Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>PROTOCOLO</p><p>CLÍNICO PARA</p><p>DETECÇÃO DE</p><p>RISCO E MANEJO</p><p>DA CRISE SUICIDA</p><p>Protocolo singularizado para o Município de</p><p>Jundiaí –2023</p><p>Versão I</p><p>Protocolo Clínico para</p><p>detecção de risco e manejo da</p><p>crise suicida</p><p>Protocolo singularizado para o Município de Jundiaí - 2023</p><p>Versão I</p><p>1</p><p>Organização e Elaboração</p><p>UNIDADE DE GESTÃO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE</p><p>GESTOR MUNICIPAL DE SAÚDE: Tiago Teixeira</p><p>GESTORA ADJUNTA: Dayane Pereira Martins</p><p>DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO AMBULATORIAL E</p><p>HOSPITALAR: Daniele Cristina Evangelista</p><p>DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA: Ana Paula</p><p>Rodrigues Rosa</p><p>DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE REGULAÇÃO: Fabiana Barrete de</p><p>Alcântara</p><p>COORDENAÇÃO DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS:</p><p>Alexandre Moreno Sandri</p><p>GRUPO DE TRABALHO:</p><p>Adriana Carvalho Pinto - Apoiadora Institucional de Saúde Mental</p><p>Amanda Carla Ribeiro da Silva - Psicóloga da e-Multi</p><p>Ana Carolina de Lima Resende - Psiquiatra da e-Multi</p><p>2</p><p>Ana Claudia Ramos Fidencio - Terapeuta Ocupacional do CAPS II</p><p>Andreia Pinto de Souza - Gerente da UBS Sarapiranga</p><p>Bruno Gonçalves - Psicólogo CAPS IJ</p><p>Fernanda Tiemi Dotto Matsukaki - Apoiadora Técnica da Saúde da Criança</p><p>e do Adolescente</p><p>Flávia Gonzalez da Costa Souto - Médica do CAPS II</p><p>Glaucia Eleni Censi - Apoiadora Institucional da Atenção Básica</p><p>Glauco Andreazzi Franco - Apoiador Institucional da DAAH</p><p>Leonardo Baracat Caria - Representante da Faculdade de Medicina de</p><p>Jundiaí</p><p>Patrícia Ledo Martins Costa - Apoiadora Técnica da Saúde do Adulto e Idoso</p><p>Tamiris Rodrigues Maia Campos - Psicóloga da e-Multi Clínica da Família</p><p>Novo Horizonte</p><p>3</p><p>SUMÁRIO</p><p>APRESENTAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------- 4</p><p>CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO ------------------------------------------------------------------ 5</p><p>CONCEITOS---------------------------------------------------------------------------------------—7</p><p>FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO---------------------------------------------------–8</p><p>A ABORDAGEM DA PESSOA EM CRISE SUICIDA—--------------------------------- 13</p><p>FERRAMENTAS PARA O MANEJO DA CRISE SUICIDA—---------------------------14</p><p>AVALIAÇÃO DE RISCO—-----------------------------------------------------------------------17</p><p>ATRIBUIÇÕES DOS DIFERENTES NÍVEIS DE ATENÇÃO NO CUIDADO À CRISE</p><p>SUICIDA—--------------------------------------------------------------------------------- 27</p><p>REDE DE ATENDIMENTO—-------------------------------------------------------------------32</p><p>NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA—-----------------------------------------------------------34</p><p>FLUXO—---------------------------------------------------------------------------------------------35</p><p>INTERVENÇÕES DE PÓSVENÇÃO—-------------------------------------------------------39</p><p>SUICÍDIO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA—-------------------------------------------40</p><p>COMPORTAMENTOS DE AUTOLESÃO—-------------------------------------------------41</p><p>ORIENTAÇÕES GERAIS—---------------------------------------------------------------------42</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS—--------------------------------------------------------44</p><p>ANEXOS—------------------------------------------------------------------------------------------46</p><p>4</p><p>1. APRESENTAÇÃO</p><p>A prevenção ao suicídio, de acordo com a Organização Mundial da Saúde,</p><p>deve ser uma prioridade na agenda de saúde pública global, haja vista os grandes</p><p>impactos individual e coletivo causados por este fenômeno. A prevenção ao suicídio</p><p>é possível, de modo que os profissionais de saúde necessitam estar devidamente</p><p>capacitados para o adequado atendimento. Com vistas à promoção de estratégias</p><p>para o cuidado, o Brasil aprovou e sancionou a Lei Federal n.