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3/16/12! 1! 1! Sistema Imune II" SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO " 2! Anúncios! •! Imunobiologia, Autores: Charles A. Janeway, Paul Travers, Mark Walport, Mark Shlomchik. 5a. Edição páginas 177 a 189.! •! Ou Imunobiology, 6a. Edição, Charles A. Janeway e colaboradores - edição em inglês.! 3! SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO" Resposta imune divide-se em 2 grandes fases:! •! Fase indutora! –! Etapa cognitiva: quando o antígeno (Ag) é apresentado ao sistema imune! –! Etapa de ativação: o antígeno provoca reações de ativação, proliferação e diferenciação celular! •! Fase efetora! –! Quando o sistema imune gera processos humorais/ celulares que normalmente levam a eliminação deste antígeno! •! Os antígenos podem ser exógenos (p.e. bactérias) ou endógenos (p.e. vírus) e irão definir a maneira de como o antígeno será apresentado ao sistema imune! 4! •! Antígenos exógenos: são internalizados e processados pelas células apresentadoras de antígenos (APC: antigen presenting cells), onde são complexados com as moléculas do MHC de classe II. As céluas APC expõe este antígeno na superfície e o apresentam às células TH (helper ou auxiliadoras)! –! As células TH tem receptores capazes de reconhecer o complexo MHC/Ag e são ativadas e passam a secretar citocinas.! –! Células B podem ser ativadas pelo antígeno ou pelas citocinas secretadas pelos linfócitos TH; células fagocitárias são ativadas pelas citocinas. Esta células, juntas levam a remoção do antígeno; ! 3/16/12! 2! 5! Antígenos exógenos são endocitados por APC, degradados e os fragmentos, complexados às moléculas do MHC de classe II, passam à superfície. Linfócitos TH que reconhecem o complexo (MHC:Ag) secretam citocinas, as quais desecadeiam mecanismos efetores: produção de anticorpos e reações inflamatórias! 6! •! Antígenos endógenos: por exemplo, são antígenos virais (não fagocitados), são complexados ao MHC de classe I e passam à superfície celular sendo apresentados as células TC (linfócitos T citotóxicos).! –! Os linfócitos TC são ativados através do reconhecimento do complexo MHC/Ag pelos seus receptores de superfície.! –! Na fase efetora esses linfócitos irão lisar a célula infectada eliminando assim o antígeno.! 7! Antígenos endógenos são complexados a moléculas do MHC de classe I e passam à superfcie. Seu reconhecimento por células TC ativa-as desencadeando o processo que provoca a lise da célula infectada.! 8! ANTÍGENOS! •! Os antígenos são macromoléculas diferentes daquelas do organismo, e são capazes de induzir uma resposta imune! •! A molécula é apresentada ao organismo e sua conformação de superfície é determinante da ocorrência ou não da resposta imune! •! O sistema imune é autônomo e seu funcionamento não depende da presença do antígeno! •! Antígenos endógenos: são produzindos dentro da célula do hospedeiro (vírus ou outro parasita intracelular)! •! Antígenos exógenos: são produzidos fora das células do hospedeiro (bactérias, fungos, etc…)! •! Uma molécula é muito grande para o sistema imune, então o que realmente é visto são partes desta molécula, que são os EPITOPO ou DETERMINANTES ANTIGÊNICOS! 3/16/12! 3! 9! •! Uma proteína pode constituir um antígeno, mas o sistema imune “vê” apenas partes dela: os epitopos ou determinantes antigênicos! 10! Células do Sistema Imune! •! Composto por células do sistema hematopoiético! –! Linfócitos T e B e fagócitos mononucleares! •! As células tronco precurssoras dos Linfócitos T, migram para o timo onde continuam o processo de maturação. Podem ser T auxiliares (TH), T citotóxicos (TC) e T supressores (TS):! –! TH: função de regular a resposta imune interagindo com células efetoras T ou B.! –! TS: possivelmente função reguladora da resposta imune! –! TC: função efetora da resposta imune - citotoxidade! •! Os linfócitos B sofrem maturação na medula óssea! –! São subdivididos em populações distindas e são efetores (produção de anticorpos) e podem atuar também como células apresentadoras de antígenos.! •! Células Natural Killer (NK, assassinas por natureza) que compõe uma terceira população de linfócitos.! 11! As células do sistema hematopoiético diferenciam-se a partir de uma célula tronco comum.! 12! 3/16/12! 4! 13! Apresentação processamento de antígenos! •! No interior das células existem dois compartimentos principais, separados por membranas. ! •! O primeiro compartimento é o citosol, contíguo com o núcleo através dos poros existentes na membrana nuclear.! •! O segundo é o sistema vesicular, que compreende o retículo endoplasmático, o aparelho de Golgi, e os endossomas, os lisossomas e outras vesículas intracelulares.! •! Pode-se pensar no sistema vesicular como contíguo com o fluido extracelular. As vesículas secretoras brotam do retículo endoplasmático e são transportadas pelas membranas de Golgi para liberarem o conteúdo vesicular para fora da célula, enquanto os endossomas captam material nos lisossomas onde é degradado. ! 14! •! Figura 5.1! 15! Fig. 5.2! Todos os vírus e algumas bactérias se replicam no compartimento citosólico. Seus antígenos são apresentados pelas moléculas do MHC de clase I as células T CD8! 