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Indaial – 2022
no Handebol
Prof. David Braga de Lima
Prof. Thiago Luis da Silva Castro
1a Edição
Prescrição e 
TreinamenTo
Elaboração:
Prof. David Braga de Lima
Prof. Thiago Luis da Silva Castro
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
L732p
Lima, David Braga de
 Prescrição e treinamento no handebol. / David Braga de Lima; 
Thiago Luis da Silva Castro. – Indaial: UNIASSELVI, 2022.
 184 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0462-8
 1. Universo do handebol. – Brasil. I. Castro, Thiago Luis da Silva. II. 
Centro Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 796
Caro acadêmico, bem-vindo ao Livro Didático de Prescrição e Treinamento no 
Handebol. Venha conhecer um pouco deste esporte coletivo que é uma das modalidades 
olímpicas mais praticadas no Brasil e no mundo.
 
O livro está dividido em três unidades didáticas, que irão abordar alguns 
aspectos do universo do Handebol, a fim de proporcionar uma melhor compreensão da 
aprendizagem e prescrição de treinamento desta modalidade. Além disso, em diversos 
momentos, o convidaremos a acessar materiais complementares, como vídeos, artigos 
e outros conteúdos interativos em seu ambiente virtual acadêmico, proporcionando 
uma formação ainda mais completa.
Dessa maneira, na Unidade 1, serão abordados conteúdos relacionados à origem, 
histórico, evolução e desenvolvimento do esporte, proporcionando um panorama 
atualizado das principais características, popularidade e grandeza do Handebol. No final 
desta unidade, serão apresentadas as principais regras do esporte.
A seguir, na Unidade 2, aprenderemos os principais métodos de treinamento 
em esportes coletivos, bem como os aspectos fundamentais do jogo em si, como os 
fundamentos do handebol, movimentações e posições, estratégias e sistemas no 
handebol. Ao final, desta unidade, você será capaz de entender todos os aspectos 
elementares do jogo e aplicar no contexto prático.
 
Por fim, na Unidade 3, serão apresentados alguns processos, planejamentos, 
organização e ciclos de treinamentos da iniciação ao alto rendimento em handebol, 
além de trazer algumas informações relacionadas ao handebol de areia e o handebol 
em cadeira de rodas.
 
Esperamos que este livro contribua com sua formação profissional e que 
estimule ainda mais a busca pelo saber e conhecimento.
 
Avante! Bons estudos e sucesso.
 
Prof. David Braga de Lima
Prof. Thiago Luis da Silva Castro
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confi ra, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - HISTÓRICO, ORIGEM, EVOLUÇÃO, DESENVOLVIMENTO DO 
ESPORTE E REGRAS .............................................................................................................. 1
TÓPICO 1 - ORIGEM E HISTÓRICO DO HANDEBOL ...............................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 HISTÓRICO DO HANDEBOL ................................................................................................3
3 A EVOLUÇÃO ESPORTIVA DO HANDEBOL ......................................................................... 7
RESUMO DO TÓPICO 1 .........................................................................................................10
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................................11
TÓPICO 2 - O HANDEBOL NO BRASIL ................................................................................. 13
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13
2 ORIGEM DO HANDEBOL NO BRASIL ................................................................................ 13
3 EVOLUÇÃO DO HANDEBOL NACIONAL E PRINCIPAIS CONQUISTAS ............................ 15
RESUMO DO TÓPICO 2 ......................................................................................................... 17
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................18
TÓPICO 3 - COMPREENDENDO O JOGO ............................................................................. 21
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 21
2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICA DO JOGO ...................................................................... 22
3 CONJUNTO DE REGRAS ATUAIS DO HANDEBOL .......................................................... 30
3.1 REGRAS DE AMBIENTE .......................................................................................................................313.2 REGRAS ASSOCIADAS AO GOLEIRO/ÁREA DO GOL .................................................................. 37
3.3 REGRAS RELACIONADAS A CONDUTAS E GOL ...........................................................................39
3.4 REGRAS SOBRE OS TIROS ..............................................................................................................42
3.5 REGRAS SOBRE PUNIÇÕES, SANÇÕES E ARBITRAGEM .......................................................... 47
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................. 51
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 56
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................57
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................59
UNIDADE 2 — INICIAÇÃO, FUNDAMENTOS, TREINAMENTO, MEIOS TÁTICOS 
E SISTEMAS DE JOGO ......................................................................................................... 61
TÓPICO 1 — METODOLOGIAS DE TREINAMENTO EM ESPORTES COLETIVOS ................ 63
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 63
2 MÉTODO GLOBAL, PARCIAL E MISTO ............................................................................. 63
2.1 MÉTODO GLOBAL ................................................................................................................................63
2.1.1 Jogos recreativos .......................................................................................................................65
2.1.2 Pequenos jogos .........................................................................................................................66
2.1.3 Grandes jogos ............................................................................................................................ 67
2.2 MÉTODO PARCIAL ..............................................................................................................................68
2.3 MÉTODO MISTO ...................................................................................................................................70
3 MÉTODO SITUACIONAL, UNIVERSAL E CONFRONTAÇÃO .............................................70
3.1 MÉTODO UNIVERSAL ..........................................................................................................................70
3.2 MÉTODO SITUACIONAL ..................................................................................................................... 72
3.2.1 Jogo motriz ou adaptado ........................................................................................................ 73
3.3 MÉTODO DE CONFRONTAÇÃO ........................................................................................................ 76
RESUMO DO TÓPICO 1 ......................................................................................................... 77
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................78
TÓPICO 2 - MOVIMENTAÇÕES, GESTOS MOTORES; FUNDAMENTOS DO 
HANDEBOL E POSIÇÕES NO HANDEBOL ...........................................................................81
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................81
2 POSICIONAMENTO E MOVIMENTAÇÕES NO HANDEBOL ...............................................81
2.1 POSIÇÕES BÁSICAS ............................................................................................................................87
2.2 DESLOCAMENTOS ............................................................................................................................. 88
2.3 MARCAÇÕES ....................................................................................................................................... 88
2.4 INTERCEPTAÇÕES ..............................................................................................................................90
2.5 BLOQUEIOS .......................................................................................................................................... 91
3 GESTOS MOTORES E FUNDAMENTOS NO HANDEBOL .................................................. 92
3.1 EMPUNHADURA ..................................................................................................................................92
3.2 RECEPÇÃO ...........................................................................................................................................93
3.3 PASSES .................................................................................................................................................94
3.4 ARREMESSO ........................................................................................................................................96
3.5 DRIBLE ..................................................................................................................................................98
3.6 RITMO TRIFÁSICO OU DUPLO TRIFÁSICO ....................................................................................98
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................99
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................100
TÓPICO 3 - ESTRATÉGIAS, MEIOS TÁTICOS E PRINCIPAIS SISTEMAS 
NO HANDEBOL ...................................................................................................................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................103
2 PRINCIPAIS RECURSOS ESTRATÉGICOS NO HANDEBOL............................................103
2.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ....................................................................................................104
2.2 FUNCIONAMENTO TÁTICO ..............................................................................................................104
2.3 IMPLANTAÇÃO DAS TÁTICAS .........................................................................................................105
3 PRINCIPAIS SISTEMAS DE ATAQUE E DEFESA NO HANDEBOL ...................................107
3.1 SISTEMAS DEFENSIVOS DO HANDEBOL .....................................................................................108
3.1.1 Sistema de defesa individual ................................................................................................108
3.1.2 Sistema de defesa por zona .................................................................................................108
3.1.3 Sistema de defesa misto ........................................................................................................110
3.2 SISTEMAS OFENSIVOS DO HANDEBOL ........................................................................................111
3.2.1 Sistema ofensivo 6 x 0 .............................................................................................................111
3.2.2 Sistema ofensivo 5 x 1 ............................................................................................................112
3.2.3 Sistema ofensivo 4 x 2 ...........................................................................................................112
3.2.4 Sistema ofensivo 3 x 3 ...........................................................................................................113
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................... 114
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................119
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................120
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................122
UNIDADE 3 — CICLOS DE TREINAMENTO, ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO DE 
EQUIPES, HANDEBOL DE AREIA E HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS .......................125
TÓPICO 1 — PROCESSOS E CICLOS DE TREINAMENTOS DA INICIAÇÃO AO ALTO 
RENDIMENTO EM HANDEBOL ........................................................................................... 127
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 127
2 PRINCIPIOS DO TREINAMENTO ESPORTIVO ................................................................ 127
3 CICLOS DE TREINAMENTO NAS MODALIDADES COLETIVAS ......................................128
3.1 PERIODIZAÇÃO ................................................................................................................................. 129
3.2 NÍVEIS DE APRENDIZAGEM ..........................................................................................................130
3.3 SISTEMAS ENERGÉTICOS VOLTADOS PARA O HANDEBOL ...................................................130
3.4 CAPACIDADES FÍSICAS NO HANDEBOL ......................................................................................131
3.5 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS NO POSICIONAMENTO NO HANDEBOL .................................. 132
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................134
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................135
TÓPICO 2 - ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO DE EQUIPES DA INICIAÇÃO AO 
ALTO RENDIMENTO EM HANDEBOL ................................................................................. 137
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 137
2 ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA E PLANTEL ........................................................ 137
2.1 ORGANIZAÇÃO DO PLANTEL ..........................................................................................................140
2.1.1 Especificidades físicas ............................................................................................................140
2.1.2 Esforço e recuperação no handebol .................................................................................144
2.1.3 Demanda energética durante o jogo ................................................................................ 147
2.1.4 Treinamento físico no handebol ..........................................................................................148
2.1.5 Treinamento tático no handebol .......................................................................................... 149
2.1.6 O processo de EAT nas categorias infantil, cadete e juvenil do handebol ...............150
2.1.7 Testes físicos ............................................................................................................................150
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................153
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................154
TÓPICO 3 - ADAPTAÇÕES AO HANDEBOL ....................................................................... 157
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 157
2 O HANDEBOL DE AREIA .................................................................................................. 157
2.1 REGRAS ................................................................................................................................................ 159
2.2 PRINCIPAIS DIFERENÇAS TÉCNICO-TÁTICAS ........................................................................... 163
2.2.1 Principais sistemas ofensivos e defensivos do handebol de areia ............................ 163
3 O HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS ..........................................................................166
3.1 O SURGIMENTO DO HANDEBOL ADAPTADO .............................................................................. 166
3.2 HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS COM SETE JOGADORES (HCR7)............................... 169
3.3 HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS COM QUATRO JOGADORES (HCR4) ......................... 171
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................... 174
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................178
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 179
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................180
1
UNIDADE 1 -
HISTÓRICO, 
ORIGEM, EVOLUÇÃO, 
DESENVOLVIMENTO DO 
ESPORTE E REGRAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer e compreender a história e o contexto do handebol;
• compreender o processo de evolução do handebol mundial e nacional;
• compreender as características do jogo;
• reconhecer os fundamentos do handebol e sua aplicabilidade du¬rante o jogo.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ORIGEM E HISTÓRICO DO HANDEBOL
TÓPICO 2 – O HANDEBOL NO BRASIL
TÓPICO 3 – COMPREENDENDO O JOGO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
ORIGEM E HISTÓRICO DO HANDEBOL
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, no contexto histórico do jogo de handebol pode-se perceber 
inúmeras mudanças, desde o seu surgimento até os dias atuais. Este tópico abordará o 
contexto histórico do desenvolvimento do esporte. Destacamos que o handebol é uma 
das modalidades esportivas mais praticadas no mundo, sendo um grande infl uenciador 
de integração sociocultural, assumindo o fator social com forte associação à formação 
e desenvolvimento do ser.
O fato do handebol ser uma das modalidades mais praticadas, se deve à 
diversidade de formas e regras de jogo, pois estas são diferentes a depender do público 
e interesse pela prática, assim como a necessidade de uso de pouco material para sua 
realização.
O presente tópico apresenta e discute as diversas formas de aparição e 
concretização do handebol, no ensino formal e não formal. Portanto, convidamos você, 
acadêmico, a nos acompanhar em meio ao contexto histórico do handebol. 
TÓPICO 1 -UNIDADE 1
2 HISTÓRICO DO HANDEBOL
A bola é sem dúvida um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo 
e vem cativando o homem há milênios. 
As primeiras aparições de jogos incluindo o uso da bola tiveram início na 
Odisseia, de Homero. Gregos e romanos utilizavam o jogo e o determinavam de acordo 
com a forma e como eram desenvolvidos. Um exemplo disso, era o de Phenilde e Ludere 
Raptum que avaliavam as ações de arremesso, desequilíbrio do adversário ou desarme 
como tentativa de resgatar a bola. 
Caro acadêmico, não se preocupe, pois, na Unidade 3, será abordado o 
conteúdo sobre as características do jogo e você terá contato com algumas 
formas de jogo.
ESTUDOS FUTUROS
4
O jogo de handebol passou por diversas mudanças a partir de sua criação 
no século XIX. O esporte teve como base jogos denominados Raffballspied, Hazena, 
Handbold e Torball.
FIGURA 1 – JUEGOSDE PELOTA
FONTE: <https://bit.ly/3riCMsl>. Acesso em: 30 out. 2021.
 
Ao que tudo indica, um dos primeiros jogos parecidos com o handebol foi 
realizado na China, tal jogo era chamado de Kemari, que consistia em um jogo com uma 
bola de couro cheia de pelos de animais, tinha como objetivo levar a bola ao campo 
adversário sem derrubá-la, o Kemari teria dado origem ao handebol. Historiadores datam 
sua origem a 2.000 a.C., na Grécia Antiga, quando era desenvolvido um jogo denominado 
Urânia, que era praticado com as mãos e uma bola que se aproximava ao tamanho de 
uma maçã, no entanto, não havia as balizas, popularmente conhecidas como gol. Os 
romanos conheciam um jogo chamado Haspastum, o qual também era praticado com 
as mãos. Mesmo durante a Idade Média, eram os jogos com bola praticados como lazer 
por rapazes e moças (NAGI-KUNSAGI, 1983; VIEIRA; FREITAS, 2007).
FIGURA 2 – O JOGO KEMARI
FONTE: <https://bit.ly/3rgcRkW> Acesso em: 30 out. 2021.
5
Na França, o Rabelais (1494-1533) mencionava uma espécie de handebol (esprés 
jouaiant â la balle, à la paume). Em 1848, o professor dinamarquês Holger Nielsen criou 
um jogo denominado Haandbold, determinando uma série de regras. No mesmo período, 
surgia um jogo denominado Hazena, na Tchecoslováquia, este jogo era praticado em um 
campo de 45 x 30 m, com sete jogadores, também era jogado com as mãos e o gol era 
feito em balizas de 3 x 2 m. Este jogo foi regulamentado pelo Professor Kristof Antonin, 
porém, somente em 1921, suas regras foram publicadas e divulgadas por toda a Europa. 
Há também indícios de um jogo similar na Irlanda e no El Balon, do uruguaio Gualberto 
Valetta, como precursores do handebol. Entretanto o handebol, como é conhecido e 
jogado hoje, foi introduzido no século XX, na Alemanha, denominado como Raftball. 
Em 1912, o handebol foi levado a campo pelo alemão Hirschmann, então Secretário da 
Federação Internacional de Futebol (NAGI-KUNSAGI, 1983; VIEIRA; FREITAS, 2007).
FIGURA 3 – O HANDEBOL
FONTE: <https://bit.ly/3jt0XzY> Acesso em: 30 out. 2021.
A I Guerra Mundial (1915-1918) foi um período decisivo para o desenvolvimento 
do jogo, quando o professor de ginástica berlinense Max Heiser, inventou um jogo ao 
ar livre, derivado do Torball, para as operárias da Fábrica Siemens, porém, quando os 
homens começaram a praticá-lo, houve a necessidade de um aumento da área do jogo 
para as medidas do campo de futebol.
Em 1919, houve uma reformulação do jogo deixando de se chamar Torball, 
passando a chamar-se Handball, o responsável por essa mudança foi o professor alemão 
Karl Schelenz. Assim como a reformulação do nome, houve também a publicação das 
regras pela Federação Alemã de Ginástica para o jogo com 11 jogadores. Já Schelenz 
levou o jogo em caráter competitivo para a Áustria e Suíça, além da Alemanha. 
Em 1920, o diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tornou o jogo 
desporto oficial. A divulgação na Europa não foi difícil, já que Karl Schelenz era professor 
na Universidade de Berlim, onde seus alunos, principalmente os estrangeiros, difundiram 
as regras então propostas para vários países (CZERWINSKI, 1993).
6
FIGURA 4 – PROFESSOR KARL SCHELENZ
FONTE: <https://bit.ly/3Joi4h7> acesso em 30 out. 2021.
Todavia, somente o handebol jogado no campo de futebol, chamado de 
“handebol de campo” teve maior popularidade, sendo incluído nos Jogos Olímpicos 
realizados em Berlim (1936), marcando sua primeira aparição em uma Olimpíada. Dois 
anos mais tarde, também na Alemanha, aconteceu o primeiro Campeonato Mundial, 
que trazia o handebol de campo com oito participantes e o de salão com apenas quatro. 
Em 1952, o handebol voltou aos Jogos Olímpicos, em Helsinque, como esporte de 
demonstração, se estabelecendo defi nitivamente no programa olímpico, em Munique 
1972. Na edição seguinte (1976), o handebol feminino também passou a fazer parte dos 
Jogos Olímpicos, em Montreal.
FIGURA 5 – HANDEBOL NOS JOGOS OLÍMPICOS DE BERLIM (1936)
FONTE: <https://bit.ly/3v8TICP> acesso em 30 out. 2021.
Para melhor visualização de como era o handebol de campo, acesse: 
https://bit.ly/3ri1r07.
DICA
7
Já o handebol de areia teve suas regras desenvolvidas pelos holandeses, 
e era considerado como jogo limpo, por possuir pouco contato físico. Após algumas 
propostas e trocas de experiências, Itália e Holanda formaram novas regras que seriam 
oficializadas pela IHF (Federação Internacional de Handebol). As primeiras competições 
oficiais de handebol de areia foram organizadas pelos italianos, na praia de Giulianova, 
em 1993 (RIBEIRO; RIBEIRO, 2008).
No contexto do Brasil, o handebol de areia surge na década de 1980, sendo 
uma modalidade praticada nas praias como forma de recreação durante o verão. Por 
se tratar de um esporte diferente e ainda não ter constituição de regras naquela época, 
utilizava-se as dimensões e regras do handebol de salão. A modalidade fora apresentada 
no Congresso Internacional de Handebol em Amsterdam, ao Comitê Olímpico Brasileiro 
pelo professor Manoel Luiz Oliveira, que sugeriu a inclusão da modalidade no Festival 
Olímpico de Verão em 1996 (RIBEIRO; RIBEIRO, 2008).
3 A EVOLUÇÃO ESPORTIVA DO HANDEBOL
Como citado anteriormente, o handebol foi criado em 1919 pelo alemão Karl 
Schelenz que foi um professor de educação física e atleta. Nesse sentido, podemos 
perceber que passados cerca de 100 anos, o handebol sofreu algumas alterações, até 
estabelecer-se da maneira como o conhecemos hoje.
O handebol, inicialmente, fora criado para ser um esporte jogado por mulheres, 
assim como o jogo era disputado ao ar livre, em campos menores ou gramados. Os 
primeiros jogos da modalidade foram realizados em Berlim, no período pós I Guerra 
Mundial. Sua difusão mundial aconteceu rapidamente, assim como também passou a 
ser jogado por equipes masculinas (VIEIRA; FREITAS, 2007).
FIGURA 6 – OLIMPÍADAS 1936
FONTE: <https://bit.ly/3xj98XL> Acesso em 30 out. 2021.
8
O esporte começou a ser praticado nos campos de futebol com 22 jogadores, 
11 para cada lado, até que em 1920, com a ofi cialização da modalidade, ocorreram as 
primeiras mudanças no esporte, o jogo passou a ser praticado por 14 participantes, sete 
de cada lado. Foram os suecos, em 1924, que começaram a disputar as partidas em 
ginásios, por causa do frio. Entretanto, o handebol como conhecemos atualmente teve 
sua estreia mundial em 1938, na Alemanha. 
Em 1954, a Federação Internacional de Handebol (IHF) já havia sido criada, o 
handebol teve seu Campeonato Mundial realizado entre homens, e em 1957 entre as 
mulheres. Em 1966, a modalidade de campo foi excluída dos mundiais (NAGI-KUNSAGI, 
1983; TENROLLER, 2004; COLLI, 2004).
FIGURA 7 – HANDEBOL DE QUADRA
FONTE: <https://bit.ly/3Jwc31P> Acesso em 30 out. 2021.
Os Jogos de Berlim foram essenciais para o desenvolvimento do handebol.
ATENÇÃO
Acadêmico, para uma visualização do jogo composto por 11 jogadores de cada 
lado, assista ao vídeo, disponível em: https://youtu.be/GzBO8M1xhmo.
DICA
9
Até 1985 existia uma exigência específica a respeito da cor da bola, isto é, antes 
dessa data, a exigência é que a bola só pudesse ser de uma cor apenas, atualmente a 
bola passa por mudanças em cores e design. Até 1981, usava-se um “lance de escanteio”, 
hoje designado arremesso de escanteio. A partir de 1970, o sistema de dois árbitros 
passou a existir, anteriormente era preciso apenas um árbitro e dois juízes de gol. O 
resgate da bola só poderia ser feito se a bola estivesse no ar, diferentemente de hoje 
que se pode resgatá-la no chão. Em 1997, o timeout foi incluído nas regras.
Em 1981, o tiro de sete metros era concedido em qualquer lugar na metade da 
quadra do defensor, em 2001, este foi alterado para um lance livre. Assim como o cartão 
amarelo, que foi colocado como regra em 1977, e o vermelho em 1985. Ainda em 1981, 
foi decidido que a tentativa de resgate de uma bola, chamada de “passos” ou “falta 
ofensiva”, antes era utilizada para trazer a bola sem um reinício do jogo, este atohoje é 
punível de suspensão. 
Em 2005, o lance livre foi trocado pelo tiro de meta, fazendo com que o reinício 
seja mais rápido. E finalmente uma das mudanças mais importantes em termos de 
impacto no jogo foi introduzida em duas etapas (1997 e 2001), o tiro de saída poderia ser 
executado sem à espera da volta do adversário para o seu meio-campo, em 2001 decidiu-
se que a movimentação dos jogadores antes feita somente a partir do lançamento da 
bola seria substituída pela movimentação a partir do apito, passando a se chamar um 
“tiro de saída rápida” (TENROLLER, 2004; GRECO; ROMERO, 2012)
Caro acadêmico, vamos revisar os pontos principais deste tópico! Pedimos que 
você atente para o resumo que será apresentado a seguir, e caso ainda sinta a 
necessidade de reforçar algum ponto, lhe convidamos a relê-los. Combinado?
GIO
10
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• As primeiras aparições de jogos incluindo o uso da bola tiveram início na Odisseia 
de Homero.
• Um dos primeiros jogos parecidos com o handebol foi realizado na China.
• Antes de o handebol ser criado, existiam outros jogos que se aproximavam à forma 
deste esporte. 
• O handebol foi criado pelos alemães no ano de 1919, desenvolvido no campo. 
• A IHF é a Federação Internacional que regulamenta a modalidade. 
• O handebol foi incluído nos Jogos Olímpicos em Berlim no ano de 1936.
• O handebol sofreu grande evolução esportiva e diversas alterações técnicas.
RESUMO DO TÓPICO 1
11
1 Durante a história, diversos jogos surgiram com a intenção de exibir a virilidade e 
poder de uma nação, como forma de lazer ou até mesmo uma simples atividade 
física. De acordo com a origem do handebol, é CORRETO afirmar:
a) ( ) O handebol como conhecemos hoje é praticado, há pelo menos 600 anos, desde 
o reinando do Rei Henrique VI.
b) ( ) O raftaball foi um dos esportes que deram origem ao handebol, criado nas praias 
da Grécia.
c) ( ) O handebol, surgiu de práticas esportivas realizadas em quintais de areia e praias 
de Portugal.
d) ( ) É correto afirmar que o jogo torball foi precursor do handebol, jogado nos ginásios 
americanos.
e) ( ) Inicialmente o handebol era jogado em gramados com mais jogadores, surgido 
a partir do torball.
2 Um dos grandes marcos para qualquer modalidade esportiva é a primeira aparição 
em uma Olimpíadas. A respeito da primeira aparição do handebol em uma Olimpíada, 
assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Apareceu pela primeira vez nos Jogos Olímpicos realizados em Berlim (1936), 
marcando sua primeira aparição de uma variação do handebol nas Olimpíada.
b) ( ) Apareceu pela primeira vez em 1952, nos Jogos Olímpicos em Helsinque.
c) ( ) Surgiu inicialmente em Munique, em 1972.
d) ( ) O handebol ficou marcado pela primeira exibição nos Jogos Olímpicos de Tóquio, 
em 1924.
e) ( ) Apareceu pela primeira vez em 1952, nos Jogos de Berlim.
3 O estudo das origens de uma modalidade esportiva nos ensina como ela era praticada 
em sua concepção, e quais necessidades precisaram ser inseridas ou alteradas para 
que o esporte se torna-se mais harmonioso. Neste sentido, assinale a alternativa 
CORRETA sobre a origem das sanções disciplinares.
a) ( ) Os cartões amarelo, vermelho e azul foram inseridos no ano de 1952.
b) ( ) O cartão azul existe desde a origem do nome handebol, sendo substituído pelo 
vermelho em 1942.
c) ( ) O cartão amarelo foi colocado como regra em 1985. 
d) ( ) O cartão vermelho foi criado em 1977.
e) ( ) O cartão amarelo foi colocado como regra em 1977 e o vermelho em 1985.
AUTOATIVIDADE
12
4 Explique por que, diferente de outros esportes coletivos de quadra como o voleibol e 
basquete, é tão difícil afirmar com precisão a origem do handebol. 
5 Ao longo da história, o handebol sofreu diversas modificações e variações, cite uma e 
fale um pouco de suas características.
 
13
 O HANDEBOL NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, agora que já conseguimos entender melhor o surgimento 
do handebol e como este veio a se desenvolver mundialmente. 
Este tópico abordará o contexto histórico do handebol no Brasil, o surgimento, 
desenvolvimento do esporte. Destacamos que o handebol teve grande crescimento e 
visibilidade a nível mundial e nacional.
O desenvolvimento do handebol no Brasil se dá principalmente pela região 
Sudeste. Considerando isso, a introdução do handebol foi realizada pelas colônias 
europeias. As instituições começaram a surgir, trazendo significado e força para o 
esporte.
O presente tópico apresenta e discute a origem do handebol no Brasil, assim 
como a concretização do esporte no cenário nacional. 
Também veremos os principais órgãos e conquistas do Brasil no handebol. 
Portanto, convidamos você, acadêmico, a nos acompanhar em meio ao contexto 
histórico do handebol nacional. 
2 ORIGEM DO HANDEBOL NO BRASIL
 
