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Microbioma
Humano e Dieta: 
E-BOOK
O Papel dos Prebióticos e Probióticos
na Saúde dos Adultos e Crianças
1. Microbioma e seus Conceitos 3
2. Nutrientes e o Microbioma Intestinal 10
3. A Dieta do Microbioma 14
4. Probióticos e seus mecanismos de ação na saúde digestiva e
imunidade 
20
5. Prebióticos: papel na programação metabólica e imunológica 23
SUMÁRIO
Classificação filogenética
A classificação filogenética trata da história
evolutiva de uma espécie. O nome é
formado pelo Gênero e a Espécie, e caso
tenham a mesma espécie e características
diferentes, são criadas subespécies.
Quanto mais aprofundado no nível, mais
específicas são as características das
bactérias.
Exemplo: Lactobacillus acidophillus 
 
 Filo: Firmicutes
 Classe: Bacilli
 Ordem: Lactobacillales
 Família: Lactobacillaceae
 Género: Lactobacillus
 Espécie: L. acidophillus
A microbiota pode ser definida como o
conjunto dos microrganismos (bactérias,
vírus, protozoários e fungos) que vivem
em diferentes partes do corpo, incluindo
o trato gastrointestinal (TGI), o sistema
respiratório, a pele, órgãos sexuais,
entre outras. Já o microbioma trata-se do
genoma coletivo desses micro-
organismos, responsável por mais de
98% da atividade genética no corpo
humano (informação genética).
Em um indivíduo de 70 kg, a microbiota
corresponde a 200 g, tamanho
correspondente ao de uma manga
média. O TGI completo tem cerca de 7 a
10 metros de comprimento, uma super-
fície que seria semelhante a um apar-
tamento de 40 m². As células humanas e
as bactérias estão presentes em
números semelhantes no organismo
humano. O genoma humano corres-
ponde a 23 mil genes, enquanto o
microbioma corresponde a 3 milhões de
genes. Cerca de 95% das bactérias
estão localizadas no intestino grosso,
sendo um dos locais com maior den-
sidade de microrganismos no planeta. 
As principais bactérias que compõem a
microbiota intestinal são aquelas consi-
Microbioma e
seus Conceitos
Luana Romão, MSc
deradas benéficas por serem as pro-
motoras de saúde (ex: Bifidobactérias e
Lactobacilos, Bacteroides spp.,
Bifidobacterium spp.) e as patogênicas
(ex: Enterobacteriaceae e Clostridium
spp.).
Seis filos predominam no microbioma
humano: 1) Bacteroidetes, 2) Firmicutes,
3) Actinobactéria, 4) Proteobacteria, 5)
Fusobacteria e 6) Cianobactéria. Cada
um apresenta um tipo de bactéria pre-
dominante e a presença relativa dos
membros desses filos varia entre os
diferentes locais do corpo.
3
Podemos considerar o intestino como
uma porta, sendo que a microbiota
intestinal desempenha um papel
importante como barreira para ajudar o
sistema imunológico a combater a
entrada de patógenos. A microbiota
intestinal de cada indivíduo é tão singular
que pode ser considerada uma
impressão digital, desempenhando fun-
ções essenciais como digestão e pro-
teção contra infecções.
A microbiota possui funções anti-
bacterianas, de resistência à colonização
ou de proteção. Também desempenha
papel na resistência à colonização e
inibição da proliferação de micro-
organismos potencialmente patogênicos,
através da produção de metabólitos,
como ácidos graxos de cadeia curta
(AGCC), e de substâncias antimicro-
bianas, como bacteriocinas. 
A microbiota realiza ainda outras
funções importantes, incluindo nutri-
cionais, como a fermentação de fibras
alimentares, com a formação de AGCC
(como butirato e propionato, fontes
nutritivas para os colonócitos), e a
produção das vitaminas K e do complexo
B. Dentre suas funções na imunologia, 
Microbioma e
seus Conceitos
Luana Romão, MSc
vale destacar que as células epiteliais da
mucosa intestinal são as grandes
responsáveis pelo reconhecimento inicial
realizado pelo sistema imunológico.
Ainda, destaca-se a produção de
mediadores de inflamação, pela
capacidade de inibir a expressão das
citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-6 e
IL-1β). 
Funções da microbiota
A microbiota pode ser categorizada em
três variantes predominantes ou
enterótipos, independente de idade, sexo,
nacionalidade ou Índice de Massa
Corpórea (IMC): Bacteroides, Prevotella e
Ruminococcus. No entanto, nem todos os
estudos identificam os três enterótipos.
Atualmente, há uma discussão sobre o
uso e a abrangência de tal classificação.
Alguns autores reconhecem apenas dois
enterótipos: Bacteroides e Prevotella, pois
Ruminococcus não foi observado em
todos os estudos.
Alguns trabalhos avaliaram os enterótipos
e suas relações com marcadores
biológicos. 
Microbiota, enterótipos e
marcadores biológicos
 
4
No estudo de Wu e colaboradores
(2011) foram encontradas associações
entre Bacteroidetes e consumo de
proteínas e gordura animal, e entre
Prevotella e consumo de carboidratos e
fibra alimentar. Vandeputte e cola-
boradores (2016) identificaram associa-
ções entre Prevotella e fezes mais soltas
(4 a 6 na Escala de Bristol). Lim e
colaboradores (2014) descreveram a
estabilidade no microbioma de gêmeos.
Após 2 anos, 81,3% dos gêmeos
permaneceram com o mesmo enterótipo.
Microbioma e
seus Conceitos
Luana Romão, MSc
O desenvolvimento da microbiota humana
é um processo dinâmico complexo, com
indivíduos exibindo diferenças em termos
de diversidade microbiana e variação em
diferentes fases da vida. Para bebês
nascidos de parto normal, haverá o
contato com microorganismos no canal
vaginal. Por outro lado, para bebês nas-
cidos por cesariana, o ambiente (por
exemplo, equipe de enfermagem e o ar) é
importante fonte de bactérias colo-
nizadoras, e essas crianças têm con-
tagens bacterianas intestinais mais
baixas, com menor diversidade em com-
paração aos bebês nascidos de parto
normal.
Lactentes amamentados têm uma
microbiota dominada por Bifidobacterium
e Ruminococcus, com taxas de colo-
nização por Escherichia coli, Clostridium
difficile, bactérias do grupo Bacteroides
fragilis e lactobacilos significativamente
menores do que aquelas observadas em
lactentes alimentados com fórmulas. A
composição da microbiota se altera ainda
mais com a introdução de alimentos
sólidos, e uma comunidade complexa e
mais estável, semelhante à microbiota
adulta, se estabelece após o desmame. 
