Prévia do material em texto
<p>Revisão para prova bimestral</p><p>Direito Civil</p><p> Responsabilidade dos pais pelos filhos;</p><p>Os pais respondem pelos atos ilícitos praticados pelos filhos menores que estiverem sobre</p><p>autoridade e em sua companhia (art. 932, I), ainda que estes não tenham discernimento. A</p><p>responsabilidade paterna independe de culpa (art. 933). A única hipótese que haverá</p><p>responsabilidade solidaria do menor de 18 anos com seus pais é se tiver sido emancipado com</p><p>aos 16 anos de idade. Fora dessa situação, a responsabilidade será exclusivamente dos pais, ou</p><p>exclusivamente do filho (art. 928). Segundo o art. 934 “aquele que ressarcir o dano causado por</p><p>outrem podem reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano</p><p>for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz”, ou seja, os pais não podem pedir ação</p><p>regressiva contra os filhos.</p><p> Responsabilidade pelo inadimplemento contratual;</p><p>Uma pessoa pode causar prejuízo a outrem por descumprir uma obrigação contratual. Por</p><p>exemplo: quem toma um ônibus tacitamente celebra um contrato, chamado contrato de adesão,</p><p>com a empresa de transporte. Esta, implicitamente, assume a obrigação de conduzir o passageiro</p><p>ao seu destino, são e salvo. Se, no trajeto, ocorre um acidente e o passageiro fica ferido, dá-se o</p><p>inadimplemento contratual, que acarreta a responsabilidade de indenizar as perdas e danos, nos</p><p>termos do art. 389 do C/C.</p><p>O dano moral, salvo casos especiais, como o de inadimplemento contratual, por exemplo, em que</p><p>se faz mister a prova da perturbação da esfera anímica do lesado, dispensa prova em concreto,</p><p>pois se passa no interior da personalidade e existe in re ipsa.</p><p> Incidência da correção monetária por responsabilidade extracontratual.</p><p>A incidência monetária na responsabilidade extracontratual começa a contar a partir do momento</p><p>que acontece o dano. Na responsabilidade contratual é a partir de quando acontece o</p><p>inadimplemento contratual.</p><p> Teoria do risco e do risco integral.</p><p>Em busca da fundamentação para o estudo da responsabilidade objetiva, criaram a teoria do risco,</p><p>que compreende que, se alguém exerce uma atividade criadora de perigos especiais, deve</p><p>responder pelos danos que ocasionar a outrem. Risco integral: além dos casos acima mencionados,</p><p>encontramos a teoria do risco integral, considerada uma modalidade extremada da teoria do risco,</p><p>onde o agente se obriga a reparar o dano causado até quando inexiste o nexo causal, ou seja, o</p><p>dever de indenizar surge tão-somente em face do dano, ainda que oriundo de culpa exclusiva da</p><p>vítima, fato de terceiro, caso fortuito ou força maior.</p><p> Art. 935 e art. 943</p><p>Art. 935- A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais</p><p>sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem</p><p>decididas no juízo criminal.</p><p>O artigo 943 esclarece que a obrigação de indenizar não se inclui no rol de obrigações</p><p>personalíssimas. Assim, falecido o autor do dano, os seus herdeiros passam a ser responsáveis</p><p>pela indenização da vítima. Da mesma forma, falecida a vítima, transmite-se aos seus herdeiros o</p><p>direito à indenização.</p><p> Arts. 186, 187 e 188</p><p>Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito</p><p>e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.</p><p>Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede</p><p>manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons</p><p>costumes.</p><p>Art. 188. Não constituem atos ilícitos:</p><p>I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;</p><p>II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo</p><p>iminente.</p><p>Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o</p><p>tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção</p><p>do perigo.</p><p> Responsabilidade das empresas por produtos e serviços</p><p>Dispõe o art. 931 do Código Civil: “Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os</p><p>empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos</p><p>causados pelos produtos postos em circulação”. A expressão “independentemente de culpa”</p><p>evidencia ter o Código estabelecido nesse dispositivo mais uma cláusula geral de</p><p>responsabilidade objetiva, acentuando ainda mais a sua indiscutível opção objetivista para</p><p>melhor resolver a problemática dos acidentes de consumo.