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<p>4° PERÍODO</p><p>Sistemas Orgânicos e Integrados</p><p>FÓRUM SEMANA 3</p><p>1. Caso clínico: Qual a melhor hipótese diagnóstica?</p><p>Paciente do sexo feminino, 42 anos, com história de úlcera péptica de longa data,</p><p>que consultou devido a dor epigástrica persistente, melena e sinais de irritação</p><p>peritoneal. Úlcera péptica perfurada foi diagnosticada, necessitando de</p><p>intervenção cirúrgica de emergência. Abaixo resultado de CT de abdome e PET-</p><p>Scan.</p><p>RESPOSTA: De acordo com as informações colhidas, a melhor hipótese</p><p>diagnóstica seria um câncer gástrico, confirmada pela sintomatologia e história</p><p>prévia e crônica de úlcera péptica de longa data, além das alterações</p><p>encontradas no exame.</p><p>2. Qual o motivo da predisposição à úlcera péptica em um paciente</p><p>usuário de AINES?</p><p>RESPOSTA: Os AINEs agem inibindo a COX-1, importante para a produção de</p><p>prostaglandinas (mediadoras de secreção de bicarbonato, aumentam a irrigação</p><p>sanguínea, reduzem a secreção gástrica, aumentam a produção de muco etc).</p><p>Ao inibir a formação de prostaglandinas pela mucosa gástrica, os AINE reduzem</p><p>praticamente todas as defesas contra a secreção ácida, dificultando o reparo</p><p>tecidual e a neutralização do HCl aumentando, consequentemente, as lesões</p><p>gástricas e o risco de desenvolvimento de úlceras pépticas.</p><p>FÓRUM</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>RESENHA SOBRE AS DIRETRIZES ATUAIS REFERENTES AO</p><p>TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI.</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>O Helicobacter pylori é uma bactéria Gram-negativa, com formato</p><p>espiralado, móvel e com flagelos em uma das extremidades. Esse patógeno</p><p>coloniza a mucosa gástrica e tem grande afinidade pelas células produtoras de</p><p>muco localizadas no antro gástrico, levando na quase totalidade dos casos à</p><p>gastrite crônica ativa, úlcera péptica, câncer gástrico e linfoma de MALT. A</p><p>urease é a principal enzima presente na bactéria, que produz um meio mais</p><p>básico em volta do bacilo, de modo a neutralizar a acidez do lúmen gástrico,</p><p>permitindo sua sobrevivên9cia (NORRIS, 2021).</p><p>Segundo Coelho (2018), no IV Consenso Brasileiro sobre Infecção pelo</p><p>H. pylori, a terapêutica contra o patógeno consiste no tratamento de primeira</p><p>linha, no qual deve-se utilizar a terapia tripla consistindo na combinação dos</p><p>Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs) + Amoxicilina + Claritromicina por 14</p><p>dias. Ademais, existe a terapia quádrupla de segunda escolha que incluem a</p><p>associação de IBPs + Bismuto + Tetraciclina + Metronidazol por 10 a 14. A</p><p>dosagem e tempo de administração variam.</p><p>Quando o tratamento de terapia tripla de primeira linha falha, o esquema</p><p>de segunda linha mais utilizado é feito substituindo a Claritromicina pelo</p><p>Levofloxacino por 10 a 14 dias. Quando o paciente é alérgico à penicilina, pode</p><p>ser feita a substituição da Amoxilina pelo Levofloxacino ou Metronidazol</p><p>(CAETANO, 2021; COELHO et al, 2018).</p><p>Além disso, de acordo com Norris (2021), sabe-se que pessoas infectadas</p><p>por H. pylori devem suspender o uso de anti-inflamatórios não esteroidais</p><p>(AINES), AAS e o consumo de álcool, uma vez que aumentam a inflamação da</p><p>mucosa e consequentemente o risco do desenvolvimento de úlceras pépticas e</p><p>de hemorragias.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CAETANO, J. IV Consenso Brasileiro sobre I nfecção pelo Helicobacter pylori.</p><p>Endoscopia Terapêutica, 2021. Disponível em:</p><p><https://endoscopiaterapeutica.com.br/assuntosgerais/iv-consenso-brasileiro-</p><p>sobre-infeccao-pelo -helicobacter -pylori >. Acesso em: 18 fev. 2023.</p><p>COELHO, L. G. V. et al. IVth B razilian Consensus Conference on</p><p>Helicobacter pylori infection. Files of Gastroenterology, 2018. Disponível em:</p><p>< https://www.scielo.br/j/ag/a/DQtggHCHth5R6xx75G8tVtC/?lang=en >.</p><p>Acesso em: 18 fev. 2023.</p><p>NORRIS, T. L. Porth- Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara</p><p>Koogan, 2021.</p><p>FÓRUM SEMANA 4</p><p>Qual proteína foi desabilitada neste estudo? Qual tipo de neoplasia?</p><p>Resposta: A proteína desabilitada foi a DP-1 (responsável pela interrupção da</p><p>resposta imunológica de determinadas células). Dessa forma, esse tipo de</p><p>proteína pode ser usado para combater algumas neoplasias, a exemplo do câncer</p><p>de pulmão (adenocarcinoma de não pequenas células) apresentado no caso.</p><p>As bactérias possuem sistema imunológico? Como isso ocorre? Qual o</p><p>papel biotecnológico desta técnica?</p><p>Resposta: Sim, as bactérias apresentam um sistema imunológico adaptativo, o</p><p>sistema CRISPER. O sistema tem como base o mecanismo de defesa bacteriano</p><p>contra um vírus invasor, que ao detectar um DNA viral já conhecido, produz 2</p><p>fitas de RNAs curtas, no qual uma terá a sequência correspondente a do vírus</p><p>agressor. Assim, esse sistema atua quando um bacteriófago invade a célula</p><p>bacteriana, onde parte de seu DNA possa ser inserido no genoma do hospedeiro,</p><p>sendo intercalado com sequências repetidas. Essa conformação intercalada</p><p>com DNA viral compõe uma forma de defesa das bactérias, haja vista que</p><p>quando detectada a invasão viral a bactéria passa a enviar enzimas,</p><p>especialmente a Cas9, que ao detectar o DNA de um vírus é possível destruí-</p><p>lo. A partir dessa técnica, descobriu-se que é possível editar e manipular</p><p>componentes genômicos, sendo uma importante ferramenta para a contenção</p><p>de genes causadores de doenças a partir da sua deleção e consequente</p><p>incorporação de um novo pedaço de DNA trazendo características desejáveis.</p><p>FÓRUM</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>FUNCIONAMENTO DO SISTEMA CRISPR-CAS9, INCLUINDO OS TIPOS POSSÍVEIS</p><p>DE REPARO NO DNA.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>FUNCIONAMENTO DO SISTEMA CRISPR-CAS9, INCLUINDO OS TIPOS POSSÍVEIS</p><p>DE REPARO NO DNA.</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>Segundo Caetano (2019), o CRISPR-Cas9 se refere a sigla inglesa para Clustered</p><p>Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats (Repetições Palindrômicas Curtas</p><p>Agrupadas e Regularmente Espaçadas), sendo uma ferramenta que serve para quebrar uma</p><p>molécula de DNA em um local específico, a partir da enzima Cas9. Esse componente funciona</p><p>como uma tesoura que corta o DNA em qualquer ponto de interesse e para isso necessita de</p><p>um componente chamado RNA guia, que age como um GPS direcionando a Cas9 para a</p><p>sequência que deseja-se cortar.</p><p>O sistema surgiu a partir do mecanismo de defesa bacteriano contra um vírus invasor,</p><p>que ao infectar uma bactéria, injeta nela seu material genético. A partir disso, a bactéria</p><p>possui a capacidade reconhece o invasor e, com o auxilio do CRISPR/Cas9, cliva o material</p><p>genético do bacteriófago em pedaços para impedir a infecção. Em seguida, mantém-se um</p><p>fragmento do material genético do vírus para que, em caso de nova infeccção, possa reagir</p><p>mais rapidamente ao invasor (SANDER, 2014).</p><p>Com base no mecanismo elucidado, pesquisadores de todo o mundo viram nesse</p><p>sistema um potencial para ser empregado na edição e manipulação gênica. Assim, sua</p><p>utilização tornou-se uma ferramenta de reparo do genoma, diante do processo de quebra ou</p><p>até mesmo inativação de parte do material genético podendo, desse modo, auxiliar na</p><p>contenção de genes causadores de doenças hereditárias e deletérias (fibrose cística, doenças</p><p>autoimunes, hemoglobinopatias etc), eliminando a mutação no genoma assim como a</p><p>transmissão da patologia para as futuras gerações, além de poder incorporar um novo pedaço</p><p>de DNA, trazendo outras informações e características</p><p>de</p><p>quais mamografias seriam interpretadas como positivas ou negativas. O objetivo da</p><p>classificação BIRADS é evitar confusões em laudos mamográficos, tornando os achados</p><p>padronizados e as recomendações claras.</p><p> Tipo 0: Exame inconclusivo (necessita de novos exames);</p><p> Tipo 1: Normal;</p><p> Tipo 2: Achado benigno (risco de câncer de 0%);</p><p> Tipo 3: Achado provavelmente benigno (risco de câncer menor ou igual a 2%);</p><p> Tipo 4: Achado suspeito (risco de câncer de 3-94%); subdivide-se em risco baixo,</p><p>risco moderado e risco alto.</p><p> Tipo 5: Achado altamente suspeito (risco de câncer maior ou igual que 95%);</p><p> Tipo 6: Achado investigado previamente e com resultado positivo para câncer</p><p>(risco de câncer de 100%).</p><p>Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Parâmetros técnicos para o rastreamento do</p><p>câncer de mama. Brasília, 2021.</p><p>FÓRUM</p><p>Duavive: Aprovado em 2016 pela Anvisa, quais as vantagens do uso deste</p><p>medicamento no climatério como forma de TRH?</p><p>Duavive é um medicamento de reposição hormonal em que há associação entre estrogênio</p><p>conjugado 0,45 mg e bazedoxifeno 20 mg, um modulador seletivo de receptores de</p><p>estrogênio. É de uso oral diário e tem como indicação o tratamento dos sintomas</p><p>climatéricos. Essa associação medicamentosa promove aumento das células superficiais</p><p>e diminuição das parabasais ao exame citológico vaginal associado à melhora do pH</p><p>vaginal e dos sintomas associados ao ressecamento vaginal.</p><p>Referência: POMPEI, L. M.; et al. Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da</p><p>Menopausa – Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC). 1. ed. São Paulo: Leitura</p><p>Médica, 2018.</p><p>Envelhecimento masculino: O termo andropausa é correto? Como é possível</p><p>"envelhecer" com testosterona normal? O que ocorre?</p><p>O termo menopausa é utilizado erroneamente para caracterizar o declínio progressivo da</p><p>produção androgênica. Desse modo, não há PAUSA na produção dos hormônios, como</p><p>sugere o nome. O termo correto seria Deficiência Androgênica do Envelhecimento</p><p>Masculino. A etiologia deste declínio da testosterona dependente da idade é multifatorial</p><p>e envolve alterações testiculares primárias, disfunção da regulação neuroendócrina das</p><p>gonadotropinas, elevação das concentrações séricas de globulina ligadora de hormônios</p><p>sexuais e redução da sensibilidade dos receptores androgênicos. Assim, entre as</p><p>principais repercussões dessa condição encontram-se a diminuição do libido, disfunção</p><p>erétil, aumento da gordura corporal, perda de massa óssea, perda de massa muscular,</p><p>diminuição dos pelos, depressão e irritabilidade.</p><p>Referência: BONACCORSI, A. Andropausa: Insuficiência androgênica parcial do</p><p>homem idoso: Uma revisão. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 45, n. 2, 2001.