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<p>AULA 1</p><p>A TEORIA DO NOVO</p><p>INCONSCIENTE</p><p>Prof.ª Eliane Cristina da Silva</p><p>2</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Visão geral e questões centrais – o inconsciente</p><p>O termo inconsciente tem sido usado no senso comum quando alguém</p><p>pretende se referir a fenômenos sem explicação aparente, sem fato comprovável</p><p>ou observável e aviso prévio. Tornou-se um termo popular e corriqueiro e, por isso</p><p>mesmo, sofreu alterações e distorções do seu sentido originário, carregando</p><p>quase que um sentido místico e distante de explicações científicas.</p><p>Pois bem, para além do entendimento de inconsciente como algo nebuloso,</p><p>confuso, imprevisível e intangível, há um longo percurso teórico em que</p><p>estudiosos de diferentes áreas das ciências do comportamento humano têm se</p><p>debruçado para melhor elucidá-lo.</p><p>Assim, o objetivo desta aula é ajudá-lo(a) a entender a trajetória desse</p><p>fenômeno humano desde a psicanálise clássica, da época de Freud e Breuer, até</p><p>os dias atuais, somada às contribuições das neurociências, especialmente no que</p><p>diz respeito ao cérebro, cognição e comportamento.</p><p>TEMA 1 – A HISTÓRIA DO CONCEITO DE INCONSCIENTE</p><p>As perguntas movimentam a humanidade. É assim desde os primórdios de</p><p>nossa história. Os filósofos pré-socráticos, isto é, de antes do séc. V a.C.,</p><p>buscavam descobrir o princípio das coisas, o que regia a vida, os fenômenos da</p><p>natureza, a vida e a morte, o ser humano. Àquela época, a observação do</p><p>ambiente e suas supostas implicações no sujeito ocorria de maneira intuitiva, ao</p><p>se tentar estabelecer relações de causa e efeito, num sentido mais linear e</p><p>simplório, para compreender o então desconhecido. Às vezes, falava-se de forças</p><p>da natureza; em outras circunstâncias, recorria-se a deuses ou entidades</p><p>sobrenaturais.</p><p>O processo de tentativa de apreensão da realidade externa e interna ao</p><p>sujeito fazia sentido durante um tempo, até que, logo em seguida, fosse combalido</p><p>por algum outro pensador, com um outro conjunto de argumentos. Ou seja,</p><p>entender o humano, o mundo e seus fenômenos passava pela observação da</p><p>realidade concreta, das inter-relações entre os fatos observados e de uma boa</p><p>retórica para explanação e convencimento de um grupo de pessoas.</p><p>3</p><p>Dessa forma, o entendimento da mente humana passou por inúmeras</p><p>fases. A questão da mente – chamada de alma, naquela época, o que inclusive</p><p>deu origem à psicologia, vide a etimologia da palavra (psyche – alma; logos –</p><p>estudo) – estava bastante ligada ao seu pertencimento e influência, ou não, sobre</p><p>o corpo biológico. Sócrates, por volta de 400 a.C., afirmava que o que diferenciava</p><p>os homens dos animais era a razão; já Platão, seu discípulo, considerava que</p><p>essa razão, ou a alma, estava localizada na cabeça do homem, numa tentativa de</p><p>abarcar essas esferas de conhecimento do ser humano, o corpo e a mente, ainda</p><p>que os considerasse como fenômenos separados um do outro (Bock; Furtado;</p><p>Teixeira, 2001).</p><p>Outros estudiosos, como Hipócrates, consideravam a influência de fatores</p><p>como os humores corporais em nossa formação interna, como observou Callegaro</p><p>(2011, p. 21):</p><p>Hipócrates propôs a hipótese, desenvolvida mais extensamente por</p><p>Galeno, de que quatro temperamentos básicos (melancólico, sanguíneo,</p><p>fleumático e colérico), baseados em humores corporais, moldariam o</p><p>comportamento em conjunção com o pensamento consciente. A mesma</p><p>divisão entre influências inconscientes biologicamente baseadas e o</p><p>pensamento consciente é descrita por Kant 2 mil anos mais tarde, em</p><p>sua distinção entre o temperamento e o caráter moral, instância que</p><p>permitiria o controle consciente do comportamento.