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<p>CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM</p><p>ESTUDO DE CASO: AVE ISQUÊMICO</p><p>2024</p><p>ESTUDO DE CASO: AVE ISQUÊMICO</p><p>2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO 5</p><p>2 INDENTIFICAÇÃO 6</p><p>3 ANAMNESE 6</p><p>4 INFORMAÇÕES SOBRE DOENÇA E TRATAMENTO 7</p><p>4.1 QUEIXA PRINCIPAL</p><p>5 HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL</p><p>5.1 HISÓRIA PREGRESSA</p><p>5.2 TRATAMENTOS ANTERIORES</p><p>5.3 FATORES DE RISCO</p><p>5.4 ANTECEDENTES FAMILIARES</p><p>6 HÁBITOS</p><p>6.1 CONDIÇÕES MORADIA</p><p>7 ELIMINAÇÕES</p><p>7.1 VESICAL</p><p>7.2 INTESTINAL</p><p>8 EXAME FISICO COMPLETO</p><p>9 MEDICAÇÃO PRESCRITA</p><p>9.1 FENITOÍNA 100MG</p><p>9.2 HEMIFUMARATO DE QUETIAPINA 25MG</p><p>9.3 ALPRAZOLAM 2MG</p><p>9.4 BROMIDRATO DE CITALOPRAM 20MG</p><p>9.5 CLORIDRATO DE MEMANTINA 10MG</p><p>9.6 APIXABANA 5MG</p><p>9.7 LOSARTANA POTÁSSICA 50MG</p><p>9.8 ESPIRONOLACTONA 25MG</p><p>9.9 CARVEDILOL 12,5MG</p><p>10 FISIOPATOGENIA</p><p>11 DIAGNÓSTICO DE AVC ISQUÉMICO</p><p>11.1 EXAMES COMPLEMENTARES</p><p>11.1 FIGURA 1</p><p>12 TRATAMENTO</p><p>13 DIAGNÓSTICO ENFERMAGEM</p><p>14 PLANEJAMENTO ENFERMAGEM</p><p>15 INTERVENÇÃO ENFERMAGEM</p><p>16 BIBIOGRAFIA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O presente estudo de caso tem como objetivo elencar as características e comorbidades observadas no paciente em estudo, identificando os principais fatores desencadeantes, riscos, fisiopatologia da doença, procurando e buscando uma melhor qualidade na assistência de enfermagem prestada ao paciente, evidenciando a eficácia ou não do tratamento em uso e das medidas de segurança e conforto no diagnóstico e prescrição de enfermagem.</p><p>A sistematização da assistência de enfermagem visa organizar o serviço da Enfermagem no Brasil. É disposta sobre a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) nº 358/2009 e deve ser implementada em todas as instituições de saúde do país, públicas e privadas. A SAE garante que todos os procedimentos de enfermagem e cuidados com pacientes sejam feitos de forma padronizada, de acordo com metodologias testadas e aprovadas. Desde 2009, a sistematização da assistência de enfermagem passou a ser considerada método organizacional para aplicação do Processo de Enfermagem (PE). É formada por cinco etapas fundamentais:</p><p>1 - Coleta de Dados de Enfermagem.</p><p>Esse processo pode ser realizado com o auxílio de métodos e técnicas diferentes. Entretanto, é sempre sistemático e contínuo. O exame físico visa obter o maior número de informações possíveis sobre o paciente, o histórico familiar ou o coletivo em que o ser humano está inserindo. Também procura obter respostas em relação à evolução do quadro perante o tratamento ou a doença. As etapas do exame físico são: inspeção, palpação, percussão e ausculta.</p><p>2 – Diagnóstico de Enfermagem</p><p>A partir dos dados coletados na primeira etapa citada, é necessário agrupá-los e interpretá-los. Assim como médico faz o diagnóstico da doença, o enfermeiro tem como responsabilidade diagnosticar os riscos, de que forma a doença se manifesta e quais as necessidades do paciente a partir daquele quadro. Os tipos de diagnóstico podem ser: Diagnóstico de enfermagem real: respostas humanas existentes; Diagnóstico de enfermagem de risco: respostas humanas que podem ser desenvolvidas; Diagnóstico de enfermagem de bem-estar: respostas humanas em relação ao bem-estar; Diagnóstico de enfermagem de promoção à saúde: julgamento clínico ou motivação de elevar o bem-estar e concretizar o potencial de saúde do indivíduo.