A microbiota ao longo
da vida
Diversos fatores influenciam a formação
da microbiota. Os primeiros 1.000 dias
(concepção ao segundo ano de vida) são
influenciados pela colonização intra-
uterina, nutrição e saúde materna, estilo
de vida materno, uso de antibióticos, tipo
de parto, fatores genéticos, nascimento a
termo ou pré-termo, tipo de dieta (ama-
mentação ou fórmula infantil). Na vida
adulta, a microbiota é impactada pela
dieta, estilo de vida, uso de medi-
camentos, e exercícios físicos. No enve-
lhecimento, o declínio das funções fisio-
lógicas se soma aos demais fatores da
vida adulta.
5
Ao longo da vida adulta, a composição
da microbiota intestinal é relativamente
estável e alterada apenas transi-
toriamente por perturbações externas.
No entanto, essa estabilidade relativa é
reduzida na velhice. Algumas das
mudanças fundamentais que ocorrem
incluem uma diminuição no número total
e espécies, na diversidade microbiana e
na disponibilidade de AGCC.
O estudo de Akagawa e colaboradores
(2019) avaliou os efeitos do tipo de parto
e da nutrição na microbiota intestinal de
neonatos. Utilizaram dados de 36 recém-
nascidos japoneses saudáveis obtidos
aos 4 dias e 1 mês de idade. Aos 4 dias
de vida, Bacteroidales e Enterobacteriales
foram super-representados em recém-
nascidos de parto vaginal, enquanto
Acillales e Lactobacillales foram super-
representados em neonatos nascidos por
cesariana. Com 1 mês de vida, apenas
Bacteroidales apresentou uma diferença
significativa. Recém-nascidos por parto
vaginal tendem a ter maior proporção de
Bacteroidales, independentemente do tipo
de alimentação. 
Microbioma e
seus Conceitos
Luana Romão, MSc
Dentre os diversos fatores que
influenciam a microbiota, quatro deles
merecem destaque: a dieta, o estresse, o
sono e a genética.
1. Dieta: exerce um papel fundamental
pois fornece nutrientes para o hospedeiro
e para as bactérias no TGI. As bactérias
priorizam os carboidratos comofontes
primárias de energia e a fermentação de
fibras alimentares resulta na produção de
AGCC, que servem como fontes de
energia e exercem efeitos na dife-
renciação celular e na saúde intestinal. A
dieta é um dos fatores que mais modula a
microbiota intestinal. 
2. Estresse: as células imunológicas
atuam como mensageiros que transmitem
o estresse psicológico ao intestino. Nesse
cenário, há aumento na inflamação e
proliferação de bactérias patogênicas,
que levam à disbiose, ocasionando uma
maior permeabilidade intestinal. Além
disso, o cortisol e os mastócitos enfra-
quecem as barreiras intestinais.
Principais fatores que
influenciam a microbiota
6
O estudo de Novak e colaboradores
(2022) avaliou o efeito do lockdown
durante a pandemia do COVID-19 na
saúde mental, composição da microbiota
intestinal e níveis de cortisol. Neste
estudo com 19 adultos sau-dáveis,
foram realizadas medições antro-
pométricas, coleta de amostras de
sangue e fezes pré e pós-lockdown,
além da aplicação de questionários
sobre estilo de vida e aspectos
psicológicos. No pós-lockdown houve
aumento na Proteobacteria. A
depressão foi correlacionada positiva-
mente com mudanças na abundância de
Bacteroidetes e negativamente com
mudanças na abundância de Firmicutes.
A abundância de Alistipes pós-lockdown
foi moderadamente positivamente cor-
relacionada com ansiedade durante o
lockdown.
4. Genética: parte das informações do
microbioma é hereditária, o que implica
que a genética é um fator importante
para sua composição. No entanto,
evidências sugerem que o impacto da
estrutura genética do hospedeiro é forte
em idades jovens e parece ser reduzido
ao longo do tempo, enquanto o impacto
ambiental fica mais forte. É difícil
separar a influência genética do efeito
ambiental, e mais estudos são ne-
cessários para esclarecer melhor a in-
fluência de ambos. 
Microbioma e
seus Conceitos
Luana Romão, MSc
3. Ritmos circadianos: o sono inade-
quado está relacionado à disbiose, que
afeta a regulação do sistema imuno-
lógico, diminui a barreira mucosa e regu-
ladores da inflamação. Além disso, essa
alteração no sono pode levar ao
aumento da fome e à diminuição da ativi-
dade física, que também impactam a
microbiota.
A disbiose consiste em perturbações
no ecossistema microbiano com
mudanças qualitativas e quantitativas
na riqueza, diversidade, atividade e
distribuição de bactérias. Pode surgir
como redução das bactérias bené-
ficas, aumento das bactérias patogê-
nicas e baixa diversidade de espé-
cies. Suas principais causas são:
genética, uso de antibióticos, alimen-
tação inadequada e estresse. A dis-
biose causa repercussões, tais como:
inflamação, doenças e sintomas que
podem levar ao estresse, má ali-
mentação e necessidade de uso de
medicamentos. Estes, por sua vez,
são fatores que podem causar disbio-
se, perpetuando um ciclo. 
7
A chamada barreira intestinal separa o
lúmen intestinal dos tecidos e órgãos
internos e atua como filtro, permitindo a
entrada de água, nutrientes, e impedindo
a invasão por patógenos e a entrada de
toxinas. Ela controla o fluxo de nutrientes
e bactérias, a tolerância e a resposta
imunológica a antígenos, influencia a
nutrição e participa da defesa do hos-
pedeiro. 
A barreira intestinal possui 3 camadas:
·Muco: Age impedindo a adesão bacte-
riana.
·Células intestinais epiteliais (função de
barreira mecânica): Regulam o trans-
porte de água e nutrientes para os
tecidos.
·Camada interna (lâmina própria) com
células imunes (função de barreira
imunológica): Faz a distinção entre
patógenos e microrganismos comensais
e desenvolve uma resposta imunológica
apropriada contra os patógenos e an-
tígenos.
Microbioma e
seus Conceitos
Luana Romão, MSc
Além disso, uma barreira biológica
composta pela microbiota intestinal
normal é responsável pela resistência à
colonização, sendo uma importante linha
de defesa. As funções mecânica, imu-
nológica e biológica da barreira intestinal
fornecem as três principais linhas de
defesa do TGI. 
