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4° PERÍODO
Sistemas Orgânicos e Integrados
FÓRUM SEMANA 3 
1. Caso clínico: Qual a melhor hipótese diagnóstica? 
Paciente do sexo feminino, 42 anos, com história de úlcera péptica de longa data, 
que consultou devido a dor epigástrica persistente, melena e sinais de irritação 
peritoneal. Úlcera péptica perfurada foi diagnosticada, necessitando de 
intervenção cirúrgica de emergência. Abaixo resultado de CT de abdome e PET-
Scan. 
RESPOSTA: De acordo com as informações colhidas, a melhor hipótese 
diagnóstica seria um câncer gástrico, confirmada pela sintomatologia e história 
prévia e crônica de úlcera péptica de longa data, além das alterações 
encontradas no exame. 
2. Qual o motivo da predisposição à úlcera péptica em um paciente 
usuário de AINES? 
RESPOSTA: Os AINEs agem inibindo a COX-1, importante para a produção de 
prostaglandinas (mediadoras de secreção de bicarbonato, aumentam a irrigação 
sanguínea, reduzem a secreção gástrica, aumentam a produção de muco etc). 
Ao inibir a formação de prostaglandinas pela mucosa gástrica, os AINE reduzem 
praticamente todas as defesas contra a secreção ácida, dificultando o reparo 
tecidual e a neutralização do HCl aumentando, consequentemente, as lesões 
gástricas e o risco de desenvolvimento de úlceras pépticas. 
 
 FÓRUM 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
RESENHA SOBRE AS DIRETRIZES ATUAIS REFERENTES AO 
TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2023 
O Helicobacter pylori é uma bactéria Gram-negativa, com formato 
espiralado, móvel e com flagelos em uma das extremidades. Esse patógeno 
coloniza a mucosa gástrica e tem grande afinidade pelas células produtoras de 
muco localizadas no antro gástrico, levando na quase totalidade dos casos à 
gastrite crônica ativa, úlcera péptica, câncer gástrico e linfoma de MALT. A 
urease é a principal enzima presente na bactéria, que produz um meio mais 
básico em volta do bacilo, de modo a neutralizar a acidez do lúmen gástrico, 
permitindo sua sobrevivên9cia (NORRIS, 2021). 
Segundo Coelho (2018), no IV Consenso Brasileiro sobre Infecção pelo 
H. pylori, a terapêutica contra o patógeno consiste no tratamento de primeira 
linha, no qual deve-se utilizar a terapia tripla consistindo na combinação dos 
Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs) + Amoxicilina + Claritromicina por 14 
dias. Ademais, existe a terapia quádrupla de segunda escolha que incluem a 
associação de IBPs + Bismuto + Tetraciclina + Metronidazol por 10 a 14. A 
dosagem e tempo de administração variam. 
Quando o tratamento de terapia tripla de primeira linha falha, o esquema 
de segunda linha mais utilizado é feito substituindo a Claritromicina pelo 
Levofloxacino por 10 a 14 dias. Quando o paciente é alérgico à penicilina, pode 
ser feita a substituição da Amoxilina pelo Levofloxacino ou Metronidazol 
(CAETANO, 2021; COELHO et al, 2018). 
Além disso, de acordo com Norris (2021), sabe-se que pessoas infectadas 
por H. pylori devem suspender o uso de anti-inflamatórios não esteroidais 
(AINES), AAS e o consumo de álcool, uma vez que aumentam a inflamação da 
mucosa e consequentemente o risco do desenvolvimento de úlceras pépticas e 
de hemorragias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CAETANO, J. IV Consenso Brasileiro sobre I nfecção pelo Helicobacter pylori. 
Endoscopia Terapêutica, 2021. Disponível em: 
<https://endoscopiaterapeutica.com.br/assuntosgerais/iv-consenso-brasileiro-
sobre-infeccao-pelo -helicobacter -pylori >. Acesso em: 18 fev. 2023. 
 
COELHO, L. G. V. et al. IVth B razilian Consensus Conference on 
Helicobacter pylori infection. Files of Gastroenterology, 2018. Disponível em: 
< https://www.scielo.br/j/ag/a/DQtggHCHth5R6xx75G8tVtC/?lang=en >. 
Acesso em: 18 fev. 2023. 
 
NORRIS, T. L. Porth- Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2021. 
 
 
FÓRUM SEMANA 4 
 
Qual proteína foi desabilitada neste estudo? Qual tipo de neoplasia? 
Resposta: A proteína desabilitada foi a DP-1 (responsável pela interrupção da 
resposta imunológica de determinadas células). Dessa forma, esse tipo de 
proteína pode ser usado para combater algumas neoplasias, a exemplo do câncer 
de pulmão (adenocarcinoma de não pequenas células) apresentado no caso. 
 
As bactérias possuem sistema imunológico? Como isso ocorre? Qual o 
papel biotecnológico desta técnica? 
Resposta: Sim, as bactérias apresentam um sistema imunológico adaptativo, o 
sistema CRISPER. O sistema tem como base o mecanismo de defesa bacteriano 
contra um vírus invasor, que ao detectar um DNA viral já conhecido, produz 2 
fitas de RNAs curtas, no qual uma terá a sequência correspondente a do vírus 
agressor. Assim, esse sistema atua quando um bacteriófago invade a célula 
bacteriana, onde parte de seu DNA possa ser inserido no genoma do hospedeiro, 
sendo intercalado com sequências repetidas. Essa conformação intercalada 
com DNA viral compõe uma forma de defesa das bactérias, haja vista que 
quando detectada a invasão viral a bactéria passa a enviar enzimas, 
especialmente a Cas9, que ao detectar o DNA de um vírus é possível destruí-
lo. A partir dessa técnica, descobriu-se que é possível editar e manipular 
componentes genômicos, sendo uma importante ferramenta para a contenção 
de genes causadores de doenças a partir da sua deleção e consequente 
incorporação de um novo pedaço de DNA trazendo características desejáveis. 
 FÓRUM 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA CRISPR-CAS9, INCLUINDO OS TIPOS POSSÍVEIS 
DE REPARO NO DNA. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA CRISPR-CAS9, INCLUINDO OS TIPOS POSSÍVEIS 
DE REPARO NO DNA. 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
Segundo Caetano (2019), o CRISPR-Cas9 se refere a sigla inglesa para Clustered 
Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats (Repetições Palindrômicas Curtas 
Agrupadas e Regularmente Espaçadas), sendo uma ferramenta que serve para quebrar uma 
molécula de DNA em um local específico, a partir da enzima Cas9. Esse componente funciona 
como uma tesoura que corta o DNA em qualquer ponto de interesse e para isso necessita de 
um componente chamado RNA guia, que age como um GPS direcionando a Cas9 para a 
sequência que deseja-se cortar. 
O sistema surgiu a partir do mecanismo de defesa bacteriano contra um vírus invasor, 
que ao infectar uma bactéria, injeta nela seu material genético. A partir disso, a bactéria 
possui a capacidade reconhece o invasor e, com o auxilio do CRISPR/Cas9, cliva o material 
genético do bacteriófago em pedaços para impedir a infecção. Em seguida, mantém-se um 
fragmento do material genético do vírus para que, em caso de nova infeccção, possa reagir 
mais rapidamente ao invasor (SANDER, 2014). 
Com base no mecanismo elucidado, pesquisadores de todo o mundo viram nesse 
sistema um potencial para ser empregado na edição e manipulação gênica. Assim, sua 
utilização tornou-se uma ferramenta de reparo do genoma, diante do processo de quebra ou 
até mesmo inativação de parte do material genético podendo, desse modo, auxiliar na 
contenção de genes causadores de doenças hereditárias e deletérias (fibrose cística, doenças 
autoimunes, hemoglobinopatias etc), eliminando a mutação no genoma assim como a 
transmissão da patologia para as futuras gerações, além de poder incorporar um novo pedaço 
de DNA, trazendo outras informaçõese características desejáveis. Dessa forma, há a 
possibilidade de melhorar geneticamente alguns organismos (AREND, 2017). 
Para cada tipo de alteração no DNA há um mecanismo de edição e reparado 
específico, administrado por suas respectivas enzimas. Entre as principais vias de reparação 
estão: por reversão direta, por excisão de base/nucleotídeo, por incompatibilidade e por reparo 
de quebra de fita dupla (união de extremidades não homólogas e recombinação homóloga) 
(ROBERTIS; et al., 2014). 
Assim, as vantagens que podem ser destacas para o sistema CRISPR/Cas9 estão 
relacionadas ao seu fácil uso e manipulação in vivo e in vitro, versatilidade, especificidade, 
além da possibilidade da edição de múltiplos alvos simultaneamente. A partir disso, é possível 
proporcionar para a comunidade médica e científica a realização e a aplicação na terapia de 
células humanas, como a terapia genética, correção de defeitos em genes de células 
progenitoras, doenças genéticas, tratamento do cancro e mesmo do HIV, HPV e EBV em 
células infetadas. Por fim, há, também, a chance de melhorar geneticamente vegetais e outras 
 
 
espécies agrícolas, tornando-as mais resistentes, duradouras e produtivas (SANTOS, 2016; 
AREND, 2017). 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AREND, M. C, PEREIRA, J. O.; MARKOSKI, M. M. O Sistema CRISPR/Cas9 e a Possibilidade de 
Edição Genômica para a Cardiologia. ArqBrasCardiol, v. 108, n. 1, p. 81-83, 2017. 
 
CAETANO, G. C. G. et al. TÉCNICA CRISPR-CAS9 E SUA UTILIZAÇÃO NA ÁREA 
LABORATORIAL. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, v. 25, n. 2, p. 96-99, 
2018. 
 
