FNDE, 2013.</p><p>Quais programas governamentais têm como objetivo promover a gestão escolar eficiente</p><p>e a qualidade da educação? Analise as afirmativas:</p><p>I - Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).</p><p>II - Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).</p><p>III - Programa Nacional de Capacitação de Gestores Escolares (PNAGE).</p><p>IV - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e IV.</p><p>b) II e III.</p><p>c) III e IV.</p><p>d) I, II e III.</p><p>e) II, III e IV.</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da</p><p>educação nacional. Brasília, DF: Presidência do BRASIL. Brasília, DF: Presidência da Repú-</p><p>blica, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso</p><p>em: 18 set. 2023.</p><p>BRASIL. Parecer CNE/CP nº 9/2001, aprovado em 8 de maio de 2001. Diretrizes Curri-</p><p>culares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior,</p><p>curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília: MEC, 2001.</p><p>BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação espe-</p><p>cial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Brasília, DF: Diário</p><p>Oficial da União, 2011a.</p><p>BRASIL. Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações e dá</p><p>outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2011b. Disponível em: http://www.</p><p>planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/. Acesso em: 18 set. 2023.</p><p>BRASIL. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universi-</p><p>dades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras</p><p>providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2012. Disponível em: http://www.planalto.</p><p>gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12711.htm. Acesso em: 18 set. 2023.</p><p>BRASIL. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: formação de professores no</p><p>pacto nacional pela alfabetização na idade certa / Ministério da Educação, Secretaria de</p><p>Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Brasília: MEC, SEB, 2012.</p><p>BRASIL. Curso PDDE/Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. 5. ed. atual.</p><p>Brasília: MEC, FNDE, 2013.</p><p>BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação</p><p>(PNE) e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2014a.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.</p><p>Brasília: MEC, SEB, 2014b.</p><p>BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com</p><p>Deficiência. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2015. Disponível em: http://www.planalto.</p><p>gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.html. Acesso em: 18 set. 2023.</p><p>CARVALHO, E. J. G. de. Autonomia da Gestão Escolar: Democratização e Privatização,</p><p>duas faces de uma mesma moeda. 2005. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade</p><p>Metodista de Piracicaba, Piracicaba.</p><p>MELLO, C. A. B. de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: JusPODIVM, 2021.</p><p>1</p><p>4</p><p>1. A inclusão e a valorização dos profissionais da educação são fundamentais para o desen-</p><p>volvimento de um sistema educacional de qualidade. A legislação educacional brasileira</p><p>tem buscado promover a inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais do de-</p><p>senvolvimento e altas habilidades/superdotação, garantindo-lhes acesso e permanência</p><p>nas escolas regulares, por meio do atendimento educacional especializado. Isso contribui</p><p>para a construção de uma sociedade mais igualitária e para o desenvolvimento de com-</p><p>petências socioemocionais e interdisciplinares. Além disso, a valorização dos profissionais</p><p>da educação é essencial para atrair e manter profissionais qualificados, o que impacta</p><p>diretamente na qualidade do ensino. As legislações têm estabelecido diretrizes para a</p><p>formação inicial e continuada dos professores, melhoria das condições de trabalho, ade-</p><p>quação do piso salarial e valorização da carreira docente. Essas medidas visam promover</p><p>a valorização da docência, a atualização pedagógica e o uso de tecnologias educacionais,</p><p>contribuindo para a melhoria da prática docente e, consequentemente, para a qualidade</p><p>da educação oferecida aos estudantes. Dessa forma, a inclusão e a valorização dos pro-</p><p>fissionais da educação são pilares fundamentais para garantir um sistema educacional</p><p>inclusivo, equitativo e de qualidade, que promova o pleno desenvolvimento dos alunos e</p><p>prepare-os para os desafios do século XXI.</p><p>2. D. A alternativa I está correta, pois o texto menciona a complexidade e a amplitude das</p><p>leis educacionais como um dos desafios da gestão escolar em relação à legislação. A</p><p>afirmativa II está correta, pois o texto menciona a falta de recursos adequados para a</p><p>implementação da legislação educacional como um desafio enfrentado pelos gestores</p><p>escolares. A afirmativa III está incorreta, pois o texto menciona que a legislação, muitas</p><p>vezes, é aberta a diferentes interpretações, o que pode gerar conflitos de entendimento</p><p>e divergências na sua implementação. A afirmativa IV está correta, pois o texto destaca a</p><p>importância da capacitação e do conhecimento sobre a legislação educacional para que</p><p>os gestores possam atuar, de forma eficiente e em conformidade com a legislação vigente.</p><p>3. E. I, II, III e IV, pois todas as alternativas estão corretas e correspondem ao seu teor, sendo que</p><p>Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) busca fornecer alimentação saudável aos</p><p>estudantes, contribuindo para o combate à desnutrição e a melhora no desempenho escolar;</p><p>o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem como objetivo garantir recursos financeiros</p><p>às escolas, fortalecendo a autonomia na gestão e permitindo investimentos em infraestrutura</p><p>e materiais didáticos, o Programa Nacional de Capacitação de Gestores Escolares (PNAGE)</p><p>oferece cursos e capacitações para desenvolver competências gerenciais e pedagógicas dos</p><p>diretores e coordenadores escolares e o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa</p><p>(PNAIC) busca garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade,</p><p>por meio de ações conjuntas entre governo federal, estados, municípios e universidades.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>5</p><p>MINHAS METAS</p><p>O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR</p><p>Identificar as principais responsabilidades e as funções do gestor escolar.</p><p>Avaliar o impacto do papel do gestor escolar na comunidade.</p><p>Distinguir o papel do Vice-diretor (Vice Assessor, Diretor Auxiliar ou Assessor de Direção).</p><p>Investigar as estratégias eficazes utilizadas por gestores de sucesso.</p><p>Desvelar as habilidades e as competências necessárias para o exercício da função de</p><p>gestor escolar.</p><p>Conhecer</p><p>a importância da formação continuada e do desenvolvimento profissional do</p><p>gestor escolar.</p><p>Apontar a importância do desenvolvimento de habilidades socioemocionais no contexto</p><p>da gestão escolar, na vertente da saúde mental do gestor.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>O gestor é peça fundamental no ambiente escolar e, por isso, suas ações são cru-</p><p>ciais para o sucesso de toda a instituição educacional. A importância da figura</p><p>do gestor reside na habilidade de liderar e de fazer a gestão dos processos que</p><p>influenciam e envolvem desde o desenvolvimento acadêmico dos estudantes,</p><p>perpassando a qualidade do ensino, a condução do ambiente escolar como um</p><p>todo, até a promoção da comunicação eficaz e colaborativa entre todos os envol-</p><p>vidos, incluindo os pais e a comunidade.</p><p>Você consegue imaginar um gestor escolar sem estas características? Quase</p><p>impossível, pois sem essas características, um gestor escolar não seria capaz de</p><p>uma atuação completa e tão pouco exercer suas funções.</p><p>Então, que tal descobrirmos mais sobre o importante papel do gestor escolar</p><p>e seu impacto no ambiente educacional?</p><p>Neste podcast, descubra como os gestores escolares desem-</p><p>penham um papel fundamental na construção de um ambi-</p><p>ente educacional positivo, inspirador e em prol da diferença na</p><p>educação. Vamos juntos dar o play?</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>O gestor escolar desempenha um papel essencial na dinâmica educacional e tem</p><p>a responsabilidade de coordenar e articular as diferentes áreas da escola, visando</p><p>à integração, à harmonia entre todos os envolvidos, à implementação de políticas</p><p>educacionais e à gestão eficiente dos recursos disponíveis. Sua presença é impres-</p><p>cindível para garantir o progresso e o enfrentamento dos desafios.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>O vídeo “Gestão Democrática”, faz parte da série Gestão em Foco e retrata a</p><p>relação da comunidade escolar com a equipe gestora, dentro do contexto da</p><p>garantia dos processos, do fortalecimento da coletividade e do comprometi-</p><p>mento com a educação. É uma produção da Secretaria de Estado da Educação</p><p>do Paraná, por meio da Coordenação de Produção Audiovisual. A Instituição</p><p>disponibiliza um canal chamado @MultimeiosPR no YouTube, onde o Educa</p><p>Play apresenta diversos vídeos formativos. Vamos assistir?</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=hFS0HEagFP4</p><p>1</p><p>8</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>Liderar uma instituição de ensino, promover um ambiente propício para o de-</p><p>senvolvimento dos estudantes, coordenar uma equipe de profissionais e desem-</p><p>penhar um papel fundamental na definição e na implementação das políticas</p><p>educacionais são algumas das responsabilidades do gestor escolar que devem ser</p><p>estabelecidas em um projeto pedagógico consistente, alinhado com as diretrizes</p><p>curriculares e as necessidades da comunidade escolar.</p><p>Além destas atribuições, ele também é o responsável pela gestão administra-</p><p>tiva e financeira da instituição e deve garantir o adequado uso dos recursos dis-</p><p>poníveis. Ele deve ser capaz de tomar decisões estratégicas, buscando a eficiência</p><p>e a eficácia dos processos escolares bem como promover a melhoria contínua em</p><p>todas as áreas da escola.</p><p>A nova edição do Livro O que revela o espaço escolar? – Um</p><p>livro para diretores de escola (2013), da Comunidade Edu-</p><p>cativa CEDAC em parceria com a Editora Moderna e com a</p><p>Fundação Santillana, é uma obra valiosa para diretores de</p><p>escolas que buscam transformar e aprimorar suas práticas.</p><p>A obra é um material de formação que permite um aprofun-</p><p>damento aos projetos que envolvem o contexto da gestão</p><p>escolar, por meio de abordagens inovadoras e de orientações</p><p>para o acompanhamento contínuo do processo educacional.</p><p>Aqui, você encontra o link para o download gratuito do livro</p><p>completo, em pdf:</p><p>https://comunidadeeducativa.org.br/wp-content/up-</p><p>loads/2021/04/O-que-revela-o-espaco-escolar_um-liv-</p><p>ro-para-diretores-de-escola_CE-CEDAC.pdf</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Ser um gestor escolar requer, ainda, habilidades de liderança, comunicação, ne-</p><p>gociação e resolução de problemas. É preciso ter visão estratégica, capacidade</p><p>de motivar e engajar a equipe bem como de promover a participação ativa dos</p><p>pais e da comunidade na vida escolar, estar atualizado sobre as tendências e as</p><p>inovações educacionais e buscar, constantemente, novas práticas e metodologias</p><p>que possam contribuir para a qualidade do ensino.</p><p>O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR</p><p>PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES E FUNÇÕES DO GESTOR</p><p>ESCOLAR</p><p>O gestor escolar desempenha um papel fundamental no ambiente educacional,</p><p>sendo responsável por diversas áreas que abrangem desde aspectos administra-</p><p>tivos até os aspectos pedagógicos e de liderança. Sua atuação é essencial para o</p><p>bom funcionamento da instituição, para a promoção do ensino de qualidade e</p><p>para o desenvolvimento pleno dos alunos.</p><p>Nos âmbitos administrativo-pedagógico, sua incumbência é planejar, organizar</p><p>e controlar os recursos materiais, financeiros e humanos da instituição. Em vista</p><p>disso, suas ações ainda devem proporcionar, enquanto liderança, a promoção do</p><p>clima organizacional saudável, a colaboração entre os membros da equipe, o esta-</p><p>belecimento de uma comunicação eficiente que incentive a participação de toda</p><p>a comunidade escolar. Para Gadotti (2002), isso é o grande exemplo de gestão</p><p>democrática, onde cada um assume de maneira participativa sua responsabilidade.</p><p>Quanto à gestão pedagógica, seu papel é de liderança voltada para o desen-</p><p>volvimento e para o acompanhamento das práticas educacionais, por intermé-</p><p>dio da coordenação geral de todas as ações pedagógicas que devem estimular</p><p>a formação continuada, acompanhar as diretrizes curriculares, as legislações</p><p>vigentes e o monitoramento do desempenho dos alunos, buscando identificar</p><p>suas dificuldades e propor intervenções adequadas.</p><p>1</p><p>1</p><p>É responsável ainda, por organizar a elaboração e coordenar a execução do</p><p>projeto político-pedagógico da escola e estabelecer parcerias que contribuam para</p><p>o desenvolvimento da instituição. Deve ser exemplo de ética, comprometimento,</p><p>profissionalismo e atuar como líder na tomada de decisões assertivas, gerir confli-</p><p>tos, promover o diálogo, estimular o trabalho em equipe e de adaptar o cenário às</p><p>mudanças e às transformações ocorridas ao longo de sua gestão. Além das respon-</p><p>sabilidades e das funções já mencionadas, o gestor escolar também desempenha</p><p>outras atividades essenciais para o bom funcionamento da escola. Entre elas:</p><p>GESTÃO DE EQUIPES</p><p>O gestor escolar é responsável por liderar e orientar a equipe de professores, co-</p><p>ordenadores pedagógicos, funcionários administrativos e demais profissionais da</p><p>escola. Ele deve incentivar a colaboração, promover a troca de experiências e de</p><p>conhecimentos, além de oferecer suporte e capacitação para o aprimoramento</p><p>do trabalho em equipe.</p><p>RELACIONAMENTO COM AS FAMÍLIAS</p><p>O gestor escolar é o elo entre a instituição de ensino e as famílias (pais ou re-</p><p>sponsáveis) dos alunos. Ele deve estabelecer uma comunicação transparente,</p><p>acolhedora e eficiente, informando sobre o desempenho dos estudantes, os</p><p>eventos escolares, as orientações pedagógicas e demais assuntos pertinentes.</p><p>Além disso, é importante que o gestor esteja disponível para ouvir, dialogar e at-</p><p>ender às demandas oriundas das famílias, fortalecendo esta relação entre ambas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>PROMOÇÃO DA INCLUSÃO E DA DIVERSIDADE</p><p>O gestor escolar deve zelar pela inclusão, independentemente das características</p><p>e das necessidades especiais dos alunos, da origem étnica, da religião ou de</p><p>qualquer outra forma de diversidade. Ele deve criar um ambiente escolar acolhedor,</p><p>livre de discriminação e preconceito, promovendo ações e projetos que valorizem a</p><p>diversidade e estimulem a convivência harmoniosa entre toda a comunidade.</p><p>DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS</p><p>O gestor escolar tem a responsabilidade de acompanhar de perto o desenvolvi-</p><p>mento dos alunos. Ele deve analisar os</p><p>resultados das avaliações, identificar</p><p>possíveis problemas ou dificuldades de desempenho ou aprendizagem e propor</p><p>ações de superação. Além disso, o gestor deve estar atento ao bem-estar emo-</p><p>cional e social dos estudantes, buscando estratégias para promover um ambi-</p><p>ente saudável e propício ao desenvolvimento integral.</p><p>BUSCA POR INOVAÇÃO E MELHORIA CONTÍNUA</p><p>O gestor escolar deve estar atualizado sobre as tendências e as inovações na</p><p>área da educação, buscando, constantemente, novas metodologias, novos re-</p><p>cursos e tecnologias que possam contribuir para a melhoria do ensino. Ele deve</p><p>incentivar a formação continuada dos professores, estimulando a participação</p><p>em cursos, seminários e eventos educacionais bem como promover espaços de</p><p>reflexão e troca de experiências.</p><p>Ser um gestor escolar é mais do que ocupar um cargo admin-</p><p>istrativo, é fazer a diferença na vida dos alunos, contribuindo</p><p>para a formação de cidadãos conscientes, éticos e preparados</p><p>para os desafios do mundo contemporâneo. Ele deve ser um</p><p>facilitador do processo de ensino-aprendizagem e estimular</p><p>a criatividade, o pensamento crítico e a autonomia dos es-</p><p>tudantes. Um gestor escolar deve ser ciente da necessidade</p><p>de realizar um trabalho desafiador que permite transformar a</p><p>educação e a sociedade como um todo.</p><p>EM FOCO</p><p>1</p><p>1</p><p>O IMPACTO DO PAPEL DO GESTOR ESCOLAR NA QUALIDADE DO</p><p>ENSINO-APRENDIZAGEM</p><p>O papel que o gestor desempenha como líder, em relação à qualidade do ensi-</p><p>no-aprendizagem influencia diretamente nos indicadores de desempenho e na</p><p>satisfação dos alunos. Uma das suas principais responsabilidades se encontra</p><p>associada ao alcance de metas e objetivos educacionais, definidos por uma gestão</p><p>clara e compartilhada, agregada a um propósito com direcionamento em prol de</p><p>toda a comunidade escolar.</p><p>Seu papel como gestor impacta, diretamente, na criação de condições ade-</p><p>quadas para o desenvolvimento profissional dos professores, por meio de supor-</p><p>te pedagógico e programas de capacitação e formação continuada para o apri-</p><p>moramento docente em relação às melhores práticas de ensino e metodologias</p><p>educacionais. Esta ação gestora, incentiva exatamente a obtenção de resultados</p><p>positivos para a escola, atingidos principalmente em sala de aula, porém, que</p><p>ultrapassam estes limites.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>“ “A avaliação da aprendizagem não é, pois, um processo isolado que</p><p>se faz no interior da sala de aula e que só diz respeito a professores</p><p>e alunos, mas se integra no projeto político pedagógico da escola,</p><p>nos projetos interdisciplinares de intervenção pedagógica propostos</p><p>pelos membros da comunidade escolar e se vincula estreitamente</p><p>ao processo de avaliação institucional. Este processo é mais amplo</p><p>e complexo e está centralizado em relações, decisões e resultados de</p><p>ações da instituição como um todo orgânico, assim, para ser completa</p><p>e atingir os objetivos, deve contemplar e incorporar os resultados da</p><p>avaliação da aprendizagem dos alunos” (VELANGA, 2019, p. 183).</p><p>Estes impactos da ação do gestor ocorrem quando</p><p>ele exerce seu papel de monitorar e acompanhar a</p><p>avaliação do desempenho dos alunos, já que estas</p><p>estratégias dependem da utilização de indicadores</p><p>de desempenho (notas, taxas de aprovação, evasão</p><p>escolar etc.) para identificar os pontos fortes e fra-</p><p>cos bem como para direcionar outras ações.</p><p>Nesta perspectiva, um dos indicadores que ele</p><p>pode utilizar é a satisfação dos alunos, pois um</p><p>ambiente educacional estimulante, com infraes-</p><p>trutura adequada, recursos pedagógicos de qua-</p><p>lidade e uma relação de respeito e diálogo, tende</p><p>a gerar mais satisfação entre os alunos, gerando</p><p>engajamento, participação nas atividades escolares</p><p>e, consequentemente, melhor desempenho</p><p>educacional da avaliação da aprendizagem.</p><p>Segundo o IBGE (2008), os indicadores são ferramentas constituídas de</p><p>variáveis que, associadas a partir de diferentes configurações, expressam</p><p>significados mais amplos sobre os fenômenos a que se referem.</p><p>Ao acompanhar</p><p>de perto estes</p><p>indicadores, o</p><p>gestor escolar tem</p><p>a oportunidade</p><p>de intervir e</p><p>implementar</p><p>políticas e práticas</p><p>que visem elevar a</p><p>qualidade do ensino</p><p>e da aprendizagem</p><p>dos alunos, por</p><p>intermédio de metas</p><p>educacionais e a</p><p>promoção de um</p><p>ambiente acolhedor.</p><p>1</p><p>4</p><p>Para potencializar o impacto do gestor escolar na qualidade do ensino-aprendi-</p><p>zagem, é fundamental que ele esteja em constante atualização e aprimoramento</p><p>profissional. Por isso, participar de cursos, workshops, conferências, trilhas de</p><p>formação e redes de troca de experiências com outros gestores educacionais é</p><p>de suma importância e permite adquirir novos conhecimentos e compartilhar as</p><p>melhores práticas. Um gestor comprometido em se desenvolver, continuamente,</p><p>tem mais chances de liderar uma escola de sucesso capaz de oferecer uma edu-</p><p>cação de qualidade aos alunos.</p><p>Este tipo de gestão, quando realizada, dá ao gestor escolar o poder de im-</p><p>pactar, positivamente, a vida dos estudantes, contribuindo para sua formação</p><p>integral e para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e preparada</p><p>para os desafios do futuro.</p><p>O PAPEL DO VICE-DIRETOR (VICE ASSESSOR, DIRETOR AUXILIAR</p><p>OU ASSESSOR DE DIREÇÃO)</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>A animação “Papel do Diretor e do Diretor Auxiliar”, faz parte da série Gestão</p><p>em Foco e retrata as funções dos dois profissionais em mais uma produção</p><p>da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, por meio da Coordenação de</p><p>Produção Audiovisual (@MultimeiosPR Educa Play no YouTube).</p><p>Vamos assistir?</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=ZuViF0zGxGg</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>O papel do vice-diretor, também conhecido como vice assessor ou assessor de</p><p>direção, está pontualmente ligado à função crucial que ele desempenha dentro</p><p>de uma organização escolar, conectadamente, auxiliando o gestor.</p><p>Este cargo faz parte da equipe de gestão que atua em conjunto com o dire-</p><p>tor para garantir a eficiência e o sucesso das ações desenvolvidas. Sua principal</p><p>responsabilidade é auxiliar o titular nas tomadas de decisões estratégicas, e, para</p><p>isso, ambos devem estreitar esta relação, por meio de colaboração mútua, partilha</p><p>de ideias, análise de dados e avaliação de abordagens que melhor caracterize os</p><p>modos de trabalhos. Nesse contexto, o vice-diretor traz uma perspectiva valiosa</p><p>para o processo de tomada de decisão, contribuindo, geralmente, com sua ex-</p><p>periência e seu conhecimento em áreas específicas, distintas da área do diretor.</p><p>O vice-diretor também assume, interinamente, a liderança, na ausência do di-</p><p>retor, garantindo, com isso, que a organização continue funcionando sem proble-</p><p>mas, mantendo a estabilidade e a continuidade das atividades nesses momentos.</p><p>Outra função importante é a atuação como elo entre o diretor e os colaboradores,</p><p>facilitando a comunicação e a execução das diretrizes e das metas estabelecidas</p><p>pela direção. Cabe a ele supervisionar o desempenho das equipes, fornecer orien-</p><p>tação e apoio e resolver conflitos ou problemas de menor escala administrativa</p><p>que possam surgir.</p><p>1</p><p>1</p><p>Em algumas situações, o vice-diretor desempenha o papel de coordenação do</p><p>planejamento de pessoal da organização, colaborando com o diretor no desenvol-</p><p>vimento de ações de gestão de recursos humanos que vão desde o envolvimento</p><p>no processo de contratação de novos funcionários (entrevistas, avaliação de cur-</p><p>rículos e seleção dos candidatos mais adequados), nas orientações e diretrizes</p><p>para a equipe de recursos humanos, até o desenvolvimento de políticas e práticas</p><p>de gestão de pessoas.</p><p>Outra área em que o vice-diretor desempenha um papel importante é na re-</p><p>presentação da organização em eventos, reuniões, negociações externas, encontros</p><p>com parceiros, fornecedores e autoridades, sendo responsáveis por transmitir a</p><p>visão e os valores da organização, além de negociar acordos e parcerias estratégicas.</p><p>Diante de tantas funcionalidades, é notória a percepção de que o papel do vi-</p><p>ce-diretor é essencial como membro da equipe</p><p>de liderança de uma organização.</p><p>A variedade de funções que ele desempenha, desde apoiar o diretor nas tomadas</p><p>de decisão estratégicas até representar a organização externamente, abrange a</p><p>importância de sua contribuição para o bom funcionamento e o sucesso da uma</p><p>equipe gestora.</p><p>ESTRATÉGIAS EFICAZES DE GESTÃO ESCOLAR</p><p>A eficácia é um fator determinante para o sucesso da gestão escolar de uma insti-</p><p>tuição de ensino. Gestores escolares bem-sucedidos empregam estratégias funda-</p><p>mentais que abrangem o planejamento estratégico, a gestão de recursos humanos,</p><p>a gestão financeira e o envolvimento da comunidade escolar. A gestão escolar</p><p>eficaz é um processo complexo que requer habilidades e estratégias eficazes bem</p><p>fundamentadas e abrangentes, utilizadas por gestores de sucesso que focaram na</p><p>liderança, na visão estratégica, na capacidade de promover o engajamento e no</p><p>desenvolvimento da comunidade escolar como parceira em potencial.</p><p>Alguns pilares são considerados como implementos destas estratégias efica-</p><p>zes. Entre eles, podemos citar o planejamento estratégico, a gestão de recursos</p><p>humanos, a gestão financeira e o envolvimento da comunidade escolar.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO</p><p>O planejamento estratégico é uma ferramenta essencial para a gestão escolar</p><p>eficaz. Os gestores de sucesso dedicam tempo e esforço na definição de metas</p><p>claras e no desenvolvimento de planos de ação que orientem a instituição em</p><p>direção a essas metas. O planejamento estratégico envolve a identificação das</p><p>necessidades e das demandas da comunidade escolar, a análise do ambiente</p><p>educacional, a definição de políticas e diretrizes, além da implementação de aval-</p><p>iações regulares para acompanhar o progresso.</p><p>GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS</p><p>A gestão de recursos humanos desempenha um papel crucial na qualidade do</p><p>ensino e no clima escolar. Os gestores de sucesso valorizam a equipe escolar</p><p>e investem em sua capacitação e seu desenvolvimento profissional contínuo.</p><p>Promovem um ambiente de trabalho positivo, estimulando a colaboração, a co-</p><p>municação e o reconhecimento dos esforços individuais e coletivos. A gestão de</p><p>recursos humanos eficaz também envolve o recrutamento e a seleção cuidadosa</p><p>de profissionais comprometidos com a missão da escola.</p><p>1</p><p>8</p><p>GESTÃO FINANCEIRA</p><p>A gestão financeira eficaz é fundamental para garantir a sustentabilidade e o</p><p>crescimento da instituição de ensino. Gestores de sucesso utilizam estratégias que</p><p>envolvem o planejamento orçamentário, o monitoramento rigoroso dos recursos</p><p>financeiros, a busca de parcerias e fontes de financiamento alternativas bem como</p><p>a alocação estratégica dos recursos disponíveis. A transparência na gestão finan-</p><p>ceira contribui para a confiança da comunidade escolar e para a otimização dos</p><p>investimentos em infraestrutura, materiais didáticos e formação docente.</p><p>ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR</p><p>O envolvimento da comunidade escolar é um fator essencial para o sucesso</p><p>educacional. Os gestores eficazes promovem a participação ativa de pais, alunos,</p><p>professores, funcionários e membros da comunidade em geral. Eles estabelecem</p><p>canais de comunicação abertos, realizam reuniões periódicas, promovem even-</p><p>tos e atividades que estimulem a participação da comunidade na vida escolar.</p><p>O envolvimento da comunidade fortalece os laços entre a escola e a sociedade,</p><p>além de criar um senso de pertencimento e responsabilidade compartilhada</p><p>pelos resultados educacionais.</p><p>Ao implementar estas estratégias, os gestores podem criar um ambiente propício</p><p>para a excelência educacional, promovendo o sucesso acadêmico dos alunos e</p><p>o fortalecimento da escola como instituição eficiente e de sucesso. Embora as</p><p>estratégias de gestão escolar sejam fundamentais para que este sucesso ocorra,</p><p>é importante reconhecermos que os gestores também enfrentam e enfrentarão</p><p>desafios significativos.</p><p>Na listagem, podemos incluir a falta de recursos financeiros, a resistência</p><p>às mudanças (quando necessárias) e a falta de engajamento por parte da co-</p><p>munidade escolar. No entanto gestores de sucesso apontam algumas soluções</p><p>de superação, como um planejamento financeiro que priorize os investimentos</p><p>mais impactantes para a melhoria da qualidade educacional, uma postura trans-</p><p>parente, tanto nas prestações de contas como na explicação sobre os benefícios</p><p>das mudanças propostas, a escuta das vozes dos membros da comunidade nos</p><p>processos decisórios e a oferta de um ambiente acolhedor e inclusivo, onde a</p><p>comunidade se sinta valorizada e participante ativa.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA O GESTOR ESCOLAR</p><p>No contexto desafiador da gestão escolar, algumas habilidades são necessárias</p><p>para que os gestores possam desempenhar seu papel de forma concreta. Foco na</p><p>liderança, comunicação efetiva, resolução de problemas e tomada de decisões são</p><p>algumas dessas habilidades fundamentais para enfrentar os desafios cotidianos</p><p>e alcançar resultados positivos.</p><p>A liderança é uma habilidade essencial para o gestor escolar, pois envolve</p><p>a capacidade de influenciar e motivar as pessoas em direção a objetivos comuns.</p><p>Um líder eficaz é capaz de inspirar e engajar sua equipe, estabelecendo uma visão</p><p>clara e compartilhada. Ele deve ser um exemplo a ser seguido, demonstrando</p><p>integridade, empatia e respeito, deve ter uma visão clara e estratégica do futuro</p><p>da instituição, deve estabelecer metas e objetivos coerentes com essa visão, ser</p><p>capaz de analisar diferentes opções, considerar os prós e contras e tomar decisões</p><p>assertivas. Além disso, deve saber delegar, distribuir tarefas e responsabilidades</p><p>de forma adequada, confiando nas habilidades de sua equipe.</p><p>8</p><p>1</p><p>Um líder eficaz é capaz de se comunicar, de forma clara e objetiva, ouvindo</p><p>e dando feedback de maneira construtiva.</p><p>A comunicação é a base para um relacionamento saudável e produtivo dentro da</p><p>escola. Um gestor escolar deve possuir habilidades de comunicação efetiva</p><p>para estabelecer um diálogo aberto e transparente com sua equipe, seus</p><p>alunos, seus pais e demais membros da comunidade escolar.</p><p>Uma das principais habilidades de um bom gestor escolar é sabe ouvir com em-</p><p>patia as preocupações, as ideias e as sugestões de sua equipe. Essa habilidade será</p><p>como meio transmissor de informações com clareza e forma objetiva, evitando</p><p>ambiguidades e ruídos de comunicação. Um gestor com essa habilidade cria</p><p>espaços de diálogo e incentivo à participação de todos os membros da</p><p>comunidade escolar, mantendo uma comunicação aberta e construtiva com</p><p>pais, responsáveis e membros da comunidade, buscando parcerias em prol do</p><p>desenvolvimento dos alunos.</p><p>A gestão escolar é permeada de desafios e problemas que requerem habilidades</p><p>efetivas de resolução. Um gestor escolar deve estar preparado para iden-</p><p>tificar, analisar e encontrar soluções adequadas para os problemas que</p><p>surgem no cotidiano da instituição.</p><p>Gestores eficazes são capazes de analisar problemas de maneira crítica, identi-</p><p>ficando suas causas e seus impactos, buscar soluções inovadoras e criativas</p><p>para os problemas, considerando diferentes perspectivas e explorando novas</p><p>abordagens. Ele envolve os membros da equipe na busca por soluções, incenti-</p><p>vando a colaboração e o compartilhamento de ideias.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Tomar decisões é uma responsabilidade constante do gestor escolar, pois</p><p>impacta diretamente o rumo da instituição. Um gestor eficaz deve ser capaz</p><p>de tomar decisões fundamentadas e assertivas, considerando diferentes fatores</p><p>e objetivos.</p><p>Ser um gestor escolar eficaz requer um conjunto de habilidades, como a bus-</p><p>ca de informações relevantes, análise de dados, avaliação dos possíveis riscos e</p><p>benefícios envolvidos em cada decisão, buscando o equilíbrio entre eles, com a</p><p>responsabilidade pelos resultados e a valorização do aprendizado e apri-</p><p>moramento contínuos.</p><p>Estas habilidades são essenciais para enfrentar os desafios e promover um</p><p>ambiente positivo, colaborativo</p><p>e inclusivo. Ao desenvolver essas habilidades, o</p><p>gestor escolar estará capacitado para liderar sua equipe, se comunicar de forma</p><p>eficaz, resolver problemas e tomar decisões que promovam o sucesso educacional</p><p>dos alunos e o crescimento da instituição de ensino.</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Um papo sobre saúde emocional e mental</p><p>Lidar com as demandas da gestão escolar pode ser estressante e desafiador, en-</p><p>volvendo pressões externas, tomadas de decisão difíceis e a responsabilidade pelo</p><p>bem-estar de toda a comunidade escolar. O estresse e a carga emocional podem</p><p>afetar, negativamente, a saúde mental do gestor, resultando em esgotamento,</p><p>ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental.</p><p>8</p><p>1</p><p>Portanto, é fundamental que o gestor cuide de sua saúde mental, buscando</p><p>apoio adequado, estabelecendo limites saudáveis e praticando autocuidado. É</p><p>essencial que o gestor tenha estes cuidados, pois ambos são fatores fundamentais</p><p>para a realização de um bom trabalho e de uma vida pessoal satisfatória.</p><p>Ao lidar com situações desafiadoras, como conflitos entre alunos, problemas</p><p>de disciplina ou questões familiares, o gestor com inteligência emocional é capaz</p><p>de manter a calma e tomar decisões equilibradas, considerando não apenas os</p><p>aspectos práticos da situação, mas também o impacto emocional que ela pode</p><p>ter em todas as partes envolvidas.</p><p>Um gestor com sua saúde emocional e mental em dia é capaz de resolver</p><p>conflitos e tomar decisões com bem mais cuidado e zelo, transmitindo para a</p><p>equipe aspectos, como a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as</p><p>próprias emoções e as emoções dos outros, ou seja, inteligência emocional, resi-</p><p>liência e autoconhecimento, contribuindo, assim, para o clima de um ambiente</p><p>salutar que incentiva a equipe escolar e os estudantes a cuidarem de si mesmos,</p><p>promovendo um ambiente de apoio, compreensão e bem-estar.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>1. PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES E FUNÇÕES DO GESTOR ESCOLAR</p><p>O gestor escolar desempenha um papel fundamental no ambiente educacional, sendo res-</p><p>ponsável por diversas áreas que abrangem desde aspectos administrativos até os aspectos</p><p>pedagógicos e de liderança. Sua atuação é essencial para o bom funcionamento da institui-</p><p>ção, para a promoção do ensino de qualidade e para o desenvolvimento pleno dos alunos.</p><p>Nos âmbitos administrativo-pedagógico, sua incumbência é planejar, organizar e con-</p><p>trolar os recursos materiais, financeiros e humanos da instituição. Em vista disso, suas</p><p>ações ainda devem proporcionar, enquanto liderança, a promoção do clima organizacional</p><p>saudável, a colaboração entre os membros da equipe, o estabelecimento de uma</p><p>comunicação eficiente que incentive a participação de toda a comunidade escolar. Para</p><p>Gadotti (2002), isso é o grande exemplo de gestão democrática, onde cada um assume,</p><p>de maneira participativa, sua responsabilidade. Quanto à gestão pedagógica, seu papel</p><p>é de liderança voltada para o desenvolvimento e para o acompanhamento das práticas</p><p>educacionais, por intermédio da coordenação geral de todas as ações pedagógicas que</p><p>devem estimular a formação continuada, acompanhar as diretrizes curriculares, as le-</p><p>gislações vigentes e o monitoramento do desempenho dos alunos, buscando identificar</p><p>suas dificuldades e propor intervenções adequadas. É responsável, ainda, por organizar</p><p>a elaboração e coordenar a execução do projeto político-pedagógico da escola e estabe-</p><p>lecer parcerias que contribuam para o desenvolvimento da instituição. Deve ser exemplo</p><p>de ética, comprometimento, profissionalismo e atuar como líder na tomada de decisões</p><p>assertivas, gerir conflitos, promover o diálogo, estimular o trabalho em equipe e de adaptar</p><p>o cenário às mudanças e às transformações ocorridas ao longo de sua gestão. Além das</p><p>responsabilidades e das funções já mencionadas, o gestor escolar também desempenha</p><p>outras atividades essenciais para o bom funcionamento da escola. Entre elas:</p><p>GESTÃO DE EQUIPES - o gestor escolar é responsável por liderar e orientar a equipe de</p><p>professores, coordenadores pedagógicos, funcionários administrativos e demais profis-</p><p>sionais da escola. Ele deve incentivar a colaboração, promover a troca de experiências</p><p>e conhecimentos, além de oferecer suporte e capacitação para o aprimoramento do</p><p>trabalho em equipe.</p><p>RELACIONAMENTO COM AS FAMÍLIAS - o gestor escolar é o elo entre a instituição</p><p>de ensino e as famílias (pais ou responsáveis) dos alunos. Ele deve estabelecer uma</p><p>comunicação transparente, acolhedora e eficiente, informando sobre o desempenho</p><p>dos estudantes, os eventos escolares, as orientações pedagógicas e demais assuntos</p><p>pertinentes. Além disso, é importante que o gestor esteja disponível para ouvir, dialogar</p><p>e atender às demandas oriunda das famílias, fortalecendo esta relação entre ambas.</p><p>8</p><p>4</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>PROMOÇÃO DA INCLUSÃO E DA DIVERSIDADE - o gestor escolar deve zelar pela</p><p>inclusão, independentemente das características e das necessidades especiais dos</p><p>alunos, da origem étnica, da religião ou de qualquer outra forma de diversidade. Ele deve</p><p>criar um ambiente escolar acolhedor, livre de discriminação e preconceito, promovendo</p><p>ações e projetos que valorizem a diversidade e estimulem a convivência harmoniosa</p><p>entre toda a comunidade.</p><p>DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS - o gestor escolar tem a responsabilidade de acom-</p><p>panhar de perto o desenvolvimento dos alunos. Ele deve analisar os resultados das ava-</p><p>liações, identificar possíveis problemas ou dificuldades de desempenho ou aprendiza-</p><p>gem e propor ações de superação. Além disso, o gestor deve estar atento ao bem-estar</p><p>emocional e social dos estudantes, buscando estratégias para promover um ambiente</p><p>saudável e propício ao desenvolvimento integral.</p><p>BUSCA POR INOVAÇÃO E MELHORIA CONTÍNUA - o gestor escolar deve estar atualiza-</p><p>do sobre as tendências e as inovações na área da educação, buscando, constantemente,</p><p>novas metodologias, novos recursos e novas tecnologias que possam contribuir para a</p><p>melhoria do ensino. Ele deve incentivar a formação continuada dos professores, estimu-</p><p>lando a participação em cursos, seminários e eventos educacionais, bem como promover</p><p>espaços de reflexão e troca de experiências.</p><p>As principais responsabilidades e as funções do gestor escolar envolvem aspectos ad-</p><p>ministrativos, pedagógicos e de liderança. Sua atuação é essencial para o sucesso da</p><p>instituição, garantindo um ambiente propício ao aprendizado, promovendo o desenvol-</p><p>vimento dos alunos e construindo uma escola de qualidade. Este papel multifacetado</p><p>é imprescindível para a construção de uma escola de excelência, que proporcione um</p><p>ambiente educacional de qualidade e contribua para a formação dos alunos. Ser um</p><p>gestor escolar é mais do que ocupar um cargo administrativo, é fazer a diferença na vida</p><p>dos alunos, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes, éticos e preparados</p><p>para os desafios do mundo contemporâneo. Ele deve ser um facilitador do processo de</p><p>ensino-aprendizagem e estimular a criatividade, o pensamento crítico e a autonomia dos</p><p>estudantes. Um gestor escolar deve ser ciente da necessidade de realizar um trabalho</p><p>desafiador que permite transformar a educação e a sociedade como um todo.</p><p>Fonte: GADOTTI, M.; ROMÃO, J. E. Autonomia da Escola: princípios e propostas. 5. ed.</p><p>São Paulo: Cortez, 2002.</p><p>8</p><p>5</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>Qual é uma das responsabilidades do gestor escolar na área administrativa?</p><p>a) Desenvolver e implementar o currículo escolar.</p><p>b) Avaliar o desempenho dos alunos e propor intervenções adequadas.</p><p>c) Gerir os recursos materiais, financeiros e humanos da instituição.</p><p>d) Elaborar parcerias para o desenvolvimento da comunidade escolar.</p><p>e) Coordenar a execução do projeto político-pedagógico da escola.</p><p>2. O IMPACTO DO PAPEL DO GESTOR ESCOLAR NA QUALIDADE DO ENSINO-APREN-</p><p>DIZAGEM</p><p>O papel que o gestor desempenha como líder, em relação à qualidade do ensino-apren-</p><p>dizagem, influencia diretamente nos indicadores de desempenho e na satisfação dos</p><p>alunos. Uma das</p><p>suas principais responsabilidades se encontra associada ao alcance de</p><p>metas e objetivos educacionais, definidos por uma gestão clara e compartilhada, agregada</p><p>a um propósito com direcionamento em prol de toda a comunidade escolar.</p><p>Seu papel como gestor impacta diretamente na criação de condições adequadas para</p><p>o desenvolvimento profissional dos professores, por meio de suporte pedagógico e de</p><p>programas de capacitação e formação continuada para o aprimoramento docente em</p><p>relação às melhores práticas de ensino e metodologias educacionais. Esta ação gestora,</p><p>incentiva exatamente a obtenção de resultados positivos para a escola, atingidos, prin-</p><p>cipalmente, em sala de aula, porém que ultrapassam estes limites.</p><p>“A avaliação da aprendizagem não é, pois, um processo isolado que se faz no interior</p><p>da sala de aula e que só diz respeito a professores e alunos, mas se integra no projeto</p><p>político pedagógico da escola, nos projetos interdisciplinares de intervenção pedagógica</p><p>propostos pelos membros da comunidade escolar e se vincula estreitamente ao processo</p><p>de avaliação institucional. Este processo é mais amplo e complexo e está centralizado em</p><p>relações, decisões e resultados de ações da instituição como um todo orgânico, assim,</p><p>para ser completa e atingir os objetivos, deve contemplar e incorporar os resultados da</p><p>avaliação da aprendizagem dos alunos” (VELANGA, 2019).</p><p>Estes impactos da ação do gestor ocorrem quando ele exerce seu papel de monitorar e</p><p>acompanhar a avaliação do desempenho dos alunos, já que estas estratégias dependem</p><p>da utilização de indicadores de desempenho (notas, taxas de aprovação, evasão escolar</p><p>etc.) para identificar os pontos fortes e fracos, bem como para direcionar outras ações.</p><p>Nesta perspectiva, um dos indicadores que ele pode utilizar, é a satisfação dos alunos,</p><p>8</p><p>1</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>pois um ambiente educacional estimulante, com infraestrutura adequada, recursos peda-</p><p>gógicos de qualidade e uma relação de respeito e diálogo tende a gerar maior satisfação</p><p>entre os alunos, gera engajamento, participação nas atividades escolares e, consequen-</p><p>temente, melhor desempenho educacional da avaliação da aprendizagem.</p><p>Ao acompanhar de perto estes indicadores, o gestor escolar tem a oportunidade de</p><p>intervir e implementar políticas e práticas que visem elevar a qualidade do ensino e da</p><p>aprendizagem dos alunos, por intermédio de metas educacionais e a promoção de um</p><p>ambiente acolhedor. Segundo o IBGE (2008), os indicadores são ferramentas cons-</p><p>tituídas de variáveis que, associadas a partir de diferentes configurações, ex-</p><p>pressam significados mais amplos sobre os fenômenos a que se referem.</p><p>Para potencializar o impacto do gestor escolar na qualidade do ensino-aprendizagem, é</p><p>fundamental que ele esteja em constante atualização e aprimoramento profissional. Por</p><p>isso, participar de cursos, workshops, conferências, trilhas de formação e redes de troca</p><p>de experiências com outros gestores educacionais, é de suma importância e permite</p><p>adquirir novos conhecimentos e compartilhar as melhores práticas. Um gestor compro-</p><p>metido em se desenvolver continuamente tem maiores chances de liderar uma escola de</p><p>sucesso, capaz de oferecer uma educação de qualidade aos alunos. Esse tipo de gestão,</p><p>quando realizada, dá ao gestor escolar o poder de impactar, positivamente, a vida dos</p><p>estudantes, contribuindo para sua formação integral e para a construção de uma socie-</p><p>dade mais justa, igualitária e preparada para os desafios do futuro.</p><p>IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS. Síntese dos indicadores so-</p><p>ciais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.</p><p>VELANGA, C. T. Gestão do trabalho escolar e a avaliação da aprendizagem numa pers-</p><p>pectiva mediadora: o conflito entre o pensar em fazer e o querer fazer. In: COLARES, M.</p><p>L. I. S.; PACÍFICO J. M.; ESTRELA, G. Q. (orgs.). Gestão Escolar: Enfrentando os desafios</p><p>cotidianos em escolas públicas. Curitiba: Editora CRV, 2009. p. 183-194.</p><p>Qual é um dos indicadores que o gestor escolar pode utilizar para avaliar a qualidade do</p><p>ensino-aprendizagem?</p><p>a) Taxa de evasão escolar.</p><p>b) Número de matrículas realizadas.</p><p>c) Orçamento anual da escola.</p><p>d) Tempo médio de permanência dos alunos na escola.</p><p>e) Índice de desenvolvimento humano do município.