</p><p>I- Não é considerado fornecedor quem celebra um contrato de compra e venda, mas</p><p>quem exerce habitualmente a atividade de comprar e vender. O diploma</p><p>consumerista consagrou a responsabilidade objetiva do fornecedor, estendendo-a,</p><p>solidariamente, a todos os que compõem o elo básico na colocação de produtos no</p><p>mercado, quando autores da ofensa;</p><p>II- Duas são as espécies de responsabilidade civil reguladas pelo CDC, ambas de</p><p>natureza objetiva: responsabilidade pelo fato do produto e do serviço;</p><p>responsabilidade por vícios do produto ou do serviço. A primeira é derivada de</p><p>danos do produto ou serviços, também chamados de acidentes de consumo</p><p>(extrínsecas). A segunda, relativa ao vício do produto ou serviço (intrínseca), tem</p><p>sistema assemelhado ao dos vícios redibitórios, ou seja, quando o defeito torna a</p><p>coisa imprópria ou inadequada para o uso que se destina, há o dever de indenizar.</p><p>III- A exoneração da responsabilidade depende de prova, a ser produzida pelo</p><p>acionado, de não ter colocado o produto no mercado, ou de inexistência do defeito</p><p>ou de ruptura do nexo causal (culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força</p><p>maior).</p><p> Responsabilidade do Estado sobre seus agentes</p><p>A responsabilidade é objetiva, sob a modalidade do risco administrativo. A vítima não precisa</p><p>provar a culpa do agente público. Basta a prova do dano e do nexo de causalidade. Mas admite-</p><p>se a inversão do ônus da prova.</p><p>O Estado exonerar-se-á da obrigação de indenizar se provar culpa exclusiva da vítima, força maior</p><p>ou fato de terceiro. Em caso de culpa concorrente da vítima, a indenização será reduzida pela</p><p>metade. A responsabilidade objetiva foi estendida às pessoas jurídicas de direito privado</p><p>prestadoras de serviços públicos. A responsabilidade destas é subsidiária.</p><p>Não é indispensável a verificação da ocorrência de culpa dos juízes e funcionários para que se</p><p>caracterize a responsabilidade do Estado. Basta que o serviço se revele falho. Quando o juiz ou</p><p>tribunal desempenha funções administrativas, a responsabilidade do Estado não difere da dos atos</p><p>da Administração Pública. O juiz só pode ser pessoalmente responsabilizado se houver dolo ou</p><p>fraude de sua parte e, ainda, quando, sem justo motivo, recusar, omitir ou retardar medidas que</p><p>deve ordenar de ofício ou a requerimento da parte.</p><p>Se a lei inconstitucional acarreta dano aos particulares, caberá a responsabilidade do Estado, desde</p><p>que a inconstitucionalidade tenha sido declarada pelo Judiciário. Tem sido reconhecida a</p><p>responsabilidade ressarcitória do Estado, por lei constitucionalmente perfeita, quando causa dano</p><p>injusto aos particulares.</p><p> Art. 944 e 929</p><p>Art. 944- A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva</p><p>desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a</p><p>indenização.</p><p>Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem</p><p>culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização.</p><p> Responsabilidade civil por uso de imagem sem autorização</p><p>O direito à própria imagem integra o rol dos direitos da personalidade (CC, art. 11 a 21). A CF</p><p>declara invioláveis a “intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o</p><p>direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” (art.</p><p>5º, X). E o</p><p>inc. V do mesmo dispositivo assegura “o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da</p><p>indenização por dano material, moral ou à imagem”.</p><p> Art. 932, 950 e 928</p><p>Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:</p><p>I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;</p><p>II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;</p><p>III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do</p><p>trabalho que lhes competir, ou em razão dele;</p><p>IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro,</p><p>mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;</p><p>V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.</p><p>Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou</p><p>profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do</p><p>tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à</p><p>importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.</p><p>Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga</p><p>de uma só vez.</p><p>Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não</p><p>tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.