</p><p>Desde então, várias teorias foram engendradas a fim de apreender o</p><p>fenômeno da mente humana. Dentre elas, destaca-se o marco do</p><p>estabelecimento da psicologia como ciência, em 1879, com a fundação de um</p><p>laboratório de psicofisiologia, por Wilhelm Wundt, em Leipzig, Alemanha, que se</p><p>pautava em estudos sobre a consciência, e as contribuições de Freud sobre o</p><p>inconsciente, na psicanálise (Davidoff, 2001).</p><p>TEMA 2 – A PSICANÁLISE E FREUD</p><p>Freud, médico austríaco e um dos grandes precursores da psicanálise,</p><p>construiu conceitos que até os dias de hoje influenciam fortemente práticas</p><p>clínicas, visões de sujeito e modos de vida em todo o mundo. De acordo com</p><p>Callegaro (2011), a teoria freudiana integra o que se conhece como as três</p><p>revoluções:</p><p>Freud comparou o impacto de suas observações sobre o inconsciente</p><p>no pensamento humano a duas outras revoluções paradigmáticas: a</p><p>derrubada do geocentrismo e do antropocentrismo pré-darwiniano.</p><p>Segundo Freud, a humanidade sofreu o abalo de reconhecer que a Terra</p><p>não é o centro do universo, e que o homem não é o centro da evolução.</p><p>4</p><p>[...] A terceira revolução, o terceiro grande golpe no “narcisismo” humano</p><p>seria, para Freud, a remoção da vida mental consciente do centro da</p><p>atividade psíquica por meio das descobertas da psicanálise, as quais</p><p>ressaltaram o papel das motivações inconscientes na determinação do</p><p>comportamento humano. (Callegaro, 2011, p. 22)</p><p>O conceito de inconsciente, sistematizado por Freud com base em seus</p><p>estudos e trabalhos clínicos, foi sem dúvida um salto no entendimento dos</p><p>processos que compõem a mente humana. Freud descrevia fenômenos e forças,</p><p>ou energias psíquicas, envolvidas no processamento e armazenamento de</p><p>experiências vividas pelo sujeito, ora pela metáfora de descarga, relacionada ao</p><p>princípio do prazer, ora pelo conceito de bloqueio, por meio dos mecanismos de</p><p>defesas.</p><p>Crédito: Vkilikov/Shutterstock.</p><p>Devido a essa sistematização, à sua habilidade literária e aos efeitos da</p><p>prática clínica de Freud e seus colaboradores, o inconsciente psicanalítico foi se</p><p>tornando um termo popular e que fazia sentido para muitos estudiosos, ainda que</p><p>sempre tenha enfrentado resistências e rechaços, desde seus primórdios. O</p><p>entendimento do inconsciente freudiano passa pela compreensão das nomeadas</p><p>estruturas de ego, superego e id.</p><p>5</p><p>Crédito: T and Z/Shutterstock.</p><p>Conforme representado, a estrutura do inconsciente era em parte</p><p>conhecida e compreendida por meio de notícias oriundas do ego e do superego.</p><p>Porém, a maior parte ainda era algo submerso, como no iceberg: vê-se o id e o</p><p>superego, denotando as profundezas inexploradas e, portanto, desconhecidas</p><p>pelos estudiosos do comportamento humano.</p><p>Considerados como algo submerso, invisível e até então inacessível, a</p><p>psicanálise e o inconsciente freudiano – ou o inconsciente dinâmico, como é</p><p>chamado hoje – passaram por questionamentos da sociedade científica da época</p><p>por serem considerados insuficientes no que diz respeito aos ditames científicos,</p><p>que se dariam sobre fatos observáveis, passíveis de mensuração, análise e</p><p>replicação de estudos (Callegaro, 2011).