ROBERTIS, E. M. et al. De Robertis Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Grupo 
GEN, 2014. E-book. ISBN 978-85-277-2386-2. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2386-2/ . Acesso em: 25 fev. 
2023. 
 
SANDER J. D.; JOUNG J. K. CRISPR-Cas systems for editing, regulation and targeting 
genomes. Nature Biotechnol, v. 32, n. 4, p. 347-55, 2014. 
 
SANTOS, S. L. F. et. al. CRISPR uma nova era na Biologia molecular; Revista Biotecnologia & 
Ciência, v. 5, n. 2, p. 40-48, 2016. 
 
FÓRUM 4 
1. Shiguelose: de que forma a Shiguella penetra na mucosa intestinal? 
Como é o quadro clínico do paciente com Shiguelose? 
A Shigella é a bactéria causadora da Shiguelose. Esse patógeno é resistente ao 
ambiente ácido hostil do estômago, uma vez no intestino, os organismos são 
captados por células M (microfold). Elas são células epiteliais, especializadas na 
amostragem e apresentação dos antígenos luminais. As Shigella proliferam 
intracelularmente, escapam para a lâmina própria e são fagocitadas por 
macrófagos, nos quais elas induzem a apoptose. A subsequente resposta 
inflamatória danifica a superfície epitelial e permite que a Shigella, dentro da luz 
intestinal, tenha acesso às membranas basolaterais das células epiteliais 
colônicas, que é o local preferido para a sua invasão. Todas as Shigella spp. 
carregam plasmídeos virulentos, alguns dos quais codificam um sistema de 
secreção tipo III, capaz de injetar diretamente proteínas bacterianas no 
citoplasma hospedeiro. O sorótipo 1 da S. dysenteriae também libera a toxina 
Shiga Stx, que inibe a síntese de proteína eucariótica, resultando na lesão e 
morte das células hospedeiras. Quanto ao quadro clínico, após um período de 
incubação de até 1 semana, a Shigella causa uma doença autolimitada, 
caracterizada por cerca de 1 semana de diarreia, febre e dor abdominal. A dor 
abdominal tem característica de cólica difusa, geralmente precedendo a diarreia, 
Além da febre alta, outras manifestações podem estar presentes, tais como: 
anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, calafrios, estados totêmicos, convulsões e 
sinais meningíticos. Ao exame físico, pode-se observar hipertermia, 
desidratação, hipotensão, dor a palpação abdominal e ruídos hidroaéreos 
exacerbados. Nas formas leves ou moderadas, a Shigelose pode se manifestar 
apenas por diarreia aquosa, sem aparecimento de fezes disentéricas. 
2. Como atua a toxina da Cólera? 
A fisiopatologia da doença está associada à ação, na luz intestinal, de uma 
toxina, a toxina colérica (CT), produzida pelo agente etiológico. A toxina, ao se 
fixar em receptores presentes na superfície dos enterócitos, inverte os 
mecanismos fisiológicos dessas células, que passam então a excretar água e a 
perder eletrólitos, resultando desse processo uma diarréia clorídrica em 
profusão. Os Vibrio cholerae penetram no organismo humano por via oral e os 
que conseguem escapar à acidez gástrica – que constitui a primeira linha de 
defesa do hospedeiro contra a cólera – localizam-se no intestino delgado, cujo 
meio alcalino lhes favorece a proliferação, resultando, posteriormente, em 
profusa liberação de uma exotoxina que atua sobre as células da mucosa 
intestinal, causando uma ruptura no seu equilíbrio fisiológico e fazendo com que 
seja secretada grande quantidade de líquido isotônico. A mucinase, elaborada 
pelo agente, favorece a ultrapassagem da barreira representada pela camada 
de muco intestinal. Ao alcançar a mucosa do intestino delgado (duodeno e 
jejuno, principalmente), o Vibrio adere à borda ciliada das células epiteliais, 
graças ao fator de aderência. Em seguida, produz uma enterotoxina, constituída 
por 2 subunidades: A (interna) e B (externa). A subunidade B une-se ao 
gangliosídio GM 1, substância receptora presente nas células do epitélio 
 FÓRUM 
intestinal; a seguir, as ligações sulfidrilas (que mantêm unidas as subunidades A 
e B) se rompem, e a subunidade A penetra através da parede celular, atingindo 
o interior do enterócito e ativando a adenilciclase. Desse processo resulta um 
acúmulo de AMP-cíclico, que determina o aumento da secreção intestinal, 
levando à diarréia e à desidratação. Esse fluído é pobre em proteína e rico em 
Na+, K+, Cl- e HCO3-, e sua perda maciça conduz, rapidamente, ao quadro de 
desidratação. Contudo, a bomba de Na+ é preservada, o que permite a 
reabsorção do sódio em presença de glicose, explicando a notável eficiência da 
reidratação oral no tratamento da doença. A perda de eletrólitos e líquidos da 
circulação e dos espaços intercelulares é considerável, podendo ser fatal se não 
corrigida a tempo. Com o tratamento adequado baseado na rápida administração 
de líquidos e eletrólitos, em quantidade equivalente às perdas gastrointestinais, 
todas as alterações físicas e bioquímicas desaparecem em curto prazo. Por outro 
lado, o tratamento tardio ou insuficiente pode ser incapaz de evitar a evolução 
do quadro para graves alterações fisiopatológicas: a insuficiência renal aguda, 
os transtornos próprios da hipocalemia, atonia intestinal, arritmias cardíacas, 
hipotensão e colapso cardíaco. 
Referências: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual integrado de vigilância epidemiológica da 
cólera. Brasília, 2008. 
KUMAR, V. et al. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das 
Doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANDO SUSPEITAR CLINICAMENTE QUE O PACIENTE POSSA APRESENTAR 
CÓLERA? QUAL A DIFERENÇA DAS OUTRAS ENTEROCOLITES BACTERIANAS? 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANDO SUSPEITAR CLINICAMENTE QUE O PACIENTE POSSA APRESENTAR 
CÓLERA? QUAL A DIFERENÇA DAS OUTRAS ENTEROCOLITES BACTERIANAS? 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
De acordo com Goldman (2022), a cólera é uma doença causada por dois sorogrupos 
especificos da bactéria Vibrio cholerae (O1 e O139), essas liberam toxinas que ao se ligarem 
às paredes intestinais, alteram o fluxode sódio e cloreto do organismo. Com isso, tal alteração 
faz com que o organismo secrete quantidades excessivas de água provocando, desse modo, 
diarreia aquosa, desitradação e perda de fluidos e sais minerais importantes para o corpo. Essa 
patologia é transmitida a partir da contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou 
alimentos contaminados com a bactéria, ou seja, está diretamente relacionada ao saneamento 
básico e hábitos de higiene. 
Em relação a apresentação clínica, para suspeitar da doença o paciente deve apresentar 
os seguintes sinais e sintomas: Diarreia, náuseas, vômitos, cãibras musculares e choque 
(devido à perda de minerais no sangue). A desidratação levar a outros sintomas, como 
irritabilidade, letargia, olhos encovados, boca seca, sede excessiva, pele seca e enrugada, 
oligúria, pressão arterial baixa, arritmia cardíaca, desequilíbrio eletrolítico (perda de minerais 
do sangue). Também é importante observar que a desidratação profunda e rapidamente 
progressiva, pode levar a morte em horas (BRASIL, 2008). 
Somado a isso, a cólera diferencia-se de outras enterocolites bacterianas em virtude 
não só dos tipos de bactérias envolvidas, mas também pelas complicações que podem surgir 
com o tratamento inadequado contra a cólera. Isso inclui choque hipovolêmico (24 h do início 
de vômitos e diarreia), necrose renal, arritmias cardíacas, convulsões e morte. Além disso, é 
importante evidenciarmos que os organismos Vibrio não são invasivos e permanecem na luz 
intestinal, ao contrário da maioria das enterocolites bacterianas, a exemplo: Campylobacter, 
Shigella, Salmonella, S. typhi, Yersinia, entre outras. Logo, em resumo, a diferença entre a 
cólera e outras enterocolites causadas por bactérias é a perca excessiva de líquidos e 
eletrólitos por meio da diarreia, além do aspecto aquoso e presença de mancha de muco 
(KUMAR, 2016). 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual integrado de vigilância epidemiológica da cólera. 
Brasília, 2008. 
 
GOLDMAN, L.; ANDREW I. S. Goldman-Cecil Medicina. 26. ed. Rio de Janeiro: Grupo 
GEN, 2022. 
 
KUMAR, V. et al. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças. 9. ed. 
Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. 
 
FÓRUM 4 
1. PAAF (Punção aspirativa por agulha fina): 
A PAAF é uma técnica minimamente invasiva de obtenção de células de órgãos e tecidos, 
principalmente para acessar diretamente órgãos superficiais (como linfonodos, tireoide e 
mama). Para órgãos com estruturas profundas, é utilizada a punção biópsia por agulha 
grossa, guiada por ultrassom ou tomografia. 
2. Quais as utilidades médicas do iodo radioativo além do uso na neoplasia da 
tireóide? 
O iodo radioativo é amplamente, especialmente no tratamento de neoplasia da tireoide, 
através da terapia de ablação com iodo radioativo. Além disso, o iodo radioativo também 
pode ser utilizado em outras áreas da medicina, como na cintilografia óssea para 
diagnóstico de metástases ósseas na detecção de tumores neuroendócrinos, na terapia de 
câncer de próstata metastático com receptores de somatostatina e na avaliação da 
função renal através da cintilografia renal. 
 