A barreira intestinal 
A permeabilidade intestinal reflete o po-
tencial de transferência de materiais do
lúmen para a corrente sanguínea, através
da parede intestinal. Componentes ali-
mentares e microbianos, que geralmente
ficam restritos ao lúmen intestinal, podem
passar para a corrente sanguínea e de-
sencadear resposta imune inapropriada e
resposta inflamatória.
A permeabilidade intestinal pode au-
mentar o risco de doenças, incluindo
doenças crônicas não transmissíveis
(DCNTs), doenças gastrointestinais (colite
ulcerativa e doença de Crohn), condições
sistêmicas (obesidade, diabetes tipo 1 e
tipo 2, hepatite autoimune, doença ce-
líaca, esclerose múltipla, doenças alér-
gicas) e desordens neurológicas.
Permeabilidade intestinal 
8
O mecanismo de defesa contra pató-
genos promove resistência à colo-
nização contra uma vasta gama de
patógenos por mecanismos indiretos e
diretos. Bactérias comensais ativam de-
fesas imunes inatas da mucosa, pro-
dução ou modificação de metabólitos,
depleção de nutrientes ou produção de
substâncias que são diretamente tóxicas
para outras bactérias. Esses mecanis-
mos, em conjunto, podem promover um
alto nível de resistência contra coloni-
zação por bactérias exógenas.
É possível reforçar a barreira intestinal
com fibras alimentares prebióticas e
probióticos que vão melhorar a inte-
gridade da barreira intestinal, ao estimu-
lar o crescimento de bactérias benéficas
na microbiota, atuar na competição por
nutrientes, e produzir substâncias antimi-
crobianas, estimulando as defesas do
hospedeiro.
Microbioma e
seus Conceitos
Luana Romão, MSc
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9
Os carboidratos são as moléculas mais
abundantes em nosso planeta. Podem
ser utilizados para produção de energia
(ATP) ou em funções anabólicas como a
síntese de ácidos graxos. Os
carboidratos são divididos em açúcares
simples (monossacarídeos, dissacarí-
deos) que podem ser utilizados rapi-
damente na glicólise; e carboidratos
complexos, como glicogênio, amido e
celulose e os conjugados de glicose, que
são formas modificadas de glicose
ligadas à proteínas (glicoproteínas) ou
lipídios (glicolipídios).
Outra classificação dos carboidratos é
em relação à digestão. Aqueles di-
geridos por enzimas possuem maior
índice glicêmico, fornecendo maior
quantidade de calorias à dieta. Os
açúcares simples são exemplos de
carboidratos digeríveis. Os carboidratos
não digeríveis não são quebrados pelas
enzimas, e sim fermentados no cólon
intestinal, contribuindo para a qualidade
da microbiota, devido à formação de
ácidos graxos de cadeia curta (ACGC).
São exemplos de carboidratos não
digeríveis as fibras dietéticas, como a
fibra solúvel do milho, a polidextrose e
os frutooligossacarídeos (FOS).
Nutrientes e o
Microbioma
Intestinal 
Vanessa de Santis, MSc
As fibras são nutrientes essenciais à
saúde, especialmente quando falamos de
saúde intestinal, uma vez que são
importantes para a manutenção da
microbiota intestinal, formação das fezes
e adequado funcionamento do intestino. A
sua recomendação de ingestão diária
varia de 20 g a 35 g, de acordo com
diferentes instituições. Para atingir a
recomendação diária de fibras é ne-
cessário o consumo de frutas, verduras,
legumes, cereais e sementes, além de
produtos fortificados com fibras e/ou
suplementos.
As fibras podem ser classificadas, de
acordo com a solubilidade em água, em
fibras solúveis e insolúveis. As fibras
solúveis têm atração por água, con-
tribuem para o controle do açúcar e
gordura no sangue, possuem moderado a
alto grau de fermentação no cólon, com
produção de AGCC. Fibra solúvel do
milho, polidextrose, FOS, inulina, pectina,
gomas, psyllium e mucilagens são exem-
plos dessas fibras. Podem ser natural-
mente encontradas nos legumes, olea-
ginosas, cereais, raízes, entre outras
fontes. 
Classificação das fibras
 
10
As fibras insolúveis não dissolvem em
água, tornando os movimentos peris-
tálticos mais rápidos, e sendo essenciais
na constipação. Lignina, celulose, hemi-
celulose, amido resistente, são exemplos
dessas fibras encontradas nas frutas,
verduras e cereais. 
Uma outra forma de classificar as fibras
diz respeito à sua capacidade de
estimular a atividade ou aumento do
número de bactérias com ação benéfica
à microbiota. Essas fibras são chamadas
de prebióticas. Além das fibras, outros
compostos são também considerados
prebióticos, como os ácidos graxos
insaturados e os polifenóis. Os prebió-
ticos promovem o crescimento de bacté-
rias benéficas ao organismo humano,
como bifidobactérias e lactobacilos, e
são substrato preferencial para o cres-
cimento dessas bactérias.
Exemplos de fibras prebióticas incluem 
 fibra solúvel de milho (frequentemente
encontrada em alimentos com a deno-
minação amido de milho resistente ou
maltodextrina resistente), FOS e outros
oligossacarídeos, inulina e beta-glucano,
podendo ser identificados naturalmente
em alimentos como alho, aspargo,
cebola, chicória, entre outros vegetais,
bem como em alimentos fortificados
como leites e derivados.
Nutrientes e o
Microbioma
Intestinal 
Vanessa de Santis, MSc
O tipo de alimentação consumida inter-
fere na composição e qualidade da
microbiota intestinal. O consumo de
carboidratos não digeríveis, em particular
das fibras prebióticas, é essencial à
saúde global do indivíduo, não somente à
saúde intestinal. Elas desempenham
papel no controle do peso corporal e na
resposta insulínica, e favorecem a menor
absorção da glicose e gorduras, con-
tribuindo para o gerenciamento de en-
fermidades como diabetes mellitus, dis-
lipidemia e doenças cardiovasculares.
Ainda, por fornecer benefícios à mi-
crobiota e formação do muco que recobre
as células epiteliais intestinais, são
elementos importantes para a formação
da barreira intestinal contra a entrada de
bactérias patogênicas e fortalecimento do
sistema imunológico.