O handebol a nível nacional, mesmo que pouco visibilizado pelas mídias, ocupa 
o segundo lugar como modalidade mais praticada, perdendo apenas para o futebol. Em 
2003, o Brasil ocupava a quinta posição com relação ao número de praticantes. 
O handebol estabeleceu-se principalmente na região Sul do país, isso porque as 
condições climáticas eram mais adequadas ao jogo. Entretanto, foi em São Paulo que 
esse esporte veio a se desenvolver com força. 
Em 1940, ocorreu a fundação da Federação Paulista de Handebol (VIEIRA; 
FREITAS, 2007; MELHEM, 2004).
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
14
FIGURA 8 – O HANDEBOL ANTIGO
FONTE: <https://bit.ly/3JvgrhJ> Acesso em 30 out. 2021.
Com o rápido crescimento do handebol em território nacional, veio a necessidade 
da criação de uma Confederação, sendo fundada, em 1979, a Confederação Brasileira 
de Handebol (CBHb). A criação da Confederação foi um grande avanço para o esporte, 
que antes era organizado pela Confederação Brasileira de Desportos. Em 1980, a CBHb 
promoveu a 1ª Taça Brasil de Clubes, na cidade de São Paulo.
FIGURA 9 – LOGO DA CBHB
FONTE: <https://cbhb.org.br/> Acesso em: 30 out. 2021.
Além da CBHb, o Cômite Olímpico do Brasil é um dos principais órgãos 
atuantes no esporte. Entenda melhor no link a seguir: https://bit.ly/3O4PtAI.
ATENÇÃO
15
3 EVOLUÇÃO DO HANDEBOL NACIONAL E PRINCIPAIS 
CONQUISTAS
Como visto anteriormente, o handebol brasileiro passou por um crescimento 
expansivo. Em 1991, o Brasil, pela primeira vez participa de Campeonatos Mundiais 
Juniores, que aconteciam na Grécia e França. 
No ano seguinte, a seleção brasileira masculina tem sua primeira participação 
nos Jogos Olímpicos, mas foi apenas em 2000 que a seleção feminina conseguiu 
participar dos Jogos Olímpicos que ocorreram em Sydney. 
Essa edição foi extremamente importante, pois o time feminino alcançou o oitavo 
lugar, representando um marco para o handebol nacional, e despertando interesse no 
cenário mundial (CBHB, 2021).
Prezado acadêmico, para compreender melhor o surgimento do handebol 
mundial e nacional, assista ao vídeo disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=yyXO3CRf_Sg.
DICA
Em 2004, o Brasil volta aos Jogos Olímpicos em Atenas, com as seleções 
masculina e feminina, muito bem estruturado em sua preparação, o time masculino 
levou o 10º lugar e o feminino 7º. 
Posteriormente, nos Jogos Olímpicos de Pequim, na China, em 2008, a equipe 
feminina conseguiu o 9º lugar e a masculina 11º. No entanto, em 2012, na edição de 
Londres, o handebol nacional conquistou se espaço internacionalmente, esse ano a 
equipe era comandada pelo técnico dinamarquês Morten Soubak, quando a seleção 
feminina fez história. 
A equipe brasileira se classifi cou para as eliminatórias, depois de conquistar o 
1º lugar na fase de grupos, apresentando a melhor campanha na história dos Jogos 
Olímpicos. 
Acadêmico, veja algumas informações referentes aos jogos de Sidney em 
2000, disponível em: https://bit.ly/3JBt7Uk.
DICA
16
O Brasil conquistou o 6º lugar, superando sua marca de 2004. Até que, em 2013, 
a mesma seleção consagrou-se campeã mundial, apresentando o melhor resultado dahistória do país. 
Sequencialmente, em 2015, o Brasil conseguiu a 16ª colocação no Campeonato 
Mundial ocorrido na Suécia, e, em 2017, na França, o Brasil terminou novamente em 16ª, 
após ser eliminado pela Espanha nas oitavas de final (CBHB, 2021).
FIGURA 10 – SELEÇÃO BRASILEIRA FEMININA, CAMPEONATO MUNDIAL (2013)
FONTE: <https://bit.ly/3JxR52u> Acesso em: 30 out.2021.
Acesse o site da CBHb para ter informações das competições: https://cbhb.org.br/.
DICA
Vamos entender um pouco dos esforços e ações que foram desenvolvidas para a 
realização das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Para isso, leia parte do artigo 
de Philipe Rocha de Camargo, Thiago de Oliveira Santos, Suélen Barboza Eiras de 
Castro e Fernando Marinho Mezzadri, disposto como Leitura Complementar ao 
final do Tópico 3 desta unidade.
ESTUDOS FUTUROS
Caro acadêmico, vamos revisar os pontos principais deste tópico! Pedimos que 
você atente para o resumo que será apresentado a seguir, e caso ainda sinta a 
necessidade de reforçar algum ponto, lhe convidamos a relê-los. Combinado?
GIO
17
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O handebol, a nível nacional, ocupa o segundo lugar como modalidade mais praticada.
• Em 1940 foi fundada a Federação Paulista de Handebol.
• Em 1979 foi fundada a Confederação Brasileira de Handebol.
• Em 1980, a CBHb promoveu pela primeira vez a Taça Brasil de Clubes.
• Em 1991, o Brasil, pela primeira vez, participa de campeonatos.
• Em 1992, a seleção brasileira masculina tem sua primeira participação nos Jogos 
Olímpicos.
• Em 2000, a seleção feminina entra nos Jogos Olímpicos.
• Em 2004, o Brasil volta aos Jogos Olímpicos em Atenas.
• Ao longo dos anos o Brasil se destacou em diversos Jogos Olímpicos e campeonatos. 
18
1 O handebol teve grande crescimento e visibilidade a nível mundial e nacional. A 
introdução do handebol no Brasil foi realizada pelas colônias europeias. As instituições 
começaram a surgir, trazendo significado e força para o esporte. De acordo com a 
origem e desenvolvimento do handebol no Brasil, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) O handebol surgiu no Nordeste do Brasil e se desenvolveu mais fortemente em 
Pernambuco.
b) ( ) Surgiu no Sul do país, com destaque para Santa Catarina, onde surgiu a primeira 
Federação Brasileira de Handebol.
c) ( ) Há relatos históricos que o handebol foi praticado inicialmente na região Sul do 
Brasil, mas veio a se desenvolver mais fortemente em São Paulo.
d) ( ) A primeira Federação Brasileira de Handebol surgiu em Minas Gerais.
e) ( ) O handebol começou a ser praticado no Brasil após as olimpíadas de Berlim, 
aproximadamente na década de 1970.
2 Uma das principais características de um esporte é a institucionalização de um órgão 
maior que organiza e rege as regras, competições e desenvolvimento do esporte em 
um país. Neste sentido assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Com o rápido crescimento do Handebol em território nacional, veio a necessidade 
da criação de uma Confederação, sendo fundada, em 1979, a Confederação 
Brasileira de Handebol (CBHb).
b) ( ) O órgão que organiza o handebol no Brasil se chama Federação Brasileira de 
Handebol (FBH), criada no ano e 1970.
c) ( ) Com o rápido crescimento do handebol em território nacional, veio a necessidade 
da criação de uma Confederação, sendo fundada, em 1979, a Federação Brasileira 
de Handebol (FBH).
d) ( ) O órgão que organiza o handebol no Brasil se chama Confederação Brasileira de 
Handebol (CBHb), criada no ano e 1970.
e) ( ) No Brasil, o handebol é gerido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), não 
possuindo um órgão específico que o gerencia.
3 O Handebol é um dos esportes mais praticados no Brasil, possuindo um histórico 
interessante nas competições ao redor do mundo. Sobre o melhor resultado alcançado 
em uma competição internacional, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) 1º lugar no Campeonato Mundial de 2013, pela seleção feminina brasileira.
b) ( ) 1º lugar no Campeonato Mundial de 2013, pela seleção masculina brasileira.
c) ( ) 3º lugar no Campeonato Mundial de 2013, pela seleção feminina brasileira.
AUTOATIVIDADE
19
d) ( ) 3º lugar no Campeonato Mundial de 2013, pela seleção feminina brasileira.
e) ( ) 1º lugar nas Olímpiadas do Rio em 2016, pela seleção feminina brasileira.
4 O handebol brasileiro vem apresentando uma expansão expressiva nas últimas 
décadas, tanto no número de adeptos, quanto nos resultados em competições 
internacionais. A que se deve esse desenvolvimento?
5 Conforme exposto neste tópico, o handebol estabeleceu-se principalmente na 
região Sul do país, pois as condições climáticas eram mais adequadas ao jogo. Agora, 
explane o porquê da importância do Estado de São Paulo na história do Handebol?
20
21
TÓPICO 3 - 
COMPREENDENDO O JOGO
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores, foi possível perceber que o handebol possui relação 
com diversos jogos da antiguidade, sofrendo inúmeras mudanças em sua concepção, 
característica e regras, até chegar ao esporte de alto rendimento que conhecemos hoje. 
Essas mudanças acompanharam a realidade histórica e sociocultural de cada 
civilização, proporcionando adaptações e variações do handebol de quadra, como o 
handebol em campo aberto, o handebol de praia, o mini-handebol e o handebol em 
cadeira de rodas.
Neste tópico, você terá acesso às principais características e regras do handebol 
olímpico, ou de quadra, a fim de promover conhecimentos basilares para a compreensão 
da modalidade esportiva, dinâmica do jogo e seu seguimento. 
Apresentaremos, também, a diferença entre esporte e jogo, e como o handebol 
pode ser classificado de acordo as diferentes categorias do esporte, permitindo 
compreender a essência da modalidade e suas principais características.
Por fim, de forma didática, serão apresentadas as principais regras do handebol, 
a fim de demonstrar o dinamismo e funcionamento do jogo. Neste sentido, é importante 
que você leia mais atentamente o livro de regras do handebol (IHF, 2016), publicado e 
disponibilizado pela CBHb, proporcionando um aprendizado mais completo. 
UNIDADE 1
Além disso, é fundamental que você assista e leia os materiais complementares 
que separamos neste tópico, pois servirão de ferramenta pedagógica na 
construção de seu conhecimento.
ATENÇÃO
22
2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICA DO JOGO
Antes de apresentar as principais características do jogo de handebol, é 
importante compreender e conceituar as definições de esporte e jogo, para então 
entendermos como o handebol se insere nessas concepções e como podemos 
classificá-lo. 
Não existe, na literatura, um consenso sobre a diferenciação entre esporte e 
jogo, contudo, de modo geral, percebe-se que apesar de ambos possuírem similaridades, 
o esporte vai além, agregando mais áreas e características do que o jogo. 
 O esporte é muito mais do que um jogo, podendo ser compreendido como uma 
“atividade abrangente”, pois une diversas áreas basilares da humanidade como saúde, 
educação, turismo entre outros. 
Nesse sentido, entre as várias vertentes o esporte pode ser considerado 
como uma ferramenta poderosa educacional, na construção de um indivíduo crítico e 
emancipado (KUNZ, 2006); um recurso valioso, na manutenção da saúde e combate a 
doenças; ou, ainda, uma forma de estimular aspectos e habilidades físicas. 
Além disso, o esporte possui uma instituição, confederação ou órgão que o 
promove e controla as competições e regras, enquanto o jogo se apresenta de maneira 
mais flexível, apresentando modificações cotidianas entre seus adeptos e praticantes.
Por possuir uma complexidade maior, o esporte pode sofrer diversas 
classificações ou categorias, segundo as manifestações ou características de jogos 
(GONZALEZ, 2004). 
Estas classificações podem ser visualizadas no Quadro 1: 
QUADRO 1 – CLASSIFICAÇÕES DO ESPORTE SEGUNDO AS CARACTERÍSTICAS DO JOGO
CLASSIFICAÇÃO ESPORTE
Manifestações
Esporte educação
Esporte-participaçãoEsporte-performance
Participação
Individuais
Coletivos
Relação com adversário
Cooperação
Oposição
Relação com o jogo
Com interação com o adversário
Sem interação com o adversário
23
Jogos Sem Interação
Marca
Estética
Precisão
Jogos com Interação
Luta
Campo e taco
Rede/quadra dividida
Invasão ou territoriais
Ambiente
Com estabilidade ambiental
Sem estabilidade ambiental
FONTE: Os autores
Dessa forma, considerando as diferentes classificações esportivas existentes, o 
handebol pode ser categorizado como:
• Uma modalidade esportiva, do tipo coletiva, pois participam do jogo pelo menos 13 
jogadores, divididos em dois times de sete para cada lado da quadra.
• Um esporte de oposição, pois dois times disputam uma única bola, com o objetivo 
de realizar gols, nas balizas adversárias.
• Um esporte de interação, pois, durante dois tempos de 30 minutos, duas equipes 
realizam ações mútuas de ataque e defesa em uma quadra.
• Essa interação define o jogo como de invasão ou territorial, pois o objetivo 
é transpor a defesa do adversário levando a bola para dentro da baliza, com 
fundamentos e ações de ataque, ao mesmo tempo em que a equipe deve proteger 
sua meta, com fundamentos e ações de defesa.
• Um esporte de estabilidade ambiental, pois o jogo possui uma quadra delimitada, 
com zonas especificas, delimitadas para o início, sequência e final da partida. 
Essas características únicas, transformam o handebol em um jogo altamente 
atrativo, emocionante e imprevisível.
Uma modalidade esportiva é considerada um esporte coletivo quando sua 
estrutura, ou dinâmica, necessita de dois ou mais atletas para a execução e realização 
do jogo (GONZALEZ, 2004). 
Estas definições e classificações são importantes, pois são o primeiro passo para 
compreender a essência do jogo, possibilitando uma assimilação melhor das 
concepções básicas do handebol que abordaremos no próximo tópicos como 
as principais regras do handebol.
IMPORTANTE
24
Nesse sentido, dentre os quatro esportes coletivos de quadra mais praticados 
no Brasil (futsal, handebol, voleibol e basquetebol), o handebol destaca-se como o 
maior em número de jogadores que compõem uma equipe (formada por 16 atletas) e o 
maior em número de atletas, jogando simultaneamente, dentro de uma quadra, durante 
uma partida (não menos que cinco ou mais que sete jogadores de uma mesma equipe 
jogando ao mesmo tempo em quadra). 
Esse grande número de atletas disputando espaços dentro de uma quadra com 
outros atletas de uma equipe adversária, a fim de conquistar um implemento (bola) e 
levá-lo, por meio de técnicas, fundamentos e regras, para dentro da baliza adversária, 
gera uma relação de oposição com o adversário.
FIGURA 11 – SELEÇÃO FRANCESA CAMPEÃ DOS JOGOS OLÍMPICOS DE TOKIO
FONTE: <https://bit.ly/363BSbW>. Acesso em: 11 abr. 2022.
Uma das principais características do handebol é a oposição, compreendida 
nesta modalidade pela disputa de bola, domínio de território, espaço e posicionamento, 
por meio de ações de ataque e defesa, com o objetivo de gerar o maior número de gols. 
Contudo, o Handebol também deve ser caracterizado como um esporte de cooperação, 
pois, como um jogo coletivo, uma equipe precisa da integração entre seus jogadores, 
para que haja táticas e sistemas eficazes. Na Figura 12 é possível ver uma situação de 
oposição entre duas equipes de handebol.
25
FIGURA 12 – SITUAÇÃO DE OPOSIÇÃO DURANTE UMA PARTIDA DE HANDEBOL 
FONTE: <https://bit.ly/3NVvfJT>. Acesso em: 11 abr. 2022.
A frequente oposição ao adversário ocorre por meio de interações ofensivas, 
defensivas e de transição. Neste sentido, cada equipe possui um planejamento 
operacional estratégico, fortalecido pelos princípios básicos defensivos (recuperação 
de bola, impedimento da progressão adversaria e do gol) e ofensivos (manutenção da 
posse de bola, progressão à baliza adversaria e marcação do gol) (BAYER, 1994). No 
handebol, esses princípios podem ocorrer por fundamentos, movimentações, técnicas 
e posicionamentos e sistemas exemplificados a seguir.
• Recuperação de bola: no handebol, uma bola pode ser recuperada de inúmeras 
formas, tais como adiantamento ou flutuação de um jogador da linha defensiva, 
domínio de um bloqueio defensivo, defesa e recuperação de um arremate ao gol, 
entre outros.
FIGURA 13 – RECUPERAÇÃO DE BOLA POR UMA AÇÃO DEFENSIVA
FONTE: <https://bit.ly/3ur7vWf>. Acesso em: 11 abr. 2022.
26
• Impedimento de progressão adversária: normalmente realizada pelos diferentes 
tipos de movimentações e posições especificas defensivas, denominadas sistemas 
táticos. No handebol os sistemas defensivos mais utilizados são o 6 x 0, 5 x 1 e 3 x 
3. Abordaremos mais este assunto na próxima unidade.
FIGURA 14 – IMPEDIMENTO DE PROGRESSÃO ADVERSÁRIA
FONTE: <https://bit.ly/3v1e3tK>. Acesso em: 11 abr. 2022.
• Impedimento do gol: quando se pensa em defesas em impedimentos de gols, logo 
nos lembramos da figura do goleiro e, de certo modo, ele é o grande protagonista 
desse princípio. Entretanto, um sistema defensivo bem-organizado pode induzir o 
adversário ao erro, impedindo, assim, também o gol.
FIGURA 15 – BARREIRA SENDO FORMADA PARA O IMPEDIMENTO DO GOL
FONTE: <https://bit.ly/3O1lREx>. Acesso em: 11 abr. 2022.
27
• Manutenção da posse de bola: a manutenção da posse de bola pode ocorrer de 
forma individual, por um jogador com a contenção da bola, por condução de bola, 
por meio de fi ntas e/ou ritmo trifásico. De forma coletiva, ocorre por meio da troca 
de passes e recepções bem-sucedidos, movimentações e engajamentos.
FIGURA 16 – TROCA DE PASSES E MANUTENÇÃO DA POSSE DE BOLA
FONTE: <https://bit.ly/372ICHD>. Acesso em: 11 abr. 2022.
Agora que você já viu os princípios básicos defensivos de jogo e sua aplicação 
no handebol, tente identifi car alguns deles nos cinco primeiros minutos de 
jogo no vídeo a seguir: https://bit.ly/38Iwfkn.
DICA
• Progressão à baliza adversaria: normalmente estas progressões ocorrem por meio 
das movimentações resultantes dos sistemas utilizados, proporcionando meios 
táticos individuais e coletivos, relacionados à superioridade numérica, frente de 
ataque amplo e desmarcações. 
O ritmo trifásico pode ser compreendido de maneira geral como os ‘três 
passos’ que o jogador de handebol pode dar com a bola sem quicar, veremos 
mais dele no próximo tópico.
ESTUDOS FUTUROS
28
FIGURA 17 – PROGRESSÃO À BALIZA ADVERSÁRIA APÓS UM DRIBLE
FONTE: <https://bit.ly/3jo7k7J>. Acesso em: 11 abr. 2022.
• Marcação do gol: resultado máximo de um ataque bem elaborado e executado, 
ou por uma falha técnica ou defensiva da equipe adversária. Ocorre pela técnica e 
pelas variações do fundamento do arremesso.
FIGURA 18 – MARCAÇÃO DO GOL
FONTE: <https://bit.ly/3utc4PN>. Acesso em: 11 abr. 2022.
Agora que você já leu os princípios básicos ofensivos de jogo e sua aplicação 
no handebol, tente identifi car alguns deles nos cinco primeiros minutos de 
jogo no vídeo a seguir: https://bit.ly/3v1emEU.
DICA
29
O handebol pode ser considerado um jogo imprevisível pois, apesar de conter 
uma estabilidade ambiental, as ações de jogo que são realizadas dentro de uma quadra 
ocorrem simultaneamente entre duas esquipes que disputam os espaços naquele local 
em relações de ataques e defesas, tornando imprevisível o resultado. A essência nos 
esportes de invasão é a de ocupar o melhor lugar na quadra, realizado por movimentações 
táticas, fundamentos e habilidades físicas que dão sequência e dinâmica ao jogo.
Nesse sentido, a essência principal do handebol é a de defender e atacar, pois 
suas regras levam à derrota, caso a equipe não se defenda adequadamente, ou em 
punições durante a partida se o ataque não for realizado de maneira adequada e ativa. 
Para que isso, ocorra, diferente de outros esportes, como o futebol, não existem jogadores 
exclusivos em setores de ataque ou defesa, todos os jogadores participam do ataque e 
participam da defesa. Assim, as equipes de handebol possuem maneiras diferentes de 
classifi car o posicionamentode jogadores e os sistemas de ataques e defesas.
Por fi m, após identifi car as diferentes características que o handebol como um 
esporte coletivo apresenta em sua essência, elencamos algumas particularidades que 
permitem a execução do esporte.
• O handebol olímpico é aquele praticado em quadra, mas por ser um esporte dinâmico, 
possui derivações e adaptações que o permite ser praticado em diferentes ambientes, 
como em campo/praia ou maneiras, deambulando ou sobre cadeira de rodas.
• O handebol é regido pela Federação Internacional de Handebol (IHF), responsável 
por gerenciar as regras do jogo, organizar competições e orientar federações 
nacionais, como a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb).
• É um jogo que permite um contrato lúdico, ou seja, adaptações no número de 
atletas, regras e movimentos.
• O jogo ocorre com a manipulação e deslocamento com bola, ou seja, é jogado com 
as mãos, sendo proibido qualquer contato com o pé.
• É um jogo de oposição que possui muito contato corporal, pois suas regras foram 
construídas de forma a permitir uma série de faltas, com a intenção de parar o 
adversário em situação e ataque.
• A oposição do handebol permite uma disputa direta sobre os espaços da quadra, 
proporcionando relações consecutivas de ataque e defesa.
• O jogo possui dois tempos, que permitem resultados como vitória, derrota ou empate.
No handebol existe uma regra chamada “jogo passivo”, que reverte a 
posse de bola sempre que uma equipe não busca o ataque ou o faz 
sem efetividade. Olhar a regra número sete no livro de regras de jogo do 
Handebol no link: https://bit.ly/3JuVEur.
DICA
30
• O handebol é um jogo extremamente dinâmico, com placares elásticos que 
normalmente passam dos 20 gols, por isso trocas ilimitadas e constantes são 
permitidas.
• O jogo possui punições momentâneas, permitindo uma flexibilidade de jogadores 
dentro de uma quadra.
• A modalidade não permite um jogo passivo sem ataques, sendo passível de 
punições.
• A dinâmica do jogo tem como objetivo levar uma equipe a fazer mais gols que a 
outra para que haja um vencedor, contudo, a área da baliza adversária é proibida de 
se entrar, tornando um jogo extremamente tático, com características coletivas e 
individuais.
3 CONJUNTO DE REGRAS ATUAIS DO HANDEBOL
Uma das principais diferenças entre o conceito de jogo e esporte é a 
organização, distribuição, flexibilização e execução das regras. Durante a estruturação 
do jogo, é permitido um “contrato lúdico” levando em consideração a intenção, cultura 
e objetivo dos participantes, de forma a permitir uma flexibilização de normas, espaços 
e implementos, tornando-o mais prazeroso e divertido entre seus adeptos (SALLES, 
COSTA; COSTA, 2020). 
Já o esporte possui um conjunto de regras pré-estabelecidas por uma entidade 
que devem ser seguidas em jogos oficiais, um jogo pode derivar de um esporte, ou o 
inverso, se organizar e/ou se associar a uma federação e se tornar um esporte, como por 
exemplo o handebol de praia (RIBEIRO; RIBEIRO, 2008). Neste subtópico, abordaremos 
as principais regras para o desenvolvimento do handebol de quadra, mas fique tranquilo, 
nas próximas unidades você vai conhecer as variações do handebol de quadra (handebol 
de praia e handebol em cadeiras de rodas).
FIGURA 19 – SELEÇÕES MASCULINA E FEMININA DE HANDEBOL, 2020
FONTE: <https://bit.ly/35ZnC3N>. Acesso em: 11 abr. 2022.
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Historicamente, existe controvérsias sobre a precisão do ano de publicação 
da primeira edição do livro de regras do jogo, sendo que alguns consideram o ano de 
1946 com a fundação da IHF, enquanto outros consideram, o ano de 1972 quando o 
esporte passou a fazer parte dos esportes olímpicos. No Brasil, os primeiros relatos de 
tradução e publicação ocorrem na década de 1970, por meio da “Campanha Nacional 
de Esclarecimento Desportivo do MEC”. Nos anos seguintes, com a criação da CBHb, 
a primeira tiragem do “Livro de regras internacionais – handebol” acontece em 1982, 
fortalecendo o esporte no país. Atualmente, as regras ofi ciais continuam sendo 
determinadas e organizadas pela IHF, enquanto, aqui no Brasil, as regras são traduzidas 
pelo atual presidente da Comissão de Árbitros da CBHb, Sálvio Sedrez e distribuídas/
designadas nas competições ofi ciais pela CBHb e equipes de árbitros (IHF, 2016).
A última edição do livro de regras do handebol (IHF, 2016) conta com 18 regras, 
que explicam e dão segmento de forma ordenada ao jogo, abordaremos, agora, de forma 
resumida e explicativa as principais regras:
Para facilitar a compreensão do esporte e possibilitar uma melhor interação 
de sua aplicabilidade durante o jogo, dividiremos o conjunto de regras em sessões, 
agrupando em cinco partes, de acordo com o objetivo principal de cada regra. Dessa 
forma, além de pontuar as principais informações, iremos apresentar situações de jogo, 
ou exemplos práticos, facilitando a compreensão da necessidade e cumprimento de cada 
regra. Neste sentido, a primeira sessão de regras será denominada “regras de ambiente”; 
seguida pelas “regras associadas ao goleiro/área do gol”; “regras relacionadas a condutas 
e gol”; “regras sobre os tiros”; e, por fi m, as “regras sobre punições, sanções e arbitragem”.
3.1 REGRAS DE AMBIENTE
As quatro primeiras regras compostas por “a quadra de jogo”; “a duração da 
partida, o sinal de término e o timeout”; “a bola” e “a equipe, as substituições, equipamentos 
e jogadores lesionados” trazem as principais características relacionadas ao ambiente de 
jogo, como jogar, quem joga e com o que joga. Dentro das regras de handebol, as quatro 
primeiras regras são consideradas as mais basilares, pois possibilitam a identifi cação 
dentre as diferentes “variações de handebol” existentes.
É importante que você consiga tenha conhecimento de todas as regras do 
handebol, por isso indicamos a leitura na integra do livro de regras de jogo 
do handebol no link: https://bit.ly/3v8ZFzB.
DICA
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Por meio da primeira regra de jogo “a quadra de jogo” é possível descobrir se o 
handebol que está sendo praticado é o “indoor”, o handebol de praia (jogado em uma 
quadra de areia) ou o handebol em cadeira de rodas (jogado em uma quadra reduzida 
de handebol). Além disso, ela condiciona todos os outros elementos do jogo, como o 
tipo de vestimenta e uniformes obrigatórios, setores técnicos, de arbitragem, zonas de 
aquecimento, substituição etc.
A Regra 1 do handebol, especifica o local em que a modalidade é realizada, 
discriminando o tamanho, distinção de linhas, áreas de jogos e características das balizas.
FIGURA 20 – DIMENSÕES DE UMA QUADRA DE HANDEBOL
FONTE: IHF (2016, p. 7)
• A quadra é um retângulo de 40 x 20 (comprimento x largura), dividido por oito linhas 
com duas áreas de jogo, duas áreas de gol e duas balizas.
• Linha de fundo e linha lateral: delimitam a bola em jogo e bola fora de jogo.
• Linha de gol: acompanha a linha de fundo por sobre a baliza, identifica os gols 
quando a bola passa totalmente por sobre ela.
• Linha de limitação de goleiro: linha paralela ao gol, a uma distância de 4 m, 
responsável por marcar o limite que um goleiro pode ir em um tiro de 7 m.
• Linha da área de gol: linha que marca área do goleiro, onde nenhum outro jogador 
pode invadir, a não ser em uma fase aérea.
• Linha de 7 m: marcação do local onde devem ser cobradas as penalidades máximas 
ao handebol, semelhante ao pênalti. Recebe este nome porque fica a 7 m do gol.
• Linha de tiro livre: linha tracejada, a uma distância de 9 m do gol, local onde são 
cobradas as faltas no setor ofensivo do handebol, com exceção dos sete metros.
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• Linha central: local onde se inicia ou reinicia o jogo.
• Zona de substituição: zona de troca de jogadores da mesma equipe.
FIGURA 21 – BALIZAS DE HANDEBOL
FONTE: IHF (2016, p. 8-9)
• Balizas: são as traves do handebol, devem ser chatas, possibilitando a volta da bola 
para fora da área de gol. Medem 2 m de comprimento por 3 m de largura.
A segunda regra do handebol traz umas das principaiscaracterísticas do jogo, o 
pensamento estratégico de superar o adversário em situações de oposição e interação 
dentro de um determinado tempo corrido. 
A delimitação do tempo força as equipes a adotarem diferentes táticas, a de 
refletirem sobre o melhor momento para substituírem jogadores e pedidos técnicos de 
tempos, além de poder definir uma partida no último momento do jogo. Talvez um dos 
principais momentos históricos do Brasil que exemplifica exatamente esse dinamismo e 
imprevisibilidade que a delimitação do tempo corrido ocasiona no handebol, seja o jogo 
de quartas de final histórica e emocionante entre Brasil e Hungria no Mundial de Clubes, 
quando o Brasil acabou conquistando seu primeiro campeonato, em 2013. 
Aqui apresentamos, de forma resumida, os principais pontos da Regra 1 do 
handebol, contudo, de forma mais detalhada, para entender melhor todas as 
linhas, marcações e estruturas da quadra, você pode assistir ao seguinte vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=RUmVgBBOwBQ.
DICA
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As seleções chegaram empatadas em 30 a 30, faltando cinco minutos no 
segundo tempo extra, com menos de dois minutos, a atleta Alexandra Nascimento 
conseguiu converter sete metros e fez 31 a 30. Mayara Moura fez 32 a 30 faltando 
apensa 30 segundos para o fi m, logo em seguida a Hungria conseguiu terminar, mas 
nos últimos segundos, Samira Rocha fez mais um, estabelecendo a marca de 33 a 31 e 
sagrou a vaga do Brasil para as semifi nais.
A Regra 2 está relacionada à duração da partida, sinal de término e timeout, 
orientando os atletas, árbitros e público, sobre o tempo de jogo, pedidos de tempos, 
pausas e intervalos.
• O handebol possui dois tempos de 30 minutos, com um intervalo de jogo de dez 
minutos.
• Uma prorrogação é jogada, após cinco minutos de intervalo, se uma partida acaba 
empatada no fi nal da duração da partida, e um vencedor deve ser determinado. A 
prorrogação terá dois tempos de cinco minutos e um intervalo de um minuto. 
• Se o jogo continuar empatado depois do primeiro tempo extra, um segundo tempo 
extra é jogado após um intervalo de cinco minutos. Este segundo tempo extra 
também tem dois períodos de cinco minutos, com um intervalo de um minuto. 
• Caso ocorra infrações e condutas antidesportivas ao sinal de término do primeiro 
tempo e do segundo tempo, estas serão punidas como se fossem infrações de jogo.
A maioria dos esportes coletivos de quadra possuem como principal semelhança 
a utilização de bolas como principal implemento para a realização de tentos, pontos ou 
gols, o que acaba não sendo diferente ao handebol. 
Conduto, diferente de outros esportes, a bola precisa se encaixar perfeitamente 
com o biotipo dos participantes, seja em função de sexo, idade ou nível de rendimento. 
Neste sentido, as bolas possuem tamanhos, pesos e padrões diferentes e são 
classifi cadas com a letra H de handebol seguidas pelo número 1, 2, ou 3.
A Regra 3 especifi ca as dimensões, padrões, formatos e materiais que uma bola 
ofi cial deve ter.
• A bola é constituída de couro ou material sintético que a impeça de escorregar das 
mãos. 
Acompanhe o resumo e os lances fi nais do emocionante jogo Brasil x 
Hungria, no qual o tempo foi o protagonista da partida: https://www.
youtube.com/watch?v=nVvhTkWt_JI.
DICA
35
• A bola masculina é chamada de h3 e mede cerca de 58 a 60 cm e pesa de 425 a 475 
g enquanto a feminina, chamada de h2 mede aproximadamente 54 a 56 cm e pesa 
cerca de 325 a 375 g.
FIGURA 22 – JOGADOR SEGURANDO UMA BOLA OFICIAL
FONTE: <https://bit.ly/3vcOEgV>. Acesso em: 11 abr. 2022.
A última regra que compõe as “regras de ambiente” é a quarta regra, que versa 
sobre orientações importantes a respeito do número de jogadores máximo e mínimo 
dentro de quadra, e quais equipamentos estes atletas podem utilizar. 
Diferente de outras modalidades, o atleta de handebol, após uma “exclusão”, 
pode retornar ao jogo após dois minutos que devem ser cumpridos no banco de reservas. 
Essa diferença de retorno ao jogo acaba gerando uma certa confusão para quem está 
acostumado com o jogo de futebol ou até mesmo de basquete, por isso explicamos 
essa regra de forma suscinta com os pontos mais relevantes a seguir.
A Regra 4 traz informações sobre equipe, substituições e equipamentos que 
podem ser utilizadas em uma partida ofi cial.
• Uma equipe é formada por 16 jogadores, composta por sete titulares, dos quais 
normalmente seis são jogadores de linha e um goleiro, o restante é substituto.
Aqui apresentamos, de forma resumida, os principais pontos da Regra 3 do 
Handebol, contudo, de forma mais detalhada, para entender melhor essas 
características na aplicabilidade das idades e sexo, assista ao vídeo: https://
www.youtube.com/watch?v=A3sVojysbqo.
DICA
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• O handebol possui exclusões momentâneas denominadas de “dois minutos”, por 
isso não é permitido ter menos que cinco jogadores de um mesmo time em quadra, 
nem mais do que sete para iniciar uma partida.
• É necessário sempre ter um jogador identificado como goleiro durante o jogo, sendo 
possível substitui-lo a qualquer momento por um jogador de linha, titular ou reserva.
• As substituições são ilimitadas e podem ocorrer livremente, contanto que aconteçam 
dentro da zona de substituição e que os jogadores que serão substituídos deixem a 
quadra antes da entrada do reserva. Caso um reserva entre antes, a equipe recebe uma 
falta de substituição, o jogador faltoso toma uma punição de dois minutos e a equipe 
adversaria fica com a posse da bola, iniciada por um tiro livre no local da infração.
• Um jogador que esteja sangrando deve ser substituído e retornar somente após 
o atendimento, o sangramento deve estar controlado, e se a camisa estiver suja, 
deverá ser trocada.
• Todos os jogadores de quadra devem usar calçados apropriados para o jogo. Os 
atletas de uma mesma equipe devem usar uniformes idênticos, numerados de 1 até 
20 sendo claramente distintos da equipe contraria. 
• Os goleiros devem usar uma cor que os diferenciem dos jogadores de quadra de 
ambas as equipes.
FIGURA 23 – RESERVAS DE UMA EQUIPE DE HANDEBOL
FONTE: <https://bit.ly/3jta2J4>. Acesso em: 11 abr. 2022.
Perceba, neste vídeo, que uma equipe pode jogar com menos jogadores após 
uma exclusão por dois minutos, normalmente, quando isso acontece, ocorre a 
troca de goleiro por mais um jogador de linha a fim de equilibrar o número de 
marcadores: https://bit.ly/3KqPVam.
DICA
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3.2 REGRAS ASSOCIADAS AO GOLEIRO/ÁREA DO GOL
Após as regras de ambiente, apresentaremos as duas regras que estão 
associadas às funções do goleiro e área de gol. No handebol, dentre os jogadores com 
maior número de ações e funções, se apresenta o goleiro como uma ferramenta única 
e necessária para dar segmento às ações básicas de jogo. 
Os goleiros são imprescindíveis ao funcionamento do jogo, pois são os únicos 
jogadores que podem defender as balizas dentro da área de gol, além disso, após uma 
defesa dentro de sua área, são os primeiros a ter uma oportunidade de gol com um 
arremesso direto, ou, então, repor a bola em jogo.
A seguir, apresentaremos, de forma resumida, as principais ações que um 
goleiro pode realizar no jogo de handebol, seguido de um vídeo, que apresenta uma 
situação real, na qual a goleira de uma equipe acabou alterando o resultado do jogo, 
levando a sua equipe à vitória.
Na Regra 5 se apresentam as ações que são permitidas ao goleiro de handebol.
• Dentro da sua área de gol, o goleiro pode mover-se livremente com a posse de bola, 
contanto que não atrase o tiro de meta. Ainda na área, ele poderá realizar uma ação 
defensiva com qualquer parte do seu corpo.
• Ao sair da área de gol, o goleiro deverá seguir as regras que se aplicam aos jogadores 
na área de jogo.
• O goleiro não pode colocar em perigo o adversário enquanto estiver em uma 
tentativa de defesa
• O goleiro não pode se adiantar sobre a linha de quatro metros, antes que a bola 
tenha saído da mão do adversário em uma cobrança de tiro de sete metros.
FIGURA 24 –GOLEIRO NIKLAS LANDIN JACOBSEN
FONTE: <https://bit.ly/371Yom9>. Acesso em: 11 abr. 2022.
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Continuando as regras associadas ao goleiro/área do gol, apresenta-se a sexta 
regra, responsável por apresentar as situações e ações de jogo que são permitidas de 
acordo com a área de gol, trazendo características únicas para esta modalidade.
A Regra 6 apresenta orientações importantes sobre a área de gol.
• É considerado invasão da área de gol, quando um jogador de quadra a toca com 
qualquer parte do seu corpo.
• Não é penalidade quando um jogador entra na área de gol depois de arremessar 
a bola, contanto, que isso não crie desvantagens ao adversário, ou quando um 
jogador de uma das equipes entra na área de gol sem a bola e não ganha vantagem 
fazendo isso.
• Se um jogador jogar a bola dentro de sua própria área de gol é considerado gol se a 
bola entrar na baliza; tiro livre, se a bola permanecer dentro da área de gol, ou se o 
goleiro tocar a bola e ela não entrar na baliza; tiro lateral, se a bola sair pela linha de 
fundo. O jogo deve continuar, se a bola passar através da área de gol e voltar para a 
área de jogo, sem ser tocada pelo goleiro.
• Se um jogador de quadra entrar na área de gol, considera-se tiro de meta, quando um 
jogador de quadra da equipe de posse de bola no ataque entrar na área de gol com ou 
sem a bola, mas ganhar vantagem ao fazê-lo; tiro livre, quando um jogador de quadra 
da equipe defensora entrar na área de gol e ganhar vantagem, mas não impede uma 
clara chance de gol; tiro de sete metros, quando um jogador de quadra da equipe 
defensora entrar na área de gol e, por isso, impede uma clara chance de gol.
Perceba, neste vídeo, as inúmeras ações defensivas e até mesmo ofensivas 
que um goleiro de uma equipe pode realizar em um jogo. Neste caso, a 
goleira Chana desequilibrou o jogo a favor do Brasil, levando nosso país 
adiante para a conquista do mundial de 2013: https://bit.ly/3O3Yc6v.
DICA
A Regra 6 do handebol é um pouco complexa e pode causar algumas dúvidas, 
aqui, neste material, apresentamos de forma resumida as principais ideias 
sobre ela, contudo, você pode entender melhor assistindo ao vídeo a seguir, 
com uma descrição comentada e detalhada de cada ponto da regra: https://
www.youtube.com/watch?v=jKXluI4Kb8s
DICA
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FIGURA 25 – JOGADOR SALTA PARA ÁREA DE GOL
FONTE: <https://bit.ly/3O5mqwX>. Acesso em: 11 abr. 2022.
3.3 REGRAS RELACIONADAS A CONDUTAS E GOL
As regras relacionadas a condutas e gols apresentam, de forma didática, quais 
ações são permitidas realizar no jogo; quando o jogador está em posse da bola, ou 
não; de que maneira ele pode conduzir o implemente (bola); como a filosofia do jogo 
acontece em função dessas ações para que não ocorra a quebra de interações de 
ataque e defesa (jogo passivo); e, por fim, detalha o objetivo principal do esporte, como 
marcar um gol e quando ele é valido.
Você que está aprendendo sobre o handebol, e que talvez nunca tenha praticado 
esse esporte, deve estar confuso com o número de passes que é possível realizar 
segurando a bola, quanto tempo é permitido ficar com ela na mão, ou até mesmo como 
bater em uma bola. 
Essas instruções são apresentadas de forma descritiva e extensa na sétima 
regra do handebol, neste sentido, tentamos reduzir os principais tópicos neste livro a 
fim de conduzir você, acadêmico, a uma iniciação esportiva na modalidade. Entretanto, 
não deixe de assistir ao vídeo que sugerimos na Gio Dica a seguir, no qual tais ações são 
representadas em situações reais de jogo.
A Regra 7, está associada ao manejo de bola e jogo passivo, instruções que dão 
sequência ao jogo e permitem um jogo mais dinâmico.
• No handebol, são permitidas ações como atirar, agarrar, parar, empurrar ou bater a 
bola usando as mãos, braços, cabeça, tronco, coxas e joelhos.
• É permitido que o jogador segure a bola por no máximo três segundos, também 
quando ela estiver em contato com o solo e dar no máximo de três passos com a bola.
• Para preservar a essência do jogo, não é permitido o “jogo passivo”, caracterizado por 
ações que mantenham a bola em posse sem realizar nenhuma tentativa reconhecível 
de ataque ou arremesso à baliza, ou, qualquer outra que atrase o andamento da 
partida.
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Dando continuidade às regras relacionadas a condutas e gols, mostraremos 
como o entendimento da oitava regra é importante, principalmente para a filosofia e 
postura defensiva de uma equipe. O jogo de handebol é o esporte coletivo de quadra 
que apresenta o maior número de faltas cometidas em uma partida e isto se dá 
principalmente pela filosofia de oposição constante que o jogo possui, pelas regras e 
delimitações da quadra, vistas anteriormente, mas, sobretudo, pela maneira com que a 
bola é conduzida, passada e arremessada, ou seja, com as mãos.
Atualmente, o sistema defensivo do Brasil segue sendo um dos pilares da equipe, 
pois nossa seleção consegue ter a consciência das pausas defensivas ocasionadas 
pelas faltas em contrapartida de um número baixo de condutas antidesportivas. A seguir, 
de forma resumida, você terá acesso às principais diferenças entre faltas e condutas 
antidesportivas. Por fim, na Gio Dica, apresentamos um dos maiores responsáveis pela 
melhora do sistema defensivo Brasileiro, o ex-técnico Jordi Ribera em um vídeo sobre 
defesas, posicionamentos, faltas e condutas antidesportivas.
A Regra 8 apresenta as ações que são consideradas faltas e condutas 
antidesportiva.
• No handebol, normalmente uma jogada ou avanço ofensivo é parado quase sempre 
por uma falta. Neste sentido, existem algumas ações que são permitidas como: o 
uso dos braços e mãos para bloquear ou ganhar posse da bola; uso de uma mão 
aberta para tirar a bola do adversário de qualquer direção; uso do corpo para obstruir 
um adversário, mesmo quando o adversário não está em posse da bola; contato 
corporal com um adversário, quando de frente a ele; e, com os braços flexionados, 
manter esse contato de modo a controlar e acompanhar o adversário.
• Não é permitido arrancar ou golpear a bola que está nas mãos do adversário; 
bloquear ou empurrar o adversário com braços, mãos ou pernas, ou usar qualquer 
parte do corpo para deslocá-lo ou empurrá-lo para fora da posição; agarrar um 
adversário mesmo se permanecer livre para continuar o jogo; correr ou saltar sobre 
um adversário. Apesar de não permitidas, essas faltas normalmente não implicam 
em sanção disciplinar.
• Algumas infrações cometidas com alta intensidade ou contra um adversário que está 
correndo e que leve perigo a regiões como cabeça, garganta e pescoço, ou que façam 
o adversário perder o controle corporal, normalmente são passiveis de sanções.
• As sanções normalmente são progressivas, seguidas por aviso; falta; dois minutos; 
desqualificação e desqualificação com relatório escrito.
Uma das maiores disfunções e irregularidades do handebol é o jogo passivo, 
entenda o que ele é, como funciona e qual a penalidade aplicada à equipe que 
o aplica, no vídeo a seguir: https://bit.ly/3jmApR7.
DICA
41
FIGURA 26 – JOGADORA COMETENDO UMA FALTA
FONTE: <https://bit.ly/3LSdVUf>. Acesso em: 11 abr. 2022.
A Regra 9 está associada à marcação e à validade dos gols.
• Como nos outros esportes coletivos que possuem traves, um gol só é valido quando 
a bola ultrapassa completamente a largura da linha de gol, desde que nenhuma 
violação às regras tenha sido cometida pelo jogador que fez o arremate, companheiro 
ou ofi cial de equipe antes ou durante o arremesso.
• A violação das regras de um defensor, durante a execução do gol, não invalida o gol 
da equipe adversária.
• Um gol deve ser validado para os adversários, se o jogador joga a bola dentro de sua 
própria baliza, exceto na situação em que o goleiro está executando um tiro de meta.
• A equipe que marcar mais gols do que o adversário é a vencedora. O jogo será 
considerado empatado se ambas as equipes marcarem o mesmo número de gols 
ou não converterem nenhum.
• O gol é confi rmado pelo árbitro de fundocom dois apitos curtos.
A seguir, separamos para você um excelente vídeo do ex-técnico da seleção 
brasileira masculina de handebol, Jordi Rivera (7º lugar na Rio 2016), 
fundamentando alguns sistemas de defesa, faltas e situações de jogo: https://
www.youtube.com/watch?v=eUTaYEoNh5M.
DICA
42
FIGURA 27 – VALIDAÇÃO DE UM GOL
FONTE: IHF (2016, p. 36)
3.4 REGRAS SOBRE OS TIROS 
A sessão de regras sobre os tiros é composta por seis regras, que explicam e 
descrevem como proceder sempre que a partida é interrompida durante o jogo.
Os “tiros”, no handebol, nada mais são que inícios de jogadas em determinadas 
partes da quadra, ocasionados em situações de ataque, defesa, gol, pedido de tempo, 
falta, expulsão ou qualquer outra situação adversa que necessite de um apito sinalizando 
uma cobrança para o reinício de jogo. Nesse sentido, apresentaremos sempre uma 
síntese a respeito de cada tiro, seguido de um vídeo explicativo.
A Regra 10 apresenta os momentos e como deve ocorrer o tiro de saída:
• O tiro de saída sinaliza o início ou reinício da partida, sendo no primeiro e segundo 
tempos, ou após a marcação de um gol.
O handebol é um dos esportes com o maior número de gols por partida, 
acompanhe, a seguir, as inúmeras possibilidades e variações de jogadas 
que acabaram sendo concluídas em gols: https://www.youtube.com/
watch?v=COWvI2Rcq6Y&t=34s.
DICA
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• No início da partida o tiro de saída é executado pela equipe que vencer o sorteio 
e escolher começar com a posse de bola, ou, alternativamente, se a equipe que 
vencer o sorteio preferir escolher o lado da quadra, passando a execução do tiro à 
equipe adversária. No início do segundo tempo o tiro é executado pela equipe que 
não a saída no início da partida.
• O tiro de saída pode ser executado em qualquer direção do centro da quadra dentro 
de três segundos após o apito do árbitro. Os companheiros de equipe do executante 
não estão autorizados a cruzar a linha central antes do apito.
• O jogador que executar o tiro de saída deve ocupar uma posição com pelo menos 
um pé sobre a linha central, e o outro pé em cima ou atrás desta linha, e permanecer 
nesta posição até que a bola tenha saído de sua mão.
A Regra 11 se refere aos procedimentos e orientações relacionados ao tiro lateral.
• O tiro lateral é realizado quando a bola tiver cruzado completamente a linha lateral, 
ou quando um jogador de quadra da equipe defensora foi o último a tocar na bola 
antes que ela cruzasse a linha de fundo de sua equipe.
• O jogador que for realizar o tiro deve permanecer com um pé sobre a linha lateral e 
permanecer na posição adequada até que a bola tenha saído de sua mão. Não há 
apito dos árbitros para a realização do tiro.
• Enquanto o tiro lateral está sendo executado, os adversários não podem estar a 
menos de três metros do executante.
Mostramos a seguir exemplos certos e errados de tiros de saída no handebol: 
https://bit.ly/3Jvp2Ra.
DICA
Mostramos a seguir uma explicação técnica detalhada do tiro lateral no 
handebol: https://bit.ly/3xjai5u.
DICA
44
FIGURA 28 – JOGADORA SOBRE A LINHA LATERAL
FONTE: <https://bit.ly/373ZAp5>. Acesso em: 11 abr. 2022.
A Regra 12 se refere aos procedimentos e orientações relacionados ao tiro de 
meta.
• O tiro de meta deve ser concedido quando um jogador da equipe adversária entra 
na área de gol; o goleiro controlou a bola em sua área de gol, ou a bola ficou parada 
no solo dentro da área de gol; quando um jogador da equipe adversária toca a bola 
enquanto ela estava rolando ou estava parada dentro área de gol; quando a bola 
cruza a linha de fundo depois de ter sido tocada por último pelo goleiro ou pelo 
jogador da equipe adversária.
• O tiro de meta é executado pelo goleiro, sem o apito do árbitro, para fora e por sobre 
a linha da área de gol.
FIGURA 29 – TIRO DE META
FONTE: <https://bit.ly/363H5R2>. Acesso em: 11 abr. 2022.
45
A Regra 13 refere-se aos procedimentos e orientações relacionados ao tiro livre.
• O tiro livre está relacionado ao segmento do jogo, sempre após uma infração, 
sofrendo modifi cações a respeito do local da cobrança em virtude da região que 
ocorreu a falta. Normalmente é executado sem nenhum apito do árbitro e do lugar 
onde a infração ocorreu.
• Quando um tiro é executado por um jogador, os adversários devem manter uma 
distância de pelo menos três metros do executante.
FIGURA 30 – TIRO LIVRE
FONTE: <https://bit.ly/3xdiSmu>. Acesso em: 11 abr. 2022.
Você sabia que diferente do futebol/futsal, quando o goleiro faz uma defesa 
e espalma a bola para trás, esta ação acarreta um tiro de meta? Não existe 
escanteio no handebol. A seguir, separamos um vídeo comentado a aplicação 
dessa regra no handebol: https://bit.ly/3riL9nL.
DICA
Para entender as sanções que levam a um tiro livre, leia mais atentamente 
as regras (4:2-3, 4:5-6, 5:6-10, 6:5, 6:7b, 7:2-4, 7:7-8, 7:10, 7:11-12, 8:2, 10:3, 
11:4, 13:7, 14:4-7, 15:7 e 15:8).
ATENÇÃO
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A Regra 14 se refere aos procedimentos e orientações relacionados ao tiro de 
sete metros
• O tiro de sete metros é o pênalti do handebol e deve ser marcado sempre quando 
uma clara ocasião de marcar um gol for impedida de forma antirregulamentar, em 
qualquer lugar da quadra, por um jogador ou ofi cial da equipe adversária; quando 
houver um apito não justifi cado no momento de uma clara ocasião de gol; quando 
uma clara ocasião de gol for impedida através da intervenção de uma pessoa não 
participante do jogo.
• O tiro de sete metros será executado por um jogador com um arremesso ao gol, 
dentro de três segundos após o apito do árbitro, neste momento, os companheiros 
desse atleta devem se posicionar fora da linha de tiro livre, e permanecer assim, até 
que a bola tenha saído da mão do executante.
• O tiro de sete metros recebe este nome, pois a cobrança deve ser realizada atrás da 
linha de sete metros. Neste sentido, o atleta que for realizar a cobrança não deve 
tocar ou cruzar a linha antes que a bola tenha saído da sua mão e só deve tocar na 
bola novamente até que ela tenha tocado um adversário ou a baliza.
FIGURA 31 – TIRO DE 7 METROS
FONTE: <https://bit.ly/3xfocFN>. Acesso em: 11 abr. 2022.
O tiro de sete metros é considerado como o pênalti no handebol e este tiro 
tão importante apresenta algumas regras extremamente especifi cas, assim, 
para facilitar ainda mais a aprendizagem desse conteúdo, separamos uma 
explicação mais detalhada desse assunto: https://bit.ly/3LSO8LA.
DICA
A Regra 15 apresenta instruções gerais para a execução dos tiros.
47
• Nesta regra se concentram orientações básicas e gerais como posicionamento de 
pés e ajuste corporal de executantes, companheiros do executante e os jogadores 
defensores, sobre as delimitações da quadra e linhas de tiros.
3.5 REGRAS SOBRE PUNIÇÕES, SANÇÕES E ARBITRAGEM
Por fim, chegamos ao último conjunto de regras composto pelas “punições 
disciplinares”, “os árbitros” e “o secretário e o cronometrista”. Nelas são apresentas 
de forma detalhada o procedimento e encaminhamento correto a todas as punições 
disciplinares sofridas pelos participantes do jogo, quem são os responsáveis por fiscalizar 
e fazer cumprir as regras durante a partida.
O handebol possui um conjunto de regras e punições complexas a fim de 
proporcionar aos adeptos, atletas e expectadores situações constantes de ataque 
e defesa por meio de uma oposição ativa. Dessa forma, diferentemente de outros 
esportes, a exclusão de um jogador de quadra é momentânea e dura dois minutos. 
Durante este tempo, o jogador não pode ser substituído por outro jogador, mas a equipe 
pode optar por trocar jogadores reservas de linhas por goleiros sempre que estiver em 
situação de ataque, provocando complexos jogos ofensivos. O “dois minutos” é uma 
falta antidesportiva, representada pelo arbitro com o apito normal para falta, mas, com 
o sinal de dois minutos com a mão levantada para cima.
 