 FÓRUM 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA QUE DEVEM SER OBSERVADOS NO 
ATENDIMENTO DE UM PACIENTE CANDIDATO AO USO DO IODO RADIOATIVO
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA QUE DEVEM SER OBSERVADOS NO 
ATENDIMENTO DE UM PACIENTE CANDIDATO AO USO DO IODO RADIOATIVO 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
De acordo com Teixeira (2010), a biossegurança é o conjunto de ações voltado para a 
prevenção, diminuição ou eliminação de riscos relacionados às atividades de pesquisa, 
produção, desenvolvimentos tecnológicos, entre outros. Tais riscos possuem o potencial em 
afetar a saúde do homem e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Desse 
modo, a biosegurança relacionada à ciência e pesquisa está direcionada a redução de potenciais 
riscos na utilização de matérias contaminantes e radiológicos, com potenciais nocivos ao 
manuseador. 
A partir do exposto, a utilização de iodo radioativo (I-131) no diagnóstico e tratamento 
de distúrbios tireoidianos, requerem normas de segurança, uma vez que o paciente em 
tratamento possui altas doses de radiações no corpo podendo, dessa formar, contaminar o meio 
e as pessoas. Assim, esses indivíduos necessitam de internação e de isolamento em leitos que 
garantem todas as suas necessidades básicas, evitando o contato com gestantes e crianças por 7 
dias após a exposição, até que os níveis do medicamento diminuam e não haja o risco de 
contaminar outras pessoas com o seu efeito. O paciente deve utilizar roupas hospitalares e 
toucas disponibilizadas durante a internação para evitar a contaminação de suas vestes pessoais 
e cabelos, não é recomendado comer ou beber uma hora após a administração de iodo 
radioattivo (MACHADO, 2018). 
Os quartos devem ser revestidos com material adequado (blindagem) e em espessura 
suficiente com o fito de evitar contaminação. Além disso, os profissionais responsáveis pelo 
paciente devem fazer o uso de equipamentos individuais de proteção (avental de chumbo, colar 
cervical de chumbo, óculos de proteção) e permanecer o menor tempo possível no quarto do 
paciente. Ademais, os profissionais devem utilizar o dosímetro de radiação. (RISSATO, 2009). 
É importante informar, também, sobre medidas e cuidados antes, durante e após o 
tratamento como manuseio de roupa (lavar separadamente) e lixos produzidos, alimentação 
adequada, não compartilhar objetos de uso pessoal, restrição de determinadas medicações. 
(SALES; HALPERN; CERCATO, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
MACHADO, M. E. et al. O quarto terapêutico de pacientes que internam para iodoterapia. 
Clinical and biomedical research. v. 39, n. 2, 2018. 
 
RISSATO, M. L. et al. Iodoterapia: avaliação crítica de procedimentos de precaução e 
manuseio dos rejeitos radioativos. Revista Instituto Adolfo Lutz, v. 68, n. 2. 2009. 
 
SALES, P.; HALPERN, A.; CERCATO, C. O essencial em endocrinologia. 1. ed. Rio de 
Janeiro: Roca, 2016. 
 
TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biosegurança: Uma abordagem multidisciplinar. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Fio Cruz, 2010. 
 
 
FORÚM 
01) Paciente (abaixo) com desconforto abdominal e sangramento nas fezes. Qual o provável 
diagnóstico? 
Resposta: Síndrome de Peutz-Jeghers. 
02) Ressecção endoscópica de pólipo retal: quais as possíveis complicações deste procedimento? 
Resposta: Entre as complicações estão: Sangramento, perfuração, dor abdominal (associadas ao 
tamanho do pólipo), lesões de órgãos extracólicos, complicações cardiovasculares e infecção.
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROMES CLÍNICAS ASSOCIADAS A CADA TOPOGRAFIA DO INTESTINO 
GROSSO RELACIONADO ÀS NEOPLASIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÍNDROMES CLÍNICAS ASSOCIADAS A CADA TOPOGRAFIA DO INTESTINO 
GROSSO RELACIONADO ÀS NEOPLASIAS 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Tecnologia da Informação e Comunicação 
como requisito parcial para obtenção de nota 
em Sistemas Orgânicos Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da 
Silva Neves.Síndr omes 
cl ínicas e suas 
topogr af ias no IG
- Essa síndrome é caracterizada 
por uma desordem 
autossômica dominante, que 
acarreta o desenvolvimento de 
pólipos adenomatosos no cólon 
e no reto. Essa desordem é 
associada à mutação do gene 
APC, localizado no braço longo 
do cromossomo 5. 
- É caracterizada pela ocorrência de 
pólipos adenomatosos em cólon, 
duodeno e estômago, além de 
tumores extraintestinais como 
osteomas, tumores desmoides de 
parede abdominal e retroperitônio, 
carcinoma de tireoide, tumores 
hepatobiliares e adrenais
SÍNDROME DE COWDEN
- Está associada à presença de 
pólipos hamartomatosos no 
cólon e reto, além de 
localizações extraintestinais, de 
localização em pele e mucosas, 
assim como a tumores faciais e 
à hiperceratose palmoplantar.
- É uma variante da Polipose 
Adenomatosa Familiar (PAF) 
caracterizada pela presena de 
múltiplos pólipos adenomatosos 
no cólon e reto estando, 
também, associadas à tumores 
do sistema nervoso central, 
sendo o meduloblastoma o 
principal.
SÍNDROME DE TURCOT
SÍNDROME DE GARDNET
- Caracteriza-se por lesões 
hiperpigmentadas nos lábios e na 
mucosa oral, associadas a múltiplos 
pólipos hamartomatosos do trato 
gastrointestinal. O local mais comum 
onde se localizam os pólipos é o 
intestino delgado, seguido do cólon 
e estômago, respectivamente.
- Localiza-se principalmente no cólon sigmoide e 
evoluindo para o restante do cólon. Define-se 
essa síndrome quando se encontram pólipos 
hiperplásicos maiores que 1 cm de diâmetro ou em 
número superior (> 30) àqueles identificados na 
população geral. Parece que a chance de 
ocorrên- cia de CCR nesses pacientes também é 
maior; no entanto, ainda não foram bem 
esclarecidos quais os mecanismos genéticos 
envolvidos.
SÍNDROME DA POLIPOSE 
HIPERPLASICA
SÍNDROME DE PEUTZ- 
JEGHERS
POLIPOSE ADENOMATOSA 
FAMILIAR
SÍNDROME DE LYNCH
- É caracterizada por pequeno 
número de pólipos color retais e 
aumento do risco também de 
câncer de endométrio, ovário, 
estômago, intestino delgado, sistema 
hepatobiliar e pancreático e trato 
urogenital superior. Ela é uma 
doença hereditária ? > de caráter 
autossômico dominante. Mutação em 
genes de reparo de DNA --> MLH1, 
MSH2, MSH6 e PMS2.
SÍNDROME DE MUIR-TORRE
- É uma variante rara da Síndrome de 
Lynch (SL). Afeta principalmente 
cólon, reto e trato urogenital. Além 
das malignidades viscerais que 
ocorrem na SL, manifesta-se 
também por lesões cutâneas 
(adenomas sebáceos, epiteliomas, 
carcinomas, ceratoacantomas). 
Referências:
ZATERKA, S.; EISIG, J. N. Tratado de Gastroenterologia da Graduação à Pós-Graduação. 2ª Ed. Atheneu, 2016
FÓRUM 
Quais os diferentes marcadores para Hepatite B e quais as indicações de cada um? 
São marcadores de triagem para a hepatite B: HBsAg e anti-HBc. 
1. HBsAg (antígeno de superfície do HBV): É o primeiro marcador a surgir após a 
infecção pelo HBV. Está presente nas infecções agudas e crônicas. 
2. Anti-HBc (anticorpos IgG contra o antígeno do núcleo do HBV): É um marcador 
que indica contato prévio com o vírus. Permanece detectável por toda a vida nos 
indivíduos que tiveram a infecção. 
3. Anti-HBc IgM (anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do HBV): 
É um marcador de infecção recente, confirmando o diagnóstico de hepatite B 
aguda. 
4. Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV): Indica imunidade 
contra o HBV. Surge após o desaparecimento do HBsAg e indica bom 
prognóstico. Pode ser encontrado em pessoas vacinadas. 
5. HBeAg (antígeno “e” do HBV): Indica a replicação viral e, portanto, 
infectividade. Está presente na fase aguda, surge após o aparecimento do HBsAg. 
Na hepatite crônica a presença do HBeAg indica replicação viral e atividade da 
doença. 
6. Anti-HBe (anticorpo contra o antígeno “e” do HBV): A soroconversão HBeAg 
para anti-HBe indica alta probabilidade de resolução da infecção nos casos agudos 
(ou seja, provavelmente o indivíduo não vai se tornar um portador crônico do 
vírus). Na hepatite crônica pelo HBV a presença do anti-HBe, de modo geral, 
indica ausência de replicação do vírus, ou seja, menor atividade da doença e, com 
isso, menor chance de desenvolvimento de cirrose. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE HEPATITES VIRAIS CONHECIDAS, DIFERENÇAS CLÍNICAS E VACINA 
DISPONÍVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE HEPATITES VIRAIS CONHECIDAS, DIFERENÇAS CLÍNICAS E VACINA 
DISPONÍVEL 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
Segundo Norris (2021), as hepatites são caracterizadas por um processo inflamatório no 
fígado, cuja etiologia mais comum acontece por vírus hepatotrópicos do tipo A, B, C, D e E. 
Apesar de terem alvo primário os hepatócitos, eles se diferenciam quanto às formas de 
transmissão, período de incubação e consequências clínicas advindas da infecção. São 
designados pelas siglas: vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite 
C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e vírus da hepatite E (HEV). 
De maneira geral, os sintomas das hepatites podem ser divididos de acordo com a fase 
de evolução: 1- Período prodrômico ou pré-ictérico (anorexia, náuseas, vômitos, diarréia (ou 
raramente constipação), febre baixa, cefaléia, mal-estar, astenia e fadiga, mialgia, fotofobia, 
desconforto no hipocôndrio direito, urticária, entre outros). 2- Fase ictérica (aparecimento da 
icterícia, em geral há diminuição dos sintomas prodrômicos, hepatomegalia dolorosa, com 
ocasional esplenomegalia). 3- Fase de convalescença (desaparecimento da icterícia, quando 
retorna progressivamente a sensação de bem-estar) (BRASIL, 2005). 
De acordo com Dani (2011), as hepatites são caracterizadas da seguinte maneira: 
 O vírus A é de RNA, pertencente à família Picornaviridae, com período de incubação entre 
14 e 50 dias, transmitido por via fecal-oral, com sinais clínicos de febre, mal-estar, náuseas, 
vômitos, anorexia, entre outros, apesar da maioria dos indivíduos serem assintomáticos. 
Além disso é importante mencionar que o HAV não cronifica, está mais associado a 
icterícia e apresenta imunização como forma de prevenção. 
 Já o HBV é um vírus de DNA, da família Hepadnavirus, apresentando um período de 
incubação entre 14 a 90 dias, transmitido a partir da via parenteral, como no caso de 
transfusões sanguíneas e uso de drogas intravenosas ilícitas, por via sexual (heterossexual 
e homossexuais com múltiplos parceiros) e por transmissão vertical (mãe-feto). Ademais, 
pode evoluir para a forma crônica, ao contrário da HAV, e apresentam vacinas de 
imunização para o controle e prevenção. 
 A hepatite C é causada pelo vírus HCV de RNA pertencente à família Flaviviridae, sendo 
o contágio feito a partir de sangue transfundido com agulhas contaminadas, por uso de 
drogas injetáveis, por transplante de órgãos, por contato sexual, ou de forma vertical. Em 
relação ao período de incubação, esse pode variar de 15-160 dias com média de 50. A 
manifestação de sintomas da hepatite C em sua fase aguda é extremamente rara. Entretanto, 
quando presente, ela segue um quadro semelhante ao das outras hepatites. O vírus C é 
considerado oncogênico, associando-se à instalação do carcinoma hepatocelular, devido a 
seu maior potencial de cronicidade sendo, assim, considerado a hepatite mais grave. 
 