 
Fibras prebióticas e saúde
humana
 
11
Image by Bernadette Wurzinger from Pixabay
Algumas fibras prebióticas exercem
efeitos sobre a absorção e retenção de
cálcio, contribuindo para a saúde óssea.
Um exemplo é a fibra solúvel do milho,
um tipo de fibra que apresenta tolerância
superior a outras fibras solúveis, como a
inulina, mesmo quando consumida em
maiores doses. Por meio das mo-
dificações que realiza na composição da
microbiota intestinal, como por exemplo
o aumento de Bifidobacterium ssp, alta-
mente benéficas, e redução de C.
histolyticum/perfringens gp, bactérias pa-
togênicas, e consequente formação de
AGCC, essa fibra prebiótica favorece a
absorção de cálcio. Um mecanismo
sugerido é que os AGCC reduzem o pH
luminal, contribuindo para uma maior
solubilização do mineral e sua absorção.
Sendo assim, o consumo de fibra
prebiótica é importante para uma boa
saúde óssea.
Nutrientes e o
Microbioma
Intestinal 
Vanessa de Santis, MSc
A quantidade de proteínas consumidas
está diretamente relacionada ao tipo e
quantidade de metabólitos produzidos. O
consumo excessivo de proteínas gera a
formação de metabólitos maléficos ao
epitélio intestinal. Por outro lado, o con-
sumo abaixo do recomendando, também
pode aumentar a quantidade de bactérias
patogênicas. Sendo assim, deve-se man-
ter equilíbrio na quantidade consumida. O
tipo de proteína consumido também tem
relação com a qualidade da microbiota
intestinal, sendo que a ingestão de proteí-
nas vegetais tem se demonstrado bastan-
te favorável.
O consumo excessivo de gorduras satu-
radas e trans aumenta o risco de enfer-
midades crônicas como esteatose e
doenças cardiovasculares, além de maior
inflamação. No que se refere à microbiota
intestinal, leva à redução de bactérias
relacionadas com a formação do muco no
epitélio, promovendo uma menor camada
de proteção natural no intestino.
Finalmente, pode gerar disbiose
relacionada à maior inflamação local e
aumentar o risco de doenças crônicas
não transmissíveis.
Proteínas, gorduras e
microbiota intestinal
 O metabolismo das proteínas está
intimamente associado à microbiota
intestinal. A proteína dietética é
metabolizada por proteases e peptidases
no intestino delgado, sendo os produtos
não digeríveis fermentados em vários
metabólitos de bactérias, como AGCC.
12
1. 2013Aug;57(6):397–405. Available from:
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A dieta é um dos principais pilares para
a modulação da saúde do hospedeiro e
da composição da microbiota intestinal.
Evidências científicas indicam que a
qualidade da dieta é determinante para a
composição da microbiota, principal-
mente no que se refere à oferta de
macronutrientes, micronutrientes e com-
postos bioativos pela alimentação. Os
nutrientes fornecidos ao nosso orga-
nismo também alimentam nossas bacté-
rias, portanto diferentes tipos de dietas
afetam distintamente o crescimento e a
atividade bacteriana no cólon, com
potencial benéfico ou prejudicial à
saúde.
A microbiota intestinal é principalmente
modulada pelos hábitos alimentares e de
estilo de vida de longo prazo. É
importante esclarecer que não existe
uma regra que indique qual é a melhor
dieta para o microbioma, uma vez que
dependerá das características, neces-
sidades e preferências de cada indiví-
duo. Em geral, uma dieta equilibrada em
proteínas, gorduras e fibras alimentares
estimula o crescimento de bactérias
protetoras e gera metabólitos benéficos
à saúde intestinal, como os ácidos
graxos de cadeia curta (AGCC). Os
AGCC produzidos por esses micro-
organismos 
A Dieta do
Microbioma 
Leila Hashimoto, PhD
têm funções de manutenção da
integridade da barreira intestinal, controle
do metabolismo glicêmico e energético.
Por outro lado, uma dieta com alto teor de
gorduras e lipídeos e baixo teor de fibras
pode promover o crescimento de
bactérias relacionadas com enfermidades
metabólicas e com a produção de
substâncias inflamatórias, o que dese-
quilibra o ambiente intestinal.
Dentre as dietas mais comumente
estudadas, e cujos efeitos na composição
de bactérias intestinais podemos explorar,
incluem-se a ocidental, a cetogênica, a
mediterrânea e as dietas plant-based.
Cada uma delas influencia de formas
diferentes o microbioma e a constituição
da barreira intestinal, impactando a
camada de muco, enterócitos e células do
sistema imune no intestino de forma
distinta. 
 
 
Tipos de dieta e seus efeitos
na microbiota intestinal
14
Dieta ocidental
A dieta ocidental é caracterizada pela
ingestão de alta densidade energética e
proporções inadequadas de gorduras e
proteínas, quantidades elevadas de
carboidratos refinados e baixo consumo
de fibras alimentares. Essa combinação
favorece o aumento de bactérias malé-
ficas e seus metabólitos inflamatórios,
como citocinas, lipopolissacarídeos
(LPS) e N-óxido-trimetilamina (TMAO).
Os AGCC, por exemplo, têm sua
produção reduzida, uma vez que há
baixa disponibilidade de fibras ali-
mentares. Isso faz com que haja
alteração do ambiente intestinal, com
aumento do pH e das substâncias
inflamatórias. 
O estudo de Jian e colaboradores (2021)
avaliou os efeitos da ingestão aumen-
tada de gordura saturada, gordura
insaturada ou açúcar simples na dieta de
indivíduos com excesso de peso, durante
três semanas. Esses nutrientes foram
consumidos na quantidade corres-
pondente a 1.000 kcal adicionais ao dia.
Mesmo em um curto período de inter-
venção, houve aumento significativo de
bactérias inflamatórias, como Proteo-
bacteria e Escherichia coli, quando as
quantidades de gordura saturada e
açúcares simples na dieta foram aumen-
tadas. Por outro lado, uma alimentação
com maior teor de gordura insaturada
levou ao aumento de uma bactéria
produtora de AGCC, Roseburia. Além
disso, os pesquisadores também obser-
varam associação positiva entre os níveis
de certas bactérias (Bilophila) no início do
estudo e o aumento de gordura hepática,
independentemente do tipo de interven-
ção.
