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<p>ANSEIOS, PERTUBAÇÕES E TEMORES.</p><p>A Psicanalise é a terapia que acolhe os</p><p>Curso de psicanálise</p><p>Integrativa</p><p>Mini - ebook</p><p>Freud</p><p>MÓDULO 3 - LIBIDO, PULSÕES E SEXUALIDADE</p><p>INCONSCIENTE</p><p>PORTAS DO INCONSCIENTES</p><p>LIBIDO (DESEJO/ PRAZER)</p><p>PULSÃO DE VIDA</p><p>PULSÃO DE MORTE</p><p>FASES PSICOSSEXUAIS</p><p>Associação livre</p><p>Interpretando sonhos</p><p>Desejos</p><p>Medos</p><p>Analisando o significado das palavras</p><p>Observando hábitos recorrentes</p><p>Chistes</p><p>Condensação</p><p>Deslocamento</p><p>Sentido duplo</p><p>Uso das mesmas expressões</p><p>Retrucar</p><p>Representação antinômica.</p><p>INCONSCIENTE</p><p>Foi difícil para muitos entender o conceito de inconsciente</p><p>assim que Freud passou a estudá-lo. A própria ideia de como</p><p>poderíamos ter consciência dele foi posta em questão, visto</p><p>que não sabiam como encontrá-lo. Para esclarecer isso,</p><p>confira sete modos de como acessar o inconsciente.</p><p>PORTAS DO INCONSCIENTE</p><p>Índice de Conteúdos</p><p>Lapsos</p><p>Analisando a cultura</p><p>Considerações finais sobre como acessar o</p><p>inconsciente</p><p>Associação livre</p><p>O método de associação livre foi uma das primeiras</p><p>abordagens realizadas por Freud em consultório. Em</p><p>suma, se trata de deixar que o paciente fale tudo aquilo</p><p>que vier em sua mente. Foi daqui aliás que surgiu a cura</p><p>pela fala, algo inovador numa época de tratamentos tão</p><p>invasivos.</p><p>A associação livre permite que o paciente caminhe</p><p>lentamente em direção à sua própria inconsciência.</p><p>Embora não perceba, esta continua a ser moldada pela</p><p>forma como este vive. Não apenas acumula, como</p><p>também transforma, fratura e devolve.</p><p>A associação livre é uma forma de como acessar o</p><p>inconsciente de modo mais amplo. Neste ponto, cabe ao</p><p>psicanalista fazer associações para interpretar</p><p>corretamente o paciente.</p><p>Interpretando sonhos</p><p>Os sonhos são outras formas de acessar o</p><p>inconsciente do analisado. Apesar de parecerem</p><p>desconexos, é justamente essa natureza pouco linear</p><p>que encobre a real necessidade do indivíduo. Por</p><p>meio deles é possível decifrar, dentre outras coisas:</p><p>Desejos</p><p>Tudo aquilo que não projetamos no mundo acaba por</p><p>retornar a nós mesmos. Os desejos inclusive podem</p><p>ser o gatilho a manifestações neuróticas caso sejam</p><p>reprimidos com muita frequência.</p><p>Medos</p><p>Nossos medos também acabam revelando aspectos do</p><p>inconsciente através dos sonhos. É possível notar que</p><p>tudo está ligado com coisas que interiorizamos e</p><p>guardamos na parte mais funda da nossa essência.</p><p>Analisando o significado das palavras</p><p>A forma de falar, uso das palavras e os tons são outras</p><p>formas de como acessar o inconsciente. Tudo faz parte</p><p>do nosso ser, de modo que se conecte em uma reação</p><p>em cadeia. Basicamente, o que dizemos e como dizemos</p><p>está conectado com o momento em que vivemos e o que</p><p>guardamos.</p><p>Por exemplo, pense em alguém que se comunica de</p><p>forma vaga, indireta e um pouco sem sentido.</p><p>Certamente este experimenta uma sensação de vazio,</p><p>de não pertencimento e deslocamento. Suas palavras</p><p>correspondem exatamente ao que ele vive, ainda que</p><p>não tenha consciência disto.</p><p>É preciso que se faça um acompanhamento com um</p><p>profissional qualificado para isso a fim de ter um</p><p>diagnóstico completo. Por vezes, a má interpretação</p><p>pode levar a situações embaraçosas e constrangedoras.</p><p>Observando hábitos recorrentes</p><p>Uma outra forma de ter acesso ao inconsciente é por meio da</p><p>observação de nossos costumes diários. Você nunca se</p><p>perguntou por que tomar algumas medidas que acabam por</p><p>te prejudicar? O segredo se encontra no mecanismo de</p><p>repetição contido em seu inconsciente.