 
 O vírus da hepatite D pertence à família Deltaviridae e depende do HBV para replicar-se. 
Pode causar hepatite tanto aguda quantocrônica. A infecção depende da coinfecção pelo 
HBV, especificamente do HBsAg (antígeno de superfície). Desse modo, a forma aguda 
possui duas apresentações: coinfecção (ocorre simultaneamente com a hepatite B aguda); 
e superinfecção (hepatite D é superposta à infecção crônica pelo vírus da hepatite B). Essa 
patologia apresenta a mesma forma de infecção do HBV, com período de incubação 
variando entre 30-180 dias. A partir do exposto, a imunização contra o HBV oferece 
proteção, também, ao HDV. 
 Por fim, o HEV é um vírus RNA, pertencentes à família Galiciviridae, que apresenta a via 
de transmissão, bem como as manifestações clínicas semelhantes às que ocorrem com o 
HAV. Apresenta um período de incubação de 2 a 9 semanas, com média de 40 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. A, B, C, D, E de hepatites para a comunicadores. Brasília, 
2005. 
 
DANI, R.; PASSOS, M. C. F. Gastroenterologia Essencial, 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2011. 
 
NORRIS, T. L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 
FÓRUM 
Especifique qual serpente possui cada um dos tipos de dentição abaixo: 
 
1. Áglifa: Possuem delfites maxilares, mas sem possuir sulcos, de modo que o 
veneno flui junto com a saliva, o que atenua seus efeitos. Este tipo de dentição é 
característico de serpentes como sucuris e jiboias, atacando e abatendo suas 
presas, geralmente, por constrição. 
2. Opistóglifas: Possuem dentes inoculadores de localização posterior, sendo um 
aparelho inoculador de veneno menos eficiente, dificultando a possibilidade de 
acidentes para o homem. Neste grupo são incluídos vários membros da família 
Colubridae. 
3. Proteróglifas: Têm suas presas localizadas anteriormente com o intuito de cravá-
las em suas presas, permitindo que seu veneno flua livremente. Este tipo de 
dentição é característico das serpentes da família Elapidae, com dois dentes 
inoculadores de veneno na parte anterior do maxilar superior, de caráter 
marcadamente forte e não retráteis. A ocorrência de mordidas secas por estes 
animais pode ser explicada, de maneira geral, pelo tamanho pequeno a médio 
destas serpentes, seus hábitos semifossoriais, baixa agressividade, dentes curtos 
(geralmente < 3 mm) e o ángulo limitado de abertura da boca (<30°) o que torna 
difícil a injeção de veneno em seres humanos e grandes animais. 
4. Solenóglifa: Possuem a forma mais eficaz dentre os aparelhos inoculadores de 
venenos, sendo incluído neste grupo cascavéis e viboras. Os membros desta 
família possuem dois dentes retráteis que inoculam um potente veneno de caráter 
neurotóxico, hemotóxico e/ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar 
superior. Seus dentes inoculadores são projetados para fora durante o ataque, 
permitindo ao animal inocular uma quantidade de veneno maior do que uma 
serpente da família das proterógli-fas, agravando ainda mais a consequência de 
suas picadas, sendo que, dependendo da espécie, o veneno é mais ou menos forte, 
podendo ser o suficiente para matar um ser humano. Todos os viperídeos são 
providos de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis, situados na porção 
anterior do maxilar. 
REFERÊNCIA: WEISS, M. B.; PAIVA, J. W. S. Acidentes com Animais Peçonhentos. 
Rio de Janeiro: Thieme Brazil, 2017. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENÇAS DE AÇÃO CLÍNICA DOS VENENOS DAS SERPENTES ENCONTRADAS 
NO PAÍS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENÇAS DE AÇÃO CLÍNICA DOS VENENOS DAS SERPENTES ENCONTRADAS 
NO PAÍS 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
Acidentes ofídicos são um sério problema de saúde pública nos países tropicais, haja 
vista a grande morbi-mortalidade que causam. Desse modo, entre as principais serpentes 
encontradas no território brasileiro estão distribuídos em quatro genêros: Bothrops (jararaca, 
jaracuçu, caiçara e outras), Lachesis (surucucu, surucutinga), Crotalus (cascavel) e Micrurus 
(coral) (PINHO, 2000). 
De acordo com Weiss e Paiva (2017), o acidente ofídico por Bothrps provoca choque, 
necrose dos tecidos, coagulação intravascular, hemorragia e edema. O veneno dessa serpente é 
rico em fosfolipase A2, substância que exerce uma variedade de efeitos tóxicos, como 
mionecrose, hemorragia, cardiotoxicidade, edema e hidrólise de fosfolipídios de membrana e 
consequente liberação de fatores de ativação plaquetários. Ademais, o veneno pode ser 
distribuido por ações proteoliticas, coagulantes e hemorrágicas, além de apresentar 
manifestações locais e sistêmicas. 
Já em relação ao tipo Crotalus, a peçonha pode apresentar ações neurotóxicas (atua nas 
terminações nervosas inibindo a liberação de acetilcolina), ações miotóxicas (lesão nas fibras 
musculares – rabdomiólise- cursando com a liberação de mioglobina na urina), ações 
coagulantes (consumo de fibrinogênio, alterando a coagulabilidade sanguínea). Desse modo, 
entre as manifestações encontradas estão: fácies miastênicas, oftalmoplegia, arranhão e 
parestesia no local da picada, mialgia, gengivorragia e manifestações sitêmicas (mal-estar, 
sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, inquietação, entre outros) (PARDAL, YUKI 2000), 
Outrossim, também está em pauta a serpente do gênero Lachesis, e conforme Tavares 
Neto (2014), essa apresenta ações do tipo hemorrágico-coagulante (enzimas presentes no 
veneno transformam o fibrinogênio em fibrina, formando macrocoágulos que se depositam em 
órgãos, obstruindo o fluxo sanguíneo), proteólitica (proteases que produzem lesão tecidual), 
inflamatória (células inflamatórias agem e induzem o aumento da permeabilidade vascular e 
hemorragias), hipotensora (pela indução de bradicininas e calicreínas, além da ação de 
peptídeos potencializadores da bradicinina, impedindo sua metabolização e conversão da 
angiotensina I em II), miotóxica (ação das fosfolipases e substâncias que levarão a formação de 
infiltrado de leucócitos polimorfonucleares que se não neutralizado agem na necrose de fibras 
musculares esqueléticas) e neurotóxica (sintomas vagais por ação de cininas e fosfolipases). 
Além de tudo o que foi mencionado, o acidente ofídico por Lachesis, apresenta como 
sinais locais: edema, dor intensa, equimoses e hemorragia e sistêmicos: hipotensão, tonturas, 
escurecimento de visão, alteração no reconhecimento das cores, hipotermia, bradicardia, ataxia, 
disfagia, vômitos, diarreia, entre outros. 
Por fim, se tratando da Micrurus os constituintes do veneno tóxico são denominados 
 
 
neurotóxinas e possuem ações neurotóxicas (pré-sinápticas: bloqueia a liberação de 
acetilcolina, impeindo a deflagação do potencial de ação e pós-sinápticas: competem com a 
acetilcolina pelos receptores colinérgicos, destruindo-os), ação miotóxica (causa mionecrose, 
atingindo o sarcolema celular com posterior influxo de Ca ++, hipercontratilidade dos 
microfilamentos, danos mitocondriais), ação cardiovascular (efeito hipertensivo), ação 
hemorrágica. Logo, os sinais e sintomas a serem observados incluem manifestações de dor, 
edema e parestesia local, síndrome miastênica, fraqueza muscular, diplopia, oftalmoplegia, 
disfagia, diminuição do reflexo do vômito, dispnéia etc (BRASIL, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilânciaEpidemiológica. Brasília, 2008. 
 
