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<p>ARTROLOGIA</p><p>1- CONCEITO DE JUNTURA E ARTICULAÇÃO</p><p>Dá-se o nome de articulações ou junturas a maneira pela qual os ossos estabelecem</p><p>contato entre si constituindo as dobradiças que, sob a ação dos músculos, permitem os</p><p>movimentos do corpo. Os ossos podem articular-se pelas suas faces, pelas suas margens e pelas</p><p>suas extremidades.Os ossos longos articulam-se pelas extremidades Ex.: o fêmur com a tíbia.</p><p>Os ossos curtos articulam-se pelas suas faces. Ex.: os ossos do carpo e do tarso. Os</p><p>ossos planos articulam-se pelas margens. Ex.: os ossos do crânio. Faz exceção todavia o osso</p><p>do quadril que se articula com a cabeça do fêmur pela face.</p><p>2- ORIGEM E DIVISÃO DAS ARTICULAÇÕES</p><p>As articulações classificam-se segundo a natureza do tecido que se interpõe às superfícies</p><p>dos ossos que a constituem e de acordo com o movimento realizado pelas articulações.</p><p>De acordo com sua estrutura, as articulações podem ser classificadas em três tipos:</p><p>fibrosa, cartilaginosas e sinoviais.</p><p>2.1 Articulações fibrosas</p><p>Incluem todas as articulações nas quais os ossos são mantidos juntos por tecido conjuntivo</p><p>fibroso. Há muito pouco movimento entre as extremidades dos ossos, e não se executa nenhum</p><p>movimento apreciável (SINARTROSES SYN = junto com união; ARTHRON = articulação), isto</p><p>é, uma articulação imóvel. Movimentos de pequena amplitude são, de fato, executados em</p><p>algumas sinartroses. Há dois tipos principais de articulações fibrosas: Suturas e Sindesmoses.</p><p>Existe ainda as Gonfoses.</p><p>a) Suturas - Há pequena quantidade de tecido fibroso interposto aos ossos. Aparecem na</p><p>maioria dos ossos planos do crânio. Na maturidade, as fibras da sutura começam a ser</p><p>substituídas por osso SINOSTOSE (isto é, manter unido por osso).</p><p>OBS: Fraturas do crânio são bastante comuns em um adulto, mas muito menos em crianças. O</p><p>crânio de uma criança é elástico aos golpes por causa da natureza do osso e da camada de</p><p>tecido conjuntivo fibroso no interior das suturas. O crânio de um adulto assemelha-se a uma casca</p><p>de ovo no qual falta elasticidade. Co freqüência irá lascar com o impacto.</p><p>b) Sindesmoses - Unido por bandas ou faixas. Podem permitir algum movimento, melhor</p><p>descritos como “ELASTICIDADE”, mas não permitem movimentos verdadeiros. A quantidade</p><p>de tecido fibroso é maior, havendo maior distância entre os ossos articulados. A articulação</p><p>entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula, e entre o corpo de rádio e ulna bem como</p><p>entre o corpo da tíbia e fíbula – onde os ossos estão mantidos juntos por membranas</p><p>interósseas – são exemplos de SINDESMOSES.</p><p>c) Gonfoses- Articulação entre os processos alveolares da maxila e da mandíbula e os dentes,</p><p>no qual existe um ligamento periodontal</p><p>OBS: Doenças periodontais ocorrem nas gonfoses, e referem-se à inflamação e degeneração</p><p>da gengiva, ligamentos periodontais e tecido ósseo alveolar. Com esta doença, os dentes ficam</p><p>soltos e placas se acumulam nas raízes. Doença Periodontal pode ser causada por falta de</p><p>higiene oral, dentes compactados (falta de alinhamento) ou irritantes locais, como alimento</p><p>incluso, mastigação de tabaco ou fumaça de cigarro.</p><p>2.2 Articulações cartilaginosas</p><p>Constituem de cartilagem hialina ou fibrosa. Realizam pequenos movimentos </p><p>ANFIARTROSES ( AMPHI – de ambos os lados). Há dois tipos: SINCONDROSES E SÍNFISES.