FIGURA 32 – MARCAÇÃO DA EXCLUSÃO DE DOIS MINUTOS
FONTE: <https://bit.ly/35ZnHoa>. Acesso em: 11 abr. 2022.
Vocêacabou de ler a respeito dos tiros que existem no handebol, mas será que 
sabe tudo sobre eles? Existe tiro de canto, ou escanteio no voleibol? Assista ao 
vídeo a seguir e descubra: https://bit.ly/3JBBoYo.
DICA
48
A seguir, apresentaremos de forma resumida as principais sanções e punições 
no handebol indoor e posteriormente, apresentamos um vídeo com uma descrição mais 
detalhada sobre o “dois minutos”.
A Regra 16 apresenta as punições disciplinares aos jogadores e comissão 
técnica das equipes que participam do jogo.
• As punições são divididas de forma progressiva em advertências, exclusão e 
desqualifi cação.
• As advertências ocorrem progressivamente de forma que um único jogador não 
deverá receber mais do que uma advertência (cartão amarelo), e uma equipe não 
mais do que três advertências; após isso, a punição deverá ser, no mínimo, uma 
exclusão de dois minutos. 
• Uma exclusão normalmente é o resultado de uma falta de substituição ou por 
atitudes antidesportivas durante a partida, resultando sempre em uma exclusão 
de dois minutos por tempo de jogo. Na terceira exclusão para o mesmo jogador é 
mostrado um cartão vermelho levando a uma desqualifi cação.
• O jogador que for excluído não está autorizado a participar do jogo durante o seu 
tempo de exclusão, e a equipe não está autorizada a substituí-lo na quadra.
Dando continuidade, a 17ª Regra, traz informações referentes à equipe de 
arbitragem no handebol. Os árbitros e os delegados devem ser determinados pela 
respectivas Federações Estadual, Regional, Nacional ou Mundial. Os árbitros são os 
principais responsáveis por manter a ordem e disciplina do jogo, além do cumprimento 
das regras de handebol, para isso, atualmente, os membros da arbitragem podem usar 
equipamento eletrônico para sua comunicação pessoal. 
Como a maioria dos esportes coletivos de quadra, o handebol é composto por 
dois árbitros principais, que devem estar trajados com o uniforme adequado para quadra 
de cor diferente das equipes do jogo.
Você acabou de conhecer as principais sanções e punições do handebol, 
contudo, salientamos que existem outras e, por isso, separamos um material 
descritivo para você assistir: https://bit.ly/3v6e1AR.
DICA
49
FIGURA 33 – ÁRBITROS DEVEM ESTAR TRAJADOS ADEQUADAMENTE AS REGRAS DE HANDEBOL
FONTE: <https://bit.ly/3rcfynR>. Acesso em: 11 abr. 2022.
 A Regra 17 está associada à identifi cação dos árbitros, responsabilidades e 
funções.
• Os árbitros inspecionam a quadra de jogo, as balizas e as bolas, designando as 
condições ideais para o início da partida.
• Uma partida de handebol é encarregada sempre pela autoridade de dois árbitros, 
que possuem a função de controlar o placar, monitorar a conduta de jogadores e 
ofi ciais de equipe durante todo processo do jogo.
• Os dois árbitros são responsáveis pelo controle de advertências, exclusões, 
desqualifi cações e expulsões, além do controle do tempo de jogo.
• Ambos os árbitros são responsáveis pelo controle do tempo de jogo.
Por fi m, trazemos a última regra, a fi m de compreender o jogo e objetivo do 
handebol.
A Regra 18 informa as responsabilidades do secretário e cronometrista.
• O cronometrista tem a responsabilidade principal de controlar o tempo de jogo, os 
timeouts e os tempos de exclusão dos jogadores excluídos. 
• O secretário tem a responsabilidade principal de controlar a lista de jogadores, a 
súmula de jogo, a entrada de jogadores que chegam após a partida ter começado e 
o controle para a entrada de jogadores que não estão autorizados a participar.
A seguir, separamos um vídeo com os principais gestos e sinais de arbitragem 
no handebol para que você consiga compreender melhor algumas situações 
de jogo: https://bit.ly/3rg9riu.
DICA
50
Uma das maiores dúvidas que surge sobre o número de árbitros é: “Se há 
somente dois árbitros, um cronometrista e um secretário, caso um dos árbitros 
tenha uma torsão do tornozelo e fique impossibilitado de caminhar, quem irá 
dar continuidade à partida? [Segundo as regras oficiais], se um dos árbitros 
ficar incapacitado de continuar na partida, o outro dará prosseguimento 
sozinho” (IHF, 2016, p. 57), no entanto, “a IHF e as confederações continentais 
e nacionais têm o direito de aplicar regulamentações diferentes em suas áreas 
de responsabilidade” (IHF, 2016, p. 57). Isso significa que poderá ocorrer alguma 
ação diferente se determinada por alguma dessas entidades especificadas.
FONTE: IHF – INTERNATIONAL HANDBALL FEDERATION. Regras de jogo. Tradução 
de Sálvio Pereira Sedrez, Aracaju: CBHB, 2016. Disponível em: http://fphand.com.
br/home/wp-content/uploads/2018/04/20180423_REGRAS_OFICIAIS_HANDEBOL.
pdf. Acesso em: 11 abr. 2022.
IMPORTANTE
51
FINANCIAMENTO PÚBLICO, PREPARAÇÃO OLÍMPICA E APLICAÇÃO DE RECURSOS: 
O CASO DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL
Philipe Rocha de Camargo
Thiago de Oliveira Santos
Suélen Barboza Eiras de Castro
Fernando Marinho Mezzadri
Analisar os esforços e ações que foram desenvolvidas para a realização dos 
Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro em 2016 se configura um importante 
processo na compreensão do papel das políticas de financiamento público brasileiro. A 
investigação de como os recursos do governo federal brasileiro estão sendo aplicados 
pode ajudar a compreender as estratégias de financiamento criadas para estimular o 
desenvolvimento do esporte brasileiro. 
Internacionalmente, a conquista de medalhas nas competições esportivas, 
especialmente nos Jogos Olímpicos, tem sido percebida como um meio dos países se 
posicionarem no cenário político e esportivo (BOSSCHER et al., 2008). A competitividade 
internacional em torno dos eventos Olímpicos e Paralímpicos e a disputa por medalhas 
têm caracterizado uma rivalidade que se reflete, inclusive, nos investimentos ao esporte 
realizados pelos Estados, por meio de políticas de financiamento. Parte significativa 
destes investimentos tem sido realizada por meio do beneficiamento direto aos atletas 
e têm por objetivo estimular a dedicação do atleta ao esporte e consequentemente a 
melhoria dos seus resultados esportivos (SHILBURY et al., 2008; HOULIHAN et al., 2008; 
BOSSCHER et al., 2009; HOULIHAN et al., 2013). 
No Brasil, desde as primeiras legislações que versaram e orientaram as atividades 
esportivas, é possível identificar ações do Estado que resultavam na priorização do 
estímulo e do investimento público no esporte de elite. O Decreto Lei 6251 de 1975, 
por exemplo, ao inaugurar a ideia de um sistema esportivo, delimitou, pelo Artigo 7º, 
fontes de recursos específicas para o esporte que, ao longo do texto, reforçavam a 
preeminência do esporte de elite. Embora em seu Artigo 25, o decreto tenha estabelecido 
que a assistência financeira às manifestações esportivas seria regida de acordo com as 
prioridades estabelecidas pelo Ministério da Educação e Cultura, nos Artigos 48º e 49º, 
ele sustentava a priorização do esporte de elite. Não apenas isso, no Artigo 48º, o Decreto 
especificou o direcionamento de recursos para a preparação das delegações brasileiras 
em Jogos Olímpicos, Jogos Panamericanos e Campeonato Mundial de Futebol. Por fim, 
o Artigo 49º passa a vincular, de maneira expressiva, a concessão de bolsas de estudos 
aos alunos de qualquer nível que se sagrarem campeões em competições esportivas. 
LEITURA
COMPLEMENTAR
52
Embora a legislação citada diga respeito a um dispositivo gerado num período 
marcado pela intervenção do Estado em diversas áreas sociais, ela ilustra como o 
comportamento histórico e cultural do Estado frente às manifestações esportivas poderia 
não apenas validar, como inspirar as atuais diretrizes comportamentais das entidades 
que administram o esporte brasileiro. As legislações posteriores buscaram garantir a 
autonomia das instituições que administram o esporte, todavia, não modificaram o cenário 
da organização do esporte brasileiro. Os dispositivos legais atuais não estabeleceram 
funções ou áreas de atuação para cada ente federativo. Logo,não ficaram claros quem 
seriam os responsáveis por cada fase do desenvolvimento esportivo.
Métodos 
Esse trabalho segue uma estratégia de pesquisa em nível exploratório e de cunho 
documental. Adicionalmente, pode ser caracterizada como pesquisa quanti-qualitativa. 
O primeiro passo da pesquisa foi identificar as principais receitas, provenientes de 
recursos federais, que compõem o financiamento da CBHb. Para isso, coletou-se 
documentos relativos à prestação de contas da CBHb entre o período de 2008 a 2016, 
disponibilizados no portal da internet da própria entidade. A partir da análise destes 
documentos, dimensionou-se os seguintes recursos públicos a serem investigadas: (1) 
Lei Agnelo/Piva; (2) Lei de Incentivo ao Esporte; (3) Patrocínio das Estatais; e (4) Recursos 
orçamentários provenientes de convênios firmados entre a CBHb e o extinto Ministério 
do Esporte. A coleta de dados, referente aos valores direcionados à CBHb, foi realizada 
por meio de fontes distintas e levou em consideração, como recorte temporal, o período 
entre 2008 e 2016. Os repasses provenientes da Lei Agnelo/Piva foram identificados a 
partir dos documentos de demonstração de aplicação financeira e prestação de contas 
do Comitê Olímpico do Brasil. As fontes de recursos provenientes da Lei de Incentivo ao 
Esporte foram identificadas a partir da consulta aos “Projetos Aprovados” no portal do 
extinto Ministério do Esporte (ME). Os valores de patrocínios provenientes das empresas 
estatais foram adquiridos através de solicitações ao Sistema Eletrônico do Serviço de 
Informações ao Cidadão (e-SIC). 
Os valores dos repasses provenientes de recursos orçamentários de convênios 
firmados entre extinto Ministério do Esporte e CBHb foram obtidos a partir de solicitações 
realizadas ao órgão federal e atendidas por meio de planilhas de direcionamento de 
recursos. Em todas as fontes, considerou-se os valores repassados à entidade e que 
foram executados por esta. Todos os dados coletados foram tabulados no Microsoft Excel 
e organizados de acordo com o objetivo deste estudo. Para a análise do direcionamento 
dos recursos, criou-se categorias de investimento e alocou-se os recursos de acordo 
com o detalhamento dos gastos. 
As categorias de investimento foram: a) desenvolvimento e manutenção do 
esporte; b) recursos humanos; c) preparação técnica; d) manutenção de atletas; e, e) 
competições. No caso de não haver detalhamento quanto o gasto, os recursos foram 
alocados na categoria “Não especificado”.
53
Outras fontes de dados foram utilizadas a fim de contribuir com a análise 
e discussão dos dados e do tema de pesquisa. Foram elas: prestação de contas da 
CBHb, dados do Portal da Transparência referentes aos repasses destinados a CBHb, 
e informações disponibilizadas pela Federação Internacional de Handebol, pelo Comitê 
Olímpico Internacional, pela Confederação Brasileira de Handebol, pelo extinto Ministério 
do Esporte e/ou outros órgãos oficiais do Estado brasileiro, através de sites, artigos em 
revistas, jornais e/ou páginas de notícias digitais. 
Resultados 
No período de 2008 a 2016 a CBHb executou R$ 129,6 milhões de recursos 
públicos provenientes de empresas estatais (R$ 53,4 milhões – 41%), Lei Agnelo/Piva 
(R$ 37,4 milhões – 29%), convênios com o extinto Ministério do Esporte (ME) (R$ 25,4 
milhões – 20%) e Lei de Incentivo ao Esporte (R$ 13,3 milhões – 10%).
 
Com exceção dos recursos da Lei Agnelo/Piva, em que os repasses, via Comitê 
Olímpico do Brasil, são garantidos por lei e provenientes das Loterias Federais, todas 
as demais políticas de financiamento apresentaram interrupções. Como pode ser 
observado, após a escolha do Brasil como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, 
em 2009, o financiamento para o esporte aumentou, mas, com exceção dos valores 
advindos da Lei Agnelo/Piva, todas as outras fontes tiveram interrupções e expressivas 
variações nos seus repasses. 
Embora em 2011 a CBHb não tenha contado com patrocínios de empresas estatais, 
foi o ano em que o esporte apresentou a maior variação percentual nos valores recebidos 
pelo Governo Federal, em relação à 2008. Beneficiada pelos recursos orçamentários do 
extinto ME, em 2011 a confederação obteve um aumento de 139% nos recursos. 
Entre 2009 e 2012, a CBHb firmou nove convênios com o extinto ME, dos quais 
originaram repasses diretos que somaram R$ 25,4 milhões à entidade. A entidade 
também foi beneficiada por recursos provenientes de projetos aprovados via Lei de 
Incentivo ao Esporte. Desses projetos, a CHBb recebeu um total de R$ 13,3 milhões, 
distribuídos entre os anos de 2008, 2009, 2013, 2015 e 2016. Eles estiveram voltados ao 
54
esporte de elite, sobretudo à realização de competições esportivas (Campeonato 
Nacional de Handebol Escolar e a 17ª Edição da Liga Nacional Feminina de Handebol, 
realizada em 2014) e à preparação das equipes brasileiras para os Jogos Olímpicos Rio 
2016. Em 2012, com o lançamento do Plano Brasil Medalhas 2016, o extinto ME 
intermediou negociações de patrocínio entre as modalidades e os esportes com chance 
de medalhas nos Jogos, e a CBHb passou a contar com o patrocínio das estatais Correios 
e Banco do Brasil. As duas estatais repassaram à entidade R$ 47,6 milhões, direcionando 
valores anuais próximos dos R$ 9,4 milhões anunciados pelo governo brasileiro.
Os patrocínios recebidos das estatais, que somaram 41% do total recebido 
pela CBHb, foram provenientes de três empresas: Petrobras, Correios e Banco do 
Brasil e somaram R$ 53.469.537,22. O patrocínio da Petrobras não esteve vinculado às 
negociações do Plano Brasil Medalhas e vigorou por 8 anos, de 2003 e 2010. Após o 
encerramento dessa parceria, em 2011, a CBHb buscou patrocínios emergenciais, até 
que um novo patrocínio estatal, firmado com os Correios, fosse anunciado ao fim de 
2011. O ápice no direcionamento de recursos ao handebol brasileiro ocorreu em 2015, 
quando o esporte recebeu R$ 25,5 milhões, impulsionado pelos patrocínios estatais, 
que totalizaram R$ 17.235.114,94. 
55
Como apontado pela Tabela 1, R$ 129.6 milhões foram direcionados à CBHb via 
financiamento público federal. Com exceção dos recursos recebidos via Lei Agnelo/Piva, 
que devem estar em conformidade com a Instrução Normativa 039/2001 do Tribunal 
de Contas da União, os demais são aplicados de acordo com o interesse e baseado 
nos projetos aprovados pelo extinto ME. De modo a facilitar a compreensão e a análise 
desses dados, definiu-se e adaptou-se categorias de distribuição de recursos, baseadas 
na Instrução Normativa do Tribunal de Contas da União, organizadas do seguinte 
modo: preparação técnica; competições; desenvolvimento e manutenção do esporte; 
manutenção de atletas; recursos humanos e; não especificado. Esta última se refere 
aos recursos provenientes de patrocínios estatais, mas que não tiveram uma [única] 
finalidade definida. Os recursos provenientes dos patrocínios das estatais não possuíam 
uma finalidade declarada, como sugere a aplicação dos recursos provenientes da Lei 
Agnelo/Piva (Ver Tabela 3). Dessa forma, tais recursos foram aglutinados na categoria 
denominada não especificado e se caracterizaram como 41% dos recursos designados à 
CBHb. Os demais recursos foram aplicados da seguinte maneira: R$ 34,6 milhões (27%) 
à Preparação técnica; R$ 25,1 milhões (19%) às Competições, R$ 12,4 milhões (10%) ao 
Desenvolvimento e manutenção do esporte, R$ 3 milhões (2%) à Manutenção de atletas 
e R$ 859 mil (1%) aos Recursos humanos.
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/3LRlQRC> Acesso em 30 out. 2021. 
56
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O handebol é considerado uma modalidade esportiva, do tipo coletiva de oposição, 
que possibilita interações com os membros da mesma equipe e com adversários. 
Estas interações definem o jogo como de invasão ou territorial, com estabilidade 
ambiental, pois o jogo possui uma quadra delimitada, com zonas especificas, 
delimitadas para o início, sequênciae final da partida. 
• Características únicas transformam o handebol em um jogo altamente atrativo, 
emocionante e imprevisível de frequente oposição ao adversário, ocorrendo por meio 
de interações ofensivas, defensivas e de transição.
• Cada equipe possui um planejamento operacional estratégico, fortalecido pelos 
princípios básicos defensivos (recuperação de bola, impedimento da progressão 
adversaria e do gol) e ofensivos (manutenção da posse de bola, progressão a baliza 
adversaria e marcação do gol).
• Para que a interação ocorra de maneira harmoniosa e que a essência do jogo seja 
respeitada, o handebol possui um total de 18 regras. 
• As regras do jogo são regidas e sancionadas por dois árbitros, que possuem a função 
de controlar o tempo, examinar a quadra, uniformes, executar sanções disciplinares 
e desportivas.
• Uma equipe é formada por 16 jogadores, composta por sete titulares, dos quais 
normalmente seis são jogadores de linha e um goleiro, o restante é substituto. O 
handebol possui exclusões momentâneas denominadas de “dois minutos”, por isso 
não é permitido ter menos que cinco jogadores de um mesmo time em quadra, nem 
mais do que sete para iniciar uma partida.
• Vence a partida a equipe que fizer mais gols dentro de dois períodos de 30 minutos.
 
57
1 O handebol possui uma série de regras organizadas pela Federação Internacional 
de Handebol (IHF). Neste sentido, de acordo com o livro de regras do handebol (IHF, 
2016), assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: IHF – INTERNATIONAL HANDBALL FEDERATION. Regras de jogo. Tradução de Sálvio Pereira Sedrez, 
Aracaju: CBHB, 2016. Disponível em: http://fphand.com.br/home/wp-content/uploads/2018/04/20180423_
REGRAS_OFICIAIS_HANDEBOL.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022.
a) ( ) Durante a cobrança de um tiro sete metros, os outros jogadores devem ficar 
atrás da linha de sete metros como o cobrador. 
b) ( ) Em um jogo de handebol, cada equipe é formada por cinco jogadores em quadra 
e até sete reservas.
c) ( ) Somente os defensores podem pisar normalmente sobre a linha da área de gol 
sem problemas.
d) ( ) É permitido correr com a bola na mão, contando que seja por três segundos.
e) ( ) O jogo pode continuar se uma equipe ficar reduzida a menos de cinco jogadores 
na quadra, caso o árbitro entenda que seja possível.
2 (FCC, 2012) No handebol, determinados lançamentos marcam o início ou o reinício da 
partida, a cobrança de faltas e a cobrança de laterais. São denominados como tiros de 
saída, lateral, de meta e de sete metros. O tiro de sete metros equivale ao lançamento 
que se caracteriza por um recurso de punição para violação de regras. Ele é:
FONTE: <https://bit.ly/3urMgUi>. Acesso em: 11 abr. 2022.
a) ( ) Executado no centro da quadra, com a bola seguindo na direção em que o time 
julga mais adequada para a sua estratégia de ataque.
b) ( ) Executado no lugar em que a infração ocorreu, com a devida autorização do árbitro 
e com a formação de barreira defensiva na situação em que ela seja necessária.
c) ( ) Similar ao que ocorre no futebol, sendo executado quando a bola lançada cruza 
completamente a linha da área de gol e a partida é reiniciada pelo goleiro.
d) ( ) Marcado no instante em que a bola sai pela limitação da linha lateral da quadra e 
precisa ser recolocada em jogo pelos competidores, ou no instante em que toca 
em um jogador da defesa e sai pela linha de fundo.
e) ( ) Iniciado com lançamento direto e orientação voltada para o gol da equipe 
adversária, estando o cobrador frente a frente com o goleiro, enquanto os 
demais jogadores localizam-se atrás da linha de nove metros.
3 O livro de regras do handebol (IHF, 2016) especifica o local em que a modalidade é 
realizada, discriminando o tamanho, distinção de linhas, áreas de jogos e características 
das balizas. Sobre o formato e as dimensões de uma quadra de handebol, assinale a 
alternativa CORRETA:
AUTOATIVIDADE
58
FONTE: IHF – INTERNATIONAL HANDBALL FEDERATION. Regras de jogo. Tradução de Sálvio Pereira Sedrez, 
Aracaju: CBHB, 2016. Disponível em: http://fphand.com.br/home/wp-content/uploads/2018/04/20180423_
REGRAS_OFICIAIS_HANDEBOL.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022.
a) ( ) A quadra é um retângulo de 40 metros de largura por 20 metros de comprimento.
b) ( ) A quadra é um quadrado de 18 metros de largura por 18 metros de comprimento.
c) ( ) A quadra é um retângulo de 18 metros de largura por 10 metros de comprimento.
d) ( ) A quadra é um retângulo de 30 metros de largura por 15 metros de comprimento.
e) ( ) A quadra é um retângulo de 40 metros de largura por 30 metros de comprimento.
4 Uma modalidade esportiva é considerada um esporte coletivo quando sua estrutura, 
ou dinâmica, necessita de dois ou mais atletas para a execução e realização do jogo. De 
acordo com a essência dos esportes coletivos, caracterize e classifique o handebol.
5 O handebol é um esporte dinâmico e uma de suas principais características é a 
imprevisibilidade, explique.
59
REFERÊNCIAS
BAYER, C. O ensino dos esportes coletivos. 1. ed. Lisboa: Dinalivro, 1994.
CBHB – CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL. Aracaju, c2021. Disponível 
em: https://cbhb.org.br/. Acesso em: 30 out. 2021
COLLI, E. Universo olímpico: uma encyclopedia das olimpíadas. São Paulo: 
Códex, 2004.
CZERWINSKI, J. El balonmano: tecnica, tactica y entrenamiento. Barcelona: 
Paidotribo, 1993.
GONZALEZ, F. J. Sistema de classificação de esportes com base nos critérios: 
cooperação, interação com o adversário, ambiente, desempenho comparado e 
objetivos táticos da ação. Revista Digital, Buenos Aires, v. 10, n. 71, 2004.
GRECO, P. J.; ROMERO, J. J. F. Manual de handebol: da iniciação ao alto nível. 
São Paulo: Phorte, 2012.
IHF – INTERNATIONAL HANDBALL FEDERATION. Regras de jogo. Tradução de 
Sálvio Pereira Sedrez, Aracaju: CBHB, 2016. Disponível em: http://fphand.com.br/
home/wp-content/uploads/2018/04/20180423_REGRAS_OFICIAIS_HANDEBOL.
pdf. Acesso em: 11 abr. 2022.
KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. 7. ed. Ijuí: Editora 
Unijuí, 2006.
MENEZES, R. P. O ensino dos sistemas defensivos do handebol: considerações 
metodológicas acerca da categoria cadete. Pensar a Prática, Goiânia, v. 13, n. 1, 
p. 1-15, jan./abr. 2010.
MELHEM, A. Brincando e aprendendo handebol. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2004.
NAGI-KUNSAGI, P. Handebol. 2. ed. Rio de Janeiro: Palestra Edições Desportivas, 
1983.
RIBEIRO, A. P.; RIBEIRO, M. A. Surgimento e evolução do beach handebol no 
Brasil. Aracaju: J. Andrade 2008.
SALLES, J. G. C.; COSTA, I. T.; COSTA, V. L. M. O contrato lúdico na prática do futebol 
lazer–estudo da representação social com praticantes moradores de comunidades 
de baixa renda no município de viçosa em minas gerais. Revista Brasileira de 
Futebol, Viçosa, v. 13, n. 1, p. 73-91, 2020.
60
TENROLLER, C. A. Handebol: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. 
VIEIRA, S.; FREITAS, A. O que é handebol? Rio de Janeiro: Casa da Palavra: COB, 
2007.
61
INICIAÇÃO, FUNDAMENTOS, 
TREINAMENTO, MEIOS 
TÁTICOS E SISTEMAS DE JOGO
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os principais métodos de treinamento no handebol;
• compreender os principais fundamentos e gestos motores do handebol;
• visualizar os diferentes meios táticos de defesa e ataque na modalidade;
• reconhecer os sistemas defensivos e ofensivos do handebol.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – METODOLOGIAS DE TREINAMENTO EM ESPORTES COLETIVOS
TÓPICO 2 – MOVIMENTAÇÕES, GESTOS MOTORES; FUNDAMENTOS DO HANDEBOL E 
POSIÇÕES NO HANDEBOL
TÓPICO 3 – ESTRATÉGIAS, MEIOS TÁTICOS E PRINCIPAIS SISTEMAS NO HANDEBOL
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
62
CONFIRA 
A TRILHADA 
UNIDADE 2!
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63
TÓPICO 1 — 
METODOLOGIAS DE TREINAMENTO EM 
ESPORTES COLETIVOS
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, na unidade anterior, foram apresentadas as principais 
característica e regras do handebol, dando uma dimensão de como o esporte é realizado 
no Brasil e no cenário mundial. Neste sentido, o tópico atual abordará as principais 
formas e metodologias de ensino-aprendizagem-treinamento (EAT) especificas do 
handebol. Destacamos que o handebol possui características semelhantes a outros 
esportes coletivos e por isso pode utilizar de métodos mais abrangentes de treinamento, 
ou seja, utilizados também em outras modalidades coletivas, como os métodos global, 
analítico e misto. 
Contudo, o handebol também apresenta características marcantes, que o 
diferencia dos demais esportes coletivos, proporcionando ferramentas de treinamento 
altamente especificas como o método situacional e de confrontação.
O presente capítulo apresenta e discute as diversas formas de metodologias 
de treinamento aplicado ao handebol, da iniciação esportiva até o alto rendimento. 
Portanto, convidamos você, acadêmico, a nos acompanhar em meio ao contexto e 
especificidades do EAT no handebol.
2 MÉTODO GLOBAL, PARCIAL E MISTO
 