16! Fig. 5.2! Outras bactérias e alguns parasitas são engolfados nos endossomas usualmente por células fagocitárias como os macrófagos e podem proliferar dentro das próprias vesículas. Seus antígenos são apresentados pelas moléculas de MHC de classe II às células T CD4.! 3/16/12! 5! 17! Fig 5.2! Proteínas derivadas de patógenos extracelulares podem penetrar no sistema vesicular mediante sua ligação com moléculas de superfície, o que é seguido por endocitose. Esse fato é ilustrado pelas proteínas ligadas a imunoglobulinas de superfície de células B, as quais, assim, apresentam antígenos às células T CD4 auxiliares, estimulando-as a produzirem anticorpos solúveis.! 18! •! As moléculas transportadoras TAP-1 e TAP-2 formam um heterodímero na membrana do retículo endoplasmático. Essas moléculas proteicas possuem 4 domínios - 2 transmembrana e 2 ligadores de ATP. Tanto TAP-1 como TAP-2 codificam uma região hidrofóbica e uma região ligadora de ATP em um heterodímero, visando a formação de um transportador com 4 domínios. ! •! Acredita-se que as regiões ligadoras de ATP se encontrem dentro do citoplasma celular, enquanto as regiões hidrofóbicas se projetam através da membrana para o lúmem do retículo endoplasmático.! APRESENTAÇÃO VIA MHC DE CLASSE I! 19! Figura 5.3! 20! Figura 5.5a! As cadeias alfa de MHC de classe I recém sintetizadas se conjugam ao reticulo endoplasmático com uma proteína ligada a memembrana, a calnexina. ! A cadeia alfa do MHC de classe I, parcialmente enovelada, une-se à calnexina (proteína chaperona, que auxilia o enovelamento adequado - “folding “ da proteína) até ligar-se à microglobulina beta2.! 3/16/12! 6! 21! Fig 5.5b! Quando a microglobulina beta2 se liga a cadeia alfa do MHC I, o complexo parcialmente enovelado, o complexo alfa:microgobulina beta2 se dissocia da calnexina e liga-se a um complexo de proteínas, a calreticulina e Erp57, que tem provavelmente tem funções de chaperona. ! Um segundo componente deste complexo é a tapasina (codificada em um gene do MHC) associada a TAP-1. Tapasina conecta MHC I com TAP-1 e TAP-2. ! 22! Fig 5.5c! Proteínas citosólicas são degradadas em fragmentos peptídicos pelo proteassoma, uma grande protease multicatalítica.! 23! Fig 5.5d! Transportador TAP libera um peptídeo que se liga a uma molécula MHC de classe I, completando seu enovelamento. As moléculas de MHC de classe I, totalmente enoveladas, são liberadas do complexo TAP-1 e exportadas.! 24! APRESENTAÇÃO VIA MHC DE CLASSE II! Fig 5.6a! Os peptídeos que se ligam a moléculas de MHC de classe II são degradados em endossomas acidificados. ! Os antígenos estranhos extracelulares são capturados nas vesículas intracelulares.! As proteínas desses microrganismos nãosão acessíveis aos proteossomas no citosol.! As proteínas são degradadas por proteases (após a ativação do macrófago) em fragmentos peptídicos que se ligam às moléculas do MHC de classe II.! Exemplos: protozoário Leshmania, micobactérias da lepra e tuberculose.! 3/16/12! 7! 25! Fig 5.6b! Nos endossomas iniciais que tem o pH neutro as proteases são inativas.! 26! Fig 5.6c! pH das vesículas (endossomas) que contém os germes ingeridos diminuem progressivamente, ativando as proteases.! As proteases ácidas são ativadas em um baixo pH e eventualmente irão degradar antígenos proteicos contidos nas vesículas.! 27! Fig 5.6d! Vesículas contendo peptídeos fundem-se a vesículas contendo as moléculas de MHC de classe II, transportando-os para a superfície celular.! 28! Função do MHC de classe II! •! Ligar os peptídeos gerados nas vesículas intracelulares de macrófagos, células dendríticas imaturas, células B e outras células apresentadoras de antígenos e apresentá-las aos linfócitos T CD4.! 3/16/12! 8! 29! Cadeia invariável Ii! •! Tem a função de impedir a ligação prematura aos peptídoes transportados pelo transportador TAP e aos próprios polipeptídeos nascentes da célula.! •! A porção CLIP representada em vermelho! •! Este é um mecanismo geral que evita que proteínas não enoveladas ou parcialmente enoveladas se associem ao sulco de ligação de peptídeos do MHC de classe II.! Fig 5.7 a ! 30! Fig 5.7 b! No retícuo endoplasmático, a cadeia invariável (Ii) liga-se a molécula do MHC de classe II com uma porção de sua cadeia polipeptídica no sulco de ligação do peptídeo.! 31! Fig 5.7 c! Após o transporte para as vesículas acidificadas a cadeia invariável (Ii) é clivada, primeiro em um lado da molécula do MHC de classe II.! O restante da cadeia (Ii) é denominada de LIP: peptídeo induzido por leupeptina.! 32! Fig 5.7 d ! A clivagem subseqüênte do LIP deixa um pequeno peptídeo ainda ligado à molécula do MHC de classe II (CLIP)! 3/16/12! 9! 33! •! A cadeia invariável (Ii) forma um complexo com a MHC de classe II bloqueando a ligação de peptídeos ou proteínas não enoveladas.! Fig 5.9 a! 34! •! A cadeia invariável (Ii) é clivada nos endossomos, deixando um pequeno fragmento CLIP ligado à molécula de MHC de classe II.! Fig 5.9 b! 35! •! Os antígenos endocitados são degradados nos endossomos, mas o peptídeo CLIP bloqueia a ligação de peptídeos nas moléculas de MHC de classe II.! Fig 5.9 c! 36! •! HLA-DM (molécula semelhante ao MHC de classe II) liga-se à molécula de MHC de classe II liberando o CLIP e permitindo a ligação de outros peptídeos. A molécula de MHC de classe II agora migra para a superfície celular.! Fig 5.9 d!
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