</p><p>Por exemplo, por que uma pessoa sempre se envolve com</p><p>pessoas com o mesmo comportamento destrutivo? A resposta</p><p>para isso deve estar contida em seu passado, mais</p><p>especificamente em uma figura humana. Inconscientemente,</p><p>ela se envolve com este tipo porque a faz lembrar de alguém</p><p>que marcou a sua vida.</p><p>É cabível ressaltar que tais relações não entram na questão</p><p>do merecimento ou não. Ao contrário do que dizem, não</p><p>temos a relação que acreditamos achar que merecemos.</p><p>Relacionamentos são feitos de muitas camadas e ambos</p><p>estão envolvidos nisso.</p><p>Chistes</p><p>Outra forma de interpretar o inconsciente é através dos</p><p>chistes, uma forma inteligente de refletir a realidade. Esse tipo</p><p>de reflexão inocente e/ou maldosa expõe a construção interna</p><p>de cada indivíduo. Contudo, por mais simples que pareça, se</p><p>divide em seis técnicas diferentes:</p><p>Condensação</p><p>Quando unimos dois conceitos em apenas uma ideia e que gera</p><p>um sentido engraçado. A exemplo, quando alguém pede que</p><p>pare de beber, mas você responde que é especialista nisso e já</p><p>parou 5 vezes.</p><p>Deslocamento</p><p>Quando se transfere o sentido de algo para outro lugar. Por</p><p>exemplo, “apêndice da aliança” quer dizer que um dos</p><p>cônjuges no casamento não serve para nada. Na medicina, não</p><p>se sabe ao certo a função do apêndice no corpo.</p><p>Sentido duplo</p><p>Quando as palavras usadas possuem mais de um sentido.</p><p>“Maria foi atrás do ônibus correndo”. Era o ônibus que estava</p><p>em alta velocidade ou a Maria?</p><p>Uso das mesmas expressões</p><p>Basicamente você usa as mesmas palavras para que consiga</p><p>um novo significado.</p><p>“O cego perguntou ao cadeirante como este estava. Por sua</p><p>vez, o cadeirante responde “Como você está vendo”.</p><p>Retrucar</p><p>Mostra-se como um jogo de palavras em que algumas</p><p>expressões fazem referências mútuas.</p><p>Representação antinômica.</p><p>Por fim, é quando uma afirmação é negada logo em seguida.</p><p>“Eu não acredito em fantasmas e nem me assusto com eles”.</p><p>Analisando a cultura</p><p>Encerrando alguns dos caminhos de como acessar o</p><p>inconsciente, a cultura é uma manifestação coletiva da nossa</p><p>essência. Toda a sua estrutura é construída com base no que</p><p>acreditamos e tememos conscientemente ou não. Por isso que</p><p>muitas premissas e ideologias se mostram tão confusas ou</p><p>infundadas.</p><p>A cultura se transforma com o tempo, refletindo os nossos</p><p>valores em determinada época. Nota-se que isso é um</p><p>movimento coletivo, onde cada um de nós se identifica com</p><p>determinada ideia e a engloba. Por exemplo, antigamente as</p><p>relações poliamorosas não eram tão populares, algo bastante</p><p>comum atualmente.</p><p>A cultura engloba não só a música ou qualquer segmento</p><p>artístico. Também fala a respeito da linguagem,</p><p>comportamento, forma de pensar e agir em um ambiente</p><p>social. Isso é um excelente modo de acessar o inconsciente</p><p>humano.</p><p>Considerações finais sobre como acessar o</p><p>inconsciente</p><p>Entender como acessar o inconsciente é uma forma de</p><p>chegar a um esclarecimento sobre nós mesmos. Há muito</p><p>ainda que precisa ser observado, de modo que uma</p><p>revisitação contínua precise ser feita. Já que mudamos,</p><p>nosso olhar sobre nós mesmos também precisa evoluir.</p><p>Leia Também: Lado Oculto da Mente: Entenda o que é o</p><p>Inconsciente.</p><p>É preferível ressaltar que não temos como delimitar</p><p>inicialmente quantos modos existem de acessar o</p><p>inconsciente. A todo o momento sua estrutura oculta</p><p>continua a transbordar e influenciar nossas vidas. Já que é</p><p>parte inerente de nossa estrutura, tem total liberdade para</p><p>caminhar ao mundo externo de forma paralela e conectada.