</p><p>a) Sincondroses - Ossos unidos por cartilagem hialina (SYNCONDROSIS = unidos por</p><p>cartilagem). Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo</p><p>substituída por osso. Esta substituição ocorre entre epífises e a diáfise dos ossos longos (onde</p><p>as cartilagens epifisárias [METÁFISES] são substituídas) e entre certos ossos do crânio. As</p><p>cartilagens formadas entre as 10 primeiras costelas e suas cartilagens costais são</p><p>sincondroses permanentes.</p><p>OBS: A fratura de um osso longo em crianças pode ser extremamente séria se envolver a</p><p>lâmina epifisial de uma articulação Sincondrose, mitoticamente ativa. Se tal lesão permanecer</p><p>sem tratamento, o crescimento ósseo é comumente retardado ou interrompido, de forma que o</p><p>membro será menor que o normal.</p><p>b) Sínfises</p><p>Constituídas de cartilagem fibrosa. Separando os ossos da articulação encontra-se um</p><p>coxim fibrocartilaginoso, que é a característica distintiva da sínfise. Esses coxins, ou discos, são</p><p>compressíveis, permitindo que a sínfise possa absorver choque. A articulação entre os dois ossos</p><p>púbicos e a articulação entre os corpos de vértebras adjacentes são exemplos de sínfises. Os</p><p>coxins entre as vértebras é chamado DISCO INTERVERTEBRAL.</p><p>2.3 Articulações sinoviais</p><p>A maioria das articulações do corpo são sinoviais, que são caracterizadas por serem</p><p>livremente móveis. O movimento das articulações sinoviais é limitado somente por ligamentos,</p><p>músculos, tendões ou ossos adjacentes. Por causa da liberdade de movimentos, as articulações</p><p>sinoviais são também referidas como DIARTROSES (DIARTHOSIS = articulação móvel). Outra</p><p>característica é a presença de um líquido preenchendo a cavidade articular. As articulações</p><p>sinoviais têm quatro características distintas: uma cartilagem articular, uma cápsula articular, uma</p><p>membrana sinovial e a sinóvia (líquido sinovial).</p><p>A cartilagem articular é uma fina camada de cartilagem hialina que cobre a superfície</p><p>articular lisa dos ossos.</p><p>A cápsula articular é uma membrana dupla que envolve e encerra a articulação. A camada</p><p>mais externa é composta de tecido conjuntivo fibroso denso cujas fibras estão firmemente</p><p>aderidas ao periósteo dos ossos. Feixes paralelos de fibras na camada mais externa formam</p><p>ligamentos que fortalecem as articulações (Ligg.capsulares).</p><p>A camada mais interna da cápsula articular é conhecida como Membrana Sinovial, que</p><p>consiste de tecido conjuntivo frouxo cuja superfície interna é bem suprida de capilares.</p><p>A membrana sinovial produz um líquido espesso chamado Líquido Sinovial, que é</p><p>responsável pela nutrição das cartilagens articulares e pela lubrificação das superfícies articulares.</p><p>O líquido serve como um elemento amortecedor de peso na articulação, desde que ele mantém as</p><p>cartilagens articulares dos ossos que formam a articulação, separadas, não permitindo o contato</p><p>direto entre si. Trauma em uma articulação sinovial provoca a produção excessiva de líquido</p><p>sinovial em uma tentativa de amortecer e imobilizar a articulação, conduzindo ao inchaço da</p><p>articulação e desconforto. Em casos extremos, parte do líquido sinovial pode ser drenado por uma</p><p>agulha de punção através da cápsula articular. O tipo de lesão mais frequente em uma articulação é</p><p>a entorse na qual são lesados os ligamentos de suporte ou a cápsula articular em vários níveis de</p><p>gravidade. A cápsula articular é bem suprida de fibras nervosas.