</p><p> Responsabilidade dos médicos</p><p>*Responsabilidade subjetiva *</p><p>•A obrigação que os médicos assumem é uma obrigação de “meio”, e não de “resultado”. O objeto</p><p>do contrato médico não é a cura, obrigação de resultado, mas a prestação de cuidados</p><p>conscienciosos, atentos, e, salvo circunstâncias excepcionais, de acordo com as aquisições da</p><p>ciência. Compromete-se a tratar o cliente com zelo, utilizando-se dos recursos adequados, não se</p><p>obrigando, contudo, a curar o doente. Serão os médicos, pois, civilmente quando ficar provado</p><p>qualquer modalidade de culpa: imprudência negligência ou imperícia. Ao prejudicado incube a</p><p>prova de que o profissional agiu com culpa, a teor do estatuído nos art. 951 do Código Civil e 14,</p><p>parágrafo 4° do Código do Consumidor. Permite este ao juiz inverter o ônus da prova em favor</p><p>do consumidor, dada a sua hipossuficiência.</p><p>•Os cirurgiões plásticos, Todavia, assume a obrigação de resultado quando o trabalhador é de</p><p>natureza estética.</p><p>• O médico responde não só por fato próprio, como pode responder por fato danoso praticada por</p><p>terceiros que estejam diretamente sobre suas ordens.</p><p>Responsabilidade dos hospitais e laboratórios</p><p>•Se o médico tem vínculo empregatício com hospital, integrando sua equipe médica, responde</p><p>objetivamente a casa de Saúde, como prestadora de serviços (cdc, art. 14, caput). No entanto, se</p><p>o profissional apenas utilizo hospital para internar seus pacientes particulares, responde</p><p>exclusivamente por seus erros, a pasta da responsabilidade do estabelecimento.</p><p>• É preciso primeiro provar a culpa do médico, para somente depois se ter como presumida a</p><p>responsabilidade do hospital.</p><p>• Estão também sujeito a disciplina do referido código, com responsabilidade objetiva de</p><p>resultado, usar moratório de análises clínicas, bancos de sangue e centros de exame radiológico</p><p>como prestadores de serviço. Não se tem, todavia, admitindo a denunciação da lide ao</p><p>estabelecimento hospitalar.</p><p> Responsabilidade dos advogados</p><p>Responsabilidade Subjetiva *: O § 4° do art. 14 do CDC preceitua: “A responsabilidade pessoal</p><p>dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa". A responsabilidade do</p><p>advogado é puramente contratual. Assume ele obrigação de meio, e não de resultado. O advogado</p><p>responde pelos erros de fato e de direito cometidos no desempenho do mandato. Quanto aos</p><p>últimos, é necessário que o erro em si se revista de gravidade para conduzir à responsabilidade do</p><p>advogado.</p><p>*Perda de uma chance *: A conduta omissiva do profissional, como a perda de prazo, pode</p><p>representar, para o cliente, a perda de uma chance de se obter, no Judiciário, o reconhecimento e</p><p>a satisfação integra ou completa de seus direitos. Tal perda é indenizável. Para a valoração da</p><p>chance perdida, deve-se partir da premissa inicial de que a chance, no momento de sua perda, tem</p><p>um valor que, mesmo sendo de difícil determinação, é incontestável. É o valor econômico dessa</p><p>chance que deve ser indenizado.</p><p>*Inviolabilidade profissional *: Preceitua o art. 7°, § 2°, do Estatuto da OAB que “o advogado</p><p>tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer</p><p>manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das</p><p>sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer". Não pode o causídico, pois,</p><p>extrapolar os limites da lei, nem utilizar expressões injuriosas, de caráter pessoal.</p><p>QUESTÕES DISCURSIVAS</p><p>-Prazo de prescrição da responsabilidade contratual e extracontratual</p><p>-Elementos que compõe a responsabilidade civil</p><p>-Art. 942 CC</p><p>-PRAZO DE PRESCRIÇÃO DA RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL</p><p>Nas controvérsias relacionadas à responsabilidade contratual, aplica-se a regra geral</p><p>(art. 205 CC/02) que prevê dez anos de prazo prescricional e, quando se tratar de</p><p>responsabilidade extracontratual, aplica-se o disposto no art. 206, § 3º, V, do CC/02,</p><p>com prazo de três anos.</p><p>-ELEMENTOS QUE COMPÕE A RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>CONDUTA: Deverá haver sempre um comportamento humano:</p><p> A conduta deve ser uma ação ou omissão</p><p> A conduta deve ser voluntária e imputável:</p><p>Voluntária, pois pode ser controlada pelo agente</p><p>Imputável, pois é atribuída a alguém a responsabilidade por alguma coisa,</p><p>capacidade para poder responder pelas consequências de uma conduta</p><p>contrária a um dever originário.</p><p>DANO: Pode ser moral ou material (o dano é essencial para haver responsabilidade)</p><p> Moral: se trata da honra, da imagem, uma lesão aos bens imóveis denominados</p><p>bens de personalidade.</p><p> Material: afeta o patrimônio do ofendido, sofrendo estas perdas ou danos em</p><p>seus bens. Abrange os lucros cessantes.</p><p>* O dano pode ser, também, reflexo, ou seja, uma pessoa sofrer um dano por outra ter</p><p>sofrido.</p><p>Ex: Deixar de receber pensão alimentícia por invalidade da pessoa, esta decorrente de</p><p>ato ilícito praticado por outrem.