º 13.819/2019, a qual</p><p>instituiu a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio.</p><p>O município de Jundiaí, vem, desde 2016, investindo em ações de cuidado</p><p>à crise suicida, destacando-se:</p><p>- Articulação com a Vigilância Epidemiológica, para busca ativa de todas as</p><p>notificações de tentativas de suicídio realizadas no município, de modo a ofertar</p><p>cuidado em tempo oportuno;</p><p>- Capacitações constantes com profissionais dos Centros de Atenção</p><p>Psicossocial (CAPS) e Atenção Primária para sensibilização acerca do tema;</p><p>- Fortalecimento de ações periódicas para promoção de saúde e valorização</p><p>da vida;</p><p>- Campanhas, como as do “Setembro Amarelo”, como forma de trazer o tema</p><p>para discussão;</p><p>- Ações de pósvenção, em parceria com o Centro de Valorização da Vida</p><p>(CVV), como forma de cuidado aos sobreviventes enlutados.</p><p>Em 21 de junho de 2022, foi publicado o Plano Municipal de Prevenção da</p><p>Automutilação e do Suicídio (PMPAS), com ações nos eixos de Vigilância e</p><p>qualificação da informação, Prevenção do suicídio e Promoção da saúde e gestão</p><p>do cuidado, o qual visa instituir ações programáticas e permanentes. Além disso,</p><p>efetivou-se a composição do Comitê Permanente de Acompanhamento e</p><p>Monitoramento do PMPAS, que ressalta a importância de que as ações sejam</p><p>sustentadas institucionalmente e o compromisso ético-político com a prevenção.</p><p>O presente protocolo é produto previsto na meta 3.1 - Elaborar e pactuar</p><p>5</p><p>estratégias e fluxos de atenção integral à crise suicida e da ação 3.1.1 - Elaborar</p><p>Protocolo Clínico para detecção de risco e manejo da crise suicida do PMPAS, e</p><p>visa oferecer, aos profissionais de saúde, informações baseadas em evidências</p><p>científicas e nas recomendações dos Órgãos de referência nacionais e</p><p>internacionais, a fim de melhor instrumentalizar os serviços de saúde na abordagem</p><p>da pessoa em risco de suicídio.</p><p>2. CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO</p><p>2.1. Contexto Global:</p><p>- Fenômeno complexo e multicausal, de impacto individual e coletivo;</p><p>- Mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente;</p><p>- 77% dos suicídios no mundo ocorreram em países de baixa e média renda;</p><p>- 58% dos suicídios ocorreram em pessoas de até 50 anos;</p><p>- 4ª maior causa de morte de jovens de 15 a 29 anos;</p><p>- A cada 100 mortes no mundo, mais de 1 foi motivada por suicídio;</p><p>- Cada suicídio impacta 135 pessoas aproximadamente, resultando numa</p><p>amplitude de 108 mil pessoas ao ano que são impactadas pelo comportamento</p><p>suicida.</p><p>2.2. Cenário Epidemiológico - Brasil:</p><p>- Entre 2010 e 2019, houve um aumento de 43% no número anual de mortes</p><p>notificadas por suicídio;</p><p>6</p><p>- Neste mesmo período, houve um aumento de 81% na taxa de mortalidade por</p><p>suicídio entre adolescentes;</p><p>- Os homens brasileiros apresentaram um risco 3,8 vezes maior de morte por</p><p>suicídio do que mulheres, o que demanda nossa atenção;</p><p>- A diferença de taxas entre os gêneros é atribuída à dificuldade em pedir ajuda,</p><p>além da maior agressividade, maior intenção de morrer e uso de meios mais letais</p><p>entre os homens.</p><p>2.3. Cenário Epidemiológico - Jundiaí:</p><p>- Nos últimos 5 anos, houve uma média de 28,2 suicídios por ano no município;</p><p>- Neste mesmo período, a taxa de mortalidade por suicídio foi de 6,7 por 100.000</p><p>habitantes, o que coloca o município numa condição similar a outros municípios</p><p>brasileiros de mesmo porte;</p><p>- A maior incidência deu-se entre pessoas do sexo masculino, na faixa de 20 a</p><p>49 anos;</p><p>- Nota-se uma importante tendência de aumento entre a população idosa (acima</p><p>dos 60 anos), especialmente nos últimos 3 anos;</p><p>- Entre as mulheres, há um número expressivo das tentativas de suicídio por</p><p>intoxicação exógena, em especial dentre as jovens, de 15 a 39 anos.