</p><p>8</p><p>1</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>3. O IMPACTO DO PAPEL DO GESTOR ESCOLAR NA QUALIDADE DO ENSINO-APREN-</p><p>DIZAGEM</p><p>O papel que o gestor desempenha como líder em relação à qualidade do ensino-aprendi-</p><p>zagem influencia diretamente nos indicadores de desempenho e na satisfação dos alunos.</p><p>Uma das suas principais responsabilidades encontra-se associada ao alcance de metas e</p><p>objetivos educacionais, definidos por uma gestão clara e compartilhada, agregada a um</p><p>propósito com direcionamento em prol de toda a comunidade escolar.</p><p>Seu papel como gestor impacta, diretamente, na criação de condições adequadas para o</p><p>desenvolvimento profissional dos professores, por meio de suporte pedagógico e progra-</p><p>mas de capacitação e formação continuada para o aprimoramento docente em relação</p><p>às melhores práticas de ensino e metodologias educacionais. Esta ação gestora incentiva</p><p>exatamente a obtenção de resultados positivos para a escola, atingidos, principalmente,</p><p>em sala de aula, porém, que ultrapassam esses limites.</p><p>“A avaliação da aprendizagem não é, pois, um processo isolado que se faz no interior</p><p>da sala de aula e que só diz respeito a professores e alunos, mas se integra no projeto</p><p>político pedagógico da escola, nos projetos interdisciplinares de intervenção pedagógica</p><p>propostos pelos membros da comunidade escolar e se vincula estreitamente ao processo</p><p>de avaliação institucional. Este processo é mais amplo e complexo e está centralizado em</p><p>relações, decisões e resultados de ações da instituição como um todo orgânico, assim,</p><p>para ser completa e atingir os objetivos, deve contemplar e incorporar os resultados da</p><p>avaliação da aprendizagem dos alunos” (VELANGA, 2019).</p><p>Estes impactos da ação do gestor ocorrem quando ele exerce seu papel de monitorar e</p><p>acompanhar a avaliação do desempenho dos alunos, já que estas estratégias dependem da</p><p>utilização de indicadores de desempenho (notas, taxas de aprovação, evasão escolar etc.)</p><p>para identificar os pontos fortes e fracos bem como para direcionar outras ações. Nesta</p><p>perspectiva, um dos indicadores que ele pode utilizar é a satisfação dos alunos, pois um</p><p>ambiente educacional estimulante, com infraestrutura adequada, recursos pedagógicos</p><p>de qualidade e uma relação de respeito e diálogo tende a gerar maior satisfação entre os</p><p>alunos, gerando engajamento, participação nas atividades escolares e, consequentemente,</p><p>melhor desempenho educacional da avaliação da aprendizagem.</p><p>8</p><p>8</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>Ao acompanhar de perto estes indicadores, o gestor escolar tem a oportunidade de in-</p><p>tervir e implementar políticas e práticas que visem elevar a qualidade do ensino e da</p><p>aprendizagem dos alunos, por intermédio de metas educacionais e a promoção de um</p><p>ambiente acolhedor. Segundo o IBGE (2008), os indicadores são ferramentas constituídas</p><p>de variáveis que, associadas a partir de diferentes configurações, expressam significados</p><p>mais amplos sobre os fenômenos a que se referem.</p><p>Para potencializar o impacto do gestor escolar na qualidade do ensino-aprendizagem, é</p><p>fundamental que ele esteja em constante atualização e aprimoramento profissional. Por</p><p>isso, participar de cursos, workshops, conferências, trilhas de formação e redes de troca</p><p>de experiências com outros gestores educacionais é de suma importância e permite</p><p>adquirir novos conhecimentos e compartilhar as melhores práticas. Um gestor compro-</p><p>metido em se desenvolver, continuamente, tem maiores chances de liderar uma escola de</p><p>sucesso, capaz de oferecer uma educação de qualidade aos alunos. Este tipo de gestão,</p><p>quando realizada, dá ao gestor escolar o poder de impactar, positivamente, a vida dos</p><p>estudantes, contribuindo para sua formação integral e para</p><p>a construção de uma socie-</p><p>dade mais justa, igualitária e preparada para os desafios do futuro.</p><p>IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS. Síntese dos indicadores</p><p>sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE,</p><p>2008.</p><p>VELANGA, C. T. Gestão do trabalho escolar e a avaliação da aprendizagem numa pers-</p><p>pectiva mediadora: o conflito entre o pensar em fazer e o querer fazer. In: COLARES, M.</p><p>L. I. S.; PACÍFICO J. M.; ESTRELA, G. Q. (orgs.). Gestão Escolar: Enfrentando os desafios</p><p>cotidianos em escolas públicas. Curitiba: Editora CRV, 2009. p. 183-194.</p><p>Qual é uma das responsabilidades do gestor escolar relacionada à qualidade do ensino-</p><p>-aprendizagem?</p><p>a) Definir o horário de recreio dos alunos.</p><p>b) Gerenciar o orçamento da escola.</p><p>c) Selecionar o uniforme escolar dos estudantes.</p><p>d) Ministrar aulas para os alunos.</p><p>e) Promover a capacitação dos professores.</p><p>8</p><p>9</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>COLARES, M. L. I. S.; PACÍFICO, J. M.; ESTRELA, G. Q. (orgs.). Gestão Escolar: Enfrentando os</p><p>desafios cotidianos em escolas públicas. Curitiba: Editora CRV, 2009.</p><p>GADOTTI, M.; ROMÃO, J. E. Autonomia da Escola: princípios e propostas. 5. ed. São Paulo:</p><p>Cortez, 2002.</p><p>IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese dos indicadores sociais:</p><p>uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.</p><p>VELANGA, C. T. Gestão do trabalho escolar e a avaliação da aprendizagem numa perspec-</p><p>tiva mediadora: o conflito entre o pensar em fazer e o querer fazer. In: COLARES, M. L. I. S.;</p><p>PACÍFICO J. M.; ESTRELA, G. Q. (orgs.). Gestão Escolar: Enfrentando os desafios cotidianos</p><p>em escolas públicas. Curitiba: Editora CRV, 2009. p. 183-194.</p><p>9</p><p>1</p><p>1. FEEDBACK: C. O gestor escolar tem a responsabilidade de gerir os recursos materiais,</p><p>financeiros e humanos da instituição. Isso envolve planejar, organizar e controlar esses</p><p>recursos, de forma eficiente, garantindo que a escola tenha o necessário para seu fun-</p><p>cionamento adequado. Esta competência é essencial para garantir o bom andamento</p><p>das atividades escolares e o alcance dos objetivos educacionais. As demais opções</p><p>estão incorretas, pois se referem a responsabilidades diferentes do gestor escolar na</p><p>área administrativa.</p><p>2. FEEDBACK: A. A taxa de evasão escolar é um indicador relevante para avaliar a qualidade</p><p>do ensino-aprendizagem, pois indica o número de alunos que abandonam a escola antes</p><p>de concluírem seus estudos. Uma alta taxa de evasão pode indicar problemas, como falta</p><p>de motivação dos alunos, baixo engajamento ou insatisfação com a qualidade da edu-</p><p>cação oferecida. Portanto, monitorar e reduzir a taxa de evasão escolar é uma estratégia</p><p>importante para o gestor escolar melhorar a qualidade do ensino e garantir que os alunos</p><p>permaneçam na escola e tenham oportunidades de aprendizagem adequadas.</p><p>3. FEEDBACK: E. Uma das responsabilidades do gestor escolar é promover a capacitação</p><p>dos professores. Isso envolve fornecer suporte pedagógico, programas de formação con-</p><p>tinuada e oportunidades de atualização profissional. Ao investir no desenvolvimento dos</p><p>professores, o gestor contribui para a melhoria da qualidade do ensino, incentivando a</p><p>adoção de melhores práticas pedagógicas, o uso de metodologias eficazes e a atualização</p><p>em relação às últimas tendências educacionais. A capacitação dos professores é essencial</p><p>para que eles possam oferecer uma educação de qualidade aos alunos.</p><p>GABARITO</p><p>9</p><p>1</p><p>UNIDADE 2</p><p>MINHAS METAS</p><p>A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL</p><p>NO ÂMBITO ESCOLAR</p><p>Explorar o papel da orientação educacional como uma ação pedagógica essencial</p><p>na escola.</p><p>Analisar as abordagens teóricas e os fundamentos da orientação educacional.</p><p>Investigar os métodos e as estratégias de intervenção da orientação escolar.</p><p>Explorar os princípios e as práticas da orientação educacional.</p><p>Discutir a importância da supervisão escolar como parte integrante da equipe pedagógica.</p><p>Desvelar a importância da parceria entre orientadores, professores, gestores e comunidade.</p><p>Destacar as questões éticas e legais envolvidas na orientação educacional.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4</p><p>9</p><p>4</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A Orientação Educacional é uma área de extrema importância no contexto esco-</p><p>lar, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento integral dos estudan-</p><p>tes. Seu papel é orientar, apoiar e promover o bem-estar acadêmico e emocional</p><p>dos alunos, contribuindo para um ambiente educacional saudável e produtivo.</p><p>No entanto, para compreender plenamente seu impacto, é necessário analisar as</p><p>abordagens teóricas que a embasam e os métodos de intervenção utilizados pelos</p><p>orientadores escolares.</p><p>Um dos principais desafios enfrentados pela Orientação Educacional é a diversidade</p><p>de necessidades dos estudantes.</p><p>Cada aluno é único e pode enfrentar dificuldades acadêmicas, sociais, emocionais</p><p>ou comportamentais distintas.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Portanto, como os orientadores podem adaptar suas estratégias para atender a</p><p>esta heterogeneidade? Além disso, como podem trabalhar em parceria eficaz com</p><p>os supervisores escolares para estabelecer o equilíbrio pedagógico no ambiente</p><p>educacional?</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>A Orientação Educacional busca promover o desenvolvimento integral dos</p><p>alunos, ajudando-os a superar desafios, definir metas educacionais e emocionais</p><p>e desenvolver habilidades sociais. Isso é fundamental para garantir que todos os</p><p>estudantes tenham igualdade de oportunidades e possam alcançar seu potencial</p><p>máximo. A parceria com os supervisores escolares é essencial para garantir a</p><p>consistência e a eficácia das estratégias educacionais adotadas.</p><p>Os orientadores escolares utilizam uma variedade de métodos e estratégias</p><p>para atingir seus objetivos. Isso pode incluir aconselhamento individualizado,</p><p>grupos de apoio, workshops de desenvolvimento pessoal e a promoção de ativi-</p><p>dades que promovam a integração e o relacionamento saudável entre os alunos.</p><p>Eles também colaboram de perto com os supervisores escolares para alinhar as</p><p>estratégias de ensino com as necessidades individuais dos alunos e com os obje-</p><p>tivos educacionais da escola.</p><p>É importante que os orientadores escolares estejam sempre refletindo sobre</p><p>sua prática profissional. Eles devem avaliar, constantemente, a eficácia de suas</p><p>intervenções e as adaptar de acordo com as mudanças nas necessidades dos alu-</p><p>nos e no ambiente educacional. Além disso, a colaboração e a comunicação com</p><p>os supervisores escolares devem ser alvo de reflexão contínua para garantir uma</p><p>parceria sólida e produtiva em prol do equilíbrio pedagógico na escola.</p><p>Você conhece algum orientador ou supervisor escolar?</p><p>Que tal conhecermos juntos os trabalhos que eles desenvolvem e nos apro-</p><p>fundarmos mais sobre a orientação educacional no âmbito escolar?</p><p>Vem dar o play neste programa que tem como tema: O papel da Orientação e da</p><p>Supervisão Escolar. O Podcast sobre estas duas funções e seus papéis no âmbito</p><p>escolar está imperdível e repleto de conhecimento só esperando por você.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>A Orientação, no âmbito educacional, ocorre, por meio de apoio aos alunos, na</p><p>construção e no desenvolvimento de habilidades socioemocionais e na tomada</p><p>de decisões acadêmicas e profissionais. Por meio de um trabalho próximo aos</p><p>professores, gestores e comunidade, os orientadores promovem a integração da</p><p>equipe, visando ao aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem.</p><p>9</p><p>1</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>O boletim Aprendizagem em Foco, do Instituto Unibanco, é uma produção em</p><p>forma de suplemento que apresenta discussões sobre conteúdos e temas de</p><p>extrema importância para as questões educacionais. No boletim de número 55</p><p>(2019), o Instituto apresentou uma reportagem sobre Gestão, intitulada Supervisores</p><p>são fundamentais no apoio à escola. A grande sacada no boletim é a participação</p><p>dos gestores escolares com seus depoimentos sobre o avanço do entendimento</p><p>acerca da mudança sobre o olhar</p><p>Essas conexões envolvem a relação entre teoria e prática bem como</p><p>as perspectivas futuras da gestão escolar.</p><p>Vamos, juntos, explorar estas conexões?</p><p>O conhecimento teórico é fundamental para que os gestores escolares com-</p><p>preendam os princípios, os modelos e as tendências da gestão educacional. Por</p><p>meio da formação teórica adquirem conhecimentos sobre os diferentes modelos</p><p>de gestão, as políticas educacionais e as práticas pedagógicas inovadoras. Esta</p><p>base permite uma compreensão maior sobre os fundamentos da gestão escolar</p><p>e sua aplicação na prática profissional.</p><p>A atuação do gestor escolar requer a integração entre teoria e prática. O</p><p>conhecimento teórico serve para embasar a tomada de decisões e a implemen-</p><p>tação de políticas educacionais. Ao mesmo tempo, a prática profissional viven-</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>ciada pelo gestor proporciona experiências concretas que podem enriquecer e</p><p>redefinir a compreensão teórica. A relação entre teoria e prática é essencial para</p><p>que o gestor possa enfrentar os desafios do ambiente profissional de forma eficaz.</p><p>O mercado de trabalho para gestores escolares está em constante evolução.</p><p>As perspectivas futuras apontam para a necessidade de os gestores se adaptarem</p><p>às mudanças sociais, tecnológicas e educacionais. Isso inclui o uso de tecnolo-</p><p>gias educacionais, a promoção da educação inclusiva, a valorização da formação</p><p>continuada e a busca por parcerias e redes de colaboração. Os gestores precisam</p><p>estar atualizados e preparados para lidar com estas demandas e se manterem</p><p>relevantes no mercado de trabalho.</p><p>As perspectivas futuras da gestão escolar indicam a necessidade de inova-</p><p>ção, flexibilidade curricular e ênfase na formação integral dos alunos. Os gestores</p><p>devem acompanhar as tendências educacionais e buscar formas de implementar</p><p>práticas inovadoras em suas escolas. Além disso, a construção de parcerias e</p><p>a participação em redes de colaboração serão cada vez mais importantes para</p><p>ampliar as oportunidades de aprendizagem e aprimorar a qualidade da gestão</p><p>escolar.</p><p>GESTÃO ESCOLAR E SEU PERCURSO</p><p>EVOLUÇÃO HISTÓRICA</p><p>A gestão escolar tem sido uma área em constante transformação ao longo da his-</p><p>tória. Desde os primórdios da educação formal, as escolas foram administradas</p><p>de diferentes maneiras, refletindo as necessidades e os valores das sociedades</p><p>em cada época.</p><p>1</p><p>1</p><p>No período medieval, a gestão escolar era predominantemente controlada pela</p><p>Igreja, que desempenhava um papel central na organização e no currículo das</p><p>escolas. As decisões eram tomadas por autoridades eclesiásticas, e o ensino tinha</p><p>como objetivo principal a formação religiosa. Com o surgimento do Iluminismo</p><p>e a disseminação de ideias iluministas, a gestão escolar passou por mudanças</p><p>significativas. A educação começou a ser vista como um meio de formação do</p><p>cidadão e de promoção do progresso social. Nesse período, surgiram as primei-</p><p>ras escolas laicas e as primeiras tentativas de criar sistemas educacionais mais</p><p>estruturados.</p><p>No século XX, com o movimento de universalização do ensino, a gestão es-</p><p>colar passou por novas mudanças. O Estado assumiu um papel mais central na</p><p>administração das escolas, estabelecendo políticas educacionais e criando órgãos</p><p>de supervisão e controle. A gestão democrática das escolas ganhou destaque com</p><p>a participação da comunidade escolar na tomada de decisões. Já no século XIX,</p><p>com o avanço da industrialização e o crescimento das cidades, novos desafios</p><p>surgiram para a gestão escolar.</p><p>As escolas precisaram se adaptar às demandas de uma sociedade em transfor-</p><p>mação, proporcionando uma educação básica para um número cada vez maior</p><p>de crianças. Surgiram, também, os primeiros modelos de gestão burocrática,</p><p>com a implementação de regulamentos e a criação de cargos administrativos</p><p>específicos.</p><p>No livro Gestão Democrática da Educação:</p><p>Atuais Tendências, Novos Desafios, escrito pelo</p><p>renomado autor José Carlos Libâneo, somos apre-</p><p>sentados a uma profunda reflexão sobre a impor-</p><p>tância da gestão democrática no contexto educa-</p><p>cional atual. A obra destaca a necessidade de se</p><p>construir um ambiente participativo e inclusivo</p><p>nas instituições de ensino , visando promover uma educação de qualidade e</p><p>formar cidadãos conscientes e críticos</p><p>Construir um</p><p>ambiente</p><p>participativo e</p><p>inclusivo nas</p><p>instituições de</p><p>ensino</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Libâneo (2001) aborda as diversas dimensões da gestão democrática, incluin-</p><p>do a participação efetiva de todos os envolvidos no processo educativo, desde</p><p>os gestores e professores até os estudantes e a comunidade escolar. Ele ressalta</p><p>que a gestão democrática vai além de um simples sistema de eleição de diretores,</p><p>envolvendo a construção coletiva de projetos pedagógicos, a valorização da</p><p>autonomia das escolas e a promoção do diálogo e da escuta ativa.</p><p>Ao longo da obra, o autor também explora as atuais tendências e os novos</p><p>desafios enfrentados pela gestão democrática da educação. Ele destaca a impor-</p><p>tância de incorporar as tecnologias digitais de forma crítica e reflexiva , buscan-</p><p>do utilizar estas ferramentas como aliadas no processo educativo, sem perder</p><p>de vista os princípios democráticos. Além disso, Libâneo (2001) traz à tona a</p><p>necessidade de enfrentar as desigualdades sociais e educacionais, garantindo o</p><p>acesso equitativo à educação de qualidade para todos os alunos. Ele ressalta</p><p>a importância de políticas públicas efetivas, que valorizem a educação como um</p><p>direito humano fundamental e promovam a equidade e nos instiga a repensar</p><p>práticas e ações, buscando promover uma educação mais justa, inclusiva e par-</p><p>ticipativa, capaz de transformar a sociedade, por meio do conhecimento e da</p><p>formação cidadã</p><p>PRINCIPAIS MODELOS DE GESTÃO ESCOLAR AO LONGO DA</p><p>HISTÓRIA</p><p>Ao longo da história, diversos modelos de gestão escolar foram desenvolvidos e</p><p>aplicados. Cada modelo refletia as concepções e os contextos sociais de sua época.</p><p>Alguns dos principais modelos são:</p><p>GESTÃO CLERICAL</p><p>Nas primeiras instituições educacionais, a gestão era controlada pela Igreja, que</p><p>exercia um papel dominante na definição dos currículos e na organização das</p><p>escolas. As decisões eram tomadas por autoridades eclesiásticas.</p><p>Atualmente, a gestão é amplamente conduzida por órgãos governamentais e/ou</p><p>pela iniciativa privada e conta com a participação de especialistas em educação,</p><p>como pedagogos e demais profissionais com formação na área. A gestão clerical</p><p>ficou restrita somente a algumas escolas religiosas, chamadas, também, de es-</p><p>colas confessionais.</p><p>1</p><p>4</p><p>GESTÃO ILUMINISTA</p><p>Com o Iluminismo, a gestão escolar passou a ser pautada pela promoção do pro-</p><p>gresso social e da formação do cidadão. Surgiram as primeiras escolas laicas, e</p><p>a gestão foi influenciada por ideias, como a razão, a igualdade e a liberdade. Este</p><p>modelo de gestão continua a ter relevância na realidade atual, porém, de maneira</p><p>mais social, na busca da promoção de valores e na formação de cidadãos con-</p><p>scientes e críticos.</p><p>GESTÃO BUROCRÁTICA</p><p>No contexto da industrialização, surgiram modelos de gestão baseados em</p><p>princípios burocráticos. Regulamentos foram estabelecidos, cargos admin-</p><p>istrativos foram criados e as escolas passaram a ser geridas de forma mais</p><p>organizada e eficiente. Os modelos de gestão, hoje, equilibram alguns elementos</p><p>burocráticos do antigo modelo, porém com eficiência, otimização do tempo e</p><p>adaptabilidade às necessidades dos contextos, como enfoques principais nas</p><p>práticas da gestão.</p><p>GESTÃO DEMOCRÁTICA</p><p>No século XX, com a busca pela universalização do ensino e a valorização da</p><p>participação social, surgiu o modelo de gestão democrática. Nesse modelo, a</p><p>comunidade escolar, incluindo professores, alunos e pais, tem voz nas decisões e</p><p>na definição das políticas educacionais. O modelo continua sendo uma tendência</p><p>crescente na realidade atual, principalmente pela abordagem voltada às práticas</p><p>sociais e às necessidades de todos os envolvidos no processo educacional.</p><p>O</p><p>para o papel dos supervisores escolares no</p><p>assessoramento e apoio escolar.</p><p>Vale a pena acessar. O link encontra-se disponível aqui:</p><p>A relevância da orientação educacional no âmbito escolar destaca-se como uma</p><p>função pedagógica essencial. Por meio de suas abordagens teóricas, seus méto-</p><p>dos de intervenção, seus princípios e suas práticas, bem como a parceria entre os</p><p>diferentes atores educacionais e as questões éticas e legais envolvidas, o serviço</p><p>de orientação torna-se fundamental para o desenvolvimento integral dos estu-</p><p>dantes e para a construção de uma educação de qualidade. Quando esta parceria</p><p>funciona, de fato, a escola ganha ainda mais força e proporciona um ambiente de</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>aprendizagem saudável e acolhedor, além de fortalecer a escola como um espaço</p><p>de formação integral e pleno.</p><p>Outra área, além da orientação, é a supervisão escolar, que emerge como</p><p>parte integrante da equipe pedagógica, desempenhando um papel fundamental</p><p>na articulação entre a orientação educacional e as práticas pedagógicas.</p><p>A supervisão busca assegurar a qualidade do ensino, promovendo a reflexão sobre</p><p>as práticas educativas, orientando professores e colaborando para o alcance dos</p><p>objetivos educacionais.</p><p>O Livro A Coordenação do Trabalho Pedagógico na Escola -</p><p>Processos e Práticas, organizado pelas autoras Maria Amélia</p><p>Santoro Franco e Elisabete F. Esteves Campos, da Editora Uni-</p><p>versitária Leopoldianum, reúne um compilado de temáticas</p><p>voltadas para o espaço escolar.</p><p>A obra, de 2016, apresenta as trajetórias dos processos e das</p><p>práticas da coordenação pedagógica no dia a dia da escola e</p><p>aborda questões como as ações formativas, os desafios, as re-</p><p>flexões e as contribuições destas atividades.</p><p>O link do livro completo para o download gratuito, você encon-</p><p>tra a seguir:</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>A orientação educacional no âmbito escolar desempenha um papel fundamental</p><p>no apoio ao desenvolvimento integral dos estudantes. Este setor tem a respon-</p><p>sabilidade de promover ações que contribuam para o crescimento acadêmico,</p><p>emocional, social e profissional dos alunos, visando ao sucesso escolar e ao de-</p><p>senvolvimento de habilidades necessárias para a vida, além de envolver uma série</p><p>de atividades e intervenções que são realizadas por profissionais especializados</p><p>(pedagogos e/ou psicopedagogos).</p><p>9</p><p>8</p><p>A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO ÂMBITO ESCOLAR</p><p>O Papel da Orientação Educacional como Ação Essencial no</p><p>Ambiente Escolar</p><p>A Orientação Educacional é uma área fundamental no contexto escolar e desem-</p><p>penha um papel primordial no desenvolvimento integral dos estudantes. Por ser</p><p>uma ação pedagógica essencial, além de fornecer suporte emocional e orientação</p><p>vocacional aos alunos, a orientação educacional também desempenha um papel</p><p>ativo na promoção de um ambiente de aprendizado saudável e estimulante, por</p><p>meio de trabalhos pedagógicos embasados em princípios éticos e humanistas,</p><p>para a formação de indivíduos críticos, autônomos e preparados para enfrentar</p><p>os desafios da vida.</p><p>A Orientação Educacional possui diversas ações essenciais que são funda-</p><p>mentais para a sua atuação enquanto serviço pedagógico no ambiente escolar.</p><p>Vejamos algumas delas:</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Orientação Vocacional e Profissional</p><p>Uma das principais atribuições da Orientação</p><p>Educacional é auxiliar os estudantes</p><p>no processo de escolha vocacional e</p><p>profissional. Por meio de atividades, como</p><p>orientação individual, palestras, testes</p><p>vocacionais e visitas a feiras de profissões, os</p><p>orientadores educacionais ajudam os alunos</p><p>a identificarem suas aptidões, seus interesses,</p><p>suas habilidades e suas potencialidades.</p><p>Essa orientação permite que os estudantes</p><p>façam escolhas futuras, evitando decisões</p><p>precipitadas e, com isso, de forma mais</p><p>consciente e alinhada com suas habilidades,</p><p>identificar caminhos profissionais que estejam</p><p>de acordo com suas aspirações.</p><p>Apoio Socioemocional</p><p>A Orientação Educacional também</p><p>desempenha um papel fundamental no</p><p>apoio socioemocional dos alunos, visando ao</p><p>desenvolvimento integral deles. Por meio de</p><p>ações práticas voltadas para o desenvolvimento</p><p>das habilidades socioemocionais, como</p><p>atendimentos individuais, grupos de discussão,</p><p>atividades de promoção da saúde mental,</p><p>atividades lúdicas e programas de educação</p><p>emocional, que desenvolvem um espaço</p><p>de acolhimento e escuta, propiciando</p><p>aos estudantes um ambiente seguro para</p><p>expressarem suas emoções, seus conflitos</p><p>e suas dificuldades. Esta atuação, além de</p><p>desenvolver habilidades socioemocionais,</p><p>contribui para fortalecer a autoestima e a</p><p>resiliência, construir relacionamentos saudáveis</p><p>e a prevenir problemas, como a evasão escolar,</p><p>ansiedade, depressão e o bullying, além de</p><p>fomentar um clima escolar positivo.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Mediação de Conflitos e Orientação Disciplinar</p><p>A mediação de conflitos e a orientação</p><p>disciplinar são áreas de atuação fundamentais</p><p>da Orientação Educacional. Os orientadores</p><p>educacionais atuam como mediadores em</p><p>situações de conflito entre estudantes, entre</p><p>estudantes e professores, e, mesmo em</p><p>casos que envolvam a comunidade escolar</p><p>como um todo. Eles buscam promover</p><p>a comunicação e a resolução pacífica</p><p>dos conflitos, incentivando a empatia, a</p><p>compreensão mútua e o diálogo construtivo.</p><p>Além disso, os orientadores educacionais</p><p>orientam os estudantes quanto às normas</p><p>e aos valores da escola, auxiliando-</p><p>os na reflexão sobre suas ações e nas</p><p>consequências de seus comportamentos.</p><p>A orientação disciplinar busca não apenas</p><p>impor punições, mas também ensinar</p><p>responsabilidade, ética e cidadania.</p><p>Promoção da Aprendizagem Significativa</p><p>A Orientação Educacional desempenha um</p><p>papel crucial na promoção da aprendizagem</p><p>significativa. Os orientadores educacionais</p><p>colaboram com os professores no</p><p>planejamento e na implementação de</p><p>estratégias pedagógicas adequadas às</p><p>necessidades individuais dos alunos. Eles</p><p>auxiliam na identificação de dificuldades</p><p>de aprendizagem, oferecendo apoio</p><p>personalizado e sugerindo recursos e</p><p>práticas pedagógicas diferenciadas. Além</p><p>disso, os orientadores educacionais atuam na</p><p>promoção de habilidades, como organização,</p><p>autonomia e estudo eficiente, preparando os</p><p>alunos para enfrentar os desafios acadêmicos</p><p>de forma mais eficaz.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Construção de um Ambiente Escolar</p><p>Acolhedor</p><p>A Orientação Educacional desempenha</p><p>um papel fundamental na construção</p><p>de um ambiente escolar acolhedor. Os</p><p>orientadores educacionais trabalham para</p><p>promover a inclusão, a diversidade e a</p><p>igualdade de oportunidades na escola. Eles</p><p>implementam programas de prevenção</p><p>ao bullying, estimulam a valorização das</p><p>diferenças e a aceitação mútua. Além disso,</p><p>os orientadores educacionais envolvem os</p><p>alunos em projetos de responsabilidade</p><p>social, promovendo a consciência cidadã e a</p><p>participação ativa na comunidade escolar e</p><p>na sociedade em geral.</p><p>Ao promover a orientação vocacional, o desenvolvimento socioemocional, a me-</p><p>diação de conflitos, a aprendizagem significativa e a construção de um ambiente</p><p>escolar acolhedor, os orientadores educacionais contribuem para o desenvolvi-</p><p>mento integral dos estudantes. Estes serviços favorecem a construção de verda-</p><p>deiros espaços de aprendizado, de crescimento pessoal, de formação de cidadãos</p><p>conscientes, críticos e comprometidos com o bem comum, de indivíduos autô-</p><p>nomos, emocionalmente equilibrados, preparados para enfrentar os desafios da</p><p>vida e para a participação ativa na sociedade.</p><p>Outrossim, os orientadores educacionais podem auxiliar na identificação de</p><p>possíveis dificuldades de aprendizagem ou problemas de comportamento dos</p><p>alunos, encaminhando-os para profissionais especializados, quando necessário,</p><p>incentivar a participação dos pais na vida escolar dos filhos, promover a integra-</p><p>ção de alunos com necessidades especiais e orientar os alunos sobre as questões</p><p>relacionadas ao uso seguro e responsável das tecnologias,</p><p>como a internet e as</p><p>redes sociais, os riscos e as consequências do uso inadequado destas ferramentas,</p><p>bem como incentivar a utilização consciente e ética destes recursos.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Fundamentos, Métodos e Estratégias da Orientação</p><p>Educacional</p><p>A Orientação Educacional é uma área fundamental</p><p>no contexto escolar cujo objetivo principal é contri-</p><p>buir para o desenvolvimento integral dos estudantes,</p><p>sendo elo de apoio na resolução de questões emocio-</p><p>nais, acadêmicas e vocacionais. Todos os estudantes</p><p>necessitam de apoio de orientação educacional, pois</p><p>“ o eixo de seu trabalho é o aluno, não só o aluno que já apresenta</p><p>problemas, mas todos os educandos, buscando equidade nesse pro-</p><p>cesso de auxílio ao educando. Mas o orientador deve inserir-se na</p><p>escola como um todo, pois o aluno é um ser bio-psico-social e está</p><p>inserido numa sociedade da qual a escola é também parte (BAR-</p><p>BOSA; LIMA; LIMA; 2011, p. 78).</p><p>Frente a esta essencialidade de trabalho, a</p><p>orientação educacional baseia-se em fun-</p><p>damentos e abordagens teóricas, que, além</p><p>de empregar métodos e estratégias de in-</p><p>tervenção para a promoção, o crescimento</p><p>e o sucesso dos alunos, aborda, ainda, todos os aspectos biopsicossociais que</p><p>envolvem todo ser humano.</p><p>Entre as diversas abordagens fundamentadas nas teorias pedagógicas e so-</p><p>ciais, algumas merecem destaque, entre elas, a abordagem humanista cujo orien-</p><p>tador atua como facilitador do processo de desenvolvimento pessoal e social dos</p><p>alunos, enfatizando a importância do indivíduo em seu contexto e busca pro-</p><p>mover o autoconhecimento, a autenticidade e a autorrealização dos estudantes.</p><p>Quando o orientador educacional utiliza técnicas de reforço positivo e condi-</p><p>cionamento para promover mudanças comportamentais desejáveis nos estudan-</p><p>tes, ele está utilizando a abordagem behaviorista, que se concentra nas respostas</p><p>observáveis dos indivíduos e na influência do ambiente sobre seu comportamento.</p><p>A Orientação</p><p>Educacional é uma</p><p>área fundamental</p><p>no contexto escolar</p><p>orientação educacional</p><p>baseia-se em fundamentos</p><p>e abordagens teóricas</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Assim, a utilização da abordagem cognitiva busca compreender os proces-</p><p>sos mentais subjacentes ao aprendizado e ao desenvolvimento humano, no que</p><p>se refere à aquisição de habilidades cognitivas, como organização, planejamento,</p><p>tomada de decisões e solução de problemas.</p><p>Em relação aos métodos e às estratégias de intervenção da orientação escolar,</p><p>os recursos mais utilizados são:</p><p>ACONSELHAMENTO INDIVIDUAL</p><p>Consiste, por meio de técnicas de escuta ativa, empatia e aconselhamento, em sessões</p><p>individuais, discutir as questões específicas trazidas pelo aluno e o ajudar a lidar com</p><p>este cenário, desenvolvendo a habilidade de enfrentamento e de tomada de decisões.</p><p>ATIVIDADES EM GRUPO</p><p>Workshops, palestras e apresentações que visam desenvolver habilidades socioemo-</p><p>cionais e promover o relacionamento entre os alunos, fortalecendo a autoestima, a</p><p>comunicação interpessoal, a resolução de conflitos e o trabalho em equipe.</p><p>ORIENTAÇÃO VOCACIONAL</p><p>Testes vocacionais, entrevistas individuais e informações sobre o mercado de trabalho</p><p>auxiliam os alunos na escolha de uma carreira, no planejamento de seu futuro profis-</p><p>sional e no processo de transição da escola para a vida adulta.</p><p>MEDIAÇÃO DE CONFLITOS</p><p>Visa analisar as situações de conflito entre alunos, entre alunos e professores ou entre</p><p>alunos e a família, por meio da técnica da escuta ativa, da negociação e da busca de</p><p>soluções colaborativas para promover a resolução, o desenvolvimento da empatia e o</p><p>fortalecimento das habilidades de comunicação.</p><p>A utilização das abordagens e dos métodos estratégicos como recursos e ferra-</p><p>mentas pedagógicas são capazes de orientar os estudantes na resolução de con-</p><p>flitos, escolha de carreiras, definição de metas e o desenvolvimento de planos de</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>ação individualizados, como auxílio ao trabalho de orientação educacional. Ao</p><p>combinar todos estes elementos, os orientadores educacionais podem fornecer</p><p>um suporte abrangente e individualizado aos alunos, contribuindo para seu de-</p><p>senvolvimento acadêmico, emocional e social.</p><p>Princípios Legais e Questões Éticas da Orientação</p><p>Educacional</p><p>Diante o papel da orientação educacional, é essencial considerarmos as questões</p><p>legais e éticas relacionadas à prática dos serviços oferecidos bem como os prin-</p><p>cípios que orientam esta área de atuação pedagógica.</p><p>No âmbito legal, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº</p><p>9.394 (BRASIL, 1996, on-line), a Orientação Educacional veio atuante não so-</p><p>mente no campo curricular pedagógico, como também voltada para as questões</p><p>do dia a dia que perpassam a dignidade humana, o senso crítico, a equidade, a</p><p>igualdade, a autonomia, a consciência cidadã etc. Este desenho é definido perfei-</p><p>tamente por Grinspun (2014, p. 57):</p><p>“ Hoje pretendemos uma orientação mais crítica, pedagógica, que</p><p>promova a vez e a voz aos alunos, que insira a questão do traba-</p><p>lho em todas as atividades que ocorrem na escola e que discuta</p><p>acima de tudo a nossa própria sociedade, na sua conjuntura e</p><p>estrutura e, também as questões do próprio aluno como pessoa.</p><p>Devemos, portanto, trabalhar muito os valores dos alunos, da</p><p>escola, da sociedade, incentivando cada vez mais a participação,</p><p>(…) incentivo aos alunos em atividades e realizações na própria</p><p>sociedade, em especial quando envolvem questões relacionadas</p><p>à cultura, ao esporte e ao lazer.</p><p>Do ponto de vista legal, os profissionais de orientação educacional devem cum-</p><p>prir as leis e os regulamentos relacionados à privacidade dos alunos, proteção de</p><p>dados e informações pessoais e os direitos humanos. Eles devem estar cientes das</p><p>leis de proteção à infância e denunciar casos de abuso, negligência ou qualquer</p><p>forma de violência. Também devem respeitar as políticas da escola e as normas</p><p>educacionais estabelecidas pelas autoridades competentes.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>No âmbito ético, os profissionais de orientação educacional devem respeitar os</p><p>valores, os direitos e a individualidade de cada aluno. A confidencialidade, neste caso,</p><p>é um aspecto crucial, pois os estudantes devem se sentir seguros para compartilhar</p><p>suas preocupações, sem medo de serem julgados ou expostos, por intermédio da</p><p>garantia da privacidade e da discrição sobre as informações compartilhadas, salvo</p><p>quando existir algum indício de problemas com a segurança e a vida dos envolvidos.</p><p>Os orientadores educacionais têm a responsabilidade de agir de acordo com os</p><p>mais altos padrões profissionais, buscando sempre o aprimoramento contínuo de</p><p>suas habilidades e conhecimentos, participando de treinamentos e desenvolvi-</p><p>mento profissional. Além disso, devem estar cientes das limitações de sua com-</p><p>petência e encaminhar os alunos para outros profissionais, quando necessário, ga-</p><p>rantindo que os estudantes recebam o suporte apropriado. Devem agir de forma</p><p>equitativa e imparcial, tratando todos os alunos com justiça, independentemente</p><p>de origem étnica, religião, orientação sexual, identidade de gênero ou qualquer</p><p>outra característica pessoal.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>É relevante citarmos a questão da colaboração, da parceria e da comunicação</p><p>efetiva entre os orientadores, pais, professores e demais profissionais da escola.</p><p>Esta relação de comunicação aberta é essencial para compartilhar informações</p><p>relevantes e garantir um apoio integral aos estudantes bem como é fundamental</p><p>para o sucesso dos alunos.</p><p>O Papel e a Importância da Supervisão Pedagógica Escolar</p><p>A supervisão pedagógica escolar desempenha um papel fundamental no con-</p><p>texto educacional, sendo responsável por garantir a qualidade e o desenvolvi-</p><p>mento do ensino, contribuindo, diretamente, com os professores no processo de</p><p>acompanhamento e orientação, que visa promover uma prática pedagógica eficaz</p><p>e alinhada aos objetivos educacionais da instituição escolar.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>O papel do supervisor pedagógico é atuar como um elo entre</p><p>a direção da escola e</p><p>os professores, e deles (professores) com os alunos, incentivando o aprimoramento</p><p>das atividades docentes, com feedback construtivo frente às melhorias necessárias</p><p>e incentivando o crescimento profissional dos professores.</p><p>Segundo Libâneo (2014), o supervisor pedagógico é o agente catalisador do</p><p>desenvolvimento profissional dos docentes, promovendo a atualização cons-</p><p>tante e a inovação nas práticas educacionais na escola. Ou seja, a supervisão é o</p><p>elemento que contribui, diretamente, para a implementação das políticas edu-</p><p>cacionais e dos currículos escolares, que trabalha em conjunto com a direção</p><p>da escola para estabelecer as metas e os objetivos educacionais, que identifica</p><p>e planeja as atividades de formação e capacitação dos professores, auxiliando</p><p>no desenvolvimento de programas de treinamento e na promoção de práticas</p><p>pedagógicas inovadoras.</p><p>É importante ressaltar que a supervisão pedagógica, assim como a gestão</p><p>escolar, deve ser exercida de forma democrática e participativa, respeitando a</p><p>autonomia dos professores e valorizando suas contribuições. A relação entre o</p><p>supervisor e os docentes deve ser pautada pela confiança, pelo diálogo e pela</p><p>parceria, visando sempre o interesse dos alunos e a busca pela excelência educa-</p><p>cional. O professor deve ter ciência de que o super-</p><p>visor não é o fiscal do seu trabalho, ou o avaliador de</p><p>suas competências, pelo contrário, ele é apoio que o</p><p>docente necessita para aprimorar sua formação e seu</p><p>desenvolvimento como profissional dentro da escola.</p><p>A supervisão pedagógica escolar desempenha um papel vital na melhoria da qua-</p><p>lidade da educação. Ela promove a troca de experiências e o trabalho colaborativo</p><p>entre os professores, estimula a reflexão sobre a prática pedagógica e fomenta a</p><p>inovação educacional. Além disso, a supervisão contribui para o fortalecimento da</p><p>gestão escolar, atuando como um agente de transformação e melhoria contínua.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>a gestão escolar,</p><p>deve ser exercida de</p><p>forma democrática</p><p>e participativa</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>O supervisor escolar também possui um papel importante dentro da gestão</p><p>escolar, pois ele colabora na definição de estratégias e metas educacionais e auxilia</p><p>na implementação de projetos e programas pedagógicos. Sua atuação é voltada</p><p>para o fortalecimento da equipe escolar como um todo, promovendo o trabalho</p><p>em equipe e o compartilhamento de boas práticas.</p><p>O supervisor escolar é um profissional-chave que desafia e inspira os profes-</p><p>sores a alcançarem o seu melhor desempenho, ao mesmo tempo em que contribui</p><p>para a melhoria contínua da qualidade do ensino. Sua atuação não perpassa como</p><p>uma atuação de fiscalização, e sim como um facilitador do desenvolvimento pro-</p><p>fissional dos docentes.</p><p>Colaborar na definição de estratégias e metas educacionais, implementar</p><p>projetos e programas pedagógicos e acompanhar os planejamentos (anuais, se-</p><p>manais e diários) são algumas das principais responsabilidades do supervisor</p><p>escolar. Estas atribuições perpassam o alinhamento das necessidades dos alunos</p><p>e das diretrizes educacionais, na garantia de que a proposta pedagógica da escola</p><p>esteja sendo desenvolvida, de forma correta. Envolvem, ainda, desde a execução</p><p>eficaz dos currículos, destrinchados nos planejamentos, seguindo pela verificação</p><p>dos objetivos dos planos e suas execuções bem como de suas necessidades, seus</p><p>recursos e suas estratégias, todos voltados como suporte pedagógico ao feedback</p><p>para os professores.</p><p>Como desempenha diversas funções dentro de uma unidade escolar, que</p><p>vai desde o acompanhamento do planejamento curricular até a promoção de</p><p>formações e capacitações, é fundamental compreender que a responsabilidade</p><p>pela organização do trabalho não deve recair exclusivamente sobre ele, mesmo</p><p>sendo sua tarefa essencial e prioritária, porém, não deve ser encarada como uma</p><p>responsabilidade exclusiva deste profissional, e Rangel (2001), destaca isso:</p><p>“ Organizar o trabalho nas unidades escolares sob sua responsabilida-</p><p>de constitui tarefa precípua, mas não exclusiva do supervisor escolar.</p><p>Nem o supervisor é o único responsável pela tarefa, nem a tarefa é a</p><p>única pela qual o supervisor deve responder (RANGEL, 2008, p. 91).</p><p>Enfim, o supervisor escolar é um agente de transformação e aprimoramento na</p><p>educação. Sua atuação é fundamental para o desenvolvimento das práticas pe-</p><p>dagógicas, para o fortalecimento da equipe escolar e para o sucesso dos alunos.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>Com sua liderança, sua orientação e seu suporte, ele contribui para a construção</p><p>de uma educação de qualidade, que valoriza o aprendizado, a inclusão e o desen-</p><p>volvimento integral dos estudantes.</p><p>A Relação entre Orientadores, Supervisores, Professores,</p><p>Gestores e Comunidade Escolar</p><p>A relação entre orientadores, supervisores, professores, gestores e a comunidade</p><p>escolar tem um papel crucial no desenvolvimento e sucesso educacional dos</p><p>alunos. Cada um desses atores desempenha funções distintas, mas complemen-</p><p>tares, no ambiente escolar, trabalhando em conjunto para proporcionar uma</p><p>experiência de aprendizado enriquecedora.</p><p>ORIENTADORES EDUCACIONAIS</p><p>Desempenham um papel fundamental no apoio aos alunos, em seu desenvolvimento</p><p>acadêmico, emocional e social. Eles trabalham lado a lado com os estudantes, ofere-</p><p>cendo orientação e aconselhamento individualizado, ajudam a definir metas, explorar</p><p>interesses, desenvolver habilidades de tomada de decisão e enfrentar desafios pessoais.</p><p>SUPERVISORES PEDAGÓGICOS</p><p>Têm a responsabilidade de apoiar os professores no aprimoramento de suas práticas</p><p>de ensino, fornecem feedback construtivo, compartilham recursos e estratégias</p><p>eficazes, auxiliam na implementação de políticas educacionais, trabalham em estreita</p><p>colaboração com os professores para promover o crescimento profissional contínuo e</p><p>a aperfeiçoar suas habilidades de ensino e a adaptar as metodologias às necessidades</p><p>dos alunos.</p><p>PROFESSORES</p><p>São os principais responsáveis pela instrução e pela orientação dos alunos. Eles</p><p>projetam e implementam currículos, planejam aulas, avaliam o progresso dos alunos</p><p>e fornecem suporte acadêmico e emocional. São agentes essenciais na educação,</p><p>buscando inspirar, motivar e guiar os alunos em seu processo de aprendizagem. Eles</p><p>colaboram com os demais profissionais da escola, como orientadores e supervisores</p><p>para garantir o sucesso educacional e o bem-estar dos alunos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>GESTORES ESCOLARES</p><p>Desempenham um papel crucial na administração e na liderança da escola, têm a res-</p><p>ponsabilidade de criar um ambiente propício à aprendizagem, definir políticas e dire-</p><p>trizes, gerenciar recursos, supervisionar o currículo e manter uma comunicação efetiva</p><p>com os demais membros da equipe escolar, estudantes e pais. Os gestores também</p><p>desempenham um papel importante na promoção de parcerias com a comunidade</p><p>local, estabelecendo conexões e recursos adicionais para enriquecer a experiência</p><p>educacional dos alunos.