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4° PERÍODO Sistemas Orgânicos e Integrados FÓRUM SEMANA 3 1. Caso clínico: Qual a melhor hipótese diagnóstica? Paciente do sexo feminino, 42 anos, com história de úlcera péptica de longa data, que consultou devido a dor epigástrica persistente, melena e sinais de irritação peritoneal. Úlcera péptica perfurada foi diagnosticada, necessitando de intervenção cirúrgica de emergência. Abaixo resultado de CT de abdome e PET- Scan. RESPOSTA: De acordo com as informações colhidas, a melhor hipótese diagnóstica seria um câncer gástrico, confirmada pela sintomatologia e história prévia e crônica de úlcera péptica de longa data, além das alterações encontradas no exame. 2. Qual o motivo da predisposição à úlcera péptica em um paciente usuário de AINES? RESPOSTA: Os AINEs agem inibindo a COX-1, importante para a produção de prostaglandinas (mediadoras de secreção de bicarbonato, aumentam a irrigação sanguínea, reduzem a secreção gástrica, aumentam a produção de muco etc). Ao inibir a formação de prostaglandinas pela mucosa gástrica, os AINE reduzem praticamente todas as defesas contra a secreção ácida, dificultando o reparo tecidual e a neutralização do HCl aumentando, consequentemente, as lesões gástricas e o risco de desenvolvimento de úlceras pépticas. FÓRUM CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS RESENHA SOBRE AS DIRETRIZES ATUAIS REFERENTES AO TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI. TERESINA 2023 O Helicobacter pylori é uma bactéria Gram-negativa, com formato espiralado, móvel e com flagelos em uma das extremidades. Esse patógeno coloniza a mucosa gástrica e tem grande afinidade pelas células produtoras de muco localizadas no antro gástrico, levando na quase totalidade dos casos à gastrite crônica ativa, úlcera péptica, câncer gástrico e linfoma de MALT. A urease é a principal enzima presente na bactéria, que produz um meio mais básico em volta do bacilo, de modo a neutralizar a acidez do lúmen gástrico, permitindo sua sobrevivên9cia (NORRIS, 2021). Segundo Coelho (2018), no IV Consenso Brasileiro sobre Infecção pelo H. pylori, a terapêutica contra o patógeno consiste no tratamento de primeira linha, no qual deve-se utilizar a terapia tripla consistindo na combinação dos Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs) + Amoxicilina + Claritromicina por 14 dias. Ademais, existe a terapia quádrupla de segunda escolha que incluem a associação de IBPs + Bismuto + Tetraciclina + Metronidazol por 10 a 14. A dosagem e tempo de administração variam. Quando o tratamento de terapia tripla de primeira linha falha, o esquema de segunda linha mais utilizado é feito substituindo a Claritromicina pelo Levofloxacino por 10 a 14 dias. Quando o paciente é alérgico à penicilina, pode ser feita a substituição da Amoxilina pelo Levofloxacino ou Metronidazol (CAETANO, 2021; COELHO et al, 2018). Além disso, de acordo com Norris (2021), sabe-se que pessoas infectadas por H. pylori devem suspender o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), AAS e o consumo de álcool, uma vez que aumentam a inflamação da mucosa e consequentemente o risco do desenvolvimento de úlceras pépticas e de hemorragias. REFERÊNCIAS CAETANO, J. IV Consenso Brasileiro sobre I nfecção pelo Helicobacter pylori. Endoscopia Terapêutica, 2021. Disponível em: <https://endoscopiaterapeutica.com.br/assuntosgerais/iv-consenso-brasileiro- sobre-infeccao-pelo -helicobacter -pylori >. Acesso em: 18 fev. 2023. COELHO, L. G. V. et al. IVth B razilian Consensus Conference on Helicobacter pylori infection. Files of Gastroenterology, 2018. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/ag/a/DQtggHCHth5R6xx75G8tVtC/?lang=en >. Acesso em: 18 fev. 2023. NORRIS, T. L. Porth- Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. FÓRUM SEMANA 4 Qual proteína foi desabilitada neste estudo? Qual tipo de neoplasia? Resposta: A proteína desabilitada foi a DP-1 (responsável pela interrupção da resposta imunológica de determinadas células). Dessa forma, esse tipo de proteína pode ser usado para combater algumas neoplasias, a exemplo do câncer de pulmão (adenocarcinoma de não pequenas células) apresentado no caso. As bactérias possuem sistema imunológico? Como isso ocorre? Qual o papel biotecnológico desta técnica? Resposta: Sim, as bactérias apresentam um sistema imunológico adaptativo, o sistema CRISPER. O sistema tem como base o mecanismo de defesa bacteriano contra um vírus invasor, que ao detectar um DNA viral já conhecido, produz 2 fitas de RNAs curtas, no qual uma terá a sequência correspondente a do vírus agressor. Assim, esse sistema atua quando um bacteriófago invade a célula bacteriana, onde parte de seu DNA possa ser inserido no genoma do hospedeiro, sendo intercalado com sequências repetidas. Essa conformação intercalada com DNA viral compõe uma forma de defesa das bactérias, haja vista que quando detectada a invasão viral a bactéria passa a enviar enzimas, especialmente a Cas9, que ao detectar o DNA de um vírus é possível destruí- lo. A partir dessa técnica, descobriu-se que é possível editar e manipular componentes genômicos, sendo uma importante ferramenta para a contenção de genes causadores de doenças a partir da sua deleção e consequente incorporação de um novo pedaço de DNA trazendo características desejáveis. FÓRUM CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS FUNCIONAMENTO DO SISTEMA CRISPR-CAS9, INCLUINDO OS TIPOS POSSÍVEIS DE REPARO NO DNA. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA CRISPR-CAS9, INCLUINDO OS TIPOS POSSÍVEIS DE REPARO NO DNA. Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. Segundo Caetano (2019), o CRISPR-Cas9 se refere a sigla inglesa para Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats (Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Espaçadas), sendo uma ferramenta que serve para quebrar uma molécula de DNA em um local específico, a partir da enzima Cas9. Esse componente funciona como uma tesoura que corta o DNA em qualquer ponto de interesse e para isso necessita de um componente chamado RNA guia, que age como um GPS direcionando a Cas9 para a sequência que deseja-se cortar. O sistema surgiu a partir do mecanismo de defesa bacteriano contra um vírus invasor, que ao infectar uma bactéria, injeta nela seu material genético. A partir disso, a bactéria possui a capacidade reconhece o invasor e, com o auxilio do CRISPR/Cas9, cliva o material genético do bacteriófago em pedaços para impedir a infecção. Em seguida, mantém-se um fragmento do material genético do vírus para que, em caso de nova infeccção, possa reagir mais rapidamente ao invasor (SANDER, 2014). Com base no mecanismo elucidado, pesquisadores de todo o mundo viram nesse sistema um potencial para ser empregado na edição e manipulação gênica. Assim, sua utilização tornou-se uma ferramenta de reparo do genoma, diante do processo de quebra ou até mesmo inativação de parte do material genético podendo, desse modo, auxiliar na contenção de genes causadores de doenças hereditárias e deletérias (fibrose cística, doenças autoimunes, hemoglobinopatias etc), eliminando a mutação no genoma assim como a transmissão da patologia para as futuras gerações, além de poder incorporar um novo pedaço de DNA, trazendo outras informaçõese características desejáveis. Dessa forma, há a possibilidade de melhorar geneticamente alguns organismos (AREND, 2017). Para cada tipo de alteração no DNA há um mecanismo de edição e reparado específico, administrado por suas respectivas enzimas. Entre as principais vias de reparação estão: por reversão direta, por excisão de base/nucleotídeo, por incompatibilidade e por reparo de quebra de fita dupla (união de extremidades não homólogas e recombinação homóloga) (ROBERTIS; et al., 2014). Assim, as vantagens que podem ser destacas para o sistema CRISPR/Cas9 estão relacionadas ao seu fácil uso e manipulação in vivo e in vitro, versatilidade, especificidade, além da possibilidade da edição de múltiplos alvos simultaneamente. A partir disso, é possível proporcionar para a comunidade médica e científica a realização e a aplicação na terapia de células humanas, como a terapia genética, correção de defeitos em genes de células progenitoras, doenças genéticas, tratamento do cancro e mesmo do HIV, HPV e EBV em células infetadas. Por fim, há, também, a chance de melhorar geneticamente vegetais e outras espécies agrícolas, tornando-as mais resistentes, duradouras e produtivas (SANTOS, 2016; AREND, 2017). REFERÊNCIAS AREND, M. C, PEREIRA, J. O.; MARKOSKI, M. M. O Sistema CRISPR/Cas9 e a Possibilidade de Edição Genômica para a Cardiologia. ArqBrasCardiol, v. 108, n. 1, p. 81-83, 2017. CAETANO, G. C. G. et al. TÉCNICA CRISPR-CAS9 E SUA UTILIZAÇÃO NA ÁREA LABORATORIAL. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, v. 25, n. 2, p. 96-99, 2018. ROBERTIS, E. M. et al. De Robertis Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2014. E-book. ISBN 978-85-277-2386-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2386-2/ . Acesso em: 25 fev. 2023. SANDER J. D.; JOUNG J. K. CRISPR-Cas systems for editing, regulation and targeting genomes. Nature Biotechnol, v. 32, n. 4, p. 347-55, 2014. SANTOS, S. L. F. et. al. CRISPR uma nova era na Biologia molecular; Revista Biotecnologia & Ciência, v. 5, n. 2, p. 40-48, 2016. FÓRUM 4 1. Shiguelose: de que forma a Shiguella penetra na mucosa intestinal? Como é o quadro clínico do paciente com Shiguelose? A Shigella é a bactéria causadora da Shiguelose. Esse patógeno é resistente ao ambiente ácido hostil do estômago, uma vez no intestino, os organismos são captados por células M (microfold). Elas são células epiteliais, especializadas na amostragem e apresentação dos antígenos luminais. As Shigella proliferam intracelularmente, escapam para a lâmina própria e são fagocitadas por macrófagos, nos quais elas induzem a apoptose. A subsequente resposta inflamatória danifica a superfície epitelial e permite que a Shigella, dentro da luz intestinal, tenha acesso às membranas basolaterais das células epiteliais colônicas, que é o local preferido para a sua invasão. Todas as Shigella spp. carregam plasmídeos virulentos, alguns dos quais codificam um sistema de secreção tipo III, capaz de injetar diretamente proteínas bacterianas no citoplasma hospedeiro. O sorótipo 1 da S. dysenteriae também libera a toxina Shiga Stx, que inibe a síntese de proteína eucariótica, resultando na lesão e morte das células hospedeiras. Quanto ao quadro clínico, após um período de incubação de até 1 semana, a Shigella causa uma doença autolimitada, caracterizada por cerca de 1 semana de diarreia, febre e dor abdominal. A dor abdominal tem característica de cólica difusa, geralmente precedendo a diarreia, Além da febre alta, outras manifestações podem estar presentes, tais como: anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, calafrios, estados totêmicos, convulsões e sinais meningíticos. Ao exame físico, pode-se observar hipertermia, desidratação, hipotensão, dor a palpação abdominal e ruídos hidroaéreos exacerbados. Nas formas leves ou moderadas, a Shigelose pode se manifestar apenas por diarreia aquosa, sem aparecimento de fezes disentéricas. 2. Como atua a toxina da Cólera? A fisiopatologia da doença está associada à ação, na luz intestinal, de uma toxina, a toxina colérica (CT), produzida pelo agente etiológico. A toxina, ao se fixar em receptores presentes na superfície dos enterócitos, inverte os mecanismos fisiológicos dessas células, que passam então a excretar água e a perder eletrólitos, resultando desse processo uma diarréia clorídrica em profusão. Os Vibrio cholerae penetram no organismo humano por via oral e os que conseguem escapar à acidez gástrica – que constitui a primeira linha de defesa do hospedeiro contra a cólera – localizam-se no intestino delgado, cujo meio alcalino lhes favorece a proliferação, resultando, posteriormente, em profusa liberação de uma exotoxina que atua sobre as células da mucosa intestinal, causando uma ruptura no seu equilíbrio fisiológico e fazendo com que seja secretada grande quantidade de líquido isotônico. A mucinase, elaborada pelo agente, favorece a ultrapassagem da barreira representada pela camada de muco intestinal. Ao alcançar a mucosa do intestino delgado (duodeno e jejuno, principalmente), o Vibrio adere à borda ciliada das células epiteliais, graças ao fator de aderência. Em seguida, produz uma enterotoxina, constituída por 2 subunidades: A (interna) e B (externa). A subunidade B une-se ao gangliosídio GM 1, substância receptora presente nas células do epitélio FÓRUM intestinal; a seguir, as ligações sulfidrilas (que mantêm unidas as subunidades A e B) se rompem, e a subunidade A penetra através da parede celular, atingindo o interior do enterócito e ativando a adenilciclase. Desse processo resulta um acúmulo de AMP-cíclico, que determina o aumento da secreção intestinal, levando à diarréia e à desidratação. Esse fluído é pobre em proteína e rico em Na+, K+, Cl- e HCO3-, e sua perda maciça conduz, rapidamente, ao quadro de desidratação. Contudo, a bomba de Na+ é preservada, o que permite a reabsorção do sódio em presença de glicose, explicando a notável eficiência da reidratação oral no tratamento da doença. A perda de eletrólitos e líquidos da circulação e dos espaços intercelulares é considerável, podendo ser fatal se não corrigida a tempo. Com o tratamento adequado baseado na rápida administração de líquidos e eletrólitos, em quantidade equivalente às perdas gastrointestinais, todas as alterações físicas e bioquímicas desaparecem em curto prazo. Por outro lado, o tratamento tardio ou insuficiente pode ser incapaz de evitar a evolução do quadro para graves alterações fisiopatológicas: a insuficiência renal aguda, os transtornos próprios da hipocalemia, atonia intestinal, arritmias cardíacas, hipotensão e colapso cardíaco. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual integrado de vigilância epidemiológica da cólera. Brasília, 2008. KUMAR, V. et al. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS QUANDO SUSPEITAR CLINICAMENTE QUE O PACIENTE POSSA APRESENTAR CÓLERA? QUAL A DIFERENÇA DAS OUTRAS ENTEROCOLITES BACTERIANAS? CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 QUANDO SUSPEITAR CLINICAMENTE QUE O PACIENTE POSSA APRESENTAR CÓLERA? QUAL A DIFERENÇA DAS OUTRAS ENTEROCOLITES BACTERIANAS? Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. De acordo com Goldman (2022), a cólera é uma doença causada por dois sorogrupos especificos da bactéria Vibrio cholerae (O1 e O139), essas liberam toxinas que ao se ligarem às paredes intestinais, alteram o fluxode sódio e cloreto do organismo. Com isso, tal alteração faz com que o organismo secrete quantidades excessivas de água provocando, desse modo, diarreia aquosa, desitradação e perda de fluidos e sais minerais importantes para o corpo. Essa patologia é transmitida a partir da contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados com a bactéria, ou seja, está diretamente relacionada ao saneamento básico e hábitos de higiene. Em relação a apresentação clínica, para suspeitar da doença o paciente deve apresentar os seguintes sinais e sintomas: Diarreia, náuseas, vômitos, cãibras musculares e choque (devido à perda de minerais no sangue). A desidratação levar a outros sintomas, como irritabilidade, letargia, olhos encovados, boca seca, sede excessiva, pele seca e enrugada, oligúria, pressão arterial baixa, arritmia cardíaca, desequilíbrio eletrolítico (perda de minerais do sangue). Também é importante observar que a desidratação profunda e rapidamente progressiva, pode levar a morte em horas (BRASIL, 2008). Somado a isso, a cólera diferencia-se de outras enterocolites bacterianas em virtude não só dos tipos de bactérias envolvidas, mas também pelas complicações que podem surgir com o tratamento inadequado contra a cólera. Isso inclui choque hipovolêmico (24 h do início de vômitos e diarreia), necrose renal, arritmias cardíacas, convulsões e morte. Além disso, é importante evidenciarmos que os organismos Vibrio não são invasivos e permanecem na luz intestinal, ao contrário da maioria das enterocolites bacterianas, a exemplo: Campylobacter, Shigella, Salmonella, S. typhi, Yersinia, entre outras. Logo, em resumo, a diferença entre a cólera e outras enterocolites causadas por bactérias é a perca excessiva de líquidos e eletrólitos por meio da diarreia, além do aspecto aquoso e presença de mancha de muco (KUMAR, 2016). REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Manual integrado de vigilância epidemiológica da cólera. Brasília, 2008. GOLDMAN, L.; ANDREW I. S. Goldman-Cecil Medicina. 26. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2022. KUMAR, V. et al. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. FÓRUM 4 1. PAAF (Punção aspirativa por agulha fina): A PAAF é uma técnica minimamente invasiva de obtenção de células de órgãos e tecidos, principalmente para acessar diretamente órgãos superficiais (como linfonodos, tireoide e mama). Para órgãos com estruturas profundas, é utilizada a punção biópsia por agulha grossa, guiada por ultrassom ou tomografia. 