Dieta cetogênica
A dieta cetogênica é um tipo de dieta com
restrição de carboidratos e aumento de
gorduras, levando a um estado de cetose
(aumentoda produção de corpos
cetônicos pela utilização de gordura e
proteína como fonte de energia). Existem
diversos protocolos de dieta cetogênica,
com diferentes variações na porcentagem
de macronutrientes. Os alimentos
permitidos são, em geral, carnes, ovos,
aves, laticínios, vegetais sem amido,
nozes, sementes e abacate. Os alimentos
não permitidos geralmente incluem os
cereais refinados, aveia, tubérculos,
leguminosas e frutas.
Para a microbiota intestinal, os achados
dos estudos científicos ainda são es-
cassos, sendo a maioria desenvolvidos
em modelo animal. Podemos destacar, a
partir dos resultados desses estudos, a
redução da diversidade e da riqueza das
bactérias, com aumento, em particular, de
Lactobacillus e Akkermansia muciniphila. 
A Dieta do
Microbioma 
Leila Hashimoto, PhD
15
No estudo publicado por Ma e
colaboradores (2018), o objetivo foi
identificar se a intervenção da dieta
cetogênica alterava o microbioma
intestinal e as funções neurovasculares.
Camundongos jovens saudáveis rece-
beram uma dieta cetogênica, com 75,1%
de gordura e muito baixo teor de fibras
(3,2% VCT) por 16 semanas. Essa
intervenção foi capaz de aumentar de
modo significativo a quantidade de
bactérias produtoras de AGCC e
probióticas (Lactobacillus) e promotoras
da renovação de muco no intestino
(Akkermansia), assim como de reduzir o
número de bactérias produtoras de
sulfeto de hidrogênio (Desulfovibrio e
Dorea), que é conhecido por induzir
danos à barreira intestinal.
Wan e colaboradores (2019) inves-
tigaram os efeitos na microbiota
intestinal e em seus metabólitos de três
dietas com diferentes teores de gordura,
por meio de um estudo randomizado,
controlado, com 217 indivíduos sau-
dáveis, durante 6 meses. As dietas
diferiram exclusivamente na quantidade
de gordura, variando entre 20%, 30% e
40%. A dieta com maior teor de gordura
foi associada ao aumento de metabólitos
fecais (LPS e ácido araquidônico) e fato- 
res pró-inflamatórios. Por outro lado, a
dieta com menor teor de gordura reduziu
os metabólitos p-cresol e indol, preju-
diciais ao organismo (p<0,001).
Dieta mediterrânea
A dieta mediterrânea é objeto de estudo
em diversos contextos de saúde e
doença, uma vez que tem alta qualidade
nutricional e estimula o consumo de
vegetais, frutas, legumes, oleaginosas,
grãos integrais, laticínios fermentados e
azeite de oliva extra virgem. Dessa forma,
fornece muitos nutrientes e compostos
bioativos. A dieta mediterrânea é prote-
tora contra inflamação e doenças
crônicas, e evidências emergentes mos-
traram que esses efeitos podem ser
parcialmente mediados por mudanças
favoráveis na microbiota intestinal.
No estudo de Zhu e colaboradores
(2020), a dieta mediterrânea foi com-
parada com uma dieta do tipo “fast food”
para avaliar os efeitos na microbiota
intestinal e seus metabólitos em homens
saudáveis. A dieta fast food continha alto
teor de gordura saturada e consumo
insuficiente de fibras alimentares (12
g/dia). Já a dieta mediterrânea apre-
sentava alto consumo de vegetais, ce-
reais integrais e oleaginosas, com inges-
A Dieta do
Microbioma 
Leila Hashimoto, PhD
16
No contexto da microbiota intestinal, a
dieta plant-based foi capaz de promover
aumento de bactérias marcadoras de
saúde (Bifidobacterium, Lactobacillus,
Ruminococcus, Eubacterium rectale,
Roseburia) e redução de bactérias
patogênicas (Clostridium perfringens e C.
histolyticum), de acordo com estudos
clínicos. Um estudo brasileiro (Franco-de-
Moraes e colaboradores, 2017) comparou
a composição da microbiota intestinal de
indivíduos que seguiam dietas onívoras,
lacto-ovo-vegetarianas e vegetarianas es-
tritas. A dieta onívora apresentou um perfil
mais inflamatório em comparação às
dietas vegetariana e vegana, com base na
concentração de LPS sérico e proteína C-
reativa. As dietas vegetarianas, com maior
teor de fibras, estimularam o crescimento
de bactérias fermentadoras destes
carboidratos, como Faecalibacterium,
Roseburia e Prevotella, em comparação à
dieta onívora.
Dieta do microbioma
A dieta do microbioma inclui estratégias
nutricionais com o objetivo principal de
reequilibrar as proporções de bactérias
benéficas e prejudiciais da microbiota.
Na prática clínica, propõem-se três fases
para uma dieta do microbioma. A fase 1
tem por objetivo a recuperação das fun-
tão de 60 g de fibra alimentar por dia. Em
apenas 4 dias de intervenção, houve
aumento de bactérias fermentadoras de
fibras (Lachnospiraceae e Butyricicoccus)
com a dieta mediterrânea. A dieta
mediterrânea foi capaz de aumentar
metabólitos benéficos para células
neuronais, como ácido láctico-3-indole e
ácido propiônico-3-indole. Observou-se,
por outro lado, o aumento de bactérias
tolerantes à bile (Collinsella, Para-
bacteroides e Bilophila wadsworthia) com
a dieta fast food. 
Dieta plant-based
Uma dieta em evidência ultimamente é a
dieta plant-based, em que há uma
restrição de produtos de origem animal. É
uma dieta com alto teor de fibras
alimentares e outros compostos bioativos,
como carotenóides, polifenóis, iso-
flavonas, licopeno, fitoestrógenos, que
promovem a gliconeogênese intestinal,
termogênese, nutrição dos enterócitos,
integridade da barreira intestinal e
secreção de hormônios sacietógenos
(GLP-1 e PYY). Em geral, esta dieta
também promove um consumo reduzido
de sódio, gordura saturada, amônia, e
fenóis, compostos que estão relacionados
com a lipogênese, inflamação intestinal e
sistêmica, redução da oxidação lipídica e
aumento do estoque lipídico.
A Dieta do
Microbioma 
Leila Hashimoto, PhD
17
Na fase 2, supõe-se que o intestino e a
microbiota estejam mais equilibrados,
permitindo maior flexibilidade na dieta.
Nesta fase, realiza-se a reintrodução
gradual dos alimentos limitados na fase
1, adaptando-a conforme a tolerância do
paciente. Essa fase pode durar cerca de
30 dias. Nesta fase, o cardápio pode ter
maior flexibilidade, recomendando-se
limitar refeições com alto teor de
calorias, gorduras, açúcares e sal. 