</p><p>LIBIDO (DESEJO/ PRAZER)</p><p>A sexualidade não é a libido. Quando Freud se refere aos</p><p>fenômenos observáveis relativos à vida sexual (seja no seu</p><p>sentido estrito, seja no expandido, mais adequado à</p><p>psicanálise), ele está apoiado em dados passíveis de</p><p>comprovação empírica. Mas, ao dizer libido, Freud associa</p><p>esse mesmo conjunto de fatos empíricos a uma suposta</p><p>energia psíquica: a energia das pulsões sexuais. Pretendo</p><p>mostrar que, para Freud, a libido não corresponde a um</p><p>conceito do qual se espera uma referência empírica</p><p>objetiva, mas sim uma especulação teórica, de valor</p><p>apenas heurístico, ou seja, útil para explicar determinados</p><p>fatos psíquicos</p><p>LIBIDO</p><p>► Libido é a fonte original de energia afetiva que mobiliza</p><p>o organismo na</p><p>perseguição de seus objetivos.</p><p>► A Libido sofre progressivas organizações durante o</p><p>desenvolvimento em torno de zonas erógenas corporais.</p><p>► Uma fase de desenvolvimento é uma organização da</p><p>libido em torno de um zona erógena, dando uma fantasia</p><p>básica e um tipo</p><p>de relação de objeto.</p><p>► A libido é uma energia voltada para a obtenção de</p><p>prazer.</p><p>PULSÃO</p><p>Sigmund Freud descreve a pulsão como um conceito "situado na</p><p>fronteira entre o mental e o somático, como o representante</p><p>psíquico dos estímulos que se originam no corpo - dentro do</p><p>organismo - e alcança a mente, como uma medida da exigência</p><p>feita à mente no sentido de trabalhar em conseqüência de sua</p><p>ligação com o corpo".</p><p>Para ele, não existe um caminho natural para a sexualidade</p><p>humana, onde uma única maneira é passível de satisfazer o</p><p>desejo, o que acaba por atribuir ao ser humano a sina de estar</p><p>constantemente insatisfeito com ele. E é diante disso que Freud</p><p>se refere a pulsão sexual (trieb) e não em instinto (instinkt), que</p><p>é um padrão de comportamento, hereditariamente fixado e com</p><p>um objeto delimitado, enquanto a Trieb não implica em</p><p>comportamento pré-formado e nem tão pouco em objeto</p><p>específico.</p><p>Lacan sublinha em Escritos que "a pulsão, tal como é construída</p><p>por Freud a partir da experiência do inconsciente, proíbe ao</p><p>pensamento psicologizante esse recurso ao instinto com ele</p><p>mascara sua ignorância, através de uma suposição de uma</p><p>moral na natureza" (Lacan, 1998, p.865).</p><p>Já no O Inconsciente, Freud destaca que a antítese entre</p><p>consciente e inconsciente não se deposita nas pulsões; isso</p><p>se ela não se prendeu a uma ideia ou não manifestou como</p><p>um estado afetivo, não será possível saber nada sobre ela.</p><p>"A pulsão nunca se dá por si mesma, nem a nível</p><p>consciente, nem a nível inconsciente; ela só é conhecida</p><p>pelos seus representantes: o representante ideativo</p><p>(vorstellung) e o afeto (affekt)".</p><p>O termo pulsão é um dos mais polêmicos na obra</p><p>Freudiana. A extensa gama de significados e conotações do</p><p>termo em alemão aumenta a polêmica. Há séculos, era</p><p>empregado na linguagem corrente, bem como nas</p><p>linguagens comercial, religiosa, científica, e filosófica.</p><p>A pulsão (trieb) pode tanto assumir a forma de um</p><p>“instinto” quanto de um “querer”, enquanto base não-</p><p>volitiva e categórica. Situa-se, pois, anteriormente a</p><p>ambos. É algo genérico e impessoal, maior que o sujeito</p><p>isolado, algo atemporal. A pulsão simplesmente existe; tal</p><p>qual o “impulso de respirar”, ele é a “base do próprio</p><p>querer”, a base a partir da qual se gera a necessidade, a</p><p>ânsia, a vontade, o querer e o desejo. Não é de imediato</p><p>percebido como torturante ou desagradável, torna-se</p><p>torturante se não o realizarmos – por exemplo, não</p><p>respirar, não comer.