PARDAL, P. P. O.; YUKI, R. N. Acidentes por animais peçonhentos: manual de rotinas. 
Belém: Editora Universitária, 2000. 
 
PINHO, F. O.; VIDAL, E. C.; BURDMANN, E. A. Atualização em insuficiência renal aguda: 
insuficiência renal aguda após acidente crotálico. J. Bras Nefrol, v. 22, n. 3, p. 162-168, 
2000. 
 
TAVARES-NETO, J. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais 
peçonhentos. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 1, n. 2, p. 76, 2014. 
 
WEISS, M. B.; PAIVA, J. W. S. Acidentes com Animais Peçonhentos. Rio de Janeiro: 
Thieme Brazil, 2017. 
FÓRUM 
Em que se baseia o exame VHS? Porque tem resultados diferentes em algumas 
situações? 
A VHS é a distância, em milímetros, de sedimentação dos eritrócitos durante uma hora 
em uma amostra de sangue venoso (princípio de Westergren). Valores de referência: 0 a 
15 mm/hora em homens e 0 a 20 mm/hora em mulheres. A VHS é usada como teste de 
triagem para detectar a presença de doença sistêmica, também é usada para 
monitoramento da evolução ou resposta de doenças à terapia, quando acentuadamente 
acelerada no início. Valores elevados VHS podem indicar condições como: Vasculite, 
incluindo arterite temporal, artrite inflamatória, doença renal, anemia, neoplasias 
malignas e discrasias de plasmócitos, alergia aguda, lesão tecidual, incluindo infarto do 
miocárdio entre outros. 
REFERÊNCIA: RAO, L. V.; SNYDER, L. M. Wallach - Interpretação de Exames 
Laboratoriais. 11. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2022. 
Identifique os dois tipos de anticorpos abaixo apresentados: 
A primeira imagem refere-se a imunoglobulina do tipo IgM 
e a segunda a imunoglobulina do tipo IgA. 
 
REFERÊNCIA: ABBAS, A. K. et al. Imunologia Básica - 
Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico. 6. ed. Rio de 
Janeiro: Grupo GEN, 2021. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
ANTICORPOS: DEFINIÇÃO, FUNÇÕES, TIPOS, DIFERENÇAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2023 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
ANTICORPOS: DEFINIÇÃO, FUNÇÕES, TIPOS, DIFERENÇAS. 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos e 
Integrados. 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva Neves. 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2023 
Anticorpos são proteínas solúveis que circulam livremente e exibem propriedades que 
atuam na imunidade e proteção contra um agente estranho. Esses elementos são sintetizados 
pelos plasmócitos, células formadas a partir da diferenciação dos linfócitos B. De maneira 
sucinta, as principais funções dos anticorpos são: a) inativação de vírus, toxinas e outros agentes 
químicos; b) neutralização da aderência de bactérias à superfície de células epiteliais, 
principalmente em mucosas; c) opsonização ou facilitação da fagocitose: após se ligarem ao 
antígeno pelo fragmento Fab, os anticorpos podem ser reconhecidos pelos fagócitos. Essa 
interação favorece o englobamento do antígeno/patógeno e sua destruição pela fagocitose 
(ABBAS, 2021; LAVISON, 2021). 
Ademais, possuem a função de: d) participação na citotoxicidade celular: ao se ligarem 
a antígenos presentes na superfície de células-alvo, os anticorpos podem ser reconhecidos pelas 
células natural killer, por meio de receptores para os fragmentos Fc de IgG, levando à destruição 
das células pela ação de perforinas; e) fixação e ativação do sistema complemento: quando duas 
moléculas de IgG (exceto IgG4) ou uma molécula pentamérica de IgM se ligam ao antígeno 
específico, a primeira proteína da via clássica do sistema complemento, C1, pode se fixar ao 
fragmento Fc desses anticorpos e iniciar a ativação de uma cascata de eventos, que poderão 
culminar na eliminação do patógeno e no desenvolvimento do processo inflamatório (DELVES, 
2018). 
A partir do exposto, existem cinco classes de anticorpos designadas IgG, IgA, IgM, IgD 
e IgE. A imunoglobulina G (IgG) apresenta-se na forma monomérica e constitui 
aproximadamente 75% do total de anticorpos séricos no homem adulto normal. Existem 4 
subclasses IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4. É a única imunoglobulina humana que pode atravessar a 
placenta e é responsável pela proteção do recém-nascido durante os primeiros meses de vida. 
Os macrófagos e células natural killer possuem receptores de superfície para porção Fc de IgG1 
e IgG3. Após a ligação ao antígeno pela porção Fab, pode ocorrer a ligação dessas células à 
porção Fc dos anticorpos, que promoverá a facilitação da fagocitose (opsonização) ou 
citotoxicidade celular, respectivamente (ABBAS, 2021). 
Já em relação a imunoglobulina A (IgA), essa pode ser de duas diferentes subclasses 
(IgA1 ou IgA2), e apresentar-se de duas formas distintas, uma encontrada no soro e outra nas 
secreções. A IgA sérica é geralmente um monômero e a IgA secretória é um dímero, sendo a 
principal imunoglobulina do sistema de defesa das mucosas e das secreções exócrinas, como 
saliva, lágrima, colostro, entre outras. A principal função biológica da IgA é fazer parte da 
primeira linha de defesa, impedindo ou diminuindo a aderência das bactérias às mucosas e 
neutralizando as toxinas e a infectividade dos vírus (DELVES, 2018). 
Outrossim, quanto a imunoglobulina M (IgM), trata-se do principal anticorpo a agir nas 
respostas imunes precoces à maioria dos antígenos e predomina em certas respostas mediadas 
por anticorpos naturais, como aos antígenos dos grupos sanguíneos. É o anticorpo mais eficaz 
em fixar o complemento e aparece também, na forma monomérica, na superfície de células B. 
Além disso, a imunoglobulina D (IgD) é um monômero presente no soro em quantidades 
mínimas (0,2% do total de anticorpos). A IgD também está presente na superfície de células B, 
onde atuam como receptores de antígenos (LAVISON, 2021). 
Por fim, a imunoglobulina E (IgE) apresenta-se na forma de monômeros e compreende 
apenas 0,004% do total de imunoglobulinas séricas. Possui grande afinidade pelos receptores 
de superfície de mastócitos e eosinófilos e os títulos elevados desta imunoglobulina estão 
correlacionados com reações anafiláticas e infecções por parasitas (ABBAS, 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
ABBAS, A. K. et al. Imunologia Básica - Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico. 6. 
ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. 
 
DELVES, P. J. ROITT - Fundamentos de Imunologia. 13. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 
2018. 
 
LEVINSON, W. et al. Microbiologia Médica e Imunologia: um manual clínico para doenças 
infecciosas. 15. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021. 
FÓRUM 
01) Qual a diferença da profilaxia Pré e Pós exposição para o HIV? 
A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) consiste no uso de antirretrovirais 
(ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. A PrEP faz parte das 
estratégias de prevenção combinada do HIV. Dentro do conjunto de ferramentas da 
prevenção combinada, inserem-se também: 1. Testagem para o HIV; 2. Profilaxia Pós-
Exposição ao HIV (PEP); 3. Uso regular de preservativos; 4. Diagnóstico oportuno e 
tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (IST); 5. Redução de 
danos; 6. Gerenciamento de vulnerabilidades; 7. Supressão da replicação viral pelo 
tratamento antirretroviral; 8. Imunizações. 
Já a profilaxia pós-exposição (PEP) é uma forma de prevenção do HIV 
semelhante à PrEP, com a diferença de ser iniciada após o paciente ter sido 
potencialmente exposto ao vírus, como nos casos de estupro, rompimento da 
camisinha durante relação com alguém sabidamente soropositivo, usuários de drogas 
que compartilharam agulhas ou profissionais de saúde que se acidentaram com 
agulhas ou material biológico potencialmente contaminado. A profilaxia Pós- 
Exposiçãoao HIV também é feita com a administração de medicamentos 
antirretrovirais, que devem ser iniciados o mais rápido possível, de preferência nas 
duas primeiras horas após a exposição ao vírus e no máximo em até 72 horas. O início 
precoce da profilaxia elimina o vírus HIV antes que ele consiga se multiplicar no 
organismo do paciente, impedindo a sua contaminação de forma permanente. 
 
REFERÊNCIA: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes 
terapêuticas para profilaxia pré-exposição (PREP) de risco à infecção pelo HIV. Brasília, 
2018. 
 