</p><p>COMUNIDADE ESCOLAR</p><p>Engloba não apenas os alunos, mas também os pais, responsáveis, membros da</p><p>comunidade local e outros atores envolvidos no processo educativo. A participação</p><p>e o envolvimento da comunidade são fundamentais para o sucesso escolar. A</p><p>comunidade pode oferecer apoio, recursos e experiências que complementam</p><p>a educação formal, enriquecendo o ambiente de aprendizagem. Além disso, a</p><p>colaboração entre a escola e a comunidade promove mais compreensão das</p><p>necessidades e das aspirações dos alunos, facilitando a criação de programas e</p><p>iniciativas mais eficazes.</p><p>A relação entre orientadores, supervisores, professores, gestores e a comuni-</p><p>dade escolar é interdependente e essencial para o sucesso educacional. Esta</p><p>parceria colaborativa, busca promover a excelência educacional e o desen-</p><p>volvimento integral dos alunos. Quando estes diferentes atores trabalham</p><p>em conjunto e criam um ambiente de aprendizagem estimulante, inclusivo</p><p>e eficaz, compartilhando informações,</p><p>colaborando e se apoiando mutua-</p><p>mente, é possível criar um ambiente escolar que promova o aprendizado, o</p><p>crescimento pessoal e o desenvolvimento de habilidades necessárias para os</p><p>alunos se tornarem cidadãos ativos e preparados para enfrentar os desafios</p><p>do mundo contemporâneo.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Reconhecer um profissional que passou por vários cargos é uma grande dádiva.</p><p>Poder ouvir esse profissional é, com toda certeza, uma coleta de informações reais</p><p>e concretas, repletas de inspirações e exemplos.</p><p>A série História Oral, do Canal Pedagógico da SMESP, no episódio de 30 de mar-</p><p>ço de 2015, apresenta a trajetória do grande mestre, Professor João Gualberto de</p><p>Carvalho Meneses, e seus principais trabalhos relacionados em diversas funções e</p><p>papéis na educação paulista. O professor ocupou vários cargos, entre eles, diretor,</p><p>supervisor, conselheiro, representante de categoria e presidente do conselho de</p><p>educação.</p><p>Vale a pena conhecer esta trajetória linda dentro da educação e reconhecermos</p><p>como um profissional da educação pode navegar por entre tantas funções.</p><p>EU INDICO</p><p>Olá! Agora, quero convidar você a assistir ao nosso vídeo e enriquecer seus estu-</p><p>dos. Nele, falaremos a respeito de temas relevantes para a área.</p><p>EM FOCO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>A Realidade do Orientador Escolar</p><p>A realidade do orientador escolar envolve diversas responsabilidades e muitos</p><p>desafios, mas também oferece inúmeras oportunidades gratificantes que engran-</p><p>decem o crescimento pessoal, profissional e emocional.</p><p>Em primeiro lugar, o orientador escolar atua como um elo entre os alunos,</p><p>suas famílias e a comunidade escolar. Ele estabelece um ambiente acolhedor e de</p><p>confiança, onde os estudantes se sentem confortáveis para buscar orientação e</p><p>apoio. O orientador é um facilitador da comunicação, promovendo a colaboração</p><p>entre os diferentes atores envolvidos no processo educativo.</p><p>A realidade do orientador escolar no Brasil reflete um cenário complexo e</p><p>desafiador, principalmente em relação à sobrecarga de trabalho. Muitas vezes,</p><p>estes profissionais são responsáveis por atender muitos estudantes, o que dificulta</p><p>a oferta de um suporte individualizado e de qualidade. Outro aspecto importante</p><p>é a falta de recursos e de estrutura adequada nas escolas. Muitas instituições de</p><p>ensino, no Brasil, sofrem com a falta de investimentos na educação, o que impacta,</p><p>diretamente, o trabalho dos orientadores.</p><p>A ausência de materiais, espaços apropriados para atendimento e capacitação</p><p>profissional limitam as possibilidades de intervenção e de acompanhamento dos</p><p>estudantes. Além disso, enfrenta a falta de reconhecimento e de valorização da sua</p><p>função, principalmente em relação às questões salariais. Apesar da importância</p><p>do trabalho para o desenvolvimento dos estudantes, é comum que esses profis-</p><p>sionais sejam subvalorizados e até mesmo desconhecidos por grande parte da</p><p>comunidade escolar e da sociedade em geral. Esta falta de reconhecimento pode</p><p>levar a uma sobrecarga emocional e à desmotivação dos orientadores.</p><p>Para que a realidade dos orientadores escolares, no Brasil, possa ser trans-</p><p>formada, é necessário investimento na educação como um todo. Isso envolve a</p><p>valorização e o reconhecimento da importância destes profissionais, a criação de</p><p>políticas públicas que garantam recursos e estrutura adequada nas escolas, bem</p><p>como a promoção de formação continuada e apoio emocional para os orientado-</p><p>res. Somente desta forma será possível fortalecer o trabalho desses profissionais e</p><p>proporcionar educação de qualidade para todos os estudantes brasileiros.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. O papel da Orientação Educacional como ação essencial no ambiente escolar</p><p>A Orientação Educacional é uma área fundamental no contexto escolar e desempenha um</p><p>papel primordial no desenvolvimento integral dos estudantes. Por ser uma ação pedagó-</p><p>gica essencial, além de fornecer suporte emocional e orientação vocacional aos alunos, a</p><p>orientação educacional também desempenha um papel ativo na promoção de um ambiente</p><p>de aprendizado saudável e estimulante, por meio de trabalhos pedagógicos embasados</p><p>em princípios éticos e humanistas, para a formação de indivíduos críticos, autônomos e</p><p>preparados para enfrentar os desafios da vida. A Orientação Educacional possui diversas</p><p>ações essenciais que são fundamentais para a sua atuação enquanto serviço pedagógico</p><p>no ambiente escolar. Vejamos algumas delas:</p><p>Orientação Vocacional e Profissional - uma das principais atribuições da Orientação Edu-</p><p>cacional é auxiliar os estudantes no processo de escolha vocacional e profissional. Por meio</p><p>de atividades, como orientação individual, palestras, testes vocacionais e visitas a feiras de</p><p>profissões, os orientadores educacionais ajudam os alunos a identificarem suas aptidões,</p><p>seus interesses, suas habilidades e suas potencialidades. Essa orientação permite que os</p><p>estudantes façam escolhas futuras, evitando decisões precipitadas e, com isso, de forma</p><p>mais consciente e alinhada com suas habilidades, identificar caminhos profissionais que</p><p>estejam de acordo com suas aspirações.</p><p>Apoio Socioemocional - a Orientação Educacional também desempenha um papel fun-</p><p>damental no apoio socioemocional dos alunos, visando ao desenvolvimento integral deles.</p><p>Por meio de ações práticas voltadas para o desenvolvimento das habilidades socioemo-</p><p>cionais, como atendimentos individuais, grupos de discussão, atividades de promoção da</p><p>saúde mental, atividades lúdicas e programas de educação emocional, que desenvolvem</p><p>um espaço de acolhimento e escuta, propiciando aos estudantes um ambiente seguro para</p><p>expressarem suas emoções, conflitos e dificuldades. Esta atuação, além de desenvolver</p><p>habilidades socioemocionais, contribui para fortalecer a autoestima e a resiliência, construir</p><p>relacionamentos saudáveis e a prevenção de problemas, como evasão escolar, ansiedade,</p><p>depressão e o bullying, além de fomentar um clima escolar positivo.</p><p>Mediação de Conflitos e Orientação Disciplinar - a mediação de conflitos e a orientação</p><p>disciplinar são áreas de atuação fundamentais da Orientação Educacional. Os orientadores</p><p>educacionais atuam como mediadores em situações de conflito entre estudantes, entre</p><p>estudantes e professores, e mesmo em casos que envolvam a comunidade escolar como</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>um todo. Eles buscam promover a comunicação e a resolução pacífica dos conflitos, in-</p><p>centivando a empatia, a compreensão mútua e o diálogo construtivo. Além disso, os orien-</p><p>tadores educacionais orientam os estudantes quanto às normas e aos valores da escola,</p><p>auxiliando-os na reflexão sobre suas ações e nas consequências de seus comportamentos.</p><p>A orientação disciplinar busca não apenas impor punições, mas também ensinar responsa-</p><p>bilidade, ética e cidadania.</p><p>Promoção da Aprendizagem Significativa - a Orientação Educacional desempenha um</p><p>papel crucial na promoção da aprendizagem significativa. Os orientadores educacionais</p><p>colaboram com os professores no planejamento e na implementação de estratégias peda-</p><p>gógicas adequadas às necessidades individuais dos alunos. Eles auxiliam na identificação</p><p>de dificuldades de aprendizagem, oferecendo apoio personalizado e sugerindo recursos</p><p>e práticas pedagógicas diferenciadas. Além disso, os orientadores educacionais atuam na</p><p>promoção de habilidades, como organização, autonomia e estudo eficiente, preparando os</p><p>alunos para enfrentarem os desafios acadêmicos de forma mais eficaz.</p><p>Construção de um Ambiente Escolar Acolhedor - a Orientação Educacional desempenha</p><p>um papel fundamental na construção de um ambiente escolar acolhedor. Os orientadores</p><p>educacionais trabalham para promover a inclusão, a diversidade e a igualdade de oportu-</p><p>nidades na escola. Eles implementam programas de prevenção ao bullying, estimulam a</p><p>valorização das diferenças e a aceitação mútua. Além disso, os orientadores educacionais</p><p>envolvem os alunos em projetos de responsabilidade social, promovendo a consciência</p><p>cidadã e a participação ativa</p><p>na comunidade escolar e na sociedade em geral.</p><p>Ao promover a orientação vocacional, o desenvolvimento socioemocional, a mediação de</p><p>conflitos, a aprendizagem significativa e a construção de um ambiente escolar acolhedor,</p><p>os orientadores educacionais contribuem para o desenvolvimento integral dos estudantes.</p><p>Estes serviços favorecem a construção de verdadeiros espaços de aprendizado, de cresci-</p><p>mento pessoal, de formação de cidadãos conscientes, críticos e comprometidos com o bem</p><p>comum, de indivíduos autônomos, emocionalmente equilibrados, preparados para enfrentar</p><p>os desafios da vida e para a participação ativa na sociedade. Outrossim, os orientadores</p><p>educacionais podem auxiliar na identificação de possíveis dificuldades de aprendizagem ou</p><p>nos problemas de comportamento dos alunos, encaminhando-os para profissionais espe-</p><p>cializados, quando necessário, incentivar a participação dos pais na vida escolar dos filhos,</p><p>promover a integração de alunos com necessidades especiais e orientar os alunos sobre</p><p>as questões relacionadas ao uso seguro e responsável das tecnologias, como a internet e</p><p>as redes sociais, os riscos e as consequências do uso inadequado destas ferramentas bem</p><p>como incentivar a utilização consciente e ética destes recursos.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Qual é uma das principais atribuições da Orientação Educacional no ambiente escolar?</p><p>a) Apoio Socioemocional.</p><p>b) Ensino de Disciplinas Específicas.</p><p>c) Gestão Financeira da Escola.</p><p>d) Manutenção da Infraestrutura Escolar.</p><p>e) Preparação de Merenda Escolar.</p><p>FEEDBACK: A. Uma das principais atribuições da Orientação Educacional é o Apoio Socioe-</p><p>mocional, que visa ao desenvolvimento integral dos estudantes, promovendo habilidades</p><p>socioemocionais, suporte emocional, prevenção de problemas, como ansiedade e bullying,</p><p>além de contribuir para a construção de um ambiente escolar acolhedor.</p><p>Texto para resolução das questões 2 e 3:</p><p>Fundamentos, Métodos e Estratégias da Orientação Educacional</p><p>A orientação educacional é uma área fundamental no contexto escolar cujo objetivo principal</p><p>é contribuir para o desenvolvimento integral dos estudantes, sendo elo de apoio na resolu-</p><p>ção de questões emocionais, acadêmicas e vocacionais. Todos os estudantes necessitam</p><p>de apoio de orientação educacional, pois</p><p>“ o eixo de seu trabalho é o aluno, não só o aluno que já apresenta problemas,</p><p>mas todos os educandos, buscando equidade nesse processo de auxílio ao</p><p>educando. Mas o orientador deve inserir-se na escola como um todo, pois o</p><p>aluno é um ser bio-psico-social e está inserido numa sociedade da qual a escola</p><p>é também parte (BARBOSA; LIMA; LIMA; 2011, p. 78).</p><p>Frente a esta essencialidade de trabalho, a orientação educacional se baseia em fundamen-</p><p>tos e abordagens teóricas, que, além de empregar métodos e estratégias de intervenção</p><p>para a promoção, o crescimento e o sucesso dos alunos, aborda, ainda, todos os aspectos</p><p>biopsicossociais que envolvem todo ser humano. Entre as diversas abordagens, fundamenta-</p><p>das nas teorias pedagógicas e sociais, algumas merecem destaque, entre elas, a abordagem</p><p>humanista, em que o orientador atua como facilitador do processo de desenvolvimento</p><p>pessoal e social dos alunos, enfatizando a importância do indivíduo em seu contexto e</p><p>busca promover o autoconhecimento, a autenticidade e a autorrealização dos estudan-</p><p>tes. Quando o orientador educacional utiliza técnicas de reforço positivo e condicionamento</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>para promover mudanças comportamentais desejáveis nos estudantes, ele está utilizando a</p><p>abordagem behaviorista, que se concentra nas respostas observáveis dos indivíduos e na</p><p>influência do ambiente sobre seu comportamento. Além dessas abordagens, a utilização</p><p>da abordagem cognitiva, busca compreender os processos mentais subjacentes ao apren-</p><p>dizado e ao desenvolvimento humano, no que se refere à aquisição de habilidades cog-</p><p>nitivas, como organização, planejamento, tomada de decisões e solução de problemas.</p><p>Em relação aos métodos e às estratégias de intervenção da orientação escolar, os recursos</p><p>mais utilizados são:</p><p>O aconselhamento individual, que consiste, por meio de técnicas de escuta ativa, empatia</p><p>e aconselhamento, em sessões individuais, discutir as questões específicas trazidas pelo</p><p>aluno e o ajudar a lidar com este cenário, desenvolvendo a habilidade de enfrentamento</p><p>e de tomada de decisões Atividades em grupo, como workshops, palestras e apresenta-</p><p>ções, que visam desenvolver habilidades socioemocionais e promover o relacionamento</p><p>entre os alunos, fortalecendo a autoestima, a comunicação interpessoal, a resolução de</p><p>conflitos e o trabalho em equipe.</p><p>Orientação vocacional, que, por meio de testes vocacionais, entrevistas individuais e in-</p><p>formações sobre o mercado de trabalho, auxilia os alunos na escolha de uma carreira,</p><p>no planejamento de seu futuro profissional e no processo de transição da escola para a</p><p>vida adulta</p><p>Mediação de conflitos em situações de conflito entre alunos, entre alunos e professores</p><p>ou entre alunos e a família, por meio da técnica da escuta ativa, da negociação e da busca</p><p>de soluções colaborativas, para promover a resolução, o desenvolvimento da empatia</p><p>e o fortalecimento das habilidades de comunicação. A utilização das abordagens e dos</p><p>métodos estratégicos como recursos e ferramentas pedagógicas são capazes de orientar</p><p>os estudantes na resolução de conflitos, escolha de carreiras, definição de metas e o de-</p><p>senvolvimento de planos de ação individualizados, como auxílio ao trabalho de orientação</p><p>educacional. Ao combinar todos esses elementos, os orientadores educacionais podem</p><p>fornecer um suporte abrangente e individualizado aos alunos, contribuindo para seu de-</p><p>senvolvimento acadêmico, emocional e social.</p><p>Fonte: BARBOSA, C. C.; LIMA, N. S.; LIMA, E. B. As contribuições da Orientação Educacional ao</p><p>processo ensino-aprendizagem. Revista Brasileira de Informações Científicas, v. 2, n. 1, 2011.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>2. Qual abordagem teórica da Orientação Educacional enfatiza a importância do indivíduo em</p><p>seu contexto, buscando promover o autoconhecimento, a autenticidade e a autorrealização</p><p>dos estudantes?</p><p>a) Abordagem Behaviorista.</p><p>b) Abordagem Cognitiva.</p><p>c) Abordagem Humanista.</p><p>d) Abordagem Psicanalítica.</p><p>e) Abordagem Sociocultural.</p><p>FEEDBACK: C. Abordagem Humanista. Esta abordagem destaca a importância do indivíduo</p><p>em seu contexto e busca promover o desenvolvimento pessoal e social dos estudantes,</p><p>enfatizando o autoconhecimento, a autenticidade e a autorrealização.</p><p>3. Qual método ou estratégia da Orientação Educacional visa auxiliar os alunos na escolha de</p><p>uma carreira e no planejamento de seu futuro profissional?</p><p>a) Aconselhamento individual.</p><p>b) Atividades em grupo.</p><p>c) Orientação vocacional.</p><p>d) Mediação de conflitos.</p><p>e) Testes psicológicos.</p><p>FEEDBACK: C. Orientação vocacional. Este método ou esta estratégia da orientação educa-</p><p>cional busca auxiliar os alunos na escolha de uma carreira e no planejamento de seu futuro</p><p>profissional, por meio de testes vocacionais, entrevistas individuais e informações sobre o</p><p>mercado de trabalho.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARBOSA, C. C.; LIMA, N. S.; LIMA, E. B. As contribuições da Orientação Educacional ao processo</p><p>ensino-aprendizagem. Revista Brasileira de Informações Científicas, v. 2, n. 1, 2011.</p><p>BRASIL. Lei nº 9 394 de 20 de dezembro de 1996. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Na-</p><p>cional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/</p><p>ccivil_03/leis/l9394.htm#:~:text=L9394&text=Estabelece%20as%20diretrizes%20e%20bases%20</p><p>da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20nacional.&text=Art.%201%C2%BA%20A%20educa%C3%A7%-</p><p>C3%A3o%20abrange,civil%20e%20nas%20manifesta%C3%A7%C3%B5es%20culturais. Acesso</p><p>em: 26 set. 2023.</p><p>GRINSPUN, M. P. S. Z. Autonomia e Ética na Escola: o novo mapa da educação. São Paulo:</p><p>Cortez, 2014.</p><p>LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão</p><p>da escola: teoria e prática. 5. ed. Goiânia: Editora Alterna-</p><p>tiva, 2004.</p><p>RANGEL, M. (org.). Supervisão Pedagógica: Princípios e práticas. 5. ed. São Paulo: Papirus, 2001.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>1. A.</p><p>2. C.</p><p>3. C.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>A FUNÇÃO DO COORDENADOR</p><p>PEDAGÓGICO JUNTO À GESTÃO</p><p>ESCOLAR</p><p>Investigar o papel do coordenador pedagógico na gestão escolar.</p><p>Analisar as atribuições, as responsabilidades e as competências do coordenador pedagógico.</p><p>Identificar os principais desafios enfrentados pelo coordenador pedagógico, consideran-</p><p>do o contexto educacional atual.</p><p>Descrever a função do coordenador pedagógico no desenvolvimento e implementação</p><p>de projetos pedagógicos e currículos escolares.</p><p>Avaliar os impactos da presença do coordenador pedagógico na gestão participativa e</p><p>democrática da escola.</p><p>Destacar a atuação do coordenador pedagógico na equipe escolar.</p><p>Apontar as principais ações realizadas pelo coordenador pedagógico na escola.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Imagine, estudante, que você está prestes a ingressar no mercado de trabalho</p><p>como coordenador pedagógico. Você se depara com a seguinte situação: Como</p><p>desempenhar, de forma eficaz, o papel de coordenador pedagógico, promovendo</p><p>um ambiente educacional enriquecedor, inclusivo e de qualidade? Como con-</p><p>tribuir para o sucesso e o progresso dos alunos e para uma educação mais signi-</p><p>ficativa e transformadora?</p><p>A função do coordenador pedagógico é promover um ambiente educacional</p><p>rico, inclusivo e de qualidade. Ele desempenha um papel estratégico na gestão</p><p>pedagógica, apoiando os professores, incentivando o desenvolvimento profissio-</p><p>nal, acompanhando e avaliando o processo educativo e estabelecendo vínculos</p><p>entre a escola e a comunidade. Com sua atuação, o coordenador pedagógico</p><p>contribui para o sucesso e o progresso dos alunos, visando à educação cada vez</p><p>mais significativa e transformadora.</p><p>Caro(a) estudante, você pode se preparar para a função de coordenador pe-</p><p>dagógico, por meio de ações práticas, como análise de casos reais de coordenação</p><p>pedagógica, simulações de reuniões e observação direta em escolas. Isso ajuda</p><p>você a identificar desafios e estratégias eficazes para os resolver. Durante este</p><p>processo, é fundamental desenvolver habilidades de liderança e comunicação</p><p>para colaborar com professores, alunos e famílias, adaptar estratégias de ensino</p><p>personalizadas e usar avaliações, criteriosamente, para melhorar o ensino.</p><p>Além disso, estabelecer vínculos eficazes entre a escola e a comunidade é uma</p><p>faceta crítica da função do coordenador pedagógico, reconhecendo a importân-</p><p>cia da participação ativa dos pais e da sociedade na construção de um ambiente</p><p>educacional sólido e inclusivo.</p><p>Em última análise, a atuação como coordenador pedagógico envolve cons-</p><p>tante processo de aprendizado, adaptação e reflexão. Compreender os desafios e</p><p>as responsabilidades desta função é essencial, sempre auxiliando os professores</p><p>na identificação de estratégias de ensino e de intervenções personalizadas para</p><p>melhorar o desempenho dos alunos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>O podcast deste tema apresenta a discussão sobre a atuação do coordenador</p><p>pedagógico e sua relação com a gestão escolar. Está imperdível, e você não pode</p><p>deixar de ouvir. Vamos dar o play?</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>No vídeo Pedagogia: Coordenador Pedagógico da Série Desafio: Profissão, da</p><p>TV PUC – São Paulo (Equipe de Orientação Profissional do curso de Psicologia –</p><p>NACE – Orientação Vocacional), o professor Silvio Bock recebe suas convidadas,</p><p>as professoras Maria Emiliana Penteado e Elvira Aranha, ambas coordenadoras</p><p>pedagógicas, e, juntos, discutem sobre a atividade profissional desta função.</p><p>Com suas experiências relevantes, as convidadas, junto com o professor, fazem</p><p>um passeio por vários cenários da atuação do coordenador pedagógico.</p><p>O vídeo está disponível no link a seguir:</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Wh-mm0WTl88</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>O coordenador pedagógico desempenha um papel fundamental no contexto</p><p>educacional, atuando como um elo entre a equipe docente, os alunos e a co-</p><p>munidade escolar. Sua função envolve a coordenação e o suporte ao trabalho</p><p>dos professores, bem como o desenvolvimento e a implementação de práticas</p><p>pedagógicas eficazes.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Uma das principais responsabilidades do coorde-</p><p>nador pedagógico é o acompanhamento e a avaliação</p><p>do processo educativo, além de fornecer orientação</p><p>e apoio aos professores no planejamento e execução</p><p>das atividades educacionais.</p><p>O Livro Coordenador Pedagógico - função, rotina e prática,</p><p>organizado pelo Instituto Chapada de Educação e Pesquisa</p><p>(sob a coordenação geral das professoras Ana Inoue e Cybele</p><p>Amado e sob a coordenação pedagógica da professora Beatriz</p><p>Gouveia, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e</p><p>com o Instituto Natura e patrocinada pelo Instituto Itaú) é uma</p><p>obra que destaca várias sugestões sobre as rotinas e as práti-</p><p>cas pedagógicas de atuação do coordenador na escola.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>O coordenador pedagógico também desempenha um papel relevante na rela-</p><p>ção entre a escola e a comunidade. Ele pode atuar como um mediador entre a</p><p>instituição de ensino, os pais e responsáveis pelos alunos, buscando fortalecer a</p><p>parceria entre família e escola e desenvolver projetos e atividades que envolvam</p><p>a participação da comunidade, visando à integração e ao engajamento de todos</p><p>os atores educacionais.</p><p>O acompanhamento</p><p>e a avaliação do</p><p>processo educativo</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO: ATRIBUIÇÕES,</p><p>RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS</p><p>As atribuições, as responsabilidades e as competências do coordenador peda-</p><p>gógico junto à gestão escolar variam de acordo com as políticas e os contextos</p><p>específicos de cada instituição e podem demandar tarefas de acordo com as ne-</p><p>cessidades conforme o contexto em que atua, porém, segundo Carvalho (2008), é</p><p>necessário termos em mente “que o papel fundamental do coordenador pedagó-</p><p>gico reside na capacidade de mobilizar os professores, os alunos e a comunidade</p><p>para a constituição e a concretização do projeto político pedagógico da escola”</p><p>(CARVALHO, 2008, p. 139).</p><p>É importante ressaltar que as responsabilidades e as competências do coor-</p><p>denador pedagógico estão sempre voltadas para o fortalecimento da qualidade</p><p>do ensino, o desenvolvimento profissional dos docentes e a promoção de um</p><p>ambiente educacional produtivo e inclusivo. Mas existem algumas funções gerais</p><p>e específicas desempenhadas por coordenadores pedagógicos, como serviço de</p><p>apoio à gestão escolar. Entre as quais, podemos citar as seguintes:</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO CURRICULAR</p><p>Colabora na elaboração, na implementação, na avaliação do currículo escolar e auxilia</p><p>os professores na elaboração de planos de ensino, atividades e materiais didáticos,</p><p>buscando alinhar as práticas pedagógicas aos objetivos educacionais da escola.</p><p>FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL</p><p>Apoia e dá suporte ao supervisor escolar na promoção da formação contínua dos pro-</p><p>fessores, identificando necessidades de capacitação e organizando cursos, palestras e</p><p>outras atividades de aperfeiçoamento.</p><p>ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO</p><p>Realiza o acompanhamento do desempenho dos alunos, identificando as dificul-</p><p>dades e propondo as estratégias de intervenção para melhorar o processo de ensi-</p><p>no-aprendizagem.</p><p>ARTICULAÇÃO ENTRE OS MEMBROS DA COMUNIDADE</p><p>Atua como um elo de comunicação entre a direção da escola, os professores, os</p><p>alunos e seus responsáveis, promovendo a integração e a colaboração entre estes</p><p>diferentes atores, facilitando o trabalho em equipe e o envolvimento da comunidade</p><p>escolar nas atividades educacionais.</p><p>AVALIAÇÃO EDUCACIONAL</p><p>Participa da elaboração e da implementação de processos de avaliação interna e</p><p>externa da escola, analisando os resultados dessas avaliações, identificando</p><p>os pontos</p><p>fortes e os fracos da instituição, e propõe ações de melhoria com base nestes dados.</p><p>ASSESSORIA À GESTÃO ESCOLAR</p><p>Colabora com a direção da escola na definição de metas e estratégias para o desen-</p><p>volvimento da instituição, contribui com ideias, sugestões e análises fundamentadas</p><p>para aprimorar a gestão escolar e alcançar os objetivos educacionais estabelecidos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>INCLUSÃO E DIVERSIDADE</p><p>Desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão e da valorização da di-</p><p>versidade na escola. Colabora na implementação de práticas pedagógicas inclusivas,</p><p>orientando os professores na adaptação de estratégias e materiais para atender às</p><p>necessidades de alunos com deficiências, dificuldades de aprendizagem, diferentes</p><p>estilos de aprendizado, entre outros.</p><p>USO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL</p><p>Acompanha as tendências e as inovações em tecnologia educacional e busca in-</p><p>corporar recursos digitais e ferramentas tecnológicas no contexto da sala de aula,</p><p>orientando os professores na seleção e no uso adequado de recursos tecnológicos,</p><p>visando enriquecer as práticas pedagógicas e promover o desenvolvimento de habili-</p><p>dades digitais nos estudantes.</p><p>PESQUISA E ATUALIZAÇÃO PEDAGÓGICA</p><p>Mantém-se atualizado em relação às pesquisas e às tendências educacionais, par-</p><p>ticipando de cursos, conferências e grupos de estudo, traz novas abordagens, novos</p><p>métodos e recursos para a equipe docente, incentivando a reflexão e a melhoria</p><p>contínua das práticas pedagógicas.</p><p>Todas estas atividades são ações que complementam o papel do coordenador</p><p>pedagógico no que se refere ao apoio junto à gestão escolar. Esta gama demons-</p><p>tra a amplitude de atuação e a importância para o sucesso da gestão escolar e o</p><p>desenvolvimento dos alunos.</p><p>A Atuação do Coordenador Pedagógico na Gestão</p><p>Participativa e Democrática</p><p>O papel do coordenador pedagógico na gestão participativa e democrática das</p><p>instituições de ensino é fundamental para promover a construção coletiva de</p><p>um ambiente educacional enriquecedor e inclusivo. O coordenador atua como</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>um elo entre os diversos membros da comunidade escolar, incluindo estudan-</p><p>tes, pais, professores e equipe administrativa, facilitando a comunicação e a</p><p>participação de todos.</p><p>Uma das principais responsabilidades do coordenador pedagógico é estimu-</p><p>lar a participação ativa dos professores no planejamento e no desenvolvimento</p><p>das práticas educativas. Isso envolve a criação de espaços de diálogo e reflexão,</p><p>nos quais os docentes possam compartilhar experiências, trocar conhecimentos</p><p>e discutir estratégias pedagógicas inovadoras. A participação dos professores no</p><p>processo decisório fortalece o sentimento de pertencimento e contribui para a</p><p>construção de uma identidade coletiva na escola.</p><p>Segunda Chamada é a série da Globo, ambientada em uma es-</p><p>cola da periferia, que mostra a realidade da comunidade esco-</p><p>lar envolvida com a instituição. Na produção de onze episódios,</p><p>o enredo se passa mostrando a realidade vivenciada pelo dire-</p><p>tor Jaci (Paulo Gorgulho) e os professores Lúcia (Débora Bloch),</p><p>Sônia (Hermila Guedes), Marco André (Silvio Guindane) e Eliete</p><p>(Thalita Carauta), lotados na Estadual Carolina Maria de Jesus</p><p>— nome escolhido em homenagem à escritora negra, mineira,</p><p>autora do referencial livro Quarto de Despejo: Diário de uma</p><p>Favelada (1960).</p><p>O drama dos personagens se confunde com a realidade que</p><p>diariamente gestores e equipe pedagógica vivem no sistema</p><p>educacional brasileiro.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>O coordenador pedagógico desempenha um papel importante na promoção da</p><p>autonomia e do protagonismo dos estudantes. Ele busca criar oportunidades para</p><p>que os alunos sejam ouvidos e participem ativamente do processo educacional,</p><p>levando em consideração suas opiniões, interesses e necessidades. Isso pode ser</p><p>feito por meio de eventos, como assembleias estudantis, conselhos de classe ou</p><p>projetos que incentivem a expressão dos alunos, como feiras de ciências, festivais</p><p>culturais e projetos de voluntariado.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Outro aspecto relevante da atuação do coordenador pedagógico é o estabe-</p><p>lecimento de parcerias com a comunidade local. O coordenador busca envolver</p><p>pais e responsáveis na vida escolar de seus filhos, promovendo reuniões, ativida-</p><p>des e ações que estimulem a participação ativa da família na educação. Ele pode</p><p>estabelecer também parcerias com instituições culturais, esportivas e sociais,</p><p>trazendo recursos e experiências enriquecedoras para os alunos.</p><p>Um aspecto central da gestão participativa e</p><p>democrática é a transparência. O coordenador</p><p>pedagógico tem a responsabilidade de comparti-</p><p>lhar informações sobre as decisões tomadas e as</p><p>ações em andamento na escola, garantindo que</p><p>todos os membros da comunidade escolar este-</p><p>jam cientes e possam contribuir, de forma consciente, com o andamento das</p><p>decisões. A comunicação clara e efetiva é essencial para fortalecer a confiança e</p><p>o engajamento de todos os envolvidos.</p><p>A Revista Nova Escola - Gestão Escolar (da Fundação Victor</p><p>Civita em parceria com a Editora Abril e Fundação Gerdau),</p><p>em sua Edição Especial Estudos e Pesquisas Educacionais:</p><p>Os Caminhos da Coordenação Pedagógica e da Formação de</p><p>Professores (junho 2011), traz um suplemento repleto de temas</p><p>para discussão acerca das duas temáticas destacadas no título.</p><p>Recheada de infográficos e experiências impactantes, a edição</p><p>especial da revista é leitura obrigatória dentro do panorama</p><p>dos estudos pedagógicos voltados para as questões da coor-</p><p>denação pedagógica.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Enfim, a atuação do coordenador pedagógico na gestão participativa e democrática</p><p>baseia-se na criação de espaços de diálogo, na promoção da participação ativa de</p><p>professores, estudantes e pais, na busca por parcerias com a comunidade e na trans-</p><p>parência das ações da escola. Ao fortalecer a participação e o engajamento de todos</p><p>os membros da comunidade escolar, o coordenador pedagógico contribui para a</p><p>construção de um ambiente educacional colaborativo, inclusivo e de qualidade.</p><p>Um aspecto</p><p>central da gestão</p><p>participativa e</p><p>democrática é a</p><p>transparência</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>A Coordenação Pedagógica e a Implementação do Currículo</p><p>e de Projetos</p><p>Em relação à implementação do currículo e de projetos educacionais nas insti-</p><p>tuições de ensino, a função que a coordenação pedagógica desempenha envolve</p><p>planejar, orientar e acompanhar as práticas pedagógicas, visando garantir edu-</p><p>cação de qualidade.</p><p>O currículo escolar é o conjunto de conhecimentos, habilidades, valores e</p><p>atitudes que se espera que os estudantes adquiram ao longo de sua trajetória</p><p>educacional. A implementação desse currículo é um processo complexo, que</p><p>requer a responsabilidade de alinhar suas vertentes com as diretrizes curriculares</p><p>estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), com a Base Nacional Comum</p><p>Curricular (BNCC) e com as necessidades e as características da comunidade es-</p><p>colar. Por isso, a participação ativa da coordenação pedagógica é tão importante,</p><p>pois é ela quem coordenará a reflexão sobre o currículo, buscará sua atualização</p><p>e sua contextualização.</p><p>Esta atividade não é tão simples, pois há necessidade de se considerar a rea-</p><p>lidade dos estudantes, seus interesses, suas experiências prévias e as demandas</p><p>da sociedade contemporânea. Além disso, a coordenação deve assegurar que o</p><p>currículo esteja em consonância com os princípios da educação inclusiva e da</p><p>formação integral dos alunos, contemplando diferentes áreas do conhecimento,</p><p>bem como competências socioemocionais.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Rangel (2001) destaca algumas características destas atribuições do coorde-</p><p>nador pedagógico frente à questão do currículo e dos projetos:</p><p>• Acompanhar a atualização pedagógica e normativa, com especial</p><p>atenção, em ambos os casos, aos fundamentos;</p><p>• Propiciar oportunidades de estudo e interlocução dos professores,</p><p>em atividades coletivas, que reúnam professores que desenvolvem</p><p>um mesmo</p><p>conteúdo nas diversas séries e níveis escolares;</p><p>• Propiciar oportunidades periódicas de reavaliação de currículo e</p><p>programas; Propiciar oportunidades de estudo e decisões coletivas</p><p>sobre material didático (RANGEL, 2008, p. 63).</p><p>A implementação de projetos pedagógicos também é uma tarefa essencial da</p><p>coordenação pedagógica, haja vista que os projetos têm o objetivo de propor-</p><p>cionar aos estudantes experiências enriquecedoras, contextualizadas e interdis-</p><p>ciplinares. Estas iniciativas promovem a aprendizagem significativa, estimulam</p><p>a criatividade, o protagonismo dos estudantes e o trabalho em equipe.</p><p>Há, ainda, outra ação da coordenação pedagógica frente aos projetos e ao currículo,</p><p>a integração curricular, ou seja, na articulação entre as diferentes disciplinas e áreas</p><p>do conhecimento. Esta abordagem interdisciplinar permite que os estudantes</p><p>façam conexões entre os conteúdos, compreendam melhor a relevância do que</p><p>estão aprendendo e desenvolvam habilidades de pensamento crítico e resolução</p><p>de problemas.</p><p>Outro aspecto relevante da coordenação pedagógica é o trabalho em parceria</p><p>com os professores no apoio da elaboração e da execução dos projetos, oferecen-</p><p>do subsídios teóricos, metodológicos e práticos. É necessário auxiliar no planeja-</p><p>mento, na seleção de recursos didáticos, na definição de estratégias de avaliação e</p><p>na organização das atividades. Deve, ainda, acompanhar o desenvolvimento dos</p><p>projetos, oferecendo suporte aos professores, promovendo a articulação entre as</p><p>diferentes disciplinas e incentivar a participação de toda a comunidade escolar,</p><p>estabelecendo uma relação de diálogo e colaboração, estimulando a troca de</p><p>experiências, a reflexão conjunta e a construção coletiva do conhecimento.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Por meio de um trabalho articulado, a coordenação contribui para que a</p><p>escola cumpra sua missão de oferecer uma educação de qualidade, considerando</p><p>todos estes aspectos que destacam a complexidade do trabalho da coordena-</p><p>ção pedagógica. Sua atuação na implementação do currículo e dos projetos nas</p><p>escolas estimulam a criação de um ambiente educacional inclusivo e eficaz na</p><p>promoção do desenvolvimento integral dos estudantes e sua preparação para os</p><p>desafios do século XXI.</p><p>Principais Desafios Enfrentados Pelo Coordenador</p><p>Pedagógico</p><p>A atuação do coordenador pedagógico visa à promoção da educação de quali-</p><p>dade, ao desenvolvimento dos corpos discente e docente e à melhoria contínua</p><p>dos processos educacionais. Entretanto, ao assumir esta função, o coordenador</p><p>pedagógico se depara com diversos desafios que exigem dele uma atuação estraté-</p><p>gica, que envolvem aspectos de âmbitos distintos, como Franco (2008) descreve:</p><p>Essa tarefa de coordenar o pedagógico não é uma tarefa fácil. É mui-</p><p>to complexa porque envolve clareza de posicionamentos políticos,</p><p>pedagógicos, pessoais e administrativos. Como toda ação pedagó-</p><p>gica, esta é uma ação política, ética e comprometida, que somente</p><p>pode frutificar em um ambiente coletivamente engajado com os</p><p>pressupostos pedagógicos assumidos (FRANCO, 2008, p. 128).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Alguns dos principais desafios, listamos a seguir:</p><p>FAZER INCLUSÃO COM DIVERSIDADE</p><p>A inclusão de alunos com necessidades especiais e a promoção da diversidade no</p><p>ambiente escolar são desafios importantes para o coordenador pedagógico, principal-</p><p>mente em relação à adaptação do currículo para atender às necessidades de todos</p><p>os estudantes e na criação de um ambiente inclusivo e acolhedor para alunos de</p><p>diferentes origens culturais, étnicas e sociais.</p><p>GERENCIAMENTO DE CONFLITOS ENTRE ALUNOS</p><p>O coordenador pedagógico tem a missão de intervir em disputas entre alunos e</p><p>combater as questões de bullying e outras situações de conflito entre os estudantes,</p><p>promovendo um ambiente seguro e respeitoso para todos.</p><p>ESTABELECER RELAÇÕES COM A COMUNIDADE</p><p>O coordenador pedagógico, muitas vezes, é o ponto de contato entre a escola e a co-</p><p>munidade local. Com isso, um dos seus principais desafios é estabelecer e fortalecer</p><p>relações com líderes comunitários e outros atores externos, de modo a trazer benefíci-</p><p>os para a escola e ampliar as oportunidades educacionais para os alunos.</p><p>ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS TECNOLÓGICAS</p><p>A rápida evolução da tecnologia pode ser desafiadora para o coordenador pedagógi-</p><p>co, que precisa acompanhar estas mudanças e fazer a inserção, de forma eficiente,</p><p>na rotina escolar, incentivando o uso responsável da tecnologia em sala de aula e</p><p>garantindo que os professores estejam preparados para usar recursos digitais no</p><p>processo de ensino.</p><p>PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO</p><p>O coordenador pedagógico também pode se deparar com o desafio de planejar e</p><p>gerenciar recursos financeiros para programas educacionais, materiais didáticos e</p><p>formação de professores, otimizando o uso do orçamento disponível e buscar alterna-</p><p>tivas para obter recursos adicionais que beneficiem a escola.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>ACOMPANHAMENTO DO ABANDONO ESCOLAR</p><p>O abandono escolar é uma preocupação constante para o coordenador pedagógico.</p><p>Ele deve estar atento aos sinais de evasão e buscar maneiras de prevenir e acompan-</p><p>har os alunos em situação de risco, trabalhando em conjunto com a equipe escolar</p><p>para identificar fatores que levam ao abandono e propor estratégias de intervenção.</p><p>PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL</p><p>O desenvolvimento socioemocional dos alunos é essencial para o seu bem-estar</p><p>e sucesso acadêmico. O coordenador pedagógico pode enfrentar o desafio de im-</p><p>plementar programas que promovam habilidades socioemocionais, como empatia,</p><p>resiliência e autoestima, integrando práticas ao currículo escolar e incentivando sua</p><p>aplicação na rotina dos estudantes.</p><p>Esta realidade do enfrentamento dos desafios por parte do coordenador peda-</p><p>gógico, desperta a essência do trabalho de superar estes obstáculos com dedica-</p><p>ção, habilidades de liderança, atualização constante e uma visão estratégica do</p><p>cenário. O coordenador precisa ter em mente que os desafios ficam cada vez mais</p><p>complexos diante ao contexto em que eles aparecem. Orsolon (2005) reporta</p><p>esta necessidade:</p><p>Cada época se impõe e nos impõe desafios diante dos quais nos</p><p>sentimos, muitas vezes, despreparados. No século que se findou,</p><p>constatamos a todo momento, indícios de mudança nos diferentes</p><p>campos do conhecimento, nas organizações sociais, e nas diferentes</p><p>culturas e sociedades. Eles têm chegado até a escola, levantando</p><p>questionamentos que demandam reflexões e sobre os quais o cole-</p><p>tivo da escola precisa se debruçar (ORSOLON, 2005, p. 128).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 1 - Fotografia de uma coordenadora pedagógica</p><p>Descrição da imagem: fotografia de uma mulher morena clara, de meia idade. Ela está de frente para o</p><p>observador, aparece apenas seu corpo da cintura para cima. Ela usa óculos de grau com armação preta,</p><p>tem cabelos pretos e curtos na altura da nuca. Ela veste uma blusa fina verde claro aberta e uma camiseta</p><p>branca por baixo. No braço esquerdo, ela segura dois cadernos e um tablet preto, enquanto sua mão direita</p><p>está na altura do peito com os dedos voltados para seu corpo. Ao fundo desfocado, observamos prateleiras</p><p>com diversos livros fechados guardados e de várias cores.</p><p>Identificar possíveis dificuldades, oferecer suporte pedagógico e promover ajus-</p><p>tes necessários para melhorar a eficácia das práticas educacionais são algumas</p><p>formas de enfrentamento dos desafios que o coordenador pode utilizar no dia a</p><p>dia. A busca por parcerias externas, como instituições de Ensino Superior e or-</p><p>ganizações da sociedade civil, são alternativas diferenciadas para que os desafios</p><p>sejam superados.</p><p>Com a grande demanda de atribuições da Equipe Pedagógica, não é simples</p><p>focar nos próprios membros da equipe em relação ao bem-estar destes elos, ocasio-</p><p>nando, muitas vezes, com isso, certa negligência em relação à saúde mental deles.</p><p>A saúde mental da Equipe Pedagógica é uma questão crucial e deve ser tra-</p><p>tada com a devida atenção. A pressão por resultados, a crescente</p><p>complexidade</p><p>das relações interpessoais, os desafios da gestão escolar e as demandas adminis-</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>trativas podem sobrecarregar estes profissionais. Por isso, é necessário estabelecer</p><p>um ambiente de trabalho saudável e promover o autocuidado para garantir que</p><p>possam desempenhar suas funções, de forma plena e eficaz.</p><p>Alguns aspectos são de suma importância para o reconhecimento e a va-</p><p>lidação do estresse e das dificuldades emocionais que os membros da equipe</p><p>enfrentam, diariamente, em prol do estabelecimento de uma rede de apoio para</p><p>estes profissionais. A abertura para o diálogo e o apoio institucional são exemplos</p><p>destes aspectos essenciais para que esses profissionais se sintam acolhidos e com-</p><p>preendidos, sejam por oportunidades de participação em grupos de reflexão seja</p><p>tendo acesso a espaços de discussão e troca de experiências que podem aliviar a</p><p>sensação de isolamento.</p><p>A implementação de políticas de prevenção também deve ser priorizada,</p><p>permitindo que a coordenação adquira ferramentas para lidar com as adversidades</p><p>cotidianas, incentivo da prática de atividades físicas, meditação e outros exercícios</p><p>de relaxamento podem contribuir para o equilíbrio mental e emocional.</p><p>É essencial, ainda, que a equipe tenha tempo para se dedicar à família, aos hobbies</p><p>e a outras atividades que lhe tragam prazer e satisfação, já que a sobrecarga de</p><p>trabalho vivenciada na área da educação pode levar ao esgotamento e à exaustão</p><p>emocional, prejudicando a saúde mental dos profissionais.