</p><p>A pulsão é um processo dinâmico, que impulsiona o</p><p>organismo em direção a uma meta, o equilíbrio do estado</p><p>de tensão na fonte pulsional. O termo pulsão só aparece na</p><p>obra Freudiana em 1905, mas desde o projeto de 1895,</p><p>Freud já coloca a idéia de excitações externas e internas,</p><p>às quais deveriam ser descarregadas assim que abalassem</p><p>o princípio de constância. Nós poderíamos fugir das</p><p>excitações externas, mas não das internas e nisso se</p><p>basearia a “mola pulsional” dos mecanismos psíquicos.</p><p>E “As pulsões e seus destinos” Freud logo na primeira</p><p>página diz: “A teoria das pulsões e, por assim dizer, nossa</p><p>mitologia”, ressalta tanto que apesar de uma teoria</p><p>científica emergir a partir de uma série de fatos</p><p>empíricos, ela implica um conjunto de conceitos que não</p><p>são retirados dessas observações mas que lhes são</p><p>impostos a partir de um lugar teórico, não são noções</p><p>descritivas, mas construtos teóricos.</p><p>PULSÃO DE VIDA</p><p>Há momentos em que encontramos uma inspiração</p><p>incomparável, como se tivéssemos sido tocados por uma</p><p>varinha. Ficamos tão motivados que o mundo é pequeno</p><p>demais para nós, e queremos ir atrás dos nossos objetivos</p><p>com entusiasmo e coragem. Estamos falando de momentos</p><p>que são genuinamente definidores da pulsão de vida.</p><p>Para começar a entender a pulsão de vida, é necessário</p><p>abordar o conceito de pulsão. O conceito deriva da teoria da</p><p>personalidade de Freud, que sugere que agimos para resolver</p><p>as tensões que temos.</p><p>A pulsão é, de acordo com essa corrente, a origem de toda</p><p>atividade mental. Conta com:</p><p>Fonte. Trata-se do órgão onde nasce a pulsão.</p><p>Força. O que o empurra para a ação.</p><p>Meta. Consiste na satisfação da excitação.</p><p>Objeto. Aquilo que satisfaz.</p><p>Como já apontamos, a pulsão não é necessariamente uma</p><p>questão sexual, embora pelos seus nomes possa ser pensada</p><p>dessa forma. Vai mais longe, embora esteja ligada à busca do</p><p>prazer e da satisfação. Agora, a pulsão de vida é aquela pulsão</p><p>que gera tanto ativação quanto excitação no plano orgânico.</p><p>Seu objetivo é preservar a nossa sobrevivência.</p><p>Além disso, é uma força dinâmica que vai em busca do prazer,</p><p>deixando de lado o que não o gera. Isso funciona quando</p><p>ativamos mecanismos para reduzir as nossas tensões.</p><p>Por que é chamada de eros?</p><p>Também recebe esse nome porque a psicanálise sempre esteve</p><p>próxima da mitologia; na verdade, este é um assunto pelo qual</p><p>Sigmund Freud era apaixonado. Portanto, é comum usar</p><p>metáforas ou analogias que se referem a certas histórias ou</p><p>características da mitologia para explicar as teorias, uma</p><p>ótima ideia para torná-las mais compreensíveis.</p><p>Assim, a pulsão de vida está associada ao Deus da mitologia cujo</p><p>nome é Eros. É o responsável pela atração sexual, amor e</p><p>fertilidade.</p><p>Como se manifesta?</p><p>Eros está presente em cada um de nós. Intervém na relação que</p><p>temos conosco, com os outros e com a natureza. Depois,</p><p>manifesta-se na forma como interagimos, motivando ações que</p><p>nos levam à sobrevivência.</p><p>Além das atividades fisiológicas básicas, nas quais se encontra o</p><p>sexo, a pulsão de vida está presente nos sonhos, na criatividade,</p><p>no erotismo e no amor.</p><p>Além disso, se apresenta evitando a dor ou o que não nos agrada,</p><p>embora Freud sempre tenha enfatizado que as barreiras entre o</p><p>prazer e o desprazer são bastante difusas.</p><p>Além disso, é uma força dinâmica que vai em busca do prazer,</p><p>deixando de lado o que não o gera. Isso funciona quando ativamos</p><p>mecanismos para reduzir as nossas tensões.</p><p>Esse impulso nos convida à paixão e à vitalidade. Além disso, é</p><p>uma forma de resolver tensões. Porém, diferentemente do que</p><p>pode parecer à primeira vista, nem sempre é algo de cunho</p><p>erótico ou sexual.</p><p>A pulsão de vida engloba todos os impulsos e comportamentos que</p><p>motivam a nossa sobrevivência sem abrir mão do prazer e</p><p>contribuindo para a sensação de bem-estar.