02) HPV - Qual a maneira adequada de identificar os tipos e subtipos? Quais as diferenças 
no potencial oncogênico? Como realizar a prevenção desta doença? 
O HPV é uma sigla em inglês (Human Papiloma Virus), em Português significa 
Papiloma Vírus Humano, a doença manifesta-se como verrugas em região genital é 
considerada uma doença de transmissão sexual. Há testes que identificam vários tipos de 
HPV (captura híbrida, hibridização in situ e genotipagem), mas seu valor na prática 
clínica não está claro, e as decisões quanto às condutas clínicas não devem ser feitas com 
base nesses testes, mas em alterações celulares observadas pela colpocitologia oncótica. 
Assim, não é recomendável, na rotina, a triagem de infecção subclínica pelo HPV. Os 
tipos de HPV podem ser separados em vírus de baixo, intermediário ou alto risco, de 
acordo com o tipo de lesão a que estão mais associados. Os HPV dos subtipos 6, 11, 41, 
42, 43 e 44 estão geralmente associados a infecções benignas do trato genital, como o 
condiloma acuminado ou plano, e estão presentes na maioria das infecções clinicamente 
aparentes causadas pelo vírus. Normalmente, esses tipos não estão associados a displasias 
quando examinados pela histopatologia. Entre as formas de prevenção vacinar-se contra 
o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção, além disso, é crucial a 
utilização de preservativos nas relações sexuais, a fim de evitar a disseminação da doença. 
 
REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais: Protocolo Clínico e Diretrizes 
Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente 
Transmissíveis (IST). Brasília; 2020. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS QUE DEVEM SER ROTINEIRAMENTE CONSIDERADAS NA 
AVALIAÇÃO DE UMA GESTANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS QUE DEVEM SER ROTINEIRAMENTE CONSIDERADAS NA 
AVALIAÇÃO DE UMA GESTANTE 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou 
outros microrganismos, podendo ser transmitidas, por intermédio do contato sexual (oral, 
vaginal, anal) sem o uso de preservativo (camisinha), com uma pessoa que esteja infectada, 
além da transmissão por contato parenteral e perinatal. Desse modo, a propagação de IST meio 
da transmissão vertical da mãe para a criança, ocorre durante a gestação, o parto ou a 
amamentação, quando medidas de prevenção não são realizadas (BRASIL, 2020). 
Em geral, as IST em gestantes podem acarretar complicações obstétricas e neonatais 
aumentando a morbimortalidade materno-infantil. Dessa forma, para evitar tais complicações, 
as grávidas, conjuntamente com seus parceiros sexuais devem ser investigados para IST durante 
o pré-natal. Assim, são pedidos exames sorológicos especialmente para sífilis, hepatite B, e 
vírus da imunodeficiência humana (HIV). Além disso, também é recomendada o teste para 
Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Treponema pallidum em pacientes 
sexualmente ativas. Ademais, a toxoplasmose é outra patologia de importância clínica para a 
gestação e que é essencial para a triagem pré-natal (COSTA, 2010). 
A sifilis é transmitida verticalmente pelo espiroqueta Treponema pallidum, por via 
transplacentária, pode ocorrer em qualquer momento da gestação. Contudo, os casos de recém-
nascidos assintomáticos estão mais relacionados à transmissão no terceiro trimestre. Quanto 
mais antiga for a doença materna, menor o risco de transmissão para o feto. A sífilis congênita 
pode se apresentar com quadro clínico variável: desde rinite hemorrágica, erupção 
eritematopapulosa, placas mucosas, condiloma plano, fissuras periorificiais radiadas, 
hepatoesplenomegalia entre outros (BRASIL, 2013). 
As hepatites virais são causadas por diferentes agentes etiológicos hepatotrópicos, sendo 
destacados ma gestação as hepatites virais transmitidas pelos vírus B. Os pacientes poderão 
apresentar-se ictéricos, podendo a doença evoluir para a cronificação, considerada a principal 
causa de carcinoma hepatocelular no futuro. A sorologia pelo antígeno de superfície do vírus 
da hepatite B (HbsAg), deve ser realizada na primeira consulta do pré-natal. Se negativo e o 
anti-HBs for não reagente, recomenda-se a imunização antes ou durante a gestação, em qualquer 
trimestre. Se o anti-HBs for reagente, não há mais necessidade de repetir o teste ao longo da 
gestação, uma vez que a gestante já está imunizada. Uma vez que o HBsAg for reagente devem 
ocorrer a administração de vacina e da imunoglobulina específica para o vírus da hepatite B 
(HBIg) ao RN (SANTOS, 2017). 
Outrossim, têm-se a transmissão vertical do HIV, no qual ocorre através da passagem 
do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, no parto ou na amamentação. Dessa forma, tal 
afecção pode atingir o feto e prejudicar o seu desenvolvimento, ocasionando abortamentos ou 
 
 
gravidez ectópica e, ainda, gerar crianças com má formação congênita. A testagem para HIV 
ocorre por testes rápidos ou por sorologia, como o imunoensaioenzimático, e deve ser feita na 
primeira consulta pré-natal, a fim de identificar gestantes soropositivas e iniciar medidas que 
reduzam a carga viral e, portanto, o risco de transmissão vertical. Ademais, quando o resultado 
for negativo, é necessário repetir a sorologia no 3° trimestre e na internação hospitalar 
(GRANT, 2020). 
Ademais, a gonorreia e clamídia na gestação pode estar relacionada a um risco maior de 
prematuridade, ruptura prematura das membranas, perdas fetais, retardo do crescimento 
intrauterino e febre no puerpério. Pode haver bartolinite, peri-hepatite, artrite, endocardite e 
endometrite pós-parto. Além das alterações possíveis durante a gestação já citadas no início, a 
infecção gonocócica pode ter repercussão também no recém-nascido, podendo levar a 
conjuntivite, septicemia, artrite, abscessos no couro cabeludo (BRASIL, 2013). 
Por fim, para a toxoplasmose é solicitado o rastreamento de imunoglobulina G (IgG) e 
imunoglobulina M (IgM). Na ausência de anticorpos IgG e IgM no primeiro exame, repete-se 
no segundo e terceiro trimestres da gestação e inicia-se a instrução da adoção de práticas 
preventivas, como evitar a ingestão de carnes cruas e malcozidas, lavar bem as frutas e as 
verduras e evitar contato com animais domésticos. Caso haja anticorpos IgG-positivos e IgM-
negativos, considera-se a gestante com imunidade e não há necessidade de repeti-los ao longo 
da gestação. Se no primeiro exame solicitado detectar-se a presença de IgM positivo, deve-se 
solicitar imediatamente o teste de avidez de IgG. Anticorpos IgG com alta avidez indicam 
infecção antiga e excluem infecção aguda nos últimos 3 a 4 meses. Anticorpos com baixa avidez 
podem significar infecção aguda (BRASIL, 2020).REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções 
Sexualmente Transmissíveis: Prevenção a Transmissão Vertical. Brasília, 2020. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Departamento de atenção 
básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 
 
COSTA, M. C. et al. Doenças sexualmente transmissíveis na gestação: uma síntese de 
particularidades. Anais Brasileiros de Dermatologia, 2010. Disponível em: 
https://www.scielo.br/i/abd/a/FVMKPSqGdCkTtPWdS8bHvh/abstract/?lang=pt. Acesso em: 
04 maio. 2023. 
 
GRANT J.S, et al. Sexually Transmitted Infections in Pregnancy: A Narrative Review of the 
Global Research Gaps, Challenges, and Opportunities. Sex Transm Dis, 2020. 
 
SANTOS, D. S. Contribuições para diminuir a prevalência de Infecções Sexualmente 
Transmissíveis em gestantes inscritas na Unidade Básica de Saúde Dr. Aurélio Caciquinho na 
Estratégia Saúde da Família São Francisco em Januária - Minas Gerais. 2017. Tese 
(Especialização) - Curso de Especialização em Estratégia Saúde da Família, Universidade 
Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2017. Disponível em: 
https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/49794. Acesso em: 03 maio. 2023. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTANTE NO PARTO, AMNIOTOMIA, 
ALIMENTAÇÃO, QUIMIOPROFILAXIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTANTE NO PARTO, AMNIOTOMIA, 
ALIMENTAÇÃO, QUIMIOPROFILAXIA. 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
Define-se o nascimento normal como: início espontâneo do trabalho de parto de 
pacientes com baixo risco que permanecem assim durante todo o pré-parto e o parto. O bebê 
nasce espontaneamente na apresentação cefálica fletida entre 37 e 42 semanas de gestação e 
após o parto mãe e bebê se encontram em boas condições. Para que o nascimento de uma criança 
seja seguro, é necessário avaliar, inicialmente, as condições da gestante em trabalho do parto, a 
exemplo dos dados de acompanhamento pré-natal e verificação da tipagem sanguínea e o Rh 
materno, os sinais vitais da gestante como pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, 
temperatura e peso, avaliação do estado fetal, frequência e intensidade das contrações e o mais 
importante, confirmar realmente se gestante encontra-se em trabalho de parto, com o fito de 
evitar complicações e procedimentos desnecessários (FERNANDES, 2018). 
Nessa primeira fase do parto é realizado avaliação precoce ou triagem de trabalho de 
parto em qualquer local de assistência, definição e duração das fases do pimeiro período (fase 
de latência e trabalho de parto estabelecido), observações e monitoração (pulso, temperatura, 
exame vaginal, diurese, frequência das contrações, alterações fetais, etc), intervenções e 
medidas de rotina (amniotomia precoce, encorajamento a deambulação, entre outros). Outro 
detalhe a ser analisado é a realização de aminiotomia, que consiste na rotura ou ruptura artificial 
das membranas ovulares através de um instrumento esterilizado inserido na cérvice por meio 
do toque vaginal, que pode ser realizada no início, durante ou no final do trabalho de parto, 
sendo indicado como método de indução de parto. Desse modo, diante da suspeita de falha de 
progresso no primeiro estágio do trabalho de parto, é válido considerar a realização de 
amniotomia se as membranas estiverem íntegras, porém, essa prática nem sempre é 
recomendada não devendo ser realizada de rotina em mulheres em trabalho de parto que estejam 
progredindo bem (BRASIL, 2017). 
Ademais, em relação a alimentação durante o parto, as gestantes podem ingerir líquidos, 
de preferência soluções isotônicas, assim como mulheres em trabalho de parto que não 
estiverem sob efeito de opióides ou não apresentarem fatores de risco iminente para anestesia 
geral podem ingerir uma dieta leve. Acredita-se que a ingestão de alimentos sólidos podem 
causar aspirações, contribuindo para complicações severas (CUNNINGHAM, 2021). 
Por fim, define-se como antibioticoprofilaxia a administração de um agente 
antimicrobiano, por período curto de tempo, em pacientes com risco considerável de infecção, 
com a finalidade de eliminar ou diminuir a contaminação no campo operatório, desse modo, 
essa prática nos diversos tipos de parto visa reduzir a ocorrência de complicações infecciosas. 
Porém, a antibioticoprofilaxia em Obstetrícia, além da análise específica da influência do tipo 
de parto nas complicações infecciosas, deve abranger a avaliação de fatores de risco para 
 