</p><p>IMPORTANTE: A cartilagem articular que recobre a superfície articular de cada osso e o</p><p>líquido sinovial que circula pela articulação durante os movimentos são fatores que protegem as</p><p>articulações sinoviais e atuam diminuindo o atrito e amortecendo os ossos que se articulam. Caso</p><p>um trauma ou uma doença torne qualquer um deles não funcionante, os dois ossos que se</p><p>articulam entrarão em contato. Formam-se em seguida depósitos ósseos, e um tipo de artrite se</p><p>desenvolverá no interior da articulação.</p><p>Em algumas articulações sinoviais encontramos, interpostas às superfícies articulares,</p><p>elementos fibrosos ou fibrocartilaginosos que, dependendo da sua forma, são denominados</p><p>MENISCOS (no caso do joelho) ou discos intra-articulares. Os discos articulares dividem a</p><p>cavidade sinovial em duas cavidades separadas. A articulação da mandíbula, a externo clavicular</p><p>e a radioulnar distal contêm discos articulares. A articulação do joelho é apenas parcialmente</p><p>subdividida pelos meniscos.</p><p>A cápsula articular apresenta espessamentos de feixes colágenos, denominados</p><p>LIGAMENTOS, que reforçam sua estrutura, conferindo maior resistência mecânica ao conjunto.</p><p>Esses ligamentos podem ser, conforme sua localização em relação à cápsula, intracapsulares</p><p>ou</p><p>extracapsulares.</p><p>OBS:1 Artroplastia é o reparo cirúrgico ou substituição de articulações. Os avanços neste</p><p>campo continuam ocorrendo e novos dispositivos estão sendo desenvolvidos para restabelecer a</p><p>função articular perdida e permitir movimentos livres de dor. Um recente avanço no reparo de</p><p>tecidos moles envolve o uso de ligamentos artificiais. Um material que consiste em fibras de</p><p>carbono cobertas com um plástico chamado ácido poliláctico é suturado em torno dos ligamentos</p><p>e tendões rompidos. Isto reforça a estrutura traumatizada e proporciona uma base na qual as</p><p>fibras colágenas do corpo podem se desenvolver. Quando a cicatrização progride, o ácido</p><p>poliláctico é reabsorvido e as fibras de carbono são eliminadas.</p><p>2.3.1 Morfologia das articulações sinoviais</p><p>Com base nos movimentos permitidos e na forma das superfícies articulares envolvidas, é</p><p>possível separar as articulações sinoviais em 7 tipos que podem ser agrupados em : NÃO-AXIAIS,</p><p>UNIAXIAIS, BIAXIAIS E TRIAXIAIS.</p><p>a) Articulações não-axiais (deslizantes, sem eixo de movimento)</p><p>Plana – são formadas principalmente pela aposição de superfícies articulares achatadas</p><p>ou levemente encurvadas. O movimento é possível em qualquer direção, sendo limitado</p><p>somente pelos ligamentos ou processos ósseos que rodeiam a articulação. São</p><p>encontrados entre os processos articulares das vértebras e entre a maioria dos ossos</p><p>carpais e tarsais.</p><p>b) Articulações Uniaxiais (monoaxiais) (Flexão e extensão, um eixo de movimento, eixo</p><p>transversal)</p><p>Glínglimo – comporta-se como uma dobradiça de porta, permitindo os únicos movimentos</p><p>de flexão e extensão. A articulação do cotovelo e as articulações entre as falanges dos</p><p>dedos das mãos e dos pés (articulações interfalângicas) são exemplos de articulações</p><p>Gínglimo (dobradiça).</p><p>c) Trocóide – às vezes denominada “pivô”, o único movimento permitido é a rotação ao redor</p><p>de um eixo longitudinal do osso. Ex.: primeira vértebra cervical (ATLAS) ao redor do dente</p><p>da segunda vértebra cervical (ÁXIS) e as articulações proximais do rádio e a ulna.