</p><p>NEXO DE CAUSALIDADE: É a relação de causa e efeito referente a conduta praticada pelo</p><p>agente e o dano sofrido pela vítima.</p><p>* Tem solidariedade entre todos os que concorrem para o resultado danoso.</p><p>Excluem o nexo causal:</p><p> Culpa exclusiva da vítima</p><p> Culpa de terceiro</p><p> Caso fortuito ou força maior</p><p> Cláusula de não indenizar</p><p> Excludentes de ilicitude</p><p> Estado de necessidade</p><p> Legítima defesa</p><p></p><p>CULPA: É a inexecução de um dever que o agente podia conhecer e observar.</p><p>Comportamentos contrários ao direito, não importando a intenção do agente, as sendo</p><p>imputáveis ao causador do dano.</p><p>Modalidades de culpa:</p><p> Lato sensu (DOLO): pleno conhecimento do mal e perfeita intenção de praticá-</p><p>lo.</p><p> Stricto sensu (improvidência do agente): imprudência, negligência e imperícia</p><p>IMPRUDÊNCIA: comportamento de precipitação, de falta de cuidado, agir sem a</p><p>cautela necessária.</p><p>NEGLIGÊNCIA: falta de atenção, ausência de reflexão necessária, descuido, deixa</p><p>de tomar uma atitude que era esperada para a situação.</p><p>IMPERÍCIA: Inaptidão técnica, ausência de conhecimento para a prática de um</p><p>ato, ou omissão a providência que se fazia necessária. Inaptidão técnica.</p><p>-ART. 942 CC</p><p>RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA</p><p>Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam</p><p>sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos</p><p>responderão solidariamente pela reparação.</p><p>Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores</p><p>os co-autores e as</p><p>pessoas designadas no art. 932.</p><p>RESPONSABILIDADE CIVIL PELO FATO DE TERCEIRO OU INDIRETA</p><p>Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:</p><p>I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua</p><p>companhia;</p><p>II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas</p><p>condições;</p><p>III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no</p><p>exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;</p><p>IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue</p><p>por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e</p><p>educandos;</p><p>V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a</p><p>concorrente quantia.</p><p>EXPLICAÇÃO:</p><p>RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA</p><p>Responsabilidade solidária - havendo pluralidade de devedores, o credor pode cobrar o</p><p>total da dívida de todos ou apenas do que achar que tem mais probabilidade de quitá-</p><p>la. A dívida não precisa ser cobrada em partes iguais para cada um. Todos os devedores</p><p>são responsáveis pela totalidade da obrigação. O devedor que pagar o total deve</p><p>receber dos demais a parte que pagou por eles. Esse tipo de responsabilidade não pode</p><p>ser presumido, suas hipóteses estão previstas em lei, ou podem ser pactuadas entre as</p><p>partes em contratos ou outros tipos de negociações.</p><p>Quando uma pessoa física ou jurídica foi, por exemplo, autora de uma ação ou omissão</p><p>em conjunto com outra pessoa física ou jurídica que ocasionou lesão ou ameaça de lesão</p><p>a outra pessoa física ou jurídica, estamos diante do instituto da responsabilidade</p><p>solidária.</p><p>RESPONSABILIDADE CIVIL PELO FATO DE TERCEIRO OU INDIRETA</p><p>Como regra a responsabilidade civil é imposta ao autor da ação, vale dizer, imputada ao</p><p>agente causador direto do dano, aquele que com sua conduta causou danos a outrem,</p><p>aquele que praticou a conduta causadora do dano.</p><p>Mas a lei cria situações em que alguém estando sob a esfera jurídica de outrem, de um</p><p>terceiro, faça com que esse terceiro responda pelos atos praticados.</p><p>A responsabilidade civil por FATO DE TERCEIRO, irá ocorrer quando alguém é convocado</p><p>pela lei, e exclusivamente por ela para responder por uma conduta que ele mesmo não</p><p>concorreu ou adotou, conduta esta que causou dano a outrem.</p><p>A responsabilidade civil por fato de terceiro, ou responsabilidade civil indireta, somente</p><p>pode se dar nas causas expressas na lei, sendo, portanto uma interpretação restritiva. A</p><p>regra geral em responsabilidade civil é a do princípio da personalidade da culpa, porém,</p><p>a responsabilidade indireta por fato de outrem, não afasta o referido princípio, mas,</p><p>apenas convoca o terceiro para que aquele responda pelo dano, conforme se infere do</p><p>art. 932 do CC. que diz: “são também responsáveis”.</p><p>O terceiro de fato, é “legalmente considerado em culpa, pelo dano em razão da</p><p>imprudência ou negligência expressa na falta de vigilância sobre o agente do dano”</p><p></p>