 
infecção puerperal, como trabalho de parto prolongado, toques vaginais repetidos (sete ou 
mais); uso de sonda vesical, fórceps e manobras de extração fetal ou placentária, laceração de 
colo uterino, reto e vagina; anemia, entre outros. Dessa forma, o uso de antibióticos irá depender 
das condições de parto e riscos (ZIMMERMMANN, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal. 
Brasília, 2017. 
 
CUNNINGHAM, F. G. Obstetrícia de Williams. 25. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021. 
 
FERNANDES, C. E. Febrasgo - Tratado de Obstetrícia. 1. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 
2018. 
 
ZIMMERMMANN, J. B. et al. A antibioticoprofilaxia nos diferentes tipos de parto. 
Feminina, v. 38, n. 6, p.271-277, 2010. 
FÓRUM 
Quais as causas mais comuns de aborto espontâneo? 
 
Abortamento define-se como a interrupção da gestação com menos de 20 semanas ou 
com produto da concepção (embrião ou feto) pesando menos de 500 g. A partir disso, 
entre as causas mais comuns de abortos estão as alterações cromossômicas fetais 
(síndrome de Tunner, trissomias, tetraploidias), alterações endócrinas maternas (diabetes 
mellitus, defeitos na fase lútea, tireopatias, síndrome dos ovários policísticos), infecções 
(Chlamydia trachomatis, Neis-seria gonorrhoeae, Streptococcus agalactiae, herpes-
vírus, citomegalovírus e Listeria monocytogenes, entre outros), causas uterinas (sinéquias 
intrauterinas, miomas, incompetência cervical), mal formações uterinas (defeitos da fusão 
dos ductos de Müller), fatores imunológicos (lúpus eritematoso sistêmico, síndrome 
antifosfolipídeo), trombofilias hereditárias, drogas/agentes nocivos e traumas. 
 
Referência: ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R. P. V. Zugaib obstetrícia. 4. ed. São Paulo: 
Manole, 2020. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ABORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ABORTO 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
De acordo com Brasil (2022), define-se abortamento como a interrupção da gravidez até 
a 20ª/22ª semana de gestação e com produto da concepção pesando menos que 500g. Assim, o 
aborto pode ser do tipo: ameaça de abortamento (evitável), inevitável, incompleto, completo, 
infectado, retido e habitual/recorrente. 
No aborto do tipo evitávelhá chance de reversão do quadro por haver ainda perspectivas 
de evolução da gravidez, apresentando como quadro clínico sangramento vaginal em pequena 
quantidade, acompanhado ou não de dor em cólica. Ademais, ao exame ginecológico, o colo 
uterino encontra-se fechado e o tamanho do útero é compatível com o esperado para a idade 
gestacional. Quanto a realização de exames complementares a ultrassonografia evidencia 
atividade cardíaca do produto conceptual, podendo encontrar pequena área de descolamento 
ovular (CUNNINGHAM, 2021). 
Já em relação ao abortamento inevitável, este é definido quando o produto conceptual 
perde a vitalidade e não existe possibilidade de evolução da gestação, apresentando como 
sintomatologia a hemorragia e a dor, podendo o colo do útero estar dilatado ou não. É 
importante mencionar, também, que os sinais da gravidez costumam sofrer atenuação 
(MONTENEGRO, 2017). 
Outrossim, o aborto incompleto é definido pela presença intrauterina dos produtos da 
concepção, após a expulsão parcial do tecido gestacional, apresentando como manifestações 
clínicas o sangramento vaginal persistente e, por vezes, torna-se intermitente. O volume ute-
rino é menor que o esperado para a idade gestacional e, no exame de toque, o orifício interno 
do colo uterino geralmente se encontra dilatado (CUNNINGHAM, 2021). 
O aborto do tipo completo ocorre no 1° trimestre da gestação, principalmente nas 
primeiras 10 semanas, sendo comum a expulsão completa dos produtos da concepção. Rapida-
mente, o útero se contrai e o sangramento, juntamente às cólicas, diminui de intensidade. O 
orifício interno do colo uterino tende a fechar-se em poucas horas. Ao exame ultrassonográfico, 
pode não haver evidência de conteúdo uterino (ZUGAIB, 2020). 
Além disso, em relação ao abortamento infectado, este está associado a manipulações 
da cavidade uterina pelo uso de técnicas inadequadas e inseguras (abortamento clandestino ou 
outras condições). Dessa forma os microrganismos podem invadir os tecidos miometriais, 
causando parametrite, peritonite e septicemia e a maioria das bactérias que causam aborto 
séptico são parte da flora vaginal e intestinal normal (MONTENEGRO, 2017). 
Denomina-se aborto retido a ocorrência de morte embrionária ou fetal antes de 20 se-
manas de gestação, associada à retenção do produto conceptual por período prolongado de 
tempo, por vezes dias ou semanas. Geralmente, as pacientes relatam cessação dos sintomas 
 
 
associados à gravidez (náuseas, vômitos, ingurgitamento mamário), podendo ocorrer 
sangramento vaginal, na maioria das vezes em pequena quantidade. O volume uterino é menor 
que o esperado para a idade gestacional e o colo uterino encontra-se fechado ao exame de toque 
(ZUGAIB, 2020). 
Por fim, o abortamento habitual, também denominado recorrente, classicamente é 
definido como a ocorrência consecutiva de dois, três ou mais abortamentos. As causas do 
abortamento habitual são várias e podem ser divididas em genéticas (alterações 
cromossômicas), anatômicas (sinéquias uterinas, leimiomas, pólipos, anomalias congênitas no 
trato genital), endócrinas (síndrome do ovário policístico, hipotireoidismo), infecciosas e 
imunológicas (síndrome antifosfolipídeo e lúpus eritematoso sistêmico) (CUNNINGHAM, 
2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção técnica para prevenção, avaliação e conduta nos 
casos de abortamento. Brasília. 2022. 
 
CUNNINGHAM, F. G. Obstetrícia de Williams. 25. ed. Porto Alegre: AMGH, 2021. 
 
MONTENEGRO, C. A. B.; REZENDE FILHO, J. Rezende Obstetrícia Fundamental. 14. ed. 
Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2017. 
 
ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R. P. V. Zugaib obstetrícia. 4. ed. São Paulo: 
Manole, 2020. 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES QUE AUMENTAM, DIMINUEM E OS FATORES INCONCLUSIVOS 
PARA ALTERAÇÃO DO RISCO DE CÂNCER DE MAMA NAS MULHERES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2023 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES QUE AUMENTAM, DIMINUEM E OS FATORES INCONCLUSIVOS 
PARA ALTERAÇÃO DO RISCO DE CÂNCER DE MAMA NAS MULHERES 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos e 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2023 
 
 
Câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação desordenada de células da 
mama, possuindo um grande potencial de invadir outros órgãos. Essa patologia também pode 
acometer homens, porém é bem mais raro, representando 1% do total de casos da doença, mas 
quando presente nessa populaça é considerado de pior prognóstico. Assim, existem inúmeros 
tipos de câncer de mama, no qual alguém podem se desenvolver de forma mais rápida, e outros, 
não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado 
e tratado no início (BRASIL, 2022). 
A respeito dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama estão 
a idade avançada, raça e etnia hispânico-americana, os comportamentais/ambientais: 
Obesidade, sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, 
exposição frequente a radiações ionizantes; História reprodutiva/hormonais: Primeira 
menstruação antes dos 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, parar de 
menstruar (menopausa) após os 55 anos, ter feito uso de contraceptivos orais (pílula 
anticoncepcional) por tempo prolongado; Hereditários/genéticos: História familiar de câncer de 
ovário, câncer de mama em homens, câncer de mama em mãe, irmã ou filha, principalmente 
antes dos 50 anos. 
Desse modo, a fim de reduzir os riscos é necessário aderir à alguns método protetores 
como manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas 
alcoólicas. Além disso, a amamentação também é considerada um fator protetor para essa 
doença, sendo independe de idade, etnia, paridade e presença ou não de menopausa 
(FEBRASGO, 2019). 
Outrossim, é importante ressaltar que o tabagismo, mesmo apresentando todos 
potenciais maléficos para uma progressão neoplásica, apresenta resultados contraditórios, e é 
atualmente classificado como agente carcinogênico com limitada evidência para o 
desenvolvimento de câncer de mama sendo, então, inconclusivo. Ademais, temos outros fatores 
incluídos nesta categoria, como uma como uma dieta rica em frutas, vegetais, peixes, azeites, 
soja, fitoestrogênios (substância química semelhante ao 17-beta estradiol), carnes 
vermelhas e processadas e ingestão de fibras, bem como a residência geográfica, a infertilidade, 
o uso de medicamentos de cálcio, anti-inflamatórios não esteroides e bisfosfonatos 
(OLIVEIRA, 2020). 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Câncer de Mama. Brasília, 2020. 
 