</p><p>Conceitos associados à pulsão de vida</p><p>Na psicanálise, os limites entre alguns conceitos são mínimos:</p><p>isso tem a ver com a compreensão do aparelho psíquico como</p><p>elemento dinâmico. O impulso de vida não é exceção.</p><p>Vamos ver, no âmbito da teoria econômica, a quais conceitos</p><p>ela está associada:</p><p>Princípio do prazer. Aquele que busca satisfação.</p><p>Princípio de realidade. Aquele que é responsável pela</p><p>adaptação às circunstâncias.</p><p>Pulsão de morte. Envolveria aqueles impulsos associados à</p><p>dissolução, à tendência de destruir a vida e à agressividade.</p><p>Princípio do Nirvana. Teria a ver com a tendência de reduzir o</p><p>nível de excitação a zero.</p><p>O conceito de pulsão de vida faz parte dos conceitos mais</p><p>importantes da teoria da psicanálise, fazendo sentido quando</p><p>compreendido dentro da concepção psicanalítica do aparelho</p><p>psíquico. Além disso, embora possa parecer paradoxal, está</p><p>intimamente relacionado com a pulsão de morte: na verdade,</p><p>não há um momento em que ambos não estejam presentes.</p><p>Em suma, a pulsão de vida é aquela pulsão que nos</p><p>convida e nos motiva a sobreviver. Um impulso dinâmico</p><p>de autopreservação que está na base de muitos dos</p><p>comportamentos que realizamos.</p><p>os buracos do corpo vão trabalhar essa pulsão como</p><p>morder, comer, evacuar, ouvir.</p><p>Pulsão de morte</p><p>A pulsão de morte indica a redução por completo das atividades</p><p>de um ser vivo. É como se a tensão se reduzisse ao ponto de que</p><p>uma criatura viva atinja o estado de inanimamento e inorgânico.</p><p>A meta é fazer o caminho inverso ao crescimento, nos levando à</p><p>nossa forma mais primitiva de existência.</p><p>Em seus estudos, Freud abraçou o termo utilizado pela</p><p>psicanalista Bárbara</p><p>Low, o “Princípio de Nirvana“. De forma</p><p>simples, esse princípio trabalha a redução exponencial de</p><p>qualquer excitação presente em um indivíduo. No budismo, o</p><p>Nirvana conceitualiza “a extinção do desejo humano”, de</p><p>maneira que alcancemos a quietude e felicidade perfeita.</p><p>A pulsão por morte mostra caminhos para que um ser vivo</p><p>caminhe em direção ao seu fim sem interferência externa. Dessa</p><p>maneira, retorna ao seu estágio inorgânico do seu próprio modo.</p><p>De forma poeticamente fúnebre, o que sobra é o desejo de cada</p><p>um morrer ao seu próprio modo.</p><p>Exemplos de pulsão de morte</p><p>A pulsão de morte pode ser encontrada em diversos aspectos de</p><p>nossas vidas, mesmo naqueles mais simples. Isso porque a</p><p>destruição em suas formas faz parte de tudo que é ligado à vida e</p><p>precisa de um fim. Por exemplo, vemos isso nos âmbitos</p><p>destacados a seguir:</p><p>Alimentação</p><p>A alimentação, obviamente, pode ser vista com um impulso</p><p>direcionado à vida, já que faz a nossa manutenção existencial.</p><p>Contudo, para que isso ocorra, precisamos destruir o alimento e</p><p>somente então se alimentar dele. Existe aí um elemento</p><p>agressivo, se contrapondo ao primeiro impulso e tornando-se</p><p>contraparte dele.</p><p>Suicídio</p><p>Acabar com a própria vida é um sinal claro de retorno para a</p><p>não existência do ser humano. De forma consciente ou não,</p><p>alguns indivíduos conseguem contrapor seu impulso de vida e</p><p>encerrar os seus ciclos. Como dito acima, cada um escolhe o</p><p>modo de terminar com sua própria vida.</p><p>A saudade</p><p>Relembrar o passado pode ser um exercício doloroso para quem</p><p>não abriu mão de algo ou alguém. Sem perceber de início, o</p><p>indivíduo está se machucando, procurando inconscientemente</p><p>uma forma de sofrer. Por exemplo, uma criança busca a foto da</p><p>mãe falecida para lembrá-la, mas vai sofrer com a ausência</p><p>dela.