</p><p>TEMA 3 – OS QUESTIONAMENTOS</p><p>O conceito freudiano de inconsciente, ainda que Freud não tenha sido o</p><p>primeiro estudioso a pensar sobre os mistérios da mente, foi/é questionado por</p><p>pesquisadores que se pautam(vam) pelos critérios da ciência. Mesmo que,</p><p>conforme dito anteriormente, o conceito de inconsciente psicodinâmico tenha</p><p>oferecido novos ares para o estudo da área do comportamento humano, havia,</p><p>porém, a necessidade de realizar essa investigação de forma sistematizada e</p><p>controlada, de tal modo que ela pudesse ser ensinada e replicada, em outros</p><p>contextos, por mais pesquisadores. Em outras palavras, o arcabouço teórico de</p><p>Freud abalou o status quo do conhecimento disponível na época a respeito do</p><p>fenômeno humano, despertando interesse de muitos estudiosos; porém, devido</p><p>6</p><p>ao modo como foi construído, sem ligação com a prática científica vigente, passou</p><p>por questionamentos quanto a sua validade e credibilidade no meio científico.</p><p>E, desde então, um grande debate sobre fenômenos da consciência e da</p><p>inconsciência foi instaurado, inclusive com a utilização do termo inconsciente</p><p>cognitivo. Hoje, é possível referir-se</p><p>a processos inconscientes sem,</p><p>necessariamente, se estar falando da teoria psicanalítica freudiana (Callegaro,</p><p>2011). Importante dizer que foi graças a toda a reviravolta causada pela</p><p>psicanálise que se tornou possível construir uma série de outras perguntas sobre</p><p>o fenômeno humano.</p><p>Assim, uma das grandes questões centrais era quem efetivamente estava</p><p>no controle de todos os processos mentais, já que o inconsciente era algo</p><p>inacessível e que dava pistas de reger “silenciosamente” a vida dos sujeitos.</p><p>Foram elaboradas perguntas como: o que vem antes – ações ou intenções? Para</p><p>que serve, afinal de contas, a consciência, se consideramos que vários</p><p>comportamentos complexos ocorrem em nível inconsciente? E: é possível termos</p><p>acesso a todos os conteúdos inconscientes, ou seja, pô-los sob o nosso controle</p><p>(Callegaro, 2011)?</p><p>Essas e outras questões moveram diversos pesquisadores norte-</p><p>americanos da área cognitiva e comportamental nas últimas décadas, conforme</p><p>se verifica no livro The new unconscious (O novo inconsciente), um marco</p><p>bibliográfico a respeito do tema, em que processos como motivação, memória,</p><p>percepção, medo e respostas fisiológicas foram estudados (Hassin; Uleman;</p><p>Bargh, 2005).</p><p>TEMA 4 – O NOVO INCONSCIENTE</p><p>“Todos nós prezamos muito a ideia de que somos o governante da nossa</p><p>alma, que estamos no comando, e é um sentimento assustador pensar que não</p><p>estamos” (Bargh, 1970).</p><p>O termo novo inconsciente foi cunhado há pouco mais de uma década por</p><p>um grupo de pesquisadores reunidos na obra supracitada (Hassin; Uleman;</p><p>Bargh, 2005). Abarca contribuições da psicologia cognitiva, psicologia social,</p><p>antropologia, evolucionismo e neurociências de forma geral. Importante assinalar</p><p>que a psicanálise foi considerada fundamental para esses avanços científicos.</p><p>A ideia de que o sujeito poderia ser regido por algo além de sua</p><p>compreensão realmente movimentou todo o cenário científico da época e até os</p><p>7</p><p>dias atuais. A metáfora do iceberg, ilustrada por Callegaro (2011), oferece essa</p><p>visão de que a maior parte do que constitui um sujeito está na área submersa</p><p>dele. O que aquele grupo de pesquisadores (Hassin; Uleman; Bargh, 2005) fez</p><p>foi, por meio de experimentos científicos, trazer à tona uma parte desse bloco de</p><p>gelo escondido num imenso oceano (Callegaro, 2011).