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PDCV - Fases do Desenvolvimento Adulto Idoso

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4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem por objetivo introduzir o aluno na prática do planejamento e 
realização de entrevistas, através de uma pesquisa de campo que, com a coleta de 
informações, visa desenvolver a capacidade de observação do entrevistador. 
A entrevista é definida por Haguette (1997:86) como um “processo de 
interação social entre duas pessoas na qual uma delas, o entrevistador, tem por 
objetivo a obtenção de informações por parte do outro, o entrevistado”. 
O trabalho realizado utilizou entrevistas com idosos, para fazer um estudo 
sobre envelhecimento, com aspectos ligados ao desenvolvimento humano, sendo a 
velhice última fase desse processo natural e inevitável à vida humana. 
Envelhecer é uma soma de todas as experiências, sendo que o resultado está 
ligado as decisões e as escolhas feitas no decorrer da vida, principalmente adulta. 
Percebemos que envelhecer, apresenta situações diferentes para cada um, pois 
somos únicos. Papalia, Olds e Feldman (2006; 2013) 
Dentro de um aspecto biológico, e psicossocial, as entrevistas trouxeram suas 
perspectivas em relação ao convívio familiar e social, o profissional, amor e 
sexualidade e suas esperanças para o futuro, e como os participantes enfrentam seu 
envelhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. JUSTIFICATIVA 
 
Segundo dados do IBGE, até 2060, um quarto da população no Brasil se 
tornará idosa, chegando a 25,15% de pessoas com idade maior a 65 anos. Contudo 
os estudos científicos sobre a velhice, ainda são recentes para as ciências humanas. 
(IBGE, 2018). 
O envelhecimento é principalmente um processo biológico e natural, o 
homem, passa pelo processo de desenvolvimento onde o leva a velhice, a terceira 
idade, o último processo do desenvolvimento humano. 
Porém a velhice, é muito mais do que um processo natural do 
desenvolvimento humano, é também uma questão sociocultural, sendo representada 
de formas diferentes em diversas culturas. 
Em alguns países asiáticos os idosos tem papel de prestígio na sociedade, já 
na América do Norte, o envelhecimento é mal visto, levando em conta a vaidade, 
sempre criando recursos, para tentar retardar esse processo, entretanto no Brasil, 
vemos diferenças culturais em relação à terceira idade, temos regiões onde o idoso 
é bem visto pela sua maturidade, sua experiência e muitas vezes ligado à sabedoria, 
e vemos um contraste disso ligado ao envelhecimento como decadência e 
inutilidade. Papalia, Olds e Feldman (2006; 2013) 
A idade torna- se então simultaneamente uma questão biológica e cultural, a 
cada fase do desenvolvimento, são necessários papéis específicos, com valor e 
expectativas diferentes, que são influenciados pela perspectiva que esse sujeito tem 
do mundo e a forma como interage com ele. 
Papalia, Olds e Feldman (2006; 2013), esses conceitos parecem constituir a 
representação social do idoso, que correspondem, as formas de comportamento, de 
pensamento e da explicação social e como foi construída a saúde emocional dessa 
pessoa, para viver da melhor forma a velhice. 
Segundo pesquisa de George Vaillant no livro de Papalia, Olds e Feldman 
(2006; 2013) o fator mais significativo nessa situação seria a forma de utilizar 
mecanismos maduros pelos quais os idosos conseguem lidar melhor com 
problemas, livres da culpa ou de amargura e passividade, de forma geral, os 
homens que haviam ao longo de sua jornada enfrentado os problemas, conseguiam 
conviver melhor com as crises após os 65 anos. 
6 
 
Papalia, Olds e Feldman (2006; 2013) afirma que o enfrentamento é a forma 
de pensar e de se comportar que ajuda a aliviar o estresse causado pelas condições 
ameaçadoras e prejudiciais, sendo uma importante característica na saúde mental, 
principalmente no envelhecimento. Dessa forma conseguimos perceber o modo de 
enfrentamento que essa pessoa terá da velhice. 
É possível encontrar estratégias, para que a velhice seja vivida da melhor 
forma, temos então o enfrentamento com enfoque no problema e na emoção, 
quando esse enfrentamento ocorre com enfoque nos problemas, essa pessoa vê 
uma forma realista de enfrentar as situações adversas, quando ocorre o 
enfrentamento de forma emotiva, chamado também de paliativo, é quando a pessoa 
compreende, que pouco ou nada pode fazer para resolver uma situação contrária. 
Papalia, Olds e Feldman (2006; 2013) 
É possível compreender que não temos um modelo ideal ou bem sucedido de 
como viver a velhice, alguns pesquisadores se apegam ao fato de ter uma boa 
saúde física e mental, e estar livre da depressão que acomete essa idade, outros 
compreendem que pode estar ligado ao fator econômico, mas ao que parece 
concreto, é examinar a subjetividade de cada um a forma com que elas se adaptam 
as suas emoções e como mantém o controle diante das situações que surgem 
durante essa fase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. OBJETIVOS 
 
Com os dados obtidos na entrevista, tem-se o objetivo de comparar a 
percepção que cada um dos entrevistados tem de sua qualidade de vida, dentro dos 
ambientes a que estão inseridos, ou seja, asilo, clube para idosos e farmácia. 
 