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>MODULADORES SELETIVOS DOS RECEPTORES DE ESTROGÊNIO E SUAS AS</p><p>INDICAÇÕES DE USO</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>MODULADORES SELETIVOS DOS RECEPTORES DE ESTROGÊNIO E SUAS AS</p><p>INDICAÇÕES DE USO</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>Os moduladores seletivos dos receptores de estrógeno (SERMS – selective estrogen</p><p>receptor modulator) são medicamentos com variações da molécula de 17-β estradiol, sendo</p><p>assim, recebem esse nome pela sua capacidade de exercer atividade agonista e/ou antagonista</p><p>em determinados órgãos e tecidos específicos, desempenhando sua ação farmacológica sem</p><p>comprometer todas as atividades celulares mediadas pelos receptores de estrógenos do corpo</p><p>(OHL, 2016).</p><p>De início, é importante mencionar que os SERMS possuem indicações de uso para</p><p>algumas patologias, entre elas estão a osteoporose, câncer de mama e infertilidade. Os efeitos</p><p>agonistas no tecido ósseo são relevantes no tratamento da osteoporose após a menopausa, uma</p><p>vez que os SERMs uma vez que inibem a atividade osteoclástica e reduzem a remodelação</p><p>óssea (SIEGEL, 2015).</p><p>Ademais em relação ao câncer de mama, os medicamentos possuem efeitos</p><p>antagonistas, uma vez que a aplicação dos SERMS se baseia no princípio que os estrógenos são</p><p>indutores da proliferação tecidual, em especial no tecido mamário, onde então se observa</p><p>também que os carcinomas de células mamárias com alta expressão de receptores de estrógeno</p><p>(FERREIRA, 2011).</p><p>Outrossim, ainda segundo Ferreira (2015), em relação ao tratamento da infertilidade é</p><p>utilizado o medicamento chamado Clomifeno, tal medicamento age bloqueando os receptores</p><p>de estrogênio, particularmente no hipotálamo anterior, e assim inibem a sinalização de</p><p>estrogênio circulante, induzindo uma mudança no padrão pulsátil de liberação do GnRH. Este</p><p>padrão leva a uma descarga de FSH pela hipófise anterior que, pode ser suficiente para iniciar</p><p>o ciclo de eventos para a ovulação.</p><p>Existem inúmeros moduladores e entre os principais estão: tamoxifeno (mais utilizado</p><p>no tratamento do câncer de mama), toremifeno (mesma atividade do tamoxifeno, porém com</p><p>mettabolismo diferente), clomifeno (utilizado no tratamento da infertilidade), arzoxifeno</p><p>(também utilizado para o câncer de mama, sendo menos efeitvo que o tamoxifeno),</p><p>bazedoxifeno (modulador estrogênico de tecido ósseo), lasofoxifeno (usado para o câncer de</p><p>maam e osteoporose), raloxifeno (utilizado contra a osteoporose) (DINIZ, 2017).</p><p>Por fim, além de serem úteis no tratamento da osteoporose, da infertilidade, e do câncer</p><p>de mama, como já mencionado anteriormente, os moduladores possuem efeitos adversos no</p><p>sistema de coagulação sanguínea (aumenta a incidência de trombose), na visão</p><p>(desenvolvimento de catarata), no endométrio (aumento da incidência de pólipos e hiperplasias)</p><p>e na temperatura corporal (aumenta a incidência de fogachos) (FERREIRA, 2011).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>DINIZ, R. N. T. et al. Abordagem farmacológicas na terapia do câncer de mama: Uma revisão</p><p>sobre os moduladores estrogênicos. Revista UNINGÁ Review, v. 30, p. 61-63, 2017.</p><p>FERREIRA, M. C. F. et al. Moduladores seletivos do receptor estrogênico: novas moléculas e</p><p>aplicações práticas. Feminina, v. 39, p. 433-441, 2011.</p><p>OHL I. C. B. et al. Ações públicas para o controle do câncer de mama no Brasil: revisão</p><p>integrativa. Rev. Bras. Enferm, v. 69, p.793–803, 2016.</p><p>SIEGEL, R.; MILLER K.; JEMAL A. Cancer statistics , 2015 . CA Cancer J Clin, v. 65, p.</p><p>29, 2015.</p><p>FÓRUM</p><p>Quais os dois principais parâmetros que utilizamos para monitorar a infecção pelo</p><p>HIV? (Relação entre progressão clínica e marcadores laboratoriais). O que significa,</p><p>clinicamente, cada um deles?</p><p>A contagem de células T CD4+ e a quantificação de carga viral são os principais</p><p>parâmetros utilizados pela maioria dos especialistas para se iniciar e monitorizar a terapia</p><p>anti-retroviral em pacientes com infecção pelo HIV. A contagem de células CD4 refere-</p><p>se à medida da quantidade de linfócitos T CD4+ presentes no sangue periférico, sendo</p><p>essas as células que atuam na defesa organismo e alvos preferenciais da infecção pelo</p><p>HIV. Dessa forma, a medida que a doença progride, a contagem de células CD4+ tende</p><p>a diminuir, comprometendo a capacidade do sistema imunológico de combater</p><p>infecções oportunistas. Ademais, a carga viral refere-se à quantidade de vírus HIV</p><p>presente no sangue de uma pessoa. É medida através da quantificação do RNA viral</p><p>presente no plasma sanguíneo. A carga viral é um indicador do nível de replicação viral</p><p>ativa no organismo e fornece informações sobre a progressão da infecção pelo HIV. Em</p><p>geral, níveis mais altos de carga viral estão associados</p><p>a uma progressão mais rápida da</p><p>doença e a um maior risco de transmissão do vírus.</p><p>Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Unidade de Assistência e Unidade de</p><p>Laboratório da Coordenação Nacional de DST/Aids. Contagem de Células T CD4+ e T</p><p>estes de Carga Viral: Principais Marcadores Laboratoriais para Indicação e</p><p>Monitorização do Tratamento Anti-Retroviral. Disponível em <</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/16contagem_celulasTCDA.pdf > Acesso</p><p>em 07/06/2023.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>HISTÓRIA NATURAL DA INFEÇÃO PELO HIV</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>HISTÓRIA NATURAL DA INFEÇÃO PELO HIV</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença provocada pela</p><p>infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e se caracteriza por imunossupressão</p><p>associada a infecções oportunistas, processos malignos e degeneração do sistema nervoso</p><p>central (GOLDMAN, 2022).</p><p>O HIV é um retrovírus que ataca seletivamente linfócitos T CD4+, as células imunes</p><p>responsáveis por controle e coordenação da resposta imune à infecção. Desse modo, as pessoas</p><p>com HIV apresentam alteração do sistema imune e são mais propensos a adquirirem infecções</p><p>graves por microrganismos habitualmente inofensivos. Esse vírus é transmitido por meio do</p><p>contato sexual, perinatal ou com sangue contaminado por intermédio do uso de drogas</p><p>injetáveis (NORRIS, 2021).</p><p>A evolução típica da infecção pelo HIV é definida por três fases, sendo essas tratadas</p><p>como infecção primária, fase de latência ou crônica assintomática e AIDS franca. Durante a</p><p>infecção primária, existe aumento da replicação viral, que resulta em cargas virais muito altas</p><p>e queda da contagem de linfócitos T CD4+. De modo geral, os sinais/sintomas da fase primária</p><p>da infecção pelo HIV surgem aproximadamente 1 mês após a exposição ao HIV e entre as</p><p>manifestações clínicas estão: febre, fadiga, mialgia, dor de garganta, sudorese noturna,</p><p>distúrbios gastrintestinais, linfadenopatia, erupção cutânea maculopapular e cefaleia</p><p>(JAMESON, 2019).</p><p>Outrossim, a fase primária é seguida por um período latente durante o qual a pessoa não</p><p>apresenta sinais nem sintomas da doença. O período latente é de aproximadamente 10 anos.</p><p>Durante esse período, a contagem de linfócitos T CD4+ cai gradativamente a partir da faixa</p><p>normal de 800 a 1.000/μℓ para 200/μℓ ou menos. Alguns indivíduos apresentam linfadenopatia</p><p>nessa fase (GOLDMAN, 2022).</p><p>Por fim, a terceira fase, AIDS franca, ocorre quando uma pessoa apresenta uma</p><p>contagem de linfócitos T CD4+ inferior a 200/μℓ ou uma doença definidora de AIDS. Sem</p><p>tratamento antirretroviral, essa fase pode evoluir para morte em poucos anos. O risco de</p><p>infecções oportunistas e morte aumenta significativamente quando a contagem de linfócitos T</p><p>CD4+ cai abaixo de 200/μℓ sendo assim, o indivíduo pode adquirir várias doenças, a exemplo</p><p>do herpes simples, candidíase, meningite criptocócica, toxoplasmose, molusco contagioso,</p><p>demência, doença linfoproliferativa, tuberculose (motivo de maior quantidade de óbitos em</p><p>pessoas acometidas pela AIDS) (NORRIS, 2021).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>GOLDMAN, L.; ANDREW I. S. Goldman-Cecil Medicina. 26. ed. Rio de Janeiro: Grupo</p><p>GEN, 2022.</p><p>JAMESON, J. L. et al. Medicina interna de Harrison. 20. ed. Rio de Janeiro: Grupo A, 2019.</p><p>NORRIS, T. L. Porth – Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021.</p><p>FÓRUM</p><p>Paciente do sexo masculino, 69 anos, com adenocarcinoma de próstata recentemente</p><p>diagnosticado. Nega dor óssea. PSA de 8,1ug/l. Que tipo de exame mostramos abaixo? Como</p><p>funciona esse exame? Quais as alterações?</p><p>Resposta: O exame em questão trata-se de uma cintilografia óssea. A cintilografia óssea é realizada</p><p>utilizando compostos difosfonados marcados com Tc99m e é o método mais usado na detecção e</p><p>seguimento das metástases do esqueleto. Áreas de concentração aumentada do radiotraçador são</p><p>consideradas metástases. A cintilografia óssea portanto serve para avaliar o metabolismo do osso.</p><p>Este exame permite detectar precocemente qualquer doença que altere o metabolismo dos ossos. A</p><p>sua principal indicação é a avaliação de lesões tumorais que se instalam no osso, sejam elas</p><p>originadas do próprio osso ou de outros órgãos, como por exemplo as metástases de tumores de</p><p>próstata, mama, pulmão e outros. Como este exame avalia a função do osso e não a forma do osso</p><p>ele permite detectar lesões tumorais precocemente e em muitos casos antes de alterar outros exames</p><p>como raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética.</p><p>Qual sua hipótese para a situação clínica deste paciente? Por que ocorre?</p><p>Resposta: Trata-se de uma condição chamada</p><p>varicocele. A varicocele caracteriza-se por dilatações</p><p>varicosas do plexo pampiniforme, que é uma rede de</p><p>veias que drenam os testículos Quando o problema</p><p>persiste, pode haver lesão das fibras elásticas e</p><p>hipertrofia das paredes venosas, como também ocorre</p><p>com a formação das veias varicosas das pernas. A</p><p>concentração e a motilidade dos espermatozoides</p><p>diminuem nos homens acometidos por essa condição.</p><p>A varicocele é ocasionada pela incompetência ou até</p><p>mesmo ausência congênita das válvulas nas veias</p><p>espermáticas, ocasionando um refluxo do sangue</p><p>venoso e a dilatação das mesmas, além do</p><p>espessamento de sua parede muscular.