O handebol, como vimos anteriormente, pode ser compreendido como um 
esporte coletivo, de oposição, que possibilita interações com os membros da mesma 
equipe e com adversários. Neste sentido, por ser uma modalidade coletiva, existem 
algumas metodologias universais de treinamento que podem ser utilizadas perfeitamente 
para esse esporte, como os métodos global, parcial e misto.
2.1 MÉTODO GLOBAL
Um dos métodos mais utilizados na história do treinamento esportivo, por sua 
facilidade, ganho de experiência e motivação. O método global parte da concepção 
de que o jogo se aprende jogando, ou seja, da totalidade de movimentos, regras e 
exigências que um esporte possui (GRECO, 2001). 
64
Assim, sua principal forma de intervenção se dá pela série de jogos, buscando 
diferentes alternativas na construção de pequenos jogos, jogos recreativos, grandes jogos 
ou jogos pré-desportivos que atendam os anseios e necessidades da iniciação esportiva.
Os jogos que são pensados e construídos neste método, segundo Greco (2001), 
devem ser fragmentados, de forma que a estrutura básica, ou ideia central do esporte, 
esteja inserida em cada jogo, em formas ou jogadas que se assemelhem ao jogo inicial. 
Neste sentido, os alunos e atletas podem compreender o objetivo do esporte, por meio 
de minijogos que se assemelham ao jogo original, modificando ou adaptando regras, 
número de jogadores, espaço físico ou tipos de implementos.
FIGURA 1 – MÉTODO GLOBAL COM DIMINUIÇÃO DE QUADRA E JOGADORES
FONTE: <https://bit.ly/3601R3S>. Acesso em: 30 out. 2021
Como toda metodologia de treinamento, o método global, possui pontos 
positivos e algumas limitações. Uma das características mais marcantes e positivas 
desse método é a motivação dos atletas pelo jogo, facilitando o processo de treinamento 
e ensino-aprendizagem, ou seja, pela série de jogos, o atleta ganha experiência e 
vivência sobre inúmeras situações que normalmente acontecem no jogo, pela ideia do 
“todo indissociável” (GRECO, 2001). 
O foco do método global se dá pelas experiências e ensinamentos que um jogo 
pode proporcionar aos seus praticantes, neste sentido, o ensino de gestos motores 
e fundamentos se dá de forma global, ou seja, sem a especificidade e polimento de 
uma forma mais analítica. Assim, os atletas aprendem os fundamentos técnicos dentro 
do jogo e das observações de jogadas que nele acontecem, limitando o tempo de 
aprimoramento dessas qualidades.
No handebol, verifica-se a utilização do método global principalmente na 
iniciação esportiva em categorias de base de 12 a 14 anos, na qual a maioria dos 
treinadores acredita ser fundamental o aprimoramento na tomada de decisão dos 
65
jogadores e de capacidades relacionadas à resolução de problemas. Contudo, apesar do 
método global promover a valorização do raciocínio e da lógica, tendo o jogador como o 
detentor desse poder, o excesso de novas informações em um jogo pode levar a um certo 
grau de confusão em jogadores iniciantes, comprometendo a relação destes com a bola 
e com seus companheiros. Neste sentido, o técnico de handebol, ao utilizar o método 
global nos anos iniciais, deve tomar o cuidado em apresentar jogos de complexidade 
crescente, começando dos mais simples aos de maior difi culdade. 
2.1.1 Jogos recreativos
Os jogos recreativos normalmente são utilizados nas faixa-etárias mais novas 
de atletas ou em momentos de descontração durante uma sessão de treinamento. Seu 
maior foco é promover a ludicidade e diversão, por meio de atividades, fundamentos ou 
ações que se assemelham ao grande jogo. 
Existem muitos jogos recreativos, podendo variar de acordo com a idade dos 
participantes, espaço e implementos disponíveis.
• Jogo Arco Hand:
o objetivo: aprimorar o arremesso e fi nta (12 anos) ou aquecimento (12 anos ~);
o local: uma quadra de handebol; 
o jogadores: 36 jogadores, divididos em quatro times de nove alunos;
o materiais: quadra de handebol, arcos, coletes e bolas;
o procedimentos: cada lado da quadra contará com duas equipes de nove alunos, 
que devem competir entre si. Em colunas, posicionados a dez metros do gol, os 
primeiros atletas de cada coluna fi cam com a bola e ao sinal do técnico, devem 
se deslocar realizando o movimento trifásico do handebol, arremessando a 
bola sobre a área do goleiro, almejando acertar dentro dos arcos, que estarão 
amarrados nos cantos superiores e inferiores das balizas, após o arremesso 
o aluno pega a bola e volta correndo para entregar a bola ao próximo colega. 
Vence a equipe que acertar 15 arcos primeiro.
Adiante, você verá algumas situações de como o método global pode ser 
aplicado no jogo de handebol, mas não se limite às ideias apresentadas neste 
livro, procure montar treinos com diferentes adaptações para seus atletas.
ESTUDOS FUTUROS
66
FIGURA 2 – CRIANÇA BRINCANDO EM UM JOGO RECREATIVO DE HANDEBOL
FONTE: IHF (2017, p. 15)
2.1.2 Pequenos jogos
Os pequenos jogos são excelentes ferramentas de EAT para a iniciação 
esportiva, alunos mais jovens, ou na parte inicial/aquecimento em alguns dias de treino 
(GRECO, 2001). A concepção de um pequeno jogo está na diminuição da quadra, regras, 
jogadores e finalidades, direcionando objetivo para o aprendizado de um gesto motor, 
ou tomada de decisões mais simples como passar e receber a bola. No handebol, um 
excelente exemplo de um pequeno jogo, é o “jogo dos dez passes”.
• Jogo dos dez passes:
o objetivo: aprender o passe e recepção da bola (oito a dez anos) ou aquecimento 
(12 anos ~);
o local: uma quadra de handebol dividida em seis partes;
o jogadores: 36 jogadores, divididos em 12 times de três alunos;
o materiais: quadra de handebol, coletes e bolas;
o procedimentos: cada miniquadra contará com duas equipes de três alunos, que 
devem competir entre si. Os jogadores devem trocar passes entre os integrantes 
de sua equipe até a contagem máxima de dez passes. A equipe adversária deve 
tentar impedir essa troca de passagens com interrupções ou roubagens de bola. 
Vence a equipe que conseguir completar os dez passes consecutivos primeiro.
67
FIGURA 3 – EXEMPLO DE DIVISÃO EM SEIS PARTES A PARTIR DE UMA QUADRA CONVENCIONAL
 FONTE: Abreu (2022, p. 70)
2.1.3 Grandes jogos
Os grandes jogos, ou pré-desportivos, por sua vez, são os jogos que chegam 
mais próximos do jogo real. Estes jogos mais complexos, dentro da metodologia global, 
preconizam o ensino do handebol pela modificação de alguns elementos do jogo, com 
a alternância de regras, implementos, espaço de jogo, adversários e metas utilizados 
como meio para o ensino dos conteúdos do handebol, que partem ou não da estrutura 
(BAYER, 1994).
• Jogo 4 x 4
o objetivo: roubar a bola, prevenir e interceptar passes, atrapalhar ou obstruir 
arremessos a gol,fintas e arremessos;
o local: meia quadra de handebol, uma baliza;
o jogadores: nove jogadores, quatro jogadores de defesa, quatro jogadores de 
ataque e um goleiro fixo;
o materiais: quadra de handebol, coletes e bola;
o procedimentos: em meia quadra, os atletas devem simular situações de ataque 
e defesa durante três minutos, tendo que atacar dentro de dez segundos 
sempre que o técnico apitar. Após três minutos, os jogadores de defesas trocam 
de posição com os de ataque e seguem o mesmo procedimento.
FIGURA 4 – MINIJOGO EM MEIA QUADRA
FONTE: IHF (2017, p. 34)
68
2.2 MÉTODO PARCIAL
O método parcial, também conhecido como “método analítico sintético”, diferente 
do método global, no qual o foco se encontra em aprender jogando pela variabilidade de 
experiências e tomadas de decisões que este possui, se limita a desenvolver e construir 
um modelo ideal de habilidades técnicas ou fundamentos esportivos (GRECO, 2001). 
Neste sentido, tendo como princípio de treinamento a fragmentação das habilidades 
técnicas, este método preconiza o ensino parcial dos fundamentos elementares do 
jogo, como o arremesso, passe e fi nta, apresentando-os de forma reduzida, fora do jogo.
Esse tipo de treinamento, apesar de ter sua origem nas modalidades individuais, 
foi um dos mais utilizados nas últimas décadas, pela capacidade de aprimoramento 
e desenvolvimento das habilidades motoras relacionadas ao esporte, permitindo uma 
transferência destas habilidades posteriormente para o jogo (REIS, 2006). Atualmente, 
percebe-se uma preferência ainda maior do método analítico sintético, por treinadores de 
handebol, devido à necessidade de aprimoramento nos gestos motores e especifi cidades 
do esporte.
Talvez o principal ponto positivo do método parcial seja a capacidade de 
aprimorar os fundamentos desportivos, chegando próximo ou muito próximo do padrão 
ouro de movimento, gasto energético ou desprendimento de erros de execução. Essa 
capacidade em chegar próximo da perfeição se dá pelo processo de automatização 
do movimento, atrelado ao longo processo de repetições e correção de movimentos 
durante um plano de treinamento, referindo a esse método a característica de modelo 
tecnicista (GRECO; ROMERO-FERNÁNDEZ, 2012). 
Essa característica tecnicista, para alguns autores relacionados à pedagogia do 
esporte, é uma das principais disfunções deste modelo de treinamento, pois limita a 
genialidade, a criatividade e a imprevisibilidade do atleta/aluno (REIS, 2006). Além disso, 
como visto anteriormente, o método parcial não propicia aprendizagens táticas de jogo 
e pode desmotivar os atletas mais jovens, pois, desde cedo, os exercícios se tornam 
mecânicos e sem o lúdico.
O método analítico sintético pode ser chamado também de parcial ou modelo 
tecnicista, pois sua metodologia de EAT se concentra na fragmentação do 
ensino dos esportes em gestos motores ou fundamentos esportivos.
NOTA
69
FIGURA 5 – ATIVIDADES FOCADAS EM FUNDAMENTOS
FONTE: IHF (2017, p. 28)
• Exemplo de treino:
As sessões de treinamento do método parcial podem ser muito semelhantes, 
dependendo do fundamento que está sendo ensinado. A correção do gesto e repetição 
do mesmo são as características mais presentes em uma sessão desse treinamento. 
Neste sentido, os treinos podem ocorrer pela realização de exercícios simples, ou 
seja, preconizando o treinamento de até dois fundamentos do jogo de handebol (salto e 
recepção), ou ainda, por exercícios combinados, treinamento de maior complexidade 
que envolve a execução, aprendizagem ou polimento de três ou mais fundamentos 
técnicos (salto, recepção e passe). A seguir, veremos um exemplo de atividade presente 
neste tipo de treinamento: 
o objetivo: ensinar e aprimorar o fundamento de passe acima do ombro; 
o local: quadra de handebol;
o jogadores: sete duplas;
o materiais: quadra de handebol e bolas;
o procedimentos: posicionados sobre a linha lateral da quadra de handebol, cada 
jogador de frente para sua dupla, deve lançar a bola de handebol para seu colega 
com o passe por cima do ombro. A sua dupla, por sua vez, deve receber a bola 
e realizar o mesmo passe. 30 vezes com a mão direita, 30 vezes com a mão 
esquerda e, por fim, 30 vezes alternando as mãos.
FIGURA 6 – PASSE POR CIMA DO OMBRO
FONTE: IHF (2017, p. 31)
70
2.3 MÉTODO MISTO
O método misto fecha a tríade de metodologias de treinamento tradicionais, 
sendo compreendida como a união dos métodos global e parcial (TEIXEIRA, 2001). A 
junção dos dois métodos tradicionais em uma metodologia maior possibilita a correção do 
gesto motor em exercícios mais analíticos, mas também promove a tomada de decisão e a 
compreensão destes gestos motores em uma partida, por meio de jogos pré-desportivos.
FIGURA 7 – MÉTODO MISTO
FONTE: IHF (2017, p. 33)
3 MÉTODO SITUACIONAL, UNIVERSAL E CONFRONTAÇÃO
Ao longo dos anos, o treinamento desportivo passou por inúmeras modifi cações 
e avanços, a fi m de atender diferentes perspectivas relacionadas à pedagogia do esporte, 
iniciação esportiva, esportes adaptados e alto rendimento. Neste sentido, a partir da 
refl exão e superação de metodologias de treinamento mais tradicionais, surge a criação 
da iniciação esportiva universal e do método situacional (GRECO, BENDA, 1998).
3.1 MÉTODO UNIVERSAL
Pensando em uma abordagem mais focada nas capacidades funcionais 
integrativas dos jogadores, principalmente na iniciação do esporte direcionado ao 
público mais jovem, formado por crianças e adolescentes, é que surge o método universal 
(GRECO; BENDA, 1998). De forma geral, as crianças são por natureza generalistas, 
gostam de novos desafi os, brincadeiras e atividades, por este motivo, cargas unilaterais, 
excessivas de um determinado esporte, podem interferir diretamente na ampliação de 
Neste primeiro tópico, você foi apresentado a metodologias de EAT mais 
tradicionais da Educação Física. Deste modo, a seguir, apresentaremos 
metodologias de treinamento mais recentes, como foco em situações de jogo 
ou em capacidades funcionais integrativas.
ESTUDOS FUTUROS
71
um vasto programa motor, ou, ainda, na satisfação e vontade de experimentar novos 
gestos e brincadeiras. Essa disfunção, leva muitas vezes ao abandono precoce da 
modalidade, ocasionado pela estafa psicológica ou pelo overtrainning.
O método universal acredita que, primeiro, deve-se experimentar os diversos 
gestos e habilidades básicas que os jogos, brincadeiras e esportes oferecem, para 
depois unir o que foi aprendido em cada experiência, a fim de aprimorar competências 
táticas e técnicas específicas. Assim, o objetivo principal é o de transferir conhecimentos 
e experiências de movimento, entre modalidades que utilizam bola por meio de jogos 
orientados para a situação, orientação para capacidades coordenativas e orientação 
de habilidades sem pressões psicológicas ou parâmetros de rendimento focados em 
adultos (GRECO, 2001; KROGER; ROTH, 2002).
FIGURA 8 – MÉTODO UNIVERSAL
FONTE: IHF (2017, p. 33)
Você pode conferir as fases de treinamento e especificidade de rendimento esportivo, 
segundo o modelo universal, observando o fluxograma e marcadores a seguir.
FIGURA – NÍVEL E FASES E RENDIMENTO ESPORTIVO SEGUNDO MÉTODO UNIVERSAL
FONTE: Adaptada de Greco; Benda (1998)
Método universal
Fase direção
Fase 
Especialiação 
Fase integração
Fase Alto Nível
Fase direção
Fase 
recreação/saúde
Fase readaptação
Fase orientaçãoFase universal
Fase universal 1
Fase universal 2
Fase universal 3
Fase Pré-escolar
IMPORTANTE
72
• FASE PRÉ-ESCOLAR: esta é a primeira fase do método universal, direcionado à 
estimulação motora pela diversificação de movimentos, brincadeiras e atividades. 
Focada em ampliar o programa motor infantil, por meio de exercícios relacionados 
à psicomotricidade – equilíbrio, esquema corporal e relação espaço-temporal – 
(compreende à fase de quatro a seis anos)
• FASE UNIVERSAL: esta fase é dividida em três fases (combinação de habilidades 
fundamentais, habilidades esportivas e universalidade esportiva).Na primeira fase 
(seis a oito anos), as crianças devem ser submetidas a atividades lúdicas, jogos de 
perseguição ou estafetas que proporcionem o aprendizado de habilidades básicas, 
naturais, como correr, saltar e arremessar. Na segunda fase (oito a dez anos), as 
habilidades esportivas devem ser apresentadas às crianças, por meio de jogos 
coletivos, pequenos jogos ou grandes jogos, de forma natural e com pouca correção 
de movimentos. Por fim, na terceira fase (dez a 12 anos), os jogos pré-desportivos 
começam a ser inseridos no treinamento, que, apesar de ainda terem um caráter 
recreativo, já possuem correções e regras.
• FASE DE ORIENTAÇÃO: fase que compreende os 12 a 14 anos, quando ocorre o início 
do processo de automatização de movimentos e fundamentos. Nesta fase, existe 
uma preocupação maior no aperfeiçoamento físico e técnico inerente às habilidades 
esportivas. Jogos e situações reais de jogo são inseridos no treinamento, a fim de 
estimular a cognição e resolução de problemas. Início da inteligência tática.
• FASE DE DIREÇÃO: nesta fase, acontece a divisão em duas direções diferentes, 
sendo uma a via do aperfeiçoamento até o alto rendimento, estabelecendo cargas, 
volumes e intensidades apropriadas ao planejamento esportivo e outra, que visa 
a manutenção da prática esportiva de forma recreativa, ou como ferramenta de 
prática regular de atividade física, preconizando simplesmente a saúde. 
3.2 MÉTODO SITUACIONAL
O método situacional tem como objetivo principal o aprimoramento técnico e 
tático, por meio do treinamento de situações reais e elementos que ocorrem nos jogos, 
possibilitando um aprimoramento tanto dos fundamentos como da lógica e tomada de 
decisão (LANES; OLIVEIRA; RIBAS, 2020). 
Esse enfoque na identificação de sistemas ofensivos e defensivos, jogadas e 
situações de jogo, proporciona também o desenvolvimento de capacidades intelectuais 
e cognitivas (TIEGEL; GRECO, 1998).
Este modelo de treinamento se baseia, principalmente, em situações e 
estruturas funcionais extraídas do jogo convencional, buscando o aprimoramento de um 
elemento central como, por exemplo, superar a barreira adversária com um arremesso 
em suspensão. 
73
Desse modo, o método situacional pode ser dividido em três partes, ou 
momentos que devem ser realizados durante o processo de EAT – momento inicial ou 
linear, momento posicional e momento situacional –, os quais apresentaremos a seguir: 
• Momento linear
O momento linear é o momento inicial da atividade que foi proposta na sessão 
de treinamento. Normalmente, por ser a primeira atividade do treinamento, preconiza-se 
o ensino dos fundamentos que serão utilizados na situação de jogo escolhida, podendo 
ser realizada em forma de aquecimento.
• Momento posicional
Após o aquecimento, ou momento inicial, no método situacional temos o 
momento posicional, responsável por indicar as posições necessárias que os atletas 
devem estar para executar os fundamentos antes vistos, aplicados em uma situação 
hipotética ou real de jogo. Nesta etapa, é comum utilizar partes especificas da quadra 
de handebol, ou reduzir o número de atletas a fim de chegar mais próximo da realidade 
da situação que foi programada.
• Momento situacional
Na maioria das vezes, é a última parte na sessão do treinamento situacional. 
Esta parte é a responsável por reproduzir uma situação real de jogo, conduzir a um 
processo criativo, de planejamento, enfrentamento de um ou mais atletas, ou ainda de 
aprender jogadas ofensivas e defensivas ensaias.
3.2.1 Jogo motriz ou adaptado
Recomenda-se a utilização de um jogo adaptado, ao final do método situacional, 
a fim de promover a fixação dos estímulos e aprendizagens.
• Exemplo de treino:
o objetivo: realizar o passe em suspensão, finta para esquerda e arremesso lateral;
o local: meia quadra de handebol;
o jogadores: dois goleiros, dois atacantes e dois defensores;
o materiais: quadra de handebol, coletes e bolas;
o momento linear: em duplas ou trios, sobre as linhas laterais, os alunos 
devem trocar passes por cima do ombro e receber em suspensão. Após dez 
repetições, um jogador da dupla deve lançar a bola alta para que outro receba 
em suspensão, finte para esquerda e faça um arremesso lateral, em direção ao 
mesmo companheiro. Após dez repetições, os jogadores alternam as funções. 
74
FIGURA 9 – MÉTODO SITUACIONAL
FONTE: IHF (2017, p. 40)
• Momento posicional: dentro da quadra, os jogadores ofensivos realizam passes e 
fintas de forma diagonal, os goleiros, um sobre a linha do gol e o outro sobre a linha 
de sete metros, e os defensores sobre as linhas laterais.
FIGURA 10 – MOMENTO POSICIONAL
FONTE: Os autores
• Momento situacional: os defensores devem ficar em marcação proximal à área do 
goleiro baseada no sistema 6 x 0, deslocando lateralmente sem flutuação. O goleiro 
deve alternar com o reserva sempre após um arremesso ao gol. Um atacante deve 
ficar na extremidade esquerda dentro da quadra entre a linha de fundo e linha lateral, 
este deve realizar um passe na parte medial da linha do tiro livre. O outro jogador 
de ataque deve posicionar-se entre a linha de tiro livre e linha central, buscar o 
passe que seu colega deu, recepcionando a bola em suspensão, deve realizar o 
ritmo trifásico, fintar para esquerda e arremessar lateralmente em direção ao gol. 
Cada jogador deve realizar dez arremessos cada, alternando, primeiramente, entre 
os jogadores de ataque e, depois, jogadores de defesa e ataque.
75
FIGURA 11 – MOMENTO SITUACIONAL
FONTE: Os autores
• Jogo adaptado: em meia quadra com o time completo, os jogadores devem preconizar 
movimentos e engajamentos do lado esquerda, buscando essa movimentação de 
finta entre os Jogadores 2 e 3.
 