</p><p>A implementação de horários de trabalho flexíveis e a promoção do equi-</p><p>líbrio entre vida profissional e pessoal são outras estratégias importantes para</p><p>preservar a saúde mental, com o oferecimento de possibilidade de trabalho com</p><p>horários flexíveis que ajudam a reduzir o estresse relacionado ao deslocamento</p><p>e às demandas cotidianas, proporcionando mais autonomia aos profissionais.</p><p>Outro ponto a ser considerado é o estímulo à prática de apoio mútuo entre</p><p>a equipe escolar e a efetivação de uma cultura de empatia, de suporte mútuo e</p><p>fortalecimento dos laços entre colegas, permitindo que compartilhem suas an-</p><p>gústias e recebam apoio dos demais.</p><p>Além das práticas já mencionadas, é importante enfatizar a necessidade de</p><p>se combater o estigma em torno da busca por ajuda psicológica e psiquiátrica.</p><p>Infelizmente, em algumas culturas ou ambientes de trabalho, ainda existe resis-</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>tência em relação ao tratamento de questões de saúde mental. Promover uma</p><p>cultura organizacional, que valorize a saúde mental e encoraje a procura por</p><p>apoio profissional é fundamental para que os membros da equipe possam lidar</p><p>com os desafios emocionais, de forma saudável e construtiva.</p><p>EU INDICO</p><p>Olá! Agora, quero convidar você a assistir ao nosso vídeo e enriquecer seus estu-</p><p>dos. Neste vídeo, falaremos a respeito de temas relevantes para a área.</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>O coordenador pedagógico é uma figura-chave na gestão escolar, desempenhan-</p><p>do um papel fundamental na promoção de uma educação de qualidade. Teoria e</p><p>prática se entrelaçam na atuação deste profissional, preparando-o para enfrentar</p><p>os desafios do mercado de trabalho e suas perspectivas.</p><p>O coordenador pedagógico atua diretamente na escola, colaborando com</p><p>professores, alunos e famílias. Ele promove a formação continuada dos docentes,</p><p>auxilia na elaboração de planos de ensino, orienta estratégias pedagógicas e avalia</p><p>o desempenho escolar. Além disso, desempenha um papel de mediação entre a</p><p>equipe escolar e a comunidade, promovendo uma relação positiva e colaborativa.</p><p>No mercado de trabalho, as perspectivas para os coordenadores pedagógicos</p><p>são promissoras. Com uma formação sólida, estes profissionais são altamente</p><p>valorizados nas escolas. A busca por uma educação de qualidade e a necessidade</p><p>de atender às demandas da educação inclusiva e da diversidade tornam o</p><p>coordenador pedagógico uma peça-chave na equipe escolar.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>Em resumo, o papel do coordenador pedagógico na gestão escolar é uma com-</p><p>binação habilidosa de teoria e prática. Esta integração prepara os profissionais</p><p>para um mercado de trabalho dinâmico, onde sua atuação é fundamental para</p><p>o sucesso da educação e o desenvolvimento dos alunos. Suas perspectivas são</p><p>promissoras, refletindo a importância crescente da qualidade educacional na</p><p>sociedade contemporânea.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>1. O papel do coordenador pedagógico: atribuições, responsabilidades e competências junto</p><p>à gestão escolar</p><p>As atribuições, as responsabilidades e as competências do coordenador pedagógico junto à</p><p>gestão escolar variam de acordo com as políticas e contextos específicos de cada instituição</p><p>e podem demandar tarefas de acordo com as necessidades conforme contexto em que atua,</p><p>porém, segundo Carvalho (2008) é necessário termos em mente “que o papel fundamental</p><p>do coordenador pedagógico reside na capacidade de mobilizar os professores, os alunos</p><p>e a comunidade para a constituição e a concretização do projeto político pedagógico da</p><p>escola” (CARVALHO, 2008, p. 139).</p><p>Fonte: CARVALHO. A. L. O Projeto Político Pedagógico: A Concepção do Coordenador. Bra-</p><p>sília: CD, 2008.</p><p>É importante ressaltar que as responsabilidades e as competências do coordenador peda-</p><p>gógico estão sempre voltadas para o fortalecimento da qualidade do ensino, o desenvol-</p><p>vimento profissional dos docentes e a promoção de um ambiente educacional produtivo</p><p>e inclusivo. Mas existem algumas funções gerais e específicas desempenhadas por coor-</p><p>denadores pedagógicos, como serviço de apoio à gestão escolar, entre as quais, podemos</p><p>citar as seguintes:</p><p>Planejamento e Coordenação Curricular: colabora na elaboração, na implementação, na</p><p>avaliação do currículo escolar e auxilia os professores na elaboração de planos de ensino,</p><p>atividades e materiais didáticos, buscando alinhar as práticas pedagógicas aos objetivos</p><p>educacionais da escola.</p><p>Formação e Desenvolvimento Profissional: apoia e dá suporte ao supervisor escolar na pro-</p><p>moção da formação contínua dos professores, identificando necessidades de capacitação</p><p>e organizando cursos, palestras e outras atividades de aperfeiçoamento.</p><p>Acompanhamento Pedagógico: realiza o acompanhamento do desempenho dos alunos,</p><p>identificando as dificuldades e propondo as estratégias de intervenção para melhorar o</p><p>processo de ensino-aprendizagem.</p><p>Articulação entre os Membros da Comunidade: atua como um elo de comunicação entre a</p><p>direção da escola, os professores, os alunos e seus responsáveis, promovendo a integração</p><p>e a colaboração entre estes diferentes atores, facilitando o trabalho em equipe e o envolvi-</p><p>mento da comunidade escolar nas atividades educacionais.</p><p>Avaliação Educacional: participa da elaboração e da implementação de processos de avalia-</p><p>ção interna e externa da escola, analisando os resultados dessas avaliações, identificando os</p><p>pontos fortes e os fracos da instituição, e propõe ações de melhoria com base nestes dados.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>Assessoria à Gestão Escolar: colabora com a direção da escola na definição de metas e estra-</p><p>tégias para o desenvolvimento da instituição, contribui com ideias, sugestões e análises funda-</p><p>mentadas para aprimorar a gestão escolar e alcançar os objetivos educacionais estabelecidos.</p><p>Inclusão e Diversidade: desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão e da</p><p>valorização da diversidade na escola. Colabora na implementação de práticas pedagógicas</p><p>inclusivas, orientando os professores na adaptação de estratégias e materiais para atender às</p><p>necessidades de alunos com deficiências, dificuldades de aprendizagem, diferentes estilos</p><p>de aprendizado, entre outros.</p><p>Uso de Tecnologia Educacional: acompanha as tendências e as inovações em tecnologia</p><p>educacional e busca incorporar recursos digitais e ferramentas tecnológicas no contexto</p><p>da sala de aula, orientando os professores na seleção e no uso adequado de recursos tec-</p><p>nológicos, visando enriquecer as práticas pedagógicas e promover o desenvolvimento</p><p>de</p><p>habilidades digitais nos estudantes.</p><p>Pesquisa e Atualização Pedagógica: mantém-se atualizado em relação às pesquisas e ten-</p><p>dências educacionais, participando de cursos, conferências e grupos de estudo, traz novas</p><p>abordagens, novos métodos e recursos para a equipe docente, incentivando a reflexão e a</p><p>melhoria contínua das práticas pedagógicas.</p><p>Todas estas atividades são ações que complementam o papel do coordenador pedagógico,</p><p>quanto ao apoio junto à gestão escolar. Esta gama demonstra a amplitude de atuação e a</p><p>importância para o sucesso da gestão escolar e o desenvolvimento dos alunos.</p><p>Qual é uma das atribuições do coordenador pedagógico junto à gestão escolar?</p><p>a) Elaborar os planos de ensino e atividades dos alunos.</p><p>b) Realizar o acompanhamento do desempenho dos alunos.</p><p>c) Gerenciar os recursos financeiros da escola.</p><p>d) Atuar como elo de comunicação entre os alunos e seus responsáveis.</p><p>e) Conduzir pesquisas de mercado para aprimorar a gestão escolar.</p><p>2. A atuação do coordenador pedagógico na gestão participativa e democrática</p><p>O papel do coordenador pedagógico na gestão participativa e democrática das instituições</p><p>de ensino é fundamental para promover a construção coletiva de um ambiente educacional</p><p>enriquecedor e inclusivo. O coordenador atua como um elo entre os diversos membros da</p><p>comunidade escolar, incluindo estudantes, pais, professores e equipe administrativa, facili-</p><p>tando a comunicação e a participação de todos.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>Uma das principais responsabilidades do coordenador pedagógico é estimular a participa-</p><p>ção ativa dos professores no planejamento e desenvolvimento das práticas educativas. Isso</p><p>envolve a criação de espaços de diálogo e reflexão, nos quais os docentes possam compar-</p><p>tilhar experiências, trocar conhecimentos e discutir estratégias pedagógicas inovadoras. A</p><p>participação dos professores no processo decisório fortalece o sentimento de pertencimento</p><p>e contribui para a construção de uma identidade coletiva na escola.</p><p>O coordenador pedagógico desempenha um papel importante na promoção da autonomia</p><p>e do protagonismo dos estudantes. Ele busca criar oportunidades para que os alunos sejam</p><p>ouvidos e participem ativamente do processo educacional, levando em consideração suas</p><p>opiniões, interesses e necessidades. Isso pode ser feito por meio de eventos, como assem-</p><p>bleias estudantis, conselhos de classe ou projetos que incentivem a expressão dos alunos,</p><p>como feiras de ciências, festivais culturais e projetos de voluntariado.</p><p>Outro aspecto relevante da atuação do coordenador pedagógico é o estabelecimento de</p><p>parcerias com a comunidade local. O coordenador busca envolver os pais e responsáveis</p><p>na vida escolar de seus filhos, promovendo reuniões, atividades e ações que estimulem a</p><p>participação ativa da família na educação. Ele pode estabelecer também parcerias com</p><p>instituições culturais, esportivas e sociais, trazendo recursos e experiências enriquecedoras</p><p>para os alunos. Um aspecto central da gestão participativa e democrática é a transparência.</p><p>O coordenador pedagógico tem a responsabilidade de compartilhar informações sobre as</p><p>decisões tomadas e as ações em andamento na escola, garantindo que todos os membros</p><p>da comunidade escolar estejam cientes e possam contribuir, de forma consciente, com o an-</p><p>damento das decisões. A comunicação clara e efetiva é essencial para fortalecer a confiança</p><p>e o engajamento de todos os envolvidos. Enfim, a atuação do coordenador pedagógico na</p><p>gestão participativa e democrática se baseia na criação de espaços de diálogo, na promoção</p><p>da participação ativa de professores, estudantes e pais, na busca por parcerias com a comu-</p><p>nidade e na transparência das ações da escola. Ao fortalecer a participação e o engajamento</p><p>de todos os membros da comunidade escolar, o coordenador pedagógico contribui para a</p><p>construção de um ambiente educacional colaborativo, inclusivo e de qualidade.</p><p>Qual é um dos principais papéis do coordenador pedagógico na gestão participativa e de-</p><p>mocrática das instituições de ensino?</p><p>a) Definir estratégias pedagógicas inovadoras.</p><p>b) Tomar decisões unilaterais sobre assuntos educacionais.</p><p>c) Estabelecer parcerias apenas com instituições esportivas.</p><p>d) Excluir os pais e responsáveis da vida escolar dos alunos.</p><p>e) Ignorar a participação ativa dos professores.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>3. A coordenação pedagógica e a implementação do currículo e de projetos</p><p>Em relação à implementação do currículo e de projetos educacionais nas instituições de</p><p>ensino, a função que a coordenação pedagógica desempenha envolve planejar, orientar e</p><p>acompanhar as práticas pedagógicas, visando garantir uma educação de qualidade. O cur-</p><p>rículo escolar é o conjunto de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes que se espera</p><p>que os estudantes adquiram ao longo de sua trajetória educacional. A implementação desse</p><p>currículo é um processo complexo, que requer a responsabilidade de alinhar suas verten-</p><p>tes com as diretrizes curriculares estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), com a</p><p>Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018, on-line) e com as necessidades</p><p>e as características da comunidade escolar. Por isso, a participação ativa da coordenação</p><p>pedagógica é tão importante, pois é ela quem coordenará a reflexão sobre o currículo,</p><p>buscará sua atualização e sua contextualização. Essa atividade não é tão simples, pois há</p><p>necessidade de se considerar a realidade dos estudantes, seus interesses, suas experiên-</p><p>cias prévias e as demandas da sociedade contemporânea. Além disso, a coordenação deve</p><p>assegurar que o currículo esteja em consonância com os princípios da educação inclusiva</p><p>e da formação integral dos alunos, contemplando diferentes áreas do conhecimento, bem</p><p>como competências socioemocionais.</p><p>Rangel (2001) destaca algumas características destas atribuições do coordenador pedagó-</p><p>gico frente à questão do currículo e dos projetos:</p><p>• Acompanhar a atualização pedagógica e normativa, com especial atenção,</p><p>em ambos os casos, aos fundamentos;</p><p>• Propiciar oportunidades de estudo e interlocução dos professores, em ati-</p><p>vidades coletivas, que reúnam professores que desenvolvem um mesmo</p><p>conteúdo nas diversas séries e níveis escolares;</p><p>• Propiciar oportunidades periódicas de reavaliação de currículo e progra-</p><p>mas; Propiciar oportunidades de estudo e decisões coletivas sobre material</p><p>didático. (RANGEL, 2008, p. 63).</p><p>A implementação de projetos pedagógicos também é uma tarefa essencial da coordenação</p><p>pedagógica, haja vista que os projetos têm o objetivo de proporcionar aos estudantes ex-</p><p>periências enriquecedoras, contextualizadas e interdisciplinares. Estas iniciativas promovem</p><p>a aprendizagem significativa, estimulam a criatividade, o protagonismo dos estudantes e o</p><p>trabalho em equipe. Há, ainda, outra ação da coordenação pedagógica frente aos projetos</p><p>e ao currículo, a integração curricular, ou seja, na articulação entre as diferentes disciplinas</p><p>e áreas do conhecimento. Esta abordagem interdisciplinar permite que os estudantes façam</p><p>conexões entre os conteúdos, compreendam melhor a relevância do que estão aprendendo</p><p>e desenvolvam habilidades de pensamento crítico e resolução de problemas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>Outro aspecto relevante da coordenação pedagógica é o trabalho em parceria com os pro-</p><p>fessores no apoio da elaboração e da execução dos projetos, oferecendo subsídios teóricos,</p><p>metodológicos e práticos. É necessário auxiliar no planejamento, na seleção de recursos</p><p>didáticos, na definição de estratégias de avaliação e na organização das atividades. Deve,</p><p>ainda, acompanhar o desenvolvimento dos projetos, oferecendo suporte aos professores,</p><p>promovendo a articulação entre as diferentes disciplinas e incentivar a participação de toda</p><p>a comunidade escolar, estabelecendo uma relação de diálogo e colaboração, estimulando</p><p>a troca de experiências, a reflexão conjunta e a construção coletiva do conhecimento. Por</p><p>meio de um trabalho articulado, a coordenação contribui para que</p><p>desenvolvimento da gestão educacional no Brasil é um processo que remonta</p><p>ao período colonial, passando por diferentes fases ao longo de nossa história. Para</p><p>nos situarmos sobre a gênese da escola democrática, é importante entendermos</p><p>como esse percurso evoluiu.</p><p>Período Colonial (1500-1822): durante a colonização, a educação estava vol-</p><p>tada, principalmente, para a catequese e a formação religiosa dos nativos. As</p><p>escolas eram restritas aos padres e à elite colonial. Não havia uma preocupação</p><p>com a educação massiva ou a participação popular.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Império (1822-1889): com a independência do Brasil, houve avanços na</p><p>educação, mas o acesso continuava restrito às elites. O sistema educacional era</p><p>centralizado e controlado pelo governo imperial, com pouca participação da</p><p>sociedade.</p><p>República Velha (1889-1930): neste período, ocorreram mudanças signifi-</p><p>cativas na gestão educacional, com a criação das primeiras escolas públicas e o</p><p>estabelecimento do ensino laico. Ainda assim, a educação era elitizada e limitada</p><p>a uma parcela da população.</p><p>Era Vargas (1930-1945): durante o governo de Getúlio Vargas, ocorreram</p><p>avanços importantes na educação, como a criação do Ministério da Educação e</p><p>Saúde (atualmente MEC). Surgiram políticas de universalização do ensino fun-</p><p>damental, mas o acesso à educação ainda estava longe de ser democrático.</p><p>Pós-Guerra e Ditadura Militar (1945-1985): após a Segunda Guerra Mundial,</p><p>o Brasil experimentou um período de expansão educacional, com a criação das</p><p>universidades públicas e a ampliação do acesso ao Ensino Superior. No entanto,</p><p>durante a Ditadura Militar (1964-1985), houve forte controle e repressão nas</p><p>instituições educacionais, limitando a liberdade acadêmica e a participação de-</p><p>mocrática.</p><p>1</p><p>1</p><p>Redemocratização (1985 em diante): com o fim da Ditadura, o Brasil voltou a</p><p>trilhar o caminho da democratização da educação. Foram criadas leis e políticas</p><p>que visavam garantir o acesso universal à educação, como a Constituição de 1988,</p><p>que estabeleceu a educação como um direito fundamental. A gestão educacional</p><p>passou a envolver mais a participação da sociedade civil, com conselhos e con-</p><p>ferências de educação.</p><p>Século XXI: no século XXI, o Brasil continuou avançando na construção de</p><p>uma escola democrática. Foram implementadas políticas de inclusão, como o</p><p>sistema de cotas nas universidades e a expansão do ensino técnico. A educação</p><p>passou a ser entendida como um instrumento de promoção da igualdade social</p><p>e do desenvolvimento do país.</p><p>Atualmente, a gestão educacional no Brasil busca cada vez mais a participa-</p><p>ção da comunidade escolar e a promoção de uma educação de qualidade para</p><p>todos, independentemente de sua origem social. A escola democrática é um ideal</p><p>em construção, que visa garantir o direito à educação e a formação de cidadãos</p><p>críticos e participativos em nossa sociedade.</p><p>Vale a pena a leitura do artigo A Gestão Democrática das Es-</p><p>colas: do autogoverno à ascensão de uma pós-democracia</p><p>gestionária”? Nele, o autor Licínio Lima chama atenção para os</p><p>desafios contemporâneos, enfrentados nas práticas da gestão</p><p>escolar.</p><p>EU INDICO</p><p>Conheça os obstáculos superados pela gestão escolar ao longo dos tempos e,</p><p>juntos, desvendaremos as lições valiosas que moldaram a educação como a co-</p><p>nhecemos hoje.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>ALGUNS DESAFIOS ENFRENTADOS PELA GESTÃO ESCOLAR</p><p>AO LONGO DA HISTÓRIA</p><p>A gestão escolar tem sido um aspecto fundamental na educação ao longo da</p><p>história, desempenhando um papel crucial na organização e administração das</p><p>instituições de ensino. No entanto, ao longo dos anos, enfrentou e continua en-</p><p>frentando uma série de desafios que impactaram sua eficiência e sua eficácia na</p><p>busca por uma educação de qualidade. Alguns principais desafios são:</p><p>ACESSO À EDUCAÇÃO</p><p>Durante muito tempo, o acesso à educação foi restrito a determinados grupos</p><p>sociais, como a elite ou os membros de determinadas instituições religiosas. O</p><p>desafio era, e ainda é, garantir que todos os indivíduos tenham acesso à edu-</p><p>cação de qualidade.</p><p>INCLUSÃO E EQUIDADE</p><p>A gestão escolar enfrenta o desafio de garantir a inclusão de todos os alunos,</p><p>independentemente de suas origens étnicas, socioeconômicas, culturais ou de</p><p>suas habilidades e suas necessidades especiais. A busca pela equidade tem sido</p><p>uma preocupação constante.</p><p>1</p><p>8</p><p>GESTÃO DOS RECURSOS</p><p>A administração eficiente dos recursos financeiros, materiais e humanos sempre</p><p>foi um desafio para a gestão escolar. É preciso buscar formas de otimizar os re-</p><p>cursos disponíveis e garantir sua aplicação adequada no processo educativo.</p><p>ATUALIZAÇÃO CURRICULAR</p><p>A gestão escolar enfrenta o desafio de acompanhar as demandas da sociedade</p><p>e as transformações no campo do conhecimento, garantindo que os currículos</p><p>estejam atualizados e sejam relevantes para a formação dos alunos.</p><p>Os principais desafios enfrentados pela gestão escolar estão diretamente ligados</p><p>aos direitos fundamentais de cada um dos indivíduos. Em vista disso, enfrentar</p><p>esses desafios continua não sendo uma tarefa fácil, mas necessária pela gestão</p><p>escolar.</p><p>Ao longo do tempo, foi fundamental que a gestão escolar fizesse o enfren-</p><p>tamento dos desafios com a promoção de diferentes alternativas em prol da in-</p><p>clusão, da equidade, do acolhimento, da valorização, da diversidade, da igual-</p><p>dade de oportunidades, da otimização de recursos, da qualidade do ensino e da</p><p>atualização curricular em consonância com as constantes inovações, os avanços</p><p>tecnológicos e as mudanças sociais que impactam diretamente a educação.</p><p>Este enfrentamento pelas práticas da gestão está tornando as escolas cada</p><p>vez mais conscientes da importância do acesso igualitário à educação, da dimi-</p><p>nuição das desigualdades educacionais, da criação de ambientes inclusivos e de</p><p>ações que promovam a conscientização sobre a diversidade, respeito mútuo e a</p><p>valorização das diferenças.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>O PAPEL DOS GESTORES NA CONSTRUÇÃO DE UM NOVO</p><p>PERCURSO DE QUALIDADE E DESAFIOS</p><p>Os gestores escolares desempenham um papel</p><p>fundamental na construção da qualidade educa-</p><p>cional . Eles são responsáveis por liderar e coor-</p><p>denar as ações desenvolvidas nas escolas, promo-</p><p>vendo um ambiente propício ao aprendizado e</p><p>ao desenvolvimento dos alunos. Têm a respon-</p><p>sabilidade de estabelecer metas e objetivos educacionais, traçar planos de ação,</p><p>mobilizar a equipe escolar e acompanhar o progresso dos alunos. Eles devem</p><p>promover a formação continuada dos professores, oferecer suporte pedagógico,</p><p>estimular a participação da comunidade escolar e garantir a aplicação de políticas</p><p>educacionais.</p><p>Além disso, os gestores escolares desempenham um papel importante na</p><p>criação de uma cultura escolar de qualidade, baseada em valores, como respeito,</p><p>diálogo, participação e comprometimento. Eles são responsáveis por construir</p><p>um ambiente seguro e acolhedor, que valorize a diversidade e promova o</p><p>desenvolvimento integral dos alunos.</p><p>A busca da melhoria contínua da escola, identificando pontos fortes e fracos,</p><p>promovendo ações de monitoramento e avaliação e implementando estratégias</p><p>de correção de rumo quando necessário, desempenhando um papel estratégico</p><p>na construção de um novo percurso de qualidade educacional, atuando como</p><p>agentes de transformação e liderança nas escolas é o grande desafio do gestor</p><p>educacional.</p><p>COMPREENDENDO AS ATUAIS TENDÊNCIAS DA GESTÃO</p><p>ESCOLAR</p><p>Atualmente, algumas tendências têm influenciado a gestão escolar. Entre elas,</p><p>destacam-se:</p><p>Desempenham um</p><p>papel fundamental</p><p>na construção</p><p>da qualidade</p><p>educacional</p><p>1</p><p>1</p><p>Gestão Participativa</p><p>Há uma valorização cada vez maior da participação da</p><p>comunidade escolar na tomada de decisões. A gestão</p><p>participativa busca envolver alunos, pais, professores</p><p>e funcionários em processos de discussão e definição</p><p>das políticas educacionais, promovendo a corre-</p><p>sponsabilização e o engajamento de todos os atores</p><p>envolvidos.</p><p>Uso</p><p>a escola cumpra sua</p><p>missão de oferecer uma educação de qualidade, considerando todos estes aspectos que</p><p>destacam a complexidade do trabalho da coordenação pedagógica. Sua atuação na im-</p><p>plementação do currículo e dos projetos nas escolas estimulam a criação de um ambiente</p><p>educacional inclusivo e eficaz na promoção do desenvolvimento integral dos estudantes e</p><p>sua preparação para os desafios do século XXI.</p><p>A coordenação pedagógica, em relação à implementação do currículo e de projetos edu-</p><p>cacionais, desempenha as seguintes atribuições:</p><p>I - Atualização pedagógica e normativa, com especial atenção aos fundamentos.</p><p>II - Planejamento e execução das atividades dos projetos pedagógicos.</p><p>III - Articulação entre as diferentes disciplinas e áreas do conhecimento.</p><p>IV - Avaliação dos estudantes e definição de estratégias de ensino.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) I e II.</p><p>c) II e III.</p><p>d) I, II e IV.</p><p>e) I e IV.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>4</p><p>4</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Guia de implementação da Base Nacional Comum Curricu-</p><p>lar: orientações para o processo de implementação da BNCC. Brasília: MEC, 2018. Disponível</p><p>em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/04/guia_BNC_2018_</p><p>online_v7.pdf. Acesso em: 19 set. 2023.</p><p>CARVALHO, A. L. O Projeto Político Pedagógico: A Concepção do Coordenador. Brasília: CD, 2008.</p><p>FRANCO, M. A. S. Coordenação pedagógica: uma práxis em busca de sua identidade. Revista</p><p>Múltiplas Leituras, v. 1, n. 1, jan./jun. 2008.</p><p>ORSOLON, J. A. M. O coordenador/formador como um dos agentes de transformação na/</p><p>da escola. 4. ed. In: ALMEIDA, L. R.; PLACCO, V. M. O coordenador pedagógico e o espaço da</p><p>mudança. São Paulo: Loyola, 2005.</p><p>RANGEL, M. (org.). Supervisão Pedagógica: Princípios e práticas. 5. ed. São Paulo: Papirus, 2001.</p><p>1</p><p>4</p><p>5</p><p>1 Feedback: B. A atribuição do coordenador pedagógico inclui o acompanhamento do desem-</p><p>penho dos alunos, identificando suas dificuldades e propondo estratégias de intervenção para</p><p>melhorar o processo de ensino-aprendizagem. As demais alternativas não correspondem</p><p>diretamente às atribuições do coordenador pedagógico junto à gestão escolar.</p><p>2 Feedback: A. Um dos principais papéis do coordenador pedagógico na gestão participa-</p><p>tiva e democrática é estimular a participação ativa dos professores no planejamento e no</p><p>desenvolvimento das práticas educativas. Isso envolve a criação de espaços de diálogo e</p><p>reflexão, nos quais os docentes possam compartilhar experiências, trocar conhecimentos e</p><p>discutir estratégias pedagógicas inovadoras. A alternativa (A) é correta porque está alinhada</p><p>com esta função, enquanto as demais alternativas estão incorretas, pois não correspondem</p><p>ao papel do coordenador pedagógico na gestão participativa e democrática.</p><p>3 Feedback: A. A coordenação pedagógica, conforme destacado no texto, tem como atri-</p><p>buições acompanhar a atualização pedagógica e normativa, com especial atenção aos</p><p>fundamentos, o que corresponde à afirmativa I. As demais afirmativas (II, III e IV) não estão</p><p>mencionadas no texto como atribuições específicas da coordenação pedagógica.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>O ADMINISTRADOR E O INSPETOR:</p><p>CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS NA</p><p>GESTÃO EDUCACIONAL</p><p>Apresentar as principais características destes dois diferentes atores pedagógicos: o</p><p>administrador e o inspetor escolar.</p><p>Compreender o trabalho exercido pelo administrador escolar em suas distintas frentes de</p><p>trabalho.</p><p>Conhecer a função do inspetor escolar e suas possibilidades de atuação.</p><p>Reconhecer o papel do inspetor escolar e do administrador, como educadores em suas</p><p>ações e inferências, dentro da escola.</p><p>Compreender a aplicação do diálogo, entre todos os atores pedagógicos, como uma</p><p>prática democrática, no ambiente educacional.</p><p>Integrar os saberes do administrador e do inspetor escolar, frente aos desafios cotidianos.</p><p>Oferecer sugestões práticas que podem ser acolhidas e gerenciadas dentro do âmbito</p><p>escolar por estes dois atores pedagógicos.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6</p><p>1</p><p>4</p><p>8</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A identidade de um gestor educacional, no papel de administrador escolar,</p><p>depende, além de sua formação em Pedagogia, de vários outros fatores so-</p><p>ciais, históricos e culturais.</p><p>Graças a este movimento, o administrador escolar tem deixado de in-</p><p>vestir em uma identidade autoritária e fiscalizadora, para assumir uma</p><p>postura mais democrática. Nesta perspectiva, o conceito de identidade do</p><p>administrador é construído na relação com o outro, em uma postura de</p><p>mediação, ajudando a estabelecer parcerias entre a escola, a família, os</p><p>estudantes e a comunidade.</p><p>Partindo deste pressuposto, podemos afirmar que o administrador esco-</p><p>lar é, antes de tudo, um líder, que aceita e compartilha suas ações, pautado no</p><p>conhecimento, na motivação, na avaliação e no planejamento, primando pela</p><p>excelência na educação, junto à sua equipe. No entanto, não é incomum per-</p><p>cebermos certa confusão nos papéis exercidos pelos profissionais que fazem</p><p>parte da gestão de uma escola, uma vez que não estão claras as atribuições</p><p>que competem a cada um deles, conforme a situação que traremos a seguir:</p><p>Em determinada escola, observou-se que algumas tarefas que compe-</p><p>tem à equipe de gestores acabam sendo desempenhadas por várias pessoas,</p><p>enquanto outras tarefas, ficam esquecidas, ou seja, está havendo falha de</p><p>comunicação acerca das atribuições que competem a cada um dos profis-</p><p>sionais da gestão. Na última semana, por exemplo, o administrador delegou</p><p>ao inspetor escolar certa tarefa que não lhe competia resolver. Este, por</p><p>sua vez, acabou envolvendo-se em um assunto que dizia respeito apenas ao</p><p>administrador escolar. Enfim, esta situação gerou um problema interno e o</p><p>conflito inicial, permaneceu sem resposta.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Como este problema poderia ter sido resolvido? O que fazer para que situações</p><p>como esta, não voltem a acontecer?</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>No problema apresentado, o administrador e o inspetor escolar falharam</p><p>na distribuição e na execução de determinada tarefa, pois desconheciam</p><p>suas verdadeiras atribuições dentro da escola. O trabalho dialógico e a co-</p><p>municação eficiente são essenciais à gestão educacional, evitando impactos</p><p>ou implicações negativas.</p><p>Neste tema de aprendizagem, aprofundaremos os nossos conhecimentos</p><p>acerca de quem são estes dois importantes atores pedagógicos: o administrador</p><p>e o inspetor escolar, desvelando as atribuições que competem a cada um deles</p><p>dentro da escola. Reforçamos que nem todas as instituições apresentam um</p><p>profissional que atua na inspeção escolar, pois algumas delas têm esta função</p><p>absorvida pelo coordenador pedagógico e/ou pelo orientador educacional. No</p><p>entanto partiremos da realidade de que os inspetores escolares ainda existem</p><p>em muitas instituições, mesmo que, às vezes, tenham outras denominações,</p><p>acompanhando/fiscalizando bem de pertinho os alunos, em sincronia com os</p><p>demais atores pedagógicos que compõem a equipe de gestores.</p><p>Para ajudá-lo(a) a responder estas duas perguntas, elaboramos um podcast com</p><p>dicas práticas que poderão contribuir para a resolução do problema apresentado,</p><p>por meio da experimentação e da identificação de caminhos. Acesse este material</p><p>e aprimore sua forma de comunicação frente aos desafios de atuação que com-</p><p>petem à gestão de uma escola.</p><p>Recursos de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Para uma gestão educacional eficiente, precisamos de líderes e métodos,</p><p>independentemente da função que ocupem dentro da escola. Mas quais seriam,</p><p>afinal, as qualidades de um bom gestor/líder? O que seriam os métodos? Vicente</p><p>Falconi trará-nos estas respostas. Ele é consultor de empresas e fundador do INDG</p><p>(Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial) e fala sobre as qualidades de um</p><p>líder e sobre os pilares de um bom modelo de gestão, nesta entrevista concedida</p><p>em maio de 2011, à Revista</p><p>Nova Escola.</p><p>Recursos de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>A gestão educacional se dá como um ecossistema em que todos os atores peda-</p><p>gógicos, com formação adequada para o exercício da função, contribuem para</p><p>o desenvolvimento da Instituição Escolar. De acordo com a Lei de Diretrizes e</p><p>Bases, nº 9.394, art. 64:</p><p>“ A formação de profissionais de educação para administração, plane-</p><p>jamento, inspeção, supervisão e orientação educacional, para a edu-</p><p>cação básica será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em</p><p>nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida,</p><p>nesta formação, a base comum nacional. (BRASIL,1996, on-line).</p><p>Para Libâneo (2001, p. 10), “a gestão é a atividade pela qual são mobilizados</p><p>meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização, envolvendo,</p><p>basicamente, os aspectos gerenciais e técnicos-administrativos”. Muitas vezes,</p><p>o profissional que cumpre este papel dentro da escola é o Diretor, ou seja, é ele</p><p>quem assume, na maioria dos casos, as atribuições pertinentes ao Administra-</p><p>dor Escolar, gerenciando as questões pedagógicas, administrativas, financeiras</p><p>e culturais, sob o mesmo guarda-chuva.</p><p>O administrador escolar/diretor é o personagem principal na gestão escolar, um</p><p>líder que precisa estar disposto a realizar uma prática pedagógica e administrativa,</p><p>de forma igualitária, democrática e exitosa.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>É ele quem coordena, organiza e faz o gerenciamento de todas as atividades</p><p>da escola, mas é lógico que não faz isso sozinho, ele conta com o apoio dos de-</p><p>mais profissionais que compõem a comunidade educativa. Além disso, é este</p><p>profissional quem responde pelo cumprimento (ou não) das Leis, Regulamentos</p><p>e determinações dos Órgãos Superiores de Ensino. Segundo Saviani (1996, p.</p><p>207), o diretor apresenta-se como o responsável máximo no âmbito da unidade</p><p>escolar, e seu papel é garantir o bom funcionamento da escola”.</p><p>“ O papel da escola em relação ao aluno é garantir a aprendizagem</p><p>dos conhecimentos socialmente necessários em um determinado</p><p>momento histórico. Conhecimentos estes que permitam ao aluno</p><p>compreender a realidade social e natural e possibilitem-lhe a ação</p><p>coletiva consciente na direção da construção de uma sociedade</p><p>justa e igualitária</p><p>(ALMEIDA; SOARES, 2010, p. 89).</p><p>Além de o administrador escolar ser a pessoa que responde pelas questões</p><p>legais e administrativas da escola, ele também é um educador e, como tal, precisa</p><p>acompanhar e coordenar as práticas pedagógicas e o currículo, desenvolvidos</p><p>pelo corpo docente junto aos alunos.</p><p>“ A escola é uma instituição de natureza educativa. Ao diretor cabe,</p><p>então, o papel de garantir o cumprimento da função educativa que é</p><p>a razão de ser da escola. Nesse sentido, é preciso dizer que o diretor</p><p>de escola é, antes de tudo, um educador; antes de ser administrador</p><p>ele é um educador</p><p>(SAVIANI, 1996, p. 208).</p><p>Em termos gerais, ser o líder responsável pela administração escolar, envolve</p><p>liderar pessoas e métodos, de forma qualitativa e eficiente, objetivando a exce-</p><p>lência do ensino. Apesar de ser uma atividade, muitas vezes, desenvolvida pelo</p><p>diretor, ela não deve focar apenas nas questões relacionadas à direção. Seu foco</p><p>precisa concentrar-se nos fins educacionais e no alcance de objetivos de toda a</p><p>comunidade escolar, a saber: alunos, professores, escola e pais, viabilizando, para</p><p>isso, todos os recursos (materiais e humanos) de que dispõe.</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>Giacaglia e Penteado (2010, p. 61) auxiliarão-nos a compreender o conceito</p><p>de liderança, que pode ser de três tipos:</p><p>AUTORITÁRIA</p><p>em que o líder se impõe e é acatado pelo medo que desperta em seus liderados.</p><p>LAISSEZ-FAIRE</p><p>em que o líder caracteriza-se por ser omisso, pouco engajado, fugindo de situações</p><p>difíceis e, portanto, não se impõe, é ignorado pelos alunos e por toda a comunidade,</p><p>mantendo-se pela titulação e pela força de seu cargo.</p><p>DEMOCRÁTICA</p><p>em que o líder consegue a adesão voluntária das pessoas com quem tem de interagir, a</p><p>confiança e a colaboração delas, graças à sua personalidade, à qualidade de seu traba-</p><p>lho e ao tipo de liderança consensual que consegue estabelecer na comunidade, tanto</p><p>dentro como fora da escola, em relação a todos ou à maior parte de seus membros.</p><p>Partindo do pressuposto de que ao Administrador Escolar cabe a responsa-</p><p>bilidade de zelar pelo funcionamento da escola em seus âmbitos pedagógicos</p><p>e administrativos, entendemos que ele necessita ter conhecimento nestes dois</p><p>campos de atuação, não podendo fixar-se apenas nas questões administrativas,</p><p>em detrimento das questões pedagógicas ou vice-versa. Ele necessita dar conta</p><p>de equilibrar estas duas demandas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Segundo Libâneo (2004), o papel deste profissional é deter conhecimentos</p><p>e habilidades para exercer liderança, iniciativa e utilizar práticas de trabalho em</p><p>grupo para assegurar a participação de alunos, professores, especialistas e pais</p><p>nos processos de tomada de decisões e na solução de problemas.</p><p>“ O conceito de participação se fundamenta no de autonomia, que</p><p>significa a capacidade das pessoas e dos grupos, de livre determi-</p><p>nação de si próprios, isto é, de conduzirem sua própria vida. Como</p><p>a autonomia, opõe-se às formas autoritárias de tomada de decisão,</p><p>sua realização concreta nas instituições é a participação. Portanto,</p><p>um modelo de gestão participativa, tem na autonomia um dos seus</p><p>mais importantes princípios, implicando a livre escolha de objetivos</p><p>e processos de trabalho e a construção conjunta do ambiente de</p><p>trabalho. (LIBÂNEO, 2004, p. 102).</p><p>Assim como vimos no vídeo de entrevista com</p><p>Vicente Falconi, o administrador escolar/diretor</p><p>precisa ser um líder, capaz de perceber as neces-</p><p>sidades, as fragilidades, as exigências e os desafios</p><p>do mundo contemporâneo, além das expectativas</p><p>da comunidade escolar, mobilizando-a, a fim de traçar metas, envolvendo a par-</p><p>ticipação ativa de todos os segmentos da escola, em prol de benefícios comuns.</p><p>O administrador</p><p>escolar/diretor</p><p>precisa ser um líder</p><p>EU INDICO</p><p>Você ficou interessado em saber o que fazer para mobilizar a comunidade es-</p><p>colar? Acesse o vídeo a seguir e descubra: https://apigame.unicesumar.edu.br/</p><p>qrcode/23582.</p><p>Recursos de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem</p><p>Em relação à Gestão Pedagógica, o Administrador Escolar necessita acom-</p><p>panhar, participar e interferir na construção, aplicação e avaliação da proposta</p><p>pedagógica da instituição em que atua, zelando pela qualidade dos processos</p><p>pedagógicos e colocando em prática o que prevê a LDB nº 9.394/96, em seu artigo</p><p>12. De acordo com BRASIL (1996), cabe aos estabelecimentos ou instituições de</p><p>ensino a incumbência de:</p><p>1</p><p>5</p><p>4</p><p>“ I – elaborar e executar sua proposta pedagógica;</p><p>II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;</p><p>III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula esta-</p><p>belecidas;</p><p>IV – zelar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;</p><p>V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendi-</p><p>mento;</p><p>VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos</p><p>de integração da sociedade com a escola;</p><p>VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se</p><p>for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento</p><p>dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica</p><p>da escola;</p><p>VIII – notificar ao conselho tutelar do município, ao juiz competen-</p><p>te da comarca e ao respectivo representante do Ministério Público</p><p>a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de</p><p>50% (cinquenta por cento) do percentual permitido em lei</p><p>(BRASIL, 1996, on-line).</p><p>Já em relação à Gestão Administrativa, cabe a este profissional zelar pelo pa-</p><p>trimônio da escola (cuidados, limpeza e manutenção) e administrar seus recursos</p><p>físicos, materiais e financeiros, promovendo a aprendizagem dos alunos.</p><p>Além</p><p>disso, precisa cooperar para que toda a parte de documentação dos docentes e</p><p>discentes estejam devidamente organizadas, facilitando a gestão dos processos</p><p>educacionais.</p><p>Em 2010, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico</p><p>- OCDE publicou o documento Improving School Leadership (STOLL; TEM-</p><p>PERLEY, 2010) (Melhorando a Liderança Escolar, em tradução livre). O material</p><p>objetiva demonstrar a pertinência que há no trabalho do administrador escolar/</p><p>diretor em relação a criação e manutenção de um ambiente favorável à melhoria</p><p>das práticas escolares desenvolvidas em sala de aula. O documento reforça que a</p><p>atuação de um diretor deve consistir em:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>“ I) Apoiar, avaliar e possibilitar o desenvolvimento do trabalho do-</p><p>cente (avaliação e monitoramento dos professores, investimento</p><p>no desenvolvimento profissional de professores, manutenção de</p><p>culturas colaborativas de trabalho); II) Definir metas, avaliações e</p><p>responsabilidades (destaca-se a autonomia/discricionariedade do</p><p>diretor para estabelecer metas e planejar, além do uso de dados</p><p>para beneficiar os estudantes); III) Gestão estratégica dos recursos</p><p>(uso estratégico dos recursos humanos e financeiros, alinhando-os</p><p>aos propósitos pedagógicos); IV) Sistema de Liderança (atuação</p><p>para além dos limites da escola, estabelecendo relações com outras</p><p>escolas para a troca de experiências e boas práticas)</p><p>(STOLL; TEMPERLEY, 2010).</p><p>A seguir, conheceremos outro profissional da gestão educacional, o Inspetor</p><p>Escolar. Não é muito comum ouvirmos falar deste profissional dentro das ins-</p><p>tituições de ensino contemporâneas, mas sua contribuição é fundamental para</p><p>o desenvolvimento dos alunos.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Ele ainda existe? Se sim, quais são as suas atribuições? Se não, quem absorveu a</p><p>sua função dentro da escola?</p><p>EU INDICO</p><p>Para aprofundar o seu entendimento acerca das competências do diretor escolar</p><p>nas seguintes dimensões: político-institucional; pedagógica; administrativo-financei-</p><p>ra; pessoal e relacional, sugiro a leitura da Matriz Nacional Comum de Competências</p><p>do Diretor Escolar, disponível em: https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/23583</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>No dicionário Aulete Digital (2023, on-line), ao procurarmos a palavra: inspetor, te-</p><p>mos a seguinte definição: “1. Aquele que inspeciona, que faz inspeção; 2. Aquele</p><p>que cuida da disciplina dos alunos em uma escola”.</p><p>A definição coaduna com o histórico da maioria das escolas que conhecemos,</p><p>como um lugar onde se pratica a disciplina, filas sem propósito nos pátios e cartei-</p><p>ras enfileiradas (muitas vezes, demarcadas) nas salas de aula. Espaços de silêncio,</p><p>obrigações e exigências. Tudo isso para que se possa manter a ordem. Esta aplica-</p><p>ção da semântica da palavra inspetor foi, durante muito tempo, exigida do profis-</p><p>sional da área da disciplina escolar e da manutenção de um status quo da escola.</p><p>A disciplina escolar não deve ser imposta de maneira autoritária aos alunos,</p><p>pois, mesmo precisando de limites e regras,</p><p>eles necessitam compreender o que espera-</p><p>mos deles, de maneira que a “obediência” seja</p><p>construída e compartilhada, de forma autôno-</p><p>ma, consciente, participativa e responsável.</p><p>[...] o simples fato de o aluno obedecer às normas estabelecidas pela escola e pelo</p><p>professor não pode ser entendido como disciplina. A disciplina não é estabelecida</p><p>com medidas disciplinares, mas a partir da organização de todo o trabalho peda-</p><p>gógico, como o resultado do conjunto de determinações que atuam sobre o aluno</p><p>(ALMEIDA; SOARES, 2010, p. 104-105).</p><p>APROFUNDANDO</p><p>A disciplina escolar</p><p>não deve ser</p><p>imposta de maneira</p><p>autoritária</p><p>QUEM É E O QUE FAZ UM INSPETOR ESCOLAR?</p><p>O Inspetor Escolar é um profissional contratado para fazer a inspeção dos alu-</p><p>nos. Pode ter nomes diferentes, de acordo com a instituição, mas a sua função</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>primordial é cuidar dos alunos, ou seja, zelar pela sua segurança, auxiliar em</p><p>suas dificuldades, monitorar comportamentos, garantir a disciplina e fiscalizar</p><p>o cumprimento (ou não) de regras, estabelecidas pela escola.</p><p>Ao entrar para a escola, deve-se considerar que o aluno irá passar</p><p>nela muitas horas do dia e muitos dias de sua vida. É importante,</p><p>pois, que ela se constitua em um ambiente interessante e agradável</p><p>que, além da formação intelectual, favoreça o desenvolvimento sa-</p><p>dio do educando (GIACAGLIA; PENTEADO, 2010, p. 190).