</p><p>Referência: NORRIS, T. L. Porth – Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>ESTRATÉGIAS FARMACOLÓGICAS DISPONÍVEIS PARA O TRATAMENTO CLÍNICO</p><p>DA HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>ESTRATÉGIAS FARMACOLÓGICAS DISPONÍVEIS PARA O TRATAMENTO CLÍNICO</p><p>DA HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é o tumor benigno mais comum em homens e</p><p>caracteriza-se por um crescimento da prostáta, desse modo na medida que essa estrutura</p><p>aumenta de volume, a glândula afeta a uretra, obstruindo o fluxo de urina. Ocorre o</p><p>espessamento da parede da bexiga que, enfim, pode se tornar mais enfraquecida e perder a</p><p>capacidade de esvaziar completamente, causando o acúmulo de uma de urina no seu interior. O</p><p>estreitamento da uretra e a retenção urinária subsequente estão associados outras manifestações</p><p>de HPB, a exemplo de problemas para iniciar a micção, da interrupção do jato de urina, e da</p><p>noctúria (NORRIS, 2021).</p><p>Dessa forma, é necessária uma medida terapêutica para evitar complicações mais</p><p>severas e minimizar as sintomatologias apresentadas. Os homens podem não necessitar de</p><p>tratamento em casos de aumento leve da próstata, a menos que os sintomas sejam incômodos e</p><p>afetem sua qualidade de vida. Alterações no estilo de vida são propostas com frequência para</p><p>homens apresentando sintomas leves. Tais alterações podem incluir redução na ingestão de</p><p>líquidos, especialmente antes de deitar; evitar ou reduzir a ingestão de bebidas com cafeína e</p><p>álcool;</p><p>evitar ou monitorar o uso de medicamentos como descongestionantes, anti-histamínicos,</p><p>antidepressivos e diuréticos; treinar a bexiga para reter mais urina por períodos mais longos;</p><p>exercitar os músculos do assoalho pélvico; e prevenir ou tratar a constipação intestinal</p><p>(JAMESON, 2019).</p><p>Já em relação ao tratamento farmacológico inclui-se o uso de medicamentos inibidores</p><p>da 5-alfa-redutase e bloqueadores alfa1-adrenérgicos. Os inibidores da 5alfa-redutase, a</p><p>exemplo da finasterida agem bloqueando a conversão de testosterona em di-hidrotestosterona</p><p>(DHT), o qual possui papel essencial no aumento da prostáta. Esse fármaco afeta o componente</p><p>epitelial da próstata, resultando em uma redução do tamanho da glândula e melhora dos</p><p>sintomas (MCANINCH, 2014).</p><p>Ademais, a próstata humana e a base da bexiga contêm a1-adrenoceptores, e a próstata</p><p>mostra uma resposta contrátil aos agonistas correspondentes. As propriedades contráteis da</p><p>próstata e do colo vesical parecem ser mediadas primariamente pelo subtipo de receptores alfa1-</p><p>adrenérgicos. Assim, tem sido demonstrado que o bloqueio alfa resulta em graus de melhora</p><p>tanto objetivos como subjetivos dos sintomas e sinais de HPB em alguns pacientes. Desse</p><p>modo, a combinação de duas classes de medicamentos, em vez do uso isolado de uma delas,</p><p>pode ser mais eficaz para melhorar os sintomas, o fluxo urinário e a qualidade de vida</p><p>(NORRIS, 2021).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>MCANINCH, J. W.; TOM F. L. Urologia geral de Smith e Tanagho. 18. ed. Rio de Janeiro:</p><p>Grupo A, 2014.</p><p>JAMESON, J. L. et al. Medicina interna de Harrison. 20. ed. Rio de Janeiro: Grupo A, 2019.</p><p>NORRIS, T. L. Porth – Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021.</p><p>desejáveis. Dessa forma, há a</p><p>possibilidade de melhorar geneticamente alguns organismos (AREND, 2017).</p><p>Para cada tipo de alteração no DNA há um mecanismo de edição e reparado</p><p>específico, administrado por suas respectivas enzimas. Entre as principais vias de reparação</p><p>estão: por reversão direta, por excisão de base/nucleotídeo, por incompatibilidade e por reparo</p><p>de quebra de fita dupla (união de extremidades não homólogas e recombinação homóloga)</p><p>(ROBERTIS; et al., 2014).</p><p>Assim, as vantagens que podem ser destacas para o sistema CRISPR/Cas9 estão</p><p>relacionadas ao seu fácil uso e manipulação in vivo e in vitro, versatilidade, especificidade,</p><p>além da possibilidade da edição de múltiplos alvos simultaneamente. A partir disso, é possível</p><p>proporcionar para a comunidade médica e científica a realização e a aplicação na terapia de</p><p>células humanas, como a terapia genética, correção de defeitos em genes de células</p><p>progenitoras, doenças genéticas, tratamento do cancro e mesmo do HIV, HPV e EBV em</p><p>células infetadas. Por fim, há, também, a chance de melhorar geneticamente vegetais e outras</p><p>espécies agrícolas, tornando-as mais resistentes, duradouras e produtivas (SANTOS, 2016;</p><p>AREND, 2017).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AREND, M. C, PEREIRA, J. O.; MARKOSKI, M. M. O Sistema CRISPR/Cas9 e a Possibilidade de</p><p>Edição Genômica para a Cardiologia. ArqBrasCardiol, v. 108, n. 1, p. 81-83, 2017.</p><p>CAETANO, G. C. G. et al. TÉCNICA CRISPR-CAS9 E SUA UTILIZAÇÃO NA ÁREA</p><p>LABORATORIAL. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, v. 25, n. 2, p. 96-99,</p><p>2018.</p><p>ROBERTIS, E. M. et al. De Robertis Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Grupo</p><p>GEN, 2014. E-book. ISBN 978-85-277-2386-2. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2386-2/ . Acesso em: 25 fev.</p><p>2023.</p><p>SANDER J. D.; JOUNG J. K. CRISPR-Cas systems for editing, regulation and targeting</p><p>genomes. Nature Biotechnol, v. 32, n. 4, p. 347-55, 2014.</p><p>SANTOS, S. L. F. et. al. CRISPR uma nova era na Biologia molecular; Revista Biotecnologia &</p><p>Ciência, v. 5, n. 2, p. 40-48, 2016.</p><p>FÓRUM 4</p><p>1. Shiguelose: de que forma a Shiguella penetra na mucosa intestinal?</p><p>Como é o quadro clínico do paciente com Shiguelose?</p><p>A Shigella é a bactéria causadora da Shiguelose. Esse patógeno é resistente ao</p><p>ambiente ácido hostil do estômago, uma vez no intestino, os organismos são</p><p>captados por células M (microfold). Elas são células epiteliais, especializadas na</p><p>amostragem e apresentação dos antígenos luminais. As Shigella proliferam</p><p>intracelularmente, escapam para a lâmina própria e são fagocitadas por</p><p>macrófagos, nos quais elas induzem a apoptose. A subsequente resposta</p><p>inflamatória danifica a superfície epitelial e permite que a Shigella, dentro da luz</p><p>intestinal, tenha acesso às membranas basolaterais das células epiteliais</p><p>colônicas, que é o local preferido para a sua invasão. Todas as Shigella spp.</p><p>carregam plasmídeos virulentos, alguns dos quais codificam um sistema de</p><p>secreção tipo III, capaz de injetar diretamente proteínas bacterianas no</p><p>citoplasma hospedeiro. O sorótipo 1 da S. dysenteriae também libera a toxina</p><p>Shiga Stx, que inibe a síntese de proteína eucariótica, resultando na lesão e</p><p>morte das células hospedeiras. Quanto ao quadro clínico, após um período de</p><p>incubação de até 1 semana, a Shigella causa uma doença autolimitada,</p><p>caracterizada por cerca de 1 semana de diarreia, febre e dor abdominal. A dor</p><p>abdominal tem característica de cólica difusa, geralmente precedendo a diarreia,</p><p>Além da febre alta, outras manifestações podem estar presentes, tais como:</p><p>anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, calafrios, estados totêmicos, convulsões e</p><p>sinais meningíticos. Ao exame físico, pode-se observar hipertermia,</p><p>desidratação, hipotensão, dor a palpação abdominal e ruídos hidroaéreos</p><p>exacerbados. Nas formas leves ou moderadas, a Shigelose pode se manifestar</p><p>apenas por diarreia aquosa, sem aparecimento de fezes disentéricas.</p><p>2. Como atua a toxina da Cólera?</p><p>A fisiopatologia da doença está associada à ação, na luz intestinal, de uma</p><p>toxina, a toxina colérica (CT), produzida pelo agente etiológico. A toxina, ao se</p><p>fixar em receptores presentes na superfície dos enterócitos, inverte os</p><p>mecanismos fisiológicos dessas células, que passam então a excretar água e a</p><p>perder eletrólitos, resultando desse processo uma diarréia clorídrica em</p><p>profusão. Os Vibrio cholerae penetram no organismo humano por via oral e os</p><p>que conseguem escapar à acidez gástrica – que constitui a primeira linha de</p><p>defesa do hospedeiro contra a cólera – localizam-se no intestino delgado, cujo</p><p>meio alcalino lhes favorece a proliferação, resultando, posteriormente, em</p><p>profusa liberação de uma exotoxina que atua sobre as células da mucosa</p><p>intestinal, causando uma ruptura no seu equilíbrio fisiológico e fazendo com que</p><p>seja secretada grande quantidade de líquido isotônico. A mucinase, elaborada</p><p>pelo agente, favorece a ultrapassagem da barreira representada pela camada</p><p>de muco intestinal. Ao alcançar a mucosa do intestino delgado (duodeno e</p><p>jejuno, principalmente), o Vibrio adere à borda ciliada das células epiteliais,</p><p>graças ao fator de aderência. Em seguida, produz uma enterotoxina, constituída</p><p>por 2 subunidades: A (interna) e B (externa). A subunidade B une-se ao</p><p>gangliosídio GM 1, substância receptora presente nas células do epitélio</p><p>FÓRUM</p><p>intestinal; a seguir, as ligações sulfidrilas (que mantêm unidas as subunidades A</p><p>e B) se rompem, e a subunidade A penetra através da parede celular, atingindo</p><p>o interior do enterócito e ativando a adenilciclase. Desse processo resulta um</p><p>acúmulo de AMP-cíclico, que determina o aumento da secreção intestinal,</p><p>levando à diarréia e à desidratação. Esse fluído é pobre em proteína e rico em</p><p>Na+, K+, Cl- e HCO3-, e sua perda maciça conduz, rapidamente, ao quadro de</p><p>desidratação. Contudo, a bomba de Na+ é preservada, o que permite a</p><p>reabsorção do sódio em presença de glicose, explicando a notável eficiência da</p><p>reidratação oral no tratamento da doença. A perda de eletrólitos e líquidos da</p><p>circulação e dos espaços intercelulares é considerável, podendo ser fatal se não</p><p>corrigida a tempo. Com o tratamento adequado baseado na rápida administração</p><p>de líquidos e eletrólitos, em quantidade equivalente às perdas gastrointestinais,</p><p>todas as alterações físicas e bioquímicas desaparecem em curto prazo. Por outro</p><p>lado, o tratamento tardio ou insuficiente pode ser incapaz de evitar a evolução</p><p>do quadro para graves alterações fisiopatológicas: a insuficiência renal aguda,</p><p>os transtornos próprios da hipocalemia, atonia intestinal, arritmias cardíacas,</p><p>hipotensão e colapso cardíaco.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Manual integrado de vigilância epidemiológica da</p><p>cólera. Brasília, 2008.</p><p>KUMAR, V. et al. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das</p><p>Doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>QUANDO SUSPEITAR CLINICAMENTE QUE O PACIENTE POSSA APRESENTAR</p><p>CÓLERA? QUAL A DIFERENÇA DAS OUTRAS ENTEROCOLITES BACTERIANAS?</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>QUANDO SUSPEITAR CLINICAMENTE QUE O PACIENTE POSSA APRESENTAR</p><p>CÓLERA? QUAL A DIFERENÇA DAS OUTRAS ENTEROCOLITES BACTERIANAS?