FIGURA 12 – JOGO ADAPTADO
FONTE: <https://bit.ly/374s95N>. Acesso em: 30 out. 2021.
A partir da evolução técnica proporcionada em situações de jogo, o atleta 
desenvolve habilidades táticas, principalmente nas resoluções de problemas encontrados 
nas circunstâncias que o jogo proporcionou a eles, naquele momento, jogada ou 
movimento.
Apesar de o método situacional estimular o aprimoramento técnico e tático 
desde o início do processo, o EAT pode ocorrer de forma mais lenta e a 
construção das situações de jogo dependem muito da experiência do treinador.
ATENÇÃO
76
3.3 MÉTODO DE CONFRONTAÇÃO
Tenroller e Merino (2006) apontam que este método, na verdade, seria uma 
derivação do método global ou série de jogos, em que o jogo se aprende jogando. 
Contudo, diferente dos demais, esta metodologia de treinamento pode ser utilizada como 
uma poderosa ferramenta de ajustes técnicos e táticos de uma equipe, preconizando o 
ajuste de posições, jogadores e sistemas de defesa e ataque de uma equipe.
Por meio da análise de um jogo, é possível ensinar as regras de um esporte 
na iniciação esportiva, como ajustar problemas técnicos, falhas defensivas e jogadas 
ofensivas, no alto rendimento.
FIGURA 13 – MÉTODO DE CONFRONTAÇÃO
FONTE: <https://bit.ly/37sfEB5>. Acesso em: 30 out. 2021
Caro acadêmico, terminamos o Tópico 1 da segunda unidade, a seguir, 
serão apresentados os pontos principais deste tópico em forma de 
resumo, e caso ainda sinta a necessidade de reforçar algum ponto, lhe 
convidamos a relê-los. Combinado? 
GIO
77
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Existem diferentes metodologias de ensino-aprendizagem-treinamento (EAT) para 
modalidades coletivas e especificamente ao handebol.
• As metodologias de EAT mais tradicionais são compostas pelo método global, parcial 
ou misto.
• Um dos métodos mais utilizados na história do treinamento esportivo, por sua 
facilidade, ganho de experiencia e motivação, é o método global, caracterizado pela 
utilização de jogos recreativos, pequenos jogos e jogos pré-desportivos.
• O método parcial, também conhecido como “método analítico sintético”, tem como 
princípio de treinamento a fragmentação das habilidades técnicas, preconizando o 
ensino parcial dos fundamentoselementares do jogo.
• O método misto pode ser compreendido como a união das concepções de treinamento 
do método parcial e global.
• O método universal acredita que primeiro a criança deve experimentar os diversos 
gestos e habilidades básicas que os jogos, brincadeiras e esportes oferecem, para 
depois unir o que foi aprendido em cada experiência, a fim de aprimorar competências 
táticas e técnicas específicas. 
• O método situacional tem como objetivo principal o aprimoramento técnico e tático, 
por meio do treinamento de situações reais e elementos que ocorrem nos jogos, 
possibilitando um aprimoramento tanto dos fundamentos como da lógica e tomada 
de decisão.
• O método de confrontação é considerado uma poderosa ferramenta de ajustes 
técnicos e táticos de uma equipe, preconizando o ajuste de posições, jogadores e 
sistemas de defesa e ataque de uma equipe.
78
1 Ao longo da história dos esportes coletivos, diferentes métodos de treinamento 
foram construídos, pensados e apresentados a diferentes populações, faixa-etárias 
e objetivos esportivos. De acordo com os métodos tradicionais realizados somente 
por jogos, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Método analítico parcial.
b) ( ) Método global.
c) ( ) Método progressivo associativo.
d) ( ) Método universal.
2 Ao longo dos anos, o treinamento desportivo passou por inúmeras modificações 
e avanços a fim de atender diferentes perspectivas relacionadas à pedagogia do 
esporte, iniciação esportiva, esportes adaptados e de alto rendimento. De acordo 
com o método tradicional realizado preconizando o treinamento parcial estabelecido 
nos fundamentos e gestos motores, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Método analítico parcial. 
b) ( ) Método global.
c) ( ) Método progressivo associativo.
d) ( ) Método universal.
3 O handebol também apresenta características marcantes que o diferencia dos 
demais esportes coletivos, proporcionando ferramentas de treinamento altamente 
especificas, como o método situacional e de confrontação. Sobre o método 
situacional, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Propicia o aprimoramento técnico e tático, por meio do treinamento de situações 
reais e elementos que ocorrem nos jogos.
b) ( ) Deve ser realizado exclusivamente por situações de jogos recreacionais.
c) ( ) Não leva em conta a experiência do treinador.
d) ( ) Os jogos nesse método devem ser praticados em sua totalidade sem adaptações 
de regras.
4 Pensando em uma abordagem mais focada nas capacidades funcionais integrativas 
dos jogadores, principalmente na iniciação do esporte direcionado ao público mais 
jovem –crianças e adolescentes – é que surge o método universal (GRECO; BENDA, 
1998). De acordo com o método universal, qual fase inicial do desenvolvimento pode 
ser dividida em outras três fase. Cite e explique.
FONTE: GRECO, P. J.; BENDA, R. N. Iniciação esportiva universal: da aprendizagem motora ao 
treinamento técnico. Belo Horizonte, MG: UFMG, 1998.
AUTOATIVIDADE
79
5 O método situacional tem como objetivo principal o aprimoramento técnico e tático, 
por meio do treinamento de situações reais e elementos que ocorrem nos jogos, 
possibilitando um aprimoramento tanto dos fundamentos como da lógica e tomada 
de decisões (LANES; OLIVEIRA; RIBAS, 2020). Quais são as partes que compõem o 
método situacional? Cite e explique.
FONTE: LANES, B. M.; OLIVEIRA, R. V. de; RIBAS, J. F. M. Método situacional: elementos conceituais para o 
processo de ensino-aprendizagem-treinamento dos esportes coletivos. Corpoconsciência, Cuiabá, v. 24, 
n. 3, p. 12-25, set./dez. 2020.
80
81
MOVIMENTAÇÕES, GESTOS MOTORES; 
FUNDAMENTOS DO HANDEBOL E POSIÇÕES 
NO HANDEBOL
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, foram apresentadas as principais metodologias de treinamento 
em esportes coletivos, permitindo que você, acadêmico, compreendesse os aspectos 
positivos e negativos de cada método de EAT, como utilizá-los e como poderemos 
aplicá-los de acordo com a faixa-etária, objetivo e metodologia desejada. Neste 
sentido, dando continuidade ao ensino do handebol, neste tópico, serão apresentadas 
as principais movimentações de jogo, posicionamento defensivo e ofensivos, gestos 
motores e fundamentos aplicados ao handebol.
O handebol apresenta uma característica extremamente marcante entre os 
esportes coletivos, que é a constante oposição de jogadores durante as fases de ataque 
e de defesa do jogo, permitindo que um mesmo jogador tenha uma posição e função 
diferente, durante as inúmeras situações de jogo. Assim, veremos que um jogador na 
defesa é identificado por um número e no ataque por um nome específico relacionado 
a sua função. Além disso, o Tópico 2 apresenta, de forma simples, os principais gestos 
motores e fundamentos do handebol, que fazem desta modalidade esportiva um 
esporte tão competitivo.
2 POSICIONAMENTO E MOVIMENTAÇÕES NO HANDEBOL
Como vimos na Unidade 1, o handebol é caracterizado por ser um jogo coletivo, 
de interação com o adversário. Estas interações dentro de uma quadra proporcionam 
ações de ataque e defesa, por meio de invasões, que, por sua vez, determinam o 
posicionamento, movimentação e funcionamento do jogo em si. 
Segundo Bayer (1994), as principais características de defesa no jogo são a 
recuperação de bola, obstrução de jogadores ou bola até a baliza e proteção da meta 
ou campo defensivo; enquanto as ofensivas são a conservação de bola, progressão 
da bola ou jogadores à meta adversária, ataque direto ou gol no adversário. Estas 
características determinam primeiramente as posições ou posicionamentos defensivos 
e ofensivos de uma equipe.
UNIDADE 2 TÓPICO 2 - 
82
O posicionamento defensivo de uma equipe de handebol está relacionado às 
delimitações de linhas e zonas de defesa, ou seja, por meio da proximidade das linhas 
com o gol, determinamos as ordens de defesas em primeira ou segunda linha, além de 
numerar os jogadores com relação ao lado da quadra, como podemos ver a seguir:
• Primeira linha defensiva compreendida como a linha da área de gol até a linha de 
tiro livre (6 m a 9 m).
FIGURA 14 – PRIMEIRA LINHA DEFENSIVA
FONTE: Os autores
• Segunda linha defensiva compreendida como a área entre a linha de tiro livre e a 
linha central.
FIGURA 15 – SEGUNDA LINHA DEFENSIVA
FONTE: Os autores
Para facilitar a compreensão dos sistemas de jogos, você vai aprender 
primeiro o nome das posições dos jogadores de handebol, bem como sua 
função no posicionamento defensivo e ofensivo.
ATENÇÃO
83
• Defensores 1, esquerdo e direito, são os jogadores que se encontram nas 
extremidades mais próximas das linhas de fundo e lateral da quadra de jogo. 
Defendem quase sempre na primeira linha defensiva e por isso são os responsáveis 
por marcarem os pontas da equipe adversária.
FIGURA 16 – DEFENSORES 1, ESQUERDO E DIREITO
FONTE: Os autores
• Defensores 2, esquerdo e direito, são os jogadores que se encontram na parte 
mediana do setor defensivo entre a extremidade lateral e parte central da quadra. 
Possuem como responsabilidade principal a marcação dos armadores esquerdo e 
direito, da equipe adversária. Costumam iniciar na primeira linha defensiva, mas 
podem flutuar até a segunda linha e até permanecerem lá em caso de uma marcação 
mais avançada ou isolada em cima de um armador específico.
FIGURA 17 – DEFENSORES 2, ESQUERDO E DIREITO
FONTE: Os autores
• Defensores 3, esquerdo e direito, são os jogadores que se encontram na parte 
central da zona defensiva, caracterizada como base. Normalmente, ficam na base 
os jogadores mais altos, responsáveis por uma barreira central, marcação de pivôs 
e armadores centrais adversários, além de realizar coberturas defensivas entre os 
outros defensores, ou flutuações até a segunda linha.
84
FIGURA 18 – DEFENSORES 3, ESQUERDO E DIREITO
FONTE: Os autores
• Goleiro, o único jogador que pode permanecer dentro da área de defesa de uma 
equipe, responsável por defender todas as bolas que vão diretamente a sua baliza.
FIGURA 19 – GOLEIROFONTE: OS AUTORES
Uma das características mais peculiares do handebol é a múltipla posição e 
função que um jogador pode apresentar no jogo. Ao mesmo tempo que ele defende na 
extrema esquerda da quadra, em sua zona defensiva, ele pode organizar a equipe pela 
lateral direita da zona de ataque. Neste sentido, o posicionamento ofensivo de uma 
equipe de handebol leva em consideração as linhas e zonas ofensivas da quadra de 
handebol, determinando o número de linhas e identificação posições ofensivas com 
outros nomes, como veremos a seguir:
• Primeira linha ofensiva compreendida como a linha da área de gol até a linha de tiro 
livre da área de ataque desta equipe (6 m a 9 m).
85
FIGURA 20 – PRIMEIRA LINHA OFENSIVA
FONTE: Os autores
• Segunda linha ofensiva compreendida como a linha área entra a linha de tiro livre e 
a linha central da área de ataque desta equipe.
FIGURA 21 – SEGUNDA LINHA OFENSIVA
FONTE: Os autores
• Pontas esquerda e direita são os jogadores que se encontram nas extremidades 
mais próximas das linhas de fundo e lateral na quadra de ataque. Atacam quase 
sempre na segunda linha ofensiva, contudo, podem, por vezes, recuar até a primeira 
linha ofensiva, para auxiliar em um engajamento, ou para oportunizar uma quebra 
de marcação. São características dos jogadores que jogam nas pontas, segundo 
Zamberlan (1999), o domínio de vários tipos de arremesso; domínio de fintas em 
espaço curto; domínio de mudanças de direção e ritmo; domínio do desmarque; 
jogar sem bola; saber jogar como 2º pivô.
FIGURA 22 – PONTAS ESQUERDA E DIREITA
FONTE: Os autores 
86
• Armadores esquerdos e direitos são os jogadores que se encontram na parte mediana 
do setor defensivo entre a extremidade lateral e parte central da quadra. Possuem como 
responsabilidade principal a articulação de jogadas e as finalizações longa distância. 
Costumam iniciar na primeira linha ofensiva, mas podem avançar até a segunda linha 
ofensiva com o apoio e espaços proporcionados pelo pivô e até permanecerem lá em 
caso de mudança de posição para o 2º pivô. São características, dos jogadores que 
jogam nas armações esquerdas e direita, segundo Zamberlan (1999) o domínio de 
vários tipos de passes; Domínio inúmeros tipos de arremessos; Domínio de variadas 
fintas.; Domínio de vários tipos de deslocamentos e troca de ritmos.
FIGURA 23 – ARMADORES ESQUERDO E DIREITO
FONTE: Os autores 
• Os armadores centrais e pivôs são os jogadores que se encontram na parte central 
da zona ofensiva. O armador central se posiciona sempre na primeira linha ofensiva, 
sendo considerado o principal articulador de jogadas do time, denominados por 
muito como o cérebro da equipe. Já o pivô se posiciona sempre na segunda linha 
ofensiva e possuía função de finalizar ou dar a abertura para outro jogador realizar 
o arremesso. São características dos jogadores que jogam como pivô, segundo 
Zamberlan (1999), o domínio de arremesso pressionado; domínio de recepção 
em espaços encurtados; domínio do bloqueio ofensivo; domínio de mudança de 
direção; jogar sem bola; e saber desmarcar-se.
FIGURA 24 – ARMADOR CENTRAL E PIVÔ
FONTE: Os autores
87
Agora que já identifi camos as principais posições e posicionamentos do 
handebol, chegou a hora de entender como ocorrem as movimentações e os princípios 
táticos defensivos e ofensivos do handebol. 
Segundo Simões (2008), o que propicia a interação do jogo são os fundamentos 
técnico-táticos proporcionado pelas ocupações de espaços em relações constantes de 
ataque e defesa. Entre elas, nas situações de defesa, destacam-se o posicionamento 
que vimos anteriormente, além das posições básicas, marcações, deslocamentos, 
bloqueios e interceptações. Explicaremos, brevemente, cada uma delas a seguir:
2.1 POSIÇÕES BÁSICAS
O posicionamento adequado é vital para as ações de defesa e deslocamento em 
um jogo, possibilitando um melhor ajuste corporal para a execução de um fundamento, 
mudança de direção, marcação ou bloqueio. Neste sentido, considerando o controle 
visual sobre seu adversário, segundo Zamberlan (1999), o jogador em posição básica 
deve estar:
• Braço/antebraço: os braços devem estar ao lado do corpo, com os antebraços 
fl exionados, ao se aproximar do adversário, a postura deve mudar movimentando o 
braço do lado contrário à procedência da bola em contato com o corpo do adversário. 
• Mão: deve estar sempre espalmada para cima, em caso de contato com o adversário, 
a mão correspondente à procedência da bola deverá estar com a palma voltada 
para esta.
• Perna: devem estar semifl exionadas ou em contado com o adversário, a perna 
contrária à procedência da bola deverá estar colocada à frente.
• Cabeça: a cabeça deve estar sempre voltada para frente, buscando visualizar o seu 
adversário correspondente.
Agora que você já aprendeu os posicionamentos ofensivo e defensivo, 
observe como uma mesma jogadora alterna de posições no ataque e defesa, 
tentando identifi car essa movimentação nos cinco primeiros minutos de jogo, 
no vídeo a seguir: https://bit.ly/38wUtxO.
DICA
88
FIGURA 25 – JOGADOR DE DEFESA EM POSIÇÃO BÁSICA
FONTE: <https://bit.ly/3v8lRtM>. Acesso em: 22nov. 2021.
2.2 DESLOCAMENTOS
O deslocamento é a ação defensiva que permite a ocupação de um espaço 
por meio da transição entre diferentes lugares da quadra, podendo ocorrer por meio de 
deslizes (passadas laterais sem cruzamento de pernas) ou corridas (movimentações 
rápidas em diferentes direções. Além disso, o deslocamento pode oscilar de acordo 
com a trajetória (direção que o jogador vai) e troca de ritmo (oscilação de velocidade de 
movimentação) utilizados para enganar ou persuadir as movimentações adversárias.
2.3 MARCAÇÕES
As marcações são ações realizadas por jogadores de defesa, a fim de controlar, 
inibir ou limitar as ações ofensivas do adversário como o passe, progressão ou arremesso. 
A marcação utiliza dos princípios básicos da posição básica e dos diferentes tipos de 
deslocamento, para limitar a distância e ações entre os defensores e adversários, 
podendo ser descritas em:
• Marcação por observação: não há execução do contato físico em si, somente da 
marcação pela direta observação e contato visual.
89
FIGURA 26 – MARCAÇÃO POR OBSERVAÇÃO
FONTE: <https://bit.ly/3JuqIur >. Acesso em: 22 nov. 2021.
• Marcação por contato: deve se utilizar os princípios da posição básica de contato, 
com o intuito de limitar os espaços de movimentação do adversário.
FIGURA 27 – MARCAÇÃO POR CONTATO
FONTE: <https://bit.ly/3jpOBsj>. Acesso em: 22 nov. 2021.
• Marcação por aproximação: antecede o princípio de interceptação, ou seja, o 
defensor invade o espaço de ataque do adversário, tentando roubar ou tomar posse 
da bola, antes da troca de passes da outra equipe.
90
FIGURA 28 – MARCAÇÃO POR APROXIMAÇÃO
FONTE: <https://bit.ly/3O2AlEg>. Acesso em: 22 nov. 2021.
• Marcação de impedimento: a marcação por impedimento é o último recurso 
de marcação antes de ocasionar uma falta ou sanção, utilizada para impedir o 
adversário de atacar ou finalizar para dentro de sua meta. Nesta ação, o jogador de 
defesa trava o braço de arremesso e o quadril do adversário, diminuindo a chance 
de ocorrer uma finalização, passe, arremesso ou finta.
FIGURA 29 – MARCAÇÃO POR IMPEDIMENTO
FONTE: <https://bit.ly/37pm4kg>. Acesso em: 22 nov. 2021.
2.4 INTERCEPTAÇÕES
As interceptações podem ser realizadas por ações de antecipação ou flutuações 
que possibilitem ocupar o espaço destinado a uma futura ou possível ação ofensiva.
91
2.5 BLOQUEIOS
Os bloqueios ocorrem quando uma marcação impeditiva ocorre com sucesso, 
bloqueando a passagem de bola e continuação da ação ofensiva do adversário.
Por fim, chegou a vez de aprendermos um pouco das principais movimentações 
ofensivas do handebol, responsável por proporcionar situações de jogo que antecedem 
uma jogada de ataque que resultará em um gol ou na perda de bola da equipe ofensiva. 
No Quadro 1 apresentaremos algumas das movimentações ofensivas, mais 
utilizadas no handebol:QUADRO 1 – MOVIMENTAÇÕES OFENSIVAS NO HANDEBOL
Cruzamento 
Simples
Ação tática ofensiva, que envolve a movimentação de dois 
atacantes, com o intuito de proporcionar uma abertura favorável 
de arremesso a um jogador de meia distância, ou, ainda, gerar 
um bloqueio defensivo favorável após a fixação de um jogador.
Cruzamento 
Duplo
Nada mais é que a continuação da ação anterior com a 
participação de mais jogadores.
Bloqueio
O bloqueio é uma ação tática que possibilita a passagem de 
espaços a companheiros de ataque ou a obstrução de jogadores 
de defesa, normalmente realizada por pivôs.
Engajamento
Início de um movimento ofensivo com a finalidade de atrair os 
defensores diretos e indiretos para si, possibilitando liberdade 
para seu companheiro de ataque.
Cortina
Ação ofensiva que busca novos espaços na defesa adversária 
pelo abandono temporário de um jogador atacante de posição 
inicial e invasão do lugar de seu companheiro com posse de 
bola, pela frente ou por trás.
Passa e vai
Tem como finalidade passar a bola ao companheiro de time e se 
deslocar à frente para recebê-la novamente.
FONTE: Os autores
Essas definições e classificações são importantes, pois são o primeiro passo para 
compreender a base de movimentos que irão possibilitar a criação de sistemas 
defensivos mais complexos que abordaremos no próximo tópico.
DICA
92
3 GESTOS MOTORES E FUNDAMENTOS NO HANDEBOL
Os fundamentos esportivos nada mais são do que habilidades motoras básicas 
ou complexas, que se tornam gestos motores específicos e aplicados a cada modalidade, 
para a execução, continuidade e aplicação do jogo. Estes gestos motores são elaborados 
e apresentam sua concepção e aprimoramento biomecanicamente, a fim de garantir 
uma melhor execução motora, com melhor performance e eficácia esportiva (GRECO; 
BENDA, 1998; REIS, 2006).
Neste sentido, pode-se dizer que existem algumas habilidades básicas como 
correr, saltar ou arremessar, aprendidas ao longo da vida, por inúmeras atividades 
lúdicas, brincadeiras ou vivências esportivas, que podem ser aproveitadas e utilizadas na 
construção de fundamentos específicos do handebol, como, por exemplo, o deslocamento. 
Contudo, neste subtópico, abordaremos somente aqueles fundamentos 
inerentes ao desenvolvimento do handebol, tais como os diferentes tipos de 
empunhaduras, passes, recepções, arremessos, progressões, fintas e dribles, além de 
apresentar, também, as principais técnicas de goleiro, como as defesas altas, médias e 
baixas, defesas em x e y (GRECO; BENDA, 1998; REIS, 2006).
3.1 EMPUNHADURA
A empunhadura é a forma como o jogador deve sustentar ou segurar a bola de 
handebol, sendo apoiada pela mão em posição côncava e pressionada pelas falanges 
distais dos dedos ligeiramente afastados. Para facilitar a pegada, é permitido o uso de 
uma cola especial de mão (REIS, 2006).
Agora que você já leu sobre as movimentações ofensivas e defensivas do 
handebol, tente identificar, no vídeo a seguir, pelo menos três tipos de cada 
uma, e discuta com o seu tutor as principais dificuldades encontradas na 
identificação delas, disponível em: https://bit.ly/3O2JkVF.
DICA
93
FIGURA 30 – EMPUNHADURA
FONTE: <https://bit.ly/3rjNPBM> Acesso em: 22 nov. 2021.
3.2 RECEPÇÃO
É o fundamento que garante a posse da bola após o passe ou recuperação 
de uma ação de jogo. A recepção deve ser sempre de preferência com as duas mãos, 
estando elas paralelas, ligeiramente côncavas e viradas para frente, facilitando o 
encaixe com a bola. É possível, também, receber a bola com apenas uma mão, contudo, 
esse tipo de ação consiste em uma habilidade superior do jogador, na manutenção e 
controle do implemento. A recepção pode ser classificada de acordo com a direção 
que ela ocorre (lateral, diagonal ou frontal), ou ainda de acordo com a altura em que 
a bola é recebida (alta, média, baixa ou no solo) dependendo da altura que a bola seja 
recepcionada (ROMERO-FERNÁNDEZ et al., 2012). De acordo com os diferentes tipos 
de recepções, se faz necessário um ajuste de troncos, membros inferiores e superiores, 
para assegurar a execução do fundamento (Figuras 32 e 33).
FIGURA 31 – RECEPÇÃO ALTA, MÉDIA E BAIXA
FONTE: Adaptada de Zamberlan (1999, p. 78-80)
94
FIGURA 32 – RECEPÇÃO NO SOLO
FONTE: Zamberlan (1999, p. 78)
3.3 PASSES
É o fundamento elemental na troca de posse de bola entre jogadores, havendo 
a relação entre duas ou mais pessoas para que ele aconteça. O passe é o principal 
fundamento na condução e progressão de bola e pode ser classificado de acordo com a 
sua intensidade (forte, regular ou fraco), trajetória (direto, picado ou parabólico) e origem 
de lançamento (passe de ombro, pronação, por trás da cabeça, por trás do corpo e para 
trás). A seguir, serão apresentados os passes mais utilizados:
• Passes acima do ombro: realizados de acordo com a trajetória da bola para frente ou 
oblíquo.
FIGURA 33 – PASSE ACIMA DE OMBRO
FONTE: <https://bit.ly/3JuueoD> Acesso em: 22 nov. 2021.
• Passes em pronação: acontecem lateralmente e para trás.
95
FIGURA 34 – PASSE EM PRONAÇÃO
FONTE: <https://bit.ly/38wWUAs> Acesso em: 22 nov. 2021.
• Passes por de trás da cabeça: acontecem lateralmente e diagonal.
• Passes por de trás do corpo: acontecem lateralmente e diagonal.
• Passe para trás: usualmente ocorrem na altura da cabeça com extensão do pulso.
FIGURA 35 – PASSE PARA TRÁS
FONTE: <https://bit.ly/3v6ka00> Acesso em: 22 nov. 2021.
• Passe quicado: ocorre quando a bola toca o solo uma vez antes de ser recepcionado 
pelo companheiro, normalmente em diagonal.
96
FIGURA 36 – PASSE QUICADO
FONTE: IHF (2017, p. 26)
3.4 ARREMESSO
O arremesso é o principal fundamento ofensivo, pois ele sempre é realizado em 
direção ao gol, com a finalidade de abrir ou ampliar o placar de uma partida. Os principais 
tipos de arremesso são:
• Arremesso com apoio: realizado com um dos pés de apoio do arremessador em 
contato com o solo.
FIGURA 37 – ARREMESSO COM APOIO
FONTE:<https://bit.ly/3jnK6yJ> Acesso em: 22 nov. 2021.
• Arremesso em suspensão: realizado quando não há apoio de nenhum dos pés do 
arremessador com o solo.
97
FIGURA 38 – ARREMESSO EM SUSPENSÃO
FONTE: <https://bit.ly/360wAOi> acesso em 15 nov. 2021.
• Arremesso com queda: após o jogador de ataque realizar um arremesso ao gol, 
ou seja, após a bola ter deixado a mão do arremessador, ele realiza uma queda, 
normalmente dentro da área adversária e de frente (comum entre os pivôs e pontas).
FIGURA 39 – ARREMESSO COM QUEDA
FONTE: <https://bit.ly/3KySreT> acesso em 15 nov. 2021.
• Arremesso com rolamento: realiza-se um pequeno rolamento após a bola ter 
deixado a mão do arremessador.
98
RESUMO DO TÓPICO 2
3.5 DRIBLE
O drible é um dos fundamentos mais utilizados na progressão com bola, descrito 
como o movimento de bater ou empurrar a bola contra o solo com uma das mãos, 
podendo ocorrer com o jogador parado ou em movimento, podendo ser classifi cado de 
acordo com a sua projeção (alta, média ou baixa).
3.6 RITMO TRIFÁSICO OU DUPLO TRIFÁSICO 
O ritmo trifásico é o movimento natural de deslocamento, no qual o atleta realiza 
três passadas com a posse da bola sem jogá-la ao solo. Este ritmo pode ser duplicado, 
ampliando para “sete” passos, quando o jogador, após os três primeiros passos, 
simultaneamente ao quarto passo, quica a bola ao solo uma vez, tornando a realizar 
mais três passos, sendo que, no sétimo passo, o jogador deverá arremessar a bola em 
direção à baliza adversária ou realizar o passe.
Além desses arremessos mais clássicos, existem variações mais recentes 
como o arremesso de quadril, rosca e vaselina.
ATENÇÃO
99
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• As posições no handebol são definidas de acordo com as linhas, zonas e lados em 
que os jogadores estão na quadra.
• A primeira linha defensiva é compreendida como a linha da área de gol até a linha de 
tiro livre (6 m a 9 m) e a segunda pela área entre a linha de tiro livre e a linha central.
• Osjogadores de defesa são classificados por números (1, 2 e 3) e letras (D e E), de 
acordo com as linhas, zonas e lados que se encontram na defesa.
• No ataque, os jogadores recebem nomes diferentes, sendo que os armadores se 
movimentam na parte central da segunda linha ofensiva, os pontas se deslocam 
pelas extremidades da quadra e o pivô se posiciona próximo à linha de 6 m.
• A posição básica é fundamental para as ações de defesa e deslocamento em um 
jogo, possibilitando um melhor ajuste corporal para a execução de um fundamento, 
mudança de direção, marcação ou bloqueio.
• O deslocamento é a ação defensiva que permite a ocupação de um espaço por meio 
da transição entre diferentes lugares da quadra.
• As marcações são ações realizadas por jogadores de defesa, a fim de controlar, inibir 
ou limitar as ações ofensivas do adversário como o passe, progressão ou arremesso.
• O cruzamento, bloqueio ofensivo, cortina, engajamento e passa e vai são exemplos 
de movimentações ofensivas do handebol.
• Os principais fundamentos do handebol são os diferentes tipos de empunhaduras, 
passes, recepções, arremessos, progressões, fintas e dribles.
100
1 Diferente dos outros esportes coletivos, um mesmo jogador tem mais de uma 
posição na partida, pois, durante o jogo, ele realiza funções associadas a defesa e 
ataque. De acordo com as posições defensivas do handebol, assinale a alternativa 
que representa a posição 3E:
a) ( ) São os jogadores que se encontram na parte central da zona defensiva, do lado 
direito da quadra caracterizada como base.
b) ( ) São os jogadores que se encontram na parte central da zona defensiva, 
caracterizada como base, do lado esquerdo da quadra.
c) ( ) São os jogadores que se encontram na parte medial da quadra entre a 
extremidade lateral e central da zona defensiva, do lado direito.
d) ( ) São os jogadores que se encontram na parte medial da quadra entre a 
extremidade lateral e central da zona defensiva, do lado esquerdo.
2 O posicionamento ofensivo de uma equipe de handebol leva em consideração as 
linhas e zonas ofensivas da quadra de handebol, determinando o número de linhas 
e identificação, posições ofensivas com outros nomes. De acordo com as posições 
ofensivas do handebol, assinale a alternativa que representa o local onde fica o pivô.
a) ( ) O pivô se posiciona sempre na segunda linha ofensiva e possui a função de 
finalizar ou dar a abertura para outro jogador realizar o arremesso.
b) ( ) O pivô se posiciona sempre na primeira linha ofensiva e possui a função de 
finalizar ou dar a abertura para outro jogador realizar o arremesso.
c) ( ) O pivô se posiciona sempre na terceira linha ofensiva e possui a função de 
finalizar ou dar a abertura para outro jogador realizar o arremesso.
d) ( ) O pivô é um jogador e de defesa e por isso não executa ações de ataque.
3 O método situacional se baseia principalmente em situações e estruturas funcionais 
extraídas do jogo convencional, buscando o aprimoramento de um elemento central 
como, por exemplo, superar a barreira adversária com um arremesso em suspensão. 
Sobre o arremesso em suspensão, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Só acontece quando um jogador é suspenso por outro jogador.
b) ( ) O arremesso é realizado quando há pelo menos um apoio do arremessador com 
o solo.
c) ( ) O arremesso é realizado quando não há apoio nenhum do arremessador com o 
solo.
d) ( ) Somente o goleiro pode realizar esse tipo de arremesso.
AUTOATIVIDADE
101
4 Os principais fundamentos do handebol são os diferentes tipos de empunhaduras, 
passes, recepções, arremessos, progressões, fintas e dribles. De acordo com os 
fundamentos do handebol, explique a diferença entre ritmo trifásico e duplo-trifásico.
5 Os fundamentos esportivos nada mais são do que habilidades motoras básicas ou 
complexas, que se tornam gestos motores específicos e aplicados a cada modalidade, 
para a execução, continuidade e aplicação do jogo. Cite exemplos e explique a 
importância do fundamento do passe no handebol.
102
103
TÓPICO 3 - 
ESTRATÉGIAS, MEIOS TÁTICOS E PRINCIPAIS 
SISTEMAS NO HANDEBOL
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, chegamos ao final desta unidade, compreendendo um pouco 
melhor da essência do handebol. Nos tópicos anteriores você foi apresentado a diferentes 
metodologias de treinamento, das mais tradicionais às mais recentes, aprendeu os 
principais fundamentos do esporte, o posicionamento dos jogadores em quadra e ações 
que proporcionam as movimentações ofensivas e defensivas. Nesse sentido, neste 
último tópico, abordaremos como essas movimentações e posicionamentos geram 
sistemas de ataque e defesa complexos, com o intuito de superar o adversário.
Veremos que existem sistemas próprios de defesa e ataque e que estes estão 
relacionados ao número de defensores ou atacantes que se encontram nas linhas e 
zonas de ataque ou defesa. Além disso, abordaremos como esses sistemas ligam os 
jogadores a fim de proporcionar uma verdadeira teia de movimentação.
O presente capítulo apresenta e discute as diversas estratégias, meio táticos 
e principais sistemas do handebol. Portanto, convidamos você, acadêmico, a nos 
acompanhar em meio ao contexto e especificidades dessa modalidade coletiva.
2 PRINCIPAIS RECURSOS ESTRATÉGICOS NO HANDEBOL
Uma das principais características dos esportes coletivos é a oposição com 
o adversário, que acontece em esportes de quadras, nas disputas pela ocupação de 
espaços em relações de ataque e defesa. Desta forma, a “tática” surge com a intenção 
de superar a equipe adversária ou de criar recursos estratégicos que possam vencer 
um jogo. Segundo Drubscky (2003), a tática pode ser compreendida como o conjunto 
de ações realizadas dentro e fora de campo, com o objetivo de vencer uma partida. São 
exemplos de organizações táticas, o sistema tático de jogo, esquematizações táticas, 
detalhes extracampo, elementos de preparação psicológica, intuição, conceitos de 
jogo e segredos. Dessa forma, o planejamento das táticas pode ser dividido em três 
diferentes ações: o pensamento estratégico, o funcionamento tático e a implantação 
das táticas (DRUBSCKY, 2003).
104
2.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O pensamento estratégico está relacionado a todas as ações planejadas fora 
de quadra. Essas ações dizem respeito à formação da equipe técnica, à montagem de 
uma equipe coesa formada por especialistas das mais variadas áreas, como médicos, 
fi siologistas, psicólogos, fi sioterapeutas, preparadores físicos, nutricionistas, enfermeiros 
e massagistas, assistentes sociais, treinador de goleiros, técnico e auxiliar técnico, que, 
em conjunto, constituirão a estratégia de trabalho. 
Após a construção da comissão técnica, é a vez de montar o elenco com base no 
modelo de ideia tática do jogo, realizando um elo entre sistema e jogadores, respeitando 
ou transformando a cultura ou escola do time (DRUBSCKY, 2003).
2.2 FUNCIONAMENTO TÁTICO
Após o planejamento tático, chega o momento de formar o funcionamento tático 
do time, esquematizando o desenho tático por meio de esquemas pré-estabelecidos 
pelo técnico, ou, ainda, segundo as características dos atletas; o encaixe dos jogadores 
dentro desse desenho tático; as fases do jogo relacionadas aos momentos ofensivos, 
defensivos e de reorganização; e, por fi m, o encaixe dos atletas em cada fase do jogo. 
FIGURA 40 – FUNCIONAMENTO TÁTICO
FONTE: <https://bit.ly/3O2F7Sc> acesso em 15 nov. 2021.
Abordaremos a montagem de elenco, desenvolvimento e organização do 
plantel na próxima unidade.
ESTUDOS FUTUROS
105
2.3 IMPLANTAÇÃO DAS TÁTICAS
Assim, finalizada a fase de funcionamento tático, chega a vez da implantação 
das táticas, realizada de modo empírico por meio de tentativas e erros em treinamentos 
e jogos. Durante este processo, a execução das táticas ocorre por ações individuais, 
manifestadas pelas características pessoais, talento, posição e funcionamento tático de 
um jogador, ou de forma conjunta, pelo desenvolvimentode ações coletivas, quando há 
a ação de dois ou mais jogadores. Ao final deste processo, os sistemas táticos de uma 
equipe devem estar bem definidos, como uma filosofia, ou características que a equipe 
adotará durante um jogo ou campeonato.
FIGURA 41 – IMPLANTAÇÃO DAS TÁTICAS
FONTE: <https://bit.ly/3KqF4gF> acesso em 15 nov. 2021.
Os recursos estratégicos apresentados até aqui têm como intuito o controle 
do cenário técnico-tático de uma partida por meio dos princípios táticos ofensivos 
(manutenção da posse de bola, progressão ao gol adversário, superioridade numérica, 
ajuda recíproca, frente de ataque amplo e marcação do gol) e defensivos (recuperação 
da posse de bola, deslocamentos defensivos, pressão, obstrução de movimentação 
adversária e proteção ao gol) (BAYER, 1994; ZAMBERLAN, 1999; GRECO; GRECO, 2012). 
No Quadro 2, falaremos mais destes princípios táticos.
QUADRO 2 – PRINCIPAIS PRINCÍPIOS TÁTICOS OFENSIVOS DO HANDEBOL
Princípios táticos ofensivos
Manutenção da 
posse de bola
Os jogadores devem procurar manter a posse de bola, 
realizando ações ofensivas sempre que puderem, a fim de 
diminuir a chance de contra-ataques e gols.
Progressão ao gol 
adversário
Os jogadores devem buscar sempre o deslocamento com 
a posse de bola, procurando espaços na quadra adversária, 
ameaçando constantemente a meta do oponente, mesmo que 
a sua intenção principal não seja o arremesso ao gol.
106
Ajuda recíproca
É a capacidade dos jogadores se colocarem à disposição de 
receber uma bola ou realizar um passe ao seu companheiro, a 
fim de realizar as ações de ataque, de sua equipe.
Frente de ataque 
amplo
Realizada com o intuito de ampliar o espaço físico na quadra do 
adversário, permitindo espaços de abertura por entre a defesa 
do oponente, realizada principalmente pela abertura dos pontas.
Marcação do gol
É o principal objetivo de uma equipe, para que esta saia 
vitoriosa de uma partida.
FONTE: Os autores
Esses princípios ofensivos proporcionam ações de controle defensivo, com o 
intuito de assegurar o maior número de gols em uma partida.
QUADRO 3 – PRINCIPAIS PRINCÍPIOS TÁTICOS DEFENSIVOS DO HANDEBOL
Princípios táticos defensivos
Recuperação da 
posse de bola
Os jogadores devem procurar recuperar a posse de bola, 
realizando ações defensivas sempre que puderem, a fim de 
diminuir a chance de contra-ataques e gols.
Deslocamentos 
defensivos
Os jogadores devem buscar sempre o deslocamento 
ameaçando constantemente a recuperação de bola.
Pressão
É a capacidade dos jogadores de criarem uma atmosfera de 
tensão em seus adversários, criando uma pressão e insegurança 
na movimentação do oponente.
Obstrução de 
movimentação 
adversária
Realizada com o intuito de impedir as movimentações, 
deslocamentos, passes e lançamentos do adversário, a fim de 
controlar as ações de jogo.
Proteção ao gol
Capacidade de realizar situações de defesa, por meio de 
fundamentos, táticas e sistemas que impeçam o gol adversário.
FONTE Os autores
Esses princípios defensivos (Quadro 3) proporcionam ações de controle 
ofensivo, com o intuito de assegurar o menor número de gols sofridos em uma partida. 
Além dos princípios táticos, o handebol possui também meios táticos ofensivos 
(ataque posicional, circulação e combinado) e defensivos (retorno, defesa temporária, 
organização da defesa e defesa em sistemas) que nada mais são do que as fases que 
compões a movimentação da defesa para o ataque, ou do ataque para defesa (BAYER, 
1994; ZAMBERLAN, 1999; GRECO; GRECO, 2012). 
107
• Meios táticos ofensivos
o ataque posicional: sistema em que cada jogador ofensivo ocupa uma posição 
em um espaço determinado na quadra, iniciando uma movimentação, ou troca 
de passes a fim de criar espaços por entre a defesa do oponente, possibilitando 
infiltrações ou arremessos, com a finalidade de marcar um gol;
o circulação: caracterizado pela constante movimentação, com trocas de passes 
rápidos e posições, formando uma circulação;
o combinado: após o início da circulação, ocorre uma “mistura” posicional entre os 
atletas de ataque, principalmente próximo da linha dos seis metros, confundindo 
a marcação da defesa adversária.
• Meios táticos defensivos
o retorno: caracterizado após a perda da posse de bola em um ataque, no retorno, 
os jogadores devem voltar o mais rápido possível, ocupando os espaços e 
lugares mais curtos, independente de ocupar sua posição de defesa ou não;
o defesa temporária: ocorre pela ação rápida do retorno, quando um jogador 
ocupa uma posição fora de sua origem, procurando impedir um contra-ataque 
da equipe adversária, devendo jogar fora da posição, até que seja seguro ou 
possível retornar a sua posição de origem;
o organização da defesa: após a manutenção da defesa temporária, sempre que 
a bola sair para lateral, tiro livre ou uma mudança na organização do ataque da 
equipe adversária, acontece o retorno à posição original dos jogadores de defesa.
o defesa organizada: nesta fase, ocorre a organização de defesa, conforme 
esquema tático original, em que os jogadores ocupam seu lugar de origem no 
sistema tático.
3 PRINCIPAIS SISTEMAS DE ATAQUE E DEFESA NO 
HANDEBOL
O sistema de jogo de uma equipe pode ser considerado a representação visual 
do conjunto de estratégias, princípios e meios de uma equipe, que ocorre no jogo, de 
forma dinâmica, estruturada e organizada. Neste sentido, um sistema de jogo pode ser 
organizado e realizado de forma individual, mista ou coletiva. Além disso, para facilitar a 
percepção desses sistemas durante uma partida, eles são denominados por nomes ou 
números, de acordo com o posicionamento dos jogadores nas linhas e zonas de ataque e 
defesa (GREGO, 2002). 
Neste tópico, você foi apresentado aos principais recursos estratégicos, princípios 
e meios ofensivos e defensivos do handebol, a seguir, você será apresentado às 
principais formações de sistema do handebol.
ESTUDOS FUTUROS
108
3.1 SISTEMAS DEFENSIVOS DO HANDEBOL
Veremos, a seguir, os principais sistemas defensivos do handebol.
3.1.1 Sistema de defesa individual
 Este tipo de sistema defensivo pode ocorrer de acordo com o espaço da 
quadra (quadra inteira, meia quadra, a partir dos 9 m) ou por tempo (momentos finais, 
superioridade numérica). Sua principal característica é a pressão constante sobre o 
jogador a ser marcado, pois ela acontece da marcação individual de cada jogador, ou 
seja, cada jogador fica responsável por um oponente da equipe adversária, além de 
cuidar de seu deslocamento e da movimentação da bola (SIMÕES, 2008). Normalmente, 
o sistema de defesa individual é utilizado na iniciação esportiva, antes de apresentar os 
outros sistemas por zona, ou no alto rendimento, somente em determinadas situações 
de uma partida, devido ao alto grau de condicionamento físico necessário para a 
manutenção desse sistema, relacionado ao excessivo desprendimento energético.
FIGURA 42 – SISTEMA DEFENSIVO INDIVIDUAL
FONTE: Os autores
3.1.2 Sistema de defesa por zona
No handebol, os sistemas de defesa mais utilizados são o por zona, onde cada 
jogador é responsável por um determinado espaço físico da defesa (ZAMBERLAN, 
1999). Os sistemas por zona recebem uma numeração de acordo com a quantidade de 
jogadores que se encontram em cada linha defensiva. Por exemplo, se um time mantém 
seis jogadores na primeira linha defensiva e nenhum jogador na segunda linha defensiva 
temos aí 6 (primeira linha) x 0 (segunda linha) denominado de 6 x 0 (seis, zero). Deste 
modo, a seguir, são apresentados os sistemas defensivos por zona mais utilizados no 
handebol.
109
• Sistema 6 x 0 – caracterizado pela presença de apenas uma linha de defesa com os 
seis jogadores atuando próximo à linha dos seis metros, realizando movimentações e 
deslocamentos laterais, frontais ou diagonais, de acordo com a movimentação da bola.
FIGURA 43 – SISTEMA DEFENSIVO 6 X 0
FONTE: Os autores
• Sistema 5 × 1 – este sistema, diferente do anterior, possui um atleta deslocado para 
a segunda linha defensiva, ou linhade nove metros, a fim de inibir a progressão de 
um armador ou de um bom arremessador, nesta situação, temos cinco jogadores na 
primeira linha defensiva e um na segunda linha.
FIGURA 44 – SISTEMA DEFENSIVO 5 X 1
FONTE: Os autores
• Sistema 4 x 2 – normalmente, este sistema é utilizado quando a equipe adversária 
possui pelo menos dois jogadores que são especialistas em arremessos a meia-
distância, havendo a necessidade de deslocar dois jogadores para a segunda linha 
defensiva, a fim de inibir ou coibir estes arremessos. Neste sistema, o time conta 
com quatro jogadores na primeira linha e dois na segunda linha defensiva.
110
FIGURA 45 – SISTEMA DEFENSIVO 4 X 2
FONTE: Os autores 
• Sistema 3 x 3 – considerado o sistema defensivo por zona mais arriscado, era 
utilizado por seleções de alto rendimento, mas caiu em desuso com a evolução 
técnica individual e coletiva dos jogadores de ataque, tornando este sistema muito 
frágil. Ele é caracterizado por manter três jogadores de defesa na primeira linha e 
outros três na segunda linha defensiva.
FIGURA 46 – SISTEMA DEFENSIVO 3 X 3
FONTE: Os autores
3.1.3 Sistema de defesa misto
É a junção dos sistemas de defesa individual e misto, no qual uma equipe manda 
a base defensiva por zona, enquanto um jogador de defesa marca individualmente o 
melhor jogador da outra equipe. O famoso “box” marcação constante individual acontece 
no principal armador da equipe adversária. Normalmente indicamos este tipo de defesa 
com um zero (0). Ex.: 5 x 0 + 1, ou 4 x 0 + 2.
111
FIGURA 47 – SISTEMA DEFENSIVO MISTO
FONTE: Os autores
3.2 SISTEMAS OFENSIVOS DO HANDEBOL
Diferente dos sistemas defensivos, os sistemas ofensivos obedecem a um 
panorama coletivo, indicado pelas zonas, linhas e utilização do pivô.
3.2.1 Sistema ofensivo 6 x 0
Sistema muito pouco usual, quando não existem jogadores na segunda linha 
central ofensiva (próxima aos seis metros), ou seja, sem a presença do pivô. Este sistema 
quase não é utilizado, pois limita demais as ações ofensivas de infiltração e espaços que 
podem ocorrer durante um ataque. Nele temos os seis jogadores de ataque na segunda 
linha ofensiva e nenhum na primeira linha.
FIGURA 48 – SISTEMA OFENSIVO 6 X 0
FONTE: Os autores
112
3.2.2 Sistema ofensivo 5 x 1
Este sistema de jogo é o mais utilizado, por ser o mais simples de ser aplicado 
e pela gama de possibilidades ofensivas que ele propicia. Nele o pivô é o jogador que 
atua na segunda linha ofensiva auxiliando na abertura de espaços entre as bases 
adversárias. Além dele, o sistema conta com três armadores e dois pontas posicionados 
nas interseções da linha lateral e linha de fundo.
FIGURA 49 – SISTEMA OFENSIVO 5 X 1
FONTE: Os autores
3.2.3 Sistema ofensivo 4 x 2
Este sistema de jogo conta com a utilização de mais pivô nas possibilidades 
ofensivas, atuando com dois jogadores desta posição na segunda linha ofensiva, 
ampliando ainda mais os espaços nas bases adversárias. Nele temos a presença de dois 
armadores, articulando as movimentações no meio da quadra.
FIGURA 50 – SISTEMA OFENSIVO 4 X 2
FONTE: Os autores 
113
3.2.4 Sistema ofensivo 3 x 3
Considerado por muitos como o sistema mais ofensivos em termos de 
agressividade próxima ao gol. Conta com três jogadores atuando à frente da área de tiro 
livre e três infiltrados como pivôs próximo à segunda linha ofensiva.
FIGURA 51– SISTEMA OFENSIVO 3 X 3
FONTE: Os autores
Vamos unir dois conhecimentos que foram apresentados nesta unidade, 
como o método de treinamento parcial e a aplicação dos fundamentos do handebol 
em diferentes atividades de uma sessão de treinamento. Para isso, leia parte do artigo 
intitulado “O ensino do handebol utilizando-se do método parcial” de Heloisa Helena 
Baldy dos Reis, disponibilizado como Leitura complementar, a seguir.
 
