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<p>IMPACTOS DA EXPOSIÇÃO A TELAS NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM INFANTIL</p><p>¹ Witerlane Railane dos Santos; ² Andreza Paula Santos Pereira Francelino;</p><p>3 Danielle Pereira de Lima</p><p>¹ Centro Universitário Maurício de Nassau/ UNINASSAU, Pernambuco, Brasil; ² Centro Universitário Maurício de Nassau/ UNINASSAU, Pernambuco, Brasil; 3 Mestranda em Saúde da Comunicação Humana, Universidade Federal de Pernambuco UFPE, Pernambuco, Brasil.</p><p>Eixo Temático: Pediatria/Neonatologia</p><p>INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, o aumento da exposição a dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets e televisões, tem gerado preocupações acerca dos potenciais efeitos no desenvolvimento infantil, especialmente no que tange à linguagem. Os primeiros cinco anos de vida são essenciais para o desenvolvimento da comunicação, pois nesse período a criança adquire habilidades fundamentais para a fala e a interação social (BRASIL, 2021). O uso excessivo de telas, no entanto, pode prejudicar esse progresso, ao diminuir as interações verbais e sociais necessárias para a aprendizagem da linguagem (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2019). OBJETIVO: O objetivo deste estudo é analisar os efeitos da exposição precoce e prolongada a dispositivos eletrônicos no desenvolvimento da linguagem infantil. MÉTODOS: Essa pesquisa é uma revisão da bibliografia. Foram escolhidos 8 artigos publicados entre 2019 e 2024 nas plataformas PubMed, SciELO e LILACS. Os critérios de inclusão consideraram estudos que investigaram diretamente a ligação entre o tempo gasto em frente às telas e o progresso da linguagem em crianças com até cinco anos de idade. Foram aceitos artigos em português, inglês e espanhol. Pesquisas que não tratavam especificamente do desenvolvimento da linguagem ou que focavam em outras áreas, como coordenação motora, foram excluídas da revisão. Os dados foram analisados por meio de uma síntese temática. RESULTADOS: Os estudos revisados indicam que o excesso de exposição a telas nos primeiros anos de vida está diretamente relacionado com atrasos no desenvolvimento da linguagem. Crianças que passam mais de duas horas diárias diante de dispositivos eletrônicos têm maior probabilidade de enfrentar dificuldades na comunicação verbal, como apontado por Madigan et al. (2019). A falta de interação social durante o uso desses dispositivos foi identificada como um dos principais fatores para esses atrasos (Sosa, 2016). Por outro lado, alguns estudos sugerem que o uso moderado e supervisionado de tecnologias educacionais, com a participação dos pais, pode mitigar os efeitos negativos e, inclusive, promover o desenvolvimento linguístico por meio de atividades interativas (Roseberry; Hirsh-Pasek; Golinkoff, 2014). A American Academy of Pediatrics (2016) também recomenda que a exposição a telas seja limitada para crianças pequenas, e que o conteúdo visualizado seja supervisionado de forma a garantir seu caráter educativo. CONCLUSÃO: A pesquisa de literatura comprova que o excesso de exposição sem supervisão a telas nos primeiros anos de vida pode impactar de forma negativa no progresso da linguagem das crianças. A falta de interações sociais e estímulos linguísticos apropriados são as principais causas dos atrasos observados. Para diminuir esses impactos, é fundamental que os pais e responsáveis estabeleçam limites claros em relação ao tempo de tela e incentivem conversas verbais e atividades que promovam o desenvolvimento da fala. Ademais, a supervisão adequada do conteúdo visualizado pode transformar a tecnologia em uma ferramenta benéfica, desde que seja utilizada com moderação e com propósitos educacionais.</p><p>Palavras-chave: Desenvolvimento infantil, linguagem, exposição a telas.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Media Use in Children Younger Than 2 Years. 2016. Disponível em: https://pediatrics.aappublications.org/content/early/2016/10/17/peds.2016-2591. Acesso em: 13 set. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Uso de telas por crianças menores de cinco anos: recomendações para pais e responsáveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.</p><p>LIN, L. Y. et al. Exposição a telas em crianças e sua associação com Transtorno do Espectro Autista. Jornal Brasileiro de Pediatria, v. 174, n. 11, p. 1-9, 2020.</p><p>MADIGAN, S. et al. Associação entre tempo de tela e o desempenho infantil em testes de triagem de desenvolvimento. Revista Paulista de Pediatria, v. 37, n. 3, p. 244-250, 2019.</p><p>ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Diretrizes sobre atividade física, comportamento sedentário e sono para crianças menores de 5 anos. Genebra: OMS, 2019.</p><p>ROSEBERRY, S.; HIRSH-PASEK, K.; GOLINKOFF, R. M. Interações sociais ajudam bebês a aprenderem linguagem por meio de vídeo-chamadas. Revista Brasileira de Desenvolvimento Infantil, v. 85, n. 3, p. 956-970, 2014.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Manual de Orientação: Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital. Rio de Janeiro: SBP, 2020.</p><p>SOSA, A. V. Associação entre o tipo de brinquedo usado durante a brincadeira e a qualidade e quantidade de comunicação entre pais e bebês. Jornal de Pediatria, v. 92, n. 2, p. 132-137, 2016.</p>

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