</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>De acordo com Goldman (2022), a cólera é uma doença causada por dois sorogrupos</p><p>especificos da bactéria Vibrio cholerae (O1 e O139), essas liberam toxinas que ao se ligarem</p><p>às paredes intestinais, alteram o fluxo de sódio e cloreto</p><p>do organismo. Com isso, tal alteração</p><p>faz com que o organismo secrete quantidades excessivas de água provocando, desse modo,</p><p>diarreia aquosa, desitradação e perda de fluidos e sais minerais importantes para o corpo. Essa</p><p>patologia é transmitida a partir da contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou</p><p>alimentos contaminados com a bactéria, ou seja, está diretamente relacionada ao saneamento</p><p>básico e hábitos de higiene.</p><p>Em relação a apresentação clínica, para suspeitar da doença o paciente deve apresentar</p><p>os seguintes sinais e sintomas: Diarreia, náuseas, vômitos, cãibras musculares e choque</p><p>(devido à perda de minerais no sangue). A desidratação levar a outros sintomas, como</p><p>irritabilidade, letargia, olhos encovados, boca seca, sede excessiva, pele seca e enrugada,</p><p>oligúria, pressão arterial baixa, arritmia cardíaca, desequilíbrio eletrolítico (perda de minerais</p><p>do sangue). Também é importante observar que a desidratação profunda e rapidamente</p><p>progressiva, pode levar a morte em horas (BRASIL, 2008).</p><p>Somado a isso, a cólera diferencia-se de outras enterocolites bacterianas em virtude</p><p>não só dos tipos de bactérias envolvidas, mas também pelas complicações que podem surgir</p><p>com o tratamento inadequado contra a cólera. Isso inclui choque hipovolêmico (24 h do início</p><p>de vômitos e diarreia), necrose renal, arritmias cardíacas, convulsões e morte. Além disso, é</p><p>importante evidenciarmos que os organismos Vibrio não são invasivos e permanecem na luz</p><p>intestinal, ao contrário da maioria das enterocolites bacterianas, a exemplo: Campylobacter,</p><p>Shigella, Salmonella, S. typhi, Yersinia, entre outras. Logo, em resumo, a diferença entre a</p><p>cólera e outras enterocolites causadas por bactérias é a perca excessiva de líquidos e</p><p>eletrólitos por meio da diarreia, além do aspecto aquoso e presença de mancha de muco</p><p>(KUMAR, 2016).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Manual integrado de vigilância epidemiológica da cólera.</p><p>Brasília, 2008.</p><p>GOLDMAN, L.; ANDREW I. S. Goldman-Cecil Medicina. 26. ed. Rio de Janeiro: Grupo</p><p>GEN, 2022.</p><p>KUMAR, V. et al. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças. 9. ed.</p><p>Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016.</p><p>FÓRUM 4</p><p>1. PAAF (Punção aspirativa por agulha fina):</p><p>A PAAF é uma técnica minimamente invasiva de obtenção de células de órgãos e tecidos,</p><p>principalmente para acessar diretamente órgãos superficiais (como linfonodos, tireoide e</p><p>mama). Para órgãos com estruturas profundas, é utilizada a punção biópsia por agulha</p><p>grossa, guiada por ultrassom ou tomografia.</p><p>2. Quais as utilidades médicas do iodo radioativo além do uso na neoplasia da</p><p>tireóide?</p><p>O iodo radioativo é amplamente, especialmente no tratamento de neoplasia da tireoide,</p><p>através da terapia de ablação com iodo radioativo. Além disso, o iodo radioativo também</p><p>pode ser utilizado em outras áreas da medicina, como na cintilografia óssea para</p><p>diagnóstico de metástases ósseas na detecção de tumores neuroendócrinos, na terapia de</p><p>câncer de próstata metastático com receptores de somatostatina e na avaliação da</p><p>função renal através da cintilografia renal.</p><p>FÓRUM</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA QUE DEVEM SER OBSERVADOS NO</p><p>ATENDIMENTO DE UM PACIENTE CANDIDATO AO USO DO IODO RADIOATIVO</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA QUE DEVEM SER OBSERVADOS NO</p><p>ATENDIMENTO DE UM PACIENTE CANDIDATO AO USO DO IODO RADIOATIVO</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>De acordo com Teixeira (2010), a biossegurança é o conjunto de ações voltado para a</p><p>prevenção, diminuição ou eliminação de riscos relacionados às atividades de pesquisa,</p><p>produção, desenvolvimentos tecnológicos, entre outros. Tais riscos possuem o potencial em</p><p>afetar a saúde do homem e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Desse</p><p>modo, a biosegurança relacionada à ciência e pesquisa está direcionada a redução de potenciais</p><p>riscos na utilização de matérias contaminantes e radiológicos, com potenciais nocivos ao</p><p>manuseador.</p><p>A partir do exposto, a utilização de iodo radioativo (I-131) no diagnóstico e tratamento</p><p>de distúrbios tireoidianos, requerem normas de segurança, uma vez que o paciente em</p><p>tratamento possui altas doses de radiações no corpo podendo, dessa formar, contaminar o meio</p><p>e as pessoas. Assim, esses indivíduos necessitam de internação e de isolamento em leitos que</p><p>garantem todas as suas necessidades básicas, evitando o contato com gestantes e crianças por 7</p><p>dias após a exposição, até que os níveis do medicamento diminuam e não haja o risco de</p><p>contaminar outras pessoas com o seu efeito. O paciente deve utilizar roupas hospitalares e</p><p>toucas disponibilizadas durante a internação para evitar a contaminação de suas vestes pessoais</p><p>e cabelos, não é recomendado comer ou beber uma hora após a administração de iodo</p><p>radioattivo (MACHADO, 2018).</p><p>Os quartos devem ser revestidos com material adequado (blindagem) e em espessura</p><p>suficiente com o fito de evitar contaminação. Além disso, os profissionais responsáveis pelo</p><p>paciente devem fazer o uso de equipamentos individuais de proteção (avental de chumbo, colar</p><p>cervical de chumbo, óculos de proteção) e permanecer o menor tempo possível no quarto do</p><p>paciente. Ademais, os profissionais devem utilizar o dosímetro de radiação. (RISSATO, 2009).</p><p>É importante informar, também, sobre medidas e cuidados antes, durante e após o</p><p>tratamento como manuseio de roupa (lavar separadamente) e lixos produzidos, alimentação</p><p>adequada, não compartilhar objetos de uso pessoal, restrição de determinadas medicações.</p><p>(SALES; HALPERN; CERCATO, 2016).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>MACHADO, M. E. et al. O quarto terapêutico de pacientes que internam para iodoterapia.</p><p>Clinical and biomedical research. v. 39, n. 2, 2018.</p><p>RISSATO, M. L. et al. Iodoterapia: avaliação crítica de procedimentos de precaução e</p><p>manuseio dos rejeitos radioativos. Revista Instituto Adolfo Lutz, v. 68, n. 2. 2009.</p><p>SALES, P.; HALPERN, A.; CERCATO, C. O essencial em endocrinologia. 1. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Roca, 2016.</p><p>TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biosegurança: Uma abordagem multidisciplinar. 2. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Fio Cruz, 2010.</p><p>FORÚM</p><p>01) Paciente (abaixo) com desconforto abdominal e sangramento nas fezes. Qual o provável</p><p>diagnóstico?</p><p>Resposta: Síndrome de Peutz-Jeghers.</p><p>02) Ressecção endoscópica de pólipo retal: quais as possíveis complicações deste procedimento?</p><p>Resposta: Entre as complicações estão: Sangramento, perfuração, dor abdominal (associadas ao</p><p>tamanho do pólipo), lesões de órgãos extracólicos, complicações cardiovasculares e infecção.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>SÍNDROMES CLÍNICAS ASSOCIADAS A CADA TOPOGRAFIA DO INTESTINO</p><p>GROSSO RELACIONADO ÀS NEOPLASIAS</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>SÍNDROMES CLÍNICAS ASSOCIADAS A CADA TOPOGRAFIA DO INTESTINO</p><p>GROSSO RELACIONADO ÀS NEOPLASIAS</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de</p><p>Tecnologia da Informação e Comunicação</p><p>como requisito parcial para obtenção de nota</p><p>em Sistemas Orgânicos Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da</p><p>Silva Neves.</p><p>Síndr omes</p><p>cl</p><p>ínicas e suas</p><p>topogr af ias no IG</p><p>- Essa síndrome é caracterizada</p><p>por uma desordem</p><p>autossômica dominante, que</p><p>acarreta o desenvolvimento de</p><p>pólipos adenomatosos no cólon</p><p>e no reto. Essa desordem é</p><p>associada à mutação do gene</p><p>APC, localizado no braço longo</p><p>do cromossomo 5.</p><p>- É caracterizada pela ocorrência de</p><p>pólipos adenomatosos em cólon,</p><p>duodeno e estômago, além de</p><p>tumores extraintestinais como</p><p>osteomas, tumores desmoides de</p><p>parede abdominal e retroperitônio,</p><p>carcinoma de tireoide, tumores</p><p>hepatobiliares e adrenais</p><p>SÍNDROME DE COWDEN</p><p>- Está associada à presença de</p><p>pólipos hamartomatosos no</p><p>cólon e reto, além de</p><p>localizações extraintestinais, de</p><p>localização em pele e mucosas,</p><p>assim como a tumores faciais e</p><p>à hiperceratose palmoplantar.</p><p>- É uma variante da Polipose</p><p>Adenomatosa Familiar (PAF)</p><p>caracterizada pela presena de</p><p>múltiplos pólipos adenomatosos</p><p>no cólon e reto estando,</p><p>também, associadas à tumores</p><p>do sistema nervoso central,</p><p>sendo o meduloblastoma o</p><p>principal.</p><p>SÍNDROME DE TURCOT</p><p>SÍNDROME DE GARDNET</p><p>- Caracteriza-se por lesões</p><p>hiperpigmentadas nos lábios e na</p><p>mucosa oral, associadas a múltiplos</p><p>pólipos hamartomatosos do trato</p><p>gastrointestinal. O local mais comum</p><p>onde se localizam os pólipos é o</p><p>intestino delgado, seguido do cólon</p><p>e estômago, respectivamente.</p><p>- Localiza-se principalmente no cólon sigmoide e</p><p>evoluindo para o restante do cólon. Define-se</p><p>essa síndrome quando se encontram pólipos</p><p>hiperplásicos maiores que 1 cm de diâmetro ou em</p><p>número superior (> 30) àqueles identificados na</p><p>população geral. Parece que a chance de</p><p>ocorrên- cia de CCR nesses pacientes também é</p><p>maior; no entanto, ainda não foram bem</p><p>esclarecidos quais os mecanismos genéticos</p><p>envolvidos.</p><p>SÍNDROME DA POLIPOSE</p><p>HIPERPLASICA</p><p>SÍNDROME DE PEUTZ-</p><p>JEGHERS</p><p>POLIPOSE ADENOMATOSA</p><p>FAMILIAR</p><p>SÍNDROME DE LYNCH</p><p>- É caracterizada por pequeno</p><p>número de pólipos color retais e</p><p>aumento do risco também de</p><p>câncer de endométrio, ovário,</p><p>estômago, intestino delgado, sistema</p><p>hepatobiliar e pancreático e trato</p><p>urogenital superior. Ela é uma</p><p>doença hereditária ? > de caráter</p><p>autossômico dominante. Mutação em</p><p>genes de reparo de DNA --> MLH1,</p><p>MSH2, MSH6 e PMS2.</p><p>SÍNDROME DE MUIR-TORRE</p><p>- É uma variante rara da Síndrome de</p><p>Lynch (SL). Afeta principalmente</p><p>cólon, reto e trato urogenital. Além</p><p>das malignidades viscerais que</p><p>ocorrem na SL, manifesta-se</p><p>também por lesões cutâneas</p><p>(adenomas sebáceos, epiteliomas,</p><p>carcinomas, ceratoacantomas).</p><p>Referências:</p><p>ZATERKA, S.; EISIG, J. N. Tratado de Gastroenterologia da Graduação à Pós-Graduação. 2ª Ed. Atheneu, 2016</p><p>FÓRUM</p><p>Quais os diferentes marcadores para Hepatite B e quais as indicações de cada um?