</p><p>Essas pesquisas científicas lançaram o inconsciente a um outro patamar,</p><p>conforme observou Leonard Mlodinow (2013, p. 15):</p><p>O inconsciente divisado por Freud, nas palavras de um grupo de</p><p>neurocientistas, era “quente e úmido; fervilhava de ira e luxúria; era</p><p>alucinatório, primitivo e irracional”, enquanto o novo inconsciente é “mais</p><p>delicado e gentil que isso, e está mais ligado à realidade”. Nessa nova</p><p>visão, os processos mentais são considerados inconscientes porque há</p><p>parcelas da mente inacessíveis ao consciente por causa da arquitetura</p><p>do cérebro, não por estarem sujeitas a formas motivacionais, como a</p><p>repressão. A inacessibilidade do novo inconsciente não é vista como um</p><p>mecanismo de defesa ou como algo não saudável.</p><p>Na visão cognitivista, apreender o inconsciente seria, então, apreender o</p><p>processamento de informações, sobre o qual o sujeito não tem ideia. Esse</p><p>conceito foi originalmente elaborado pelo psicólogo John Kihlstrom (1987), o qual</p><p>fazia analogias com o funcionamento do computador. Vale lembrar que a década</p><p>de 1980 era permeada pelo zeitgeist (espírito da época) das ciências</p><p>computacionais. Conforme sinaliza Callegaro (2011, p. 23), “A teoria</p><p>computacional, a psicologia cognitiva e as ciências cognitivas forneceram o</p><p>substrato teórico para entender o funcionamento consciente e inconsciente,</p><p>fundando-se no conceito de mente como mecanismo de processamento de</p><p>informação”.</p><p>TEMA 5 – O PROCESSAMENTO INCONSCIENTE</p><p>Crédito: Agsandrew/Shutterstock.</p><p>8</p><p>Pesquisadores como Hassin, Uleman e Bargh (2005), chamavam de</p><p>processos automáticos os fenômenos que aconteciam sem que o sujeito tivesse</p><p>sobre eles conhecimento e controle, ou seja, sem que passassem pelo seu nível</p><p>da consciência. Kihlstrom (citado por Callegaro, 2011), inclusive, descreveu</p><p>processos mentais complexos, em nível inconsciente, relacionados à memória,</p><p>percepção e afetos.</p><p>A fim de ilustrar o avanço das teorias do inconsciente, da psicanálise</p><p>freudiana às neurociências e à psicologia cognitiva, Callegaro (2011) desenhou o</p><p>esquema da Figura 1.</p><p>Figura 1 – Esquema com as principais estruturas teóricas sobre o inconsciente</p><p>Fonte: Adaptado de Callegaro, 2011.</p><p>O esquema da Figura 1 didaticamente explicita os caminhos teóricos e</p><p>aplicações clínicas de ambos os constructos. Ainda que estejam separados, vale</p><p>reforçar que a psicanálise deu a base para os questionamentos realizados a</p><p>posteriori.</p><p>O material bibliográfico lançado representou, na comunidade científica, um</p><p>grande avanço no que concerne ao entendimento do processamento</p><p>Inconsciente Dinâmico ou Freudiano</p><p>Fundamentado na literatura psicanalítica</p><p>Modelo de intervenção psicoterápica: Psicanálise</p><p>Fonte de evidências: textos freudianos e pós-</p><p>freudianos, observações clínicas</p><p>Inconsciente Cognitivo (1987) e Novo</p><p>Inconsciente (2005)</p><p>Fundamentado na Teoria de Evolução e na</p><p>Neurociência Cognitiva, Afetiva e Social</p><p>Modelo de intervenção psicoterápica: Terapia</p><p>Cognitiva Comportamental</p><p>Fonte de evidências: métodos de investigação</p><p>científica e observações clínicas sistematizadas</p><p>Principais estruturas teóricas sobre</p><p>processos inconscientes</p><p>9</p><p>inconsciente. E, como se supõe em ciência, ainda é um campo em ampla</p><p>construção e, portanto, passível de críticas e revisões, em outros estudos.</p><p>Esse novo inconsciente, de acordo com Callegaro (2011, p. 31), “[...]</p><p>envolve uma miríade de circuitos neurais que se encarregam do trabalho rotineiro</p><p>pesado, deixando a consciência livre para focalizar os problemas novos a</p><p>resolver”. Analogamente ao iceberg, é como se todas as correntes mais profundas</p><p>do oceano o movimentassem em sua grande base, ainda que o topo, dele, não</p><p>tivesse conhecimento.