2. Quais as utilidades médicas do iodo radioativo além do uso na neoplasia da tireóide? O iodo radioativo é amplamente, especialmente no tratamento de neoplasia da tireoide, através da terapia de ablação com iodo radioativo. Além disso, o iodo radioativo também pode ser utilizado em outras áreas da medicina, como na cintilografia óssea para diagnóstico de metástases ósseas na detecção de tumores neuroendócrinos, na terapia de câncer de próstata metastático com receptores de somatostatina e na avaliação da função renal através da cintilografia renal. FÓRUM CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA QUE DEVEM SER OBSERVADOS NO ATENDIMENTO DE UM PACIENTE CANDIDATO AO USO DO IODO RADIOATIVO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA QUE DEVEM SER OBSERVADOS NO ATENDIMENTO DE UM PACIENTE CANDIDATO AO USO DO IODO RADIOATIVO Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. De acordo com Teixeira (2010), a biossegurança é o conjunto de ações voltado para a prevenção, diminuição ou eliminação de riscos relacionados às atividades de pesquisa, produção, desenvolvimentos tecnológicos, entre outros. Tais riscos possuem o potencial em afetar a saúde do homem e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Desse modo, a biosegurança relacionada à ciência e pesquisa está direcionada a redução de potenciais riscos na utilização de matérias contaminantes e radiológicos, com potenciais nocivos ao manuseador. A partir do exposto, a utilização de iodo radioativo (I-131) no diagnóstico e tratamento de distúrbios tireoidianos, requerem normas de segurança, uma vez que o paciente em tratamento possui altas doses de radiações no corpo podendo, dessa formar, contaminar o meio e as pessoas. Assim, esses indivíduos necessitam de internação e de isolamento em leitos que garantem todas as suas necessidades básicas, evitando o contato com gestantes e crianças por 7 dias após a exposição, até que os níveis do medicamento diminuam e não haja o risco de contaminar outras pessoas com o seu efeito. O paciente deve utilizar roupas hospitalares e toucas disponibilizadas durante a internação para evitar a contaminação de suas vestes pessoais e cabelos, não é recomendado comer ou beber uma hora após a administração de iodo radioattivo (MACHADO, 2018). Os quartos devem ser revestidos com material adequado (blindagem) e em espessura suficiente com o fito de evitar contaminação. Além disso, os profissionais responsáveis pelo paciente devem fazer o uso de equipamentos individuais de proteção (avental de chumbo, colar cervical de chumbo, óculos de proteção) e permanecer o menor tempo possível no quarto do paciente. Ademais, os profissionais devem utilizar o dosímetro de radiação. (RISSATO, 2009). É importante informar, também, sobre medidas e cuidados antes, durante e após o tratamento como manuseio de roupa (lavar separadamente) e lixos produzidos, alimentação adequada, não compartilhar objetos de uso pessoal, restrição de determinadas medicações. (SALES; HALPERN; CERCATO, 2016). REFERÊNCIAS MACHADO, M. E. et al. O quarto terapêutico de pacientes que internam para iodoterapia. Clinical and biomedical research. v. 39, n. 2, 2018. RISSATO, M. L. et al. Iodoterapia: avaliação crítica de procedimentos de precaução e manuseio dos rejeitos radioativos. Revista Instituto Adolfo Lutz, v. 68, n. 2. 2009. SALES, P.; HALPERN, A.; CERCATO, C. O essencial em endocrinologia. 1. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016. TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biosegurança: Uma abordagem multidisciplinar. 2. ed. Rio de Janeiro: Fio Cruz, 2010. FORÚM 01) Paciente (abaixo) com desconforto abdominal e sangramento nas fezes. Qual o provável diagnóstico? Resposta: Síndrome de Peutz-Jeghers. 02) Ressecção endoscópica de pólipo retal: quais as possíveis complicações deste procedimento? Resposta: Entre as complicações estão: Sangramento, perfuração, dor abdominal (associadas ao tamanho do pólipo), lesões de órgãos extracólicos, complicações cardiovasculares e infecção. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS SÍNDROMES CLÍNICAS ASSOCIADAS A CADA TOPOGRAFIA DO INTESTINO GROSSO RELACIONADO ÀS NEOPLASIAS CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS SÍNDROMES CLÍNICAS ASSOCIADAS A CADA TOPOGRAFIA DO INTESTINO GROSSO RELACIONADO ÀS NEOPLASIAS Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves.Síndr omes cl ínicas e suas topogr af ias no IG - Essa síndrome é caracterizada por uma desordem autossômica dominante, que acarreta o desenvolvimento de pólipos adenomatosos no cólon e no reto. Essa desordem é associada à mutação do gene APC, localizado no braço longo do cromossomo 5. - É caracterizada pela ocorrência de pólipos adenomatosos em cólon, duodeno e estômago, além de tumores extraintestinais como osteomas, tumores desmoides de parede abdominal e retroperitônio, carcinoma de tireoide, tumores hepatobiliares e adrenais SÍNDROME DE COWDEN - Está associada à presença de pólipos hamartomatosos no cólon e reto, além de localizações extraintestinais, de localização em pele e mucosas, assim como a tumores faciais e à hiperceratose palmoplantar. - É uma variante da Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) caracterizada pela presena de múltiplos pólipos adenomatosos no cólon e reto estando, também, associadas à tumores do sistema nervoso central, sendo o meduloblastoma o principal. SÍNDROME DE TURCOT SÍNDROME DE GARDNET - Caracteriza-se por lesões hiperpigmentadas nos lábios e na mucosa oral, associadas a múltiplos pólipos hamartomatosos do trato gastrointestinal. O local mais comum onde se localizam os pólipos é o intestino delgado, seguido do cólon e estômago, respectivamente. - Localiza-se principalmente no cólon sigmoide e evoluindo para o restante do cólon. Define-se essa síndrome quando se encontram pólipos hiperplásicos maiores que 1 cm de diâmetro ou em número superior (> 30) àqueles identificados na população geral. Parece que a chance de ocorrên- cia de CCR nesses pacientes também é maior; no entanto, ainda não foram bem esclarecidos quais os mecanismos genéticos envolvidos. SÍNDROME DA POLIPOSE HIPERPLASICA SÍNDROME DE PEUTZ- JEGHERS POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR SÍNDROME DE LYNCH - É caracterizada por pequeno número de pólipos color retais e aumento do risco também de câncer de endométrio, ovário, estômago, intestino delgado, sistema hepatobiliar e pancreático e trato urogenital superior. Ela é uma doença hereditária ? > de caráter autossômico dominante. Mutação em genes de reparo de DNA --> MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2. SÍNDROME DE MUIR-TORRE - É uma variante rara da Síndrome de Lynch (SL). Afeta principalmente cólon, reto e trato urogenital. Além das malignidades viscerais que ocorrem na SL, manifesta-se também por lesões cutâneas (adenomas sebáceos, epiteliomas, carcinomas, ceratoacantomas). Referências: ZATERKA, S.; EISIG, J. N. Tratado de Gastroenterologia da Graduação à Pós-Graduação. 2ª Ed. Atheneu, 2016 FÓRUM Quais os diferentes marcadores para Hepatite B e quais as indicações de cada um? São marcadores de triagem para a hepatite B: HBsAg e anti-HBc. 1. HBsAg (antígeno de superfície do HBV): É o primeiro marcador a surgir após a infecção pelo HBV. Está presente nas infecções agudas e crônicas. 2. Anti-HBc (anticorpos IgG contra o antígeno do núcleo do HBV): É um marcador que indica contato prévio com o vírus. Permanece detectável por toda a vida nos indivíduos que tiveram a infecção. 3. Anti-HBc IgM (anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do HBV): É um marcador de infecção recente, confirmando o diagnóstico de hepatite B aguda. 4. Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV): Indica imunidade contra o HBV. Surge após o desaparecimento do HBsAg e indica bom prognóstico. Pode ser encontrado em pessoas vacinadas. 5. HBeAg (antígeno “e” do HBV): Indica a replicação viral e, portanto, infectividade. Está presente na fase aguda, surge após o aparecimento do HBsAg. Na hepatite crônica a presença do HBeAg indica replicação viral e atividade da doença. 6. Anti-HBe (anticorpo contra o antígeno “e” do HBV): A soroconversão HBeAg para anti-HBe indica alta probabilidade de resolução da infecção nos casos agudos (ou seja, provavelmente o indivíduo não vai se tornar um portador crônico do vírus). Na hepatite crônica pelo HBV a presença do anti-HBe, de modo geral, indica ausência de replicação do vírus, ou seja, menor atividade da doença e, com isso, menor chance de desenvolvimento de cirrose. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS TIPOS DE HEPATITES VIRAIS CONHECIDAS, DIFERENÇAS CLÍNICAS E VACINA DISPONÍVEL CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS TIPOS DE HEPATITES VIRAIS CONHECIDAS, DIFERENÇAS CLÍNICAS E VACINA DISPONÍVEL Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. Segundo Norris (2021), as hepatites são caracterizadas por um processo inflamatório no fígado, cuja etiologia mais comum acontece por vírus hepatotrópicos do tipo A, B, C, D e E. Apesar de terem alvo primário os hepatócitos, eles se diferenciam quanto às formas de transmissão, período de incubação e consequências clínicas advindas da infecção. São designados pelas siglas: vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e vírus da hepatite E (HEV). De maneira geral, os sintomas das hepatites podem ser divididos de acordo com a fase de evolução: 1- Período prodrômico ou pré-ictérico (anorexia, náuseas, vômitos, diarréia (ou raramente constipação), febre baixa, cefaléia, mal-estar, astenia e fadiga, mialgia, fotofobia, desconforto no hipocôndrio direito, urticária, entre outros). 2- Fase ictérica (aparecimento da icterícia, em geral há diminuição dos sintomas prodrômicos, hepatomegalia dolorosa, com ocasional esplenomegalia). 