</p><p>3-Planejamento de Enfermagem</p><p>A partir do diagnóstico, o planejamento visa determinar quais são os resultados esperados e como eles serão alcançados, de modo a prevenir, controlar ou resolver os problemas de saúde do paciente. Lembre-se que todas as etapas citadas, incluindo essa, devem estar devidamente relatadas no prontuário do paciente.</p><p>4- Implementação</p><p>É a hora de implementar todas as ações que foram mapeadas nas etapas anteriores. Ou seja, colocar a mão na massa! Tudo é realizado de acordo com o prescrito no prontuário, que deve ser atualizado após conclusão de cada ação. As ações podem ser: dar banho, mudar de posição, avaliar, supervisionar, conduzir.</p><p>5- Avaliação de Enfermagem</p><p>É a última etapa da sistematização da assistência de enfermagem. Visa fazer o acompanhamento de como o paciente está respondendo aos cuidados prestados pela equipe de enfermagem. Por isso as anotações no prontuário são tão importantes. É nessa etapa que é determinado se são necessárias mudanças ou adaptações nos processos anteriores.</p><p>2 INDENTIFICAÇÃO</p><p>NOME: D.P.L</p><p>SEXO: Feminino</p><p>IDADE: 87 anos</p><p>DIAGNÓSTICO: AVE ISQUÊMICO</p><p>3 ANAMNASE</p><p>Paciente do sexo feminino, branca, 87 anos, moradora da realizado visita domiciliar na residência da paciente no dia 13/03/2024, paciente diagnosticada com AVE isquêmico, primeira suspeita do primeiro AVE foi no ano de 2014 após paciente sofrer um desmaio repentino, onde foi prestado atendimento Pré-Hospitalar e encaminhada ao Hospital, aonde através de tomografia computadorizada foi contatado AVE.</p><p>Devido ao AVE sofrido em 2014, paciente ficou com face assimétricas, dificuldade na fala, no ano de 2019 paciente veio a sofrer outro AVE mas sendo AVE isquêmico, onde foi comprovado através de exames de tomografia computadorizada.</p><p>4 INFORMAÇÕES SOBRE DOENÇA E TRATAMENTO</p><p>4.1 Queixa principal</p><p>Convulsão, Deambulação comprometida.</p><p>5 HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL</p><p>Convulsão, Deambulação comprometida, Fala comprometida.</p><p>5.1 História Pregressa</p><p>Nega</p><p>5.2 Tratamentos Anteriores</p><p>Nega</p><p>5.3 Fatores de Risco</p><p>Dor, Desconforto, Atrofiamento MMII, Rigidez Muscular, Sono prejudicado.</p><p>5.4 Antecedentes Familiares</p><p>Nega</p><p>6 HÁBITOS</p><p>6.1 Condições de Moradia</p><p>Mora com filho, possui água encanada (tratada) esgoto e coleta de lixo.</p><p>6.2 Cuidados Higiene Corporal</p><p>Higiene corporal satisfatória</p><p>6.3 Alimentação</p><p>Ofertada alimentação GTT, 5x ao dia.</p><p>6.4 Sono e Repouso</p><p>Sono Comprometido.