</p><p>Normalmente, estes profissionais conhecem todos os alunos pelos seus no-</p><p>mes, sabem particularidades da vida pessoal deles, são bons conselheiros, bons</p><p>ouvintes e praticantes de manifestações inclusivas, ou seja, buscam as condições</p><p>adequadas para o atendimento de todos, sem exceções. No entanto, também</p><p>podem ser considerados “chatos”, por cumprirem a sua função e exigirem dos</p><p>alunos comportamentos diferentes dos que, porventura, apresentarem e que são,</p><p>por assim dizer, considerados inadequados pela escola. De acordo com Grinspun</p><p>(2011, p. 113):</p><p>cada escola tem uma dinâmica própria; mesmo sendo pública ou</p><p>particular, suas características são específicas e distintas. Cada esco-</p><p>la desenvolve seu próprio conjunto de normas e valores e, principal-</p><p>mente, sua própria cultura. Em cada escola os valores são processa-</p><p>dos, traduzidos e combinados de acordo com os interesses, algumas</p><p>vezes conflitantes, na escola e na comunidade onde ela está inserida.</p><p>Uma dica interessante é realizar com os alunos assembleias de decisões em</p><p>que eles auxiliam na construção das regras. Desta forma, o aluno sente-se parte</p><p>das decisões, deixando a posição de “sujeito obediente e passivo para tornar-se</p><p>alguém com autocontrole, autonomia e autodisciplina, tanto para os aspectos</p><p>da escola, quanto aos aspectos da vida, fora dela” (PIANEZZER, 2013, p. 143).</p><p>Vale reforçar que a função do inspetor vai</p><p>muito além do que fiscalizar e inspecionar a or-</p><p>dem do ambiente escolar. De acordo com o Guia</p><p>de Carreira, INDEED (2023, on-line), são atribui-</p><p>ções do inspetor escolar:</p><p>A função do inspetor</p><p>vai muito além do</p><p>que fiscalizar e</p><p>inspecionar</p><p>1</p><p>5</p><p>8</p><p>Prestar apoio durante atividades</p><p>acadêmicas; Orientar estudantes e responsáveis;</p><p>Cuidar da segurança das instalações</p><p>escolares relacionadas ao bem-estar</p><p>de estudantes;</p><p>Participar da de�nição de atividades</p><p>disciplinares;</p><p>Fiscalizar o uso de materiais e espaços</p><p>recreativos; Fixar avisos e comunicados em murais;</p><p>Inspecionar a limpeza e higiene nas</p><p>dependências da escola; Controlar o �uxo de pessoas estranhas;</p><p>Vistoriar irregularidades em salas de</p><p>aula, banheiros, vestiários, biblioteca,</p><p>salas de jogos etc.;</p><p>Prestar apoio ao corpo docente e à</p><p>diretoria, quando necessário;</p><p>Dar orientação quanto ao cumprimento</p><p>de horários e regras especí�cas</p><p>do recinto;</p><p>Acompanhar o processo de adaptação</p><p>dos estudantes que acabaram de</p><p>chegar à instituição;</p><p>Analisar os grupos em diversos</p><p>contextos, como os espaços que</p><p>ocupam, como se organizam, que</p><p>linguajar usam e quais brincadeiras</p><p>praticam;</p><p>Identi�car as relações de poder e</p><p>con�ança entre estudantes, bem como</p><p>suas repercussões nos relacionamentos</p><p>interpessoais e dinâmica escolar;</p><p>Conduzir indivíduos indisciplinados</p><p>à diretoria;</p><p>Identi�car quaisquer pessoas suspeitas</p><p>nas proximidades da escola;</p><p>Informar sobre mudanças nas salas de</p><p>aula e outras dependências da escola; Solicitar pequenos reparos;</p><p>Organizar �las e agrupamentos de</p><p>estudantes; Abrir e fechar salas de aulas;</p><p>Conciliar con�itos e corrigir ações de</p><p>intimidação entre estudantes; Fotocopiar materiais didáticos;</p><p>Fiscalizar brincadeiras que possam não</p><p>ser adequadas ao contexto escolar;</p><p>Coibir o uso de fumo, álcool e outras</p><p>substâncias entorpecentes dentro</p><p>da escola;</p><p>Auxiliar estudantes com de�ciência;</p><p>Identi�car responsáveis por atos de</p><p>vandalismo e depredação do</p><p>patrimônio escolar;</p><p>Analisar e veri�car fatos comunicados</p><p>por estudantes;</p><p>Fazer o controle da carteira de</p><p>identi�cação escolar;</p><p>Impedir a evasão de aulas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Assim como o</p><p>diretor, o coordenador pedagógico e o orientador educacional, o</p><p>inspetor escolar também é um membro da comunidade educativa, ou seja, ele</p><p>também é um educador e precisa ser visto e valorizado como tal.</p><p>“ Novos desafios e exigências são apresentados à escola, que rece-</p><p>be o estatuto legal de formar cidadãos com capacidade de não só</p><p>enfrentar esses desafios como de superá-los. Como consequência,</p><p>para trabalhar em educação, de modo a atender as demandas, tro-</p><p>na-se imprescindível que se conheça a realidade e que se tenham</p><p>competências necessárias para realizar nos contextos educacionais</p><p>os ajustes e mudanças de acordo com as necessidades e demandas</p><p>emergentes no contexto da realidade externa e no interior da escola</p><p>(LUCK, 2008, p. 21).</p><p>Escritores da Liberdade</p><p>Sinopse: E por falar em conhecer a realidade externa e interna</p><p>da escola, sugiro que você assista ao filme Escritores da Liber-</p><p>dade. É um filme baseado em fatos e foi lançado, em 2007. A</p><p>história gira em torno da necessidade da criação de vínculos</p><p>sociais em sala de aula e da possibilidade de mudança por</p><p>meio da educação. O desafio enfrentado pela professora é</p><p>grande. Os estudantes do primeiro ano do Ensino Médio são</p><p>marcados pela violência, descrença, desobediência, desmo-</p><p>tivação e, principalmente, pelos conflitos raciais. São jovens</p><p>vindos de famílias desestruturadas, vítimas de abandono e</p><p>descaso. É um filme que, certamente, lhe servirá de inspira-</p><p>ção, enquanto administrador ou inspetor = educador, não dei-</p><p>xando de lado a questão da reflexão sobre a importância da</p><p>tolerância e da superação de preconceitos.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Ao destacar que o Inspetor Escolar também é um educador, reforçamos que a</p><p>relação estabelecida entre ele e os estudantes não deve envolver comunicação</p><p>violenta, ameaças ou constrangimentos, que seriam características de uma pos-</p><p>tura autoritária, no exercício do poder. Também não se pode ir ao outro extremo,</p><p>permitindo que estudantes se utilizem da liberdade que têm para afrontarem com</p><p>ações ou palavras o inspetor no exercício de sua função. Há que se estabelecer</p><p>uma cultura de paz na escola, em que predomine uma relação respeitosa e dia-</p><p>lógica entre ambos. Em resumo: é preciso conhecer, verdadeiramente, a escola</p><p>em sua completa organização (com todos os seus jeitos e sujeitos) para que sua</p><p>atuação vá muito além da inspeção. De acordo com Grinspun (2011, p. 112),</p><p>conhecer a organização da escola é conhecer seu dia a dia, seus profissio-</p><p>nais, seus valores e crenças, é compreender o significado de suas ações, mas</p><p>também, principalmente, conhecer seu projeto político-pedagógico, através</p><p>do qual o aluno se forma não só para esta escola, mas para a vida.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Além de ser um educador, como já mencionamos anteriormente, o inspetor</p><p>escolar também exerce importante função de liderança, assim como o admi-</p><p>nistrador escolar, o orientador educacional ou o coordenador pedagógico, con-</p><p>tribuindo na produção de novos conhecimentos e favorecendo ambientes de</p><p>aprendizagem, dentro deste meio histórico e social que é a escola.</p><p>Educação como exercício de poder</p><p>Sinopse: No livro: Educação como exercício de poder, de Vi-</p><p>tor Henrique Paro, o autor traz uma reflexão sobre o que se</p><p>sabe da educação de um ponto de vista de senso comum e a</p><p>importância de abordarmos de maneira científica e crítica às</p><p>práticas do cotidiano, apontando para o lugar histórico e social</p><p>que é a escola.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>A função do inspetor escolar, atualmente, encontra-se voltada à execução de</p><p>tarefas cotidianas, em uma abordagem científica e crítica, que envolve relacio-</p><p>namento, conduta, disciplina, comprometimento e envolvimento dos estudantes</p><p>nos processos educacionais, juntamente à comunidade escolar.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Partindo do pressuposto de que, além de conhecer, você tenha se interessado pela</p><p>função do administrador ou do inspetor escolar, desejo convidá-lo(a) a aprofun-</p><p>dar ainda mais os seus conhecimentos, com dez dicas práticas que poderão lhe</p><p>apontar perspectivas neste competitivo mercado de trabalho, atrelando todo o</p><p>conhecimento construído até aqui ao seu futuro profissional. Vamos lá?</p><p>Dicas práticas para quem deseja atuar na administração ou na inspeção escolar:</p><p>Busque participar de cursos de liderança, eles poderão lhe preparar para lidar com</p><p>as adversidades do dia a dia.</p><p>Conheça a Legislação Vigente que rege as Normas Educacionais do nosso país.</p><p>Leia muito sobre educação. Atualize-se!</p><p>Desenvolva inteligência emocional - pode não parecer, mas saber lidar com</p><p>diferentes emoções fará toda a diferença.</p><p>Busque qualificação profissional, constantemente. Você perceberá que nunca sabe</p><p>o suficiente.</p><p>Delegue funções - você não precisará dar conta de tudo sozinho.</p><p>Compreenda como se dá a Gestão Democrática, dentro de uma instituição de</p><p>ensino. Coloque-a em prática, sempre que puder.</p><p>Apaixone-se pela educação e respeite. infinitamente, as crianças e os adolescentes.</p><p>Abra para que as pessoas possam falar e serem ouvidas, sempre que lhe procurarem.</p><p>Seja comprometido, habilidoso e competente em tudo que fizer - dê sempre o seu</p><p>melhor!</p><p>Olá! Agora, quero lhe convidar para assistir ao nosso vídeo e enriquecer seus estu-</p><p>dos com temas relevantes para a área.</p><p>EM FOCO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>A partir destas reflexões, espero que você tenha conseguido perceber as con-</p><p>tribuições e os desafios destes dois profissionais (administrador e inspetor esco-</p><p>lar) no contexto atual, identificando suas características, suas atribuições e seus</p><p>desafios, numa linha de entrosamento e articulação entre todos os envolvidos</p><p>no processo educativo.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. O profissional que cumpre o papel de administrador escolar não lida apenas com ques-</p><p>tões administrativas, ou seja, ele também gerencia questões pedagógicas (referentes</p><p>à aprendizagem e ao currículo), administrativas (administração da instituição, como um</p><p>todo), financeiras (o que se refere a dinheiro) e culturais (organização e participação de</p><p>eventos em geral).</p><p>O profissional que cumpre este papel dentro da escola, na maioria dos casos, é o:</p><p>a) Coordenador Pedagógico.</p><p>b) Inspetor Escolar.</p><p>c) Orientador Educacional.</p><p>d) Supervisor.</p><p>e) Diretor.</p><p>2. O diretor é o gestor responsável pelo gerenciamento da Gestão Pedagógica e da Gestão</p><p>Administrativa, mantendo o equilíbrio adequado entre estas duas áreas de atuação.</p><p>Quanto à gestão administrativa, cabe a ele:</p><p>a) Ser autoritário nas decisões, pois nem tudo precisa ser feito de forma democrática.</p><p>b) Ter o único controle sobre a gestão dos processos educacionais.</p><p>c) Responsabilizar apenas a secretaria pelo destino correto da documentação da escola.</p><p>d) Delegar ao inspetor o patrimônio da escola (cuidados, limpeza e manutenção).</p><p>e) Administrar recursos físicos, materiais e financeiros, promovendo a aprendizagem dos</p><p>alunos.</p><p>3. A Matriz Nacional Comum de Competências do Diretor Escolar apresenta quatro dimensões</p><p>de atuação, que servem de parâmetro aos diretores de nosso país.</p><p>Quais são estas dimensões? Assinale a resposta correta.</p><p>a) Projeto-político; projeto-pedagógico; regimento interno; administrativo-financeiro.</p><p>b) Político; econômico; financeiro; legislativo.</p><p>c) Pedagógico; docente; discente; comunidade.</p><p>d) Projeto; liderança; experimentação; comunicação</p><p>e) Político-institucional; pedagógica; administrativo-financeira; pessoal e relacional.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>INSPETOR. In: AULETE Digital. 2023. Disponível em: https://aulete.com.br/. Acesso em: 22 set. 2023.</p><p>POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da Língua Portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, 1998Disponível</p><p>em: http://www.priberam.pt/dlDLPO. Acesso em: 8 mar. 1999.</p><p>ALMEIDA, C. M.; SOARES, K. C. D. Pedagogo Escolar: as funções supervisora e orientadora. Curi-</p><p>tiba: Ibpex, 2010.</p><p>BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educa-</p><p>ção Nacional. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.</p><p>br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 17 ago. 2023</p><p>GIACAGLIA, L. R. A.; PENTEADO, W. M. A. Orientação Educacional na prática: princípios, históri-</p><p>co, legislação, técnicas e instrumentos. 6. ed. São Paulo, Cengage Learning, 2010.</p><p>GRINSPUN, M. P. S. Z. A Orientação Educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a</p><p>escola. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.</p><p>INDEED. Conselho De Carreira. Indeed, 26 ago. 2023. Disponível em: https://br.indeed.com/con-</p><p>selho-de-carreira/encontrando-emprego/o-que-faz-inspetor-alunos. Acesso em: 17 ago. 2023</p><p>LIBÂNEO, J. C. A organização e a Gestão da Escola: Teoria e Prática. Goiânia: Editora Alter-</p><p>nativa, 2001.</p><p>LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. Goiânia: Editora Alter-</p><p>nativa, 2004.</p><p>LUCK, H. Dimensões de gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positivo, 2008.</p><p>STOLL, L.; TEMPERLEY, J. Improving School Leadership. Paris: OCDE Publishing, 2010.</p><p>Disponível em: https://read.oecd-ilibrary.org/education/improvingschool-leadership_</p><p>9789264083509-en#page1.</p><p>PIANEZZER, L. C. M. Orientação Educacional. Indaial: Uniasselvi, 2013.</p><p>SAVIANI, D. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 12. ed. Campinas: Autores As-</p><p>sociados, 1996.</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>1. Feedback: E. O diretor é a resposta correta, pois ele atende a todas estas demandas, en-</p><p>quanto os demais possuem atribuições mais específicas, por exemplo: o foco do coorde-</p><p>nador está no processo de ensino e aprendizagem; o foco do inspetor está no aluno; do</p><p>orientador, também está no aluno e na sua família, e o foco do supervisor está no professor.</p><p>Desenvolvimento motor, fases, estágios, reflexos primitivos, reflexos posturais, codificação e</p><p>decodificação de informações, inibição de reflexos, pré-controle, estágio maduro, elementar</p><p>e inicial, transição, aplicação, utilização permanente, competência motora, comportamento</p><p>motor, habilidades motoras, locomoção, estabilidade, manipulação, manutenção do equilí-</p><p>brio, movimentos reflexos, rudimentares, fundamentais e especializado, oportunidades de</p><p>prática, desenvolvimento da maturação, incentivo, ambiente favorável.</p><p>2. Feedback: E. O diretor precisa realizar uma gestão democrática, por isso, as alternativas A e</p><p>B já se tornam incorretas. Além disso, ele também deve preocupar-se com toda a documen-</p><p>tação dos alunos e dos professores, facilitando a gestão dos processos educacionais. Por</p><p>fim, a letra D também torna-se incorreta, pois as funções que ali são sugeridas ao instrutor</p><p>fazem parte das atribuições do diretor, e não da dele.</p><p>3. Feedback: E. As 4 dimensões são estas: político-institucional; pedagógica; administrativo-fi-</p><p>nanceira; pessoal e relacional. Todas as demais são meras invenções da autora.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>UNIDADE 3</p><p>MINHAS METAS</p><p>O PROCESSO DE FINANCIAMENTO</p><p>DA EDUCAÇÃO NO ÂMBITO</p><p>NACIONAL</p><p>Conhecer o processo de financiamento da educação no Brasil.</p><p>Identificar as características da Lei Orçamentária.</p><p>Conhecer as responsabilidades entre os entes federados.</p><p>Apreender a organização da Receita Pública.</p><p>Compreender a estrutura do PDDE na escola.</p><p>Conhecer o Plano de Desenvolvimento na Escola.</p><p>Identificar as práticas da gestão escolar relacionadas às ações administrativas.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A função de gestão escolar na escola requer alguns conhecimentos particulares</p><p>para o exercício com responsabilidade e compromisso, incluindo os conhecimen-</p><p>tos sobre os processos que envolvem o uso dos recursos financeiros na escola.</p><p>Nesse sentido, o gestor escolar assinará os documentos e responderá juntamente</p><p>ao órgão mantenedor por todas as ações e as operações que envolvem a aplicação</p><p>do dinheiro público.</p><p>Imagine uma escola pública que recebe recursos para se manter durante o</p><p>ano. Você saberia dizer de onde vêm esses recursos? Como o diretor da escola</p><p>trabalha com o dinheiro enviado pelo mantenedor público?</p><p>Pois bem, você precisa conhecer os tipos de recursos e como podem ser usa-</p><p>dos na escola pelo diretor, que, ao utilizar o dinheiro em investimentos na escola,</p><p>não o fará de vontade própria, há necessidade de aprovação da unidade executora.</p><p>Depois que investir o dinheiro, chegou o momento de realizar a prestação de</p><p>contas, informando com a comprovação das notas fiscais onde aplicou a quantia</p><p>enviada pela mantenedora.</p><p>Imagine você, se na escola não houvesse o planejamento orçamentário que</p><p>prevê a prestação de contas sobre o dinheiro gasto. Outro ponto, seria a diferença</p><p>que há entre os entes federados e a previsão orçamentária. Tudo isso existe para</p><p>um controle financeiro, para que haja transparência no uso do dinheiro público,</p><p>baseado na gestão democrática e participativa. Desse modo, a população tem o</p><p>controle sobre as aplicações dos entes federados, assim como os investimentos</p><p>realizados nas instituições de ensino.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Você sabe como ocorre o processo de financiamento da educação nacional?</p><p>Como o governo organiza as finanças e investe no ensino público?</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Realize uma busca no site do governo para verificar as formas de investimento na</p><p>educação nacional:</p><p>E, para saber os números de investimento da educação, acesse:</p><p>EU INDICO</p><p>O podcast foca nas características da constituição dos conselhos escolares, que</p><p>auxiliam os gestores nas decisões que impactam a organização e as práticas pe-</p><p>dagógicas da escola. Venha comigo e saiba mais.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Para conseguirmos compreender os fatos atuais há necessidade de se entender</p><p>o passado. O mesmo ocorre com o processo de financiamento da educação</p><p>brasileira. Para que você possa entender os acontecimentos atuais, necessita</p><p>perceber as intencionalidades governamentais para os investimentos na educação.</p><p>Leia o artigo Financiamento da educação brasileira: do subsídio literário ao FUNDEB</p><p>e aprofunde seus conhecimentos.</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>LEI ORCAMENTÁRIA: RECEITA E DESPESAS NACIONAIS</p><p>A Lei de Diretrizes e Bases de 1996 (BRASIL, 1996, on-line), lei que rege a edu-</p><p>cação no Brasil, aponta os níveis e as modalidades que estruturam a educação</p><p>nacional, organização do sistema de ensino, competências dos entes federados,</p><p>direitos e deveres dos profissionais e as formas do seu financiamento. A constitui-</p><p>ção da Educação Básica compreende a Educação Infantil, Ensino Fundamental,</p><p>Ensino Médio e as modalidades de educação organizadas no país.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>RESPONSABILIDADES ENTRE OS ENTES FEDERADOS</p><p>Em nosso país, os entes federados constituem a União, os Estados e os Muni-</p><p>cípios, sendo que cada um possui responsabilidades em relação ao desenvolvi-</p><p>mento e ao apoio na Educação Básica.</p><p>Para Dourado (2006) a União se responsabiliza por coordenar a Política Na-</p><p>cional de Educação. Dessa forma, necessita exercer a função normativa, redis-</p><p>tributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. Isso inclui a</p><p>elaboração do Plano Nacional de Educação, organizar, manter e desenvolver os</p><p>órgãos e instituições oficiais do sistema federal de ensino e dos territórios.</p><p>UNIÃO</p><p>Compromete-se em elaborar as diretrizes curriculares para a Educação Básica e</p><p>coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação. Ainda, avaliar a educação</p><p>nacional em todos os níveis, o que implica normatização, autorização, reconheci-</p><p>mento, credenciamento, supervisionamento e avalição dos cursos de graduação e</p><p>pós-graduação e dos estabelecimentos de ensino.</p><p>ESTADOS</p><p>Possuem a atribuição de organizarem, manterem e desenvolverem os órgãos e as insti-</p><p>tuições oficiais dos seus sistemas de ensino, definindo em conjunto com os municípios</p><p>as formas de colaboração na oferta do ensino fundamental. E, ainda, a elaboração e a</p><p>execução das políticas e dos planos educacionais, em consonância com as diretrizes</p><p>e os planos nacionais de educação. Este ente se responsabiliza pela autorização, pelo</p><p>reconhecimento, pelo credenciamento, pelo supervisionamento e pela avaliação dos</p><p>cursos</p><p>das instituições de Educação Superior e os estabelecimentos do seu sistema de</p><p>ensino. Isso inclui o estabelecimento de normas suplementares para o seu sistema de</p><p>ensino, assegurando Ensino Fundamental, com a oferta prioritária do Ensino Médio.</p><p>MUNICÍPIOS</p><p>Precisam organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições oficiais dos seus</p><p>sistemas de ensino, com ação redistributiva em relação às suas escolas. Assim, cabe</p><p>a este ente federado baixar normas complementares para o seu sistema de ensino,</p><p>quando necessário. Outro ponto seria na autorização, no credenciamento, no supervi-</p><p>sionamento dos estabelecimentos do seu sistema de ensino, com a oferta da Educa-</p><p>ção Infantil em creches e pré-escolas, com prioridade para o Ensino Fundamental.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>As obrigações dos entes federados incluem a oferta de vagas para as modalidades de</p><p>educação sob sua responsabilidade, considerando os diferentes níveis. Em suma, cabe</p><p>aos municípios a oferta e a manutenção da educação, prioritariamente, na modali-</p><p>dade da Educação Infantil e Ensino Fundamental, aos estados assegurar a demanda</p><p>para o Ensino Fundamental e, prioritariamente, o Ensino Médio. Quanto à União, a</p><p>LDB aponta como responsabilidade a organização do sistema de Educação Superior</p><p>e apoio técnico e financeiro aos outros federados. O Distrito Federal abrange a oferta</p><p>da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio (DOURADO, 2006).</p><p>ORGANIZAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA</p><p>A estrutura financeira da União compreende a lei que orienta o cumprimento</p><p>dos planos governamentais no país, que prevê o orçamento e o planejamento de</p><p>suas ações financeiras.</p><p>A lei orçamentária aponta as receitas e as despesas públicas que são utilizadas</p><p>a cada ano. Os entes federados apresentam, anualmente, um orçamento com as</p><p>fontes de receitas destinadas à educação, gastos referentes a material, serviços,</p><p>obras, equipamentos, pessoal contratado e outros.</p><p>Na lei orçamentária, as receitas e as despesas são classificadas, por meio</p><p>de códigos padronizados em nível nacional, de acordo com a Lei nº 4.320/64,</p><p>juntamente com as tabelas aprovadas nas portarias do Ministério do</p><p>Planejamento, Orçamento e Gestão (DOURADO, 2006). A receita pública</p><p>constitui o conjunto de recursos econômicos e financeiros, que são previstos no</p><p>orçamento de cada ente federado e arrecadado para orientar suas despesas.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS</p><p>Para o gerenciamento correto dos recursos financeiros encaminhados à escola,</p><p>o gestor escolar necessita conhecer a sua finalidade para que consiga pensar no</p><p>seu uso no cotidiano escolar. Dessa forma, as despesas públicas consistem em</p><p>qualquer desembolso oriundo da Administração Pública, baseada na legislação</p><p>financeira, licitatória e orçamentária, subordinada à classificação e aos limites dos</p><p>créditos orçamentários para realizar as competências de sua responsabilidade</p><p>preconizadas na Constituição (DOURADO, 2006).</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>O gestor necessita saber que as despesas públicas são classificadas em des-</p><p>pesas correntes e de capital. As despesas correntes são de responsabilidade da</p><p>Administração Pública para promover a execução e a manutenção da ação go-</p><p>vernamental, em relação às despesas de custeio e às transferências correntes. As</p><p>despesas de capital destinam-se a compor um bem capital ou adicionar valor a</p><p>um já existente, ou transferir, por meio de aquisição alguma propriedade entre</p><p>entidades do setor público, ou, ainda, do setor privado para o público, todas estas</p><p>ações são organizadas pela Administração Pública. (DOURADO, 2006).</p><p>Despesas correntes - Seriam as despesas de custeio que envolvem os custos</p><p>de materiais de consumo e os serviços pagos a terceiros e encargos. Este tipo de</p><p>despesa inclui as transferências correntes que englobam as transferências intra-</p><p>governamentais, intergovernamentais, para as instituições privadas, ao exterior e</p><p>destinados a pessoas. Ainda, abarca os encargos de dívida interna e externa, forma-</p><p>ção do patrimônio do Servidor Público – Pasep e outras transferências correntes.</p><p>Despesas de capital - Compreendem os investimentos com obras e instala-</p><p>ções, aquisição de equipamentos e materiais permanentes. Inclusive, na aquisição</p><p>de imóveis, outros bens de capital em utilização, bens para revenda, títulos de</p><p>crédito e títulos representativos de capital integralizado. Por fim, a constituição</p><p>ou o aumento de capital de empresas comerciais ou financeiras e de empresas</p><p>industriais ou agrícolas, a concessão de empréstimos, depósitos compulsórios e</p><p>outras inversões financeiras.</p><p>Em relação às despesas de capital incluem, ainda, as transferências de capital</p><p>relacionadas às transferências intragovernamentais, intergovernamentais, ins-</p><p>tituições privadas e ao exterior. As despesas abarcam a amortização da dívida</p><p>interna e externa, diferença de câmbio e as diversas transferências de capital.</p><p>REGIME DE COLABORAÇÃO ENTRE OS ENTES FEDERADOS</p><p>Você conhece como funciona o regime de colaboração entre os entes federados?</p><p>Então, compreenderemos, juntos, como se organiza este processo. Observe que a res-</p><p>ponsabilidade do cálculo da receita pública arrecadado e das despesas organizadas</p><p>pela administração refletem no planejamento das ações voltadas para a organização</p><p>da educação tanto nos sistemas como das escolas. Para que a gestão consiga realizar,</p><p>de forma coerente, há necessidade de compromisso, seriedade e responsabilidade</p><p>no planejamento e execução das ações, que envolverão a verba pública.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>A nossa Constituição de 1988 (BRASIL, 1988, on-line) preconiza a educa-</p><p>ção como direito de cidadania e confere a cada ente federado a responsabilida-</p><p>de de oferta, organização dos recursos específicos para aplicar na Manutenção</p><p>e no Desenvolvimento do Ensino (MDE). A LDB (BRASIL, 1996, on-line) e a</p><p>Constituição de 1988 (BRASIL, 1988, on-line), apontam sobre a integração, a</p><p>colaboração e as responsabilidades entre os entes governamentais em relação à</p><p>educação (DOURADO, 2006).</p><p>REGIME DE COLABORAÇÃO FINANCEIRA</p><p>O regime de colaboração financeira envolve a União, os Estados, os Municípios</p><p>e o Distrito Federal e estão assegurados na LDB/96 e na Constituição Federal/88.</p><p>No texto da LDB/96 (BRASIL, 1996, on-line), a União se responsabiliza em pres-</p><p>tar assistência técnica e financeira aos estados, Distrito Federal e municípios,</p><p>assegurando o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento</p><p>prioritário à escolaridade obrigatória.</p><p>Aos estados, municípios e Distrito Federal destaca a organização das formas</p><p>de colaboração na oferta do Ensino Fundamental, assegurando a distribuição</p><p>proporcional das responsabilidades, segundo a população a ser atendida e os re-</p><p>cursos financeiros disponíveis para cada esfera do poder público. A Constituição</p><p>Federal de 1988 (BRASIL, 1988, on-line) afirma que a União organizará o sistema</p><p>federal de ensino e dos territórios, com o financiamento das instituições de ensi-</p><p>no públicas federais. No âmbito educacional, exercerá a função redistributiva e</p><p>supletiva para garantir a equalização de oportunidades educacionais e o padrão</p><p>mínimo de qualidade do ensino, mediante a assistência técnica e financeira dos</p><p>estados, Distrito Federal e municípios.</p><p>Acesse o site do FNDE e conheça os programas, as bolsas auxílio, o financiamento</p><p>e a prestação de contas. Confira e compreenda a organização dos recursos finan-</p><p>ceiros no país.</p><p>EU INDICO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>PDDE – PROGRAMA DINHEIRO NA ESCOLA</p><p>Você já ouviu falar do PDDE? O PDDE é um programa que iniciou, em 1995, com</p><p>a organização do governo federal e apresentava a denominação de Programa de</p><p>Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (PMDF). Em 1998, foi</p><p>alterado para Programa Dinheiro Direto na Escola, sendo responsabilidade do</p><p>FNDE, por meio da Medida Provisória nº 1784, de 14 de dezembro de 1998, que</p><p>descentralizou os recursos federais destinados ao Ensino Fundamental, contri-</p><p>buindo para o exercício da cidadania (BRASIL, 1995,</p><p>on-line).</p><p>Por meio do PDDE, os recursos financeiros são repassados para as escolas,</p><p>destinados ao pagamento das despesas de custeio, manutenção e pequenos in-</p><p>vestimentos. Pode ser aplicado na melhoria das condições físicas, como a ma-</p><p>nutenção do prédio escolar, aquisição de materiais, investimentos no âmbito pe-</p><p>dagógico, como capacitações e aperfeiçoamento dos profissionais da educação</p><p>(BRASIL, 1995, on-line). Com este dinheiro, as escolas conseguem investir em</p><p>situações de sua necessidade, que, depois, são informadas à comunidade em um</p><p>balancete, como aqueles enviados pela contabilidade.</p><p>O PDDE Interativo é uma ferramenta de apoio à gestão escolar, desenvolvida pelo</p><p>Ministério da Educação, em parceria com as Secretarias de Educação e está dispo-</p><p>nível para todas as escolas públicas cadastradas no Censo Escolar. A página dispo-</p><p>nibiliza informações sobre quem pode participar e os passos para realizar o acesso.</p><p>Acesse:</p><p>EU INDICO</p><p>ORGANIZAÇÃO DO PDDE NA ESCOLA</p><p>O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE repassa, anualmen-</p><p>te, os recursos financeiros para que as escolas possam investir nas suas necessida-</p><p>des. A forma de aquisição do valor consiste no crédito em dinheiro na conta ban-</p><p>cária da Unidade Executora, organizada, legalmente, nas escolas. As Unidades</p><p>Executoras consistem em entidades de direito privado, sem fins lucrativos que</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>representam a unidade escolar, responsáveis pelo recebimento e pela organização</p><p>dos recursos financeiros advindos do FNDE (BRASIL, 1997a, on-line). Você já</p><p>ouviu falar na unidade executora? Ou nas APPs? Possuem a mesma função, o</p><p>nome que varia conforme a região e o tipo de instituição pública.</p><p>Mais precisamente,</p><p>“ a função das Uex é administrar bem como receber, executar e prestar</p><p>conta dos recursos transferidos por órgãos federais, estaduais, munici-</p><p>pais, privados, doados, ou os recursos provenientes de campanhas esco-</p><p>lares, advindos da comunidade ou de entidades beneficentes, bem como</p><p>fomentar as atividades pedagógicas da escola (BRASIL, 1997a, p. 11).</p><p>Neste sentido, as Unidades Executoras compõem um grupo de pessoas responsá-</p><p>veis por administrar os recursos financeiros encaminhados para a escola. Assim,</p><p>no território nacional as Unidades Executoras existem com outras denominações,</p><p>variando conforme as regiões do Brasil, podem aparecer com as denominações de</p><p>Caixa Escolar, Cooperativa Escolar, Associação de Pais e Professores, Associação</p><p>de Pais e Mestres, Círculo de Pais e Mestres (BRASIL, 1997a, on-line).</p><p>A unidade escolar deverá organizar uma prestação de contas para justificar</p><p>o investimento dos recursos recebidos, seguindo alguns trâmites legais (BRASIL,</p><p>2005, on-line). As escolas públicas encaminham as prestações de contas sobre</p><p>o dinheiro recebido e onde foi investido para os órgãos mantenedores muni-</p><p>cipais, estaduais e federais. A prestação de contas consiste na organização das</p><p>notas fiscais que comprovam o investimento do dinheiro recebido. A unidade</p><p>executora acompanha, avalia e participa das decisões de aplicação do dinheiro</p><p>nas necessidades da escola. A organização do processo precisa estar devidamen-</p><p>te correta, conforme o modelo que a mantenedora encaminha, caso contrário,</p><p>será devolvido para ajustes. Caso os ajustes não sejam realizados, a escola deverá</p><p>ressarcir a mantenedora no valor que foi questionado.</p><p>A prestação de contas consiste numa forma transparente de a escola e o Con-</p><p>selho Escolar apresentar à comunidade, o destino dos recursos financeiros que</p><p>são repassados para a educação. A organização da prestação de contas deve ser</p><p>realizada e apresentada para a entidade competente interna, contabilidade ou</p><p>auditoria do mantenedor, ou externa, para o Legislativo ou Tribunal de Contas</p><p>(BRASIL, 2005, on-line).</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>PNE - PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO</p><p>O Plano Nacional de Educação - PNE apresenta como objetivo a organização</p><p>racional das ações educativas que devem ser executadas e seguidas no país.</p><p>O PNE deve abranger todos os aspectos que dizem respeito à organização da</p><p>educação nacional, unindo os diversos níveis do ensino e integrando as ações</p><p>governamentais para solucionar as deficiências históricas educacionais. Nesse</p><p>sentido, o PNE deve, no seu contexto, estabelecer metas que apontem para a</p><p>erradicação do analfabetismo, a universalização do atendimento escolar, a melhoria</p><p>da qualidade de ensino, a formação para o trabalho, a promoção humanística,</p><p>científica e tecnológica do país (ADRIANO, 2017).</p><p>A organização e a estruturação do PNE seguem os princípios legais da LDB</p><p>(BRASIL, 1996, on-line), como lei prioritária da educação, estabelecendo as di-</p><p>retrizes para sua organização nacional. A Lei de Diretrizes prevê que o PNE seja</p><p>enviado ao Congresso Nacional para sua aprovação, no prazo máximo de um</p><p>ano após sua promulgação. O processo de elaboração do PNE baseia-se na sis-</p><p>tematização das metas, que indicarão o atendimento às demandas educacionais</p><p>dentro de prazos estabelecidos pelas autoridades para conseguirem atender aos</p><p>problemas diagnosticados no país (ADRIANO, 2017).</p><p>As diretrizes e as metas que compõem o Plano Nacional de Educação apre-</p><p>sentam relação direta com o projeto político e de desenvolvimento almejado pelo</p><p>governo do país. Nesse sentido, o PNE não possui somente como objetivo o repas-</p><p>se dos recursos, mas se encontra subordinado às estratégias de desenvolvimento</p><p>As escolas públicas participam do Programa Dinheiro Direto na Escola que atende</p><p>às redes estaduais, municipais e do Distrito Federal, incluindo as escolas privadas</p><p>de Educação Especial, que são mantidas sem fins lucrativos. O programa oferece</p><p>assistência financeira que visa melhorar a infraestrutura física e pedagógica, a au-</p><p>togestão escolar e a elevação dos índices de desempenho da Educação Básica.</p><p>Os recursos são transferidos, conforme o número de alunos identificados no censo</p><p>escolar do ano anterior ao repasse.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>nacional, priorizando a conquista do desenvolvimento do país e a resolução dos</p><p>problemas sociais, baseado no direito da educação para todos. Assim, a cada ano,</p><p>o governo disponibiliza certo número de recursos para realizar as metas que</p><p>foram estabelecidas no PNE para assegurar a universalização da educação com</p><p>qualidade para todos (ADRIANO, 2017).</p><p>CARACTERÍSTICAS DO PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO</p><p>O PNE consiste em um documento que normatiza as metas que deverão ser</p><p>alcançadas em prazos decenais, que consiste em intencionalidades do governo</p><p>para garantir o acesso, a qualidade e a garantia de educação para todos. Para</p><p>tanto, também há necessidade de todos os profissionais envolvidos na educação</p><p>conhecerem as metas do PNE, para que sejam analisadas e incorporadas no co-</p><p>tidiano educacional.</p><p>Outro fator importante a respeito da divulgação do PNE consiste no conhe-</p><p>cimento deste documento para os municípios, o estado e o Distrito Federal, para</p><p>que se atentem à relevância e à necessidade de cada meta. Assim, possam contri-</p><p>buir de forma significativa para que o Brasil consiga avançar na universalização</p><p>e na qualidade da educação.</p><p>O artigo busca analisar as mudanças que ocorreram na organização escolar e na</p><p>atuação docente a partir da reforma implantada, após a segunda metade dos anos</p><p>1990. Destaca a reflexão sobre como o PNE, o Ideb e o Plano de Metas e Compro-</p><p>misso Todos pela Educação contribuíram na avaliação enquanto instrumento da</p><p>gestão pública. Acesse para aprimorar ainda mais seu aprendizado.</p><p>EU INDICO</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>AS PRÁTICAS DA GESTÃO ESCOLAR E AS AÇÕES</p><p>ADMINISTRATIVAS</p><p>O gestor escolar necessita ter conhecimento sobre a organização administrativa e</p><p>pedagógica da escola e sobre como utilizar os resultados das avaliações realizadas</p><p>na educação, visando à melhoria da qualidade do ensino. O gestor, ao pensar na</p><p>organização administrativa de uma escola, precisa considerar os aspectos ine-</p><p>rentes da função pedagógica.</p><p>Assim, a compreensão das atividades</p><p>da escola enquanto instituição social,</p><p>juntamente com as finalidades da educação e dos objetivos sociais sinaliza a ne-</p><p>cessidade da participação de todos os envolvidos no processo de gestão. A direção</p><p>é responsável, de forma integral ou articuladamente, por todos os elementos que</p><p>constituem o processo organizacional, do planejamento até a avaliação, abrangen-</p><p>do a mobilização, a liderança, a motivação, a comunicação e a coordenação. Além</p><p>disso, gerenciar também significa coordenar esforços para articular e convergir</p><p>as ações da equipe na busca dos objetivos educacionais.</p><p>Nesse sentido, Rocha e Carnieletto (2007), abordam sobre a democratização,</p><p>autonomia e a necessidade de se desenvolver uma boa gestão para o fortaleci-</p><p>mento da escola pública.</p><p>O Gestor Escolar necessita articular, acompanhar e intervir na elaboração,</p><p>execução e avaliação da Proposta Pedagógica, visando o desempenho de quali-</p><p>dade de seu estabelecimento de ensino.</p><p>Os Gestores Escolares são os representantes legais que assumem a incumbên-</p><p>cia de organização, zelo e a responsabilidade por todos os processos que ocorrem</p><p>na escola. Desta forma, respondem como herdeiros do legado e colaboradores</p><p>para a manutenção positiva dos trabalhos desenvolvidos na escola.</p><p>Nesse sentido, a LDB aponta sobre alguns objetivos que devem ser priori-</p><p>zados no desenvolvimento das ações do Gestor Escolar, integrando a proposta</p><p>pedagógica, administrativa e a integração com a comunidade. O Gestor, além de</p><p>administrador de uma Instituição de Ensino, tem a função de educador, numa</p><p>perspectiva coletiva. Sua atuação exerce a liderança em todo o processo educa-</p><p>tivo junto a Equipe Pedagógica, diante de todas as ações a serem desenvolvidas,</p><p>atuando nas decisões sobre questões administrativas e pedagógicas. Diante de sua</p><p>responsabilidade política, faz-se necessário que possua uma ampla experiência</p><p>na área educacional e competência para o exercício de sua gestão escolar.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Luck (2009, p. 23) aborda sobre os trabalhos desenvolvidos na escola que,</p><p>“ não se recomenda, nem se justifica, a divisão do trabalho nas</p><p>escolas, como muitas vezes ocorre, delimitando se para o diretor a</p><p>responsabilidade administrativa e para a equipe técnico pedagógica</p><p>a responsabilidade pedagógica. Estes profissionais são participantes</p><p>da liderança pedagógica exercida pelo diretor exercendo essa</p><p>responsabilidade em regime de coliderança. Ao diretor compete</p><p>zelar pela escola como um todo, tendo como foco de sua atuação</p><p>em todas as ações e em todos os momentos de aprendizagem e</p><p>formação dos alunos.</p><p>Um aspecto importante a ser lembrado consiste na questão de o Gestor assumir a</p><p>responsabilidade ética no exercício de sua função para que possa estabelecer um</p><p>relacionamento com base na verdade e na coerência, pautado no trabalho coletivo</p><p>que priorize a valorização e a formação humana, atuando democraticamente.</p><p>Nesse sentido, para o desenvolvimento de um bom trabalho, o gestor escolar</p><p>precisa inferir um ambiente adequado para a participação de toda a comunidade</p><p>escolar. Assim, a comunidade escolar se sentirá responsável pelo desenvolvimento</p><p>do processo educativo e colaborará com propostas e soluções, estabelecendo</p><p>uma parceria entre a comunidade e a instituição. A cultura organizacional de</p><p>uma instituição passa a ser determinada por aquilo como a escola, de fato, se</p><p>constitui, o modo como os profissionais agem, o que consideram prioridade e o</p><p>que deixam em segundo plano.</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO NO BRASIL</p><p>Os primeiros estudos sobre os alunos e escolas constituíram a base para a implan-</p><p>tação do SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Brasileira, juntamente com a</p><p>participação do Brasil, nos anos de 1990, do segundo Programa Internacional de</p><p>Avaliação de Proficiência Educacional. O programa internacional envolveu vinte</p><p>e sete países e pretendia comparar os resultados entre os participantes. O público</p><p>avaliado contou com alunos de 13 anos, independente do ano que estavam cur-</p><p>sando. No Brasil, os resultados de duas capitais avaliadas revelaram um precário</p><p>desempenho dos alunos. O modelo utilizado na época impera a atual avaliação</p><p>internacional denominada de PISA - Programa Internacional de Avaliação de</p><p>Estudantes (GATTI, 2014).</p><p>Assim, o SAEB consiste no conjunto de avaliações externas aplicadas em</p><p>larga escala, com o objetivo de diagnosticar o sistema educacional e pesquisar</p><p>os fatores que interferem no desempenho dos alunos, apresentando indicativos</p><p>sobre a qualidade do ensino. As informações servem para subsidiar as políti-</p><p>cas educacionais nas esferas municipais, estaduais e federais, com a intenção de</p><p>melhorar a qualidade, equidade e eficiência do ensino. A partir de 1993, o MEC</p><p>juntamente com as Secretarias Estaduais de Educação, organizaram o SAEB -</p><p>Sistema de Avaliação da Educação Básica, que abrange uma amostra com alunos</p><p>Gestão educacional: uma questão paradigmática</p><p>Ano: 2017</p><p>Sinopse: a série Cadernos de Gestão foi desenvolvida para o</p><p>gestor educacional refletir sobre seu trabalho. O primeiro volu-</p><p>me relata as diferenças entre a administração e a gestão edu-</p><p>cacional. Visa, também, orientar profissionais da área de edu-</p><p>cação que desejam aprofundar sua competência profissional.</p><p>O livro apresenta a diferença entre a administração educacional</p><p>e a gestão educacional bem como a mudança paradigmática</p><p>que estabeleceu tal ruptura. A gestão educacional baseia-se</p><p>em processos administrativos pautados em objetivos signifi-</p><p>cativos. A obra cita os segmentos responsáveis pela educação</p><p>em nível escolar e sistemas de ensino.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>de diversos anos escolares do ensino fundamental e médio, com provas objetivas</p><p>e questionários socioeconômicos (BRASIL, 2015).</p><p>AS POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM OS</p><p>INVESTIMENTOS NA EDUCAÇÃO</p><p>A avaliação educacional no âmbito nacional encontra-se vinculada aos interesses</p><p>de investigação pedagógica, mas também como forma de controle do Estado, por</p><p>meio das políticas públicas. A ênfase da avaliação volta-se aos resultados, à rele-</p><p>vância quantitativa que os dados apontam em detrimento do processo educativo</p><p>como um todo. Nesse sentido, o interesse dos governos se relaciona a questões</p><p>de eficiência e do desempenho da gestão pública, enquanto instrumentos que</p><p>servem aos gestores das políticas públicas, repensarem os gastos públicos nas</p><p>diversas áreas sociais (AFONSO, 2005).</p><p>Entre os séculos XIX e XX inicia o processo de globalização impulsionado</p><p>pelo desenvolvimento de novas tecnologias de informação e de comunicação,</p><p>juntamente com as relações que estabeleceram uma interdependência política</p><p>e econômica entre as nações ocidentais (HELD; McGREW, 2001). As regras do</p><p>desenvolvimento econômico global baseiam-se nas premissas de organizações</p><p>políticas supranacionais, como o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacio-</p><p>nal, Organização das Nações Unidas, União Europeia, Unesco e a OECD (Or-</p><p>ganisation for Cooperation Economic Europea) ou Organização Europeia de</p><p>Cooperação Econômica - OECE. Portanto, essas organizações influenciam as</p><p>concepções e os fazeres organizacionais de todos os setores que compreendem a</p><p>estrutura nacional, incluindo a Educação.