3.1 Objetivo Geral 
 
Com os dados coletados, analisar as condições de vida dessas pessoas na 
ultima fase do desenvolvimento. As informações obtidas foram relacionadas com os 
valores, às atitudes e às opiniões dos sujeitos entrevistados, para uma comparação 
entre o tipo de vida antes e durante o envelhecimento, as condições físicas, 
emocionais e sociais de cada entrevistado. 
 
3.2 Objetivos Específicos 
 
Caracterizar o campo em que cada um está inserido. 
Caracterizar o Ciclo Vital do Envelhecimento em seus Aspectos Físicos. 
Caracterizar o Ciclo Vital do Envelhecimento em seus Aspectos Emocionais. 
Caracterizar o Ciclo Vital do Envelhecimento em seus Aspectos Sociais. 
Caracterizar o Ciclo Vital do Envelhecimento em seus Aspectos Mentais. 
Comparar a percepção da qualidade de vida segundo seus Aspectos de 
Saúde. 
Comparar a percepção da qualidade de vida segundo seus Aspectos de 
Relacionamento Familiar. 
 
3.3 Identificar aproximação e particularidades do envelhecimento de 
acordo com condições sociais e de vida. 
 
A qualidade de vida é composta por valores não-materiais, como amor, 
liberdade, solidariedade e inserção social, realização pessoal e felicidade, segundo 
alguns estudos já realizados. Mas devem ser considerados, do mesmo modo, alguns 
componentes passíveis de mensuração e comparação, como a satisfação das 
necessidades mais elementares da vida humana, como alimentação, acesso à água 
8 
 
potável, habitação, trabalho, educação, saúde e lazer, ou seja, objetos materiais que 
dão a ideia de bem-estar e conforto, assim como de realização individual e coletiva. 
Já o desemprego, a violência e a exclusão social são considerados como a negação 
da qualidade de vida, porém deve-se levar em conta a cultura de cada sociedade 
(MARTINS; et. al., 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. MÉTODOS E RECURSOS 
 
4.1 Sujeitos 
 
Foram entrevistados três idosos, dois do sexo masculino, e um do feminino, 
com idades entre 63 e 69 anos, eles foram abordados para entrevista num asilo, 
num clube recreativo e numa farmácia, com isso conseguimos ter perspectivas 
diferentes de como a velhice é vivida por essas três pessoas, em ambientes 
completamente distintos. Todos os participantes, assinaram o termo de 
consentimento, que consta no anexo 1. 
 
4.2 Procedimento 
 
Todos foram entrevistados a partir de um roteiro previamente estabelecido, 
cujas questões eram relativas aos seus sentimentos e opiniões sobre a sua idade,todas as questões de forma geral, questionavam sobre sua própria realidade. O 
roteiro utilizado para as entrevistas, consta no anexo 2. 
Neste estudo, foram analisadas as questões que trouxeram de forma 
qualitativa a forma como a velhice está sendo vivida por eles. As mesmas estão 
disponíveis na íntegra, no anexo 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
Os entrevistados, F. “Chico, e M. “Mada”, trouxeram uma forma de como a 
velhice está sendo vivida de forma ativa, eles trabalham e continuam sendo o 
sustento para si próprio e para a família, encontrando na atividade profissional, não 
só uma forma de complementar sua aposentadoria, mas também de se sentir ativo. 
Nessas pessoas conseguimos ver como se aplica a teoria da continuidade, descrita 
por Papalia, Olds e Feldman (2006; 2013) ao qual enfatiza a necessidade das 
pessoas manterem ligação com o passado e presente, e que a atividade se torna 
importante por representar uma continuidade no seu estilo de vida. 
O entrevistado J. Neto vive em um asilo, e tem uma perceptiva bem pertinente 
do ambiente em que está, relata solidão e desprezo, e que gostaria de viver sua 
velhice, de forma diferente, com sua família e em suas atividades. Relata que a 
família optou por mantê-lo no asilo, devido aos problemas que enfrentava com 
alcoolismo. Essa realidade de idosos que vivem em instituições e a forma como se 
sentem mal com isso, está ligada ao fato de que, sendo cuidados e tendo suas 
atividades organizadas por outra pessoa, o faz perder o controle sobre sua vida e 
suas atividades, o que afeta ainda mais seu estado psicológico. 
É possível ver a forma de enfrentamento diferente que esses idosos tiveram 
sobre sua velhice, M. “Mada”, relatou que a perda do marido, a fez passar por um 
momento de depressão, onde procurou ajuda psicológica para enfrentar essa fase e 
com isso conseguiu superar o luto. Hoje frequenta esse clube onde faz atividades 
físicas, e o contato social contribui muito com o seu bem-estar. 
De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2006; 2013), 80% de idosos que 
vivem sozinhos, são viúvos, e esse número aumenta no caso das mulheres, e uma 
grande parte delas não tem parentes, nem filhos que moram por perto, como relatou 
nossa entrevistada. Segundo ela os filhos pouco a frequentam e ela tampouco está 
com eles. Contudo, nesse ponto, esses idosos tem menos chance à solidão, pois 
nessa etapa se apegam a frequentar igrejas, centro de terceira idade, clubes, e 
tentam se conectar com outras pessoas. 
Numa outra perspectiva temos J. Neto, divorciado, que mora num asilo, e F. 
“Chico” com casamento sólido. Papalia, Olds e Feldman (2006; 2013), ainda 
afirmam que, na terceira idade, as pessoas tendem a se divorciar menos, contudo, 
fazem isso enquanto jovens. O divórcio é mais difícil para pessoas mais velhas. 
11 
 