</p><p>6.5 Eliminação Vesical, intestinal</p><p>Satisfatória</p><p>8 EXAME FISÍCO COMPLETO</p><p>Paciente estável, BEG, acianótico, hidratado, couro cabeludo integro, e sem sujidades, face assimétrica, pupilas isocóricas e foto reativas, região nasal sem alterações, respirando em ar ambiente, saturação satisfatória, região oral higiene adequada, Anodontia, sendo ofertado dieta GTT, com boa aceitação, ausculta cardíaca BNF2T, tórax simétrico, ausculta pulmonar murmúrios vesiculares sem ruido adventícia, MMSS livre de edemas, abdome plano, RHA+, Indolor a palpação profunda, sem sinais flogísticos, região genital com higiene adequada, diurese presente espontânea em fralda, evacuação presente espontânea em fralda sem alterações, MMII livre de edemas. SSVV: FC: FR: PA: Sp02: T:</p><p>9 MEDICAÇÕES EM USO (PRESCRIÇÃO)</p><p>· FENITOÍNA 100MG</p><p>· HEMIFUMARATO DE QUETIAPINA 25MG</p><p>· ALPRAZOLAM 2MG</p><p>· BROMIDRATO DE CITALOPRAM 20MG</p><p>· CLORIDRATO DE MEMANTINA 10MG</p><p>· APIXABANA 5MG</p><p>· LOSARTANA POTÁSSICA 50MG</p><p>· ESPIRONOLACTONA 25MG</p><p>· CARVEDILOL 12,4MG</p><p>9.1 BULA MEDICAÇÕES PRESCRITOS</p><p>FENITÓINA 100MG</p><p>Fenital® oral (fenitoína) é destinado ao tratamento de: - crises convulsivas durante ou após neurocirurgia; - crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa (lobo psicomotor e temporal); - estado de mal epiléptico.</p><p>CONTRA INDICAÇÕES</p><p>A fenitoína é contraindicada em pacientes que tenham apresentado reações intensas ao medicamento ou a outras hidantoínas.</p><p>EFEITOS ADVERSOS</p><p>As reações adversas mais comuns são: Nistagmo (movimento involuntários dos olhos), Vertigem (tontura), Prurido (coceira), Parestesia (sensações como ardor, formigamento e coceira, percebidos na pele), Dor de cabeça, Sonolência, Ataxia (falta de coordenação dos movimentos).</p><p>Na presença de erupção cutânea, lesões nas mucosas ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade, avise ao médico e interrompa o tratamento.</p><p>Outros sinais de alerta indicam efeitos tóxicos ao fígado, como febre, erupções na pele e linfadenopatia (aparecimento de íngua).</p><p>HEMIFUMARATO DE QUETIAPINA 25MG</p><p>Em adultos, hemifumarato de quetiapina é indicado para o tratamento da esquizofrenia, como monoterapia ou adjuvante no tratamento dos</p><p>episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar, dos episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar,no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar I</p><p>CONTRA INDICAÇÕES</p><p>O hemifumarato de quetiapina é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula.</p><p>EFEITOS ADVERSOS</p><p>Tontura, dor de cabeça, sonolência, enjoo, vômito, diarreia e boca seca estão entre os principais efeitos colaterais do hemifumarato de quetiapina.</p><p>No longo prazo, algumas pessoas podem perceber ganho de peso, elevações dos níveis de triglicérides séricos, elevações do colesterol total, palpitações, diminuição do colesterol HDL, entre outras reações adversas.</p><p>10 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA</p><p>O AVE isquêmico é causado por uma obstrução súbita do fluxo arterial encefálico. Enquanto que o AVE hemorrágico é consequência de uma ruptura de estruturas vasculares cerebrais.</p><p>A origem do AVEi pode ser trombótica ou embólica. Nas situações em que não é possível determinar a causa do AVE isquêmico, mesmo após a investigação correta, ele é denominado de AVE criptogênico.</p><p>O que difere o AVE embólico do trombótico é a origem do trombo que ocasionou a obstrução. No AVE trombótico, o trombo é formado na própria artéria envolvida no AVE. Já no embólico ele é proveniente de outra região e se desloca pela circulação até impactar na artéria cerebral.