114
O ENSINO DO HANDEBOL UTILIZANDO-SE DO MÉTODO PARCIAL
Heloisa Helena Baldy dos Reis
[...]
4 PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA O ENSINO DO HANDEBOL BASEADA NO MÉTODO 
PARCIAL
A seguir apresentaremos algumas sugestões de exercícios para o ensino dos 
fundamentos do handebol seguindo o princípio analítico-sintético do método parcial. 
Para iniciar o desenvolvimento de qualquer fundamento com os alunos, é necessário 
que o professor ou técnico inicialmente explique o que é cada um deles e qual é a forma 
correta para realizá-lo.
EMPUNHADURA
Exercício 1: empunhadura individual
Descrição:
Posição inicial: todos os jogadores, livres pela quadra, com bola na mão.
Tarefa: segurar a bola de forma correta, onde a superfície de contato é realizada pela 
superfície dos dedos e pela face palmar média da mão.
Variações:
• para elevar o nível de complexidade, o aluno deve passar a bola de uma mão para a 
outra, sem que esta bola escape;
• utilizar duas bolas, uma em cada mão.
Exercício 2: empunhadura em duplas
Descrição:
LEITURA
COMPLEMENTAR
115
Posição inicial: em duplas, os jogadores posicionados um de frente para o outro, com os 
braços estendidos à frente do ombro, a uma distância de no máximo 1 metro. Os dois 
jogadores segurando a mesma bola, utilizando o exercício da empunhadura.
Tarefa: cada jogador deve utilizar a força na realização da empunhadura para conseguir 
puxar a bola. caso algum jogador consiga puxar, retornar ao início do exercício para 
realizá-lo novamente.
Variações:
• utilizar o braço estendidos à frente do abdômen;
• criar novas posições para o braço que irá realizar a empunhadura.
PASSES/RECEPÇÃO
Exercício 1: Passe acima do ombro na parede
Descrição:
Posição inicial: o exercício será realizado individualmente, ficando o jogador de frente 
para a parede, a qual realizará o passe.
Tarefa: lançar a bola contra a parede e recebê-la novamente. Neste momento o professor 
deve individualmente realizar correções, principalmente na posição do cotovelo, que 
deve estar ligeiramente acima da linha do ombro.
Variações:
• realizar o passe com ambas as mãos, notando a diferença entre as duas;
• realizar neste mesmo exercício o passe picado, quando a bola deve bater no solo, 
depois na parede e retornando à mão do jogador logo em seguida;
• determinar alvos na parede (círculos desenhados) para treinar a precisão do passe.
Exercício 2: passe acima do ombro em duplas
Descrição:
Posição inicial: o exercício será realizado em duplas. Os jogadores devem se posicionar 
de frente, um para o outro, à uma distância de aproximadamente quatro metros.
Tarefa: realizar o passe para o outro jogador e recebê-la novamente. Neste momento o 
professor deve individualmente realizar correções, principalmente na posição do cotovelo, 
que deve estar ligeiramente acima da linha do ombro. Como o passe ainda não será 
realizado com perfeição, é interessante abordar as formas de recepção, para que o aluno 
a realize, independentemente da posição em que ela for recebida (alta, média e baixa).
116
Variações:
• realizar uma série de passes com a mão direita e outra série com a mão esquerda, 
notando a diferença entre as duas;
• realizar neste mesmo exercício o passe quicado, quando a bola deve bater no solo;
• aumentar a distância entre a dupla;
• determinar o local onde a bola deve ser recepcionada.
ARREMESSO
Exercício 1: arremesso com apoio parado
Descrição:
Posição inicial: todos os jogadores parados e espalhados atrás da linha de seis metros, 
de frente para o gol, sem goleiro.
Tarefa: um aluno de cada vez deve arremessar a bola para o gol.
Variações:
• determinar o local para a realização do arremesso (exemplo: ângulo superior 
esquerdo);
• cinco alunos com uma bola distribuídos atrás da linha de seis metros (nos postos 
específicos ofensivos de pontas e armadores), ao sinal do professor ou técnico, 
todos devem arremessar a bola ao mesmo tempo;
• utilizar uma sequência, na qual cada jogador arremessa por vez, utilizando assim o 
goleiro.
Exercício 2: arremesso com apoio com deslocamento
Descrição:
Posição inicial: uma coluna de jogadores nas posições do armador central, cada jogador 
com uma bola.
Tarefa: realizar o arremesso, de formalivre, sem cobrar o ritmo trifásico. O arremesso 
pode ser realizado entre os nove e seis metros. Neste momento o professor pode corrigir 
a posição do cotovelo, bem como do pé de apoio no chão, que deve ser contrário ao 
braço de arremesso.
Variações:
117
• realizar arremessos alternando os braços;
• determinar o local que a bola deve atingir o gol (determinado pela divisão do gol em 
partes);
• aumentar a distância do arremesso, em relação ao gol.
Exercício 3: arremesso em suspensão
Descrição:
Posição inicial: três filas nas posições de armador central, armador esquerdo e armador 
direito.
Tarefa: cada jogador deve realizar o arremesso em suspensão. Neste momento o 
professor não deve interferir na forma de deslocamento do jogador (drible, ritmo 
trifásico). Ele apenas deve realizar as correções no apoio do pé que irá impulsionar o 
jogador para o arremesso em suspensão.
Variações:
• utilizar um cone (deitado) para o jogador pular durante a fase aérea do arremesso 
em suspensão;
• aumentar a distância do arremesso para o gol;
• variar as posições de arremesso, de acordo com a posição inicial.
DRIBLE
Exercício 1: drible individual
Descrição:
Posição inicial: cada jogador com uma bola, espalhados pela quadra.
118
Tarefa: realizar o drible numa sequência que será descrita pelo professor, ao mesmo 
tempo em que ele realiza as correções necessárias na posição da mão e do braço em 
relação a bola.
Variações:
• a sequência das variações fará o nível de complexidade crescer da seguinte 
forma: driblar parado em pé, driblar abaixando-se até sentar-se, driblar deitado até 
erguer-se novamente, deslocar-se andando, deslocar-se correndo, realizar paradas 
bruscas, realizar mudanças de direção e realizar tudo isso com ambas as mãos.
Exercício 2: drible utilizando cones
Descrição:
Posição inicial: uma coluna no final da quadra de frente para uma coluna de cones 
colocados a diferentes distâncias um do outro.
Tarefa: o jogador deve driblar inicialmente andando e depois correndo, assim como com 
uma mão e depois com a outra, realizando o deslocamento em zigue-zague entre os cones.
Variações:
• diminuir o espaço entre os cones;
• fazer o retorno nestes mesmos cones, de costas;
• utilizar o contorno (giro em volta do cone) para alguns cones.
 
[...]
FONTE: Adaptada de REIS, H. H. B. dos. O ensino do handebol utilizando-se do método parcial. Revista Digital, 
Buenos Aires, ano 10, n. 93, fev. 2006. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd93/handebol.htm. 
Acesso em: 11 de abr. 2022. 
119
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A tática pode ser compreendida como o conjunto de ações realizadas dentro e fora 
de campo, com o objetivo de vencer uma partida.
• O planejamento das táticas pode ser dividido em três diferentes ações: o pensamento 
estratégico, o funcionamento tático e a implantação das táticas.
• São exemplos de princípios táticos ofensivos, a manutenção da posse de bola, 
progressão ao gol adversário, superioridade numérica, ajuda recíproca, frente de 
ataque amplo e marcação do gol.
• São exemplos de princípios táticos defensivos, a recuperação da posse de bola, 
deslocamentos defensivos, pressão, obstrução de movimentação adversária e 
proteção ao gol.
• São exemplos de meios táticos ofensivos, o ataque posicional, circulação e combinado.
• São exemplos de meios táticos defensivos, o retorno, defesa temporária, organização 
da defesa e defesa em sistemas.
• Os sistemas defensivos mais utilizados no handebol são os que utilizam zona como o 
6 x 0, 5 x 1 ou 4 x 2.
• Os sistemas ofensivos mais utilizados no handebol são os que utilizam a função do 
pivô como o 5 x 1, 4 x 2 ou 3 x 3.
120
1 Segundo Drubscky (2003), um dos segredos que levam a resultados positivos nos 
esportes coletivos são as organizações táticas. Neste sentido, assinale a alternativa 
CORRETA.
FONTE: DRUBSCKY, R. O universo tático do futebol: escola brasileira. Belo Horizonte: Healt, 2003.
a) ( ) São exemplos de organizações táticas, o sistema tático de jogo, esquematizações 
táticas, detalhes extracampo, elementos de preparação psicológica, intuição, 
conceitos de jogo e segredos. 
b) ( ) As organizações táticas ocorrem somente na hora do jogo.
c) ( ) As organizações táticas ocorrem somente extra quadra.
d) ( ) Na verdade, não existem organizações táticas.
2 Caracterizado após a perda da posse de bola em um ataque e ocupando os espaços 
e lugares mais curtos, o mais rápido possível, independente de ocupar sua posição 
de defesa ou não. Assinale a alternativa que corresponde ao meio tático defensivo 
descrito:
a) ( ) Defesa temporária.
b) ( ) Retorno.
c) ( ) Defesa em sistemas.
d) ( ) Organização da defesa.
3 Os recursos estratégicos apresentados neste tópico têm como intuito o controle 
do cenário técnico-tático de uma partida por meio dos princípios táticos ofensivos. 
Sobre os principais princípios táticos ofensivos do handebol, assinale a alternativa 
CORRETA:
a) ( ) Recuperação da posse de bola, deslocamentos defensivos, pressão, obstrução 
de movimentação adversária e proteção ao gol.
b) ( ) Manutenção da posse de bola, progressão ao gol adversário, superioridade 
numérica, ajuda recíproca, frente de ataque amplo e marcação do gol.
c) ( ) Manutenção da posse de bola, progressão ao gol adversário, recuperação da 
posse de bola e deslocamentos defensivos.
d) ( ) Progressão ao gol adversário, superioridade numérica, ajuda recíproca e proteção 
ao gol.
4 O sistema de jogo de uma equipe pode ser considerado a representação visual do 
conjunto de estratégias, princípios e meios de uma equipe, que ocorre no jogo de forma 
dinâmica, estruturada e organizada. Cite e explique um sistema defensivo do handebol.
AUTOATIVIDADE
121
5 Diferente dos sistemas defensivos, os sistemas ofensivos obedecem a um panorama 
coletivo, indicado pelas zonas, linhas e utilização do pivô. Cite e explique um sistema 
ofensivo do handebol.
122
REFERÊNCIAS
ABREU, D. M. Mini-handebol Brasil. 2. ed. São Paulo: Confederação Brasileira 
de Handebol, 2022. Disponível em: https://sge.cbhb.org.br//public_files//
Livro%20Oficial%20CBHb%20Mini-Handebol%20Brasil%20-%202%C2%B0%20
Edi%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022.
BAYER, C. O ensino dos esportes coletivos. 1. ed. Lisboa: Dinalivro, 1994.
CBHB – CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL. Aracaju, c2021. Disponível 
em: https://cbhb.org.br/. Acesso em: 30 out. 2021
DRUBSCKY, R. O universo tático do futebol: escola brasileira. Belo Horizonte: 
Healt, 2003.
GRECO, P J. Métodos de ensino-aprendizagem-treinamento nos jogos 
esportivos coletivos. In: GARCIA, E. S.; LEMOS M. K. L. (org.). Temas Atuais VI – 
Educação Física. Belo Horizonte: Healt, 2001. p. 48-72.
GRECO, J. P.; BENDA, N. R Iniciação esportiva universal: da aprendizagem 
motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
GRECO, P. J.; ROMERO-FERNÁNDEZ, J. J. (org.). Manual de handebol: da iniciação 
ao alto nível. São Paulo: Phorte, 2012.
GRECO, P. J., SILVA, S. A.; GRECO, F. L. O sistema de formação e treinamento 
esportivo no handebol brasileiro (SFTE-HB). In: GRECO, P. J.; ROMERO-
FERNÁNDEZ, J. J. (org.). Manual de handebol: da iniciação ao alto nível. São 
Paulo: Phorte, 2012. p. 235-250.
IHF – INTERNATIONAL HANDBALL FEDERATION. Teaching handball at school: 
introduction to handball for students aged 5 to 11. Basel: IHF, 2017. Disponível 
em: http://handballvic.org.au/wp-content/uploads/2017/03/10285_Booklet_
en.pdf. Acesso em: 11 abr. 2022.
KROGER, C.; ROTH, K. Escola da bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. 
São Paulo: Phorte, 2002.
LANES, B. M.; OLIVEIRA, R. V. de; RIBAS, J. F. M. Método situacional: elementos 
conceituais para o processo de ensino-aprendizagem-treinamento dos esportes 
coletivos. Corpoconsciência, Cuiabá, v. 24, n. 3, p. 12-25, set./dez. 2020.
REIS, H. H. B. O ensino do handebol utilizando-se do método parcial. Lecturas 
Educación Física y Deportes, Buenos Aires, n. 93, fev. 2006.123
ROMERO-FERNÁNDEZ, J. J. et al. Fundamentos técnico-táticos individuais na 
defesa. In: GRECO, P. J.; ROMERO-FERNÁNDEZ, J. J. (org.). Manual de handebol: 
da iniciação ao alto nível. São Paulo: Phorte, 2012. p. 201-226.
SIMÕES, A.C. Handebol defensivo: conceitos técnicos e táticos. São Paulo: 
Phorte, 2008.
TEIXEIRA, D. O desporto como campo de vivência social: uma experiência no 
handebol. Journal of Physical Education, Maringá, v. 12, n. 2, p. 81-88, 2001.
TENROLLER, C. B. MERINO, E. Métodos e planos para o ensino dos esportes. 
Canoas: Ed. ULBRA, 2006.
TIEGEL, G.; GRECO, P. J. Teoria da ação e futebol. Revista Mineira de Educação 
Física, Viçosa, v. 6, n. 1, p. 65-80, 1998.
ZAMBERLAN, E. Handebol: escolar e de iniciação. Cambé: Imagem, 1999.
124
125
CICLOS DE TREINAMENTO, 
ORGANIZAÇÃO E 
PLANEJAMENTO DE EQUIPES, 
HANDEBOL DE AREIA E 
HANDEBOL EM CADEIRA DE 
RODAS
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender os princípios do treinamento esportivo;
• visualizar os ciclos de treinamento no handebol;
• compreender os sistemas fi siológicos e energéticos no handebol;
• conhecer os diferentes profi ssionais que compõem a comissão e equipe técnica de 
handebol;
• aprender as variações do handebol, em sua forma de praia e em cadeiras de rodas.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – PROCESSOS E CICLOS DE TREINAMENTOS DA INICIAÇÃO AO ALTO 
RENDIMENTO EM HANDEBOL
TÓPICO 2 – ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO DE EQUIPES DA INICIAÇÃO AO ALTO 
RENDIMENTO EM HANDEBOL
TÓPICO 3 – ADAPTAÇÕES AO HANDEBOL
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
126
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 3!
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127
TÓPICO 1 — 
PROCESSOS E CICLOS DE TREINAMENTOS 
DA INICIAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO EM 
HANDEBOL
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, o sucesso do planejamento no esporte, para a obtenção do 
melhor rendimento desportivo, precisa obedecer a uma série de fatores, como, por exemplo, 
os princípios do treinamento desportivo, considerando principalmente o desporto e as 
capacidades a serem treinadas, assim como a ordem das competições. Também é preciso 
levar em consideração fatores como sexo, idade e seu nível de treinamento anterior.
O objetivo principal do treinamento é atingir um alto nível de desempenho para 
a circunstância específica, especialmente durante a temporada de competição. Sendo 
assim, é necessário o planejamento adequado para o treinamento da equipe e/ou atleta. O 
treinamento precisa obedecer a alguns princípios para o bom desenvolvimento do atleta, 
principalmente no que tange os princípios do treinamento, sendo eles: o princípio da 
sobrecarga, da especificidade, das diferenças individuais e da reversibilidade (WEINECK, 1999; 
GOMES,2009; DANTAS, 2014), assim como a organização adequada do estímulo apropriado.
Também se leva em consideração os objetivos determinados, a fim de garantir 
a otimização da performance, assim como o tempo ideal entre esforço e recuperação. 
Prezado acadêmico, o subtópico a seguir tratará do direcionamento a respeito dos 
princípios básicos do treinamento, assim como a periodização desta modalidade. Vamos lá! 
 
2 PRINCIPIOS DO TREINAMENTO ESPORTIVO
O treinamento esportivo precisa obedecer a alguns princípios para o 
desenvolvimento do atleta. Para isso, a organização apropriada de todos os estímulos, 
em conjunto com os objetivos determinados, principalmente no que diz respeito à 
otimização da performance através do balanço entre o esforço de treinamento e o tempo 
de recuperação necessário. Nesse sentido, os princípios do treinamento esportivo podem 
ser descritos a seguir como: princípio da sobrecarga, da especificidade, das diferenças 
individuais e da reversibilidade (WEINECK, 1999; GOMES, 2009; DANTAS, 2014).
O princípio da sobrecarga consiste em sobrecarregar o organismo de maneira 
adequada, variando as sequências de estímulos como, frequência, intensidade, volume 
e duração do treinamento. Este princípio está relacionado às adaptações sofridas pelo 
organismo em resposta aos estímulos do treinamento. O aumento regular e progressivo 
de carga de trabalho é o que possibilitará a melhoria nos resultados de rendimento. 
128
O princípio da especifi cidade tem como ponto essencial o planejamento do 
treinamento a partir dos requisitos específi cos da performance desportiva. Este princípio 
baseia-se nas particularidades, nas características especifi cas da modalidade. Nesse 
sentido, o treinamento precisa ser direcionado respeitando os requisitos específi cos 
da modalidade escolhida, levando em consideração as qualidades físicas, o sistema 
energético predominante e a coordenação motora exigida.
O princípio da individualidade biológica fala da resposta que cada 
indivíduo apresenta em um mesmo estímulo. Esta individualidade está relacionada 
às características genéticas, em que se baseia uma associação do genótipo (carga 
genética) e o fenótipo (infl uências exercidas sobre o ser a respeito do ambiente), e, 
sobretudo, no handebol, à posição do jogador no jogo.
O princípio da reversibilidade refere-se à natureza transitória a respeito 
do treinamento físico, isto é, se os estímulos forem cessados, as adaptações serão 
perdidas. Essa perda acontece em um ritmo mais rápido para os treinamentos baseados 
em resistência e força, e mais lento para os treinamentos baseados em força explosiva 
e força máxima. Pode-se observar, ao acontecer a interrupção do treinamento em 
atletas treinados, alguns efeitos chamados de “destreino”, isto é, o processo de reversão 
das adaptações orgânicas, sendo alguns deles, a atrofi a muscular, redução de V02 do 
desempenho aeróbio e do limiar anaeróbio.
3 CICLOS DE TREINAMENTO NAS MODALIDADES COLETIVAS
Todo treinamento é elaborado para tratar de condições específi cas de 
determinada modalidade esportiva ou atividade física. Dentro desse princípio, para a 
modalidade do handebol, temos como valências físicas importantes a serem observadas 
a potência de membros superiores e inferiores, a velocidade de deslocamento e agilidade. 
A preparação esportiva é um processo complexo e multidimensional, diversos 
são os fatores que precisam ser levados em consideração para o resultado fi nal do 
processo. Sendo assim, é possível considerar que o desenvolvimento do processo 
de preparação estará diretamente relacionado às evidências empíricas na prática do 
treinador. No entanto, a fundamentação teórica proveniente da investigação científi ca é 
muito importante e totalmente necessária.
Prezado acadêmico, existem outros princípios do treinamento que não serão 
tratados aqui, para saber mais deste tema, recomendamos a leitura do livro: “A 
prática da preparação física”, de Estélio Henrique Martin Dantas (2014).
DICAS
129
3.1 PERIODIZAÇÃO 
Conforme citado anteriormente, o sucesso do treinamento está concentrado 
principalmente na preparação dos atletas, essa organização denominada periodização, 
tem como objetivo organizar os períodos e etapas até o objetivo. A periodização é um 
dos mais importantes conceitos do planejamento do treinamento. Essa estrutura de 
planejamento no treinamento foi idealiza por Matveiev (1990), criada nos anos 1960, 
se divide em três partes: macrociclo, mesociclo e microciclo. Esses períodos precisam 
ser calculados de acordo com os objetivos da periodização. Dentro do processo 
de treinamento físico, pode-se observar os seguintes fatores: a periodização de 
treinamento é definida como uma técnica que tem como objetivo planejar os processos 
de treinamento e competição de maneira que o planejamento anual seja uma sucessão 
de períodos (GIL’AD, 1998). Dentro dessa descrição, encontramos um modelo básico de 
treinamento composto por trêsperíodos distintos: preparatório, de competição e de 
transição; a carga e volume de treinamento são consideradas características técnicas 
e táticas individuais e precisam ser determinadas. Para isso, são utilizados testes 
específicos de cada valência física direcionada para o treinamento no handebol.
 
QUADRO 1 – DISTRIBUIÇÃO DE CARGA HORÁRIA DE TREINAMENTO NO HANDEBOL POR FASE.
TIPO DE 
PREPARAÇÃO
PERÍODO PREPARATÓRIO PERÍODO DE 
COMPETIÇÃOBÁSICO ESPECÍFICO
FÍSICA 60% 40% 20%
TÉCNICA 40% 40% 40%
TÁTICA 0 20% 40%
FONTE: Adaptado de Dantas (2014)
A fase básica tem como objetivo a preparação e otimização de capacidades 
específicas como, a flexibilidade, resistência muscular, força, resistência aeróbica e 
velocidade. A fase específica tem como objetivo a otimização da forma física, com o 
objetivo principal de ganho de força explosiva e anaeróbica. 
No período de competição, é preciso trabalhar para que o atleta seja conduzido 
ao pico, principalmente no que diz respeito ao aperfeiçoamento das qualidades físicas 
necessárias para a atuação esportiva. O período de transição marca uma parte de 
manutenção dos recursos adquiridos nas fases anteriores.
130
3.2 NÍVEIS DE APRENDIZAGEM 
O nível de treinamento tem relação direta com o estado da capacidade do 
rendimento de um atleta, compreendendo a aptidão física, psicológica e intelectual, 
técnica desportiva e preparação tática. Nesse sentido, as exigências do treino precisam 
respeitar a capacidade individual do atleta e podem ser divididas em quatro níveis 
básicos de aprendizagem: iniciantes; iniciados; intermediários; e alto nível. Sendo assim, 
é preciso direcionar o atleta a uma metodologia diferenciada na existência de níveis 
diferentes. Os meios utilizados foram divididos em três campos de ação e adaptados 
para o handebol: 
• De caráter geral – exercícios básicos e fundamentais: são os que procuram desenvolver 
o potencial do atleta, formando base para futura especialização.
• De caráter direcionado – exercícios direcionados: caracteriza-se por atividades 
voltadas à especifi cidade dos movimentos, e visam a realização dos comportamentos 
executados em jogos e competições. 
• De caráter especial – exercícios especiais: reproduz uma forma específi ca, com 
o objetivo de obter a união de todo o acervo motor, para o desenvolvimento de 
movimentos técnicos presentes em circunstância de competição.
3.3 SISTEMAS ENERGÉTICOS VOLTADOS PARA O HANDEBOL
O handebol é um jogo de agilidade que exige do atleta a realização de esforços de 
natureza intermitente, ou seja, alternado. É caracterizada pela existência de movimentos 
de alta intensidade (anaeróbio) e de baixa intensidade (aeróbio) (CARDINALE, 2002). 
Alguns dos movimentos decisivos podem ser caracterizados pela alta intensidade 
e curta duração (passes, fi ntas, mudanças de direção, saltos e sprints). Durante uma 
partida de handebol essas ações têm um carácter aleatório e repetido no tempo, podendo 
ser realizadas isoladamente ou em conjunto durante todo o jogo. 
No mesmo sentido, o atleta percorre inúmeras distâncias ao longo do tempo, sendo 
assim, há uma contribuição importante do sistema aeróbio, predominando-se principalmente 
pela capacidade de manutenção e recuperação ativa, ou seja, permite a manutenção de um 
nível elevado no jogo, uma vez que possibilita a execução de ações decisivas com maior 
intensidade, assim como, nas fases menos intensas, a recuperação do esforço realizado.
Prezado acadêmico, para projetar o treinamento, é preciso ter conhecimento 
do esporte determinado pelo jogo e pelos fundamentos da modalidade. 
ATENÇÃO
131
3.4 CAPACIDADES FÍSICAS NO HANDEBOL
 
Assim como outras modalidades, o handebol necessita de diversas valências 
físicas, sendo que sua utilização é identificada de acordo com as posições que os 
atletas ocupam no jogo. Nesse sentido, podemos citar algumas capacidades que serão 
descritas no Quadro 2:
QUADRO 2 – CAPACIDADES FÍSICAS NO HANDEBOL
Qualidade 
Física
Variação Adaptação
FORÇA
Máxima
Força muscular máxima agregada ao movimento; 
importante na tomada de posição e para suportar 
contato físico.
Potência
Máximo de energia explosiva (força+velocidade); 
saltos (verticais e horizontais) lançamentos (arremessos 
e passes); sprints, saídas e mudanças de direção rápidas.
Resistência
Para suportar repetições de movimentos explosivos; 
saltos; lançamentos; deslocamentos.
VELOCIDADE
Reação
Produção de respostas motoras rápidas; manuseio da 
bola; deslocamentos; contramovimentos.
Agilidade
Permitir rápidas mudanças de direção e posição; fintas; 
arremessos; deslocamentos.
Força
Produção de movimentos rápidos contra resistência; 
deslocamentos ofensivos/defensivos; fintas com 
marcação (contato).
Máxima*
Movimentos realizados com velocidade máxima; 
deslocamento com velocidade máxima; arremessos.
RESISTÊNCIA
Aeróbia
Manutenção do rendimento durante a partida; 
adaptação cardiorrespiratória; recuperação durante 
e após o esforço; adaptação metabólica (redução na 
produção de lactato).
Velocidade
Movimentos velozes e potentes; Habilidades técnicas 
rápidas e repetitivas; Deslocamentos rápidos e repetitivos
Muscular 
Localizada
Permite realização de repetições de movimentos com 
eficiência por um longo período de tempo; favorece a 
manutenção de uma determinada posição; favorece 
a realização de arremessos; favorece a realização de 
saltos.
132
FLEXIBILIDADE
Condiciona a capacidade funcional das articulações a 
movimentarem-se nos limites ideais de determinadas 
ações; maior amplitude de movimentos; melhor relaxa-
mento muscular; aperfeiçoamento técnico; prevenção 
de lesões.
COORDENAÇÃO
Habilidade
Execução de movimentos com precisão e economia de 
energia realização de movimentos simples: drible, passe 
e recepção.
Destreza
Realização de movimentos complexos: fintas e arre-
messos especiais.
EQUILÍBRIO
Estático
Para manter ou alcançar uma posição desejada – sem 
deslocamento.
Dinâmico
Para manter ou alcançar uma posição desejada – com 
deslocamento – após saltos (retomada); disputa de 
posição.
 FONTE: Adaptado de Tubino, Macedo (2006)
A partir da apresentação das diversas qualidades físicas e suas aplicações 
diretas no handebol (Quadro 2), o que podemos perceber é que muitas qualidades 
físicas estão envolvidas nessa modalidade. Cada uma é empregada a movimentos 
técnicos e específicos que devem se combinar de acordo com o planejamento ideal, a 
fim de proporcionar variadas situações de movimentação tática no jogo. Sendo assim, 
força, velocidade, resistência, flexibilidade, coordenação e equilíbrio e suas variações 
são qualidades físicas que devem ser amplamente utilizadas e combinadas durante 
a partida de handebol. Por isso, também são extremamente importantes e devem 
ser trabalhadas nos treinamentos para que se obtenha movimentos mais precisos e 
energeticamente econômicos, resultando, assim, em melhor rendimento e desempenho 
dos atletas durante o jogo.
3.5 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS NO POSICIONAMENTO NO 
HANDEBOL
Já fora visto que a cada posição do jogo são utilizadas valências físicas 
diferentes em cada espaço da quadra: 
• O mecanismo do time no ataque está direcionado principalmente ao armador 
central, sendo, este, posicionado no centro do ataque e precisa saber arremessar 
com força e precisão, além de necessitar de bastante repertório de passes e visão 
periférica e assertiva do jogo.
133
 • Os meias geralmente possuem mais força no arremesso e geralmente possuem 
estatura alta, sendo assim, conseguem utilizar o arremesso em suspensão com 
bastante potência. 
• Os pontas apresentam qualidades como velocidade e agilidade e precisam possuir 
a capacidade de arremessar em ângulos fechados. Lembrando que, o destaque no 
arremesso não é a força, mas a precisão.
 • O pivô abre o espaço da defesa adversária para que o ataque consiga arremessar mais 
próximo do alvo, ou posicionar-se estrategicamente para recebimento e arremesso 
da bola, sendo o pivô o que mais precisa ter repertóriode arremessos do time.
• O goleiro tem a responsabilidade de defender e servir os atacantes no contra-
ataque, iniciando a jogada. 
 
134
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O sucesso do planejamento desportivo precisa obedecer a diversos fatores, em 
especial os princípios do treinamento desportivo.
• A importância dos ciclos de treinamento e periodização, e da distribuição de carga 
horária de treinamento no handebol por fase.
• A importância do entendimento dos níveis de aprendizagem.
• A influência das características físicas e energéticas no handebol.
• O destreino acontece e pode acarretar processos de perda.
135
RESUMO DO TÓPICO 1
1 O treinamento esportivo precisa obedecer a alguns princípios para o desenvolvimento 
do atleta. Para isso, a organização apropriada de todos os estímulos, em conjunto 
com os objetivos determinados, principalmente no que diz respeito à otimização 
da performance através do balanço entre o esforço de treinamento e o tempo de 
recuperação necessário. A respeito dos princípios do treinamento esportivo, assinale 
a alternativa CORRETA: 
a) ( ) Princípio da sobrecarga, da higienização, das diferenças individuais e da 
reversibilidade.
b) ( ) Princípio da sobrecarga, da especificidade, das diferenças individuais e da 
reversibilidade.
c) ( ) Princípio da sobrecarga, da memorização, das diferenças individuais e da 
reversibilidade.
d) ( ) Princípio da sobrecarga, da suplementação, das diferenças individuais e da 
reversibilidade.
2 Um dos princípios do treinamento esportivo mais discutido fala da resposta que cada 
indivíduo apresenta em um mesmo estímulo. Esta peculiaridade está relacionada 
às características genéticas, em que se baseia uma associação do genótipo (carga 
genética) e o fenótipo (influências exercidas sobre o ser a respeito do ambiente), e, 
sobretudo, no handebol, a posição do jogador no jogo. Assinale, a seguir, o nome 
desse princípio:
a) ( ) Individualidade biológica. 
b) ( ) Peculiaridade maturacional.
c) ( ) Individualidade maturacional.
d) ( ) Peculiaridade biológica.
3 O sucesso do treinamento está concentrado principalmente na preparação dos 
atletas. Existe uma estrutura de planejamento no treinamento que divide três partes 
diferentes (macrociclo, mesociclo e microciclo) os períodos de treinamento. Sobre o 
exposto, como chamamos essa organização?
a) ( ) Looping training.
b) ( ) HIIT.
c) ( ) Periodização.
d) ( ) Cicle lives.
AUTOATIVIDADE
136
4 O nível de treinamento tem relação direta com o estado da capacidade do rendimento 
de um atleta, compreendendo a aptidão física, psicológica e intelectual, técnica 
desportiva e preparação tática. Nesse sentido, as exigências do treino precisam 
respeitar a capacidade individual do atleta e podem ser divididas em quatro níveis 
básicos de aprendizagem: iniciantes; iniciados; intermediários; e alto nível. Sendo 
assim, é preciso direcionar o atleta a uma metodologia diferenciada na existência de 
níveis diferentes. Cite e explique os três campos de ação adaptados para o handebol: 
5 O sucesso do planejamento no esporte para a obtenção do melhor rendimento 
desportivo precisa obedecer a uma série de fatores, como, por exemplo, os princípios 
do treinamento desportivo, considerando principalmente o desporto e as capacidades 
a serem treinadas, assim como a ordem das competições. Cite duas capacidades, 
habilidades ou aptidões físicas relacionadas diretamente ao jogo de handebol:
137
ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO DE EQUIPES 
DA INICIAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO EM 
HANDEBOL 
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, no tópico anterior você foi apresentado ao estado da arte 
dos processos e ciclos de treinamentos da iniciação ao alto rendimento em handebol. 
Deste modo, no presente tópico abordaremos quais os principais testes, avaliações 
e tomadas de decisões que uma equipe de handebol deve aplicar, na montagem do 
plantel e organização da equipe técnica.
No decorrer do tópico, você irá compreender a importância de planejar a 
montagem do elenco focando nas peculiaridades físicas de cada posicionamento no 
handebol, bem como os testes de aptidão física mais utilizados. Além disso, veremos, 
também, quais sãos as principais profissões que podem contribuir na formação de uma 
equipe técnica multiprofissional para o desenvolvimento multimodal da equipe.
Este tópico apresenta e discute de maneira prática e efetiva como se organiza 
uma comissão técnica multiprofissional e o que deve ser levado em consideração para a 
montagem final de um elenco no handebol. Assim, convidamos você, acadêmico, a nos 
acompanhar em meio ao contexto dessas variáveis aplicadas ao handebol.
2 ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA E PLANTEL
Quando pensamos na organização de uma equipe técnica, seja qual for o esporte 
coletivo, logo visualizamos o técnico ou treinador como figura principal de um time. 
Sem dúvidas, o empirismo dessa informação ainda é suportado na atualidade, 
tendo em vista que o técnico recebe o papel de figura central na execução da função de 
líder, tendo que ser aceito pelos atletas, colegas de equipe e, hoje em dia, até mesmo 
pela torcida de seu clube (SIMÕES, 1994). Tais relações, técnico/líder, são responsáveis 
diretamente pela motivação dos atletas, membros de sua equipe, planejamento de 
metas e resultados conquistados.
Ao longo dos anos o papel do técnico, nos esportes coletivos, foi se tornando 
muito maior do que a sua função ou formação inicial. 
UNIDADE 3 TÓPICO 2 - 
138
Segundo Mosquera e Stobaus (1984), o técnico deveria entender dos 
desempenhos e condicionamentos físicos, relações táticas, como posicionamentos 
e situações de jogo, e até mesmo a capacidade de atender demandas psicológicas e 
emocionais dos membros de sua equipe.
FIGURA 1 – FLUXOGRAMA SOBRE A EVOLUÇÃO DA COMISSÃO TÉCNICA EM ESPORTES COLETIVOS
FONTE: Silva (2002, p. 12)
Entretanto, o que vemos nos últimos anos, nos esportes coletivos, é a 
descentralização desse poder, com a chegada de novos profissionais específicos para 
cada área do conhecimento. Esta divisão nas tarefas acabou formando dois grandes 
grupos de profissionais, os que compõem a comissão técnica, formado pelo técnico, 
auxiliar técnico, preparador físico, treinadores de força/condicionamento e treinador 
de goleiros, e equipe técnica, formada por médicos do esporte, fisioterapeutas, 
nutricionistas e psicólogos do esporte (MEDINA, 1992). Em suma, a primeira é responsável 
por fornecer e controlar o suporte técnico por meio de planejamentos e execução de 
treinamentos, a fim de desenvolver ou aprimorar a performance do atleta e equipe, 
enquanto a segunda, é composta por profissionais que trabalham de forma direta ou 
indireta na consecução da performance nos jogos ou treinamentos (MEDINA, 1992).
139
Esta formação multiprofissional na equipe técnica promove uma melhor divisão 
de trabalho, focando no aprimoramento de resultados específicos de cada área. A seguir, 
veremos brevemente a função de alguns profissionais da comissão e equipe técnica de 
uma equipe de handebol.
• Técnico/treinador principal: o técnico de uma equipe é responsável pelo planejamento 
de atividades, treinos, ciclos de treinamento de uma equipe, seleção de jogadores 
e outros membros da equipe técnica, avaliação das informações relacionadas aos 
testes físicos, capacidades físicas, emocionais, mentais, lesões e eventuais riscos 
coletados durante todo o processo pré, durante e pós-temporada. Além de toda 
estratégia, filosofia, tática e técnicas relacionadas aos assuntos dentro e fora de 
quadra de uma equipe.
FIGURA 2 – COMISSÃO TÉCNICA DO HANDEBOL PRATA NO MUNDIAL FEMININO DE 2021
FONTE: <https://bit.ly/3jGC7g1>. Acesso em: 13 abr. 2022.
• Auxiliar técnico: supervisiona as atividades e atendimentos de outros profissionais 
da comissão técnica, fornece informações relevantes destes processos ao técnico, 
proporciona feedbacks e aconselhamentos relacionados às funções técnico-táticas 
de umaequipe. Em alguns casos, o auxiliar pode ficar responsável por algumas 
demandas conveniadas ao técnico.
• Preparador físico: alinhado com as orientações técnicas, este profissional é 
responsável por todo plano de cargas, planejamento no treinamento das capacidades 
física e aptidões físicas, manutenção e periodização do condicionamento físico dos 
atletas, perante avaliações e testes físicos. Tais informações são extremamente 
relevantes, pois mapeiam o rendimento de uma equipe, jogador, índice de lesão, 
baixa ou melhora de rendimento.
• Treinador de goleiros: profissional especialista no treinamento técnico e tático de 
goleiros, função primordial e posição com maior evidência no handebol.
140
• Médicos do esporte: os médicos do clube são os integrantes da equipe responsáveis 
por diagnosticar e prescrever a reabilitação ou tratamento de doenças, ou lesões 
dos atletas de um clube. De forma geral, podem possuir diversas especializações 
como ortopedista, podiatra, optometrista ou clínico geral.
• Fisioterapeutas: profissionais de saúde que atuam tanto na reabilitação de atletas 
acometidos por doenças e lesões, quanto de forma preventiva, por meio de testes 
em conjunto com o preparador físico.
• Nutricionistas: são responsáveis por todo balanceamento e planejamento alimentar 
dos atletas de uma equipe, além de avaliar indicadores de saúde antropométricos e 
de composição corporal.
• Psicólogo do esporte: profissional responsável por investigar e auxiliar em aspectos 
psicológicos relacionados à motivação, estados de humor, agressão e violência, 
liderança, bem-estar de atletas, ansiedade e depressão, contribuindo para uma 
melhora nas condições de treinamento e de saúde.
Estes profissionais, atuam de forma cooperativa com a aplicação de seus 
conhecimentos específicos em busca da máxima performance esportiva. 
2.1 ORGANIZAÇÃO DO PLANTEL
 