</p><p>Como exemplo, o PISA consiste no programa de avaliação comparada desen-</p><p>volvido e segue coordenado, internacionalmente, pela OCDE, identificando os</p><p>indicadores sobre a efetividade do trabalho nos sistemas educacionais. Revela os</p><p>índices avaliativos do desempenho dos estudantes, com a finalidade de comparar</p><p>e melhorar os métodos educativos no âmbito mundial.</p><p>Desta forma, as avaliações são organizadas segundo alguns critérios que va-</p><p>riam conforme os interesses dos aplicadores. A avaliação externa diz respeito às</p><p>investigações realizadas por pessoas externas à instituição responsável, garante a</p><p>objetividade e a neutralidade dos avaliadores externos, além da comparação dos</p><p>resultados entre programas</p><p>similares.</p><p>1</p><p>8</p><p>4</p><p>A avaliação interna consiste nos processos avaliativos realizados dentro da</p><p>instituição, com a colaboração dos envolvidos. A avaliação mista pretende com-</p><p>binar os dois estilos de avaliação: externa e interna. Organizada com a participa-</p><p>ção de avaliadores externos com estreito contato aos participantes da instituição</p><p>avaliada. A avaliação participativa é usada em pequenos projetos, com a partici-</p><p>pação de todos os que contribuíram ao planejamento, programação, execução e</p><p>ao processo de avaliação.</p><p>Segundo Farenzena e Luce (2014), as ações públicas destinadas à educação re-</p><p>ferem-se ao acesso, à permanência, à equalização de oportunidades, às condições</p><p>que favoreçam a diversidade e a qualidade. Com relação à Educação Básica, estão</p><p>voltadas para a iniciativa do governo federal para assistência técnica e financeira,</p><p>com alguma participação das instituições de Educação Superior federal.</p><p>AÇÕES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS EM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO</p><p>NACIONAL</p><p>As políticas públicas preveem algumas ações referentes a instâncias sociais regu-</p><p>lamentadas na Constituição de 1988. Assim, Farenzena e Luce (2014) apontam</p><p>vetores relacionados às políticas públicas: acesso à qualidade, oferta de condições</p><p>para frequência, equalização de oportunidades, atenção à diversidade e condições</p><p>de qualidade na educação. Quanto ao acesso à qualidade, as políticas públicas</p><p>objetivam ampliar a oferta com a garantia de mais vagas no sistema educacional</p><p>público, por meio das políticas da Educação Básica e ao Ensino Superior.</p><p>Em relação à permanência na educação, o objetivo principal baseia-se na</p><p>oferta de condições para frequência dos alunos nas instituições educacionais.</p><p>Assim, o poder público garante um dos princípios relacionados à educação que</p><p>constam na Constituição de 1988, o acesso e a permanência no sentido de con-</p><p>tinuidade no processo de escolarização. Os programas referentes à Educação</p><p>Básica recebem assistência financeira da União, e o do Ensino Superior uma</p><p>suplementação destinada aos alunos.</p><p>Quanto à equalização de oportunidades, as políticas públicas pretendem re-</p><p>parar as injustiças produzidas por mecanismos culturais, sociais e políticos. As</p><p>ações destacam territórios, instituições e pessoas que se encontram em situações</p><p>desfavorecidas, procurando equiparar as oportunidades, corrigir as injustiças e</p><p>promover igualdade social.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Em relação à atenção à diversidade, as políticas públicas viabilizam o reconhe-</p><p>cimento ou a promoção das diferentes formas de manifestação cultural humana.</p><p>Nesse sentido, consideram a pluralidade cultural ou de identidades, das diferenças</p><p>socioculturais com a pretensão de desenvolver um sistema de ensino mais inclusivo.</p><p>O último vetor relacionado às políticas públicas no que diz respeito à educação</p><p>aponta para as condições de qualidade. Desta maneira, indicam uma série de insumos</p><p>e processos que interferem na organização curricular, compreendendo a produção e a</p><p>apropriação do conhecimento, juntamente com as relações institucionais e pedagógicas.</p><p>Os vetores que compõem as intencionalidades das políticas públicas refe-</p><p>rente à educação nacional, fundamentadas na democracia, procuram ressaltar</p><p>a expansão da escolaridade dos brasileiros, com a inclusão de todos no sistema</p><p>escolar. Evidenciam algumas situações desagradáveis que coexistem, referentes à</p><p>debilidade das condições de qualidade no trabalho escolar, à deficiente formação</p><p>e valorização dos professores, incluindo a infraestrutura material e tecnológica.</p><p>Contudo há indícios de investimentos para minimizar as desigualdades educa-</p><p>cionais associadas à situação socioeconômica e territorial.</p><p>Para saber como funciona o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento</p><p>da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), assista ao</p><p>vídeo e conheça a principal fonte de recursos para a Educação Básica voltada aos</p><p>Estados e Municípios, assim como esses recursos devem ser investidos.</p><p>EU INDICO</p><p>Agora, quero convidar você a assistir ao nosso vídeo e enriquecer seus estudos.</p><p>Neste vídeo, falaremos a respeito de temas relevantes para a área.</p><p>EM FOCO</p><p>Você sabe como surgiu o Fundeb? Assista ao vídeo e perceba as intencionalidades</p><p>de sua criação com o objetivo voltado para uma melhor distribuição para a Educa-</p><p>ção Básica em um país marcado pelo descaso com a educação pública.</p><p>EU INDICO</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>A aprendizagem torna-se significativa quando se consegue aliar a teoria com a</p><p>prática, dessa forma, aprende-se fazendo algo relacionado aos saberes. O gestor</p><p>escolar será o protagonista no âmbito financeiro da instituição de ensino, o que,</p><p>na esfera pública, divide sua responsabilidade com os conselhos escolares. Essa</p><p>responsabilidade recai sobre a função de pensar em como utilizar os recursos</p><p>financeiros, segundo as necessidades da instituição.</p><p>Para auxiliar este processo, com base em uma gestão democrática e partici-</p><p>pativa, o gestor tem como promover reuniões com a comunidade escolar para</p><p>que participem das decisões. O gestor apresenta o valor destinado na escola, são</p><p>levantadas as prioridades e as necessidades físicas e pedagógicas e cabe a todos</p><p>participarem da discussão e da votação. Dessa forma, o gestor conseguirá exercer</p><p>a habilidade da gestão democrática e participativa, em que a comunidade é cha-</p><p>mada a pensar na instituição como um espaço ao qual pertence, que seus filhos</p><p>frequentam, diariamente.</p><p>Outro ponto de destaque que precisa ser observado são os prazos, o calen-</p><p>dário de investimento das verbas disponibilizadas para a escola. As datas são</p><p>organizadas pela mantenedora e não devem ser ignoradas. Assim que o gestor</p><p>perde a data, o valor depositado na conta retorna para a mantenedora com a</p><p>necessidade de se justificar o não uso.</p><p>O dinheiro investido nas escolas provém dos impostos arrecadados, então,</p><p>precisamos ter consciência do significado real de gratuidade e do repasse de</p><p>dinheiro para a escola. A gratuidade está disfarçada no pagamento dos impostos</p><p>dos cidadãos que contribuem para a manutenção da rede pública de ensino, e a</p><p>contribuição advém dos impostos pagos, anualmente. A comunidade como um</p><p>todo tem o dever de acompanhar os repasses realizados à rede pública de ensino</p><p>e acompanhar os investimentos realizados pela gestão escolar.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>1. A LDB destaca os níveis e as modalidades da educação nacional, organização do sistema</p><p>de ensino, competência dos entes federados, direitos e deveres dos profissionais e as</p><p>formas do seu financiamento.</p><p>Sobre a responsabilidade que compete à União, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Coordenar a Política Nacional de Educação.</p><p>b) Organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições oficiais dos seus sistemas</p><p>de ensino.</p><p>c) A oferta e a manutenção da educação, prioritariamente, na modalidade da Educação</p><p>Infantil e Ensino Fundamental.</p><p>d) A oferta da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.</p><p>e) Coordenar os sistemas de ensino do Distrito Federal.</p><p>2. As despesas públicas consistem em qualquer desembolso oriundo da Administração Públi-</p><p>ca, baseada na legislação financeira, licitatória e orçamentária, subordinada à classificação</p><p>e aos limites dos créditos orçamentários para realizar as competências de sua responsabi-</p><p>lidade preconizadas na constituição. As despesas públicas são classificadas em despesas</p><p>correntes e de capital.</p><p>Sobre as despesas correntes, analise as sentenças a seguir:</p><p>I - São responsabilidade da administração pública, destinadas a promover a execução e a</p><p>manutenção da ação governamental.</p><p>II - São destinadas a compor um bem capital, ou adicionar valor a um já existente.</p><p>III - São despesas de custeio que envolvem os custos de materiais de consumo e os serviços</p><p>pagos a terceiros e encargos.</p><p>IV - São investimentos destinados a obras e instalações, aquisição de equipamentos e ma-</p><p>teriais permanentes.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) II e III</p><p>b) I e III.</p><p>c) I, II e IV.</p><p>d) II, III e IV.</p><p>e) I, III</p><p>e IV.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>8</p><p>8</p><p>3. A Constituição de 1988 preconiza a educação como direito de cidadania e confere a cada</p><p>ente federado a responsabilidade de oferta e a organização dos recursos específicos. O</p><p>regime de colaboração financeira que envolve a União, os Estados, os municípios e o Distrito</p><p>Federal estão assegurados na LDB/96 e na Constituição Federal/88.</p><p>A respeito do regime de colaboração entre os entes federados, em relação aos estados, aos</p><p>municípios e ao Distrito Federal, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Prestará assistência técnica e financeira aos municípios, assegurando o desenvolvimento</p><p>de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.</p><p>b) Organizará o sistema federal de ensino e dos territórios, com o financiamento das insti-</p><p>tuições de ensino públicas federais.</p><p>c) Exercerá a função redistributiva e supletiva para garantir a equalização de oportunidades</p><p>educacionais e o padrão mínimo de qualidade do ensino para o Distrito Federal.</p><p>d) Deverá organizar formas de colaboração na oferta do Ensino Fundamental, assegurando</p><p>a distribuição proporcional das responsabilidades.</p><p>e) Organizará o sistema municipal, exclusivamente, com o financiamento das instituições</p><p>de ensino públicas e privadas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>8</p><p>9</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ADRIANO, G. A. C. Gestão Educacional. Indaial: Uniasselvi, 2017.</p><p>AFONSO, A. J. Avaliação educacional: regulação e emancipação. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005.</p><p>BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasí-</p><p>lia, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/</p><p>constituicao/constitução.htm. Acesso em: 14 ago. 2023.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Resolução FNDE/CD n°12, de 10 de maio de 1995. Brasília, DF:</p><p>Ministério da Educação, 1995.</p><p>BRASIL. Lei nº 9 394 de 20 de dezembro de 1996. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Na-</p><p>cional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/</p><p>ccivil_03/leis/l9394.htm#:~:text=L9394&text=Estabelece%20as%20diretrizes%20e%20bases%20</p><p>da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20nacional.&text=Art.%201%C2%BA%20A%20educa%C3%A7%-</p><p>C3%A3o%20abrange,civil%20e%20nas%20manifesta%C3%A7%C3%B5es%20culturais. Acesso</p><p>em: 27 set. 2023.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Manual de orientação para constituição de unidades execu-</p><p>toras. Brasília, DF: Ministério da Educação, 1997a.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 3, de 4 de março de 1997. Brasília, DF: Ministério</p><p>da Educação, 1997b.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Resolução FNDE/ CD n°17, de 9 de maio de 2005. Dispõe so-</p><p>bre os critérios e as formas de transferência e de prestação de contas dos recursos destinados</p><p>a execução do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e dá outras providências. Brasília:</p><p>FNDE, 2005.</p><p>BRASIL. Histórico do Saeb. INEP, 20 out. 2015. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/educa-</p><p>cao-basica/saeb/historico-do-saeb. Acesso em: 16 set. 2023.</p><p>DOURADO, L. F. Conselho Escolar e o financiamento da educação no Brasil. Brasília: Ministério</p><p>da Educação. Secretaria de Educação Básica, 2006.</p><p>FARENZENA, N.; LUCE, M. B. Políticas públicas de educação no Brasil: reconfigurações e am-</p><p>biguidades. In: MADEIRA, L. M. Avaliação de Políticas Públicas. Porto Alegre: UFRGS/CEGOV,</p><p>2014.</p><p>GATTI, B. A. Avaliação: contexto, história e perspectivas. Olh@res. Guarulhos, v. 2, n. 1, p. 8-26,</p><p>maio, 2014.</p><p>HELD, D.; McGREW, A. Prós e contras da globalização. Tradução Vera Ribeiro. Rio de Janeiro:</p><p>Jorge Zahar Editora, 2001.</p><p>LUCK, H. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Editora Positivo Curitiba, 2009.</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>1. A.</p><p>2. B.</p><p>3. D.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>A ESTRUTURA E A ORGANIZAÇÃO</p><p>DAS ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA</p><p>Identificar as etapas que constituem a Educação Básica.</p><p>Analisar as premissas da BNCC para as etapas da Educação Básica.</p><p>Compreender o processo de desenvolvimento e aprendizagem das etapas</p><p>da Educação Básica.</p><p>Conhecer o sentido da educação integral proposta na BNCC.</p><p>Identificar a função do gestor no processo de implantação da BNCC.</p><p>Conhecer o papel do gestor no desenvolvimento da formação continuada.</p><p>Associar as premissas da BNCC com as etapas da Educação Básica.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8</p><p>1</p><p>9</p><p>4</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>As diretrizes da BNCC suscitam um repensar na organização educacional que</p><p>envolve todas as etapas da Educação Básica. Para tanto, a figura do gestor, do</p><p>coordenador escolar e demais especialistas, que assumem funções junto à gestão</p><p>da escola, necessita organizar tempos e espaços de diálogo, estudo e discussão</p><p>sobre a proposta da BNCC. Você conhece a Base Nacional Comum Curricular</p><p>(BNCC)? Qual seria a conexão da BNCC com as etapas da Educação Básica?</p><p>Pois bem, a BNCC consiste no documento norteador das ações pedagógicas</p><p>desenvolvidas nas etapas da Educação Básica, considerando a Educação Infantil,</p><p>o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No meio educacional, cabe à equipe</p><p>gestora o processo de implementação da BNCC nas instituições de ensino bem</p><p>como cada figura atuará como protagonista no desenvolvimento de ações junto</p><p>ao seu grupo de trabalho.</p><p>Para exemplificar a importância da BNCC nas diferentes etapas da educação</p><p>básica, podemos imaginar uma situação prática em uma escola de Educação</p><p>Infantil. Nesse contexto, você pode experimentar o desafio de criar estratégias</p><p>pedagógicas que promovam o desenvolvimento integral das crianças, levando em</p><p>consideração suas especificidades e necessidades individuais. Você pode identifi-</p><p>car caminhos para a resolução deste desafio ao explorar abordagens pedagógicas</p><p>inclusivas e interdisciplinares, garantindo que todas as crianças tenham oportu-</p><p>nidades de aprendizagem significativas.</p><p>Além disso, é fundamental promover reflexões sobre como a BNCC influen-</p><p>cia o processo educacional como um todo. Você, caro(a) estudante, pode refletir</p><p>sobre como a implementação da BNCC pode impactar a formação dos profes-</p><p>sores, as práticas de avaliação, a elaboração de currículos e a promoção da di-</p><p>versidade e da inclusão. Esta reflexão crítica permitirá que você como estudante</p><p>de Pedagogia compreenda melhor os desdobramentos da BNCC em diferentes</p><p>contextos educacionais e esteja preparado para contribuir, positivamente, com</p><p>sua aplicação quando se tornar profissional da educação.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>A BNCC prevê, na organização dos currículos escolares, o desenvolvimento de</p><p>uma educação integral. Os gestores possuem uma significativa função para que as</p><p>premissas da BNCC sejam implementadas nas ações pedagógicas desenvolvidas</p><p>nas instituições de ensino. Conhecer o conceito de educação integral e sua aplica-</p><p>bilidade nos ambientes de ensino constitui o foco da abordagem deste podcast.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>A sugestão de leitura do artigo pretende que você</p><p>perceba, de forma sucinta, a organização das etapas</p><p>que compõem a Educação Básica. Assim, você</p><p>conseguirá estabelecer as conexões entre a organização</p><p>da Educação Básica com o documento que norteia o</p><p>trabalho pedagógico para cada etapa.</p><p>https://bit.ly/3RvPodJ</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>A educação normatizada pelos processos de ensino é organizada segundo a Lei</p><p>de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB nº 9.394/96. Tal documento</p><p>preconiza a Base Nacional Comum Curricular como meio que norteia a organi-</p><p>zação curricular dos sistemas e redes de ensino particulares e públicas.</p><p>A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018) aponta conhe-</p><p>cimentos, competências e habilidades esperados no desenvolvimento dos alunos</p><p>ao longo da Educação Básica, com foco na formação integral para a construção</p><p>de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. O documento infere sobre a</p><p>necessidade de os alunos aplicarem nas ações do seu cotidiano, na resolução dos</p><p>seus problemas, os conhecimentos compreendidos no processo educativo que</p><p>permeia</p><p>de Tecnologias Educacionais</p><p>A incorporação de tecnologias no contexto educacion-</p><p>al tem impactado a gestão escolar. A utilização de fer-</p><p>ramentas digitais para a gestão administrativa, a im-</p><p>plementação de ambientes virtuais de aprendizagem e</p><p>o uso de recursos tecnológicos nas práticas pedagógi-</p><p>cas são tendências atuais que exigem dos gestores</p><p>habilidades de adaptação e atualização.</p><p>Educação Inclusiva</p><p>A busca pela inclusão de todos os alunos, considerando</p><p>suas diferenças e suas necessidades, é uma tendên-</p><p>cia relevante na gestão escolar atual. Isso implica criar</p><p>políticas e práticas que garantam a participação plena</p><p>e o sucesso educacional de todos os estudantes, pro-</p><p>movendo a diversidade e combatendo a discriminação.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Formação Continuada</p><p>A gestão escolar atual valoriza a formação continuada</p><p>dos profissionais da educação, incluindo os gestores.</p><p>A atualização constante em relação às políticas edu-</p><p>cacionais, aos avanços pedagógicos e às demandas</p><p>sociais é fundamental para uma gestão eficaz.</p><p>Estas quatro principais tendências atuais da gestão escolar, participação da co-</p><p>munidade, uso de tecnologias educacionais, educação inclusiva e formação con-</p><p>tinuada, refletem, claramente, as necessidades do mundo contemporâneo.</p><p>A questão da participação comunitária, por exemplo, reflete na prática a</p><p>ideia de que as decisões devem ser tomadas a partir do envolvimento de todos</p><p>os membros da comunidade escolar, visando às suas contribuições dentro de um</p><p>ambiente colaborativo.</p><p>Já o uso das tecnologias educacionais é a mola transformadora que a gestão</p><p>deve usar para integrar o meio digital ao ambiente escolar, ampliando as possibi-</p><p>lidades de resolução de problemas, otimização de tempo, acesso ao conhecimento</p><p>etc., por meio de experiências mais dinâmicas e interativas de engajamento digital</p><p>a toda a comunidade escolar.</p><p>A educação inclusiva também se destaca como uma tendência essencial na</p><p>gestão escolar, tanto que, em alguns eventos voltados para a gestão, já se ouve a</p><p>propagação do termo gestão inclusiva, que retrata a prática da atuação do gestor</p><p>que prima por fazer acontecer a inclusão na instituição a qual ele dirige.</p><p>Em relação à formação continuada, sem dúvida, é fundamental para os</p><p>profissionais seu acesso, pois favorece as práticas pedagógicas, o aprimoramento</p><p>do conhecimento, o desenvolvimento de novas estratégias de ensino e a reflexão</p><p>sobre a própria postura e atuação como profissional, além de contribuir para a</p><p>melhoria da qualidade da educação.</p><p>Estas tendências têm transformado a gestão escolar e, com isso, as instituições</p><p>de ensino têm a oportunidade de promover uma educação mais abrangente e</p><p>eficiente, preparando os alunos para enfrentarem os desafios do século XXI e</p><p>contribuindo para a construção de uma sociedade mais igualitária e consciente.</p><p>1</p><p>1</p><p>ANÁLISE DO PAPEL DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS NA</p><p>GESTÃO ESCOLAR</p><p>As políticas educacionais têm um impacto signifi-</p><p>cativo na gestão escolar. Elas fornecem diretrizes,</p><p>orientações e regulamentações que norteiam as</p><p>práticas e as ações desenvolvidas nas escolas. De-</p><p>finem os objetivos e as metas a serem alcançados,</p><p>estabelecem os currículos, regulamentam a ava-</p><p>liação e estabelecem os parâmetros de qualidade</p><p>para o ensino. Elas também influenciam a alocação de recursos, a formação dos</p><p>professores, as práticas de inclusão e a gestão administrativa das escolas.</p><p>Os gestores escolares têm a responsabilidade de compreender e implementar</p><p>as políticas educacionais de forma adequada, adaptando-as às necessidades e às</p><p>realidades de suas escolas. Eles devem estar atualizados sobre as mudanças nas</p><p>políticas e buscar sua articulação com a equipe escolar e a comunidade, a fim de</p><p>promover uma gestão alinhada com as diretrizes educacionais.</p><p>As políticas</p><p>educacionais</p><p>têm um impacto</p><p>significativo na</p><p>gestão escolar</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Os gestores escolares também têm a função de fornecer feedback e contribuir</p><p>para a elaboração de políticas educacionais mais eficazes. A partir de sua expe-</p><p>riência e de seu conhecimento da realidade escolar, podem contribuir com suges-</p><p>tões, críticas construtivas e propostas de melhorias nas políticas implementadas.</p><p>REFLEXÕES E PERSPECTIVAS SOBRE O FUTURO DA GESTÃO</p><p>ESCOLAR</p><p>No futuro, a gestão escolar continuará a enfrentar novos desafios, e precisamos</p><p>continuar nos adaptando às mudanças sociais, tecnológicas e educacionais. Per-</p><p>cebemos que a maioria desses desafios serão impulsionados por transforma-</p><p>ções significativas pela rápida evolução globalizada, e a gestão escolar terá que</p><p>se adaptar para atender às demandas de uma educação relevante e de qualidade.</p><p>Algumas perspectivas são profundamente influenciadas pelas transformações</p><p>tecnológicas e pela crescente globalização, que impulsionam não apenas as de-</p><p>mandas por avanços sociais, mas também o desenvolvimento profissional cons-</p><p>tante. No seu relatório para a Unesco sobre Educação para o Século XXI, Delors</p><p>(1998) destaca alguns pontos dentro destas perspectivas e enfatiza a necessidade</p><p>permanente de atender às demandas da evolução na sociedade, entre as quais</p><p>as mudanças tecnológicas, a própria globalização que leva às demandas, até das</p><p>questões sociais e de desenvolvimento profissional podem ser consideradas:</p><p>INOVAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>O avanço tecnológico impactará cada vez mais a gestão escolar, com a utilização</p><p>de ferramentas digitais para aprimorar processos administrativos, promover a</p><p>aprendizagem personalizada e estimular a colaboração entre os atores educacionais.</p><p>FLEXIBILIDADE CURRICULAR</p><p>A tendência é que as escolas adotem currículos mais flexíveis, adaptados às</p><p>necessidades e aos interesses dos alunos, promovendo uma educação mais indi-</p><p>vidualizada e orientada para competências.</p><p>1</p><p>4</p><p>ÊNFASE NA FORMAÇÃO INTEGRAL</p><p>A gestão escolar do futuro pode priorizar uma visão mais abrangente da edu-</p><p>cação, buscando o desenvolvimento integral dos alunos, que inclui aspectos</p><p>cognitivos, socioemocionais e éticos.</p><p>PARCERIAS E REDES DE COLABORAÇÃO</p><p>A gestão escolar do futuro pode valorizar a construção de parcerias e a partici-</p><p>pação em redes de colaboração entre escolas, instituições de ensino superior, or-</p><p>ganizações da sociedade civil e setor privado, visando ampliar as oportunidades</p><p>de aprendizagem e compartilhar boas práticas.</p><p>Em relação às perspectivas, no que diz respeito à inovação e à tecnologia, a grande</p><p>tendência será o apoio da realidade virtual, por meio da inteligência artificial que,</p><p>juntas, desempenham papéis essenciais na otimização e na análise dos processos</p><p>escolares cujos sistemas inteligentes ajudarão os gestores escolares a coletar e</p><p>analisar dados sobre o desempenho dos alunos, seu progresso acadêmico e suas</p><p>necessidades individuais de cada um, além até de mensurar e sugerir o engaja-</p><p>mento da comunidade em prol de uma comunicação mais próxima entre todos</p><p>os envolvidos no processo educacional.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>A flexibilidade também será um aspecto crucial da gestão escolar no futuro,</p><p>pois, em decorrência da evolução e do surgimento de novas habilidades, as esco-</p><p>las precisarão se adaptar e fornecer currículos mais flexíveis e individualizados,</p><p>onde, de forma personalizada, será baseado nas habilidades e nos interesses dos</p><p>alunos.</p><p>As emoções desempenham um papel fundamental na aprendizagem do in-</p><p>divíduo, influenciando tanto as reações fisiológicas quanto as psicológicas (FIA-</p><p>MENGHI, 2001). Elas são consideradas uma forma de motivação que exerce</p><p>influência nos processos intelectuais, como a aprendizagem e a inteligência. Além</p><p>disso, uma mudança significativa na gestão escolar é a crescente ênfase na forma-</p><p>ção integral, que abrange o desenvolvimento das habilidades socioemocionais,</p><p>consideradas essenciais não apenas para o sucesso pessoal, mas também para o</p><p>sucesso profissional. Como tendência, as escolas estão implementando estraté-</p><p>gias eficazes de desenvolvimento socioemocional tanto para alunos</p><p>a escolaridade básica.</p><p>A BNCC consiste no documento</p><p>de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de</p><p>aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao lon-</p><p>go das etapas e modalidades da educação básica, de modo a que tenham</p><p>assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em con-</p><p>formidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE)</p><p>(BRASIL, 2018, p. 7).</p><p>A promulgação da BNCC norteará a organização dos currículos na Educação</p><p>Básica nas diversas redes de ensino a considerar o público e o privado. Apresenta</p><p>dez competências gerais que preconizam os direitos à aprendizagem e ao desen-</p><p>volvimento, sendo que o documento refere competência com o sentido</p><p>de mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos),</p><p>habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e va-</p><p>lores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno</p><p>exercício da cidadania e do mundo do trabalho (Brasil, 2018, p. 9).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Assim, competência significa colocar em prática algo que se sabe, uma com-</p><p>preensão sobre algo, sobretudo, desenvolver nos alunos as competências gerais</p><p>necessárias para que consigam aplicar, nas situações cotidianas, os saberes que</p><p>aprendeu na escola.</p><p>Novas Competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)</p><p>CONHECIMENTO</p><p>Valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital.</p><p>PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO</p><p>Exercitar a curiosidade intelectual e utilizar as ciências com criticidade e criatividade.</p><p>REPERTÓRIO CULTURAL</p><p>Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais.</p><p>COMUNICAÇÃO</p><p>Utilizar diferentes linguagens.</p><p>CULTURA DIGITAL</p><p>Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais, de forma crítica, significativa e ética.</p><p>TRABALHO E PROJETO DE VIDA</p><p>Valorizar e se apropriar de conhecimentos e experiências.</p><p>ARGUMENTAÇÃO</p><p>Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis.</p><p>1</p><p>9</p><p>8</p><p>AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO</p><p>Conhecer-se, compreender-se na diversidade humana e se apreciar.</p><p>EMPATIA E COOPERAÇÃO</p><p>Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação.</p><p>RESPONSABILIDADE E CIDADANIA</p><p>Agir, pessoal e coletivamente, com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliên-</p><p>cia e determinação (INEP, [202?]).</p><p>Segundo a BNCC (BRASIL, 2018), as competências gerais estão organizadas em</p><p>dez proposições que se relacionam e desdobram nas três etapas da Educação</p><p>Básica, considerando a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.</p><p>Competências gerais que buscam a formação integral do indivíduo, por meio de</p><p>uma educação integral, com prioridade no desenvolvimento humano, de forma</p><p>globalizada, que entende a complexidade humana para além da dimensão cogni-</p><p>tiva, numa perspectiva cognitiva-afetiva. A estrutura geral da BNCC encontra-se</p><p>organizada em códigos alfanuméricos que apontam para cada etapa de escolari-</p><p>dade sobre os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.</p><p>A BNCC consiste no documento normativo que define o con-</p><p>junto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem</p><p>desenvolver nas etapas da Educação Básica.</p><p>Confira o vídeo que aborda, de forma resumida, o contexto da</p><p>BNCC nas instituições de ensino.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=duTt-CwyD_8&t=51s</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>A Educação Infantil, enquanto primeira etapa da Educação Básica, apresenta seis</p><p>direitos de aprendizagem e desenvolvimento necessários para que as crianças</p><p>consigam aprender e se desenvolver. Os direitos de aprendizagem e desenvolvi-</p><p>mento constam de: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.</p><p>Com base nos direitos de aprendizagem e desenvolvimento, a BNCC (2018)</p><p>estabelece cinco campos de experiências para que as crianças consigam aprender</p><p>e se desenvolver. Consistem em:</p><p>Link do BNNC com a estrutura da Educação Infantil, da Edu-</p><p>cação Fundamental e do Ensino Médio.</p><p>http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#estrutura</p><p>EU INDICO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Para cada campo de experiências, foram definidos objetivos de aprendizagem e</p><p>desenvolvimento organizados em três grupos por faixa etária. Assim, considera</p><p>como o primeiro grupo os bebês (zero a 1 ano e 6 meses), segundo grupo as</p><p>crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses), e o terceiro grupo</p><p>(4 anos a 5 anos e 11 meses).</p><p>Link do BNCC em PDF cujo código alfanumérico da Educação</p><p>Infantil encontra-se na página 28.</p><p>http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_</p><p>EF_110518_versaofinal_site.pdf</p><p>EU INDICO</p><p>De modo geral, o documento apresenta em códigos alfanuméricos com letras</p><p>a etapa da Educação Básica, no caso EI (Educação Infantil), seguido por um</p><p>par de números que indicam o grupo por faixa etária, depois outro grupo de</p><p>letras que indica o campo de experiência, e, por último, outro par de números</p><p>que representa a posição da habilidade na numeração sequencial do campo de</p><p>experiências para cada grupo ou faixa etária.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>ENSINO FUNDAMENTAL</p><p>O Ensino Fundamental possui uma organização composta de cinco áreas do co-</p><p>nhecimento, que propiciam a comunicação entre os conhecimentos e os saberes</p><p>dos componentes curriculares. As áreas dos conhecimentos apresentam em seu</p><p>contexto a formação integral dos alunos e destaca as particularidades dos Anos</p><p>Iniciais e dos Anos Finais de forma distinta.</p><p>De modo geral, cada área do conhecimento “[...] estabelece competências</p><p>específicas de área, cujo desenvolvimento deve ser promovido ao longo dos nove</p><p>anos” (BRASIL, 2018, p. 28). Tais competências amalgamam nas dez competên-</p><p>cias gerais que se expressam nas cinco áreas do conhecimento; linguagens (Lín-</p><p>gua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa), Matemática, Ciências</p><p>da Natureza (Ciências), Ciências Sociais (História, Geografia) e Ensino Religioso.</p><p>Estas áreas apresentam competências específicas que devem ser desenvolvi-</p><p>das no decorrer dos nove anos de estudos.</p><p>“ Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada</p><p>componente curricular apresenta um conjunto de habilidades. Essas</p><p>habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento -</p><p>aqui entendidos como conteúdos, conceitos e processos - que, por sua</p><p>vez, são organizados em unidades temáticas (BRASIL, 2018, p. 28).</p><p>Desta forma, as unidades temáticas consistem numa organização de conheci-</p><p>mentos em quantidade diferenciada, relacionado às habilidades. As habilidades</p><p>seriam as aprendizagens essenciais que todos os alunos deverão ter o direito</p><p>assegurado nos diversos níveis escolares. Em suma, as unidades temáticas, os</p><p>objetos de conhecimento e as habilidades para cada ano são identificadas por</p><p>um código alfanumérico, que se encontra no “Eu Indico” anterior com o link do</p><p>PDF do BNCC, na página 32.</p><p>Deste modo, o código alfanumérico para o Ensino Fundamental apresenta, no</p><p>primeiro par de letras, a identificação da etapa de Ensino Fundamental na Edu-</p><p>cação Básica, seguido do par de números referentes ao ano escolar, depois outro</p><p>par de letras que representam o componente curricular, e por último outro par de</p><p>números que assinalam a posição da habilidade segundo o bloco ou do ano escolar.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Segundo o documento (BRASIL, 2018), a utilização da numeração sequencial</p><p>que identifica as habilidades para cada ano ou bloco de anos não sugere uma hie-</p><p>rarquia de aprendizagens a serem desenvolvidas. A progressão das aprendizagens,</p><p>que se explicita na comparação entre os quadros relativos a cada ano (ou bloco</p><p>de anos), pode tanto estar relacionada aos processos cognitivos em jogo - sendo</p><p>expressa por verbos que indicam processos cada vez mais ativos ou exigentes -</p><p>quanto aos objetos de conhecimento - que podem apresentar crescente sofistica-</p><p>ção ou complexidade -, ou, ainda, aos modificadores - que, por exemplo, podem</p><p>fazer referência a contextos mais familiares aos alunos e, aos poucos, expandir-se</p><p>para contextos</p><p>mais amplos. (BRASIL, 2018).</p><p>De modo geral, os critérios de organização das habilidades do Ensino Funda-</p><p>mental na BNCC (BRASIL, 2018) expressam possíveis arranjos que não precisam</p><p>ser adotados, de forma obrigatória, na organização dos currículos. O documento</p><p>foi estruturado de modo a transparecer clareza, precisão e divulgar o que se es-</p><p>pera que os alunos aprendam ao concluírem o Ensino Fundamental.</p><p>ENSINO MÉDIO</p><p>Para o Ensino Médio, há quatro áreas do conhecimento: Ciências da Natureza e</p><p>suas Tecnologias (Biologia, Física e Química), Ciências Humanas e Sociais Apli-</p><p>cadas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia), Matemática e suas Tecnologias</p><p>(Matemática) e Linguagens e suas Tecnologias (Arte, Educação Física, Língua</p><p>Inglesa e Língua Portuguesa).</p><p>A estrutura do Ensino Médio segue a mesma adotada para o Ensino Fun-</p><p>damental, identificada por códigos alfanuméricos que expressam as unidades</p><p>temáticas, objetos do conhecimento e as habilidades para cada área do conhe-</p><p>cimento. (BRASIL, 2018). O código alfanumérico do Ensino Médio se encontra</p><p>no “Eu Indico” anterior, com o link do PDF da BNCC, na página 36.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>A BNCC está estruturada sobre dez competências gerais que os</p><p>estudantes devem desenvolver ao longo de toda a Educação</p><p>Básica. No vídeo, será comentado sobre a Educação Integral, pre-</p><p>conizada no documento. Assista e amplie seus conhecimentos.</p><p>EU INDICO</p><p>De modo geral, a BNCC define um conjunto de aprendizagens que são essenciais</p><p>ao desenvolvimento das crianças, jovens e adultos durante as etapas da Educação</p><p>Básica. Apresenta como principal objetivo o aprender, em destaque no texto, com</p><p>o direcionamento do trabalho pedagógico para o ‘aprender a aprender’, de modo</p><p>que o estudante consiga colocar em prática, na resolução dos problemas do seu</p><p>cotidiano, os conhecimentos aprendidos na escola.</p><p>A ATUAÇÃO DO GESTOR NA IMPLANTAÇÃO DA BNCC NAS</p><p>INSTITUIÇÕES DE ENSINO</p><p>Nos espaços educacionais, a gestão escolar e a gestão pedagógica necessitam tra-</p><p>balhar em cooperação, proporcionando oportunidades para que as práticas sejam</p><p>melhoradas com a finalidade de promover o processo de ensino e aprendizagem,</p><p>viabilizando o desenvolvimento dos alunos.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>‘Cooperar’ significa operar, trabalhar em conjunto em busca de um</p><p>resultado, de uma meta ou da realização de um projeto comum. Para</p><p>que isso aconteça, deve haver empatia, integridade, democracia, di-</p><p>versidade, dignidade, compromisso ético e inclusão. Daí por que a</p><p>cooperação promove a aprendizagem e o desenvolvimento de todos</p><p>e de cada um. Na escola, cooperar é trabalhar em equipe para que</p><p>todas as crianças e jovens aprendam e se desenvolvam e para que os</p><p>educadores exerçam seu compromisso ético profissional e também</p><p>aprendam continuamente enquanto ensinam (PEREZ, 2018, p. 59).</p><p>A escola consiste em um dos espaços onde diversas pessoas interagem de acordo</p><p>com suas intencionalidades e responsabilidades, segundo sua função e atribui-</p><p>ções. Este espaço é propício para o desenvolvimento da igualdade, da diver-</p><p>sidade, onde o conhecimento e as relações interpessoais se inter-relacionam,</p><p>e, principalmente, para que os alunos tenham seus direitos de aprendizagem e</p><p>desenvolvimento garantidos (PEREZ, 2018).</p><p>Para tanto, a gestão escolar, quando compreende a escola como um espaço</p><p>de aprendizagem, percebe os estudantes como sujeitos de direitos de aprendi-</p><p>zagem e desenvolvimento. Desta forma, propicia condições favoráveis para que</p><p>aprendam e se desenvolvam, compreendendo o mundo em que vivem e saibam</p><p>resolver situações complexas do seu cotidiano, no exercício da cidadania de</p><p>forma consciente.</p><p>A gestão escolar, em cooperação com a gestão pedagógica, necessita sentar</p><p>e questionar sobre as necessidades do cotidiano escolar que necessitam ser</p><p>ajustadas para que os alunos desenvolvam as competências gerais; elencar as</p><p>ações que precisam ser definidas para garantir os direitos de aprendizagem para</p><p>todos explicitados nas dez competências gerais; perceber que, quando abordamos</p><p>valores e atitudes, estamos afirmando sobre formas de viver e conviver socialmente.</p><p>Nas relações com os outros, exteriorizamos nossos valores.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Para tanto, surge a necessidade de correlacionar as dez competências com as</p><p>práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. As atitudes dos professores</p><p>deverão revelar as competências gerais previstas na BNCC para que os estudantes</p><p>aprendam como as desenvolver igualmente.</p><p>A gestão da escola na implantação da BNCC terá como função principal a</p><p>revisão do Projeto Político Pedagógico e da organização da formação continuada</p><p>na escola, com vistas para reflexões do novo currículo a ser adotado. De modo</p><p>geral, o gestor necessita ter uma visão ética com o compromisso social da escola,</p><p>com base no currículo integral, transformador e significativo. Somente desta</p><p>forma conseguirá contagiar sua equipe, por meio de sua capacidade técnica de</p><p>administrar os tempos e os espaços, de forma colaborativa e participativa com</p><p>a comunidade escolar.</p><p>Figura 1 - Competências Fundamentais do Gestor / Fonte: adaptada de Itaú-Social (2019).</p><p>Descrição da imagem: a imagem é um infográfico em forma de círculo, com cinco palavras dentro de cada</p><p>retângulo, seguindo as linhas do círculo.</p><p>Em sentido horário, às doze horas, temos a palavra “Liderar”, às 1 horas, temos “Equilibrar”, às 5 horas,</p><p>temos “Integrar”, às 1 horas, temos “Demonstrar” e, às 11 horas, temos a palavra “Estimular”.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Há necessidade de o gestor desenvolver certas competências, como liderar, equi-</p><p>librar, integrar, demonstrar e estimular. Assim, cabe a ele a liderança e a garantia</p><p>na atuação democrática efetiva e participativa do Conselho Escolar ou do órgão</p><p>colegiado, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil e dos outros colegiados que</p><p>existam na escola. O equilíbrio e a integração das diferentes áreas de ação da esco-</p><p>la e sua interação com a comunidade escolar, com um ideal educacional comum</p><p>sustentado na visão, na missão e nos valores da escola, na liderança e na atuação</p><p>integrada e cooperativa de todos os envolvidos na escola, na promoção de um</p><p>ambiente voltado ao processo de aprendizagem e desenvolvimento, sustentado</p><p>em práticas coletivas e compartilhadas.</p><p>Esta obra, BNCC no Chão da Sala de Aula, nasce para auxil-</p><p>iar gestores e professores em reflexões e ações interessantes</p><p>com foco na ação pedagógica. A BNCC objetiva a promoção</p><p>da equidade, por meio de uma formação integral do cidadão. A</p><p>integralidade da educação trata do desenvolvimento intelec-</p><p>tual, social, físico, emocional e cultural, compreendidos como</p><p>fundamentais para a excelência na construção dos saberes.</p><p>Este livro mostra que as aprendizagens essenciais foram es-</p><p>tabelecidas por meio de dez competências gerais que nor-</p><p>tearão o trabalho das escolas e dos professores, em todos</p><p>os anos e componentes curriculares. O livro apresenta como</p><p>aplicar as dez competências nas escolas, auxiliando o desen-</p><p>volvimento do trabalho do gestor na implantação da BNCC.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>O gestor precisa demonstrar interesse no trabalho desenvolvido pelos professo-</p><p>res, funcionários e os alunos da escola, atuando, de forma presente, na orienta-</p><p>ção do trabalho em equipe, no incentivo à partilha de experiências e resultados</p><p>coletivos. Por meio de suas ações, deve estimular o envolvimento de todos da</p><p>escola na realização de projetos, para que se sintam parte integrada e conjunta</p><p>do trabalho realizado (ITAÚ-SOCIAL, 2019).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>FORMAÇÃO CONTINUADA</p><p>A formação continuada na escola prioriza o planejamento formativo sustentado nas</p><p>necessidades dos alunos e do ambiente escolar, e que os professores colaborem com</p><p>seu entendimento de aprendizagem e desenvolvimento. O coordenador pedagógico</p><p>e o diretor participam da formação continuada, segundo sua função na escola.</p><p>O coordenador pedagógico consiste no formador dos professores, no acom-</p><p>panhamento das</p><p>aprendizagens e desenvolvimento dos alunos conforme o novo</p><p>currículo, no planejamento de formações que apoiam a prática e o desenvolvimento</p><p>profissional da equipe para melhorar o processo de ensino e aprendizagem.</p><p>Ao diretor cabe a função de liderança pedagógica na escola, no apoio e na</p><p>organização dos espaços e tempos para que ocorra a formação continuada, jun-</p><p>tamente com a revisão do PPP e dos planos de ação da escola.</p><p>A intenção da formação continuada consiste em apoiar os professores a re-</p><p>fletirem e transformarem sua prática pedagógica para favorecer o processo de</p><p>ensino e aprendizagem, bem como o desenvolvimento dos alunos. As temáticas a</p><p>serem pensadas para organizar a formação devem ser planejadas de acordo com</p><p>as necessidades de aprendizagem e desenvolvimento dos professores e alunos.</p><p>A formação continuada, segundo o Base Nacional Comum Curricular ([202-</p><p>]), necessita considerar alguns pontos importantes.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>MÉTODOS ATIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p>Permitir que os professores vivenciem as experiências a partir de seus contextos reais,</p><p>para que consigam refletir e agir de modo a transformar sua realidade. Que o formador</p><p>disponibilize situações para que os professores percebam, na prática, a situação de</p><p>aprendizagem ativa conforme seu próprio processo de aprendizado. Desta forma,</p><p>vivenciando, na prática, conseguirão refletir sobre o cotidiano de sala de aula, onde os</p><p>alunos vivenciam o processo de ensino e aprendizagem.