 Finalmente, na fase 3, considerada uma
fase de manutenção, propõe-se uma
mudança de hábitos alimentares e de
estilo de vida, sem tempo determinado,
devendo ser mantida, preferencialmente,
por longo prazo.
ções do trato gastrointestinal e a
qualidade da microbiota, e deve pro-
longar-se por aproximadamente 20 dias.
Nesta fase, a dieta pode incluir vegetais e
frutas frescas, proteínas magras (aves,
frutos do mar e peixe) e de vegetais
(lentilha, grão de bico, feijões), gorduras
boas (azeite de oliva extra virgem, ômega
3, oleaginosas), alimentos prebióticos e
probióticos.
Fase 1 da dieta do microbioma
- Eliminar elementos da dieta que possam
causar inflamação e disbiose, e evitar
alimentação desequilibrada em macro-
nutrientes, pobre em micronutrientes e com
excesso de calorias. 
- Adicionar alimentos para reparar o
ambiente intestinal e melhorar a função
intestinal como, por exemplo, aqueles das
dietas plant-based ou mediterrânea.
- Consumir alimentos que ajudem a
melhorar a qualidade das bactérias no
intestino, incluindo os fermentados (kimchi,
kombucha, kefir), gorduras de boa
qualidade, frutas vermelhas e roxas, e
brássicas. 
- Repopular o intestino com bactérias
benéficas, através da ingestão de alimentos
e suplementos contendo prebióticos e
probióticos.
A Dieta do
Microbioma 
Leila Hashimoto, PhD
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Image by Renata Tlałka from Pixabay
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A Dieta do
Microbioma 
Leila Hashimoto, PhD
A dieta é o principal fator modulador da
microbiota intestinal, e sua composição
deve ser adequada para manter a saúde
intestinal. Os tipos de dietas se diferen-
ciam tanto na composição de nutrientes
quanto nos efeitos à microbiota intestinal,
e cada dieta possui prós e contras que
devem ser considerados na escolha da
melhor opção para o paciente, respei-
tando as individualidades, preferências e
rotina de cada um.
Princípios da Dieta do Microbioma
Para atingir bons resultados com a dieta
do microbioma, consideram-se cinco
princípios básicos:
1) Evitar alimentos que possam
promover desequilíbrios na microbiota
intestinal.
2) Inserir alimentos e nutrientes que
promovam a recuperação do intestino e
da microbiota.
3) Consumir alimentos com prebióticos.
4) Consumir alimentos com probióticos. 
5) Associar hábitos alimentares ade-
quados a estilos de vida saudáveis.
19
1. Fan Y, Pedersen O. Gut microbiota in human metabolic health and disease.
Nat Rev Microbiol. 2021 Jan;19(1):55-71
capacidade de: (i) interagir com células
do hospedeiro; (ii) modificar o ecos-
sistema intestinal; (iii) produzir compos-
tos antibacterianos; (iv) estimular recep-
tores específicos que desencadeiam res-
postas locais e periféricas; (v) maximizar
a integridade da barreira intestinal para
reduzir a passagem de antígenos opor-
tunistas à circulação (p. ex., lipopolis-
sacarídeo); e (vi) vantagem competitiva
com bactérias patogênicas.
Alguns probióticos, ainda, atuam mo-
dificando o conteúdo de muco que faz
parte da barreira física intestinal, e que é
crucial para reduzir a interação entre
antígenos e receptores epiteliais que
deflagram as respostas imunológica e
inflamatória. Os probióticos também
apresentam proteínas de superfície que
podem interagir com receptores ou
liberar pequenas substâncias que me-
diam a interação com a célula-alvo.
O interesse e conhecimento sobre o
efeito proveniente da interação entre
microorganismos no cólon intestinal são
crescentes, visto que os probióticos
podem elevar a abundância de algumas
bactérias que desempenham um im-
portante papel na produção dos ácidos
graxos de cadeia curta (AGCC).
O efeito dos probióticos depende, em
grande parte, da microbiota intestinal
residente e também de outros fatores
moderadores, como a dieta global e o
exercício físico.
 
Os principais probióticos estudados
atualmente, e que contam com o maior
número de estudos disponíveis são os
Lactobacillus e as Bifidobacterium. Estes
possuem diferentes cepas que atuam de
maneiras diversas. Entretanto, há uma nova
geração de probióticos, que inclui
microrganismos como Roseburia intestinalis,
Faecalibacterium prausnitzii, Eubacterium
spp., Bacteroides spp. e Akkermansia
muciniphila que merece maior atenção, tendo
em vista estudos observacionais demons-
trando o potencial papel benéfico destas
bactérias. 
Os efeitos positivos dos probióticos não
derivam apenas da mudança que
promovem na composição bacteriana
intestinal. Outros efeitos se devem à sua 
Probióticos e seus
mecanismos de ação
na saúde digestiva e
imunidade
Marcus Quaresma, PhD
20
Os alimentos lácteos se destacam
como principal origem de bactérias
que exercem efeito positivo à saúde
humana.
Bifidobacterium animalis subsp. lactis
aumentou a frequência de evacuação,
reduziu o tempo de trânsito intestinal e
melhorou a consistência das fezes. A
suplementação de múltiplas cepas de
Lactobacillus e Bifidobacterium também
exerce efeitos positivos na saúde intes-
tinal, especialmente, diminuindo a fre-
quência de fezes tipo 1 e tipo 2 da escala
de Bristol. 
Os probióticos agem, sobretudo, no
intestino, favorecendo modificações poten-
cialmente positivas. Avaliações subjetivas
de sintomas digestivos apresentam re-
sultados mais positivos em resposta à
suplementação probiótica (B. lactis CNCM
1-2494), embora novos estudos sejam
necessários para confirmar estes efeitos.
O estudo de Marteau et al. (2019) que
interveio com produto lácteo adicionado de
Bifidobacterium animalis subsp. lactis
CNCM I-2494, Streptococcus salivarius
subsp. thermophilus CNCM I-1630,
Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus
CNCM I-1632 e I-1519, e Lactococcus
lactis subsp. lactis CNCM I-1631 por 4
semanas mostrou efeitos positivos sobre
sintomas digestivos, independentemente
do consumo de fibras e nível de atividade
física. Entretanto, o estudo apresentava
algumas limitações metodológicas. De
acordo com o estudo de Rasinkangas et al.