Na Unidade 2, você foi apresentado às diferentes posições ofensivas e defensivas 
do handebol de quadra, bem como as funções e características presentes em cada jogador 
que ocupa esse espaço ou função em quadra. Neste sentido, atrelado ao conhecimento 
dos profissionais supracitados, apresentaremos, agora, algumas especificidades físicas 
e testes que podem ser utilizados para a avaliação e tomada de decisão na seleção de 
atletas ao plantel ou até mesmo para a equipe principal de uma equipe.
2.1.1 Especificidades físicas
O handebol, como citado anteriormente, é considerado um dos esportes de 
maior interação entre os esportes coletivos de quadra, pois, a todo momento, o jogo 
possibilita ações de ataque ou defesa durante uma partida. Apesar disso, ele também 
pode ser considerado como uma atividade intermitente, pois as movimentações, 
arremessos, saltos e passes, são seguidas em um determinado tempo por pausas, seja 
por faltas ou ações defensivas.
Neste sentido, além das capacidades técnicas já citadas, entre os jogadores de 
uma mesma posição, podem ser selecionados de acordo com algumas variáveis, como 
capacidade física ou aptidões relacionadas à performance, de acordo com as principais 
ações que irão desempenhar com maior frequência durante uma partida. Algumas 
dessas ações são conhecidas como velocidade de reação, flexibilidade, força dinâmica 
e explosiva, coordenação e lateralidade, resistência muscular e cardiorrespiratória, 
agilidade e flexibilidade.
141
• Armador central: considerado o puxador e articulador principal do time, deve possuir 
alta capacidade de potência, velocidade de membros superiores, além de alta 
coordenação, pois realizar arremessos com força de curta e média distância, além 
de um repertório extenso de passes.
FIGURA 3 – ARMADORA CENTRAL REALIZANDO UM PASSE EM DESMARCAÇÃO
FONTE: <https://bit.ly/37OvUfU>. Acesso em: 13 abr. 2022.
• Armador direito e esquerdo ou meias: realizam movimentações rápidas com 
transições de posições, a fim de confundir o adversário, devem possuir uma 
resistência cardiovascular, adequada, além de velocidade de reação, lateralidade 
e força dinâmica e explosiva. Comumente são os maiores da equipe e realizam 
arremessos de média e longa distância.
FIGURA 4 – ARMADORA ESQUERDA REALIZANDO UM ARREMESSO DE LONGA DISTÂNCIA
FONTE: <https://bit.ly/3rmUDhQ>. Acesso em: 13 abr. 2022.
• Pontas: são jogadores extremamente rápidos, velozes e ágeis, com a capacidade de 
realizar movimentos coordenados que diminuem a complexidade de arremessar em 
ângulos fechados, como nas laterais. 
142
FIGURA 5 – PONTA EM AÇÃO DE ARREMESSO COM ÂNGULO FECHADO
FONTE: <https://bit.ly/3LYidJK>. Acesso em: 13 abr. 2022.
• Pivôs: possuem um reportório abrangente de arremessos e posicionamentos, devem 
possuir muita força dinâmica, lateralidade, flexibilidade e resistência muscular.
FIGURA 6 – INFILTRAÇÃO DE PIVÔ E PREPARAÇÃO PARA O ARREMESSO
FONTE: <https://bit.ly/3xq9bkH>. Acesso em: 13 abr. 2022.
• Goleiros: os goleiros são parte essencial na defesa de uma equipe, sendo considerados 
por muitos os jogadores mais completos, pois devem possuir velocidade de reação, 
força de membros superiores e inferiores, coordenação motora, agilidade e potência 
muscular.
143
FIGURA 7 – GOLEIRA EM AÇÃO DE DEFESA
FONTE: <https://bit.ly/3LZTBQO>. Acesso em: 13 abr. 2022.
Como pudemos observar, o handebol é uma modalidade esportiva coletiva que 
exige grande repertório motor, uma vez que trabalha uma grande quantidade e variedade 
de movimentação associada à manipulação de bola e interação com outros atletas. 
Sendo assim, no que diz respeito à movimentação, o handebol pode ser considerado um 
esporte completo, pois explora a combinação das habilidades motoras fundamentais do 
repertório motor do ser humano (MARTINI,1980). 
Além disso, o jogo de handebol é caracterizado por confronto, caracterizado 
por intenso contato físico entre os jogadores. Sendo assim, para uma participação 
efetiva num jogo de handebol, faz-se necessário o desenvolvimento de qualidades 
físicas relacionadas tanto à movimentação quanto ao contato corporal existente entre 
os jogadores. 
A morfologias dos atletas são extremamente importantes para a prática do 
handebol, pois são elas que dão as condições para o treinamento das qualidades 
físicas necessárias para um bom desempenho. Os jogadores de handebol normalmente 
apresentam características mesoendomórficas, e podem favorecer os atletas durante 
a partida, principalmente no que diz respeito ao contato corporal. Por outro lado, 
uma estatura elevada pode auxiliar no desempenho tanto na movimentação ofensiva 
quanto no bloqueio defensivo. Assim como a envergadura, sendo importante para a 
performance, sendo que esta pode determinar a potência do arremesso, pois, quanto 
maior a envergadura, maior o raio de ação do braço e, consequentemente, maior a 
aceleração da bola no momento do arremesso.
Outras características também são importantes, pois participam do grau de 
rendimento técnico do jogador, sendo elas: o comprimento dos membros inferiores que 
favorece a velocidade do atleta; e o diâmetro palmar que promove melhor preensão da 
bola (GLANER, PIRES NETO, 1997).
144
2.1.2 Esforço e recuperação no handebol 
Durante um jogo de handebol, ocorre a oscilação entre períodos de esforço 
e recuperação, esse tipo de oscilação se assemelha às exigências do treinamento 
intermitente, que tem como princípio básico a utilização de estímulos submáximos 
alternados com períodos de recuperação. A duração dos períodos ativos e de repouso, 
assim como as intensidades dos exercícios, pode ser variada, como observado na 
movimentação característica do jogador de handebol. Através do método de trabalho 
intermitente, é possível trabalhar as três vias metabólicas de produção de energia, pois 
estão fortemente ligadas e atuam simultaneamente durante a atividade. 
Dependendo da intensidade do exercício e da combinação entre esforços e 
pausas, é possível sobrecarregar mais um mecanismo que os outros. A movimentação 
realizada por jogadores de handebol, puderam ser classificadas em alta,média e baixa 
intensidades (MAIS, 1989). É muito frequente a realização de sprints, como, durante o 
contra-ataque e recuperações defensivas, arremessos e penetrações ofensivas, sendo 
esses caracterizados como alta intensidade. Da mesma maneira, existem situações em 
que os jogadores realizam movimentações de média e de baixa intensidades, como os 
ataques organizados e os momentos de substituições e cobranças de diversos tiros, 
respectivamente. 
Nos momentos de movimentações explosivas, é a via do ATP-CP a principal 
responsável pela disponibilidade de energia (ATP). Esse sistema consiste em reação 
anaeróbia para a produção de energia imediata, ou seja, em ausência de oxigênio 
(MCARDLE, KATCH, KATCH, 1992). Inicialmente, o ATP está disponível para a realização do 
movimento, todavia, após alguns segundos, os estoques de ATP são esgotados. A partir 
deste momento, dá-se a reação ADP+CP formando ATP (ciclo ATP-CP) adicional para 
sustentar o fornecimento energético para atividades com duração inferior a dez segundos. 
Quando o esforço intenso é prolongado, como num ataque organizado ou numa 
movimentação defensiva, por exemplo, o sistema ATP-CP não atende à demanda e um 
segundo mecanismo anaeróbio é ativado: a via anaeróbia lática, que produz ATP por 
meio um conjunto de reações químicas denominado glicólise anaeróbia, utilizando como 
substrato energético somente a glicose resultante da desintegração de carboidratos 
provenientes da ingestão alimentar. A produção do ATP, tendo a glicose como combustível, 
acarreta a formação de ácido lático como metabólito, podendo causar fadiga quando 
acumulado na musculatura ou na corrente sanguínea (POWERS, HOWLEY, 1990). 
145
TABELA 1 – VOLUME E INTENSIDADE DE CARGAS CÍCLICAS DE JOGADORES
Volume e intensidade das cargas Armadores Alas Pivôs Goleiros
Distância total percorrida (m) 3432 3855 3234 1753
Andando 57% 58% 62% 86%
Trotando 25% 23% 25% 11%
Correndo 14% 14% 10% 2%
Sprints 3% 4% 2% 0,5%
FONTE: Adaptada de Sibila et al. (2004)
Além dessas duas vias anaeróbias, há ainda a aeróbia, que dá suporte às outras, 
possibilitando a recuperação e, portanto, o prolongamento da atividade. A via oxidativa, 
ou seja, o sistema aeróbio de produção de energia, é, sem dúvida, o que produz 
maior quantidade de ATP para a realização de atividades. Este tipo de fornecimento 
energético é mais lento, pois envolve reações da glicólise anaeróbia, ciclo de Krebs e 
cadeia transportadora de elétrons. Caso não haja a disponibilidade de oxigênio, enzimas 
e substratos, a via aeróbia de produção energética é interrompida e a via anaeróbia 
lática torna-se novamente predominante (MCARDLE; KATCH, KATCH, 1992). 
A partir do exposto previamente, pode-se concluir que a capacidade anaeróbia 
lática tem grande importância para o atleta de handebol, uma vez que boa parte da 
movimentação predominante dos jogadores de handebol envolve esforços muito 
intensos e de curta duração. Entretanto, as outras vias energéticas também têm papel 
bastante relevante, possibilitando a realização de esforços submáximos e de média 
duração (anaeróbia lática), de baixa intensidade e prolongados, além da recuperação 
das fontes anaeróbias (oxidativa) (EDER; HARALAMBIE, 1986; SANTOS,1989). O processo 
Mesmo em repouso ou em exercícios leves, algum ácido lático é formado continuamente 
pelo metabolismo energético, porém, nesses casos não há o acúmulo dessa substância, 
pois os ritmos de sua produção e remoção são iguais. Entretanto, no exercício extenuante, 
quando as demandas energéticas ultrapassam o ritmo de fornecimento e 
utilização do oxigênio, nem todos os íons H+ podem ser processados pela 
cadeia respiratória e formar água juntamente com o oxigênio, portanto, 
o excesso deles se combina com o ácido pirúvico e forma o ácido lático. 
À medida que aumenta a concentração de ácido lático no sangue e nos 
músculos, a ressíntese de ATP não acompanha o ritmo de utilização, 
a fadiga se instala e o exercício é interrompido, já que a acidez inativa 
várias enzimas envolvidas na transferência de energia e também nas 
propriedades contráteis dos músculos (MCARDLE; KATCH; KATCH, 1992).
IMPORTANTE
146
anaeróbio é de maior signifi cado na preparação física do jogador de handebol e, portanto, 
durante os treinos, se faz necessária a utilização de situações semelhantes às do jogo 
que envolvam essa fonte de produção energética. 
Apesar da importância do processo anaeróbio, o jogador de handebol deve, 
também, ter sua capacidade aeróbia desenvolvida de forma que possa manter as 
características da intensidade do esforço durante toda a partida e para uma maior 
efi ciência na remoção do ácido lático.
MAIS (1989) apresenta as variadas intensidades de esforço presentes numa 
partida de handebol. Sendo possível observar uma predominância do esforço de 
intensidade média, seguido pela intensidade baixa e, por último, pela máxima em todas 
as situações de jogo. Por menor que seja a frequência dos esforços de alta intensidade, 
estes têm papel importantíssimo nos momentos decisivos da partida. Sendo assim, a 
preparação física deve englobar trabalhos em alta, média e baixa intensidades, sendo 
compatíveis com as exigências de uma partida. No handebol o dispêndio de energia 
é bastante elevado e requer um fornecimento combinado de energia. A própria 
combinação dos esforços realizados durante o jogo permite o envolvimento das três 
vias metabólicas, obtendo, a cada período ativo, ATP e CP disponíveis e poupando o 
glicogênio para os momentos decisivos da partida, sem sobrecarga de acidose muscular 
e sanguínea resultantes do sistema anaeróbio lático.
 Dessa forma, o trabalho intermitente é acompanhado por menor fadiga e permite 
uma maior intensidade de exercício durante os períodos ativos (EDER; HARALAMBIE, 
1986). A menor fadiga e a possibilidade de maior intensidade são aspectos importantes 
do trabalho intermitente para os jogadores de modalidades coletivas e, em especial, 
para os jogadores de handebol. Através do uso de trabalhos intermitentes, eles podem 
se adaptar aos esforços exigidos nos treinamentos e podem, portanto, apresentar 
melhor desempenho durante a partida. Mais uma vez, o treinamento intermitente deve 
fazer parte da rotina de preparação física, pois, através das adaptações produzidas por 
ele, os jogadores estariam melhor preparados quanto ao combate à fadiga, podendo, 
assim, prolongar o esforço físico durante todo o período de jogo (SANTOS, 1989).
O ciclo ATP-CP só será formado enquanto houver CP disponível, e que a 
ressíntese de CP, por sua vez, requer ATP, o que só é possível durante a 
recuperação do exercício (POWERS; HOWLEY, 1990).
ATENÇÃO
147
2.1.3 Demanda energética durante o jogo 
As modalidades esportivas com manipulação da bola podem apresentar diversas 
combinações de movimentos, com e sem domínio da bola, além do deslocamento que 
geralmente envolve corridas. 
Como exemplo, podemos citar as acelerações/desacelerações, as mudanças de 
direção, os saltos, os arremessos, as interceptações etc. Sendo que todas essas atividades 
características do esporte impõem demandas fisiológicas adicionais ao custo energético 
da corrida utilizada como forma de deslocamento (BANGSBO,1994; SBRAGIA, 1994). 
Durante uma partida de handebol, diversos deslocamentos em diversas 
direções são executados, a Tabela 2 apresenta valores médios e tipos de deslocamentos 
realizados pelo lateral direito (MAIS, 1989).
TABELA 2 – DESCOLAMENTO REALIZADO DURANTE UMA PARTIDA DE HANDEBOL
Deslocamento Frontal Lateral Diagonal Costas
Ataque 117 7 59 67
Defesa 102 67 75 81
Ataque/Defesa 51 3 7 13
Defesa/Ataque 52 2 7 5
FONTE: Adaptado de Mais (1989)
Os dados de Mais (1989) quantificam os esforços realizados, em média, por um 
jogador durante uma partida de handebol, sendo possível verificar que, em qualquer 
situação, a predominância de deslocamentos é frontal. Além disso, nas outras direções, 
as maiores ocorrências são verificadas na situação defensiva, correspondendo a maisuma exigência própria do objetivo de proteger a área de gol, onde o jogador da defesa 
não pode perder o contato visual com o adversário nem com a bola. 
A predominância é do deslocamento frontal, e cerca de 16% da distância total 
percorrida em jogo ocorre em corrida de costas, lateral ou trocando de posição. Em 
relação às outras formas de deslocamento, pode-se observar que a corrida na ausência 
da condução da bola representa a forma mais ágil de se movimentar em quadra. 
O total de deslocamento em posse de bola é pouco representativo quando 
comparado ao realizado sem a bola. No entanto, o contra-ataque em posse de bola pode 
contribuir favoravelmente para a obtenção de gols na partida. Na Tabela 3, podemos 
observar outras situações que necessitam alta demanda energética.
148
TABELA 3 – ATIVIDADES REALIZADAS EM UMA PARTIDA DE HANDEBOL (COMITÊ OLÍMPICO ESPANHOL)
Atividade Nº Repetições
Mudança de direção 279
Mudança de ritmo de corrida 190
Recepções 90
Interceptação da bola 19
Saltos 16
Arremesso ao gol 9
FONTE: Adaptado de Eleno Barela e Kokubun (2002)
A respeito de frequência cardíaca durante um jogo de handebol, esta apresenta-
se bastante variável. Sendo essa variação relacionada ao nível de habilidade, nível de 
aptidão física e a movimentação do atleta em quadra (DELAMARCHE et al., 1987). 
No geral, durante uma partida de handebol, a frequência cardíaca média pode 
alcançar entre 80% e 88% da frequência máxima, com picos próximos ao máximo dos 
atletas. 
A estratégia, o estilo do jogador e a movimentação realizada em quadra podem 
influenciar o gasto energético e a concentração de lactato sanguíneo (BANGSBO, 
1994). Dessa maneira, pode-se sugerir que todos os jogadores de handebol devem ser 
treinados para tolerarem altos níveis de lactato, decorrentes da movimentação, a fim de 
preservarem a máxima eficiência durante o jogo (DELAMARCHE et al., 1987).
2.1.4 Treinamento físico no handebol
O principal objetivo do treinamento é facilitar as adaptações biológicas, para isso 
é necessário que ocorra a participação de um programa de treinamento estruturado que 
englobe fatores como tipo de treinamento, velocidade, intensidade, frequência, volume, 
repouso e, principalmente, competição apropriada, ou seja, como toda modalidade esportiva, 
o handebol precisa ser periodizado adequadamente (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
A preparação é dividida em dois momentos, coletiva e individual, porém, é 
preciso atentar-se ao fato de que o treinamento não deve ser padronizado para todos 
os jogadores. É necessária uma boa orientação a respeito do desenvolvimento técnico, 
tático e físico específica para cada posição dos jogadores, pois a melhor organização de 
um jogo dá-se pela participação ativa diferenciada, exemplo: posições extremas e pivôs 
exigem jogadores velozes e com boa capacidade técnica, posições ala e central exigem 
jogadores potentes com boa capacidade de arremesso de longa (SANTOS, 1989). 
149
Não podemos esquecer as vias metabólicas exigidas, pois o treinamento precisa 
levar em consideração o metabolismo anaeróbio, assim como o metabolismo aeróbio, 
pois já sabemos de sua importância tanto na performance quanto na recuperação 
(RANNOU et al., 2001; EDER; HARALAMBIE, 1986; SANTOS, 1989). 
A boa capacidade aeróbia diminui a formação de lactato e aumenta a tolerância 
de altos níveis de ácido láctico do jogador (DELAMARCHE et al., 1987). 
Como visto anteriormente, o handebol é uma modalidade de esporte que se 
caracteriza pelo trabalho intermitente. Nesse sentido, o treinamento intermitente deve 
fazer parte da preparação física, principalmente pelas boas adaptações de preparação 
relacionado ao esforço físico do jogo (EDER; HARALAMBIE, 1986; SANTOS, 1989). 
Este trabalho poder ser realizado também por meio das Situações Simplificadas 
de Jogo (SSJ) propostas por Deschapelles e López (2002). O treinamento intermitente 
pode ser executado seguindo as normas do treinamento intervalado, com ações 
padronizadas e controladas para cada ação, isso porque, no treinamento intervalado, 
a duração da pausa e do repouso são muito importantes, possibilitando o aumento de 
volume de carga (VOLKOV, 2002). 
Nos esportes com bola, o exercício é intermitente, sendo que a performance 
sempre estará relacionada à habilidade do atleta em realizar o exercício intenso de 
modo repetido (KRUSTRUP et al., 2003).
2.1.5 Treinamento tático no handebol
A respeito do treinamento, alguns “problemas” podem ser observados, 
principalmente pelos técnicos, isto é, o conteúdo a ser abordado em cada faixa etária, ou 
categorias dos jogadores, assim como as questões da especialização esportiva precoce 
relacionadas à escolha e treinamento de uma modalidade, ou de uma modalidade a 
partir da especificidade da função desenvolvida (SANTANA, 2005). 
Destaca-se a importância que, nas etapas iniciais do processo de formação 
esportiva, sejam selecionados métodos de ensino-aprendizagem-treinamento (EAT). 
Ou seja, métodos que permitam o desenvolvimento das características motoras, 
cognitivas e socioafetivas e que não contenham modelos de especialização precoce ou 
de comportamentos estereotipados. As sobrecargas são influenciadas pela seleção de 
um modelo ideal de rendimento.
A competição como principal modelo de avaliação, assim como a cobrança 
imediata (e precoce) por resultados, podem desencadear um quadro de especialização 
esportiva precoce (SANTANA, 2005). Assim, existe uma tendência de reduzir 
a complexidade dos eventos inerentes ao cenário técnico-tático do jogo para 
comportamentos técnicos estereotipados, executados de forma descontextualizada 
150
(MENEZES, 2012). Nesse sentido, é necessária a superação do paradigma mecanicista, 
a partir de uma proposta na qual o jogador seja considerado um sujeito e não uma 
máquina (MEMMERT; HARVEY, 2010). 
A complexidade do jogo pode ser influenciada por relações cooperativas e 
de oposição (GARGANTA, 1998; PARLEBAS, 2001; TEODORESCU, 1984). Os jogadores 
precisam apresentar comportamento tático flexível (GRECO, 2001), isto é, que permita 
intervir de maneira inteligente para contemplar os objetivos inerentes à fase ofensiva 
e defensiva. Bayer (1994) e Gréhaigne e Godbout (1995) apresentam princípios que 
norteiam a fase defensiva (recuperar a posse da bola, impedir a progressão adversária 
e proteger o alvo) e que sugerem uma lógica interna do jogo, sendo imprescindível a 
execução de elementos técnicos e técnico-táticos individuais e coletivos.
2.1.6 O processo de EAT nas categorias infantil, cadete e juvenil 
do handebol
Existem aspectos relevantes no processo quando considerada a iniciação aos 
elementos defensivos, sendo eles: progredir da defesa livre (em toda a quadra) até a 
estruturação da defesa individual; o fato de todos os alunos passarem pela posição 
de goleiro (implica a não especialização dos jogadores); nas fases iniciais, restringir 
os contatos entre atacantes e defensores (como agarrar, empurrar e as ações sobre o 
braço de arremesso) (DAZA SOBRINO; GONZÁLEZ ARÉVALO, 1999). 
Os aspectos apontados formam-se na essência da iniciação ao handebol, 
privilegiando a formação dos jogadores pautada na variabilidade de estímulos e de 
possibilidades. Sendo assim, é possível entender que, ainda nas etapas anteriores à 
categoria infantil, é imprescindível que os jogadores compreendam a lógica do jogo 
(SCAGLIA et al., 2013). 
Considerando os elementos técnicos e técnico-táticos, é importante caracterizar 
o método de ensino situacional dos jogos esportivos coletivos em contraposição e como 
alternativa aos que ainda se utilizam dos métodos analítico-sintético e global-funcional 
(GRECO, 1998; GRECO, 2001; MENEZES; MARQUES; NUNOMURA, 2014). 
Não abordaremos os métodos neste subtópico, pois já fora abordado em estudos 
anteriores. 
2.1.7 Testes físicos 
Existe na literatura uma ampla gama de testes físicos que servem como base 
para a elaboração, planejamento e prescrição de exercícios com o intuito de melhorar o 
desempenhoe alto rendimento dos atletas de uma equipe. 
151
A seguir, apresentaremos algumas avaliações de acordo com a Associação 
Nacional de Condicionamento e Força (NSCA, 2015)
• Teste de arremesso de medicine ball: teste utilizado para a avalição da potência e 
força de membro superiores.
FIGURA 8 – TESTE DE POTÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES
FONTE: <https://bit.ly/3rmEHfq>. Acesso em: 13 abr. 2022.
• Teste de impulsão horizontal: teste utilizado para a avalição da potência e força de 
membro inferiores.
FIGURA 9 – TESTE DE POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES
FONTE: <https://bit.ly/3uzJH2p>. Acesso em: 13 abr. 2022.
• Teste de agilidade do Missouri: teste utilizado para a avalição da agilidade dos atletas 
(velocidade com mudança de direção).
152
FIGURA 10 – TESTE DE AGILIDADE
FONTE: <https://bit.ly/3O7T94W>. Acesso em: 13 abr. 2022.
• Teste vai e vem: teste utilizado para a avalição da velocidade de deslocamento e 
ajuste corporal.
FIGURA 11 – TESTE DE VELOCIDADE
FONTE: <https://bit.ly/3O6vdPj>. Acesso em: 13 abr. 2022.
Aqui foram citados apenas alguns testes, mais especificamente 
relacionados a capacidades e habilidades físicas de esportes coletivos, 
como o handebol. Contudo, você pode entender um pouco melhor do 
funcionamento, medidas de avaliações e até mesmo outras avaliações 
pelo site: https://bit.ly/3KHKVhR.
IMPORTANTE
153
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Ao longo da história, o técnico desempenhava inúmeras funções, acarretando um 
poder mais centralizado.
• Atualmente, uma equipe é formada por profissionais especializados que compõem a 
comissão técnica e equipe técnica.
• A comissão técnica é formada pelo técnico, auxiliar técnico, preparador físico 
e treinador de goleiros, sendo responsável, efetivamente, pelos treinamentos, 
planejamento e execução das atividades.
• A equipe técnica é composta por outros profissionais que atuam direta ou 
indiretamente dentro do ciclo de treinamento ou em competições, como os médicos 
do esporte, fisioterapeutas, nutricionais e psicólogos do esporte.
• Os jogadores que irão compor uma equipe devem possuir uma série de características 
fisiológicas, biomecânicas e físicas, a fim de melhorar a performance esportiva de 
acordo com o seu posicionamento em quadra e ações de jogo.
• Existe uma série de testes físicos que podem ser realizados, a fim de mensurar 
algumas capacidades e aptidões físicas em atletas, como os testes de potência de 
membros superiores e inferiores, teste de velocidade e de agilidade.
154
1 Ao longo da história, vimos que o técnico de esportes coletivos desempenhava uma 
atividade mais centralizada, devendo entender os desempenhos e condicionamentos 
físicos, relações táticas, como posicionamentos e situações de jogo, e até mesmo a 
capacidade de atender demandas psicológicas e emocionais dos membros de sua 
equipe. Contudo, atualmente, percebemos que estas funções estão cada vez mais 
descentralizadas, divididas em duas grandes frentes de atuação profissional. Assinale 
a alternativa que apresenta essas frentes de atuação profissional:
a) ( ) Clube e comissão técnica. 
b) ( ) Comissão técnica e equipe técnica.
c) ( ) Equipe administrativa e torcida organizada.
d) ( ) Equipe técnica e jogadores.
2 A descentralização do poder no planejamento, treinamento e filosofia do clube, 
possibilitaram a entrada de novos profissionais que compõem a chamada “comissão 
técnica”. São exemplos desses profissionais:
a) ( ) Técnico, auxiliar técnico, preparador físico, treinadores de força/condicionamento 
e treinador de goleiros.
b) ( ) Técnico, auxiliar técnico, preparador físico, fisioterapeutas e treinador de goleiros.
c) ( ) Técnico, médicos, preparador físico, treinadores de força/condicionamento e 
treinador de goleiros.
d) ( ) Médicos do esporte, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos do esporte.
3 A equipe técnica desempenha uma importante função no alto rendimento de esporte 
coletivos. De acordo com o exposto, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Estes profissionais trabalham de forma direta ou indireta na consecução da 
performance nos jogos ou treinamentos.
b) ( ) Atuam somente de forma pregressa a doenças e lesões.
c) ( ) Estes profissionais trabalham de forma isolada na performance nos jogos ou 
treinamentos.
d) ( ) São responsáveis por fornecer e controlar o suporte técnico, por meio de 
planejamentos e execução de treinamentos.
4 Além das capacidades técnicas, os jogadores de uma mesma posição podem ser 
selecionados de acordo com algumas variáveis, como capacidade física ou aptidões 
relacionadas à performance, de acordo com as principais ações que irão desempenhar 
durante uma partida. Sobre as características de jogo, cite algumas capacidades, 
habilidades e aptidões física que os armadores direita/esquerda possuem.
AUTOATIVIDADE
155
5 O handebol é considerado um dos esportes de maior interação entre os esportes 
coletivos de quadra, pois, a todo momento, o jogo possibilita ações de ataque ou 
defesa durante uma partida. Apesar disso, ele também pode ser considerado como 
uma atividade intermitente, pois as movimentações, arremessos, saltos e passes, são 
seguidos, em um determinado tempo, por pausas, seja por faltas ou ações defensivas. 
De acordo com as características de jogo, cite algumas capacidades, habilidades e 
aptidões física que os jogadores de ponta possuem.
156
157
TÓPICO 3 - 
ADAPTAÇÕES AO HANDEBOL
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, chegamos ao final desta unidade e, com isso, ao final de nosso 
livro. No decorrer das unidades e tópicos anteriores, você conheceu um pouco melhor 
da origem do handebol, regras, sistemas táticos, estratégias e diferentes tipos de 
treinamento do handebol convencional de quadra. Neste sentido, neste último tópico, 
abordaremos um pouco das duas adaptações do handebol de quadra convencional, o 
“handebol de areia” ou “beach handball” e o handebol para pessoas com deficiência 
denominado “handebol em cadeira de rodas”.
Veremos que essas adaptações foram criadas, a fim de atender diferentes 
situações sociais e culturais, como no caso do handebol de areia, bem como promover 
a inclusão de pessoas com deficiências, superando algumas barreiras arquitetônicas, 
atitudinais e sociais, como no caso do handebol em cadeira de rodas. Ao longo do tópico, 
além de entender quais são as alterações de regras, quadras e filosofia de jogo que foram 
criadas, veremos, também, curiosidades e um pouco do histórico dessas modalidades.
O presente tópico apresenta e discute novas possibilidades de jogos com base 
no handebol convencional. Portanto, convidamos você, acadêmico, a nos acompanhar 
em meio ao contexto de variações dessa modalidade coletiva.
2 O HANDEBOL DE AREIA
Assim como outros esportes, o handebol caiu nas graças dos adeptos e amantes 
de praia, que, rapidamente inspirados pelas adequações do voleibol de praia, trataram 
de transferir o jogo de quadra para as areias, nascendo assim o handebol de praia.
Existem inúmeros relatos de adaptações do handebol em praias pelo mundo, 
como no caso do Brasil, onde, ainda na década de 1980, era comum se ver partidas de 
handebol, ainda com algumas regras de quadra, nas praias de Pernambuco, Sergipe e 
Rio de Janeiro (GRECO, 2001). Contudo, oficialmente, a modalidade surgiu ao final dos 
anos 1980, nas areias Italianas, com o treinador Simonetta Montagni.
Rapidamente essa variação do esporte de praia começou a se tornar cada vez 
mais popular, surgindo a necessidade do desenvolvimento de novas orientações e 
primeiras regras oficiais de jogo, ficando ao encargo do técnico Luciano Bartolini, em 1990. 
158
FIGURA 12 – JOGADA AÉREA NO HANDEBOL DE AREIA
FONTE: <https://bit.ly/3M3RNpS>. Acesso em: 13 abr. 2022.
Como todo esporte novo, o qual não tem ainda uma federação internacional 
para agenciar e regulamentar as regras, inúmeras variações do handebol de praia foram 
criadas pelo mundo com regras não ofi ciais, comoo “sandball” praticado na França e o 
“handball on the beach”, na Holanda. As regras ofi ciais foram discutidas de forma global 
somente em 1994, no XXV Congresso da Federação Internacional de Handebol (IHF), 
que apresentou a primeira partida internacional ofi cial, em modelo de demonstração, 
entre as seleções da Holanda e Itália (BEACH HANDBALL, 2022). O handebol de praia 
foi trazido nesse formato, pelo professor Manoel Luiz Oliveira, presidente da CBHB, 
que havia comparecido ao Congresso Internacional de 1994, angariando fundos junto 
ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), para a realização da I Torneio Internacional de 
Handebol de Areia, no Brasil. 
Com a presença de quatro seleções internacionais, entre elas a Itália, nosso país 
sagra-se campeão desse torneio. Após o sucesso da primeira edição, as regras ofi ciais 
do handebol de praia, são apresentadas no XXVVII Congresso da IHF e publicadas no 
livro Beach handball – rules of the games (GRECO; GRECO, 2011). 
Gol em jogadas aéreas, ou giros de 360º, valem mais no handebol de areia.
ATENÇÃO
Você sabia que o handebol de praia foi adaptado levando em consideração as 
linhas já existentes de outra modalidade de areia, o vôlei de praia?
INTERESSANTE
159
O esporte foi incluído no World Games de Akita, Japão, em 2001, organizado 
pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e, em 2004, o primeiro Campeonato Mundial de 
Handebol de Praia foi disputado no Egito (GRECO; GRECO, 2011; BEACH HANDBALL, 2022).
Atualmente, o esporte de praia vem buscando seu espaço dentre o programa 
olímpico, fazendo sua estreia, nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, em 
2018, após substituir o handebol de quadra. Os jogos contaram a presença de 215 atletas 
de handebol, entre homens e mulheres, a maior da história, tendo como vencedores a 
equipe masculina da Espanha e a feminina da Argentina. A modalidade estava sendo 
cotada como uma das favoritas a serem inclusas no programa olímpico dos jogos de 
Paris em 2024, mas acabou ficando de fora.
2.1 REGRAS
O handebol de praia é composto por 18 regras norteadas pelos princípios do 
jogo limpo. Neste sentido, a filosofia do handebol de areia se baseia-se de acordo com 
o fair play, respeitando a saúde, a integridade física, o corpo dos jogadores, o espírito, 
a filosofia e a fluidez do jogo. Assim, uma das principais peculiaridades, de acordo com 
a filosofia do handebol de praia, se dá pela pelas punições as infrações de jogo, que se 
dão diretamente contra os jogadores como indivíduos e não contra a equipe (IHF, 2014).
QUADRO 3 – CONJUNTO DE REGRAS DO BEACH HANDEBOL
Regra 1 Quadra de jogo.
Regra 2
Início do jogo, tempo de jogo, sinal de encerramento, “time out” e tempo 
técnico.
Regra 3 A bola.
Regra 4 Equipe, equipamentos e substituições.
Regra 5 O goleiro.
Regra 6 A área de gol.
Regra 7 Jogando a bola e jogo passivo.
Regra 8 Faltas e condutas antidesportivas.
Regra 9 O gol e decisão do resultado do jogo.
Regra 10 Tiro de árbitro.
Regra 11 Tiro de lateral.
Regra 12 Tiro de meta.
Regra 13 Tiro livre.
Regra 14 Tiro de seis metros.
160
Regra 15 Punições.
Regra 16 Os árbitros.
Regra 17 O cronometrista e o secretário.
FONTE: Adaptado de IHF (2014)
Apesar do handebol de praia ser criado a partir das regras tradicionais do handebol 
de quadra, o ambiente instável que a areia proporciona, transforma as ações e realizações 
de movimento em uma modalidade ainda mais imprevisível, distante e diferente do jogo 
original. De forma geral, a quadra de areia é um retângulo de 27 metros de comprimento, 
por 12 metros de largura, que contempla a área de jogo e duas áreas de gol. 
FIGURA 13 – QUADRA DE BEACH HANDEBOL
FONTE: IHF (2014, p. 9)
O handebol de praia conta com a formulação de uma equipe de dez jogadores, 
sendo que quatro jogadores começam em quadra, (três de jogadores de linha e um 
goleiro). Os jogos de praia são mais rápidos que os de quadra, sendo constituído por dois 
tempos de dez minutos, que são pontuados separadamente, ou seja, o vencedor de um 
tempo soma um ponto. Partidas empatadas são decididas por um gol de ouro. 
161
FIGURA 14 – IMAGEM REPRESENTATIVA DE GOLS VÁLIDOS
FONTE: IHF (2014, p. 41)
Assim como no handebol tradicional de quadra, os gols são marcados quando 
a bola transpassa a linha do gol, contudo, uma nova pontuação foi inserida no handebol 
de praia para a modalidade de gols que forem considerados criativos ou espetaculares. 
Os gols espetaculares, são marcados por jogadores de linha que realizam arremessos 
girando no ar, gols marcados pelo goleiro, ou um gol realizado após um tiro de seis 
metros valem um ponto extra, ou seja dois pontos.
FIGURA 15 – GOL ESPETACULAR
FONTE: <https://bit.ly/3uFmoEg>. Acesso em: 13 abr. 2022.
Hoje, o responsável por organizar as competições de handebol de praia é o 
movimento Novo Beach Handball Brasil (NBHB), que surgiu após escândalos 
envolvendo a Confederação Brasileira, por meio da iniciativa de atletas e ex-atletas 
da seleção brasileira. Para entender melhor, leia a notícia: https://bit.ly/3ryxzNp.
IMPORTANTE
162
As substituições ocorrem livremente, seguindo as mesmas condições do 
handebol de quadra, quanto à saída do jogador de quadra. A dinâmica de movimentação 
é semelhante à do handebol de quadra, que considera o ritmo de três passadas, contudo, 
diferente do convencional, no handebol de areia, um jogador não pode segurar a bola 
por mais de três segundos, nem a bola não pode permanecer na areia mais de três 
segundos e ser apanhada pelo mesmo jogador que a tocou por último, sendo passível 
de punição (tiro livre).
FIGURA 16 – BOLA AO CHÃO
FONTE: <https://bit.ly/3KAQNt4>. Acesso em: 13 abr. 2022.
 