</p><p>7</p><p>3. CONCEITOS</p><p>Ao tratar do fenômeno do suicídio, é fundamental a realização de</p><p>alinhamento conceitual, para a oferta de cuidado de maneira acurada e a</p><p>comunicação efetiva:</p><p>● Crise Suicida: trata-se de um processo vivenciado pelas pessoas, em que</p><p>sentimentos de sofrimento, angústia e desesperança estão intensamente</p><p>presentes, podendo incluir desde ideias, pensamentos, até planejamento e</p><p>execução de atos</p><p>para tirar a própria vida.</p><p>● Ideação Suicida: envolve pensamentos sobre tirar a própria vida ou estar</p><p>morto, compreendendo nuances que vão desde pensamentos passageiros</p><p>de que a vida não vale a pena ser vivida, até preocupações intensas sobre</p><p>por que viver ou morrer.</p><p>● Plano suicida: plano de como executar sua própria morte. Pode incluir</p><p>métodos, locais, datas, providências. Em contextos de maior impulsividade,</p><p>as tentativas podem ocorrer mesmo sem planejamento.</p><p>● Tentativa de Suicídio: Situação em que o indivíduo se autoagride com a</p><p>intenção de tirar a própria vida, utilizando um meio que acredite ser letal,</p><p>sem resultar em óbito.</p><p>● Suicídio: Ato deliberado de tirar a própria vida, com desfecho fatal.</p><p>● Autoagressão: Qualquer ato intencional de autolesão (com faca, aparelho</p><p>de barbear, caco de vidro, entre outros), ou outras formas de causar dano a</p><p>si mesmo, sem intenção de morte. Por vezes, crianças e adolescentes</p><p>relatam que se auto agridem com o objetivo de controlar e/ou aliviar uma dor</p><p>emocional.</p><p>8</p><p>4. FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO</p><p>Um dos maiores mitos relacionados ao suicídio é o de que a pessoa que</p><p>pensa em tirar a própria vida não fala sobre isso. Ao contrário, na maioria dos casos,</p><p>existem diversos sinais de alerta que podem indicar às pessoas próximas a</p><p>necessidade de prestar apoio. Para o profissional de saúde, é fundamental a</p><p>compreensão dos chamados fatores de risco e de proteção, ao se buscar a</p><p>estratificação do risco dos casos que concretamente se apresentam, a fim de nos</p><p>indicar a melhor condução dos mesmos.</p><p>Como o próprio nome indica, os fatores de risco são aqueles que podem</p><p>tornar o indivíduo mais predisposto e vulnerável à ocorrência de suicídio, enquanto</p><p>que os fatores de proteção são aqueles que podem evitar, protegendo o indivíduo</p><p>dos riscos. É fundamental ressaltar que os fatores de risco e proteção devem ser</p><p>avaliados criticamente em seu contexto singular. Um mesmo fator pode aumentar</p><p>o risco em um contexto, e reduzir em outro. Alguns fatores podem ser rapidamente</p><p>modificáveis, o que também altera a dimensão do risco. Vale atentar-se sempre</p><p>aos fatores de proteção, tanto aqueles identificáveis pela própria pessoa em risco,</p><p>quanto outros, avaliados pelo profissional, já que comumente são ignorados na</p><p>avaliação de risco.</p><p>Os fatores devem ser sempre considerados em seu conjunto, ou seja, a</p><p>presença de um único fator de risco não é definidor da ocorrência de suicídio. Eles</p><p>podem se configurar enquanto sinais de alarme que, quando combinados, apontam</p><p>ao profissional a necessidade de intensificação de cuidados, seja por meio de</p><p>compartilhamento do caso dentro de sua própria equipe, seja no encaminhamento</p><p>implicado a outros níveis de atenção.</p><p>Abaixo, seguem, em linhas gerais, a classificação dos fatores de risco e de</p><p>proteção:</p><p>9</p><p>FATORES DE RISCO</p><p>Sócio demográficos:</p><p>- Sexo masculino;</p><p>- Adultos jovens (19 a 49 anos) e idosos;</p><p>- Estados civis: viúvo, divorciado e solteiro (principalmente entre homens);</p><p>- Orientação sexual/gênero hetero ou cisdivergente;</p><p>- Grupos étnicos minoritários.