</p><p>São marcadores de triagem para a hepatite B: HBsAg e anti-HBc.</p><p>1. HBsAg (antígeno de superfície do HBV): É o primeiro marcador a surgir após a</p><p>infecção pelo HBV. Está presente nas infecções agudas e crônicas.</p><p>2. Anti-HBc (anticorpos IgG contra o antígeno do núcleo do HBV): É um marcador</p><p>que indica contato prévio com o vírus. Permanece detectável por toda a vida nos</p><p>indivíduos que tiveram a infecção.</p><p>3. Anti-HBc IgM (anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do HBV):</p><p>É um marcador de infecção recente, confirmando o diagnóstico de hepatite B</p><p>aguda.</p><p>4. Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV): Indica imunidade</p><p>contra o HBV. Surge após o desaparecimento do HBsAg e indica bom</p><p>prognóstico. Pode ser encontrado em pessoas vacinadas.</p><p>5. HBeAg (antígeno “e” do HBV): Indica a replicação viral e, portanto,</p><p>infectividade. Está presente na fase aguda, surge após o aparecimento do HBsAg.</p><p>Na hepatite crônica a presença do HBeAg indica replicação viral e atividade da</p><p>doença.</p><p>6. Anti-HBe (anticorpo contra o antígeno “e” do HBV): A soroconversão HBeAg</p><p>para anti-HBe indica alta probabilidade de resolução da infecção nos casos agudos</p><p>(ou seja, provavelmente o indivíduo não vai se tornar um portador crônico do</p><p>vírus). Na hepatite crônica pelo HBV a presença do anti-HBe, de modo geral,</p><p>indica ausência de replicação do vírus, ou seja, menor atividade da doença e, com</p><p>isso, menor chance de desenvolvimento de cirrose.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>TIPOS DE HEPATITES VIRAIS CONHECIDAS, DIFERENÇAS CLÍNICAS E VACINA</p><p>DISPONÍVEL</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>TIPOS DE HEPATITES VIRAIS CONHECIDAS, DIFERENÇAS CLÍNICAS E VACINA</p><p>DISPONÍVEL</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>Segundo Norris (2021), as hepatites são caracterizadas por um processo inflamatório no</p><p>fígado, cuja etiologia mais comum acontece por vírus hepatotrópicos do tipo A, B, C, D e E.</p><p>Apesar de terem alvo primário os hepatócitos, eles se diferenciam quanto às formas de</p><p>transmissão, período de incubação e consequências clínicas advindas da infecção. São</p><p>designados pelas siglas: vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite</p><p>C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e vírus da hepatite E (HEV).</p><p>De maneira geral, os sintomas das hepatites podem ser divididos de acordo com a fase</p><p>de evolução: 1- Período prodrômico ou pré-ictérico (anorexia, náuseas, vômitos, diarréia (ou</p><p>raramente constipação), febre baixa, cefaléia, mal-estar, astenia e fadiga, mialgia, fotofobia,</p><p>desconforto no hipocôndrio direito, urticária, entre outros). 2- Fase ictérica (aparecimento da</p><p>icterícia, em geral há diminuição dos sintomas prodrômicos, hepatomegalia dolorosa, com</p><p>ocasional esplenomegalia). 3- Fase de convalescença (desaparecimento da icterícia, quando</p><p>retorna progressivamente a sensação de bem-estar) (BRASIL, 2005).</p><p>De acordo com Dani (2011), as hepatites são caracterizadas da seguinte maneira:</p><p> O vírus A é de RNA, pertencente à família Picornaviridae, com período de incubação entre</p><p>14 e 50 dias, transmitido por via fecal-oral, com sinais clínicos de febre, mal-estar, náuseas,</p><p>vômitos, anorexia, entre outros, apesar da maioria dos indivíduos serem assintomáticos.</p><p>Além disso é importante mencionar que o HAV não cronifica, está mais associado a</p><p>icterícia e apresenta imunização como forma de prevenção.</p><p> Já o HBV é um vírus de DNA, da família Hepadnavirus, apresentando um período de</p><p>incubação entre 14 a 90 dias, transmitido a partir da via parenteral, como no caso de</p><p>transfusões sanguíneas e uso de drogas intravenosas ilícitas, por via sexual (heterossexual</p><p>e homossexuais com múltiplos parceiros) e por transmissão vertical (mãe-feto). Ademais,</p><p>pode evoluir para a forma crônica, ao contrário da HAV, e apresentam vacinas de</p><p>imunização para o controle e prevenção.</p><p> A hepatite C é causada pelo vírus HCV de RNA pertencente à família Flaviviridae, sendo</p><p>o contágio feito a partir de sangue transfundido com agulhas contaminadas, por uso de</p><p>drogas injetáveis, por transplante de órgãos, por contato sexual, ou de forma vertical. Em</p><p>relação ao período de incubação, esse pode variar de 15-160 dias com média de 50. A</p><p>manifestação de sintomas da hepatite C em sua fase aguda é extremamente rara. Entretanto,</p><p>quando presente, ela segue um quadro semelhante ao das outras hepatites. O vírus C é</p><p>considerado oncogênico, associando-se à instalação do carcinoma hepatocelular, devido a</p><p>seu maior potencial de cronicidade sendo, assim, considerado a hepatite mais grave.</p><p> O vírus da hepatite D pertence à família Deltaviridae e depende do HBV para replicar-se.</p><p>Pode causar hepatite tanto aguda quanto crônica. A infecção depende</p><p>da coinfecção pelo</p><p>HBV, especificamente do HBsAg (antígeno de superfície). Desse modo, a forma aguda</p><p>possui duas apresentações: coinfecção (ocorre simultaneamente com a hepatite B aguda);</p><p>e superinfecção (hepatite D é superposta à infecção crônica pelo vírus da hepatite B). Essa</p><p>patologia apresenta a mesma forma de infecção do HBV, com período de incubação</p><p>variando entre 30-180 dias. A partir do exposto, a imunização contra o HBV oferece</p><p>proteção, também, ao HDV.</p><p> Por fim, o HEV é um vírus RNA, pertencentes à família Galiciviridae, que apresenta a via</p><p>de transmissão, bem como as manifestações clínicas semelhantes às que ocorrem com o</p><p>HAV. Apresenta um período de incubação de 2 a 9 semanas, com média de 40 dias.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. A, B, C, D, E de hepatites para a comunicadores. Brasília,</p><p>2005.</p><p>DANI, R.; PASSOS, M. C. F. Gastroenterologia Essencial, 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara</p><p>Koogan, 2011.</p><p>NORRIS, T. L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.</p><p>FÓRUM</p><p>Especifique qual serpente possui cada um dos tipos de dentição abaixo:</p><p>1. Áglifa: Possuem delfites maxilares, mas sem possuir sulcos, de modo que o</p><p>veneno flui junto com a saliva, o que atenua seus efeitos. Este tipo de dentição é</p><p>característico de serpentes como sucuris e jiboias, atacando e abatendo suas</p><p>presas, geralmente, por constrição.</p><p>2. Opistóglifas: Possuem dentes inoculadores de localização posterior, sendo um</p><p>aparelho inoculador de veneno menos eficiente, dificultando a possibilidade de</p><p>acidentes para o homem. Neste grupo são incluídos vários membros da família</p><p>Colubridae.</p><p>3. Proteróglifas: Têm suas presas localizadas anteriormente com o intuito de cravá-</p><p>las em suas presas, permitindo que seu veneno flua livremente. Este tipo de</p><p>dentição é característico das serpentes da família Elapidae, com dois dentes</p><p>inoculadores de veneno na parte anterior do maxilar superior, de caráter</p><p>marcadamente forte e não retráteis. A ocorrência de mordidas secas por estes</p><p>animais pode ser explicada, de maneira geral, pelo tamanho pequeno a médio</p><p>destas serpentes, seus hábitos semifossoriais, baixa agressividade, dentes curtos</p><p>(geralmente < 3 mm) e o ángulo limitado de abertura da boca (<30°) o que torna</p><p>difícil a injeção de veneno em seres humanos e grandes animais.</p><p>4. Solenóglifa: Possuem a forma mais eficaz dentre os aparelhos inoculadores de</p><p>venenos, sendo incluído neste grupo cascavéis e viboras. Os membros desta</p><p>família possuem dois dentes retráteis que inoculam um potente veneno de caráter</p><p>neurotóxico, hemotóxico e/ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar</p><p>superior. Seus dentes inoculadores são projetados para fora durante o ataque,</p><p>permitindo ao animal inocular uma quantidade de veneno maior do que uma</p><p>serpente da família das proterógli-fas, agravando ainda mais a consequência de</p><p>suas picadas, sendo que, dependendo da espécie, o veneno é mais ou menos forte,</p><p>podendo ser o suficiente para matar um ser humano. Todos os viperídeos são</p><p>providos de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis, situados na porção</p><p>anterior do maxilar.</p><p>REFERÊNCIA: WEISS, M. B.; PAIVA, J. W. S. Acidentes com Animais Peçonhentos.</p><p>Rio de Janeiro: Thieme Brazil, 2017.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>DIFERENÇAS DE AÇÃO CLÍNICA DOS VENENOS DAS SERPENTES ENCONTRADAS</p><p>NO PAÍS</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>DIFERENÇAS DE AÇÃO CLÍNICA DOS VENENOS DAS SERPENTES ENCONTRADAS</p><p>NO PAÍS</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>Acidentes ofídicos são um sério problema de saúde pública nos países tropicais, haja</p><p>vista a grande morbi-mortalidade que causam. Desse modo, entre as principais serpentes</p><p>encontradas no território brasileiro estão distribuídos em quatro genêros: Bothrops (jararaca,</p><p>jaracuçu, caiçara e outras), Lachesis (surucucu, surucutinga), Crotalus (cascavel) e Micrurus</p><p>(coral) (PINHO, 2000).</p><p>De acordo com Weiss e Paiva (2017), o acidente ofídico por Bothrps provoca choque,</p><p>necrose dos tecidos, coagulação intravascular, hemorragia e edema. O veneno dessa serpente é</p><p>rico em fosfolipase A2, substância que exerce uma variedade de efeitos tóxicos, como</p><p>mionecrose, hemorragia, cardiotoxicidade, edema e hidrólise de fosfolipídios de membrana e</p><p>consequente liberação de fatores de ativação plaquetários. Ademais, o veneno pode ser</p><p>distribuido por ações proteoliticas, coagulantes e hemorrágicas, além de apresentar</p><p>manifestações locais e sistêmicas.</p><p>Já em relação ao tipo Crotalus, a peçonha pode apresentar ações neurotóxicas (atua nas</p><p>terminações nervosas inibindo a liberação de acetilcolina), ações miotóxicas (lesão nas fibras</p><p>musculares – rabdomiólise- cursando com a liberação de mioglobina na urina), ações</p><p>coagulantes (consumo de fibrinogênio, alterando a coagulabilidade sanguínea). Desse modo,</p><p>entre as manifestações encontradas estão: fácies miastênicas, oftalmoplegia, arranhão e</p><p>parestesia no local da picada, mialgia, gengivorragia e manifestações sitêmicas (mal-estar,</p><p>sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, inquietação, entre outros) (PARDAL, YUKI 2000),</p><p>Outrossim, também está em pauta a serpente do gênero Lachesis, e conforme Tavares</p><p>Neto (2014), essa apresenta ações do tipo hemorrágico-coagulante (enzimas presentes no</p><p>veneno transformam o fibrinogênio em fibrina, formando macrocoágulos que se depositam em</p><p>órgãos, obstruindo o fluxo sanguíneo), proteólitica (proteases que produzem lesão tecidual),</p><p>inflamatória (células inflamatórias agem e induzem o aumento da permeabilidade vascular e</p><p>hemorragias), hipotensora (pela indução de bradicininas e calicreínas, além da ação de</p><p>peptídeos potencializadores da bradicinina, impedindo sua metabolização e conversão da</p><p>angiotensina I em II), miotóxica (ação das fosfolipases e substâncias que levarão a formação de</p><p>infiltrado de leucócitos polimorfonucleares que se não neutralizado agem na necrose de fibras</p><p>musculares esqueléticas) e neurotóxica (sintomas vagais por ação de cininas e fosfolipases).