3- Fase de convalescença (desaparecimento da icterícia, quando retorna progressivamente a sensação de bem-estar) (BRASIL, 2005). De acordo com Dani (2011), as hepatites são caracterizadas da seguinte maneira: O vírus A é de RNA, pertencente à família Picornaviridae, com período de incubação entre 14 e 50 dias, transmitido por via fecal-oral, com sinais clínicos de febre, mal-estar, náuseas, vômitos, anorexia, entre outros, apesar da maioria dos indivíduos serem assintomáticos. Além disso é importante mencionar que o HAV não cronifica, está mais associado a icterícia e apresenta imunização como forma de prevenção. Já o HBV é um vírus de DNA, da família Hepadnavirus, apresentando um período de incubação entre 14 a 90 dias, transmitido a partir da via parenteral, como no caso de transfusões sanguíneas e uso de drogas intravenosas ilícitas, por via sexual (heterossexual e homossexuais com múltiplos parceiros) e por transmissão vertical (mãe-feto). Ademais, pode evoluir para a forma crônica, ao contrário da HAV, e apresentam vacinas de imunização para o controle e prevenção. A hepatite C é causada pelo vírus HCV de RNA pertencente à família Flaviviridae, sendo o contágio feito a partir de sangue transfundido com agulhas contaminadas, por uso de drogas injetáveis, por transplante de órgãos, por contato sexual, ou de forma vertical. Em relação ao período de incubação, esse pode variar de 15-160 dias com média de 50. A manifestação de sintomas da hepatite C em sua fase aguda é extremamente rara. Entretanto, quando presente, ela segue um quadro semelhante ao das outras hepatites. O vírus C é considerado oncogênico, associando-se à instalação do carcinoma hepatocelular, devido a seu maior potencial de cronicidade sendo, assim, considerado a hepatite mais grave. O vírus da hepatite D pertence à família Deltaviridae e depende do HBV para replicar-se. Pode causar hepatite tanto aguda quantocrônica. A infecção depende da coinfecção pelo HBV, especificamente do HBsAg (antígeno de superfície). Desse modo, a forma aguda possui duas apresentações: coinfecção (ocorre simultaneamente com a hepatite B aguda); e superinfecção (hepatite D é superposta à infecção crônica pelo vírus da hepatite B). Essa patologia apresenta a mesma forma de infecção do HBV, com período de incubação variando entre 30-180 dias. A partir do exposto, a imunização contra o HBV oferece proteção, também, ao HDV. Por fim, o HEV é um vírus RNA, pertencentes à família Galiciviridae, que apresenta a via de transmissão, bem como as manifestações clínicas semelhantes às que ocorrem com o HAV. Apresenta um período de incubação de 2 a 9 semanas, com média de 40 dias. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. A, B, C, D, E de hepatites para a comunicadores. Brasília, 2005. DANI, R.; PASSOS, M. C. F. Gastroenterologia Essencial, 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. NORRIS, T. L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. FÓRUM Especifique qual serpente possui cada um dos tipos de dentição abaixo: 1. Áglifa: Possuem delfites maxilares, mas sem possuir sulcos, de modo que o veneno flui junto com a saliva, o que atenua seus efeitos. Este tipo de dentição é característico de serpentes como sucuris e jiboias, atacando e abatendo suas presas, geralmente, por constrição. 2. Opistóglifas: Possuem dentes inoculadores de localização posterior, sendo um aparelho inoculador de veneno menos eficiente, dificultando a possibilidade de acidentes para o homem. Neste grupo são incluídos vários membros da família Colubridae. 3. Proteróglifas: Têm suas presas localizadas anteriormente com o intuito de cravá- las em suas presas, permitindo que seu veneno flua livremente. Este tipo de dentição é característico das serpentes da família Elapidae, com dois dentes inoculadores de veneno na parte anterior do maxilar superior, de caráter marcadamente forte e não retráteis. A ocorrência de mordidas secas por estes animais pode ser explicada, de maneira geral, pelo tamanho pequeno a médio destas serpentes, seus hábitos semifossoriais, baixa agressividade, dentes curtos (geralmente < 3 mm) e o ángulo limitado de abertura da boca (<30°) o que torna difícil a injeção de veneno em seres humanos e grandes animais. 4. Solenóglifa: Possuem a forma mais eficaz dentre os aparelhos inoculadores de venenos, sendo incluído neste grupo cascavéis e viboras. Os membros desta família possuem dois dentes retráteis que inoculam um potente veneno de caráter neurotóxico, hemotóxico e/ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar superior. Seus dentes inoculadores são projetados para fora durante o ataque, permitindo ao animal inocular uma quantidade de veneno maior do que uma serpente da família das proterógli-fas, agravando ainda mais a consequência de suas picadas, sendo que, dependendo da espécie, o veneno é mais ou menos forte, podendo ser o suficiente para matar um ser humano. Todos os viperídeos são providos de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis, situados na porção anterior do maxilar. REFERÊNCIA: WEISS, M. B.; PAIVA, J. W. S. Acidentes com Animais Peçonhentos. Rio de Janeiro: Thieme Brazil, 2017. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS DIFERENÇAS DE AÇÃO CLÍNICA DOS VENENOS DAS SERPENTES ENCONTRADAS NO PAÍS CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS DIFERENÇAS DE AÇÃO CLÍNICA DOS VENENOS DAS SERPENTES ENCONTRADAS NO PAÍS Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. Acidentes ofídicos são um sério problema de saúde pública nos países tropicais, haja vista a grande morbi-mortalidade que causam. Desse modo, entre as principais serpentes encontradas no território brasileiro estão distribuídos em quatro genêros: Bothrops (jararaca, jaracuçu, caiçara e outras), Lachesis (surucucu, surucutinga), Crotalus (cascavel) e Micrurus (coral) (PINHO, 2000). De acordo com Weiss e Paiva (2017), o acidente ofídico por Bothrps provoca choque, necrose dos tecidos, coagulação intravascular, hemorragia e edema. O veneno dessa serpente é rico em fosfolipase A2, substância que exerce uma variedade de efeitos tóxicos, como mionecrose, hemorragia, cardiotoxicidade, edema e hidrólise de fosfolipídios de membrana e consequente liberação de fatores de ativação plaquetários. Ademais, o veneno pode ser distribuido por ações proteoliticas, coagulantes e hemorrágicas, além de apresentar manifestações locais e sistêmicas. Já em relação ao tipo Crotalus, a peçonha pode apresentar ações neurotóxicas (atua nas terminações nervosas inibindo a liberação de acetilcolina), ações miotóxicas (lesão nas fibras musculares – rabdomiólise- cursando com a liberação de mioglobina na urina), ações coagulantes (consumo de fibrinogênio, alterando a coagulabilidade sanguínea). Desse modo, entre as manifestações encontradas estão: fácies miastênicas, oftalmoplegia, arranhão e parestesia no local da picada, mialgia, gengivorragia e manifestações sitêmicas (mal-estar, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, inquietação, entre outros) (PARDAL, YUKI 2000), Outrossim, também está em pauta a serpente do gênero Lachesis, e conforme Tavares Neto (2014), essa apresenta ações do tipo hemorrágico-coagulante (enzimas presentes no veneno transformam o fibrinogênio em fibrina, formando macrocoágulos que se depositam em órgãos, obstruindo o fluxo sanguíneo), proteólitica (proteases que produzem lesão tecidual), inflamatória (células inflamatórias agem e induzem o aumento da permeabilidade vascular e hemorragias), hipotensora (pela indução de bradicininas e calicreínas, além da ação de peptídeos potencializadores da bradicinina, impedindo sua metabolização e conversão da angiotensina I em II), miotóxica (ação das fosfolipases e substâncias que levarão a formação de infiltrado de leucócitos polimorfonucleares que se não neutralizado agem na necrose de fibras musculares esqueléticas) e neurotóxica (sintomas vagais por ação de cininas e fosfolipases). Além de tudo o que foi mencionado, o acidente ofídico por Lachesis, apresenta como sinais locais: edema, dor intensa, equimoses e hemorragia e sistêmicos: hipotensão, tonturas, escurecimento de visão, alteração no reconhecimento das cores, hipotermia, bradicardia, ataxia, disfagia, vômitos, diarreia, entre outros. Por fim, se tratando da Micrurus os constituintes do veneno tóxico são denominados neurotóxinas e possuem ações neurotóxicas (pré-sinápticas: bloqueia a liberação de acetilcolina, impeindo a deflagação do potencial de ação e pós-sinápticas: competem com a acetilcolina pelos receptores colinérgicos, destruindo-os), ação miotóxica (causa mionecrose, atingindo o sarcolema celular com posterior influxo de Ca ++, hipercontratilidade dos microfilamentos, danos mitocondriais), ação cardiovascular (efeito hipertensivo), ação hemorrágica. Logo, os sinais e sintomas a serem observados incluem manifestações de dor, edema e parestesia local, síndrome miastênica, fraqueza muscular, diplopia, oftalmoplegia, disfagia, diminuição do reflexo do vômito, dispnéia etc (BRASIL, 2008). REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilânciaEpidemiológica. Brasília, 2008. PARDAL, P. P. O.; YUKI, R. N. Acidentes por animais peçonhentos: manual de rotinas. Belém: Editora Universitária, 2000. PINHO, F. O.; VIDAL, E. C.; BURDMANN, E. A. Atualização em insuficiência renal aguda: insuficiência renal aguda após acidente crotálico. J. Bras Nefrol, v. 22, n. 3, p. 162-168, 2000. TAVARES-NETO, J. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 1, n. 2, p. 76, 2014. WEISS, M. B.; PAIVA, J. W. S. Acidentes com Animais Peçonhentos. Rio de Janeiro: Thieme Brazil, 2017. FÓRUM Em que se baseia o exame VHS? Porque tem resultados diferentes em algumas situações? A VHS é a distância, em milímetros, de sedimentação dos eritrócitos durante uma hora em uma amostra de sangue venoso (princípio de Westergren). Valores de referência: 0 a 15 mm/hora em homens e 0 a 20 mm/hora em mulheres. A VHS é usada como teste de triagem para detectar a presença de doença sistêmica, também é usada para monitoramento da evolução ou resposta de doenças à terapia, quando acentuadamente acelerada no início. Valores elevados VHS podem indicar condições como: Vasculite, incluindo arterite temporal, artrite inflamatória, doença renal, anemia, neoplasias malignas e discrasias de plasmócitos, alergia aguda, lesão tecidual, incluindo infarto do miocárdio entre outros. REFERÊNCIA: RAO, L. V.; SNYDER, L. M. Wallach - Interpretação de Exames Laboratoriais. 11. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2022. Identifique os dois tipos de anticorpos abaixo apresentados: A primeira imagem refere-se a imunoglobulina do tipo IgM e a segunda a imunoglobulina do tipo IgA. REFERÊNCIA: ABBAS, A. K. et al. Imunologia Básica - Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico. 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS ANTICORPOS: DEFINIÇÃO, FUNÇÕES, TIPOS, DIFERENÇAS. TERESINA 2023 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS ANTICORPOS: DEFINIÇÃO, FUNÇÕES, TIPOS, DIFERENÇAS. Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos e Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. TERESINA 2023 Anticorpos são proteínas solúveis que circulam livremente e exibem propriedades que atuam na imunidade e proteção contra um agente estranho. Esses elementos são sintetizados pelos plasmócitos, células formadas a partir da diferenciação dos linfócitos B. De maneira sucinta, as principais funções dos anticorpos são: a) inativação de vírus, toxinas e outros agentes químicos; b) neutralização da aderência de bactérias à superfície de células epiteliais, principalmente em mucosas; c) opsonização ou facilitação da fagocitose: após se ligarem ao antígeno pelo fragmento Fab, os anticorpos podem ser reconhecidos pelos fagócitos. Essa interação favorece o englobamento do antígeno/patógeno e sua destruição pela fagocitose (ABBAS, 2021; LAVISON, 2021). Ademais, possuem a função de: d) participação na citotoxicidade celular: ao se ligarem a antígenos presentes na superfície de células-alvo, os anticorpos podem ser reconhecidos pelas células natural killer, por meio de receptores para os fragmentos Fc de IgG, levando à destruição das células pela ação de perforinas; e) fixação e ativação do sistema complemento: quando duas moléculas de IgG (exceto IgG4) ou uma molécula pentamérica de IgM se ligam ao antígeno específico, a primeira proteína da via clássica do sistema complemento, C1, pode se fixar ao fragmento Fc desses anticorpos e iniciar a ativação de uma cascata de eventos, que poderão culminar na eliminação do patógeno e no desenvolvimento do processo inflamatório (DELVES, 2018). A partir do exposto, existem cinco classes de anticorpos designadas IgG, IgA, IgM, IgD e IgE. A imunoglobulina G (IgG) apresenta-se na forma monomérica e constitui aproximadamente 75% do total de anticorpos séricos no homem adulto normal. Existem 4 subclasses IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4. É a única imunoglobulina humana que pode atravessar a placenta e é responsável pela proteção do recém-nascido durante os primeiros meses de vida. Os macrófagos e células natural killer possuem receptores de superfície para porção Fc de IgG1 e IgG3. Após a ligação ao antígeno pela porção Fab, pode ocorrer a ligação dessas células à porção Fc dos anticorpos, que promoverá a facilitação da fagocitose (opsonização) ou citotoxicidade celular, respectivamente (ABBAS, 2021). Já em relação a imunoglobulina A (IgA), essa pode ser de duas diferentes subclasses (IgA1 ou IgA2), e apresentar-se de duas formas distintas, uma encontrada no soro e outra nas secreções. A IgA sérica é geralmente um monômero e a IgA secretória é um dímero, sendo a principal imunoglobulina do sistema de defesa das mucosas e das secreções exócrinas, como saliva, lágrima, colostro, entre outras. A principal função biológica da IgA é fazer parte da primeira linha de defesa, impedindo ou diminuindo a aderência das bactérias às mucosas e neutralizando as toxinas e a infectividade dos vírus (DELVES, 2018). Outrossim, quanto a imunoglobulina M (IgM), trata-se do principal anticorpo a agir nas respostas imunes precoces à maioria dos antígenos e predomina em certas respostas mediadas por anticorpos naturais, como aos antígenos dos grupos sanguíneos. É o anticorpo mais eficaz em fixar o complemento e aparece também, na forma monomérica, na superfície de células B. Além disso, a imunoglobulina D (IgD) é um monômero presente no soro em quantidades mínimas (0,2% do total de anticorpos). A IgD também está presente na superfície de células B, onde atuam como receptores de antígenos (LAVISON, 2021). Por fim, a imunoglobulina E (IgE) apresenta-se na forma de monômeros e compreende apenas 0,004% do total de imunoglobulinas séricas. Possui grande afinidade pelos receptores de superfície de mastócitos e eosinófilos e os títulos elevados desta imunoglobulina estão correlacionados com reações anafiláticas e infecções por parasitas (ABBAS, 2021). REFERÊNCIA ABBAS, A. K. et al. Imunologia Básica - Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico. 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. DELVES, P. J. ROITT - Fundamentos de Imunologia. 13. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. LEVINSON, W. et al. Microbiologia Médica e Imunologia: um manual clínico para doenças infecciosas. 15. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021. FÓRUM 01) Qual a diferença da profilaxia Pré e Pós exposição para o HIV? A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do HIV. Dentro do conjunto de ferramentas da prevenção combinada, inserem-se também: 1. Testagem para o HIV; 2. Profilaxia Pós- Exposição ao HIV (PEP); 3. Uso regular de preservativos; 4. Diagnóstico oportuno e tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (IST); 5. Redução de danos; 6. Gerenciamento de vulnerabilidades; 7. Supressão da replicação viral pelo tratamento antirretroviral; 8. Imunizações. Já a profilaxia pós-exposição (PEP) é uma forma de prevenção do HIV semelhante à PrEP, com a diferença de ser iniciada após o paciente ter sido potencialmente exposto ao vírus, como nos casos de estupro, rompimento da camisinha durante relação com alguém sabidamente soropositivo, usuários de drogas que compartilharam agulhas ou profissionais de saúde que se acidentaram com agulhas ou material biológico potencialmente contaminado. A profilaxia Pós- Exposiçãoao HIV também é feita com a administração de medicamentos antirretrovirais, que devem ser iniciados o mais rápido possível, de preferência nas duas primeiras horas após a exposição ao vírus e no máximo em até 72 horas. O início precoce da profilaxia elimina o vírus HIV antes que ele consiga se multiplicar no organismo do paciente, impedindo a sua contaminação de forma permanente. REFERÊNCIA: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para profilaxia pré-exposição (PREP) de risco à infecção pelo HIV. Brasília, 2018. 02) HPV - Qual a maneira adequada de identificar os tipos e subtipos? Quais as diferenças no potencial oncogênico? Como realizar a prevenção desta doença? O HPV é uma sigla em inglês (Human Papiloma Virus), em Português significa Papiloma Vírus Humano, a doença manifesta-se como verrugas em região genital é considerada uma doença de transmissão sexual. Há testes que identificam vários tipos de HPV (captura híbrida, hibridização in situ e genotipagem), mas seu valor na prática clínica não está claro, e as decisões quanto às condutas clínicas não devem ser feitas com base nesses testes, mas em alterações celulares observadas pela colpocitologia oncótica. Assim, não é recomendável, na rotina, a triagem de infecção subclínica pelo HPV. Os tipos de HPV podem ser separados em vírus de baixo, intermediário ou alto risco, de acordo com o tipo de lesão a que estão mais associados. Os HPV dos subtipos 6, 11, 41, 42, 43 e 44 estão geralmente associados a infecções benignas do trato genital, como o condiloma acuminado ou plano, e estão presentes na maioria das infecções clinicamente aparentes causadas pelo vírus. Normalmente, esses tipos não estão associados a displasias quando examinados pela histopatologia. Entre as formas de prevenção vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção, além disso, é crucial a utilização de preservativos nas relações sexuais, a fim de evitar a disseminação da doença. REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Brasília; 2020. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS PATOLOGIAS QUE DEVEM SER ROTINEIRAMENTE CONSIDERADAS NA AVALIAÇÃO DE UMA GESTANTE CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS PATOLOGIAS QUE DEVEM SER ROTINEIRAMENTE CONSIDERADAS NA AVALIAÇÃO DE UMA GESTANTE Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, podendo ser transmitidas, por intermédio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo (camisinha), com uma pessoa que esteja infectada, além da transmissão por contato parenteral e perinatal. Desse modo, a propagação de IST meio da transmissão vertical da mãe para a criança, ocorre durante a gestação, o parto ou a amamentação, quando medidas de prevenção não são realizadas (BRASIL, 2020). Em geral, as IST em gestantes podem acarretar complicações obstétricas e neonatais aumentando a morbimortalidade materno-infantil. Dessa forma, para evitar tais complicações, as grávidas, conjuntamente com seus parceiros sexuais devem ser investigados para IST durante o pré-natal. Assim, são pedidos exames sorológicos especialmente para sífilis, hepatite B, e vírus da imunodeficiência humana (HIV). Além disso, também é recomendada o teste para Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Treponema pallidum em pacientes sexualmente ativas. Ademais, a toxoplasmose é outra patologia de importância clínica para a gestação e que é essencial para a triagem pré-natal (COSTA, 2010). A sifilis é transmitida verticalmente pelo espiroqueta Treponema pallidum, por via transplacentária, pode ocorrer em qualquer momento da gestação. Contudo, os casos de recém- nascidos assintomáticos estão mais relacionados à transmissão no terceiro trimestre. Quanto mais antiga for a doença materna, menor o risco de transmissão para o feto. A sífilis congênita pode se apresentar com quadro clínico variável: desde rinite hemorrágica, erupção eritematopapulosa, placas mucosas, condiloma plano, fissuras periorificiais radiadas, hepatoesplenomegalia entre outros (BRASIL, 2013). As hepatites virais são causadas por diferentes agentes etiológicos hepatotrópicos, sendo destacados ma gestação as hepatites virais transmitidas pelos vírus B. Os pacientes poderão apresentar-se ictéricos, podendo a doença evoluir para a cronificação, considerada a principal causa de carcinoma hepatocelular no futuro. A sorologia pelo antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HbsAg), deve ser realizada na primeira consulta do pré-natal. Se negativo e o anti-HBs for não reagente, recomenda-se a imunização antes ou durante a gestação, em qualquer trimestre. Se o anti-HBs for reagente, não há mais necessidade de repetir o teste ao longo da gestação, uma vez que a gestante já está imunizada. Uma vez que o HBsAg for reagente devem ocorrer a administração de vacina e da imunoglobulina específica para o vírus da hepatite B (HBIg) ao RN (SANTOS, 2017). Outrossim, têm-se a transmissão vertical do HIV, no qual ocorre através da passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, no parto ou na amamentação. Dessa forma, tal afecção pode atingir o feto e prejudicar o seu desenvolvimento, ocasionando abortamentos ou gravidez ectópica e, ainda, gerar crianças com má formação congênita. A testagem para HIV ocorre por testes rápidos ou por sorologia, como o imunoensaioenzimático, e deve ser feita na primeira consulta pré-natal, a fim de identificar gestantes soropositivas e iniciar medidas que reduzam a carga viral e, portanto, o risco de transmissão vertical. Ademais, quando o resultado for negativo, é necessário repetir a sorologia no 3° trimestre e na internação hospitalar (GRANT, 2020). Ademais, a gonorreia e clamídia na gestação pode estar relacionada a um risco maior de prematuridade, ruptura prematura das membranas, perdas fetais, retardo do crescimento intrauterino e febre no puerpério. Pode haver bartolinite, peri-hepatite, artrite, endocardite e endometrite pós-parto. Além das alterações possíveis durante a gestação já citadas no início, a infecção gonocócica pode ter repercussão também no recém-nascido, podendo levar a conjuntivite, septicemia, artrite, abscessos no couro cabeludo (BRASIL, 2013). Por fim, para a toxoplasmose é solicitado o rastreamento de imunoglobulina G (IgG) e imunoglobulina M (IgM). Na ausência de anticorpos IgG e IgM no primeiro exame, repete-se no segundo e terceiro trimestres da gestação e inicia-se a instrução da adoção de práticas preventivas, como evitar a ingestão de carnes cruas e malcozidas, lavar bem as frutas e as verduras e evitar contato com animais domésticos. Caso haja anticorpos IgG-positivos e IgM- negativos, considera-se a gestante com imunidade e não há necessidade de repeti-los ao longo da gestação. Se no primeiro exame solicitado detectar-se a presença de IgM positivo, deve-se solicitar imediatamente o teste de avidez de IgG. Anticorpos IgG com alta avidez indicam infecção antiga e excluem infecção aguda nos últimos 3 a 4 meses. Anticorpos com baixa avidez podem significar infecção aguda (BRASIL, 2020).REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis: Prevenção a Transmissão Vertical. Brasília, 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Departamento de atenção básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. COSTA, M. C. et al. Doenças sexualmente transmissíveis na gestação: uma síntese de particularidades. Anais Brasileiros de Dermatologia, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/i/abd/a/FVMKPSqGdCkTtPWdS8bHvh/abstract/?lang=pt. Acesso em: 04 maio. 2023. GRANT J.S, et al. Sexually Transmitted Infections in Pregnancy: A Narrative Review of the Global Research Gaps, Challenges, and Opportunities. Sex Transm Dis, 2020. SANTOS, D. S. Contribuições para diminuir a prevalência de Infecções Sexualmente Transmissíveis em gestantes inscritas na Unidade Básica de Saúde Dr. Aurélio Caciquinho na Estratégia Saúde da Família São Francisco em Januária - Minas Gerais. 2017. Tese (Especialização) - Curso de Especialização em Estratégia Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/49794. Acesso em: 03 maio. 2023. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTANTE NO PARTO, AMNIOTOMIA, ALIMENTAÇÃO, QUIMIOPROFILAXIA. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTANTE NO PARTO, AMNIOTOMIA, ALIMENTAÇÃO, QUIMIOPROFILAXIA. Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. Define-se o nascimento normal como: início espontâneo do trabalho de parto de pacientes com baixo risco que permanecem assim durante todo o pré-parto e o parto. O bebê nasce espontaneamente na apresentação cefálica fletida entre 37 e 42 semanas de gestação e após o parto mãe e bebê se encontram em boas condições. Para que o nascimento de uma criança seja seguro, é necessário avaliar, inicialmente, as condições da gestante em trabalho do parto, a exemplo dos dados de acompanhamento pré-natal e verificação da tipagem sanguínea e o Rh materno, os sinais vitais da gestante como pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, temperatura e peso, avaliação do estado fetal, frequência e intensidade das contrações e o mais importante, confirmar realmente se gestante encontra-se em trabalho de parto, com o fito de evitar complicações e procedimentos desnecessários (FERNANDES, 2018). Nessa primeira fase do parto é realizado avaliação precoce ou triagem de trabalho de parto em qualquer local de assistência, definição e duração das fases do pimeiro período (fase de latência e trabalho de parto estabelecido), observações e monitoração (pulso, temperatura, exame vaginal, diurese, frequência das contrações, alterações fetais, etc), intervenções e medidas de rotina (amniotomia precoce, encorajamento a deambulação, entre outros). Outro detalhe a ser analisado é a realização de aminiotomia, que consiste na rotura ou ruptura artificial das membranas ovulares através de um instrumento esterilizado inserido na cérvice por meio do toque vaginal, que pode ser realizada no início, durante ou no final do trabalho de parto, sendo indicado como método de indução de parto. Desse modo, diante da suspeita de falha de progresso no primeiro estágio do trabalho de parto, é válido considerar a realização de amniotomia se as membranas estiverem íntegras, porém, essa prática nem sempre é recomendada não devendo ser realizada de rotina em mulheres em trabalho de parto que estejam progredindo bem (BRASIL, 2017). Ademais, em relação a alimentação durante o parto, as gestantes podem ingerir líquidos, de preferência soluções isotônicas, assim como mulheres em trabalho de parto que não estiverem sob efeito de opióides ou não apresentarem fatores de risco iminente para anestesia geral podem ingerir uma dieta leve. Acredita-se que a ingestão de alimentos sólidos podem causar aspirações, contribuindo para complicações severas (CUNNINGHAM, 2021). Por fim, define-se como antibioticoprofilaxia a administração de um agente antimicrobiano, por período curto de tempo, em pacientes com risco considerável de infecção, com a finalidade de eliminar ou diminuir a contaminação no campo operatório, desse modo, essa prática nos diversos tipos de parto visa reduzir a ocorrência de complicações infecciosas. Porém, a antibioticoprofilaxia em Obstetrícia, além da análise específica da influência do tipo de parto nas complicações infecciosas, deve abranger a avaliação de fatores de risco para infecção puerperal, como trabalho de parto prolongado, toques vaginais repetidos (sete ou mais); uso de sonda vesical, fórceps e manobras de extração fetal ou placentária, laceração de colo uterino, reto e vagina; anemia, entre outros. Dessa forma, o uso de antibióticos irá depender das condições de parto e riscos (ZIMMERMMANN, 2010). REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal. Brasília, 2017. CUNNINGHAM, F. G. Obstetrícia de Williams. 25. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021. FERNANDES, C. E. Febrasgo - Tratado de Obstetrícia. 1. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. ZIMMERMMANN, J. B. et al. A antibioticoprofilaxia nos diferentes tipos de parto. Feminina, v. 38, n. 6, p.271-277, 2010. FÓRUM Quais as causas mais comuns de aborto espontâneo? Abortamento define-se como a interrupção da gestação com menos de 20 semanas ou com produto da concepção (embrião ou feto) pesando menos de 500 g. A partir disso, entre as causas mais comuns de abortos estão as alterações cromossômicas fetais (síndrome de Tunner, trissomias, tetraploidias), alterações endócrinas maternas (diabetes mellitus, defeitos na fase lútea, tireopatias, síndrome dos ovários policísticos), infecções (Chlamydia trachomatis, Neis-seria gonorrhoeae, Streptococcus agalactiae, herpes- vírus, citomegalovírus e Listeria monocytogenes, entre outros), causas uterinas (sinéquias intrauterinas, miomas, incompetência cervical), mal formações uterinas (defeitos da fusão dos ductos de Müller), fatores imunológicos (lúpus eritematoso sistêmico, síndrome antifosfolipídeo), trombofilias hereditárias, drogas/agentes nocivos e traumas. Referência: ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R. P. V. Zugaib obstetrícia. 4. ed. São Paulo: Manole, 2020. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS TIPOS DE ABORTO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS TIPOS DE ABORTO Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. De acordo com Brasil (2022), define-se abortamento como a interrupção da gravidez até a 20ª/22ª semana de gestação e com produto da concepção pesando menos que 500g. Assim, o aborto pode ser do tipo: ameaça de abortamento (evitável), inevitável, incompleto, completo, infectado, retido e habitual/recorrente. No aborto do tipo evitávelhá chance de reversão do quadro por haver ainda perspectivas de evolução da gravidez, apresentando como quadro clínico sangramento vaginal em pequena quantidade, acompanhado ou não de dor em cólica. Ademais, ao exame ginecológico, o colo uterino encontra-se fechado e o tamanho do útero é compatível com o esperado para a idade gestacional. Quanto a realização de exames complementares a ultrassonografia evidencia atividade cardíaca do produto conceptual, podendo encontrar pequena área de descolamento ovular (CUNNINGHAM, 2021). Já em relação ao abortamento inevitável, este é definido quando o produto conceptual perde a vitalidade e não existe possibilidade de evolução da gestação, apresentando como sintomatologia a hemorragia e a dor, podendo o colo do útero estar dilatado ou não. É importante mencionar, também, que os sinais da gravidez costumam sofrer atenuação (MONTENEGRO, 2017). Outrossim, o aborto incompleto é definido pela presença intrauterina dos produtos da concepção, após a expulsão parcial do tecido gestacional, apresentando como manifestações clínicas o sangramento vaginal persistente e, por vezes, torna-se intermitente. O volume ute- rino é menor que o esperado para a idade gestacional e, no exame de toque, o orifício interno do colo uterino geralmente se encontra dilatado (CUNNINGHAM, 2021). O aborto do tipo completo ocorre no 1° trimestre da gestação, principalmente nas primeiras 10 semanas, sendo comum a expulsão completa dos produtos da concepção. Rapida- mente, o útero se contrai e o sangramento, juntamente às cólicas, diminui de intensidade. O orifício interno do colo uterino tende a fechar-se em poucas horas. Ao exame ultrassonográfico, pode não haver evidência de conteúdo uterino (ZUGAIB, 2020). Além disso, em relação ao abortamento infectado, este está associado a manipulações da cavidade uterina pelo uso de técnicas inadequadas e inseguras (abortamento clandestino ou outras condições). Dessa forma os microrganismos podem invadir os tecidos miometriais, causando parametrite, peritonite e septicemia e a maioria das bactérias que causam aborto séptico são parte da flora vaginal e intestinal normal (MONTENEGRO, 2017). Denomina-se aborto retido a ocorrência de morte embrionária ou fetal antes de 20 se- manas de gestação, associada à retenção do produto conceptual por período prolongado de tempo, por vezes dias ou semanas. Geralmente, as pacientes relatam cessação dos sintomas associados à gravidez (náuseas, vômitos, ingurgitamento mamário), podendo ocorrer sangramento vaginal, na maioria das vezes em pequena quantidade. O volume uterino é menor que o esperado para a idade gestacional e o colo uterino encontra-se fechado ao exame de toque (ZUGAIB, 2020). Por fim, o abortamento habitual, também denominado recorrente, classicamente é definido como a ocorrência consecutiva de dois, três ou mais abortamentos. As causas do abortamento habitual são várias e podem ser divididas em genéticas (alterações cromossômicas), anatômicas (sinéquias uterinas, leimiomas, pólipos, anomalias congênitas no trato genital), endócrinas (síndrome do ovário policístico, hipotireoidismo), infecciosas e imunológicas (síndrome antifosfolipídeo e lúpus eritematoso sistêmico) (CUNNINGHAM, 2021). REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção técnica para prevenção, avaliação e conduta nos casos de abortamento. Brasília. 2022. CUNNINGHAM, F. G. Obstetrícia de Williams. 25. ed. Porto Alegre: AMGH, 2021. MONTENEGRO, C. A. B.; REZENDE FILHO, J. Rezende Obstetrícia Fundamental. 14. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2017. ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R. P. V. Zugaib obstetrícia. 4. ed. São Paulo: Manole, 2020. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS FATORES QUE AUMENTAM, DIMINUEM E OS FATORES INCONCLUSIVOS PARA ALTERAÇÃO DO RISCO DE CÂNCER DE MAMA NAS MULHERES TERESINA 2023 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS FATORES QUE AUMENTAM, DIMINUEM E OS FATORES INCONCLUSIVOS PARA ALTERAÇÃO DO RISCO DE CÂNCER DE MAMA NAS MULHERES Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos e Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. TERESINA 2023 Câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação desordenada de células da mama, possuindo um grande potencial de invadir outros órgãos. Essa patologia também pode acometer homens, porém é bem mais raro, representando 1% do total de casos da doença, mas quando presente nessa populaça é considerado de pior prognóstico. Assim, existem inúmeros tipos de câncer de mama, no qual alguém podem se desenvolver de forma mais rápida, e outros, não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início (BRASIL, 2022). A respeito dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama estão a idade avançada, raça e etnia hispânico-americana, os comportamentais/ambientais: Obesidade, sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, exposição frequente a radiações ionizantes; História reprodutiva/hormonais: Primeira menstruação antes dos 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos, ter feito uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) por tempo prolongado; Hereditários/genéticos: História familiar de câncer de ovário, câncer de mama em homens, câncer de mama em mãe, irmã ou filha, principalmente antes dos 50 anos. Desse modo, a fim de reduzir os riscos é necessário aderir à alguns método protetores como manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, a amamentação também é considerada um fator protetor para essa doença, sendo independe de idade, etnia, paridade e presença ou não de menopausa (FEBRASGO, 2019). Outrossim, é importante ressaltar que o tabagismo, mesmo apresentando todos potenciais maléficos para uma progressão neoplásica, apresenta resultados contraditórios, e é atualmente classificado como agente carcinogênico com limitada evidência para o desenvolvimento de câncer de mama sendo, então, inconclusivo. Ademais, temos outros fatores incluídos nesta categoria, como uma como uma dieta rica em frutas, vegetais, peixes, azeites, soja, fitoestrogênios (substância química semelhante ao 17-beta estradiol), carnes vermelhas e processadas e ingestão de fibras, bem como a residência geográfica, a infertilidade, o uso de medicamentos de cálcio, anti-inflamatórios não esteroides e bisfosfonatos (OLIVEIRA, 2020). REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Câncer de Mama. Brasília, 2020. FEBRASGO. Febrasgo – Tratado de ginecologia. 1. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019. OLIVEIRA, A. L. R. et al. Fatores de risco e prevenção do câncer de mama. Cadernos da Medicina-UNIFESO, v. 2, n. 3, 2020. FÓRUM Para quais métodos diagnósticos podemos utilizar o termo BIRADS? Ele se correlaciona com a gravidade do câncer? Quais as chances de neoplasia em cada categoria BIRADS? O BIRADS é um sistema adotado para estimar qual a chance de determinada imagem da mamografia ser câncer. Esse sistema varia de 0 a 6, possuindo como finalidade promover uma uniformização dos relatórios mamográficos, pois a falta de uniformidade resulta em relatórios ambíguos que podem interferir na estratégia de conduta, tornar um controle evolutivo difícil, ou até impossível, trazendo dificuldadesna interpretação de quais mamografias seriam interpretadas como positivas ou negativas. O objetivo da classificação BIRADS é evitar confusões em laudos mamográficos, tornando os achados padronizados e as recomendações claras. • Tipo 0: Exame inconclusivo (necessita de novos exames); • Tipo 1: Normal; • Tipo 2: Achado benigno (risco de câncer de 0%); • Tipo 3: Achado provavelmente benigno (risco de câncer menor ou igual a 2%); • Tipo 4: Achado suspeito (risco de câncer de 3-94%); subdivide-se em risco baixo, risco moderado e risco alto. • Tipo 5: Achado altamente suspeito (risco de câncer maior ou igual que 95%); • Tipo 6: Achado investigado previamente e com resultado positivo para câncer (risco de câncer de 100%). Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Parâmetros técnicos para o rastreamento do câncer de mama. Brasília, 2021. FÓRUM Duavive: Aprovado em 2016 pela Anvisa, quais as vantagens do uso deste medicamento no climatério como forma de TRH? Duavive é um medicamento de reposição hormonal em que há associação entre estrogênio conjugado 0,45 mg e bazedoxifeno 20 mg, um modulador seletivo de receptores de estrogênio. É de uso oral diário e tem como indicação o tratamento dos sintomas climatéricos. Essa associação medicamentosa promove aumento das células superficiais e diminuição das parabasais ao exame citológico vaginal associado à melhora do pH vaginal e dos sintomas associados ao ressecamento vaginal. Referência: POMPEI, L. M.; et al. Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa – Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC). 1. ed. São Paulo: Leitura Médica, 2018. Envelhecimento masculino: O termo andropausa é correto? Como é possível "envelhecer" com testosterona normal? O que ocorre? O termo menopausa é utilizado erroneamente para caracterizar o declínio progressivo da produção androgênica. Desse modo, não há PAUSA na produção dos hormônios, como sugere o nome. O termo correto seria Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino. A etiologia deste declínio da testosterona dependente da idade é multifatorial e envolve alterações testiculares primárias, disfunção da regulação neuroendócrina das gonadotropinas, elevação das concentrações séricas de globulina ligadora de hormônios sexuais e redução da sensibilidade dos receptores androgênicos. Assim, entre as principais repercussões dessa condição encontram-se a diminuição do libido, disfunção erétil, aumento da gordura corporal, perda de massa óssea, perda de massa muscular, diminuição dos pelos, depressão e irritabilidade. Referência: BONACCORSI, A. Andropausa: Insuficiência androgênica parcial do homem idoso: Uma revisão. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 45, n. 2, 2001. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS MODULADORES SELETIVOS DOS RECEPTORES DE ESTROGÊNIO E SUAS AS INDICAÇÕES DE USO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA TERESINA 2023 MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS MODULADORES SELETIVOS DOS RECEPTORES DE ESTROGÊNIO E SUAS AS INDICAÇÕES DE USO Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. Os moduladores seletivos dos receptores de estrógeno (SERMS – selective estrogen receptor modulator) são medicamentos com variações da molécula de 17-β estradiol, sendo assim, recebem esse nome pela sua capacidade de exercer atividade agonista e/ou antagonista em determinados órgãos e tecidos específicos, desempenhando sua ação farmacológica sem comprometer todas as atividades celulares mediadas pelos receptores de estrógenos do corpo (OHL, 2016). De início, é importante mencionar que os SERMS possuem indicações de uso para algumas patologias, entre elas estão a osteoporose, câncer de mama e infertilidade. Os efeitos agonistas no tecido ósseo são relevantes no tratamento da osteoporose após a menopausa, uma vez que os SERMs uma vez que inibem a atividade osteoclástica e reduzem a remodelação óssea (SIEGEL, 2015). Ademais em relação ao câncer de mama, os medicamentos possuem efeitos antagonistas, uma vez que a aplicação dos SERMS se baseia no princípio que os estrógenos são indutores da proliferação tecidual, em especial no tecido mamário, onde então se observa também que os carcinomas de células mamárias com alta expressão de receptores de estrógeno (FERREIRA, 2011). Outrossim, ainda segundo Ferreira (2015), em relação ao tratamento da infertilidade é utilizado o medicamento chamado Clomifeno, tal medicamento age bloqueando os receptores de estrogênio, particularmente no hipotálamo anterior, e assim inibem a sinalização de estrogênio circulante, induzindo uma mudança no padrão pulsátil de liberação do GnRH. Este padrão leva a uma descarga de FSH pela hipófise anterior que, pode ser suficiente para iniciar o ciclo de eventos para a ovulação. Existem inúmeros moduladores e entre os principais estão: tamoxifeno (mais utilizado no tratamento do câncer de mama), toremifeno (mesma atividade do tamoxifeno, porém com mettabolismo diferente), clomifeno (utilizado no tratamento da infertilidade), arzoxifeno (também utilizado para o câncer de mama, sendo menos efeitvo que o tamoxifeno), bazedoxifeno (modulador estrogênico de tecido ósseo), lasofoxifeno (usado para o câncer de maam e osteoporose), raloxifeno (utilizado contra a osteoporose) (DINIZ, 2017). Por fim, além de serem úteis no tratamento da osteoporose, da infertilidade, e do câncer de mama, como já mencionado anteriormente, os moduladores possuem efeitos adversos no sistema de coagulação sanguínea (aumenta a incidência de trombose), na visão (desenvolvimento de catarata), no endométrio (aumento da incidência de pólipos e hiperplasias) e na temperatura corporal (aumenta a incidência de fogachos) (FERREIRA, 2011). REFERÊNCIAS DINIZ, R. N. T. et al. Abordagem farmacológicas na terapia do câncer de mama: Uma revisão sobre os moduladores estrogênicos. Revista UNINGÁ Review, v. 30, p. 61-63, 2017. FERREIRA, M. C. F. et al. Moduladores seletivos do receptor estrogênico: novas moléculas e aplicações práticas. Feminina, v. 39, p. 433-441, 2011. OHL I. C. B. et al. Ações públicas para o controle do câncer de mama no Brasil: revisão integrativa. Rev. Bras. Enferm, v. 69, p.793–803, 2016. SIEGEL, R.; MILLER K.; JEMAL A. Cancer statistics , 2015 . CA Cancer J Clin, v. 65, p. 29, 2015. FÓRUM Quais os dois principais parâmetros que utilizamos para monitorar a infecção pelo HIV? (Relação entre progressão clínica e marcadores laboratoriais). O que significa, clinicamente, cada um deles? A contagem de células T CD4+ e a quantificação de carga viral são os principais parâmetros utilizados pela maioria dos especialistas para se iniciar e monitorizar a terapia anti-retroviral em pacientes com infecção pelo HIV. A contagem de células CD4 refere- se à medida da quantidade de linfócitos T CD4+ presentes no sangue periférico, sendo essas as células que atuam na defesa organismo e alvos preferenciais da infecção pelo HIV. Dessa forma, a medida que a doença progride, a contagem de células CD4+ tende a diminuir, comprometendo a capacidade do sistema imunológico de combater infecções oportunistas. Ademais, a carga viral refere-se à quantidade de vírus HIV presente no sangue de uma pessoa. É medida através da quantificação do RNA viral presente no plasma sanguíneo. A carga viral é um indicador do nível de replicação viral ativa no organismo e fornece informações sobre a progressão da infecção pelo HIV. Em geral, níveis mais altos de carga viral
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