FEBRASGO. Febrasgo – Tratado de ginecologia. 1. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019. 
 
OLIVEIRA, A. L. R. et al. Fatores de risco e prevenção do câncer de mama. Cadernos da 
Medicina-UNIFESO, v. 2, n. 3, 2020. 
 
 
FÓRUM 
Para quais métodos diagnósticos podemos utilizar o termo BIRADS? Ele se correlaciona 
com a gravidade do câncer? Quais as chances de neoplasia em cada categoria BIRADS? 
O BIRADS é um sistema adotado para estimar qual a chance de determinada 
imagem da mamografia ser câncer. Esse sistema varia de 0 a 6, possuindo como finalidade 
promover uma uniformização dos relatórios mamográficos, pois a falta de uniformidade 
resulta em relatórios ambíguos que podem interferir na estratégia de conduta, tornar um 
controle evolutivo difícil, ou até impossível, trazendo dificuldadesna interpretação de 
quais mamografias seriam interpretadas como positivas ou negativas. O objetivo da 
classificação BIRADS é evitar confusões em laudos mamográficos, tornando os achados 
padronizados e as recomendações claras. 
• Tipo 0: Exame inconclusivo (necessita de novos exames); 
• Tipo 1: Normal; 
• Tipo 2: Achado benigno (risco de câncer de 0%); 
• Tipo 3: Achado provavelmente benigno (risco de câncer menor ou igual a 2%); 
• Tipo 4: Achado suspeito (risco de câncer de 3-94%); subdivide-se em risco baixo, 
risco moderado e risco alto. 
• Tipo 5: Achado altamente suspeito (risco de câncer maior ou igual que 95%); 
• Tipo 6: Achado investigado previamente e com resultado positivo para câncer 
(risco de câncer de 100%). 
Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Parâmetros técnicos para o rastreamento do 
câncer de mama. Brasília, 2021. 
 
FÓRUM 
Duavive: Aprovado em 2016 pela Anvisa, quais as vantagens do uso deste 
medicamento no climatério como forma de TRH? 
Duavive é um medicamento de reposição hormonal em que há associação entre estrogênio 
conjugado 0,45 mg e bazedoxifeno 20 mg, um modulador seletivo de receptores de 
estrogênio. É de uso oral diário e tem como indicação o tratamento dos sintomas 
climatéricos. Essa associação medicamentosa promove aumento das células superficiais 
e diminuição das parabasais ao exame citológico vaginal associado à melhora do pH 
vaginal e dos sintomas associados ao ressecamento vaginal. 
Referência: POMPEI, L. M.; et al. Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da 
Menopausa – Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC). 1. ed. São Paulo: Leitura 
Médica, 2018. 
Envelhecimento masculino: O termo andropausa é correto? Como é possível 
"envelhecer" com testosterona normal? O que ocorre? 
O termo menopausa é utilizado erroneamente para caracterizar o declínio progressivo da 
produção androgênica. Desse modo, não há PAUSA na produção dos hormônios, como 
sugere o nome. O termo correto seria Deficiência Androgênica do Envelhecimento 
Masculino. A etiologia deste declínio da testosterona dependente da idade é multifatorial 
e envolve alterações testiculares primárias, disfunção da regulação neuroendócrina das 
gonadotropinas, elevação das concentrações séricas de globulina ligadora de hormônios 
sexuais e redução da sensibilidade dos receptores androgênicos. Assim, entre as 
principais repercussões dessa condição encontram-se a diminuição do libido, disfunção 
erétil, aumento da gordura corporal, perda de massa óssea, perda de massa muscular, 
diminuição dos pelos, depressão e irritabilidade. 
Referência: BONACCORSI, A. Andropausa: Insuficiência androgênica parcial do 
homem idoso: Uma revisão. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 45, n. 2, 2001. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODULADORES SELETIVOS DOS RECEPTORES DE ESTROGÊNIO E SUAS AS 
INDICAÇÕES DE USO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TERESINA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA VITÓRIA DE SOUSA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODULADORES SELETIVOS DOS RECEPTORES DE ESTROGÊNIO E SUAS AS 
INDICAÇÕES DE USO 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia da 
Informação e Comunicação como requisito parcial 
para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos 
Integrados. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Cardoso da Silva 
Neves. 
 
 
Os moduladores seletivos dos receptores de estrógeno (SERMS – selective estrogen 
receptor modulator) são medicamentos com variações da molécula de 17-β estradiol, sendo 
assim, recebem esse nome pela sua capacidade de exercer atividade agonista e/ou antagonista 
em determinados órgãos e tecidos específicos, desempenhando sua ação farmacológica sem 
comprometer todas as atividades celulares mediadas pelos receptores de estrógenos do corpo 
(OHL, 2016). 
De início, é importante mencionar que os SERMS possuem indicações de uso para 
algumas patologias, entre elas estão a osteoporose, câncer de mama e infertilidade. Os efeitos 
agonistas no tecido ósseo são relevantes no tratamento da osteoporose após a menopausa, uma 
vez que os SERMs uma vez que inibem a atividade osteoclástica e reduzem a remodelação 
óssea (SIEGEL, 2015). 
Ademais em relação ao câncer de mama, os medicamentos possuem efeitos 
antagonistas, uma vez que a aplicação dos SERMS se baseia no princípio que os estrógenos são 
indutores da proliferação tecidual, em especial no tecido mamário, onde então se observa 
também que os carcinomas de células mamárias com alta expressão de receptores de estrógeno 
(FERREIRA, 2011). 
Outrossim, ainda segundo Ferreira (2015), em relação ao tratamento da infertilidade é 
utilizado o medicamento chamado Clomifeno, tal medicamento age bloqueando os receptores 
de estrogênio, particularmente no hipotálamo anterior, e assim inibem a sinalização de 
estrogênio circulante, induzindo uma mudança no padrão pulsátil de liberação do GnRH. Este 
padrão leva a uma descarga de FSH pela hipófise anterior que, pode ser suficiente para iniciar 
o ciclo de eventos para a ovulação. 
Existem inúmeros moduladores e entre os principais estão: tamoxifeno (mais utilizado 
no tratamento do câncer de mama), toremifeno (mesma atividade do tamoxifeno, porém com 
mettabolismo diferente), clomifeno (utilizado no tratamento da infertilidade), arzoxifeno 
(também utilizado para o câncer de mama, sendo menos efeitvo que o tamoxifeno), 
bazedoxifeno (modulador estrogênico de tecido ósseo), lasofoxifeno (usado para o câncer de 
maam e osteoporose), raloxifeno (utilizado contra a osteoporose) (DINIZ, 2017). 
Por fim, além de serem úteis no tratamento da osteoporose, da infertilidade, e do câncer 
de mama, como já mencionado anteriormente, os moduladores possuem efeitos adversos no 
sistema de coagulação sanguínea (aumenta a incidência de trombose), na visão 
(desenvolvimento de catarata), no endométrio (aumento da incidência de pólipos e hiperplasias) 
e na temperatura corporal (aumenta a incidência de fogachos) (FERREIRA, 2011). 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
DINIZ, R. N. T. et al. Abordagem farmacológicas na terapia do câncer de mama: Uma revisão 
sobre os moduladores estrogênicos. Revista UNINGÁ Review, v. 30, p. 61-63, 2017. 
 
FERREIRA, M. C. F. et al. Moduladores seletivos do receptor estrogênico: novas moléculas e 
aplicações práticas. Feminina, v. 39, p. 433-441, 2011. 
 
OHL I. C. B. et al. Ações públicas para o controle do câncer de mama no Brasil: revisão 
integrativa. Rev. Bras. Enferm, v. 69, p.793–803, 2016. 
 
SIEGEL, R.; MILLER K.; JEMAL A. Cancer statistics , 2015 . CA Cancer J Clin, v. 65, p. 
29, 2015. 
 
 
 
 
FÓRUM 
Quais os dois principais parâmetros que utilizamos para monitorar a infecção pelo 
HIV? (Relação entre progressão clínica e marcadores laboratoriais). O que significa, 
clinicamente, cada um deles? 
 
A contagem de células T CD4+ e a quantificação de carga viral são os principais 
parâmetros utilizados pela maioria dos especialistas para se iniciar e monitorizar a terapia 
anti-retroviral em pacientes com infecção pelo HIV. A contagem de células CD4 refere-
se à medida da quantidade de linfócitos T CD4+ presentes no sangue periférico, sendo 
essas as células que atuam na defesa organismo e alvos preferenciais da infecção pelo 
HIV. Dessa forma, a medida que a doença progride, a contagem de células CD4+ tende 
a diminuir, comprometendo a capacidade do sistema imunológico de combater 
infecções oportunistas. Ademais, a carga viral refere-se à quantidade de vírus HIV 
presente no sangue de uma pessoa. É medida através da quantificação do RNA viral 
presente no plasma sanguíneo. A carga viral é um indicador do nível de replicação viral 
ativa no organismo e fornece informações sobre a progressão da infecção pelo HIV. Em 
geral, níveis mais altos de carga viral

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