</p><p>Além de tudo o que foi mencionado, o acidente ofídico por Lachesis, apresenta como</p><p>sinais locais: edema, dor intensa, equimoses e hemorragia e sistêmicos: hipotensão, tonturas,</p><p>escurecimento de visão, alteração no reconhecimento das cores, hipotermia, bradicardia, ataxia,</p><p>disfagia, vômitos, diarreia, entre outros.</p><p>Por fim, se tratando da Micrurus os constituintes do veneno tóxico são denominados</p><p>neurotóxinas e possuem ações neurotóxicas (pré-sinápticas: bloqueia a liberação de</p><p>acetilcolina, impeindo a deflagação do potencial de ação e pós-sinápticas: competem com a</p><p>acetilcolina pelos receptores colinérgicos, destruindo-os), ação miotóxica (causa mionecrose,</p><p>atingindo o sarcolema celular com posterior influxo de Ca ++, hipercontratilidade dos</p><p>microfilamentos, danos mitocondriais), ação cardiovascular (efeito hipertensivo), ação</p><p>hemorrágica. Logo, os sinais e sintomas a serem observados incluem manifestações de dor,</p><p>edema e parestesia local, síndrome miastênica, fraqueza muscular, diplopia, oftalmoplegia,</p><p>disfagia, diminuição do reflexo do vômito, dispnéia etc (BRASIL, 2008).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância</p><p>Epidemiológica. Brasília, 2008.</p><p>PARDAL,</p><p>P. P. O.; YUKI, R. N. Acidentes por animais peçonhentos: manual de rotinas.</p><p>Belém: Editora Universitária, 2000.</p><p>PINHO, F. O.; VIDAL, E. C.; BURDMANN, E. A. Atualização em insuficiência renal aguda:</p><p>insuficiência renal aguda após acidente crotálico. J. Bras Nefrol, v. 22, n. 3, p. 162-168,</p><p>2000.</p><p>TAVARES-NETO, J. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais</p><p>peçonhentos. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 1, n. 2, p. 76, 2014.</p><p>WEISS, M. B.; PAIVA, J. W. S. Acidentes com Animais Peçonhentos. Rio de Janeiro:</p><p>Thieme Brazil, 2017.</p><p>FÓRUM</p><p>Em que se baseia o exame VHS? Porque tem resultados diferentes em algumas</p><p>situações?</p><p>A VHS é a distância, em milímetros, de sedimentação dos eritrócitos durante uma hora</p><p>em uma amostra de sangue venoso (princípio de Westergren). Valores de referência: 0 a</p><p>15 mm/hora em homens e 0 a 20 mm/hora em mulheres. A VHS é usada como teste de</p><p>triagem para detectar a presença de doença sistêmica, também é usada para</p><p>monitoramento da evolução ou resposta de doenças à terapia, quando acentuadamente</p><p>acelerada no início. Valores elevados VHS podem indicar condições como: Vasculite,</p><p>incluindo arterite temporal, artrite inflamatória, doença renal, anemia, neoplasias</p><p>malignas e discrasias de plasmócitos, alergia aguda, lesão tecidual, incluindo infarto do</p><p>miocárdio entre outros.</p><p>REFERÊNCIA: RAO, L. V.; SNYDER, L. M. Wallach - Interpretação de Exames</p><p>Laboratoriais. 11. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2022.</p><p>Identifique os dois tipos de anticorpos abaixo apresentados:</p><p>A primeira imagem refere-se a imunoglobulina do tipo IgM</p><p>e a segunda a imunoglobulina do tipo IgA.</p><p>REFERÊNCIA: ABBAS, A. K. et al. Imunologia Básica -</p><p>Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico. 6. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Grupo GEN, 2021.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>ANTICORPOS: DEFINIÇÃO, FUNÇÕES, TIPOS, DIFERENÇAS.</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>ANTICORPOS: DEFINIÇÃO, FUNÇÕES, TIPOS, DIFERENÇAS.</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos e</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves.</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>Anticorpos são proteínas solúveis que circulam livremente e exibem propriedades que</p><p>atuam na imunidade e proteção contra um agente estranho. Esses elementos são sintetizados</p><p>pelos plasmócitos, células formadas a partir da diferenciação dos linfócitos B. De maneira</p><p>sucinta, as principais funções dos anticorpos são: a) inativação de vírus, toxinas e outros agentes</p><p>químicos; b) neutralização da aderência de bactérias à superfície de células epiteliais,</p><p>principalmente em mucosas; c) opsonização ou facilitação da fagocitose: após se ligarem ao</p><p>antígeno pelo fragmento Fab, os anticorpos podem ser reconhecidos pelos fagócitos. Essa</p><p>interação favorece o englobamento do antígeno/patógeno e sua destruição pela fagocitose</p><p>(ABBAS, 2021; LAVISON, 2021).</p><p>Ademais, possuem a função de: d) participação na citotoxicidade celular: ao se ligarem</p><p>a antígenos presentes na superfície de células-alvo, os anticorpos podem ser reconhecidos pelas</p><p>células natural killer, por meio de receptores para os fragmentos Fc de IgG, levando à destruição</p><p>das células pela ação de perforinas; e) fixação e ativação do sistema complemento: quando duas</p><p>moléculas de IgG (exceto IgG4) ou uma molécula pentamérica de IgM se ligam ao antígeno</p><p>específico, a primeira proteína da via clássica do sistema complemento, C1, pode se fixar ao</p><p>fragmento Fc desses anticorpos e iniciar a ativação de uma cascata de eventos, que poderão</p><p>culminar na eliminação do patógeno e no desenvolvimento do processo inflamatório (DELVES,</p><p>2018).</p><p>A partir do exposto, existem cinco classes de anticorpos designadas IgG, IgA, IgM, IgD</p><p>e IgE. A imunoglobulina G (IgG) apresenta-se na forma monomérica e constitui</p><p>aproximadamente 75% do total de anticorpos séricos no homem adulto normal. Existem 4</p><p>subclasses IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4. É a única imunoglobulina humana que pode atravessar a</p><p>placenta e é responsável pela proteção do recém-nascido durante os primeiros meses de vida.</p><p>Os macrófagos e células natural killer possuem receptores de superfície para porção Fc de IgG1</p><p>e IgG3. Após a ligação ao antígeno pela porção Fab, pode ocorrer a ligação dessas células à</p><p>porção Fc dos anticorpos, que promoverá a facilitação da fagocitose (opsonização) ou</p><p>citotoxicidade celular, respectivamente (ABBAS, 2021).</p><p>Já em relação a imunoglobulina A (IgA), essa pode ser de duas diferentes subclasses</p><p>(IgA1 ou IgA2), e apresentar-se de duas formas distintas, uma encontrada no soro e outra nas</p><p>secreções. A IgA sérica é geralmente um monômero e a IgA secretória é um dímero, sendo a</p><p>principal imunoglobulina do sistema de defesa das mucosas e das secreções exócrinas, como</p><p>saliva, lágrima, colostro, entre outras. A principal função biológica da IgA é fazer parte da</p><p>primeira linha de defesa, impedindo ou diminuindo a aderência das bactérias às mucosas e</p><p>neutralizando as toxinas e a infectividade dos vírus (DELVES, 2018).</p><p>Outrossim, quanto a imunoglobulina M (IgM), trata-se do principal anticorpo a agir nas</p><p>respostas imunes precoces à maioria dos antígenos e predomina em certas respostas mediadas</p><p>por anticorpos naturais, como aos antígenos dos grupos sanguíneos. É o anticorpo mais eficaz</p><p>em fixar o complemento e aparece também, na forma monomérica, na superfície de células B.</p><p>Além disso, a imunoglobulina D (IgD) é um monômero presente no soro em quantidades</p><p>mínimas (0,2% do total de anticorpos). A IgD também está presente na superfície de células B,</p><p>onde atuam como receptores de antígenos (LAVISON, 2021).</p><p>Por fim, a imunoglobulina E (IgE) apresenta-se na forma de monômeros e compreende</p><p>apenas 0,004% do total de imunoglobulinas séricas. Possui grande afinidade pelos receptores</p><p>de superfície de mastócitos e eosinófilos e os títulos elevados desta imunoglobulina estão</p><p>correlacionados com reações anafiláticas e infecções por parasitas (ABBAS, 2021).</p><p>REFERÊNCIA</p><p>ABBAS, A. K. et al. Imunologia Básica - Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico. 6.</p><p>ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021.</p><p>DELVES, P. J. ROITT - Fundamentos de Imunologia. 13. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2018.</p><p>LEVINSON, W. et al. Microbiologia Médica e Imunologia: um manual clínico para doenças</p><p>infecciosas. 15. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021.</p><p>FÓRUM</p><p>01) Qual a diferença da profilaxia Pré e Pós exposição para o HIV?</p><p>A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) consiste no uso de antirretrovirais</p><p>(ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. A PrEP faz parte das</p><p>estratégias de prevenção combinada do HIV. Dentro do conjunto de ferramentas da</p><p>prevenção combinada, inserem-se também: 1. Testagem para o HIV; 2. Profilaxia Pós-</p><p>Exposição ao HIV (PEP); 3. Uso regular de preservativos; 4. Diagnóstico oportuno e</p><p>tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (IST); 5. Redução de</p><p>danos; 6. Gerenciamento de vulnerabilidades; 7. Supressão da replicação viral pelo</p><p>tratamento antirretroviral; 8. Imunizações.</p><p>Já a profilaxia pós-exposição (PEP) é uma forma de prevenção do HIV</p><p>semelhante à PrEP, com a diferença de ser iniciada após o paciente ter sido</p><p>potencialmente exposto ao vírus, como nos casos de estupro, rompimento da</p><p>camisinha durante relação com alguém sabidamente soropositivo, usuários de drogas</p><p>que compartilharam agulhas ou profissionais de saúde que se acidentaram com</p><p>agulhas ou material biológico potencialmente contaminado. A profilaxia Pós-</p><p>Exposição ao HIV também é feita com a administração</p><p>de medicamentos</p><p>antirretrovirais, que devem ser iniciados o mais rápido possível, de preferência nas</p><p>duas primeiras horas após a exposição ao vírus e no máximo em até 72 horas. O início</p><p>precoce da profilaxia elimina o vírus HIV antes que ele consiga se multiplicar no</p><p>organismo do paciente, impedindo a sua contaminação de forma permanente.</p><p>REFERÊNCIA: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes</p><p>terapêuticas para profilaxia pré-exposição (PREP) de risco à infecção pelo HIV. Brasília,</p><p>2018.</p><p>02) HPV - Qual a maneira adequada de identificar os tipos e subtipos? Quais as diferenças</p><p>no potencial oncogênico? Como realizar a prevenção desta doença?</p><p>O HPV é uma sigla em inglês (Human Papiloma Virus), em Português significa</p><p>Papiloma Vírus Humano, a doença manifesta-se como verrugas em região genital é</p><p>considerada uma doença de transmissão sexual. Há testes que identificam vários tipos de</p><p>HPV (captura híbrida, hibridização in situ e genotipagem), mas seu valor na prática</p><p>clínica não está claro, e as decisões quanto às condutas clínicas não devem ser feitas com</p><p>base nesses testes, mas em alterações celulares observadas pela colpocitologia oncótica.