(2022), o uso de Bifidobacterium animalis
subsp. lactis Bi-07 reduziu sintomas leves
de dor abdominal, comparativamente à
lactose e placebo. Sintomas moderados de
dor abdominal também foram atenuados
em comparação ao momento inicial de
avaliação, apesar de não ter sido melhor
que do grupo que consumiu lactose. 
Dr Marcus Quaresma, PhD
21
Probióticos e sintomas
gastrointestinais
 
Probióticos e sistema
imunológico
 No que se refere ao sistema imunológico,
os probióticos podem atuar sobre
diferentes células. Por exemplo, podem:
· Estimular as células dendríticas para
apresentação de antígenos;
· Estimular a diferenciação de linfócitos T
Naive em Th2 (CNCM-12494), que liberam
IL-4, IL-5 e IL-13;
· Atenuar a diferenciação de linfócitos T
Naive em Th17 (L. acidophilus), que
liberam IL-17e IL-22;
· Promover a diferenciação de linfócitos T
Naive em Treg (L. reuteri, L. acidophilus, L.
fermentum, L. Salivarius) que liberam TGF-
B e IL-10;
· Estimular as células NK, processo
mediado por L. rhamnosus HH, L. reuteri
DSM, L. casei Shirota, L. acidophilus.
Isto posto, os probióticos atuam de
maneira ampla para gerenciar vias infla-
Probióticos e seus
mecanismos de ação
na saúde digestiva e
imunidade
Marcus Quaresma, PhD
matórias e antiinflamatórias provenientes de
células intestinais que residem no intestino. 
 Cristofori et al. (2021) demonstraram que
Lactobacillus plantarum, por exemplo, regula IL-
4 e IL-10 (anti-inflamatórios) e TNF-a e IFN-y
(pró-inflamatórios). Lactobacillus plantarum
reduziu TNF-a e IFN-y e au-mentou IL-10,
sugerindo efeito positivo para regulação da
inflamação. Pode-se considerar que, em
doenças inflamatórias intestinais, este efeito seja
benéfico, porém, são necessários estudos que
os avaliem nesta condição.
Considerando que citocinas são desfechos
substitutos, desfechos mais importantes
(infecções oportunistas) também sofrem
modificações em resposta à suplementação
probiótica. Probióticos reduziram a incidência de
infecções de trato respiratório superior e a
duração dos episódios. Segundo Coleman et al.
(2022), em adultos, risco de experimentar uma ou
mais infecções reduziu 9%, tempo com infecção
(23%). O efeito na severidade, no entanto, ainda
é nebuloso. Bifidobacterium, Lactobacillus ou
ambas parecem reduzir a taxa de infecção em
38%, 21% e 18%, respectivamente. A espécie L.
casei reduziu em 29% a taxa de risco de
infecções do trato respiratório.
Alimentos fermentados parecem exibir o
maior efeito na redução das infecções (41%). 
A nova geração de probióticos, especialmen-
te, Akkermansia muciniphila ganha destaque,
sobretudo por agir de maneira protetora
contra potenciais agentes patogênicos.
Dr Marcus Quaresma, PhD
22
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Efeitos do L. paracasei CNCM I-1518
Os efeitos derivados do L. paracasei subsp.
paracasei CNCM I-1518 parecem estar
relacionados a: 
· Redução do risco (incidência) de novas infecções; 
· Prevenção de infecções por Clostridium difficile em
crianças; 
· Erradicação de Helicobacter pylori em crianças; 
· Prevenção de diarreia associada à antibióticos em
adultos.
Probióticos e seus
mecanismos de ação
na saúde digestiva e
imunidade
Marcus Quaresma, PhD
A quantidade de bactérias que colonizam
o nosso organismo, principalmente na pele
e no sistema digestório, atinge números
incontáveis. Atualmente se admitem
quantidades próximas entre o número de
bactérias que nos colonizam, e o número
de células somáticas “homo sapiens”. No
entanto, o genoma (microbioma) das
bactérias é muito maior que o nosso, com
capacidade metabólica semelhante ao
fígado humano.
De onde vêm essas bactérias? Uma boa
parte delas já nos coloniza no nascimento,
pela passagem do feto no canal vaginal e
pela proximidade deste com as porções
finais do sistema digestório materno. Esta
colonização já funciona como estímulo
antigênico para o adequado desen-
volvimento anatômico e funcional do
sistema imunológico de mucosas, assim
como para respostas adaptativas sis-
têmicas. A diversidade da microbiota
intestinal humana resulta de um processo
de co-evolução das comunidades bacte-
rianas e do hospedeiro ao longo do tempo,
onde ambas as partes se beneficiam uma
da outra, determinando uma situação
mutual de convivência (mutualismo).
O microbioma, em sua definição mais
atual, é a interação dos microorganismos
(compostos de bactérias, bacteriófagos,
fungos, protozoários e vírus), dos elemen-
Prebióticos: papel na
programação
metabólica e
imunológica
Dr Bruno Barreto, PhD
23
tos genômicos, dos metabólitos e dos
produtos resultantes em um nicho
ecológico. 
Vários são os fatores que interferem com o
desenvolvimento e composição da mi-
crobiota, como por exemplo, a dieta, a
localização geográfica e a cultura das
populações, o gênero e a idade, além do
uso de antibióticos. Embora estes fatores
determinem um possível padrão para cada
um deles, ainda existe a variabilidade
microbiana interindividual, a qual determina
um padrão para cada indivíduo, como se
fosse uma assinatura microbiana.
A partir do momento que temos uma
microbiota bem instalada, rica e di-
versificada, espera-se que ela possa
exercer suas funções, as quais são variadas
e extremamente importantes para a
homeostasia humana. Neste sentido,
destacam-se algumas de suas atividades,
tais como: a função de barreira; a ação
antibacteriana e antiviral; o papel na função
neuromuscular e no eixo intestino-cérebro;
além da função na resposta imunológica,
onde destaca-se a produção de IgA
secretora e a ativação de células T
reguladoras.
Para manter esta situação de eubiose é
fundamental a participação dos “bióticos”, os
quais já se faziam conhecidos pelo grupo
dos prebióticos, probióticos e simbióticos,
aos quais, mais recentemente, foi
incorporado o grupo dos posbióticos.