</p><p>11 DIAGNÓSTICO AVE ISQUEMICO</p><p>O médico costuma diagnosticar um acidente vascular encefálico em função do histórico dos acontecimentos e dos resultados do exame físico. Normalmente, os médicos podem diagnosticar qual artéria no cérebro está obstruída com base nos sintomas. Por exemplo, a fraqueza ou a paralisia da perna esquerda indica uma obstrução da artéria que irriga a zona localizada no lado direito do cérebro, o lado que controla os movimentos dos músculos da perna esquerda.</p><p>Os médicos frequentemente usam um conjunto padronizado de perguntas e comandos para determinar a gravidade do acidente vascular cerebral, o funcionamento das pessoas e como os sintomas estão mudando com o tempo. Estes testes ajudam os médicos a avaliar o nível de consciência, a habilidade de responder perguntas, a habilidade de obedecer a comandos simples, visão, função dos braços e pernas, e fala.</p><p>11.1 EXAMES COMPLEMENTARES</p><p>Escala de AVEi de Cincinatti</p><p>A escala de Cincinnati é uma escala de avaliação pré-hospitalar utilizada para diagnosticar a presença de um acidente vascular encefálico (AVE).</p><p>12 TRATAMENTO</p><p>O tratamento para AVE isquêmico é feito no hospital e, normalmente, é iniciado com a injeção de remédios trombolíticos diretamente na veia, que são medicamentos que tornam o sangue mais fino e ajudam a eliminar o coágulo que está causando o bloqueio no vaso.</p><p>No entanto, quando o coágulo é muito grande e não é eliminado apenas com o uso dos trombolíticos, pode ser necessário fazer uma trombectomia mecânica, que consiste em inserir um cateter, que é um tubo fino e flexível, numa das artérias da virilha ou do pescoço, e guiá-lo até ao vaso do cérebro onde se encontra o coágulo. Depois com a ajuda desse cateter, o médico retira o coágulo.</p><p>Já nos casos em que o AVE não está sendo causado por um coágulo, mas pelo estreitamento do vaso, o médico também pode usar um cateter para colocar um stent no local, que é uma pequena rede de metal que ajuda a manter o vaso aberto, permitindo a passagem do sangue.</p><p>Após o tratamento, a pessoa deve sempre ficar sob observação no hospital e, por isso, é necessário ficar internado por alguns dias. Durante o internamento, o médico irá avaliar a presença de sequelas e poderá indicar o uso de medicamentos para diminuir essas sequelas, assim como sessões de fisioterapia e fonoaudiologia.</p><p>Medicina de emergências: abordagem prática / Herlon Saraiva Martins, Rodrigo Antonio Brandão Neto, lrineu Tadeu Velasco. 11. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2017.</p><p>Oliveira, CQ, Souza, CMM, Moura, CGG. Yellowbook: Fluxos e condutas da medicina interna. SANAR, 1ª ed, 2017.</p><p>Martins HS, Santos R, Arnaud F et al. Medicina de Emergência: Revisão Rápida. 1ª edição. Barueri, SP: Manole, 2016.</p><p>Diretrizes de 2018 para o Tratamento Precoce de Pacientes com AVC Isquêmico Agudo: Uma Diretriz para Profissionais de Saúde da American Heart Association/American Stroke Association;</p><p>Cristalia, cristalia medicações, consulta remédio bula feniltoina: 2023</p><p>Disponivel em: https://www.cristalia.com.br/produto/258/bula-profissional</p><p>Eurofarma, Eurofarma medicamentos, consulta remédio bula hemifumarato de quetiapina: 2024 disponível em: https://cdn.eurofarma.com.br//wp-content/uploads/2017/03/Hemifumarato-quetiapina-bula-profissional-eurofarma.pdf</p><p>2</p><p>image1.png</p>