</p><p>Assim, não é recomendável, na rotina, a triagem de infecção subclínica pelo HPV. Os</p><p>tipos de HPV podem ser separados em vírus de baixo, intermediário ou alto risco, de</p><p>acordo com o tipo de lesão a que estão mais associados. Os HPV dos subtipos 6, 11, 41,</p><p>42, 43 e 44 estão geralmente associados a infecções benignas do trato genital, como o</p><p>condiloma acuminado ou plano, e estão presentes na maioria das infecções clinicamente</p><p>aparentes causadas pelo vírus. Normalmente, esses tipos não estão associados a displasias</p><p>quando examinados pela histopatologia. Entre as formas de prevenção vacinar-se contra</p><p>o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção, além disso, é crucial a</p><p>utilização de preservativos nas relações sexuais, a fim de evitar a disseminação da doença.</p><p>REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.</p><p>Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais: Protocolo Clínico e Diretrizes</p><p>Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente</p><p>Transmissíveis (IST). Brasília; 2020.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>PATOLOGIAS QUE DEVEM SER ROTINEIRAMENTE CONSIDERADAS NA</p><p>AVALIAÇÃO DE UMA GESTANTE</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>PATOLOGIAS QUE DEVEM SER ROTINEIRAMENTE CONSIDERADAS NA</p><p>AVALIAÇÃO DE UMA GESTANTE</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou</p><p>outros microrganismos, podendo ser transmitidas, por intermédio do contato sexual (oral,</p><p>vaginal, anal) sem o uso de preservativo (camisinha), com uma pessoa que esteja infectada,</p><p>além da transmissão por contato parenteral e perinatal. Desse modo, a propagação de IST meio</p><p>da transmissão vertical da mãe para a criança, ocorre durante a gestação, o parto ou a</p><p>amamentação, quando medidas de prevenção não são realizadas (BRASIL, 2020).</p><p>Em geral, as IST em gestantes podem acarretar complicações obstétricas e neonatais</p><p>aumentando a morbimortalidade materno-infantil. Dessa forma, para evitar tais complicações,</p><p>as grávidas, conjuntamente com seus parceiros sexuais devem ser investigados para IST durante</p><p>o pré-natal. Assim, são pedidos exames sorológicos especialmente para sífilis, hepatite B, e</p><p>vírus da imunodeficiência humana (HIV). Além disso, também é recomendada o teste para</p><p>Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Treponema pallidum em pacientes</p><p>sexualmente ativas. Ademais, a toxoplasmose é outra patologia de importância clínica para a</p><p>gestação e que é essencial para a triagem pré-natal (COSTA, 2010).</p><p>A sifilis é transmitida verticalmente pelo espiroqueta Treponema pallidum, por via</p><p>transplacentária, pode ocorrer em qualquer momento da gestação. Contudo, os casos de recém-</p><p>nascidos assintomáticos estão mais relacionados à transmissão no terceiro trimestre. Quanto</p><p>mais antiga for a doença materna, menor o risco de transmissão para o feto. A sífilis congênita</p><p>pode se apresentar com quadro clínico variável: desde rinite hemorrágica, erupção</p><p>eritematopapulosa, placas mucosas, condiloma plano, fissuras periorificiais radiadas,</p><p>hepatoesplenomegalia entre outros (BRASIL, 2013).</p><p>As hepatites virais são causadas por diferentes agentes etiológicos hepatotrópicos, sendo</p><p>destacados ma gestação as hepatites virais transmitidas pelos vírus B. Os pacientes poderão</p><p>apresentar-se ictéricos, podendo a doença evoluir para a cronificação, considerada a principal</p><p>causa de carcinoma hepatocelular no futuro. A sorologia pelo antígeno de superfície do vírus</p><p>da hepatite B (HbsAg), deve ser realizada na primeira consulta do pré-natal. Se negativo e o</p><p>anti-HBs for não reagente, recomenda-se a imunização antes ou durante a gestação, em qualquer</p><p>trimestre. Se o anti-HBs for reagente, não há mais necessidade de repetir o teste ao longo da</p><p>gestação, uma vez que a gestante já está imunizada. Uma vez que o HBsAg for reagente devem</p><p>ocorrer a administração de vacina e da imunoglobulina específica para o vírus da hepatite B</p><p>(HBIg) ao RN (SANTOS, 2017).</p><p>Outrossim, têm-se a transmissão vertical do HIV, no qual ocorre através da passagem</p><p>do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, no parto ou na amamentação. Dessa forma, tal</p><p>afecção pode atingir o feto e prejudicar o seu desenvolvimento, ocasionando abortamentos ou</p><p>gravidez ectópica e, ainda, gerar crianças com má formação congênita. A testagem para HIV</p><p>ocorre por testes rápidos ou por sorologia, como o imunoensaioenzimático, e deve ser feita na</p><p>primeira consulta pré-natal, a fim de identificar gestantes soropositivas e iniciar medidas que</p><p>reduzam a carga viral e, portanto, o risco de transmissão vertical. Ademais, quando o resultado</p><p>for negativo, é necessário repetir a sorologia no 3° trimestre e na internação hospitalar</p><p>(GRANT, 2020).</p><p>Ademais, a gonorreia e clamídia na gestação pode estar relacionada a um risco maior de</p><p>prematuridade, ruptura prematura das membranas, perdas fetais, retardo do crescimento</p><p>intrauterino e febre no puerpério. Pode haver bartolinite, peri-hepatite, artrite, endocardite e</p><p>endometrite pós-parto. Além das alterações possíveis durante a gestação já citadas no início, a</p><p>infecção gonocócica pode ter repercussão também no recém-nascido, podendo levar a</p><p>conjuntivite, septicemia, artrite, abscessos no couro cabeludo (BRASIL, 2013).</p><p>Por fim, para a toxoplasmose é solicitado o rastreamento de imunoglobulina G (IgG) e</p><p>imunoglobulina M (IgM). Na ausência de anticorpos IgG e IgM no primeiro exame, repete-se</p><p>no segundo e terceiro trimestres da gestação e inicia-se a instrução da adoção de práticas</p><p>preventivas, como evitar a ingestão de carnes cruas e malcozidas, lavar bem as frutas e as</p><p>verduras e evitar contato com animais domésticos. Caso haja anticorpos IgG-positivos e IgM-</p><p>negativos, considera-se a gestante com imunidade e não há necessidade de repeti-los ao longo</p><p>da gestação. Se no primeiro exame solicitado detectar-se a presença de IgM positivo, deve-se</p><p>solicitar imediatamente o teste de avidez de IgG. Anticorpos IgG com alta avidez indicam</p><p>infecção antiga e excluem infecção aguda nos últimos 3 a 4 meses. Anticorpos com baixa avidez</p><p>podem significar infecção aguda (BRASIL, 2020).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções</p><p>Sexualmente Transmissíveis: Prevenção a Transmissão Vertical. Brasília, 2020.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Departamento de atenção</p><p>básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.</p><p>COSTA, M. C. et al. Doenças sexualmente transmissíveis na gestação: uma síntese de</p><p>particularidades. Anais Brasileiros de Dermatologia, 2010. Disponível em:</p><p>https://www.scielo.br/i/abd/a/FVMKPSqGdCkTtPWdS8bHvh/abstract/?lang=pt. Acesso em:</p><p>04 maio. 2023.</p><p>GRANT J.S, et al. Sexually Transmitted Infections in Pregnancy: A Narrative Review of the</p><p>Global Research Gaps, Challenges, and Opportunities. Sex Transm Dis, 2020.</p><p>SANTOS, D. S. Contribuições para diminuir a prevalência de Infecções Sexualmente</p><p>Transmissíveis em gestantes inscritas na Unidade Básica de Saúde Dr. Aurélio Caciquinho na</p><p>Estratégia Saúde da Família São Francisco em Januária - Minas Gerais. 2017. Tese</p><p>(Especialização) - Curso de Especialização em Estratégia Saúde da Família, Universidade</p><p>Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2017. Disponível em:</p><p>https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/49794. Acesso em: 03 maio. 2023.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTANTE NO PARTO, AMNIOTOMIA,</p><p>ALIMENTAÇÃO, QUIMIOPROFILAXIA.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTANTE NO PARTO, AMNIOTOMIA,</p><p>ALIMENTAÇÃO, QUIMIOPROFILAXIA.</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>Define-se o nascimento normal como: início espontâneo do trabalho de parto de</p><p>pacientes com baixo risco que permanecem assim durante todo o pré-parto e o parto. O bebê</p><p>nasce espontaneamente na apresentação cefálica fletida entre 37 e 42 semanas de gestação e</p><p>após o parto mãe e bebê se encontram em boas condições. Para que o nascimento de uma criança</p><p>seja seguro, é necessário avaliar, inicialmente, as condições da gestante em trabalho do parto, a</p><p>exemplo dos dados de acompanhamento pré-natal e verificação da tipagem sanguínea e o Rh</p><p>materno, os sinais vitais da gestante como pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória,</p><p>temperatura e peso, avaliação do estado fetal, frequência e intensidade das contrações e o mais</p><p>importante, confirmar realmente se gestante encontra-se em trabalho de parto, com o fito de</p><p>evitar complicações e procedimentos desnecessários (FERNANDES, 2018).</p><p>Nessa primeira fase do parto é realizado avaliação precoce ou triagem de trabalho de</p><p>parto em qualquer local de assistência, definição e duração das fases do pimeiro período (fase</p><p>de latência e trabalho de parto estabelecido), observações e monitoração (pulso, temperatura,</p><p>exame vaginal, diurese, frequência das contrações, alterações fetais, etc), intervenções e</p><p>medidas de rotina (amniotomia precoce, encorajamento a deambulação, entre outros). Outro</p><p>detalhe a ser analisado é a realização de aminiotomia, que consiste na rotura ou ruptura artificial</p><p>das membranas ovulares através de um instrumento esterilizado inserido na cérvice por meio</p><p>do toque vaginal, que pode ser realizada no início, durante ou no final do trabalho de parto,</p><p>sendo indicado como método de indução de parto. Desse modo, diante da suspeita de falha de</p><p>progresso no primeiro estágio do trabalho de parto, é válido considerar a realização de</p><p>amniotomia se as membranas estiverem íntegras, porém, essa prática nem sempre é</p><p>recomendada não devendo ser realizada de rotina em mulheres em trabalho de parto que estejam</p><p>progredindo bem (BRASIL, 2017).</p><p>Ademais, em relação a alimentação durante o parto, as gestantes podem ingerir líquidos,</p><p>de preferência soluções isotônicas, assim como mulheres em trabalho de parto que não</p><p>estiverem sob efeito de opióides ou não apresentarem fatores de risco iminente para anestesia</p><p>geral podem ingerir uma dieta leve. Acredita-se que a ingestão de alimentos sólidos podem</p><p>causar aspirações, contribuindo para complicações severas (CUNNINGHAM, 2021).</p><p>Por fim, define-se como antibioticoprofilaxia a administração de um agente</p><p>antimicrobiano, por período curto de tempo, em pacientes com risco considerável de infecção,</p><p>com a finalidade de eliminar ou diminuir a contaminação no campo operatório, desse modo,</p><p>essa prática nos diversos tipos de parto visa reduzir a ocorrência de complicações infecciosas.