</p><p>A teoria da sexualidade</p><p>Uma obra que trouxe uma nova concepção sobre a</p><p>sexualidade</p><p>Sexualidade desde o nascimento</p><p>O desenvolvimento psicossocial e suas fases</p><p>Uma obra ainda atual</p><p>SEXUALIDADE</p><p>A Teoria da Sexualidade é o tema abordado em Três ensaios sobre</p><p>a Teoria da Sexualidade. Trata-se de uma obra do psicanalista</p><p>Sigmund Freud, lançada em 1905.</p><p>Nesta obra o autor avança em sua teoria da sexualidade, na qual</p><p>aborda a infância e o desenvolvimento psicossexual da criança.</p><p>A obra é tida como revolucionária e, até hoje, muitos dos temas</p><p>nela abordados são utilizados pela psicologia e pela psicanálise.</p><p>Índice de Conteúdos</p><p>A teoria da sexualidade</p><p>A partir de sua exploração desde a infância, Freud procura</p><p>mostrar o caminho para uma sexualidade saudável. Uma</p><p>sexualidade com atitudes maduras e normais, cujo caminho deve</p><p>começar, não na puberdade, mas sim desde a infância. O</p><p>psicanalista, em sua teoria da sexualidade, expõe que, mesmo as</p><p>pessoas mais saudáveis podem ter algum tipo de perversão.</p><p>A partir de sua observação de crianças, Freud afirmou que havia</p><p>encontrado diversas práticas que poderiam ser consideradas</p><p>como formas de sexualidade infantil. Ainda que muitas delas</p><p>parecem inofensivas.</p><p>Nessa obra, Freud também procurou unir a sua teoria do</p><p>inconsciente. Ele coloca a sexualidade como uma força motriz,</p><p>que impulsionaria para o desenvolvimento da perversão e da</p><p>neurose . Para tanto, o autor utiliza como base a sua obra “A</p><p>Interpretação dos Sonhos”. Obra publicada em 1899, além de</p><p>um trabalho por ele desenvolvido sobre a histeria.</p><p>Dessa forma, Freud pontua que o inconsciente é como se fosse</p><p>um bebê que existe dentro de nós sendo moldado pela</p><p>sexualidade infantil. Sendo que nele há conteúdos como o</p><p>desejo, o ódio e a raiva, por exemplo. Sentimentos esses que</p><p>podem repercutir por toda a vida do indivíduo, à medida que</p><p>ele os alimenta, desde que passa a identificá-los.</p><p>Uma obra que trouxe uma nova concepção sobre a sexualidade</p><p>Em Três ensaios sobre a teoria da sexualidade Freud acaba com</p><p>as noções tradicionais sobre a sexualidade. Uma sexualidade</p><p>considerada como normal. Dentro desse intuito, ele chega a</p><p>algumas constatações. Dentre elas que se trata de um fato</p><p>marcante, que algumas pessoas só se sentem atraídas por</p><p>indivíduos do mesmo sexo e por seus órgãos genitais.</p><p>Freud também pontua a existência de algumas pessoas cujo</p><p>desejo parece funcionar da mesma maneira que os desejos</p><p>sexuais. Entretanto, de forma menos comum, algumas pessoas,</p><p>ao mesmo tempo, desprezam os órgãos sexuais ou o seu</p><p>emprego normal. Estes indivíduos seriam os comumente</p><p>denominados de “pervertidos”. Dessa forma, a pulsão sexual e</p><p>o objeto a que ela está ligada podem ser completamente</p><p>diferentes.</p><p>Sexualidade desde o nascimento</p><p>Na teoria da sexualidade, a vida sexual se manifesta desde muito</p><p>cedo, logo após o nascimento. Porém, ele pontua que deve se</p><p>fazer uma distinção entre os conceitos de “sexual” e de</p><p>“genital”. Sendo o termo “sexual” usado para um conceito mais</p><p>amplo, podendo incluir atividades que não têm relação alguma</p><p>com os órgãos genitais.</p><p>O impulso sexual básico pode ser considerado como inato, o termo</p><p>advém da palavra latina desejo, pelo autor denominada libido.</p><p>Dentre as principais características desse impulso há uma fonte</p><p>orgânica. Uma força levada por uma pressão que, assim</p><p>superada, propulsiona o desejo de se atingir a sensação de</p><p>prazer. Há um objeto, ou pessoa, que é requisitado para</p><p>satisfazer esse alvo da busca pelo prazer.</p><p>Assim, na teoria da sexualidade, vê-se que a vida sexual inclui a</p><p>função de se obter prazer em certas zonas do corpo. Mais tarde,</p><p>essa função acaba se voltando para a reprodução, geralmente.</p><p>Por outro lado, essas funções, muitas vezes, podem não coincidir</p><p>de forma completa.