</p><p>d) Articulações bi-axiais (dois eixos de movimento – flexão, extensão; abdução e adução)</p><p>transversal e sagital ou longitudinal</p><p>Condilar – O movimento se dá sobre o eixo transversal, sendo a maior dimensão dos</p><p>côndilos perpendiculares a este eixo. Devido ao arredondamento das superfícies</p><p>articulares, permite uma pequena movimentação em torno do eixo sagital ou longitudinal.</p><p>FLEXÃO / EXTENSÃO; ROTAÇÃO MEDIAL / LATERAL</p><p>e) Elipsóides – eixo transversal (principalmente) e eixo sagital (em menor grau). Têm uma</p><p>superfície côncava e outra ligeiramente convexa.</p><p>FLEXÃO / EXTENSÃO; ABDUÇÃO / ADUÇÃO – As articulações entre o rádio e os ossos</p><p>do carpo; entre os côndilos do occipital e a primeira vértebra cervical (ATLAS) e as</p><p>metacarpofalângicas e metatarsofalângicas são exemplos.</p><p>f) Selares FLEXÃO / EXTENSÃO; ABDUÇÃO / ADUÇÃO E CIRCUNDUÇÃO. Eixos</p><p>antero-posterior e transversal. Se assemelham a selas de montaria. A superfície articular</p><p>de cada osso é côncava numa direção e convexa na outra. A única articulação SELAR</p><p>verdadeira do corpo é a articulação carpometacárpica do polegar.</p><p>g) Articulações triaxiais 3 eixos de movimento (transversal, antero-posterior, longitudinal)</p><p>FLEXÃO / EXTENSÃO; ABDUÇÃO / ADUÇÃO; ROTAÇÃO MEDIAL / LATERAL E</p><p>CIRCUNDUÇÃO combinação dos eixos. É a que permite maior liberdade de</p><p>movimentos, em torno dos três eixos, devido à forma das superfícies articulares. Há</p><p>somente duas articulações esferóides no corpo: do ombro e do quadril.</p><p>2.3.2 Classificação funcional das articulações : eixos dos movimentos</p><p>As articulações sinoviais permitem movimento entre os segmentos esqueléticos. Um</p><p>movimento se realiza sempre em torno de um número máximo de três eixos ortogonais que</p><p>passam pela articulação: o longitudinal, o sagital (ou antero-posterior) e o transversal (ou latero-</p><p>lateral).</p><p>Longitudinal (ou supero inferior ) – une os centros dos planos superior e inferior</p><p>Sagital ( ou ântero-posterior) – vai do centro do plano ventral ao centro do plano dorsal.</p><p>Transversal (ou látero-lateral) – vai do centro de um plano lateral ao outro.</p><p>3- MECÂNICA ARTICULAR</p><p>Os movimentos ativos nas articulações são produzidos pela ação dos músculos.</p><p>Deslizamento – o mais simples e o mais comum; as superfícies dos ossos movem-se para frente e</p><p>para trás, uma contra a outra. As articulações entre as cabeças das costelas e os corpos das</p><p>vértebras e entre os tubérculos das costelas e os processos transversos das vértebras, permitem</p><p>o deslizamento, assim como numerosas outras articulações.</p><p>Rotação medial e lateral</p><p>Ocorre sobre o eixo longitudinal (central) do membro, sem nenhum deslocamento desse</p><p>eixo. Se a face anterior de um osso, como o úmero ou o fêmur, se move para dentro (rotação</p><p>medial interna). Quando se move para fora (rotação lateral externa).</p><p>Movimentos dos segmentos</p><p>a) Flexão ocorre quando um osso é movimentado num plano antero-posterior (sagital) e</p><p>o trajeto entre o osso adjacente e ele diminui sua angulação.</p><p>Flexão do cotovelo, levantamento da coxa em direção ao abdome e o levantamento da</p><p>panturrilha da perna em direção à parte posterior da coxa, são os exemplos.</p><p>Flexão plantar tração do calcanhar para cima, abaixa os dedos do pé.</p><p>b) Extensão é o oposto da flexão, causa o aumento do ângulo entre os ossos articulados.</p><p>Dorsiflexão (extensão do pé) aproximação dos dedos à canela.</p><p>c) Abdução efetua-se sobre o eixo sagital. Ocorre quando o membro (ou seu segmento)</p><p>se afasta do plano mediano.