</p><p>Transtornos Mentais:</p><p>- Tentativa de suicídio pregressa;</p><p>- Diagnóstico psiquiátrico: Depressão, Transtorno afetivo bipolar,</p><p>abuso/dependência de álcool e outras drogas, esquizofrenia, transtornos</p><p>de personalidade (especialmente borderline);</p><p>- Comorbidade psiquiátrica;</p><p>- História familiar de doença mental;</p><p>- Falta de tratamento ativo e continuado em saúde mental;</p><p>- Ideação ou plano suicida;</p><p>- História familiar de suicídio;</p><p>Fatores Psicossociais:</p><p>- Abuso físico ou sexual;</p><p>- Perda ou separação dos pais na infância;</p><p>- Instabilidade familiar;</p><p>- Ausência de apoio social e comunitário;</p><p>- Isolamento social;</p><p>- Perda afetiva recente ou outro acontecimento estressante;</p><p>- Datas importantes;</p><p>- Desemprego;</p><p>- Aposentadoria;</p><p>- Violência doméstica;</p><p>- Desesperança e desamparo;</p><p>- Ansiedade intensa;</p><p>- Vivência de situações de vergonha, ou humilhação (bullying);</p><p>- Baixa autoestima;</p><p>- Traços de personalidade: impulsividade, agressividade, labilidade do</p><p>humor, perfeccionismo;</p><p>- Rigidez cognitiva, pensamento dicotômico;</p><p>- Pouca flexibilidade para enfrentar adversidades.</p><p>10</p><p>Outros:</p><p>- Acesso a meios letais (armas de fogo, venenos);</p><p>- Doenças físicas incapacitantes, estigmatizantes, dolorosas e terminais;</p><p>- Estados confusionais orgânicos;</p><p>- Falta de adesão a tratamento, agravamento ou recorrência de doenças</p><p>preexistentes;</p><p>- Relação terapêutica frágil ou instável.</p><p>FATORES DE PROTEÇÃO</p><p>Características de personalidade:</p><p>- Flexibilidade cognitiva;</p><p>- Disposição para aconselhar-se em caso de decisões importantes;</p><p>- Disposição para buscar ajuda;</p><p>- Abertura para experiência de outrem;</p><p>- Habilidade para se comunicar;</p><p>- Capacidade para fazer uma boa avaliação da realidade;</p><p>- Habilidade para solucionar problemas da vida.</p><p>Estrutura Familiar:</p><p>- Bom relacionamento interpessoal;</p><p>- Senso de responsabilidade em relação à família;</p><p>- Presença de crianças pequenas em casa;</p><p>- Pais atenciosos e presentes;</p><p>- Apoio da família em situações de necessidade.</p><p>Socioculturais:</p><p>- Integração e bons relacionamentos em grupos sociais (colegas, amigos,</p><p>vizinhos);</p><p>- Adesão a valores e normas socialmente compartilhados;</p><p>- Prática de uma religião e outras práticas coletivas (esportes, atividades</p><p>culturais, artísticas);</p><p>- Rede social que oferece apoio prático e emocional;</p><p>- Estar empregado;</p><p>- Disponibilidade e acesso a serviços de saúde mental.</p><p>11</p><p>Outros:</p><p>- Gravidez e/ou puerpério;</p><p>- Boa qualidade de vida;</p><p>- Regularidade do sono;</p><p>- Boa relação terapêutica.</p><p>Figura 1: Fatores de risco e de proteção. (Botega, 2022)</p><p>A tabela anterior traz a dimensão de que as tentativas e o suicídio são</p><p>sempre multideterminados por um conjunto de fatores de diferentes naturezas,</p><p>tanto externos como internos ao indivíduo, combinados de modo complexo e</p><p>variável. Sendo assim, é importante analisá-los em conjunto, não somente a partir</p><p>da compreensão isolada de um acontecimento recente, tal como uma perda</p><p>significativa ou um rompimento amoroso. Lembrando também que a pessoa com</p><p>risco de suicídio também apresenta ambivalência, de modo que a convicção nunca</p><p>é absoluta, o que abre possibilidade para a intervenção.</p><p>Os fatores de risco também podem ser compreendidos em sua relação</p><p>com a fase da vida em que o indivíduo se encontra, conforme representado na</p><p>figura abaixo:</p><p>12</p><p>Figura 2: Fatores de risco relacionados à fase da vida</p><p>13</p><p>5. A ABORDAGEM DA PESSOA EM CRISE SUICIDA</p><p>A postura do profissional ao abordar uma pessoa em sofrimento é</p><p>fundamental para a construção do vínculo terapêutico, permitindo que a pessoa</p><p>expresse suas emoções. Algumas posturas podem auxiliar a condução do</p><p>atendimento:</p><p>COMO SE COMUNICAR:</p><p>● Conversar sempre de frente para a pessoa;</p><p>● Manter postura calma, firme e segura;</p><p>● Deixar a pessoa falar, permitindo que complete seu raciocínio;</p><p>● Entender os sentimentos da pessoa (empatia);</p><p>● Dar mensagens não verbais de aceitação e respeito;</p><p>● Respeitar as opiniões e valores da pessoa;</p><p>● Demonstrar disponibilidade, cuidado e afeição;</p><p>● Respeitar as pausas silenciosas (importante para se reequilibrar e ordenar</p><p>os pensamentos);</p><p>● Ter atitude de não julgamento (facilita comunicação e formação de</p><p>vínculo);</p><p>● Sempre que possível, procurar um lugar reservado, em que a pessoa se</p><p>sinta confortável para falar;</p><p>● Dedicar tempo para a escuta, acionando o apoio da equipe quando</p><p>necessário.