Assim como no handebol de quadra, temos um tiro livre direto, que se assemelha 
ao pênalti, contudo, ao invés da distância de sete metros, na areia, este arremesso deve 
ser executado na linha de seis metros.
Uma das regras que sofreu modificações recentes no handebol de praia 
foi a Regra 4.8, a responsável por orientar as vestimentas das jogadoras “O 
uniforme do jogador do sexo feminino de handebol de areia consiste em 
tops e biquíni e eventuais acessórios” (IHF, 2014, p. 22). Entenda melhor o 
caso: https://bit.ly/3MhJvLn.
FONTE: IHF – INTERNATIONAL HANDBALL FEDERATION. Regras de jogo: 
handebol de areia Tradução de Luiz Filipe Galvão da Silva Caldas, Aracaju: 
CBHB, 2014. p. 22. Disponível em: https://docplayer.com.br/47294746-
Ix-regras-de-jogo-b-handebol-de-areia-edicao-08-de-julho-de-2014.html. 
Acesso em: 11 abr. 2022.
IMPORTANTE
163
2.2 PRINCIPAIS DIFERENÇAS TÉCNICO-TÁTICAS
Como vimos anteriormente, muito das regras do handebol de areia são 
semelhantes às do handebol de quadra, no entanto, em virtude do número de jogadores, 
filosofia de jogo e ambiente (areia), algumas ações táticas e técnicas se diferem do 
handebol tradicional (CRISPIM JÚNIOR; ALMEIDA; BERGAMO, 2015).
• Maior liberdade de ação: o handebol de praia possui menos jogadores que o de 
quadra, o que implica em um maior número de jogadas individuais, mais espaços 
entre área/jogador, maior mobilidade de deslocamentos, além de um desgaste 
físico elevado considerando a necessidade de desmarcação.
• Esforço intermitente mais elevado: as ações motoras do handebol de praia são 
semelhantes às do de quadra, com alternância de velocidade, força, movimentação 
e paradas, considerado um exercício intermitente. Entretanto, o solo do handebol 
de praia, no caso a areia, provoca uma maior resistência nas movimentações de 
saltos e deslocamentos dentro da quadra.
• Sistemas táticos alternativos: como citado anteriormente, em função do vasto 
espaço de quadra em relação ao número de jogadores de linha (três), é comum 
no handebol a participação do “goleiro atacante”, a fim de proporcionar uma maior 
vantagem numérica nas jogadas ofensivas, além de buscar um maior número de 
gols espetaculares.
FIGURA 17 – DESGASTE FÍSICO EM VIRTUDE DA DESMARCAÇÃO 
FONTE: <https://bit.ly/3rp5tUE>. Acesso em: 13 abr. 2022.
2.2.1 Principaissistemas ofensivos e defensivos do handebol 
de areia
Veremos, agora, quais são os principais sistemas defensivos e ofensivos do 
handebol de areia, começando pelo sistema de defesa individual.
Sistema de defesa individual:
164
 Este tipo de sistema defensivo, no handebol de praia, normalmente ocorre nos 
momentos finais de jogo e, diferente do handebol de quadra, que acontece com mais 
frequência em meia quadra, na praia ocorre na quadra toda, em virtude de a área de 
jogo ser um retângulo de 15 x 12.
FIGURA 18 – SISTEMA DEFENSIVO INDIVIDUAL
FONTE: Os autores
Sistema de defesa por zona:
Neste tipo de defesa, semelhante à do handebol de quadra, os atletas se 
preocupam em ocupar determinados espaços da área de jogo, a fim de inibir um ataque 
formado. No handebol, os principais sistemas são:
• Sistema 3 x 0: sistema em que os atletas realizam a função de um marcador central 
e dois marcadores laterais, ocupando a frente da área de seis metros.
FIGURA 19 – SISTEMA POR ZONA 3 X 0
FONTE: Os autores
165
• Sistema 2 x 1: sistema no qual um marcador lateral ou central flutua ou joga mais 
avançado, coibindo a aproximação do jogador de ataque até a sua área defensiva.
FIGURA 20 – SISTEMA POR ZONA 2 X 1
FONTE: Os autores
Sistema de ataque: 
 
Os sistemas de ataque no handebol de praia, envolvem grande movimentação 
e circulação, principalmente dos jogadores que estão nas laterais, promovendo um alto 
volume de infiltração. Os principais sistemas são:
• Sistema 3 x 0: o sistema de ataque menos utilizado no handebol de praia, quando o 
ataque é realizado somente com os jogadores de linha, sem o goleiro.
• Sistema 4 x 0: sistema que utiliza o goleiro como um dos dois jogadores de armação, 
além da presença de dois jogadores laterais
• Sistema 3 x 1: sistema que utiliza o goleiro como um jogador de armação, além 
da presença de dois jogadores laterais e um pivô. Este ataque é extremamente 
circulatório, dificultando o sistema de marcação da equipe adversaria.
FIGURA 21 – SISTEMA DE ATAQUE 4 X 0 E 3 X 1
FONTE: Os autores
166
3 O HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS
As barreiras encontradas pelas pessoas com defi ciência em meio à sociedade 
ainda estão presentes no dia a dia, principalmente as relacionadas às atitudes e às 
estruturas físicas como materiais, equipamentos e acesso, uma vez que a participação 
das pessoas com defi ciências, como ser constituinte na sociedade, era desconsiderada. 
A medida que as políticas públicas conscientizam a sociedade do tabu relacionado 
às pessoas com defi ciência, novos olhares foram dirigidos a este público, a pessoa 
com defi ciência começou a ser vista como um cidadão com seu direito, valorizando 
especialmente as potencialidades, passando a apresentar os direitos de qualquer 
cidadão e principalmente a sua participação na sociedade (MELO; MUNSTER, 2014).
O esporte é um elemento sociocultural com diversas formas de manifestação, 
sendo o esporte adaptado uma dessas possibilidades, e desperta a atenção devido 
a diversas características, como a possibilidade da promoção da socialização, 
oportunidades de práticas igualitárias, melhora de condições físicas e fi siológicas, 
condições de saúde entre outras (STIGGER, 2005). O esporte adaptado surge como uma 
proposta ao esporte popular, em especial, neste caso, o handebol, principalmente no 
que se refere às regras e características dos jogadores (ARAÚJO, 1998). O handebol em 
cadeira de rodas só pode ser praticado por pessoas em cadeiras de rodas.
3.1 O SURGIMENTO DO HANDEBOL ADAPTADO
O esporte adaptado praticado atualmente teve sua origem e estruturação 
dentro dos trabalhos e estudos de reabilitação, que tinham como objetivo minimizar as 
sequelas nos soldados acometidos de traumatismos, em decorrência das guerras, mais 
especifi camente da Segunda Guerra Mundial (ARAÚJO, 1998). Foi em 1945, no Hospital 
Stoke Mandeville, onde nasceu o primeiro programa de esporte em cadeira de rodas, 
com a fi nalidade de trabalhar membros superiores e tronco, como também aumentar o 
entretenimento da vida hospitalar (ARAÚJO, 1998). Em 1944, o médico alemão Sir Ludwig 
Guttman fundou o centro de reabilitação para soldados lesionados medulares. Com isso, 
houve uma aceleração no processo de reabilitação de soldados lesionados, e também se 
percebeu que a prática servia como elemento de integração social, melhorando aspectos 
psicológicos, tornando-os mais adaptados às novas condições de vida. (ARAÚJO, 1998).
Prezado acadêmico, para compreender o handebol de cadeira de rodas, 
na prática, assista ao vídeo disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=wSVj5sLkA38.
DICA
167
FIGURA 22 – O NEUROLOGISTA LUDWIG GUTTMANN, ESPECIALIZADO EM LESÕES NA COLUNA, FOI O 
PIONEIRO DAS COMPETIÇÕES EM CADEIRA DE RODAS
FONTE: <https://bit.ly/3Oa4iSB>. Acesso em: 13 abr. 2022.
Em 1982 foi criada a ABRADECAR (Associação Brasileira de Desporto em Cadeira 
de Rodas), a entidade surgiu para atender às modalidades esportivas praticadas por 
usuários de cadeira de rodas. Sua ação inicial mais forte se concentrou no basquetebol, 
atletismo e natação (CONDE; SOBRINHO; SENATORE, 2006). 
Em 1990, nasce a Associação Brasileira de Desporto para Amputados (ABDA), 
com o objetivo de desenvolver o esporte de pessoas com amputação, tem sua atuação 
fortemente voltada para o futebol. Foi uma das entidades presentes na criação do 
Comitê Paraolímpico Brasileiro, em 1995, todavia, deixou de ser filiada ao CPB por não 
ter vinculação internacional e pelo fato de o futebol para pessoas com amputação não 
ser um esporte reconhecido oficialmente pelo Comitê Paraolímpico Internacional (IPC – 
International Paralympic Committee) (CONDE; SOBRINHO; SENATORE, 2006). 
A ABRAHCAR é o órgão responsável pela gerência da modalidade no Brasil, 
sendo a Federação Internacional de Handebol em Cadeira de Rodas (IWHF) criada em 
2013 para gerenciar a modalidade a nível internacional (GODOY et al., 2017). 
Em 2006, acontece a primeira Copa Oeste, no Paraná, desenvolvida pelos 
professores José Irineu Gorla, Décio Roberto Calegari e Ricardo Alexandre Carminato, 
a adaptação do handebol para cadeira de rodas contou com a participação de da 
Universidade Paranaense e da Faculdade Assis Gurgacz, UNIPAR/TOLEDO, UNIPAR/
UMUARAMA e FAG/CASCAVEL, todas vinculadas a Instituições de Ensino Superior 
(CALEGARI, 2010). 
168
O handebol de cadeira de rodas é um esporte adaptado para pessoas com 
deficiência, possuindo regras semelhantes às do handebol tradicional, a adaptação feita 
permitiu que as pessoas com deficiência pudessem ter a oportunidade de participação 
e pincipalmente de sociabilização (CALEGARI, 2010). 
A primeira dificuldade enfrentada ao iniciar as experiências práticas foi reunir 
catorze pessoas com deficiência. A primeira equipe formada da UNIPAR/TOLEDO 
só conseguiu reunir quinze pessoas com deficiência após 18 meses, o que exigiu 
improvisações e adaptações do jogo para uma quantidade menor de atletas, levando 
a criação de duas modalidades: o HCR7, com sete jogadores e que adapta as regras do 
handebol de salão; e o HCR4, com quatro jogadores que adapta as regras do handebol 
de areia (CALEGARI; GORLA; ARAÚJO, 2010).
A criação de duas modalidades também possibilitou o desenvolvimento sob 
perspectivas diferentes. 
De um lado o HCR7 beneficia a inclusão e valorização a participação do 
paratleta com pontuações baixas na classificação funcional, do outro, o HCR4 beneficia 
os paratletas com pontuação alta, dando mais flexibilidade ao jogo, tornando-o mais 
atrativo (CALEGARI; GORLA; ARAÚJO, 2010). 
Considerando a diversidade nas características de cada tipo de deficiência, os 
atletas passam pelo processo de classificação funcional, quando é avaliado o potencial 
funcional de cada atleta, por meio de avaliações físicas e técnicas da modalidade, com o 
objetivo de garantir a igualdade de condições para disputa em competição (GODOY et al., 
2017).
Em 2007, foi criada a Federação Paranaense de HCR, a partir disso o esporte 
passou a se desenvolver.Depois de competições regionais, em 2009, a ATACAR realizou, 
na cidade de Toledo/PR, o 1º Campeonato Brasileiro de HCR7 e HCR4. No mesmo ano foi 
criada a ABRHACAR (Associação Brasileira de Handebol em Cadeira de Rodas), e, logo 
após, aconteceu a primeira convocação da Seleção Brasileira de HCR.
Prezado acadêmico, a prática do desporto em questão é regida pela ABRAHACAR 
(Associação Brasileira de Handebol em Cadeira de Rodas), entidade nacional 
específica da modalidade, que, na sua organização, possui uma Comissão 
Científica que incentiva e estimula a produção científica na modalidade. Para 
saber mais, acesse o regulamento geral da Associação Brasileira de Handebol 
em Cadeira de Rodas (ABRHACAR) em: https://bit.ly/3jyPFtY.
DICA
169
FIGURA 23 – 1º CAMPEONATO MUNDIAL DE HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS
FONTE: <https://bit.ly/3M5NNWa>. Acesso em: 13 abr. 2022.
3.2 HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS COM SETE JOGADORES 
(HCR7)
As regras do handebol em cadeira de rodas referem-se principalmente às 
modificações no que se refere à cadeira de rodas, à mecânica da sua locomoção e à 
necessidade de jogar sentado. 
O handebol em cadeira de rodas, chamado de HCR7, é jogado em uma quadra 
de handebol in door, respeitando as medidas mínimas (36 m x 18 m) e máximas (40 m 
x 20 m) da quadra, com duração de dois tempos de jogo de 30 minutos cada. Sendo 
que, uma partida de HCR7 não pode iniciar com menos de sete jogadores. A baliza tem 
sua altura reduzida em 40 cm (de 2,09 m para 1,69 m), com uma placa de madeira 
posicionada e afixada no travessão, a placa pode ser encaixada e removida, preservando 
as características originais da baliza (CALEGARI; GORLA; ARAÚJO, 2010).
FIGURA 24 – QUADRA
FONTE: Calegari (2012, p. 6)
170
Cada equipe é constituída por 14 jogadores, sendo que sete podem estar em 
quadra, os demais atletas são substitutos. 
Durante o jogo, cada equipe deve ter um goleiro, porém ele pode se tornar 
um jogador de quadra a qualquer momento, o contrário também se aplica. Se uma 
das equipes ficar com menos de sete jogadores, o jogo deve ser parado, ficando sob a 
decisão do árbitro se o jogo deverá ser suspenso. Caso a partida termine empatada, a 
prorrogação será jogada com cinco minutos de intervalo após o apito. 
FIGURA 25 – BALIZA ADAPTADA PARA O HCR
FONTE: <https://bit.ly/3E8w5hX>. Acesso em: 13 abr. 2022.
 A cadeira de rodas utilizada pelos jogadores pode possuir três ou quatro rodas, 
sendo duas grandes e uma ou duas pequenas. As rodas traseiras precisam ter um 
diâmetro menor ou igual a 66 cm e um suporte para as mãos em cada uma das rodas 
para a impulsão. A altura máxima do assento não ultrapassa 53 cm do solo e o apoio 
para os pés até 11 cm do solo. O jogador poderá usar uma almofada de material flexível 
sobre o assento da cadeira, de modo que a largura e o comprimento tenham a mesma 
medida do assento da cadeira e de, no máximo, 10 cm de espessura.
 As cadeiras não podem possuir qualquer tipo de mecanismo de freio, direção 
ou pneus pretos. A parte de baixo dos apoios deve ser apropriada para evitar danos 
à superfície da quadra. O jogador poderá usar uma almofada de material flexível no 
assento da cadeira. Ela deverá ter as mesmas dimensões do assento e não poderá ter 
de 5 a 10 cm. Os jogadores podem utilizar cintas, faixas para segurar o corpo na cadeira 
e manter as pernas juntas (CALEGARI, 2012).
Os jogadores passam por uma avaliação funcional. A classificação é feita de 
acordo com as deficiências nos membros inferiores. Essa classificação é realizada 
considerando os movimentos durante as habilidades solicitadas no handebol (empurrar 
a cadeira, driblar, passar, receber, arremessar e pegar rebotes). A partir disso, é atribuída 
a cada jogador uma classificação que expressa algumas classes. 
171
Para a formação da equipe em quadra, deve ser observada a soma do total 
de pontos dos sete jogadores, sendo que o controle da pontuação do jogador é feito 
mediante um cartão de classifi cação que deve estar com o jogador durante a partida. 
Em campeonatos ofi ciais, a soma dos pontos dos sete jogadores que estiverem em 
quadra não pode exceder 18 pontos. O cartão, além de indicar a classifi cação do jogador, 
apresenta informações sobre modifi cações no assento e o uso de faixas ou aparelhos 
protéticos e ortopédicos (CALEGARI, 2012).
3.3 HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS COM QUATRO 
JOGADORES (HCR4)
O HCR4 é bastante diferente do HCR7. O HCR4 nada mais é do que a adaptação 
do handebol de areia, com adaptações de suas regras, porém praticado na quadra, 
considerando a cadeira de rodas, a locomoção e a necessidade de estar sentado durante 
o jogo. Essa modalidade é disputada por duas equipes de oito jogadores (quatro em 
quadra, quatro substitutos), sendo três jogadores de linha e um goleiro. As dimensões 
da quadra de jogo são reduzidas (28 m x 15 m), com a área do goleiro sendo delimitada 
pelo prolongamento da linha do lance livre em direção à lateral até a linha de fundo. A 
zona de substituição é restrita à área do goleiro. 
Uma partida tem duração de dois tempos de dez minutos, com intervalo de 
cinco minutos. Ao fi nal do primeiro tempo, o placar é zerado. Em caso de empate, haverá 
o acréscimo de um tempo de cinco minutos para determinar o vencedor do jogo. Caso 
permaneça o empate, será incluído mais um tempo extra até que seja feito o “gol de 
ouro”, ou seja, inicia-se o jogo e a primeira equipe que realizar um gol é vencedora do set 
ou da prorrogação. As punições continuam as mesmas, assim como os contatos entre 
os jogadores. 
No HCR4, há também o gol espetacular, que nada mais é que um gol que vale 
por dois, sendo que, para realizá-lo, o jogador precisa efetuar um giro de 360º com a 
cadeira de rodas e efetuar o arremesso ao gol. Qualquer jogador em quadra poderá 
entrar na área de gol e efetuar a defesa, desde que, haja somente um jogador dentro da 
área de gol. Caso mais de um jogador adentre a área de gol, será aplicado um tiro de sete 
metros contra a equipe infratora (CALEGARI; GORLA; ARAÚJO, 2010). 
Prezado acadêmico, vamos acompanhar uma partida do Campeonato 
Paranaense de Handebol em Cadeira de Rodas (2015), disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=gYqJlgAvez8.
DICA
172
No HCR4 há uma alteração na cobrança dos tiros de saída. As cobranças dos 
tiros de saída são realizadas pelo goleiro sem a autorização dos árbitros, dentro da área 
de gol. Na execução dos tiros livres, o jogador da equipe adversária deverá ficar a um 
metro de distância. 
No HCR4 há somente um tipo de punição prevista denominada “negativo”. 
Quando um jogador receber um negativo, deverá deixar a quadra e somente poderá 
retornar, quando a sua equipe recuperar a bola. As classificações dos atletas neste 
caso, para campeonatos oficiais, a soma dos quatro jogadores na categoria A não pode 
exceder 14 pontos e na categoria B, sete pontos (CALEGARI; GORLA; ARAÚJO, 2010).
QUADRO 4 – DIFERENÇAS ENTRE O HANDEBOL DE SETE CADEIRA DE RODAS E O HANDEBOL DE QUATRO 
CADERIAS DE RODAS
HCR7 HCR4
CAMPO 40m X 20m 28 m X 15 m
N° JOGADORES 14 (7/7) 8 (4/4)
TEMPO 2 sets de 30 min 2 sets de 10 min
PENALIDADE Tiro de 7 m Tiro de 6m
INTERVALO 10 min 4 min
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 16 pontos em quadra 14 pontos em quadra
EMPATE Prorrogação Gol de ouro
FONTE: Os autores
Um jogador, individualmente, pode receber somente uma advertência, 
e os jogadores de uma equipe recebem até três advertências no total. 
Após as três advertências sancionadas, por meio de cartões amarelos, a 
punição deveria ser pelo menos uma exclusão por dois minutos.
IMPORTANTE
Prezado acadêmico, leia as “Regras do jogo de handebol em cadeira de rodas”, 
escritas por Décio Roberto Calegari, para maiores esclarecimentos a respeito 
dos regulamentos e regras gerais. Disponível em: https://bit.ly/3OjACmh.
IMPORTANTE
173
Acadêmico, no Tópico 1 falamos sobre o princípio da reversibilidade. Para 
entender um pouco de como funciona este processo, leia o artigo intitulado “Efeito de um 
período de destreinamentosobre variáveis neuromusculares em atletas de handebol”, 
de Vagner de Lima Oliveira e colaboradores, disponível em nossa Leitura Complementar.
 
174
EFEITO DE UM PERÍODO DE DESTREINAMENTO SOBRE VARIÁVEIS 
NEUROMUSCULARES EM ATLETAS DE HANDEBOL
Vagner de Lima
Gerson dos Santos Leite
 Richard Diego Leite
Cláudio de Oliveira Assumpção
Guilherme Borges Pereira
 João Bartholomeu Neto
Jonato Prestes
INTRODUÇÃO
 
A estruturação de um plano de treinamento se torna cada vez mais necessária 
para o desenvolvimento adequado das capacidades físicas inerentes às modalidades 
esportivas. O sistema tradicional proposto por Matveev, com longos períodos de 
preparação geral, não se enquadra mais na dinâmica de modalidades, como o futebol e o 
handebol, no que tange aos parâmetros do calendário competitivo (diversas competições 
anuais e algumas concomitantes), especificidade, tempo reduzido de preparação geral 
e curto tempo entre temporadas competitivas. Esse conceito de treinamento foi bem 
desenvolvido e aplicado na extinta União Soviética (URSS), na qual os objetivos esportivos 
estavam vinculados aos interesses políticos do país e o tempo de preparação para as 
competições era longo. Para direcionar um trabalho de preparação física adequado para 
jogadores de handebol, faz-se necessário compreender as principais características 
do esforço realizado em uma partida. Eleno classifica os esforços no handebol como 
intermitentes, ou seja, ora o jogo está em alta intensidade, ora em baixa ou moderada. 
Durante a partida, o organismo se utiliza das três vias energéticas: via anaeróbica lática; 
anaeróbica alática; e aeróbica. As duas últimas são as mais mobilizadas em uma partida. 
Dessa forma, o treinamento das capacidades físicas é orientado pelo aporte 
energético, similar ao de uma partida, a partir de situações próximas aos reais do jogo, 
para melhor adaptação do sistema energético do organismo, respeitando as fases do 
treinamento proposto. A construção de uma base aeróbica é determinante, visto que 
o deslocamento em intensidade média se dá acima de 55% dos deslocamentos totais 
da partida, que nessa categoria se distribui em dois tempos de 30 min corridos. Isso 
se deve ao tempo utilizado em organizações de jogadas no ataque, substituições de 
atletas, reorganização da defesa e outros. A intensidade baixa está mais relacionada ao 
tempo de bola fora de jogo, atendimento a atletas, secagem de quadra e outros.
LEITURA
COMPLEMENTAR
175
Os deslocamentos em máxima intensidade mostram uma forte tendência 
à organização de um trabalho de força explosiva (trabalhos de curta duração com 
velocidade máxima) e com recuperação ativa. Modelos para a construção das capacidades 
biomotoras em atletas, a partir de uma estruturação das cargas do treinamento em 
esportes coletivos, vêm sendo estudado e aplicado em recentes estudos, mas pouco 
se sabe do comportamento dessas qualidades em períodos de destreinamento, ou 
seja, períodos entre temporadas ou férias, de acordo com a modalidade. Em pesquisa 
bibliográfica, nenhum artigo nacional sobre o período de destreinamento para o handebol 
foi encontrado. Compreender o comportamento dessas variáveis analisadas poderá 
auxiliar na modulação dos períodos de férias/destreino, buscando minimizar as perdas 
entre temporadas e maximizar a recuperação dos atletas. Neste sentido, o objetivo deste 
trabalho foi avaliar os efeitos de 40 dias de destreinamento sobre variáveis de força 
máxima, força explosiva e velocidade, em jovens atletas de handebol do sexo feminino.
MATERIAIS E MÉTODOS
Sujeitos
 
Foram selecionadas sete atletas de handebol do sexo feminino, todas com 
experiência competitiva superior a cinco anos em nível estadual, com idade entre 17 
e 20 anos, da categoria Sub-21. Todas as atletas foram submetidas ao treinamento de 
resistência de força na sala de musculação, treinamento de força específico em quadra 
e exercícios proprioceptivos. 
Treinamento
Foi aplicado um macrociclo de 19 semanas, divididos em quatro etapas, nas 
quais se realizou trabalho de resistência de força (RML, força máxima e força explosiva, 
método complexo para membros inferiores e superiores), velocidade, agilidade e 
trabalhos táticos e técnicos. O trabalho de musculação foi realizado em três sessões 
semanais, com intervalo de 48 h entre cada uma delas. 
O treinamento de força especial foi desenvolvido na quadra, onde também foram 
desenvolvidos os treinamentos de velocidade, aceleração, agilidade e propriocepção. 
Periodicamente foram feitos testes de carga (a cada mudança de fase) para melhor 
ajuste, e testes controles das variáveis analisadas no estudo. 
As atletas foram avaliadas 48 h a partir do último jogo do ano e reavaliadas 40 
dias após a interrupção das sessões de treinamento (período de destreinamento). Os 
treinos eram diários, um período por dia, cinco dias por semana, com carga horária total 
entre 17 h e 20 h semanais.
Etapa A – Microciclo regenerativo (duas semanas) – realizado após o período intenso 
de competição dos Jogos Regionais; microciclo de resistência (duas semanas) – 
treinamento de base com cargas de 45% a 50% de uma repetição máxima (1 RM).
176
Etapa B – Microciclo de hipertrofi a (cinco semanas) – o objetivo principal foi o aumento 
de intensidade, resultando numa melhora na resistência de força e trabalho de força 
especial em quadra. As cargas foram entre 70% e 75% de 1 RM.
Etapa C – Microciclo de força e potência (quatro semanas) – o foco dessa fase foi 
na melhora da força máxima e força explosiva. Nesse momento, o trabalho realizado 
foi bem variado, visto que o calendário de jogos de campeonato se sobrepunha aos 
treinamentos, fazendo com que o treinamento fosse adaptado semanalmente. De 
forma geral, nessas quatro semanas foram realizadas duas sessões de força máxima e 
uma de força explosiva.
Etapa D – Microciclo de manutenção de força explosiva, força máxima e recuperação 
ativa - duas sessões de força explosiva para uma de força máxima. A maior parte dos 
treinamentos de força explosiva foi desenvolvida em quadra, visando uma transferência 
direta das capacidades. As cargas nos treinamentos de força máxima ficaram em 85% de 
1 RM. Para os exercícios de potência foi utilizado 35% a 65% de 1 RM e os recuperativos em 
torno de 25% de 1 RM. Vale ressaltar que na etapa A, as atletas não tiveram nenhum jogo 
de campeonato. Na etapa B foram disputados os Jogos Abertos do Interior. Nas etapas 
C e D o volume de jogos de campeonato aumentou consideravelmente, principalmente 
na etapa D.
Treinamento de Quadra (força especial) – foram aplicados treinos de agilidade, 
velocidade, mudanças de direção e aceleração, visando a transferência de capacidades 
físicas, com três a cinco sessões semanais aplicadas de forma crescente. Nesses treinos 
utilizou-se o método de cargas complexas, tanto para membros inferiores quanto para 
superiores, associados às capacidades físicas anteriores. Exemplos: agachamento (três 
repetições – 85% 1 RM) seguido de corrida em alta velocidade por 20 m; ou lançamento 
de três medicineball (2 kg) contra a parede, seguido de cinco arremessos com a bola 
de jogo, com a maior força possível. Resistência abdominal por um tempo de 30 s, as 
atletas realizaram a flexão do quadril com as pernas semiflexionadas e ligeiramente 
afastadas. Os dedos ficavam entrelaçados atrás da cabeça e a contagem foi feita a 
cada toque dos cotovelos com a coxa/joelho. Os procedimentos realizados seguiram as 
descrições de Aahper.
Teste de força máxima dinâmica (1 RM) – Foram selecionados quatro exercícios 
(meio agachamento até 90º, supino reto, rosca direta e remada alta) sendo realizados 
dois em cada dia, com intervalo de 48 h para evitar influências na determinação das 
cargas máximas. Após o aquecimento geral (corrida leve de 10 min em esteira rolante), 
os indivíduos executaram uma série de aquecimento específico de oito repetições a 
aproximadamente 50% de 1 RM estimado (de acordo com a carga que as participantes 
realizavamantes do início do estudo), seguida por outra série de três repetições a 70% de 
1 RM estimado. Os levantamentos subsequentes foram repetições simples com cargas 
progressivamente mais pesadas. Repetiu-se o teste até que a 1 RM fosse determinada. O 
intervalo de descanso entre as séries foi de três minutos e o número de tentativas para 
determinação da carga máxima foi de três, seguindo as descrições de Matuszak et al.
177
Teste de 20 m – Espaço utilizado foi a quadra de treinamentos e jogos. As atletas 
largaram a partir dos comandos “prepara” e “vai”, juntamente com o acionamento do 
braço na posição de cima para baixo, como forma de auxílio visual. A cronometragem 
do tempo foi feita manualmente pelo mesmo avaliador, com o auxílio de um cronômetro 
(Timex®, Brasil). Este teste foi adaptado de Moreira.
Salto horizontal (SH) – A trena foi fixada ao solo numa distância de 3,5 m. A saída era 
atrás de uma linha da própria quadra, onde a ponta do tênis se posicionava ligeiramente 
anterior a ela. A atleta deveria alcançar a maior distância e manter o equilíbrio na 
chegada, como descrito por Johnson e Nelson.
Alcance máximo de salto vertical contra movimento (SV) – O SV era iniciado com 
o corpo em posição ereta, braços ao longo do corpo e pés totalmente apoiados no solo. 
A partir de uma semiflexão do joelho, a atleta realizou uma rápida transição de fase 
excêntrica/concêntrica, com balanço dos braços, e saltou o mais verticalmente possível, 
tendo a ponta dos dedos marcadas por carbonato de magnésio tocando a parede na 
maior altura alcançada, que posteriormente foi determinada e representava o SV 6.
Arremesso de medicineball com uma das mãos (AMB) – A atleta arremessou a bola 
(2 kg) de forma mais similar com um arremesso do handebol (com o cotovelo na linha ou 
superior ao ombro), no qual era permitido a rotação do tronco. A bola foi marcada com 
carbonato de magnésio e se aferiu a menor distância da marca da bola no solo e a linha de 
partida, que era medial entre os pés da atleta. Este teste foi adaptado para realização com 
uma mão, porém os procedimentos básicos seguiram as descrições de Johnson e Nelson.
FONTE: Adaptada de OLIVEIRA, V. L. et al. Efeito de um período de destreinamento sobre variáveis 
neuromusculares em atletas de handebol. Fit. Perf. J., La Rioja, v. 8, n. 2, p. 96-102, mar./abr. 2009. 
Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2958724. Acesso em: 13 abr. 2022.
178
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O handebol sofreu algumas adaptações em virtude de mudanças culturais e sociais, 
o que acabou por criar variações do esporte tradicional, resultando em novas 
modalidades esportivas como o handebol de praia e o handebol em cadeira de rodas.
• O handebol de praia tem origem nos anos 1980, com a adaptação do handebol 
convencional em praias ao redor do mundo, como no Brasil, Itália, Holanda e França.
• As regras do handebol de praia são similares às do handebol de quadra, com exceção 
do tamanho da quadra e da quantidade de jogadores serem menores, movimentações 
alternativas e a presença dos gols espetaculares que somam mais pontos.
• O esporte para pessoas com deficiência surgiu mais fortemente, em 1945, no hospital 
Stoke Mandeville, por meio da reabilitação de pessoas com deficiência. Apesar disso, 
somente em 2013 foi criada a Federação Internacional de Handebol em Cadeira de 
Rodas (IWHF).
• No handebol em cadeira de rodas existem duas categorias reconhecidas, a HCR7, 
na qual o campo, número de jogadores e tempo são maiores, e a forma reduzida é 
denominada de HCR4.
179
1 O handebol de quadra, assim como outros esportes como o futsal e vôlei, começou 
a ser praticado em praias e ambientes similares em diferentes continentes. Como 
todo esporte novo, o qual não tem ainda uma federação internacional para agenciar e 
regulamentar as regras, inúmeras variações do handebol de praia foram criadas pelo 
mundo com regras não oficiais, como o “sandball” e o “handball on the beach”. Quais 
foram os países mais famosos a praticar o handebol de praia antes de sua oficialização?
a) ( ) México, Itália, Brasil e França. 
b) ( ) Holanda, Brasil, Itália e França.
c) ( ) Holanda, Brasil, México e França.
d) ( ) Holanda, Espanha, Itália e França.
2 Assim como no handebol tradicional de quadra, os gols são marcados quando a bola 
transpassa a linha do gol, contudo uma nova pontuação foi inserida no handebol de 
praia. Alguns desses gols, os quais são marcados por jogadores de linha ao realizarem 
arremessos girando no ar, gols de goleiro ou um gol realizado após um tiro de seis 
metros valem um ponto extra, ou seja, dois pontos. Como são chamados esses gols?
a) ( ) Fenomenais. 
b) ( ) Estupendos.
c) ( ) Sensacionais.
d) ( ) Espetaculares.
3 Assim como no handebol de quadra, temos um tiro livre direto que se assemelha ao 
pênalti. De que linha esse arremesso é realizado?
a) ( ) Linha dos seis metros.
b) ( ) Linha dos sete metros.
c) ( ) Linha dos oito metros.
d) ( ) Linha dos nove metros.
4 O handebol em cadeira de rodas é um dos paradesportos mais praticados a nível 
nacional, e, assim como o handebol de quadra, possui regras e particularidades. 
Disserte sobre essas regras e peculiaridades.
5 Assim como o handebol de praia é uma variação do handebol de quadra, existe uma 
variação do handebol em cadeira de rodas denominada HCR4. Disserte sobre essa 
modalidade.
AUTOATIVIDADE
180
REFERÊNCIAS
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