</p><p>d) Adução é a aproximação do plano sagital mediano do corpo. A adução dos dedos do</p><p>pé é verificada pelo movimento deles para longe do eixo longitudinal do segundo dedo.</p><p>e) Circundução é uma combinação seqüencial de flexão, abdução, extensão e adução. É</p><p>comum nas articulações do quadril e do ombro, mas também é possível em outras</p><p>articulações.</p><p>f) Supinação o termo é usado para descrever a rotação do antebraço para fora, fazendo</p><p>com que a palma da mão fique posicionada anteriormente e o rádio e a ulna fiquem</p><p>paralelos. Na posição anatômica o antebraço está supinado.</p><p>g) Pronação descreve a rotação do antebraço para dentro fazendo com que o rádio se</p><p>posicione diagonalmente sobre a ulna e as palmas das mãos fiquem para trás.</p><p>h) Inversão torcendo o pé de tal modo que a planta fique voltada para dentro, com sua</p><p>margem interna elevada.</p><p>i) Eversão torcendo o pé de tal modo que a planta fique voltada para fora, com sua</p><p>margem externa elevada.</p><p> CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>OBS 1: Sapatos mal ajustados ou inadequados podem causar problemas as articulações</p><p>correspondentes. Pessoas que usam continuamente sapatos de salto alto freqüentemente</p><p>apresentam dores lombares e nas pernas porque suas posturas contrariam a inclinação para</p><p>diante dos seus corpos quando em pé ou caminhando. Seus joelhos são excessivamente</p><p>flexionados, e suas colunas são empurradas para diante no nível da curvatura lombar para manter</p><p>equilíbrio. Sapatos apertados, especialmente aqueles que terminam em ponta no nível dos dedos,</p><p>podem resultar no desenvolvimento de hálux valgo (desvio lateral do hálux na direção dos outros</p><p>dedos do pé). Hálux Valgo geralmente é acompanhado pela formação de um joanete na base</p><p>medial da falange proximal do hálux. Joanete é uma inflamação acompanhada de calo que se</p><p>desenvolve em resposta à compressão e atrito pelo sapato.</p><p>OBS 2: Uma lesão comum em atletas corredores é a Síndrome de Tensão Patelofemoral,</p><p>comumente chamada de “joelho de corredor”. Esta condição e caracterizada pelo aumento da</p><p>sensibilidade à palpação e dor em torno ou sob a patela. Durante o movimento normal do joelho, a</p><p>patela desliza de cima para baixo pela face patelar entre os côndilos do fêmur. Na Síndrome de</p><p>Tensão Patelofemoral, a patela desliza lateralmente e causa irritação das membranas e da</p><p>cartilagem articular no interior da articulação do joelho.</p><p>Os atletas corredores freqüentemente</p><p>passam por esta situação em rampas de estrada, próximo ao meio-fim, em corridas de logo</p><p>percurso.</p><p>OBS 3: A situação dos calcanhares de seus sapatos pode indicar se você inverte ou everte o pé</p><p>quando anda. Se o calcanhar estiver gasto no lado lateral, você tende a inverter o pé quando</p><p>anda; se estiver gasto no lado medial, você tende a everter o pé.</p><p>OBS 4: A articulação Temporomandibular pode ser palpada facilmente pressionando firmemente</p><p>a área na frente de sua orelha e abrindo e fechando sua boca. Esta articulação é muito vulnerável</p><p>a luxações quando a mandíbula está completamente abaixada, como durante o bocejo. Contudo,</p><p>a recolocação da mandíbula geralmente é uma tarefa simples, e é realizada pressionando para</p><p>baixo no nível dos molares enquanto se empurra a mandíbula para trás.</p><p>OBS 5: De todas as articulações associadas com a caixa torácica, a articulação esternoclavicular</p><p>é a que mais freqüentemente luxa. Força excessiva ao longo do eixo da clavícula pode deslocar a</p><p>clavícula para diante e para baixo. As lesões das cartilagens costais são dolorosas e são</p><p>causadas mais freqüentemente por fortes golpes, aplicados diretamente nas cartilagens costais.