</p><p>Porém, a antibioticoprofilaxia em Obstetrícia, além da análise específica da influência do tipo</p><p>de parto nas complicações infecciosas, deve abranger a avaliação de fatores de risco para</p><p>infecção puerperal, como trabalho de parto prolongado, toques vaginais repetidos (sete ou</p><p>mais); uso de sonda vesical, fórceps e manobras de extração fetal ou placentária, laceração de</p><p>colo uterino, reto e vagina; anemia, entre outros. Dessa forma, o uso de antibióticos irá depender</p><p>das condições de parto e riscos (ZIMMERMMANN, 2010).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal.</p><p>Brasília, 2017.</p><p>CUNNINGHAM, F. G. Obstetrícia de Williams. 25. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021.</p><p>FERNANDES, C. E. Febrasgo - Tratado de Obstetrícia. 1. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2018.</p><p>ZIMMERMMANN, J. B. et al. A antibioticoprofilaxia nos diferentes tipos de parto.</p><p>Feminina, v. 38, n. 6, p.271-277, 2010.</p><p>FÓRUM</p><p>Quais as causas mais comuns de aborto espontâneo?</p><p>Abortamento define-se como a interrupção da gestação com menos de 20 semanas ou</p><p>com produto da concepção (embrião ou feto) pesando menos de 500 g. A partir disso,</p><p>entre as causas mais comuns de abortos estão as alterações cromossômicas fetais</p><p>(síndrome de Tunner, trissomias, tetraploidias), alterações endócrinas maternas (diabetes</p><p>mellitus, defeitos na fase lútea, tireopatias, síndrome dos ovários policísticos), infecções</p><p>(Chlamydia trachomatis, Neis-seria gonorrhoeae, Streptococcus agalactiae, herpes-</p><p>vírus, citomegalovírus e Listeria monocytogenes, entre outros), causas uterinas (sinéquias</p><p>intrauterinas, miomas, incompetência cervical), mal formações uterinas (defeitos da fusão</p><p>dos ductos de Müller), fatores imunológicos (lúpus eritematoso sistêmico, síndrome</p><p>antifosfolipídeo), trombofilias hereditárias, drogas/agentes nocivos e traumas.</p><p>Referência: ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R. P. V. Zugaib obstetrícia. 4. ed. São Paulo:</p><p>Manole, 2020.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>TIPOS DE ABORTO</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>TIPOS DE ABORTO</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>De acordo com Brasil (2022), define-se abortamento como a interrupção da gravidez até</p><p>a 20ª/22ª semana de gestação e com produto da concepção pesando menos que 500g. Assim, o</p><p>aborto pode ser do tipo: ameaça de abortamento (evitável), inevitável, incompleto, completo,</p><p>infectado, retido e habitual/recorrente.</p><p>No aborto do tipo evitável há chance de reversão</p><p>do quadro por haver ainda perspectivas</p><p>de evolução da gravidez, apresentando como quadro clínico sangramento vaginal em pequena</p><p>quantidade, acompanhado ou não de dor em cólica. Ademais, ao exame ginecológico, o colo</p><p>uterino encontra-se fechado e o tamanho do útero é compatível com o esperado para a idade</p><p>gestacional. Quanto a realização de exames complementares a ultrassonografia evidencia</p><p>atividade cardíaca do produto conceptual, podendo encontrar pequena área de descolamento</p><p>ovular (CUNNINGHAM, 2021).</p><p>Já em relação ao abortamento inevitável, este é definido quando o produto conceptual</p><p>perde a vitalidade e não existe possibilidade de evolução da gestação, apresentando como</p><p>sintomatologia a hemorragia e a dor, podendo o colo do útero estar dilatado ou não. É</p><p>importante mencionar, também, que os sinais da gravidez costumam sofrer atenuação</p><p>(MONTENEGRO, 2017).</p><p>Outrossim, o aborto incompleto é definido pela presença intrauterina dos produtos da</p><p>concepção, após a expulsão parcial do tecido gestacional, apresentando como manifestações</p><p>clínicas o sangramento vaginal persistente e, por vezes, torna-se intermitente. O volume ute-</p><p>rino é menor que o esperado para a idade gestacional e, no exame de toque, o orifício interno</p><p>do colo uterino geralmente se encontra dilatado (CUNNINGHAM, 2021).</p><p>O aborto do tipo completo ocorre no 1° trimestre da gestação, principalmente nas</p><p>primeiras 10 semanas, sendo comum a expulsão completa dos produtos da concepção. Rapida-</p><p>mente, o útero se contrai e o sangramento, juntamente às cólicas, diminui de intensidade. O</p><p>orifício interno do colo uterino tende a fechar-se em poucas horas. Ao exame ultrassonográfico,</p><p>pode não haver evidência de conteúdo uterino (ZUGAIB, 2020).</p><p>Além disso, em relação ao abortamento infectado, este está associado a manipulações</p><p>da cavidade uterina pelo uso de técnicas inadequadas e inseguras (abortamento clandestino ou</p><p>outras condições). Dessa forma os microrganismos podem invadir os tecidos miometriais,</p><p>causando parametrite, peritonite e septicemia e a maioria das bactérias que causam aborto</p><p>séptico são parte da flora vaginal e intestinal normal (MONTENEGRO, 2017).</p><p>Denomina-se aborto retido a ocorrência de morte embrionária ou fetal antes de 20 se-</p><p>manas de gestação, associada à retenção do produto conceptual por período prolongado de</p><p>tempo, por vezes dias ou semanas. Geralmente, as pacientes relatam cessação dos sintomas</p><p>associados à gravidez (náuseas, vômitos, ingurgitamento mamário), podendo ocorrer</p><p>sangramento vaginal, na maioria das vezes em pequena quantidade. O volume uterino é menor</p><p>que o esperado para a idade gestacional e o colo uterino encontra-se fechado ao exame de toque</p><p>(ZUGAIB, 2020).</p><p>Por fim, o abortamento habitual, também denominado recorrente, classicamente é</p><p>definido como a ocorrência consecutiva de dois, três ou mais abortamentos. As causas do</p><p>abortamento habitual são várias e podem ser divididas em genéticas (alterações</p><p>cromossômicas), anatômicas (sinéquias uterinas, leimiomas, pólipos, anomalias congênitas no</p><p>trato genital), endócrinas (síndrome do ovário policístico, hipotireoidismo), infecciosas e</p><p>imunológicas (síndrome antifosfolipídeo e lúpus eritematoso sistêmico) (CUNNINGHAM,</p><p>2021).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção técnica para prevenção, avaliação e conduta nos</p><p>casos de abortamento. Brasília. 2022.</p><p>CUNNINGHAM, F. G. Obstetrícia de Williams. 25. ed. Porto Alegre: AMGH, 2021.</p><p>MONTENEGRO, C. A. B.; REZENDE FILHO, J. Rezende Obstetrícia Fundamental. 14. ed.</p><p>Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2017.</p><p>ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R. P. V. Zugaib obstetrícia. 4. ed. São Paulo:</p><p>Manole, 2020.</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>FATORES QUE AUMENTAM, DIMINUEM E OS FATORES INCONCLUSIVOS</p><p>PARA ALTERAÇÃO DO RISCO DE CÂNCER DE MAMA NAS MULHERES</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI</p><p>GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS</p><p>FATORES QUE AUMENTAM, DIMINUEM E OS FATORES INCONCLUSIVOS</p><p>PARA ALTERAÇÃO DO RISCO DE CÂNCER DE MAMA NAS MULHERES</p><p>Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da</p><p>Informação e Comunicação como requisito parcial</p><p>para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos e</p><p>Integrados.</p><p>Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva</p><p>Neves.</p><p>TERESINA</p><p>2023</p><p>Câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação desordenada de células da</p><p>mama, possuindo um grande potencial de invadir outros órgãos. Essa patologia também pode</p><p>acometer homens, porém é bem mais raro, representando 1% do total de casos da doença, mas</p><p>quando presente nessa populaça é considerado de pior prognóstico. Assim, existem inúmeros</p><p>tipos de câncer de mama, no qual alguém podem se desenvolver de forma mais rápida, e outros,</p><p>não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado</p><p>e tratado no início (BRASIL, 2022).</p><p>A respeito dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama estão</p><p>a idade avançada, raça e etnia hispânico-americana, os comportamentais/ambientais:</p><p>Obesidade, sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica,</p><p>exposição frequente a radiações ionizantes; História reprodutiva/hormonais: Primeira</p><p>menstruação antes dos 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, parar de</p><p>menstruar (menopausa) após os 55 anos, ter feito uso de contraceptivos orais (pílula</p><p>anticoncepcional) por tempo prolongado; Hereditários/genéticos: História familiar de câncer de</p><p>ovário, câncer de mama em homens, câncer de mama em mãe, irmã ou filha, principalmente</p><p>antes dos 50 anos.</p><p>Desse modo, a fim de reduzir os riscos é necessário aderir à alguns método protetores</p><p>como manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas</p><p>alcoólicas. Além disso, a amamentação também é considerada um fator protetor para essa</p><p>doença, sendo independe de idade, etnia, paridade e presença ou não de menopausa</p><p>(FEBRASGO, 2019).</p><p>Outrossim, é importante ressaltar que o tabagismo, mesmo apresentando todos</p><p>potenciais maléficos para uma progressão neoplásica, apresenta resultados contraditórios, e é</p><p>atualmente classificado como agente carcinogênico com limitada evidência para o</p><p>desenvolvimento de câncer de mama sendo, então, inconclusivo. Ademais, temos outros fatores</p><p>incluídos nesta categoria, como uma como uma dieta rica em frutas, vegetais, peixes, azeites,</p><p>soja, fitoestrogênios (substância química semelhante ao 17-beta estradiol), carnes</p><p>vermelhas e processadas e ingestão de fibras, bem como a residência geográfica, a infertilidade,</p><p>o uso de medicamentos de cálcio, anti-inflamatórios não esteroides e bisfosfonatos</p><p>(OLIVEIRA, 2020).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Câncer de Mama. Brasília, 2020.</p><p>FEBRASGO. Febrasgo – Tratado de ginecologia. 1. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019.</p><p>OLIVEIRA, A. L. R. et al. Fatores de risco e prevenção do câncer de mama. Cadernos da</p><p>Medicina-UNIFESO, v. 2, n. 3, 2020.</p><p>FÓRUM</p><p>Para quais métodos diagnósticos podemos utilizar o termo BIRADS? Ele se correlaciona</p><p>com a gravidade do câncer? Quais as chances de neoplasia em cada categoria BIRADS?</p><p>O BIRADS é um sistema adotado para estimar qual a chance de determinada</p><p>imagem da mamografia ser câncer. Esse sistema varia de 0 a 6, possuindo como finalidade</p><p>promover uma uniformização dos relatórios mamográficos, pois a falta de uniformidade</p><p>resulta em relatórios ambíguos que podem interferir na estratégia de conduta, tornar um</p><p>controle evolutivo difícil, ou até impossível, trazendo dificuldades na interpretação</p>

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