Homens mais velhos, divorciados, sentem menos satisfação nas amizades e 
atividades de lazer do que homens casados. Já o casamento duradouro, traz grande 
benefício para velhice. Como afirma Papalia, Olds e Feldman (2006; 2013), muitos 
casais continuam juntos na terceira idade, e se dizem mais felizes com o casamento 
do que enquanto jovens. O casamento na velhice ajuda os casais a enfrentar os 
altos e baixos dessa idade, incluem intimidade, compartilhamento e senso de 
pertencimento um ao outro. 
Na questão do convívio familiar, a realidade se diferencia bastante, no asilo, 
J. Neto relata que o relacionamento familiar era conturbado, e que no lar, eles o 
visitam com certa frequência. M. “Mada” relata que não tem um relacionamento tão 
próximo com os filhos e parentes. F. “Chico”, já diz que tem ótimo convívio familiar. A 
relação com os familiares na terceira idade é muito importante, na teoria da 
seletividade emocional, os idosos tendem a ficar mais próximos de pessoas que 
significam para eles, como os filhos, eles acabam promovendo uma relação com os 
outros membros da família, consequentemente os netos, pessoas mais velhas, com 
melhor saúde, tem mais contato com suas famílias. Contudo, aqueles que não têm 
são muito afetados, numa sociedade que valoriza a independência, se tornar 
dependente pode ser frustrante, os pais não querem ser um fardo para os filhos, 
contudo, podem deprimir-se se temerem que seus filhos não vão cuidar deles. 
Quando questionados de seus sonhos, cada um, dentro de sua realidade, 
explanou um sonho diferente, J. Neto, falou sobre liberdade, o reflexo da sua 
insatisfação com a forma vivem sua velhice, M. “Mada” e F. “Chico”, pareciam 
satisfeitos com sua realidade, com planos de viajem e de realização com sua família. 
Por fim, vemos que o envelhecimento, é um reflexo de como uma pessoa pode ter 
construído sua história, e sua relação social, principalmente o que foi construído na 
vida adulta, o que afeta diretamente sua saúde mental nessa idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esse estudo nos trouxe a reflexão das formas de vivência e enfrentamento, 
da velhice, numa perspectiva social, psicológica e também biológica. Que 
envelhecer é muito mais que um processo humano e natural e que o que é 
construído durante toda a vida, resulta na forma e na qualidade de como vamos 
envelhecer. 
Essa amostra, de uma parte da população idosa, da qual aplicamos nossos 
estudos, nos trouxe diferentes formas de como o homem pode ser afetado, pelo 
ambiente que vive e as relações que constroem, de forma positiva e negativa, e que 
o envelhecimento, dentro da subjetividade de cada um, tem um significado diferente. 
Nessa reflexão nos cabe pensar, que não existe um modelo ideal de velhice, 
e nem um manual de como ela pode ser vivida, nos cabe pensar, que somos aquilo 
que construímos ao longo da vida, e o quanto importante, principalmente para nossa 
saúde mental, é a forma como enxergamos e enfrentamos a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
REFERENCIAS 
 
HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na Sociologia. 3.ed.rev. e atual. 
Petrópolis: Vozes, 1992. 
 
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 8ª ed. 
Porto Alegre: ARTMED, 2006. 
 
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 12ª 
ed. Porto Alegre: ARTMED, 2013. 
 
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da População 2018: 
número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047. Agencia IBGE de 
Noticias (2018) Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-
de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21837-projecao-da-populacao-2018-
numero-de-habitantes-do-pais-deve-parar-de-crescer-em-2047> Acessado em 13 de 
maio de 2019. 
 
MARTINS, E. R.; ET AL. Avaliação Da Qualidade De Vida Subjetiva Dos Idosos: 
Uma Comparação Entre Os Residentes Em Cidades Rurais E Urbanas. Estud. 
Interdiscip. Envelhec., Porto Alegre, V. 11, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
ANEXO 1 – Termos de Consentimento

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