Para conhecer um pouco melhor a família
dos “bióticos”, iniciando pelo substrato,
mais recentemente a definição de pre-
biótico foi modificada para: "um substrato,
não-digerível, que é utilizado sele-
tivamente por microrganismosintestinais,
modulando a composição e atividade da
microbiota, conferindo benefício à saúde
do hospedeiro". Substrato este, que já
deve estar presente desde os primeiros
meses de vida, para que tenhamos o
desenvolvimento adequado da microbiota,
aproveitando a janela de oportunidade
para a adequada programação imuno-
metabólica da criança, que se estabelece
nos primeiros mil dias de vida. 
Neste contexto, os principais prebióticos,
para esta faixa etária, são os oligos-
sacarídeos do leite humano (HMO’s), os
quais já foram descritos em torno de 200
tipos. Quando clivados por enzimas
específicas, dão origem aos mono ou
dissacarídeos essenciais para a geração
de energia, como a lactose, galactose e
fucose, os quais por sua vez, sofrem
processo de fermentação pela microbiota
saudável, gerando substratos ativos
(posbióticos), como os ácidos graxos de
cadeia curta – AGCC (proprionato, butirato
24
e acetato). Os AGCC são, em grande
parte, os responsáveis pelos efeitos fun-
cionais, como por exemplo, a ativação de
células imunológicas tolerogênicas, como
os linfócitos T reguladores.
Pensando num cenário mais prático, uma
dieta equilibrada, rica em fibras prebióticas
durante a gestação, associada ao parto
por via vaginal e ao aleitamento materno
exclusivo, por um período mínimo de seis
meses, pode favorecer o processo de
imunotolerância e, assim, diminuir a pos-
sibilidade de desequilíbrios imunológicos
que culminem com doenças alérgicas ou
de auto-imunidade. A esta sequência de
eventos, chamamos de Programação
Imunológica.
No entanto, nem sempre estamos diante
do cenário ideal, já que muitas vezes, por
vários motivos, fatores influenciadores
negativos podem interferir nos períodos
pré, peri ou pós-natal. Por exemplo, a
impossibilidade do parto vaginal ou a
impossibilidade do aleitamento materno
exclusivo e prolongado. Daí a importância
de utilizarmos fórmulas infantis subs-
titutivas ao leite materno, de alta qualidade
nutricional e que possa tentar mimetizar, o
mais próximo possível, as características
do leite materno. 
Prebióticos: papel na
programação
metabólica e
imunológica
Dr Bruno Barreto, PhD
Por isso, a utilização de fórmulas que
incorporam prebióticos de alta qualidade e
com comprovação científica seria funda-
mental para nos aproximarmos dos bene-
fícios do leite materno. A utilização de
galactooligossacarídeos de cadeia curta
(scGOS), com frutooligossacarídeos de
cadeia longa (lcFOS), em proporção de
9:1, é a combinação prebiótica mais estu-
dada e com mais evidências científicas.
Neste sentido, estudos que utilizaram
fórmulas infantis em lactentes saudáveis
com esta combinação prebiótica mos-
traram redução de sintomas gastrin-
testinais e melhor consistência das fezes,
além da prevenção de doenças infec-
ciosas respiratórias e gastrintestinais em
lactentes institucionalizados.
Mais recentemente, um novo elemento
prebiótico denominado 2’Fucosil-lactose
(2’FL), e similar a um dos HMO’s
encontrados no leite materno, foi incor-
porado à combinação de scGOS/lcFOS
(9:1). Esta nova associação trouxe mais
eficácia para a combinação inicial, mos-
trando recentes e promissores estudos
experimentais de melhor reversão de
disbiose; melhor resposta terapêutica con-
tra o rotavírus; melhor soroconversão va-
cinal para influenzae e melhor desen-
volvimento cognitivo. 
Embora mais estudos que analisem a
interação da microbiota intestinal, diver-
sificada e inter-variável, com os subs-
tratos prebióticos sejam necessários,
parece cada vez mais sedimentada a
25
importância do uso dos prebióticos na
programação imunometabólica dos lactentes,
sobretudo nos primeiros mil dias de vida,
período no qual parece existir uma janela de
oportunidade para que estas interações se
fortaleçam e os resultados funcionais sejam
alcançados.
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Prebióticos: papel na
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metabólica e
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Dr Bruno Barreto, PhD
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Bruno Barreto, PhD Leila Hashimoto, PhD
Marcus Quaresma, PhD
Doutor em Ciências pela Universidade Federal
de São Paulo (UNIFESP). Professor Adjunto
de Pediatria da Universidade do Estado do
Pará (UEPA). Supervisor do Programa de
Residência em Pediatria do Centro
Universitário do Estado do Pará (CESUPA).
Coordenador da Região Norte da Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP). Membro dos
Grupos Assessores de Alergias na Infância da
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
(ASBAI) e de Dermatite Atópica da Sociedade
Latino Americana de Alergia, Asma e
Imunologia (SLAAI).
Nutricionista e Doutora em Ciências
pela Universidade de São Paulo
(USP). Desde 2014, estuda a relação
entre nutrição e o microbioma
intestinal e tornou-se nutrigeneticista,
tendo trabalhado por 10 anos em um
laboratório de pesquisa da USP.
Docente de cursos de pós-graduação
(PUC-Goiás). 
 
Nutricionista formado pelo Centro
Universitário São Camilo. Mestre
(UNIFESP) e Doutor (FSP-USP) em
Ciências. Docente dos cursos de
graduaçãoem Nutrição e pós-
graduação em Nutrição Esportiva
do Centro Universitário São Camilo,
onde é também Orientador do
Mestrado Profissional de Nutrição. 
e-book
 
Microbiona Humano e Dieta:
O Papel dos Prebióticos e
Probióticos na Saúde dos Adultos e
Crianças
 
Agradecimento especial 
 
Luana Romão, MSc
Vanessa de Santis, MSc
Nutricionista pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie/Universidade de Coimbra (Portugal).
Mestre em Nutrição em Saúde Pública pela
Universidade de São Paulo. Docente de cursos
de pós-graduação (Universidade Presbiteriana
Mackenzie e Estácio São Paulo) e pesquisadora
no Instituto PENSI/Hospital Infantil Sabará
Nutricionista e Mestre em Ciências Médicas e
Biológicas pela UNIFESP. Especialista em
Nutrição Clínica, Esportiva e Terapia Nutricional
em Terapia Intensiva. Nutricionista clínica e
Docente de cursos de pós-graduação (Centro
Universitário São Camilo e Senac). 
 
26
Material destinado exclusivamente a Profissionais da Saúde
Apoio
Realização

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