</p><p>Para exemplificar, pense num momento criativo de concepção de uma letra</p><p>de música e sua melodia. O compositor certamente entrará num processo de</p><p>tempestade de ideias, ou brainstorming, para escolher as palavras, formar frases,</p><p>combinar sons e repassar sua mensagem, com a composição. Mas, o que vai à</p><p>consciência do compositor não são todos os processos mentais envolvidos em</p><p>seus pensamentos ou como esses pensamentos se coadunam ou brigam entre si</p><p>ou o léxico das palavras e a combinação com os sons que sairão dos instrumentos</p><p>musicais, que são de uma outra ordem de linguagem. Ele talvez também não se</p><p>dê conta de quais estados emocionais fazem parte do seu processo criativo ou de</p><p>onde surgiriam determinados sentimentos. Mas, entrará em contato com somente</p><p>alguns elementos de todo esse processamento, como as palavras escolhidas para</p><p>formar frases, e, após um dado momento, a composição como um todo. O que</p><p>representa um processo criativo e artístico nada mais é do que todo o inconsciente</p><p>operando fortemente para que o sujeito trabalhe e, ao mesmo tempo, economize</p><p>sua energia psíquica se concentrando naquilo que será o resultado desse</p><p>processo.</p><p>Crédito: Rawpixel.com/Shutterstock.</p><p>10</p><p>É claro que qualquer atividade cotidiana pode ser explicada por meio de</p><p>mecanismos da consciência e da inconsciência, porque isso já é ponto pacífico,</p><p>entre os pesquisadores. Se até algumas décadas atrás questionava-se a</p><p>existência da base do iceberg, hoje isso definitivamente não é mais uma questão</p><p>para as ciências do comportamento humano.</p><p>Porém, há que se alertar para o fato de que não é possível acessar esse</p><p>inconsciente em sua integralidade, conforme sinaliza Callegaro (2011, p. 32):</p><p>“Embora possamos eventualmente descrever por meio de palavras o trabalho dos</p><p>mecanismos cerebrais que produzem as representações conscientes, não</p><p>podemos</p><p>acessar verbalmente a torrente subterrânea de processamento</p><p>inconsciente”. Essa sinalização já havia sido feita por Freud e Lacan, a respeito</p><p>da particular linguagem utilizada pelo inconsciente.</p><p>FINALIZANDO</p><p>É inegável toda a contribuição advinda da psicanálise, de Freud e seus</p><p>colaboradores, para o entendimento dessa estrutura chamada inconsciente.</p><p>Contudo, a cada época histórica, há a necessidade de entender além, responder</p><p>a questões em aberto e, quem sabe?, jogar um novo olhar sobre o mesmo velho</p><p>tema. E aí encontramos o conceito de inconsciente cognitivo e todos os seus</p><p>desdobramentos na ciência comportamental, nas psicoterapias e na própria</p><p>concepção que se tem de sujeito e sua relação consigo mesmo.</p><p>O objetivo dessa primeira aula foi realizar uma breve contextualização</p><p>sobre o tema novo inconsciente, saudando seus primórdios e vislumbrando novas</p><p>ideias com base em pesquisas recentes.</p><p>Ao longo da disciplina, mais tópicos serão explorados a fim de ampliar esse</p><p>conceito inicial. Bons estudos!</p><p>11</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. de L. T. T. Psicologias: uma</p><p>introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva, 2001.</p><p>CALLEGARO, M. M. O novo inconsciente: como a terapia cognitiva e as</p><p>neurociências revolucionaram o modelo do processamento mental. Porto Alegre:</p><p>Artmed, 2011.</p><p>DAVIDOFF, L. Introdução à psicologia. São Paulo: Pearson Makron Books,</p><p>2001.</p><p>HASSIN, R. R.; ULEMAN, J. S.; BARGH, J. A. The new unconscious. Oxford:</p><p>Oxford University Press, 2005.</p><p>MLODINOW, L. Subliminar: como o inconsciente influencia nossas vidas. Rio de</p><p>Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2013.</p><p>Conversa inicial</p><p>Visão geral e questões centrais – o inconsciente</p>