</p><p>OBS 6: A estabilidade da articulação do ombro é proporcionada principalmente por tendões dos</p><p>músculos subescapular, supra-espinal, infra-espinal e redondo menor que juntos formam o</p><p>Manguito Rotador. O Manguito Rotador está fundido à cápsula subjacente, menos em sua</p><p>superfície inferior. Por causa da falta de estabilidade inferior, a maioria dos deslocamentos</p><p>(subluxações) ocorrem nesta direção. O ombro é muito vulnerável aos traumas quando o braço</p><p>está abduzido completamente e recebe um golpe de cima - por exemplo, quando o braço</p><p>estendido é golpeado por objetos pesados que caem de uma estante. Mudanças degenerativas no</p><p>Manguito Rotador musculotendíneo produzem uma inflamação dolorosa, conhecida como</p><p>pericapsulite.</p><p>OBS 7: A articulação do ombro é vulnerável a luxações nos puxões súbitos do braço,</p><p>especialmente em crianças antes que os músculos do ombro tenham desenvolvido força. Por</p><p>causa da fraqueza desta articulação em crianças, os pais devem tomar cuidado não puxando uma</p><p>criança pelo braço. Luxações do ombro são extremamente dolorosas e podem causar lesão</p><p>permanente ou talvez atrofia muscular em conseqüência do desuso.</p><p>OBS 8: Como vários músculos se originam ou se inserem próximo ao cotovelo, este é um local</p><p>que comumente se apresenta sensível, inflamado e dolorido. Cotovelo do Tenista é um termo</p><p>geral para dor musculotendínea nesta área. As estruturas que geralmente são mais</p><p>sobrecarregadas são os tendões que se fixam no epicôndilo lateral do úmero. A tensão é causada</p><p>por repetidas extensões do punho contra alguma força, como acontece durante o “backhand” no</p><p>tênis.</p><p>OBS 9: Cotovelo de Golfista é um termo geral para dor musculotendínea na área do cotovelo. As</p><p>estruturas que geralmente são mais sobrecarregadas são os tendões que se fixam no epicôndilo</p><p>medial do úmero. A tensão é causada por repetidas flexões do punho contra alguma força, como</p><p>acontece durante a tacada no golfe.</p><p>OBS 10: Os atletas freqüentemente comprimem um dedo. Isto ocorre se uma bola atirada com</p><p>força atinge a falange distal quando os dedos estão estendidos, provocando uma flexão brusca na</p><p>articulação entre as falanges média e distal. Nenhum ligamento dá apoio a articulação na face</p><p>posterior, mas há o tendão do músculo extensor dos dedos , que é lesado quando o dedo é</p><p>comprimido. O tratamento envolve a imobilização do dedo por um período de tempo. Se a</p><p>imobilização não for suficiente, geralmente recorre-se a cirurgia para evitar que o dedo fique</p><p>definitivamente torto.</p><p>OBS 11: Entorse do Tornozelo é um tipo comum de lesão do aparelho locomotor. As entorses</p><p>variam amplamente em gravidade mas tende a ocorrer com maior freqüência em certos locais. A</p><p>causa mais comum de entorse do tornozelo é a inversão excessiva do pé, resultando no</p><p>rompimento parcial do ligamento talofibular anterior e do ligamento calcaneofibular. O ligamento</p><p>deltóide comumente é menos atingido, por eversão excessiva do pé. Os ligamentos rompidos são</p><p>extremamente dolorosos e acompanhados imediatamente de inchaço no local. Reduzir o inchaço</p><p>e imobilizar a articulação são os tratamentos que se utilizam nas entorses moderadas, enquanto</p><p>as mais sérias podem necessitar de cirurgia e colocação de gesso para facilitar a recuperação.</p>