</p><p>FOCO NO CONHECIMENTO PEDAGÓGICO E SUA RELAÇÃO COM O CONTEÚDO</p><p>ENSINADO</p><p>Na formação continuada, o formador necessita desenvolver a integração entre os</p><p>fazeres de sala de aula e os conteúdos específicos de cada componente. Desta forma,</p><p>os professores compreendem como definir os conceitos e as habilidades que deverão</p><p>ser aprendidos pelos alunos, assim como identificar quais são os conteúdos que</p><p>apresentam maior dificuldade de compreensão para a turma e buscar estratégias para</p><p>melhorar o processo de ensino e aprendizagem.</p><p>PARTICIPAÇÃO COLETIVA</p><p>Na formação continuada para favorecer o processo de desenvolvimento e</p><p>aprendizagem dos professores, agrupar os profissionais da mesma escola, etapa e/</p><p>ou área de conhecimento, para que consigam interagir entre si e com os formadores.</p><p>Nesse sentido, o trabalho colaborativo proporciona a partilha de experiências e práti-</p><p>cas pedagógicas, diálogos sobre os desafios e dificuldades, e, principalmente, nas</p><p>sugestões de possíveis soluções para a dinâmica de sala de aula.</p><p>DURAÇÃO PROLONGADA</p><p>Como o processo de aprendizagem se constitui de forma linear, e sim, depende de</p><p>momentos para reflexão, mudança de práticas, interação e aprimoramento contínuo</p><p>dos fazeres pedagógicos, as formações não podem ser organizadas de forma única e</p><p>simplificada, mas sim com duração prolongada, intensa, contínua, que permita o con-</p><p>tato frequente entre os formadores e os professores. Desta forma, ocorre a devolutiva</p><p>sobre as práticas docentes, os desafios e as propostas que foram pensadas, coletiva-</p><p>mente, e aplicadas em sala de aula. Nesse ponto, cabe ao gestor a função de permitir</p><p>tempos e espaços para que o processo formativo ocorra de forma prolongada.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>COERÊNCIA</p><p>A proposta de formação deve ser coerente com as políticas educacionais da rede,</p><p>com o currículo, material didático, avaliações da escola e externas, contexto escolar</p><p>e, principalmente, com as necessidades de aprendizagem e desenvolvimento dos</p><p>alunos e dos professores.</p><p>No processo de elaboração de formação continuada para se estudar a implanta-</p><p>ção da BNCC na escola, o formador pode, primeiramente, realizar um diagnós-</p><p>tico com os professores e os funcionários. Este questionário, ou levantamento,</p><p>pode ser implementado na reunião pedagógica para ser discutido, coletivamente.</p><p>Assim, o formador consegue identificar os conhecimentos prévios dos professo-</p><p>res, as dúvidas, os desafios e as sugestões dos profissionais e organizar as etapas</p><p>da formação continuada.</p><p>A formação continuada envolverá as solicitações dos professores integrados</p><p>à demanda preconizada nas diretrizes da BNCC, ou seja, as temáticas de estudo</p><p>deverão estar em consonância com as dez competências e as áreas do conheci-</p><p>mento assinaladas pela BNCC. A equipe gestora precisa criar, dentro da rotina</p><p>escolar, momentos de estudo do material tanto para os encontros de formação</p><p>continuada como também para atualização do Projeto Político Pedagógico, que</p><p>deverá ser consultado e atualizado, conforme as propostas sugeridas pela comu-</p><p>nidade escolar.</p><p>Olá! Agora, quero convidar você a assistir ao nosso vídeo e enriquecer seus estu-</p><p>dos. Neste vídeo, falaremos a respeito de temas relevantes para a área.</p><p>EM FOCO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>O conhecimento teórico se amalgama com a prática no exercício da função de</p><p>gestor, nas diversas situações que ocorrem no decorrer das etapas da Educação</p><p>Básica. Um saber fundamental para a ação do gestor consiste no acesso às nor-</p><p>mativas atualizadas direcionadas à educação.</p><p>A BNCC é o documento que normatiza e orienta a construção dos currículos</p><p>no âmbito nacional, o que impacta no desenvolvimento dos trabalhos pedagógi-</p><p>cos nas etapas da Educação Básica. O gestor é a figura que fomenta as possibili-</p><p>dades de formação e o acesso às informações disponibilizadas na rede de ensino.</p><p>Isso quer dizer que um bom gestor mantém sua equipe atualizada e informada,</p><p>segundo os documentos educacionais.</p><p>O conhecimento teórico é a base sólida sobre a qual você, como estudante de</p><p>Pedagogia, constrói sua futura carreira como gestor educacional. À medida que</p><p>você se prepara para ingressar no mercado de trabalho, compreenda a importância</p><p>de dominar as normativas e as diretrizes que regem a educação, como a BNCC.</p><p>Esta familiaridade com as normas educacionais não apenas fortalece sua base de</p><p>conhecimento, mas também capacita você a exercer, com eficácia, suas futuras</p><p>funções de gestão.</p><p>O gestor educacional não apenas adquire o conhecimento teórico necessário,</p><p>mas também deve aplicá-lo de forma prática para melhorar o desempenho da</p><p>escola e da equipe pedagógica. Ao manter a equipe atualizada e informada sobre</p><p>as normativas e documentos educacionais, o gestor cria um ambiente propício</p><p>para o desenvolvimento de práticas pedagógicas alinhadas com as diretrizes es-</p><p>tabelecidas. Isso não apenas eleva a qualidade do ensino, mas também prepara os</p><p>estudantes para enfrentarem os desafios do mercado de trabalho, com confiança</p><p>e competência. Portanto, a integração entre teoria e prática é essencial para o</p><p>sucesso de um gestor educacional e para o avanço da educação no Brasil.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. De acordo com a BNCC, as competências gerais estão organizadas em dez proposições</p><p>que se relacionam e desdobram nas etapas da Educação Básica.</p><p>Sobre as etapas da Educação Básica, assinale a resposta correta.</p><p>a) Ensino Fundamental.</p><p>b) Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.</p><p>c) Educação Infantil e Ensino Fundamental.</p><p>d) Ensino Fundamental e Ensino Médio.</p><p>e) Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior.</p><p>2. A Base Nacional Comum Curricular aponta conhecimentos, competências e habilidades</p><p>esperados no desenvolvimento dos alunos ao longo da Educação Básica, com foco na</p><p>formação integral para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.</p><p>Sobre as dez competências propostas na BNCC, analise as afirmativas:</p><p>I - Repertório cultural.</p><p>II - Conhecimento.</p><p>III - Autoconhecimento e autocuidado.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II.</p><p>d) II e III.</p><p>e) I, II e III.</p><p>3. A Educação Infantil, enquanto primeira etapa da Educação Básica, apresenta seis direitos</p><p>de aprendizagem e desenvolvimento necessários para que as crianças consigam aprender</p><p>e se desenvolver.</p><p>Sobre os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Participar, explorar, expressar e se conhecer.</p><p>b) Conviver, brincar, participar, explorar, expressar e se conhecer.</p><p>c) Memorizar,</p><p>brincar, participar, explorar, expressar e se conhecer.</p><p>d) Conviver, brincar, obedecer, explorar, expressar e se conhecer.</p><p>e) Brincar, participar, explorar e aprender.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. BNCC na escola: Guia para Gestores Escolares. Brasília: Mi-</p><p>nistério da Educação, [202-]. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/</p><p>implementacao/Guia_para_Gestores_Escolares_PP_e_Formao_Continuada_na_Escola.pdf.</p><p>Acesso em: 19 de out. 2020.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a base.</p><p>Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_</p><p>EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 19 set. 2023.</p><p>INEP. Novas Competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Inep, [202?]. Dispo-</p><p>nível em: http://inep80anos.inep.gov.br/inep80anos/futuro/novas-competencias-da-base-</p><p>-nacional-comum-curricular-bncc/79. Acesso em: 19 set. de 2023.</p><p>ITAU-SOCIAL. A BNCC nas práticas da Gestão Escolar. Itaú-Social, 2019. Disponível em: ht-</p><p>tps://polo.org.br/gestao-pedagogica/percurso/54/bncc. Acesso em: 16 set. de 2023.</p><p>PEREZ, T. BNCC: a Base Nacional Comum Curricular na prática da gestão escolar e pedagógi-</p><p>ca. São Paulo: Editora Moderna, 2018.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. FEEDBACK: B. As três etapas da Educação Básica consistem em Educação Infantil, Ensino</p><p>Fundamental e Ensino Médio.</p><p>2. FEEDBACK: E. O repertório cultural, o conhecimento e o autoconhecimento e o autocuidado</p><p>compõem as dez competências anunciadas na BNCC.</p><p>3. FEEDBACK: B. Os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento seriam conviver, brincar,</p><p>participar, explorar, expressar e se conhecer.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>MINHAS METAS</p><p>GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA</p><p>Apresentar as principais características de uma gestão democrática.</p><p>Compreender os caminhos percorridos pelo gestor em busca de um ambiente de-</p><p>mocrático dentro da escola.</p><p>Conhecer os princípios que fundamentam uma gestão democrática.</p><p>Reconhecer o papel da equipe e da comunidade em geral nas decisões.</p><p>Compreender a importância do diálogo aberto, como prática democrática.</p><p>Integrar os saberes do gestor escolar à comunidade, frente aos desafios cotidianos.</p><p>Oferecer sugestões práticas que podem ser acolhidas, para o bom êxito de uma gestão</p><p>democrática.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Toda escola tem uma equipe gestora, isso é fato. É fato, também, que cada</p><p>uma delas apresenta um estilo de gestão. Ao matricular uma criança na</p><p>escola ou enviar um currículo com desejo de ser um profissional dela, seria</p><p>muito interessante saber o modelo de gestão adotado pela equipe, pois isso</p><p>dirá muito sobre ela.</p><p>Pensando nisso, sugiro que faça um teste: questione alguém que esteja</p><p>atuando na gestão escolar e pergunte sobre o modelo de gestão exercido pela</p><p>equipe, dando-lhe as seguintes opções: modelo do tipo autoritário (onde é a</p><p>equipe da gestão que controla tudo o que acontece e centraliza as decisões),</p><p>ou modelo do tipo democrático (quando há participação de toda a comu-</p><p>nidade escolar na tomada de decisões). Certamente, a maioria dos gestores</p><p>definirá seu modelo como democrático. Mas será que eles sabem o que sig-</p><p>nifica verdadeiramente exercer uma gestão democrática? Vamos descobrir.</p><p>O entendimento do modelo de gestão em uma escola é crucial para você,</p><p>estudante de Pedagogia, já que afeta diretamente sua futura carreira. Um</p><p>modelo autoritário pode restringir a autonomia dos professores, dificultar</p><p>a inovação e criar um ambiente desfavorável para os alunos, prejudicando</p><p>a qualidade da educação. Por outro lado, um modelo democrático, quan-</p><p>do bem implementado, estimula a colaboração entre todos os membros da</p><p>comunidade escolar, promove a criatividade, o engajamento dos alunos e o</p><p>desenvolvimento de habilidades cidadãs ativas.</p><p>Durante seu estágio e práticas pedagógicas, você pode vivenciar situa-</p><p>ções diversas relacionadas à gestão escolar. Por exemplo, em uma escola</p><p>com modelo autoritário, você pode observar a centralização de decisões</p><p>pela direção, com pouca participação de professores e alunos. Para lidar com</p><p>isso, busque canais de comunicação para expressar preocupações e envolver</p><p>a comunidade nas decisões.</p><p>No problema apresentado anteriormente sobre a equipe gestora saber o</p><p>que significa verdadeiramente exercer uma gestão democrática, traremos à</p><p>reflexão a importância do diálogo aberto para o fortalecimento de parcerias,</p><p>que auxiliarão a equipe gestora na tomada de decisões, no alcance dos obje-</p><p>tivos e na resolução de problemas comuns, visando ao bem-estar individual</p><p>e coletivo de toda a comunidade escolar.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Para ajudá-lo(a) a entender como funciona a participação de pais e alunos no conse-</p><p>lho de classe participativo, elaboramos um podcast. Acesse este material e aprimo-</p><p>re sua forma de percepção/atuação frente aos desafios de uma gestão democrática.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Vitor Henrique Paro trará-nos algumas reflexões acerca das características de</p><p>uma escola democrática, nesta entrevista concedida em agosto de 2014, à Revista</p><p>Gestão Escolar. Ele é professor titular na Faculdade de Educação da USP, onde</p><p>exerce a docência e a pesquisa e coordena o "Grupo de Estudos e Pesquisas</p><p>em Administração Escolar" (Gepae). Foi pesquisador sênior na Fundação Carlos</p><p>Chagas e professor titular na PUC-SP. Assista! https://www.youtube.com/</p><p>watch?v=pGG3Or2WhQ8&t=7s</p><p>Recursos de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>Um dos grandes objetivos da gestão democrática é estabelecer uma parceria</p><p>entre a escola e a comunidade na tomada de decisões, apoiando-se na ideia de</p><p>que, a partir das discussões, das investigações e das descobertas, seja possível</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>traçar estratégias que conduzam nossas crianças e nossos adolescentes à busca</p><p>pela transformação e pela cidadania.</p><p>Esta cidadania, segundo Grinspun (2011, p. 119), é vivida quando:</p><p>A) DISCUTIMOS</p><p>Discutimos processos de aprendizagem, objetivos, conteúdos, metodologias e avalia-</p><p>ções de nossos alunos;</p><p>B) ORGANIZAMO-NOS</p><p>Organizamo-nos para discutir os rumos das disciplinas, o planejamento participativo, a</p><p>escola que queremos;</p><p>C) CRIAMOS</p><p>Criamos canais de participação e não nos omitimos na hora do posicionamento e da</p><p>tomada de decisões;</p><p>D) ARTICULAMOS</p><p>Articulamos os movimentos sociais do mundo lá de fora com os movimentos sociais</p><p>de dentro da escola;</p><p>E) DISCUTIMOS</p><p>Discutimos a questão do trabalho - como responsabilidade da escola em termos de</p><p>uma formação adequada - e as ligadas ao trabalhador;</p><p>F) PRIORIZAMOS</p><p>Priorizamos a questão da evasão e repetência em nossa prática pedagógica, discutin-</p><p>do o que se entende por fracasso escolar;</p><p>G) REFLETIMOS</p><p>Refletimos sobre preconceitos, estereótipos e marginalizações que ocorrem dentro e</p><p>fora da escola;</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Neste tema, Gestão Democrática na Escola, será possível compreender o que</p><p>vem a ser, verdadeiramente, uma gestão participativa:</p><p>O conceito de participação se fundamenta no de autonomia, que</p><p>significa a capacidade das pessoas e dos grupos de livre determina-</p><p>ção de si próprios, isto é, de conduzirem sua própria vida. Como</p><p>a autonomia opõe-se às formas autoritárias de tomada de decisão,</p><p>sua realização concreta nas instituições é a participação. Portanto,</p><p>um modelo de gestão participativa, tem na autonomia um dos seus</p><p>mais importantes princípios [...] (LIB NEO, 2004, p. 102).</p><p>“ O princípio da democracia é aquele que assegura aos cidadãos o</p><p>pleno direito de participação nas tomadas de decisão, e estas noções</p><p>devem ser difundidas no ensino público e permear o cotidiano dos</p><p>educandos (MACHADO, 2016).</p><p>Autonomia</p><p>Transparência</p><p>Valorização</p><p>dos Sujeitos</p><p>Participação Gestão</p><p>Democrática</p><p>H) RESPEITAMOS</p><p>Respeitamos o outro, seja ele minoria seja maioria, resgatando suas reais possibilida-</p><p>des em confronto com a realidade social;</p><p>I) TRABALHAMOS</p><p>Trabalhamos a questão dos valores nas diferentes dimensões e abordagens pelas</p><p>quais eles são reconhecidos dentro e fora da escola.</p><p>Figura 1 - Gestão Democrática e seus princípios / Fonte: http://patriciadomingos.comunidades.net/</p><p>gestao-democratica. Acesso em: 20 set. 2023.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem é um infográfico com cinco retângulos com palavras escritas dentro e com</p><p>quatro flechas em semicírculos ligando as palavras. Em sentido horário, acima, na posição de 12 horas, temos o</p><p>retângulo com a palavra “Autonomia”, depois, às três horas, temos “Transparência”, às 6 horas, temos “Valorização</p><p>dos Sujeitos”, às nove horas, temos “Participação (Conselhos)” e, no centro, temos “Gestão Democrática”.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Vamos entender cada um dos princípios, apresentados na imagem:</p><p>Neste ínterim, desejo provocar você a pensar um pouco além: Se a família</p><p>faz parte da gestão democrática de uma instituição e precisa ser ouvida em seus</p><p>anseios e suas necessidades, como a atrair à escola? Como a faremos perceber</p><p>que representa uma parte importante deste processo? Quais estratégias de apro-</p><p>ximação e comunicação seriam mais eficazes?</p><p>AUTONOMIA</p><p>O princípio da autonomia tem tudo a ver com o da participação, pois ele se coloca</p><p>contrário às decisões autoritárias, uma vez que valoriza a livre escolha dos sujeitos, na</p><p>condução de suas próprias vidas e na construção coletiva.</p><p>TRANSPARÊNCIA</p><p>O princípio da transparência implica abrir os portões da escola, com suas verdades e</p><p>fragilidades, à discussão e à resolução de problemas. Implica, também, não mentir,</p><p>nem omitir fatos, possibilitando espaços de diálogo, reflexão e posicionamento de</p><p>todos os envolvidos no processo educativo, quer seja para criticar quer seja para</p><p>sugerir melhorias.</p><p>VALORIZAÇÃO DOS SUJEITOS</p><p>Este princípio considera que todas as pessoas envolvidas na formação de uma criança</p><p>ou adolescente são importantes, com suas opiniões e contribuições. Todos podem e</p><p>devem ter seu espaço de fala valorizado (não necessariamente atendido) dentro de</p><p>uma gestão democrática, onde os interesses coletivos predominaram sobre os inte-</p><p>resses individuais, na tomada de decisões.</p><p>PARTICIPAÇÃO (CONSELHOS)</p><p>O princípio da participação envolve formar conselhos. Para tanto, a equipe de gestores</p><p>precisa compartilhar espaços de diálogo e discussão na tomada de decisões, estrei-</p><p>tando laços, com os sujeitos que compõem a escola, de forma direta (professores e</p><p>alunos) e indireta (famílias).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Quando pensamos a escola dentro de uma gestão democrática, não podemos</p><p>nos esquecer de que ela também representa, de certa forma, uma extensão da</p><p>família de cada estudante ou profissional que atua dentro dela. Este cenário exige</p><p>abertura ao diálogo, descentralização da equipe gestora na tomada de decisões,</p><p>comprometimento de todos os envolvidos, participação ativa, sentimento de per-</p><p>tença, integração, cooperação, parceria e comunicação. Sem o devido respeito a</p><p>todos estes itens, não haverá interação entre a escola e a família. Logo, não haverá</p><p>possibilidade de se ter uma gestão democrática.</p><p>Diante deste pressuposto, apresento um quadro, com base em Giacaglia e</p><p>Penteado (2010), onde há um paralelo da relação entre a família e a escola:</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Neste sentido, cabe à equipe da escola provocar o desejo nas famílias de co-</p><p>nhecerem a sua dinâmica e participarem das decisões. E como a escola pode</p><p>fazer isso?</p><p>Penteado (1976, p. 102) nos ajudará com algumas dicas: “Integrar os pais nas</p><p>atividades da escola; dinamizar todo o grupo da escola no sentido de fazer com</p><p>que docentes, pais e comunidade, em geral, trabalhem juntos no processo edu-</p><p>cativo; levar pais e alunos a um melhor relacionamento”. Poderíamos acrescentar</p><p>a esta lista: desenvolver pesquisas de satisfação, sempre que houver necessidade</p><p>de alguma mudança; convidar os pais a participarem de reuniões em que sejam</p><p>discutidas questões administrativas e pedagógicas; abrir espaço à presença dos</p><p>pais e alunos, nos conselhos de classe participativos e realizar a avaliação insti-</p><p>tucional, uma vez ao ano.</p><p>O conhecimento da família e uma comunicação efetiva entre ela e a</p><p>escola, além de condições básicas para a realização de uma Orienta-</p><p>ção Familiar eficiente, são essenciais para a busca de uma unidade</p><p>de princípios e de atuação entre ambas as instituições</p><p>(GIACAGLIA; PENTEADO, 2010, p. 150-151).</p><p>FAMÍLIA ESCOLA</p><p>A criança, de modo geral, se desenvolve</p><p>na instituição familiar, que é encarregada</p><p>de prover os recursos necessários à sua</p><p>sobrevivência; de propiciar-lhe uma base</p><p>afetiva; de dar-lhe assistência na área</p><p>de saúde e de ministrar-lhe os primeiros</p><p>ensinamentos.</p><p>Por sua vez, a instituição escolar está</p><p>incumbida de realizar a educação formal</p><p>das crianças e dos jovens.</p><p>Cada família alimenta expectativas dife-</p><p>rentes em relação ao papel da escola.</p><p>O mesmo ocorre com a escola em rela-</p><p>ção à família.</p><p>Tanto a escola como a família possuem características próprias. Surge, então, como</p><p>condição básica para que possam ser cumpridas as finalidades educacionais, a neces-</p><p>sidade do conhecimento mútuo entre ambas para a compatibilização das expectativas</p><p>e da integração entre as duas instituições.</p><p>Quadro 1 - Relação família e escola / Fonte: Giacaglia e Penteado (2010, p. 150).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Além de tratar de questões administrativas e pedagógicas, as reuniões tam-</p><p>bém podem abordar temáticas que envolvam orientação às famílias quanto à</p><p>formação dos filhos e à cidadania em geral, para muito além dos muros da escola.</p><p>Quando os pais não comparecem à escola, desprestigiando estes momentos de</p><p>trocas ou de tomada de decisões, caberia uma pequena investigação familiar, pois</p><p>a causa deste desinteresse pela vida escolar do(a) filho(a) deve ter um motivo, uma</p><p>razão de ser, que a equipe gestora desconhece.</p><p>Neste ínterim, vale, aqui, uma reflexão simples e direta: se as reuniões admi-</p><p>nistrativas e pedagógicas, mesmo dentro de um formato de gestão democrática</p><p>em que todos têm vez e voz não atraem, deve-se pensar em outras estratégias de</p><p>aproximação com as famílias, tais como:</p><p>Eventos</p><p>envolvendo</p><p>pais e filhos</p><p>Palestras</p><p>com</p><p>temáticas</p><p>atuais</p><p>Festas de</p><p>integração Passeios</p><p>Seminários Eventos</p><p>sociais</p><p>Com apresentação de</p><p>trabalhos científicos e</p><p>culturais, nos diferentes</p><p>segmentos de ensino</p><p>Temáticas estas, que</p><p>podem ser sugeridas pelas</p><p>famílias, uma pesquisa</p><p>prévia</p><p>Com a participação e</p><p>envolvimento dos pais</p><p>Figura 2 - Estratégias de aproximação com as famílias / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem é um infográfico que contém seis hexágonos na cor azul em uma fileira dupla</p><p>na vertical, com frases escritas dentro e frases ao lado de três hexágonos. Os dois hexágonos do meio estão um</p><p>pouco para a direita. No hexágono de cima, à esquerda, está escrito “Eventos envolvendo pais e filhos”, e no da</p><p>direita está escrito“Palestras com temáticas atuais”. Do lado direito do hexágono da direita, está escrito “Temáticas</p><p>estas, que podem ser sugeridas pelas famílias, numa pesquisa prévia”. No hexágono do meio, está escrito “Festas</p><p>de integração” e, do lado esquerdo deste hexágono, está escrito “Com apresentação de trabalhos científicos e</p><p>culturais, nos diferentes segmentos de ensino”. No hexágono a direita no centro tem a palavra “Passeios”. No</p><p>hexágono abaixo, à esquerda, tem a palavra “Seminários”, e, no hexágono abaixo, à direita, está escrito “Eventos</p><p>Sociais”, e do lado deste, tem a frase “Com a participação e envolvimento dos pais”!</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Numa gestão democrática em que a escola va-</p><p>loriza e abre espaço às famílias, como exemplo, ce-</p><p>lebrar o dia da família na escola, sendo instituído</p><p>pelo MEC e comemorado no dia 24 de abril, onde</p><p>as escolas promovem atividades com a comunida-</p><p>de, espera-se delas a mesma postura, ou seja, as famílias também precisam apoiar</p><p>e valorizar as decisões da escola, respeitando toda a equipe que atua nela, com</p><p>seus saberes e fazeres pedagógicos.</p><p>[...] a atuação da escola em relação ao aluno é bastante ampla e</p><p>diversificada, não se atendo apenas aos aspectos de aprendizagem</p><p>de conteúdos escolares. São, pois, inúmeros os aspectos, em que é</p><p>necessário haver concordância de princípios e de atuação entre a</p><p>família e a escola (GIACAGLIA; PENTEADO, 2010, p. 155).</p><p>Mais importante do que participar, por participar das reuniões da escola</p><p>é desejar conhecê-la, no sentido mais amplo da palavra. Compreender sua di-</p><p>nâmica, defendê-la, apoiá-la em suas decisões e, acima de tudo, cooperar com</p><p>seus processos educativos, suas posturas pedagógicas ou ações comunitárias. É</p><p>lógico que discordar também faz parte, e a manifestação desta discordância é</p><p>aceita dentro de uma gestão democrática, desde que seja feita de forma respeitosa</p><p>e construtiva, sinalizando preocupação e zelo pela instituição.</p><p>[...] a preocupação da escola é fazer-se conhecer pela família, apre-</p><p>sentando-se como parceira na educação do(s) filho(s); a preocu-</p><p>pação dos pais é buscar as informações necessárias na escola, for-</p><p>talecendo a comunicação entre ambas. Vale lembrar que um deve</p><p>ir ao encontro do outro, objetivando a busca de resultados e não</p><p>apenas, aguardando por eles. Mesmo tendo objetivos comuns, cada</p><p>um deve fazer a sua parte (PIANEZZER, 2013, p. 211).</p><p>Partindo do pressuposto de que uma gestão democrática exige uma mudança</p><p>de postura por parte do gestor escolar, trago alguns questionamentos que podem</p><p>nortear suas ações, na escola:</p><p>As famílias também</p><p>precisam apoiar</p><p>e valorizar as</p><p>decisões da escola</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Um gestor escolar que inclui em seu planejamento todos estes questionamen-</p><p>tos, pode ser considerado democrático, desde que seja capaz de delegar funções,</p><p>acredite no trabalho cooperativo, busque a troca de experiências, valorize a opi-</p><p>nião da comunidade escolar, abra mão de uma gestão autoritária, descentralize</p><p>o poder e acredite na força coletiva para a tomada de decisões.</p><p>Quando a escola é conduzida dentro deste modelo de gestão, todos saem</p><p>ganhando, pois onde poderia haver uma relação de poder e obediência, os</p><p>espaços se ampliam dando abertura à participação, ao diálogo e às sugestões</p><p>de todo um grupo, que faz parte (de forma integral e cidadã) daquela institui-</p><p>ção. “É preciso incentivar a participação, bem como manter um vínculo mais</p><p>orgânico entre representante-representados, pois alguns membros, depois de</p><p>eleitos, passam a falar por si, sem ter o cuidado de dialogar com seus pares”</p><p>VASCONCELLOS (2007, p. 84).</p><p>Como</p><p>atuar?</p><p>O que</p><p>observar?</p><p>De que forma</p><p>orientar os</p><p>professores?</p><p>O que fazer</p><p>para ter o apoio</p><p>da família?</p><p>Como</p><p>ajudar os</p><p>alunos?</p><p>Figura 3 - Questionamentos ao gestor escolar / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem é um infográfico em forma de círculo com cinco perguntas com flechas na</p><p>cor laranja entre elas, ligando as perguntas. No sentido horário, na posição de uma hora tem a pergunta “O que</p><p>observar?”, na posição de quatro horas temos a frase: “De que forma orientar os professores?”, na posição de</p><p>seis horas, “Como ajudar os alunos?, na posição de oito horas, “O que fazer para ter o apoio da família?” e, na</p><p>posição de onze horas, “Como atuar?”.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>De acordo com Pianezzer (2013, p. 244), ser democrático, significa:</p><p>■ Saber ouvir e valorizar a opinião dos outros;</p><p>■ Abrir as portas da escola ao diálogo e à participação de seus membros;</p><p>■ Abrir a “cabeça” para aceitar sugestões daqueles que caminham ao nosso lado e</p><p>estão dispostos a nos ajudar naquilo que for preciso;</p><p>■ Acreditar que todos os membros da comunidade escolar têm algo a contribuir</p><p>na gestão.</p><p>Em relação a este último item, Garcia (1990, p. 49), corrobora com Pianezzer</p><p>(2013), quando afirma que</p><p>todos possuem saber em qualquer que seja o campo do conheci-</p><p>mento e da vida. [...] é do confronto de saberes que poderemos, jun-</p><p>tos, produzir um novo saber capaz de dar novos rumos à educação</p><p>escolar [...]. Este pode representar um primeiro passo no sentido</p><p>de implementar na escola a criação de um espaço democrático, em</p><p>que tanto pais como alunos e comunidade venham a sentir-se mo-</p><p>bilizados e estimulados a participar.</p><p>Já trouxemos à pauta a participação dos pais e da comunidade em geral nas</p><p>decisões, porém vale reforçar que não se faz gestão democrática de uma escola,</p><p>deixando nossos estudantes fora do processo. A respeito deste assunto, Conceição</p><p>(2011, p. 57) acrescenta que:</p><p>[...] o jovem busca conhecer-se e encontrar seu lugar no mundo [...]</p><p>e o papel da escola é o de construção conjunta de uma possibilidade</p><p>real, num mundo real. [...] portanto, além dos conhecimentos tra-</p><p>dicionais, a escola deverá ocupar-se de atividades cuja finalidade</p><p>inclua a reflexão e a ação sobre a realidade próxima dos alunos, fa-</p><p>cilitando e mediando a passagem de uma condição de adolescência</p><p>para a de um adulto incipiente, cujas escolhas de vida e de carreira</p><p>possam estar pautadas pela possibilidade de ele se ver como agente</p><p>de transformação social.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Quando os estudantes percebem que têm seu espaço de fala garantido dentro</p><p>da escola passam a valorizar o seu “estar e atuar” dentro dela, em favor da própria</p><p>transformação e da transformação de toda uma comunidade, da qual também</p><p>fazem parte e são responsáveis.</p><p>Para Grinspun (2011, p. 102), “ A escola Democrática é aquela que aceita</p><p>desigualdades na entrada e propicia igualdades na conclusão do curso.” Ou seja,</p><p>“uma escola que trabalha valores humanos; que ensina a respeitar a diversidade</p><p>social, cultural ou religiosa das pessoas da comunidade, da escola ou de qualquer</p><p>outro espaço físico; que educa PARA a vida dentro e fora dos portões da escola”</p><p>(PIANEZZER, 2013, p. 247).</p><p>Quanto mais cedo uma criança exercitar a democracia, melhor será sua formação,</p><p>pois, certamente, estes momentos de discussão, debate, contradição, argumentação</p><p>ou negociação a auxiliarão a posicionar-se, evitando a passividade, tão comum a</p><p>muitos jovens e adultos, inclusive, dos que fazem parte da mesma comunidade escolar</p><p>que ela, mas que não tiveram este lugar de fala. De acordo com Garcia (1990, p. 47):</p><p>Para que a comunidade escolar se sinta encorajada a participar cole-</p><p>tivamente deve contar com a oportunidade do exercício de debater,</p><p>discutir, criticar, apreciar e propor. O aprendizado da participação,</p><p>portanto, se realiza no próprio ato de ir influindo em diferentes</p><p>instâncias no processo decisório escolar.</p><p>A iniciativa destes momentos de integração, em que a gestão democrática se</p><p>faz na prática, precisa partir da escola. Para Garcia (1990, p. 47):</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>o estímulo à participação de alunos e pais fortalece sua capacidade</p><p>de interferir e contribuir com originalidade na luta pela transfor-</p><p>mação da sociedade, em direção à conquista de uma real cidadania,</p><p>que lhes torne verdadeiramente legítimo o direito à educação [...].</p><p>Enfim, para sermos democráticos dentro de uma escola, precisamos possibili-</p><p>tar que todos “tenham direito a vez e voz; sintam-se parte integrante do processo</p><p>educativo; possam ajudar a gerir a instituição escolar; contribuam na tomada de</p><p>decisões e na definição de estratégias” (PIANEZZER, 2013, p. 22).</p><p>EU INDICO</p><p>Você ficou interessado em saber mais sobre a Gestão Democrática na escola?</p><p>Acesse o link e descubra um material muito interessante, que abordará desde o</p><p>papel do gestor à participação da comunidade escolar, além de trazer dicas para</p><p>quem deseja implantar uma gestão democrática em sua escola.</p><p>https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/23437</p><p>Recursos de mídia disponível no conteúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem</p><p>Em relação à aplicabilidade da gestão democrática na escola, a LDB 9394/96</p><p>em seu artigo 14 defende que:</p><p>Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão de-</p><p>mocrática do ensino público na educação básica, de acordo com as</p><p>suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:</p><p>I-participação dos profissionais da educação na elaboração do pro-</p><p>jeto pedagógico da escola;</p><p>II-participação das comunidades escolar e local em conselhos es-</p><p>colares ou equivalentes (BRASIL, 1996, on-line).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Dentro de uma gestão democrática, espera-se que o gestor escolar bem como</p><p>sua equipe gestora apresente algumas características essenciais, entre elas:</p><p>9Goste de pessoas, uma vez que atuará com alunos, pais, professores e</p><p>comunidade em geral.</p><p>9Não tema ser contrariado e ter que mudar de opinião.</p><p>9 Coloque-se a serviço da comunidade.</p><p>9 Pense no bem comum (e não em seus interesses pessoais).</p><p>9 Seja imparcial e justo na tomada de decisões.</p><p>9 Sinta-se responsável pelo bem-estar de todos, com otimismo e criatividade.</p><p>9 Colabore para o bom clima institucional, possibilitando que a escola seja um</p><p>lugar de gente alegre e solidária, em que a confiança e a união prevaleçam.</p><p>9 Apresente postura ética e profissional.</p><p>9 Esteja preparado para os desafios da contemporaneidade, pois a escola atual</p><p>enfrenta muitos desafios.</p><p>Estas características, segundo Grinspun (2008, p. 83)</p><p>apontam a necessidade de um novo sentido à escola, de assumir a</p><p>função educativa que lhe compete, de apresentar as características de</p><p>seus alunos, a fim de propor um programa que permita ensinar além</p><p>dos conteúdos, as ações/intervenções internas e externas no sujeito.</p><p>Em relação aos desafios de liderar uma escola da atualidade, dentro de um</p><p>modelo de gestão democrática, podemos tecer algumas reflexões:</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>■ Vivemos momentos difíceis, quando os direitos e os deveres não parecem</p><p>ter o mesmo peso nesta balança chamada educação.</p><p>■ A família delega à escola cada vez mais responsabilidades.</p><p>■ A sociedade espera que devolvamos sujeitos críticos, autônomos e ins-</p><p>truídos.</p><p>■ O mundo altamente tecnológico, complexo e adverso, não parece muito</p><p>comprometido com a formação integral do sujeito. De acordo com Gia-</p><p>caglia e Penteado (2010, p. 307),</p><p>Nem tudo o que mudou ocorreu no campo da tecnologia e nem</p><p>tudo resultou em benefício para a humanidade. Como sempre ocor-</p><p>re com inovações, algumas delas foram benéficas, outras constituí-</p><p>ram malefícios e a maioria delas, dependendo do uso que delas se</p><p>faz, podem ser consideradas benéficas ou não à sociedade, à huma-</p><p>nidade, à educação dos jovens na escola ou fora dela.</p><p>■ E os sujeitos (nossos alunos) por sua vez, têm dificuldade de identificar</p><p>suas próprias emoções, angústias e necessidades.</p><p>Mais importante do que resolver o problema do aluno José, por exem-</p><p>plo, que está suspenso, ou que está com notas abaixo da média em</p><p>matemática, é discutir e analisar o que leva um aluno a ser suspenso,</p><p>quais são as oportunidades que se oferecem de educar antes de pu-</p><p>nir/cobrar, discutir as metodologias utilizadas, a avaliação oferecida,</p><p>o ritmo de aprendizagem do aluno etc. (GRINSPUN, 2008, p. 76).</p><p>De acordo com Grinspun (2011, p. 112):</p><p>Conhecer a organização da escola é conhecer seu dia a dia, seus</p><p>profissionais, seus valores e crenças, é compreender o significado</p><p>de suas ações, mas também, principalmente, conhecer seu projeto</p><p>político-pedagógico, através do qual o aluno se forma não só para</p><p>esta escola, mas para a vida.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Ouvir o que a comunidade escolar (alunos, pais e professores) têm a dizer e</p><p>procurar maneiras de ajudá-la, promovendo iniciativas que favoreçam o direito</p><p>de aprender, sentir-se parte da escola e ser acolhido por ela, também é uma</p><p>das incumbências de um gestor escolar democrático, preocupado com uma</p><p>educação inclusiva.</p><p>“ [...] auxiliar os professores na busca da compreensão teoricamente</p><p>fundamentada do que se considera “dificuldade de aprendizagem” e</p><p>de que forma a escola pode lidar com estes problemas em conjunto</p><p>com a família do aluno e com o apoio de outros profissionais que</p><p>estão, muitas vezes, além do âmbito escolar: psicólogos, fonoau-</p><p>diólogos, neurologistas, fisioterapeutas entre outros (ALMEIDA;</p><p>SOARES, 2010, p. 99).</p><p>Caberá à equipe gestora acompanhar de perto a avaliação e sugerir às famí-</p><p>lias o encaminhamento de alunos com dificuldades de aprendizagem à especia-</p><p>listas que possam identificar as causas e oferecer apoio pedagógico. Conceição</p><p>( 2011, p. 56) pontua-nos que:</p><p>“ situações de dificuldades de aprendizagem geram encaminhamen-</p><p>tos a profissionais especialistas quando extrapolam os limites da</p><p>atuação escolar. Essa possibilidade é extremamente satisfatória,</p><p>uma vez que existem áreas de conhecimento e saberes específicos</p><p>de outras esferas profissionais que muito nos ajudam a lidar com</p><p>as situações não previstas.</p><p>A função primordial da escola é o ensino. Por isso, é preciso que a equipe ges-</p><p>tora caminhe ao lado dos professores, conhecendo seus métodos, suas formas</p><p>de registro e de planejamento, os critérios de avaliação, o que pensam e como</p><p>agem dentro da instituição. O reflexo deste trabalho se dará na aprendizagem.</p><p>Para acompanhar este processo, a equipe gestora precisa acompanhar os alunos</p><p>e identificar, neles, possíveis dificuldades, expectativas, desilusões, problemas fí-</p><p>sicos, emocionais ou de relacionamentos, que podem interferir, direta ou indireta-</p><p>mente, na aquisição de novos conhecimentos.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>De acordo com Almeida e Soares (2010, p. 89),</p><p>“ O papel da escola em relação ao aluno é garantir a aprendizagem</p><p>dos conhecimentos socialmente necessários em um determinado</p><p>momento histórico. Conhecimentos estes que permitam ao aluno</p><p>compreender a realidade social e natural e possibilitem-lhe a ação</p><p>coletiva consciente na direção da construção de uma sociedade</p><p>justa e igualitária.</p><p>A partir do filme, pode-se abrir espaço para algumas reflexões e aprendiza-</p><p>gens. Vamos lá?</p><p>Entre os muros da escola</p><p>Sinopse: E foi pensando nesta construção de uma sociedade</p><p>justa e igualitária, que decidi lhe sugerir o filme Entre os muros</p><p>da escola. Ele retrata a rotina comum de uma escola france-</p><p>sa, explorando as relações interpessoais e profissionais que</p><p>ocorrem dentro da sala de aula. O professor (protagonista) é</p><p>uma figura autoritária e central na sala de aula. É a sua voz que</p><p>sobressai. Não há qualquer tipo de liberdade para os alunos.</p><p>Estes são obrigados a respeitá-lo e a obedecê-lo. No entanto</p><p>esta história não se resumirá apenas a isso. O título do filme</p><p>tem total relação com esta situação, afinal, a escola não se limi-</p><p>ta ao seu espaço físico delimitado – ela vai além de seus muros</p><p>e se estende a outros aspectos da vida do estudante.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>A disciplina não deve ser imposta de</p><p>maneira autoritária às crianças e jovens</p><p>Mesmo precisando de limites e regras,</p><p>necessitamos deixar claro o que</p><p>esperamos deles</p><p>A "obediência" deve ser construída e</p><p>compartilhada coletivamente, de maneira</p><p>autônoma, consciente</p><p>Figura 4 - Disciplina e Obediência / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem é um infográfico na vertical com três frases dentro de três retângulos. A frase do</p><p>primeiro é: “A disciplina não deve ser imposta de maneira autoritária às crianças e jovens”; do segundo é: “Mesmo</p><p>precisando de limites e regras, necessitamos deixar claro o que esperamos deles” e a do terceiro é: “A ‘obediência’</p><p>deve ser construída e compartilhada coletivamente, de maneira autônoma, consciente, participativa e responsável”.</p><p>“ [...] o simples fato de o aluno obedecer às normas estabelecidas pela</p><p>escola e pelo professor não pode ser entendido como disciplina.</p><p>A disciplina não é estabelecida com medidas disciplinares, mas a</p><p>partir da organização de todo o trabalho pedagógico, como o re-</p><p>sultado do conjunto de determinações que atuam sobre o aluno</p><p>(ALMEIDA; SOARES, 2010, p. 104-105).</p><p>Quando os alunos participam da construção de regras, eles tendem a cum-</p><p>pri-las, pois elas não lhe foram impostas. Desta forma, o aluno sai da condição</p><p>de alguém “obediente e passivo” para se tornar alguém que tenha autocontrole,</p><p>autonomia e autodisciplina, tanto para os aspectos da escola, quanto aos</p><p>aspectos</p><p>da vida, fora dela” (PIANEZZER, 2013, p. 143).</p><p>Escola participativa: O trabalho do gestor escolar</p><p>Sinopse: Para o aprofundamento deste tema, sugerimos a lei-</p><p>tura do livro Escola participativa: O trabalho do gestor escolar,</p><p>que aborda a questão da gestão escolar participativa de ma-</p><p>neira didática e acessível. Além disso, a obra traz uma visão</p><p>teórica do assunto e discute tópicos concretos, tais como li-</p><p>derar e motivar a equipe escolar, solucionar problemas, tomar</p><p>decisões e administrar o trabalho destas pessoas.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Podemos considerar que uma Gestão Democrática Participativa na escola</p><p>ocorre quando “os seus participantes estão coletivamente organizados e compro-</p><p>missados com a promoção de educação de qualidade para todos. ” (LÜCK, 2009,</p><p>p. 69). Com isso, percebemos que “a participação é o principal meio de assegurar</p><p>a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os integrantes da</p><p>escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização</p><p>escolar” (LIB NEO, 2004, p. 450).</p><p>Olá! Agora, quero convidar você a assistir ao nosso vídeo e enriquecer seus estu-</p><p>dos. Nele, falaremos a respeito de temas relevantes para a área.</p><p>EM FOCO</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>A conexão entre teoria e prática revela-se de forma crucial no mercado de traba-</p><p>lho, onde a educação e a formação dos profissionais são moldadas pelas aborda-</p><p>gens pedagógicas adotadas nas escolas. Ao considerar a transição da escola que</p><p>temos para a escola que queremos, esta reflexão ganha ainda mais relevância. A</p><p>capacidade de implementar e promover uma gestão democrática nas instituições</p><p>de ensino não apenas impacta a qualidade da educação oferecida, mas também</p><p>prepara os educadores para um mercado de trabalho em constante evolução.</p><p>Profissionais formados em um ambiente onde a participação ativa, a colabora-</p><p>ção e a tomada de decisões compartilhadas são valorizados estão mais bem prepara-</p><p>dos para enfrentar os desafios e as transformações que o mercado de trabalho exige.</p><p>Portanto, a conexão entre teoria e prática torna-se evidente ao percebermos que a</p><p>construção de uma escola mais democrática e participativa não só molda a experiência</p><p>educacional, mas também prepara os futuros profissionais para um mundo laboral</p><p>que demanda flexibilidade, habilidades interpessoais e capacidade de adaptação.</p><p>Assim, a busca por uma educação que reflita estes valores não apenas bene-</p><p>ficia a sociedade como um todo, mas também oferece perspectivas mais promis-</p><p>soras no mercado de trabalho para todos os envolvidos no processo educacional.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>1. A função primordial da escola é o ensino. Por isso, a equipe gestora precisa caminhar ao lado</p><p>dos professores, conhecendo seus métodos, suas formas de registro e de planejamento,</p><p>os critérios de avaliação, o que pensam e como agem dentro da instituição.</p><p>O reflexo de todo este trabalho se dará:</p><p>a) Nas notas.</p><p>b) No conselho de classe.</p><p>c) Nas relações interpessoais.</p><p>d) Na família.</p><p>e) Na aprendizagem.</p><p>2. Um dos grandes objetivos da gestão democrática é estabelecer uma parceria entre a</p><p>escola e a comunidade na tomada de decisões, apoiando-se na ideia de que, a partir das</p><p>discussões, investigações e descobertas, seja possível:</p><p>a) Traçar estratégias que conduzam a equipe gestora a exercer sua autoridade com plenos</p><p>poderes.</p><p>b) Traçar estratégias que conduzam toda a comunidade escolar a abrir mão de seus direitos.</p><p>c) Traçar estratégias que conduzam nossos adolescentes à busca de uma profissão que</p><p>lhes garanta rentabilidade.</p><p>d) Traçar estratégias que conduzam nossos gestores à busca pela realização pessoal.</p><p>e) Traçar estratégias que conduzam nossas crianças e nossos adolescentes à busca pela</p><p>transformação e pela cidadania.</p><p>3. A gestão democrática foi representada no tema 9, por uma imagem onde aparecem quatro</p><p>princípios fundamentais.</p><p>Quais são estes princípios? Assinale a resposta correta.</p><p>a) PAutonomia; autoridade; participação dos sujeitos e valorização.</p><p>b) Liberdade; autonomia dos sujeitos; participação e decisão coletiva.</p><p>c) Autonomia; diálogo; gestão participativa e tomada de decisão.</p><p>d) Liderança; comunicação; diálogo dos sujeitos e tomada de decisão.</p><p>e) Autonomia; transparência; valorização dos sujeitos e participação.