</p><p>O desenvolvimento psicossocial e suas fases</p><p>Freud, ao abordar a infância, também expõe o desenvolvimento</p><p>psicossexual que, segundo ele, se dá a partir de três fases. A fase</p><p>oral, a fase anal e a fase fálica.</p><p>FASE ORAL</p><p>A fase oral é a fase primária, em que o bebê, no ato de mamar,</p><p>tem na sucção algo especialmente importante. A boca é vital para</p><p>comer e por meio dela a criança obtém prazer da estimulação</p><p>oral. Por essa estimulação, ela desenvolve atividades gratificantes</p><p>como degustar e chupar.</p><p>O êxito na resolução dessa fase proporciona uma base na</p><p>estruturação do caráter para capacidade de DAR E RECEBER sem</p><p>excessiva dependência ou inveja uma capacidade de confiar nos</p><p>outros com sentimento de segurança, e com sentimentos de</p><p>confiança e segurança próprios</p><p>Traços patológicos😢</p><p>► Excessivo otimismo, narcisismo;</p><p>► Pessimismo (visto com freqüência nos estados depressivos);</p><p>► exigem que os demais os sirvam e olhem por eles, inveja e</p><p>ciúme ;</p><p>► Dependência excessiva</p><p>► Tais pessoas querem ser alimentadas, mas podem ser</p><p>excepcionalmente</p><p>dadivosas, afim de conseguirem receber, em retribuição.😊</p><p>Traços de caráter</p><p>► O êxito na resolução da fase oral, proporciona uma base na</p><p>estrutura do caráter para a capacidade de dar e receber sem</p><p>excessiva dependência ou inveja.</p><p>► Uma capacidade de confiar nos outros com sentimento de</p><p>segurança e com sentimentos de confiança e segurança próprios.</p><p>FASE ANAL</p><p>Na fase anal, segundo Freud, o principal foco da libido está no</p><p>controle da bexiga e evacuações. Nessa fase há o grande</p><p>conflito e que a criança tem de aprender a controlar as suas</p><p>necessidades corporais. Ao desenvolver esse controle, a criança</p><p>passa a ter um sentimento de realização e independência.</p><p>O êxito da resolução dessa fase proporciona a base para o</p><p>desenvolvimento de autonomia pessoal, capacidade de</p><p>independência e iniciativa pessoal e capacidade de</p><p>autodeterminação</p><p>Traços patológicos😢</p><p>► Avareza;</p><p>► Rejeição e hostilidade.</p><p>► Ambivalência,</p><p>► Desordem,</p><p>► Desafio;</p><p>► Cólera e tendência masoquista.</p><p>► As características e defesas anais são vistas mais</p><p>comumente nas neuroses obsessivas compulsivas.</p><p>Traços de caráter</p><p>► O êxito na resolução da fase anal proporciona a base para o</p><p>desenvolvimento da autonomia da pessoa;</p><p>► Capacidade de independência e iniciativa pessoal;</p><p>► Capacidade de autodeterminação sem sentimento de</p><p>vergonha ou falta de</p><p>confiança, falta de ambivalência e</p><p>capacidade de cooperação sem excessiva teimosia e sem</p><p>sentimento de autodepreciação ou derrota</p><p>FASE FÁLICA</p><p>Na fase fálica, a libido tem seu foco nos órgãos genitais. É</p><p>quando as crianças também começam a descobrir as</p><p>diferenças entre o masculino e o feminino, ou, entre machos</p><p>e fêmeas.</p><p>O êxito da resolução dessa fase proporciona a formação de</p><p>um senso de identidade sexual , sentimento de curiosidade</p><p>sem desembaraço, de iniciativa sem culpa, de um sentimento</p><p>de domínio não apenas sobre pessoas e objetos do ambiente,</p><p>mas sobre os processos internos e os impulsos</p><p>Traços patológicos</p><p>► Sentimentos de inferioridade;</p><p>► Padrões morais fracos;</p><p>► Atração com pessoas mais velhas (substitutos dos pais;</p><p>► A influência da ansiedade e castração e da inveja do pênis,</p><p>as defesas contra ambas e os padrões de identificação</p><p>surgidos na fase fálica, são os determinantes primários do</p><p>caráter humano.</p><p>Traços de caráter</p><p>► O estágio fálico proporciona os fundamentos para a</p><p>formação de um senso de identidade sexual, de um</p><p>sentimento de curiosidade não apenas sobre pessoas e</p><p>objetos do ambiente, mas também sobre os processos</p><p>internos e os impulsos.