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALMEIDA, C. M.; SOARES, K. C. D. Pedagogo Escolar: as funções supervisora e orientadora.</p><p>Curitiba: Ibpex, 2010.</p><p>BRASIL. Lei nº 9 394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação</p><p>Nacional. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/</p><p>ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 20 set. 2023.</p><p>CONCEIÇÃO, L. F. Coordenação pedagógica e orientação educacional: princípios e ações em</p><p>formação de professores e formação do estudante. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2011.</p><p>MACHADO, A. C. C. (org.). Constituição Federal Interpretada: artigo por artigo, parágrafo por pará-</p><p>grafo. 7. ed. Barueri, SP: Manole, 2016.</p><p>GARCIA, R. L. (org.). Orientação Educacional: o trabalho na escola. São Paulo: Edições Loyola, 1990.</p><p>GIACAGLIA, L. R. A. PENTEADO, W. M. A. Orientação Educacional na prática: princípios, histórico,</p><p>legislação, técnicas e instrumentos. 6. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010.</p><p>GRINSPUN, M. P. S. Z. (org.). Supervisão e Orientação Educacional: perspectivas de integração na</p><p>escola. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2008.</p><p>GRINSPUN, M. P. S. Z. A Orientação Educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a</p><p>escola. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.</p><p>LIB NEO, J. C. Organização e Gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. Goiânia: Editora Alterna-</p><p>tiva, 2004.</p><p>LÜCK, H. Dimensões da Gestão Escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positiva, 2009.</p><p>PENTEADO, W. M. A. Fundamentos de Orientação Educacional. São Paulo, EPU, 1976.</p><p>PIANEZZER, L. C. M. Orientação Educacional. Indaial: Uniasselvi, 2013.</p><p>VASCONCELLOS, C. S. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político-pedagógico</p><p>ao cotidiano da sala de aula. 8. ed. São Paulo: Liberdad, 2007. (Coleção Cadernos Pedagógicos).</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. Feedback: E</p><p>Na aprendizagem, pois a equipe gestora estará acompanhando os alunos e identificando,</p><p>neles, possíveis dificuldades, expectativas, desilusões, problemas físicos, emocionais ou</p><p>de relacionamentos, que podem interferir direta ou indiretamente na aquisição de novos</p><p>conhecimentos.</p><p>2. Feedback: E</p><p>Qualquer decisão tomada dentro de uma escola precisa manter seu foco no bem-estar e no</p><p>desenvolvimento integral das crianças e dos adolescentes, por isso, as alternativas A e D já</p><p>se tornam incorretas, uma vez que trazem a gestão como prioridade. Além disso, a gestão</p><p>democrática deve priorizar a transformação e a busca pela cidadania, o que não tem nada</p><p>a ver com abrir mão de seus direitos (letra B) ou escolher apenas uma profissão que lhe seja</p><p>rentável (letra C).</p><p>3. FEEDBACK: E</p><p>Os quatro princípios são: Autonomia; transparência; valorização dos sujeitos e participação.</p><p>Todas as demais alternativas apresentam inverdades.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>quanto para</p><p>professores, criando, assim, um ambiente de apoio mútuo.</p><p>Com isso, as propensões permitirão uma comunicação bem mais eficiente e</p><p>próxima da realidade para atender às necessidades diversificadas dos contextos,</p><p>onde as redes de colaboração com diversas instituições, como outras escolas,</p><p>universidades, organizações da sociedade civil e o setor privado, potencializa-</p><p>rão o fortalecimento e o intercâmbio de conhecimentos e as boas práticas, com</p><p>sinergia e inovação.</p><p>Que tal descobrirmos as percepções e as experiências de al-</p><p>guns gestores de escolas do Distrito Federal?</p><p>No artigo Políticas Educacionais e Concepção de Gestão: o</p><p>que dizem os diretores de escolas do ensino médio do DF,</p><p>publicado na Educar em Revista, podemos mergulhar no con-</p><p>texto do dia a dia profissional destes gestores e conhecermos</p><p>um pouco de suas trajetórias frente aos contextos das escolas</p><p>que dirigem.</p><p>EU INDICO</p><p>1</p><p>1</p><p>Agora que chegamos juntos até aqui, podemos refletir sobre a compreensão de</p><p>todo o conhecimento que vimos sobre a evolução histórica da gestão escolar.</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Em síntese, as conexões entre o conhecimento teórico e a relação com a profis-</p><p>são do gestor envolvem a importância da formação teórica e a integração com a</p><p>atuação prática, perpassando constantes mudanças contextuais, fazendo relação</p><p>com as perspectivas futuras da gestão escolar.</p><p>Assim como o personagem John Daily (O Monge e o Executivo - 2004), que</p><p>embarca em uma jornada de autoconhecimento, o gestor escolar também deve</p><p>buscar a compreensão de si mesmo e de sua missão. Ele precisa estar ciente de</p><p>seus valores e propósitos, entendendo que seu papel vai além de meramente</p><p>administrar a escola. O gestor escolar é um líder que tem a responsabilidade</p><p>de guiar e inspirar professores, funcionários e alunos em direção ao cresci-</p><p>mento e ao desenvolvimento educacional.</p><p>Ter este olhar crítico ajuda o gestor na hora de refletir sobre as mudanças</p><p>e os desafios que a sua profissão demanda, a partir da compreensão da gestão</p><p>democrática com a participação da comunidade escolar e o envolvimento nos</p><p>processos de tomada de decisões e nas perspectivas de sua prática profissional</p><p>como estratégia de gestão.</p><p>Ao conhecer os diferentes modelos de gestão escolar que surgiram ao lon-</p><p>go da história, você poderá analisar, criticamente, as abordagens utilizadas no</p><p>passado e refletir sobre suas implicações profissionais, permitindo uma maior</p><p>fundamentação sobre as práticas de gestão necessárias para a superação dos pos-</p><p>síveis desafios que ocorrerão ao longo da sua jornada como gestor.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>1. Evolução Histórica</p><p>A gestão escolar tem sido uma área em constante transformação ao longo da história.</p><p>Desde os primórdios da educação formal, as escolas foram administradas de diferentes</p><p>maneiras, refletindo as necessidades e os valores das sociedades em cada época.</p><p>No período medieval, a gestão escolar era predominantemente controlada pela Igreja, que</p><p>desempenhava um papel central na organização e no currículo das escolas. As decisões</p><p>eram tomadas por autoridades eclesiásticas, e o ensino tinha como objetivo principal a</p><p>formação religiosa.</p><p>Com o surgimento do Iluminismo e a disseminação de ideias iluministas, a gestão escolar</p><p>passou por mudanças significativas. A educação começou a ser vista como um meio de</p><p>formação do cidadão e de promoção do progresso social. Nesse período, surgiram as</p><p>primeiras escolas laicas e as primeiras tentativas de criar sistemas educacionais mais</p><p>estruturados.</p><p>No século XX, com o movimento de universalização do ensino, a gestão escolar passou</p><p>por novas mudanças. O Estado assumiu um papel mais central na administração das</p><p>escolas, estabelecendo políticas educacionais e criando órgãos de supervisão e controle.</p><p>A gestão democrática das escolas ganhou destaque com a participação da comunidade</p><p>escolar na tomada de decisões. Já no século XIX, com o avanço da industrialização e o</p><p>crescimento das cidades, novos desafios surgiram para a gestão escolar. As escolas pre-</p><p>cisaram se adaptar às demandas de uma sociedade em transformação, proporcionando</p><p>uma educação básica para um número cada vez maior de crianças. Surgiram, também,</p><p>os primeiros modelos de gestão burocrática, com a implementação de regulamentos e a</p><p>criação de cargos administrativos específicos.</p><p>Fonte: LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão da escola: teoria e prática. 4. ed. Goiânia:</p><p>Alternativa, 2001.</p><p>Quem era responsável pela gestão escolar durante o período medieval?</p><p>a) Igreja.</p><p>b) Estado.</p><p>c) Comunidade escolar.</p><p>d) Indústria.</p><p>e) Empresas.</p><p>1</p><p>8</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>2. Considerando o mesmo trecho citado na questão anterior, quais foram algumas das</p><p>mudanças na gestão escolar, durante o século XX? Analise as afirmativas a seguir:</p><p>I - Mais participação da comunidade escolar na tomada de decisões.</p><p>II - Surgimento das primeiras escolas laicas.</p><p>III - Estabelecimento de políticas educacionais pelo Estado.</p><p>IV - Implementação de regulamentos e criação de cargos administrativos específicos.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II.</p><p>d) II e III.</p><p>e) I, II e III.</p><p>3. Alguns desafios enfrentados pela gestão escolar ao longo da história</p><p>A gestão escolar enfrentou e continua enfrentando uma série de desafios ao longo da</p><p>história. Alguns dos principais são:</p><p>Acesso à educação: durante muito tempo, o acesso à educação foi restrito a determinados</p><p>grupos sociais, como à elite ou aos membros de determinadas instituições religiosas. O</p><p>desafio era, e ainda é, garantir que todos os indivíduos tenham acesso à educação de</p><p>qualidade.</p><p>Inclusão e equidade: a gestão escolar enfrenta o desafio de garantir a inclusão de todos</p><p>os alunos, independentemente de suas origens étnicas, socioeconômicas, culturais ou</p><p>de suas habilidades e necessidades especiais. A busca pela equidade tem sido uma</p><p>preocupação constante.</p><p>Gestão dos recursos: a administração eficiente dos recursos financeiros, materiais e hu-</p><p>manos sempre foi um desafio para a gestão escolar. É preciso buscar formas de otimizar</p><p>os recursos disponíveis e garantir sua aplicação adequada no processo educativo.</p><p>Atualização curricular: a gestão escolar enfrenta o desafio de acompanhar as demandas</p><p>da sociedade e as transformações no campo do conhecimento, garantindo que os currí-</p><p>culos estejam atualizados e sejam relevantes para a formação dos alunos.</p><p>1</p><p>9</p><p>VAMOS PRATICAR</p><p>Qual foi um dos principais desafios enfrentados pela gestão escolar, ao longo da história,</p><p>em relação ao acesso à educação?</p><p>a) Restrição do acesso apenas a grupos étnicos minoritários.</p><p>b) Dificuldade em garantir acesso à educação de qualidade para todos os indivíduos.</p><p>c) Limitação do acesso somente a membros de instituições religiosas.</p><p>d) Falta de recursos financeiros para disponibilizar educação gratuita.</p><p>e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1998.</p><p>FIAMENGHI, G. Motivos e Emoções. Memnon edições científicas. São Paulo: Editora, Mac-</p><p>kenzie, 2001.</p><p>LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão da escola: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Alternativa,</p><p>2001.</p><p>LIMA, L. A gestão democrática das escolas: do autogoverno à ascensão de uma pós-de-</p><p>mocracia gestionária? Educação & Sociedade, Campinas, v. 35, n. 129, p. 1067-1083, out./</p><p>dez. 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/ES0101-73302014142170. Acesso em: 18</p><p>set. 2010.</p><p>PEREIRA, R. S; SILVA, M. A da. Políticas educacionais e concepção de gestão: o que dizem os</p><p>diretores de escolas de ensino médio do Distrito Federal. Educar em Revista, Curitiba, v. 34,</p><p>n. 68, p. 137-160, mar./abr. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0104-4060.57219.</p><p>Acesso em: 18 set. 2010.</p><p>1</p><p>1</p><p>1. A. Igreja, é baseada na estrutura social e no sistema educacional que prevaleciam durante</p><p>o período medieval. Durante essa época, a Igreja Católica desempenhava um papel central</p><p>na sociedade e na educação. A educação como um serviço religioso: durante</p><p>o período</p><p>medieval, a educação era considerada uma forma de serviço religioso. As escolas, em</p><p>sua maioria, ensinavam teologia e doutrinas religiosas, e a Igreja tinha o controle sobre o</p><p>conteúdo ensinado. Por outro lado, as demais respostas são incorretas pelas seguintes</p><p>razões: tanto o Estado, como a Comunidade escolar, como a Indústria e as Empresas,</p><p>naquele momento do período medieval, ainda não eram organizados e/ou não existiam</p><p>como instituição, deixando a gestão sob o controle da Igreja.</p><p>2. C. (I e II, apenas), que corresponde às opções a) (Maior participação da comunidade escolar</p><p>na tomada de decisões) e b) (Estabelecimento de políticas educacionais pelo Estado) de-</p><p>vido ao fato de abordarem as duas principais mudanças que ocorreram na gestão escolar</p><p>durante o século XX: a participação da comunidade escolar nas decisões das escolas e</p><p>as políticas públicas inseridas como ações do Estado.</p><p>3. B. Dificuldade em garantir acesso à educação de qualidade para todos os indivíduos,</p><p>justifica-se mediante o desafio histórico e abrangente que vai além das questões étnicas,</p><p>religiosas ou financeiras, vistas de forma isoladas.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>LEGISLAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR</p><p>Explorar a legislação educacional vigente.</p><p>Refletir sobre as atualizações da legislação educacional.</p><p>Analisar as implicações legais da gestão escolar.</p><p>Verificar as estratégias de implementação da legislação educacional na</p><p>gestão escolar.</p><p>Identificar os principais desafios e conflitos enfrentados pela gestão escolar</p><p>em relação à legislação.</p><p>Investigar o papel dos conselhos escolares e demais órgãos colegiados.</p><p>Analisar as políticas públicas relacionadas à gestão escolar.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2</p><p>1</p><p>4</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A legislação desempenha um papel fundamental na gestão escolar, pois estabe-</p><p>lece as diretrizes e as normas que orientam o funcionamento das instituições</p><p>de ensino. Por meio da legislação educacional, são definidos aspectos, como a</p><p>estrutura curricular, a contratação de profissionais, as políticas de inclusão, os</p><p>direitos e os deveres dos estudantes, entre outros.</p><p>Além disso, a legislação também estabelece os órgãos responsáveis pela fisca-</p><p>lização e monitoramento das escolas, garantindo que os princípios educacionais</p><p>sejam cumpridos.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Diante desse contexto, como a legislação pode contribuir de forma efetiva para</p><p>a gestão escolar, promovendo uma educação de qualidade e inclusiva?</p><p>Ela desempenha um papel central, atuando como uma bússola que orienta e</p><p>regulamenta o funcionamento das instituições de ensino. No entanto a sua mera</p><p>existência não garante, por si só, uma gestão eficaz e uma educação de qualidade.</p><p>É necessário analisar como a legislação se insere no contexto educacional, iden-</p><p>tificando os desafios e as oportunidades que ela apresenta.</p><p>Este olhar nos leva a compreender que a legislação educacional é um refle-</p><p>xo das aspirações e dos valores de uma sociedade em relação à educação. Ela é</p><p>moldada por diferentes fatores, como demandas sociais, avanços pedagógicos e</p><p>políticas públicas. Por exemplo, a inclusão de dispositivos legais que promovem a</p><p>acessibilidade para estudantes com deficiência reflete a crescente conscientização</p><p>sobre a importância da igualdade de oportunidades na educação. No entanto a</p><p>mera existência destas leis não é suficiente para garantir uma gestão escolar eficaz.</p><p>A problematização reside no fato de que a implementação e o cumprimento dessas</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>normas, muitas vezes, enfrentam desafios significativos. Por exemplo, a falta de</p><p>recursos financeiros, a burocracia excessiva e a falta de formação adequada para</p><p>os profissionais da educação podem dificultar a aplicação das políticas de inclusão.</p><p>Para ilustrar, consideremos o caso de uma escola que, de acordo com a legis-</p><p>lação, deve fornecer suporte adequado para alunos com necessidades especiais.</p><p>No entanto, devido à falta de recursos financeiros e à falta de treinamento dos</p><p>professores, essa escola pode não ser capaz de oferecer os serviços necessários,</p><p>o que prejudica a eficácia da gestão escolar e a qualidade da educação fornecida.</p><p>Diante desse cenário, é fundamental questionar como a legislação pode</p><p>contribuir, de forma efetiva, para a gestão escolar. Uma resposta possível é a</p><p>necessidade de promover a conscientização e o comprometimento de todos os</p><p>envolvidos na educação, desde gestores escolares até professores, alunos e famí-</p><p>lias. Além disso, é importante considerar a alocação adequada de recursos e o</p><p>desenvolvimento de mecanismos de fiscalização e monitoramento que garantam</p><p>o cumprimento das normas legais.</p><p>A relação entre a legislação e a gestão escolar como eixo es-</p><p>sencial para o bom funcionamento das escolas e para a ga-</p><p>rantia de uma educação inclusiva e de qualidade são as abor-</p><p>dagens deste podcast que tem como tema a Legislação e</p><p>Gestão Escolar: construindo caminhos para uma educação de</p><p>qualidade. Vamos juntos dar o play e mergulharmos de cabeça</p><p>nas ondas da Legislação?</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>Uma gestão escolar alinhada à legislação proporciona um ambiente favorável ao</p><p>aprendizado e estimula a participação da comunidade escolar, por consequência,</p><p>promove a equidade, assegura a qualidade da educação e atua como um instru-</p><p>mento de proteção dos direitos e de ações legais.</p><p>1</p><p>1</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Os marcos legais da legislação na gestão escolar fazem parte do histórico da</p><p>evolução das ações educacionais ocorridas no país ao longo dos anos. Essa</p><p>evolução no âmbito legal nos aponta como a organização da educação foi de-</p><p>senhada em prol de ações democráticas e de respeito aos direitos.</p><p>No vídeo a que assistiremos a seguir, denominado “Marcos Históricos e Le-</p><p>gais da Gestão Escolar - 1º Episódio”, perceberemos este cenário legislativo no</p><p>período de 1920 a 1971 com as primeiras ações do tipo.</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>A legislação desempenha um papel fundamental na gestão escolar, regulando</p><p>e orientando as práticas e as responsabilidades dos profissionais da educação.</p><p>Nesse contexto, é essencial explorar a legislação vigente, compreendendo seus</p><p>princípios e suas diretrizes que moldam a organização e o funcionamento das</p><p>instituições de ensino. A análise das implicações legais da gestão escolar permite</p><p>identificar as obrigações e as responsabilidades dos gestores, bem como os limites</p><p>e as possibilidades para a tomada de decisões no contexto escolar.</p><p>Os conselhos escolares e demais órgãos colegiados desempenham um papel</p><p>relevante na gestão escolar, representando a participação da comunidade escolar</p><p>e contribuindo para a tomada de decisões coletivas. Investigar o papel desses</p><p>órgãos é fundamental para compreender como a gestão é promovida a partir do</p><p>conceito democrático e como os interesses de todos os envolvidos na comuni-</p><p>dade escolar são considerados.</p><p>A legislação na gestão escolar é fundamental para compreender como as</p><p>normas são colocadas em prática e quais os desafios encontrados nesse proces-</p><p>so, pois é importante refletir sobre a constante evolução frente às demandas e</p><p>aos desafios contemporâneos da educação, entre eles, o entendimento sobre as</p><p>políticas públicas relacionadas à gestão escolar e as diretrizes e os programas</p><p>implementados pelo Estado.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Nesse tema, você conseguirá, de forma mais abrangente, se aprofundar nas</p><p>questões da gestão escolar como elemento a favor da promoção de uma educação</p><p>de qualidade e em consonância com as exigências legais e sociais.</p><p>No 2º episódio do vídeo “Marcos Históricos e Legais da Gestão Escolar”, as-</p><p>sistiremos aos impactos ocorridos na gestão escolar, no período de 1985 até</p><p>os dias de hoje, dando ênfase aos principais fatos legislativos que fizeram as</p><p>mudanças no modo de pensar sobre a gestão dentro do ambiente educacional.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>po da gestão escolar? Pois então, a partir de agora, iniciare-</p><p>mos nossa imersão nos principais temas que desvendarão</p><p>as</p><p>particularidades da legislação na gestão escolar, como forma</p><p>de nos aprofundarmos na temática.</p><p>EM FOCO</p><p>1</p><p>8</p><p>LEGISLAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR</p><p>Legislações Educacionais em Vigor e Suas Principais Atualizações</p><p>As legislações educacionais são fundamentais para o funcionamento do sistema</p><p>educacional de um país, buscando garantir a qualidade e o acesso à educação</p><p>para todos os cidadãos.</p><p>No Brasil, as principais legislações em vigor e suas atualizações mais relevantes</p><p>tiveram suas trajetórias iniciadas a partir do mais importante marco legal, a Cons-</p><p>tituição Brasileira. A Constituição Federal (BRASIL, 1988, on-line) estabelece as</p><p>bases para o direito à educação no Brasil, determinando que é dever do Estado</p><p>garantir o acesso à educação, com igualdade de condições para todos. Além disso,</p><p>estabelece que a educação é um direito social, assegurando a sua universalização.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Este patamar legal originou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional</p><p>(LDB), regida sob o nº 9.394 (BRASIL, 1996, on-line) como referência na legisla-</p><p>ção educacional brasileira. A LDB estabelece as diretrizes e as bases da educação</p><p>nacional, abrangendo desde a Educação Infantil até o Ensino Superior e, ainda,</p><p>os princípios, como a igualdade de condições para o acesso e a permanência na</p><p>escola, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a</p><p>pluralidade de ideias e de concepções pedagógicas, entre outros.</p><p>Com a reformulação da LDB, a questão da inclusão passou a ser foco nas dis-</p><p>cussões educacionais e incentivaram o lançamento do Decreto nº 7.611 (BRASIL,</p><p>2011a, on-line), que regulamentava o atendimento educacional especializado e</p><p>que consistia na oferta dos serviços, dos recursos e das estratégias pedagógicas</p><p>para a inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvi-</p><p>mento e altas habilidades/superdotação.</p><p>Já no contexto do Ensino Superior, é importante mencionar a Lei de Acesso</p><p>à Informação - Lei nº 12.527 (BRASIL, 2011b, on-line), e a Lei de Cotas (Lei nº</p><p>12.711 (BRASIL, 2012, on-line), que por conseguinte, nos anos de 2011 e 2012,</p><p>tinham a missão de atualizar e promover o Ensino Superior e a inclusão e a</p><p>igualdade de oportunidades nesse ensino, em que a primeira assegura o direito</p><p>de acesso à informação sobre as instituições de Ensino Superior, permitindo</p><p>que os estudantes tenham acesso a dados e a informações relevantes para tomar</p><p>decisões educacionais; e a segunda, garantir as cotas raciais no acesso ao Ensino</p><p>Superior, estabelecendo um percentual mínimo de vagas reservadas para estu-</p><p>dantes negros, pardos e indígenas.</p><p>Outra legislação importante é o Plano Nacional de Educação (PNE), que foi</p><p>instituído pela Lei nº 13.005 (BRASIL, 2014a, on-line). O PNE estabelece metas</p><p>e estratégias para o desenvolvimento da educação no país em um período de dez</p><p>anos. Ele abordou temas, como a ampliação do acesso à educação, a melhoria da</p><p>qualidade do ensino, a formação de professores, a valorização dos profissionais</p><p>da educação, entre outros aspectos. O Plano buscou promover a equidade e a</p><p>inclusão, garantindo a todos os brasileiros o direito a uma educação de qualidade.</p><p>Um aspecto relevante é a valorização dos profissionais da educação. O Plano</p><p>Nacional de Educação (PNE) estabelece metas e</p><p>estratégias para a valorização dos profissionais</p><p>da educação, incluindo ações, como a formação</p><p>inicial e continuada, a melhoria das condições de</p><p>Valorização dos</p><p>profissionais da</p><p>educação</p><p>4</p><p>1</p><p>trabalho, a adequação do piso salarial e a valorização da carreira docente. Estas</p><p>medidas são fundamentais para atrair e manter profissionais qualificados, pro-</p><p>movendo a qualidade da educação.</p><p>Seguindo a linha evolutiva das legislações, não podemos esquecer da Lei de</p><p>Responsabilidade Educacional (Lei nº 13.005 (BRASIL, 2014a, on-line), que es-</p><p>tabelece as diretrizes para a responsabilidade das instituições de ensino superior</p><p>na oferta de cursos e programas de qualidade, garantindo a proteção dos direitos</p><p>dos estudantes e a qualidade do ensino.</p><p>Além das legislações mencionadas anteriormente, outras legislações foram</p><p>criadas e/ou atualizadas em prol de relevantes avanços nas políticas educacionais</p><p>brasileiras. Como exemplo, podemos citar a legislação específica voltada para</p><p>a garantia do acesso e da permanência das pessoas com deficiência nas escolas</p><p>regulares. Essa legislação é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiên-</p><p>cia - Lei nº 13.146 (BRASIL, 2015, on-line), que estabelece as diretrizes para a</p><p>promoção da inclusão em todos os níveis de ensino.</p><p>Outra importante atualização na legislação educacional foi a aprovação da Base</p><p>Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2017. A BNCC (BRASIL, 2017, on-li-</p><p>ne), estabelece os conhecimentos, as competências e as habilidades que todos os</p><p>estudantes têm o direito de desenvolver ao longo da escolaridade básica. Ela define</p><p>os objetivos de aprendizagem para cada etapa da educação básica e orienta a ela-</p><p>boração dos currículos nas redes de ensino. A BNCC visa assegurar uma educação</p><p>de qualidade, com equidade e alinhada com os desafios do século XXI.</p><p>Outro avanço legal de suma importância foi a respeito da formação de profes-</p><p>sores, em que o Ministério da Educação (MEC) aprovou, em 2021, as novas Dire-</p><p>trizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores da Educação</p><p>Básica. Essas diretrizes buscam fortalecer a formação dos futuros professores,</p><p>com foco na valorização da docência, na interdisciplinaridade, no uso de tec-</p><p>nologias educacionais e no desenvolvimento de competências socioemocionais.</p><p>É importante mencionar que, em 2022, a Lei de Cotas - Lei nº 12.711 (BRA-</p><p>SIL, 2012, on-line) foi atualizada e ampliada em termos de abrangência, ou seja,</p><p>as garantias dos direitos foram alargadas bem como o alcance de acesso às cotas</p><p>raciais no Ensino Superior, passando a estabelecer um percentual mínimo de</p><p>vagas reservadas para estudantes negros, pardos e indígenas, em todas as uni-</p><p>versidades federais, os institutos federais e as instituições estaduais de ensino.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Nesta breve linha do tempo, percebemos que, com a evolução das legislações</p><p>educacionais vigentes no Brasil, podemos perceber que as legislações e suas atua-</p><p>lizações abrangem aspectos, como a base curricular, a inclusão, a valorização dos</p><p>profissionais da educação, o acesso à informação e a formação de professores.</p><p>Apesar de existirem legislações que estabelecem percentuais mínimos de in-</p><p>vestimento na educação, ainda é necessário um esforço contínuo para garantir</p><p>recursos adequados e bem direcionados, visando à melhoria da infraestrutura</p><p>escolar, à valorização dos profissionais e ao desenvolvimento de programas edu-</p><p>cacionais de qualidade.</p><p>Vale destacar que as legislações educacionais estão em constante evolução e</p><p>podem sofrer atualizações para se adaptarem aos desafios e às demandas da socie-</p><p>dade. É importante acompanhar estas mudanças para compreender as diretrizes e</p><p>as políticas educacionais em vigor e contribuir para a melhoria da educação no país.</p><p>Implicações Legais da Gestão Escolar</p><p>As implicações legais da gestão escolar são um aspecto crucial no contexto</p><p>educacional atual. A administração eficiente e responsável de uma instituição de</p><p>ensino não se limita apenas à gestão acadêmica e pedagógica, mas também inclui</p><p>uma atenção meticulosa às questões legais e jurídicas que envolvem a escola.</p><p>Nesse sentido, diversos autores têm abordado esta temática, fornecendo uma base</p><p>sólida para a compreensão das implicações legais que permeiam a gestão escolar.</p><p>4</p><p>1</p><p>Um dos autores que se destaca neste contexto é Celso Antônio Bandeira de</p><p>Mello, principalmente em sua obra Curso de Direito Administrativo, onde ele</p><p>explora os fundamentos legais da administração pública e fornece um arcabouço</p><p>teórico para a compreensão das implicações jurídicas da gestão escolar, sendo</p><p>essencial para a compreensão das normas e dos princípios que regem a admi-</p><p>nistração</p><p>educacional.</p><p>Com maestria, o autor oferece uma análise aprofundada das implicações</p><p>jurídicas da gestão escolar e explora a relação entre o Direito Administrativo e a</p><p>administração das instituições de ensino, destacando os princípios e as normas</p><p>que regem esta atividade fundamental para o desenvolvimento da educação.</p><p>Mello (2021) reconhece a gestão escolar como um processo complexo e abran-</p><p>gente, que vai além do simples ato de administrar. Ela envolve questões de planeja-</p><p>mento estratégico, alocação de recursos, contratação de pessoal, implementação de</p><p>políticas pedagógicas e prestação de contas. O autor destaca, ainda, a importância</p><p>da autonomia administrativa e pedagógica das escolas, ressaltando sua relevância</p><p>para a melhoria da qualidade do ensino. Ele aborda também a responsabilidade dos</p><p>gestores escolares no cumprimento das normas legais, bem como a necessidade de</p><p>prestação de contas e transparência na gestão dos recursos públicos.</p><p>Outro ponto relevante explorado pelo autor é a relação entre a gestão escolar</p><p>e os órgãos de controle e fiscalização, as prerrogativas e os limites desses órgãos,</p><p>buscando uma compreensão equilibrada que garanta a efetividade da gestão</p><p>escolar sem ferir os princípios do Estado de Direito.</p><p>"O Direito Administrativo é, em suma, a disciplina do poder e da li-</p><p>berdade administrativos, do poder porque a Administração Pública</p><p>é a principal instituição onde se concentra a manifestação do poder</p><p>estatal e, daí, a necessidade de se controlar sua atividade, e da liber-</p><p>dade porque, na esfera administrativa, é onde se encontra a maior</p><p>margem de discricionariedade do agente público" (MELLO, 2021).</p><p>Em outras palavras, no contexto da gestão escolar, isso se traduz na autoridade e</p><p>na responsabilidade das instituições públicas de ensino em fornecer uma educação</p><p>de qualidade, equitativa e acessível a todos os cidadãos. Essas instituições devem</p><p>ir em busca pela exigência da criação de políticas, regulamentos e diretrizes, em</p><p>prol da distribuição de recursos e da implementação de programas educacionais.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Estratégias de Implementação da Legislação Educacional</p><p>na Gestão Escolar</p><p>A implementação efetiva da legislação educacional desempenha um papel funda-</p><p>mental na gestão escolar e na busca pela melhoria da qualidade da educação. No</p><p>contexto brasileiro, existem várias leis educacionais que são essenciais para garantir</p><p>o acesso universal à educação e promover a igualdade de oportunidades. Nesta</p><p>etapa, discutiremos as estratégias para a implementação dessas leis, destacando as</p><p>principais e a relação com a gestão da educação.</p><p>Uma das principais leis educacionais no Brasil é a Lei de Diretrizes e Bases da</p><p>Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394 (BRASIL, 1996, on-line), que estabelece</p><p>as diretrizes e bases da educação nacional. Para implementar a LDB, de forma</p><p>eficaz, é essencial que as escolas elaborem seus projetos político-pedagógicos</p><p>(PPP) de acordo com as orientações e os princípios da lei. O PPP deve refletir</p><p>a realidade da escola, suas necessidades e seus desafios e estabelecer metas e</p><p>estratégias para a melhoria da qualidade do ensino.</p><p>Outra lei importante é o Plano Nacional de Educação (PNE) Lei nº 13.005</p><p>(BRASIL, 2014a, on-line), que estabelece metas e estratégias para o desenvol-</p><p>vimento da educação no país. A implementação do PNE requer a participação</p><p>ativa dos gestores escolares na definição de ações e na mobilização de recursos</p><p>para alcançar as metas estabelecidas. É necessário estabelecer mecanismos de</p><p>acompanhamento e avaliação contínua do plano, a fim de verificar seu progresso</p><p>e fazer ajustes quando necessário.</p><p>Além disso, a implementação da legislação educacional requer o cumpri-</p><p>mento das normas relativas à gestão escolar, incluindo a promoção da gestão</p><p>democrática. É fundamental garantir a participação de todos os membros da</p><p>comunidade escolar - diretores, professores, funcionários, pais e estudantes - na</p><p>tomada de decisões e na definição das políticas educacionais. A formação conti-</p><p>nuada dos gestores escolares e a capacitação dos demais envolvidos na comuni-</p><p>dade escolar também são estratégias importantes para garantir uma gestão eficaz.</p><p>As Legislações que regem a questão da Inclusão da Pessoa com Deficiência,</p><p>também são exemplos de legislações relevantes, que buscam assegurar o acesso e</p><p>a participação plena e efetiva dos estudantes com deficiência nas escolas regulares.</p><p>4</p><p>4</p><p>Para implementar esta lei, é necessário promover adaptações estruturais nas</p><p>escolas, oferecer recursos pedagógicos e tecnológicos adequados, capacitar os</p><p>professores para o atendimento às necessidades específicas dos alunos com de-</p><p>ficiência e fomentar uma cultura inclusiva dentro da escola.</p><p>Todas estas Leis, e ainda outras, são instrumentos fundamentais dentro da es-</p><p>tratégia de alinhamento entre a legislação educacional e as práticas pedagógicas</p><p>da escola. Os gestores escolares devem garantir que as diretrizes e as orientações</p><p>estabelecidas pelas leis sejam incorporadas no currículo escolar, nos métodos de</p><p>ensino, nas avaliações e nas práticas de gestão. Isso implica promover a formação</p><p>e a capacitação dos professores para que estejam familiarizados com a legislação</p><p>e possam aplicá-la, de forma coerente, em sua prática pedagógica.</p><p>Outro aspecto importante é o monitoramento e a avaliação da implementa-</p><p>ção da legislação educacional. Os gestores escolares devem estabelecer indicadores</p><p>e mecanismos de acompanhamento para avaliar o progresso na implementação</p><p>das leis e identificar possíveis desafios e áreas que precisam de melhorias. Esta</p><p>avaliação contínua permite que ajustes sejam feitos ao longo do tempo, garantindo</p><p>uma implementação mais eficaz e um impacto positivo na qualidade da educação.</p><p>A parceria com a comunidade escolar também é uma estratégia relevante. Os</p><p>gestores devem envolver os pais, responsáveis e demais membros da comunidade</p><p>no processo de implementação da legislação educacional. Isso pode ser feito por</p><p>meio de reuniões, assembleias, conselhos escolares e outras formas de partici-</p><p>pação ativa. Ao envolver a comunidade, é possível obter diferentes perspectivas,</p><p>identificar necessidades específicas e criar um ambiente de apoio mútuo em prol</p><p>do cumprimento da legislação e da melhoria da educação.</p><p>A utilização de recursos e a busca por parcerias também são estratégias rele-</p><p>vantes para implementar a legislação educacional. Os gestores escolares devem</p><p>buscar recursos financeiros e materiais para garantir a adequação das instalações</p><p>físicas, a disponibilidade de recursos didáticos e tecnológicos, bem como o aces-</p><p>so a programas e projetos educacionais. Além disso, parcerias com instituições</p><p>governamentais, organizações não governamentais e outros atores da sociedade</p><p>civil podem fortalecer a implementação da legislação, compartilhando experiên-</p><p>cias, conhecimentos e recursos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>A formação e a capacitação dos gestores escolares também são fundamentais</p><p>para uma implementação efetiva da legislação educacional. Os gestores devem se</p><p>manter atualizados sobre as leis, regulamentos e diretrizes educacionais, partici-</p><p>par de cursos, seminários e programas de formação continuada. Esta formação</p><p>permitirá que os gestores compreendam melhor os princípios e os fundamentos</p><p>da legislação, além de desenvolverem habilidades de liderança, gestão de equipes e</p><p>resolução de problemas, que são essenciais para uma gestão escolar eficaz.</p><p>Por fim, a implementação da legislação educacional também requer o forta-</p><p>lecimento da articulação entre as esferas governamentais, como Ministério da</p><p>Educação, Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. É necessário estabele-</p><p>cer canais de comunicação eficientes e mecanismos de cooperação para garantir</p><p>a efetivação das políticas educacionais em todas as esferas.</p><p>Principais Desafios e Conflitos da Gestão Escolar em Relação</p><p>à Legislação</p><p>Um dos principais desafios da gestão escolar em relação à legislação</p><p>é lidar com a</p><p>complexidade e amplitude das leis educacionais. O sistema legal educacional é com-</p><p>posto por uma variedade de leis, normas e regulamentos, o que pode tornar difícil</p><p>para os gestores escolares compreenderem e aplicarem corretamente todas as diretri-</p><p>zes. Dessa forma, os gestores precisam buscar conhecimento e atualização constante</p><p>sobre a legislação educacional para garantir a sua adequada implementação.</p><p>Outro desafio enfrentado pela gestão escolar é a falta de recursos adequados</p><p>para a implementação da legislação educacional. Muitas leis estabelecem direi-</p><p>tos e responsabilidades, mas não são acompanhadas dos recursos financeiros</p><p>e materiais necessários para sua efetivação. Isso coloca os gestores em conflito,</p><p>pois eles precisam buscar alternativas para cumprir as exigências legais, mesmo</p><p>diante de limitações orçamentárias.</p><p>Além disso, a gestão escolar enfrenta desafios relacionados à interpretação e</p><p>aplicação da legislação educacional. A legislação muitas vezes é aberta a diferen-</p><p>tes interpretações, o que pode gerar conflitos de entendimento e divergências na</p><p>sua implementação. Os gestores escolares precisam estar preparados para lidar</p><p>com essas situações, buscando orientação jurídica adequada e promovendo ações</p><p>de capacitação pessoal e dos profissionais envolvidos em sua equipe de gestão.</p><p>4</p><p>1</p><p>Em síntese, a gestão escolar enfrenta inúmeros desafios e conflitos, que vão desde</p><p>a relação com a legislação educacional, a complexidade das leis, a falta de recursos</p><p>adequados até a interpretação e aplicação das normas, perpassando pela falta de polí-</p><p>ticas públicas mais condizentes e concretas, que contemplem não apenas os aspectos</p><p>técnicos da gestão, mas também os princípios educacionais que as fundamentam.</p><p>“As políticas públicas, acompanhando as mudanças ocorridas na ges-</p><p>tão empresarial, passam a implementar as reformas administrativas</p><p>do setor educacional com base nos novos paradigmas e conferem ao</p><p>administrador escolar uma importância estratégica. A descentrali-</p><p>zação operacional aumentou as responsabilidades da escola, levan-</p><p>do seu gestor a se defrontar com novos desafios e a assumir o novo</p><p>papel de coordenar a ação dos diferentes componentes do sistema</p><p>educacional na tomada de decisões conjuntas, a estimular o trabalho</p><p>em equipe e as dinâmicas de trabalho identificadas por cada escola e</p><p>resolver seus problemas de forma autônoma, para melhorar as con-</p><p>dições da escola, especialmente materiais. Ele torna-se o elemento</p><p>central e fundamental para o encaminhamento do processo partici-</p><p>pativo no interior da escola e para sua integração com a comunidade”.</p><p>(CARVALHO, 2005)</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Enfim, diante das transformações na gestão e nas políticas públicas do setor edu-</p><p>cacional, o papel do administrador escolar a cada dia se torna mais importan-</p><p>te, considerando principalmente o fato de que a descentralização das decisões</p><p>trouxe consigo um aumento nas responsabilidades da escola, desafiando o gestor</p><p>a lidar com novos desafios e a assumir o papel de coordenador das diferentes</p><p>componentes do sistema educacional. Nessa posição,</p><p>é crucial estimular o trabalho em equipe, promover</p><p>dinâmicas de trabalho identificadas por cada escola</p><p>e resolver problemas autonomamente, buscando me-</p><p>lhorar as condições materiais da instituição. O gestor</p><p>escolar passa a ser o elemento central para o estabelecimento de um processo</p><p>participativo interno na escola, além de buscar sua integração com a comunidade.</p><p>No entanto, em meio a esses desafios, é importante destacar que a gestão escolar</p><p>também enfrenta conflitos e desafios relacionados à legislação. O cumprimento</p><p>das normas e regulamentações, a interpretação dos direitos e deveres educacio-</p><p>nais e a conciliação entre as demandas legais e as necessidades da escola podem</p><p>representar obstáculos para os gestores escolares. Nesse contexto, a capacitação</p><p>e o conhecimento sobre a legislação educacional se tornam fundamentais para</p><p>que o gestor possa atuar de forma eficiente, equilibrando as exigências legais</p><p>com as demandas da comunidade escolar e garantindo uma gestão educacional</p><p>adequada e em conformidade com a legislação vigente.</p><p>Papel dos Conselhos Escolares e Demais Órgãos Colegiados</p><p>Que a gestão escolar desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e</p><p>na qualidade da educação, nós já sabemos. Porém, dentro desse contexto, os con-</p><p>selhos escolares e demais órgãos colegiados desempenham um papel importante</p><p>na tomada de decisões e no envolvimento da comunidade escolar nas questões</p><p>relacionadas à administração e ao funcionamento da escola. Vamos ver aqui a</p><p>temática da gestão escolar sua relação com o papel dos conselhos escolares e</p><p>demais órgãos colegiados.</p><p>Os conselhos escolares são órgãos colegiados compostos por representantes</p><p>de diversos segmentos da comunidade escolar, como professores, pais, alunos</p><p>e funcionários. Sua principal função é contribuir para a gestão democrática da</p><p>Nessa posição, é</p><p>crucial estimular o</p><p>trabalho em equipe</p><p>4</p><p>8</p><p>escola, promovendo a participação de todos os envolvidos no processo educativo.</p><p>Eles desempenham um papel importante na promoção da gestão participativa</p><p>e na democratização das decisões educacionais, proporcionando um espaço</p><p>para que diferentes perspectivas e interesses sejam representados e levados em</p><p>consideração na formulação de políticas e na implementação de ações na escola.</p><p>Um dos principais benefícios dos conselhos escolares é a criação de um am-</p><p>biente de diálogo e construção coletiva, onde todos os envolvidos podem expres-</p><p>sar suas opiniões, propor ideias e contribuir para a melhoria da escola.</p><p>A participação ativa dos membros dos conselhos, incluindo pais, alunos,</p><p>professores e funcionários, fortalece os vínculos entre a escola e a comunidade,</p><p>promovendo um sentimento de pertencimento e engajamento.</p><p>Além disso, os conselhos escolares funcionam como um mecanismo de con-</p><p>trole social, assegurando a transparência e a prestação de contas na gestão escolar.</p><p>Ao acompanhar e fiscalizar o uso dos recursos financeiros, a implementação das</p><p>políticas educacionais e a qualidade do ensino, esses órgãos contribuem para a</p><p>eficiência e a efetividade das ações desenvolvidas pela escola.</p><p>Outra importante função dos conselhos escolares é a promoção da participa-</p><p>ção dos estudantes. Por meio de representantes eleitos pelos alunos, os conselhos</p><p>oferecem a oportunidade para que eles expressem suas opiniões, apresentem de-</p><p>mandas e se envolvam ativamente nas questões que afetam diretamente seu coti-</p><p>diano escolar. Isso contribui para o desenvolvimento de habilidades de liderança,</p><p>autonomia e responsabilidade, além de fortalecer o protagonismo estudantil.</p><p>Os conselhos escolares desempenham diversas atribuições, tais como a elabo-</p><p>ração e aprovação do projeto político-pedagógico da escola, a definição de critéri-</p><p>os para a utilização dos recursos financeiros, a análise e avaliação do desempenho</p><p>escolar, entre outras. Por meio dessas atribuições, os conselhos escolares têm o</p><p>poder de influenciar diretamente a gestão e o direcionamento da escola, assegu-</p><p>rando a transparência e a participação de todos os atores envolvidos.</p><p>Além dos conselhos escolares, outros órgãos colegiados, como o Grêmio Es-</p><p>tudantil, têm um papel relevante na gestão escolar. O Grêmio é uma entidade</p><p>representativa dos alunos, que atua de forma independente, buscando a defesa dos</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>interesses dos estudantes e a promoção de atividades culturais, esportivas e sociais</p><p>na escola. A participação ativa dos estudantes no Grêmio contribui para a forma-</p><p>ção de líderes e para a construção de uma cultura de participação e engajamento.</p><p>Outro exemplo de órgão colegiado que também desempenha um papel</p><p>importante na gestão escolar é o Conselho de Classe, que reúne professores,</p><p>coordenadores pedagógicos e direção para discutir e avaliar o desempenho dos</p><p>alunos. Esta instância de diálogo e reflexão possibilita a tomada de decisões con-</p>