</p><p>FASE DE LATÊNCIA</p><p>Também há o período de latência, e que os interesses da libido</p><p>são suprimidos. Quando o desenvolvimento do ego e do</p><p>superego contribui para esta calma.</p><p>O êxito na resolução dessa fase proporciona a integração e</p><p>consolidação de realizações anteriores e do estabelecimento</p><p>de padrões de funcionamento adaptativos decisivos</p><p>Traços patológicos</p><p>► O relativo vigor dos elementos reguladores frequentemente</p><p>faz surgir padrões de comportamento um tanto obsessivos e</p><p>excessivamente controladores.</p><p>► A falta de controle pode levar ao fracasso da criança na</p><p>sublimação de suas energias em prol da aprendizagem e no</p><p>desenvolvimento de habilidades.</p><p>► O excesso de controle interno pode levar ao encerramento</p><p>prematuro do desenvolvimento da personalidade e a</p><p>elaboração precoce de traços de caráter obsessivos.</p><p>Traços de caráter</p><p>► consolidações e acréscimos a identificação pós- edípica são</p><p>realizados nesta fase;</p><p>► Capacidade para o domínio de objetivos e conceitos que lhe</p><p>permitam funcionar de uma forma autônoma e com um senso</p><p>de iniciativa, sem correr o risco de fracasso ou de derrota ou</p><p>de um sentimento de inferioridade.</p><p>► Importantes realizações precisam continuar sendo</p><p>integradas, como base para uma vida adulta de satisfação no</p><p>trabalho e no amor.</p><p>FASE GENITAL</p><p>E também há o estágio genital, fase final do desenvolvimento</p><p>psicossexual. Nessa fase o indivíduo desenvolve interesse</p><p>sexual no sexo oposto. Ela se inicia durante a puberdade,</p><p>perpassando por todo o resto da vida da pessoa.</p><p>Dentro dessa teoria, as pessoas tidas como “normais”</p><p>desenvolvem uma sexualidade aceitável pela sociedade.</p><p>Entretanto, muitas pessoas acabam não conseguindo</p><p>desenvolver a sua sexualidade dessa forma.</p><p>Para o autor, ao longo do desenvolvimento da sexualidade</p><p>humana podem surgir outros fatores ou características.</p><p>Fatores como a fixação, a homossexualidade, a perversão, a</p><p>regressão, a repetição neurótica, dentre outras.</p><p>A resolução e a integração bem sucedida de estágios</p><p>psicossexuais anteriores, na adolescência, a fase genital plena</p><p>estabelece o estágio normal para uma personalidade</p><p>totalmente madura com capacidade para uma plena e</p><p>gratificante potência gentiral e um senso de identidade auto-</p><p>integrado e consciente.</p><p>Traços patológicos</p><p>► As resoluções anteriores mal sucedidas e as fixações nas</p><p>várias fases, ou aspectos do</p><p>desenvolvimento psicossexual produzem imperfeições</p><p>patológicas na personalidade adulta emergente.</p><p>Traços de caráter</p><p>► Personalidade totalmente madura, com capacidade para</p><p>uma plena e gratificante potência genital e um senso de</p><p>identidade auto-integrado e consistente.</p><p>► Tal indivíduo alcançou satisfatória capacidade de auto</p><p>realização e significativa participação nas áreas de trabalho e</p><p>amor, bem como dedicação produtiva e criativa a objetivos e</p><p>valores e funcionamento maduro da personalidade.</p><p>Amnésia infantil</p><p>► A amnésia infantil, segundo Freud (2006), é um fenômeno</p><p>psíquico que leva as pessoas ao esquecimento parcial ou total</p><p>das lembranças que o indivíduo possui de seus primeiros seis</p><p>ou oito anos de vida de sua infância.</p><p>Por acontece?</p><p>► É como se o EGO , por um motivo de defesa afastasse os</p><p>eventos geradores de angústia, frustrações, dores que estão</p><p>conscientes ou inconscientes no indivíduo. As situações e</p><p>impressões esquecidas deixam profundos rastros em nossa</p><p>vida anímica e acabam por influenciar o desenvolvimento ao</p><p>longo da vida do indivíduo.</p><p>BONS ESTUDOS !!!</p><p>ANSEIOS, PERTUBAÇÕES E TEMORES.</p><p>A Psicanalise é a terapia que acolhe os</p>