</p><p>14</p><p>COMO NÃO SE COMUNICAR:</p><p>● Mostrar-se surpreendido, chocado ou em pânico;</p><p>● Falar que tudo ficará bem (dar falsas garantias);</p><p>● Falar que o problema é trivial ou banal;</p><p>● Completar as frases pelo paciente;</p><p>● Assumir atitude hostil/agressiva;</p><p>● Emitir opinião pessoal;</p><p>● Deixar a pessoa sozinha;</p><p>● Tratar a pessoa de forma a ela se sentir inferiorizada;</p><p>● Fazer perguntas indiscretas;</p><p>● Emitir julgamentos morais ou discursos religiosos.</p><p>Perguntar às pessoas sobre pensamentos de suicídio não os leva a</p><p>isso. Pelo contrário, protege. Na verdade, reconhecer que o estado emocional do</p><p>indivíduo é real, e conversar sobre a situação induzida pelo estresse e eventos</p><p>agudos são componentes necessários para a redução da ideação suicida. Uma</p><p>entrevista de avaliação de risco costuma produzir alívio emocional transitório e</p><p>aumento da confiança na equipe e no paciente.</p><p>6. FERRAMENTAS PARA O MANEJO DA CRISE SUICIDA</p><p>Enquanto ferramentas para o cuidado à crise suicida, pode-se considerar:</p><p>- Sempre incluir familiares ou pessoas próximas na rede de cuidado,</p><p>no sentido da corresponsabilização;</p><p>- Fornecer acesso a suporte clínico quando o paciente necessitar;</p><p>- Instruir familiares sobre necessidade de procurar a emergência nos</p><p>casos de agravamento e desestabilização;</p><p>15</p><p>- Orientar os familiares quanto à importância de restringir o acesso a</p><p>meios letais (armas, objetos pérfuro-cortantes, medicações e outros</p><p>objetos que possam ser potencialmente lesivos);</p><p>- Informar ao paciente sobre a disponibilidade da equipe para seus</p><p>cuidados, agendando atendimentos regulares para que se sinta</p><p>conectado e com suporte;</p><p>- Identificar possíveis gatilhos da ideação suicida;</p><p>- Trabalhar com os gatilhos identificados, de modo a fortalecer o</p><p>usuário em seu enfrentamento;</p><p>- Educar o usuário e os cuidadores sobre o risco do efeito desinibidor</p><p>do álcool e de algumas substâncias;</p><p>- Traçar estratégias para lidar com o sofrimento, a partir do</p><p>engajamento em atividades que promovam vida (atividade física,</p><p>entretenimento, grupos de convívio social, entre outros);</p><p>- Tratar os transtornos mentais identificados.</p><p>Importante ressaltar que, no caso de identificação de uma crise suicida, o</p><p>profissional deve quebrar o sigilo e acionar a rede de suporte para o usuário,</p><p>deixando claro que esta situação se refere a uma forma de proteção e cuidado para</p><p>ele. É fundamental esclarecer para a rede de apoio a necessidade da adesão e</p><p>continuidade nos cuidados em saúde, e seu papel enquanto corresponsável na</p><p>efetivação destes, além da incumbência de vigilância temporária e impedimento do</p><p>acesso a meios letais e objetos de risco. Os mesmos devem ser orientados,</p><p>também, às possibilidades de atendimento nos equipamentos de saúde, inclusive</p><p>sobre a necessidade de acionamento do SAMU, caso não esteja dando conta de</p><p>proteger a pessoa.</p><p>16</p><p>IMPORTANTE:</p><p>O SIGILO PROFISSIONAL, no caso de identificação de ideação suicida,</p><p>DEVERÁ ser quebrado. O profissional deverá comunicar ao usuário que, pelo</p><p>cuidado com sua própria vida, necessitará compartilhar o caso com a equipe</p><p>e, também, acionar a retaguarda de sua rede de apoio.</p><p>Lembrando que demais informações relatadas pelo usuário, que não estejam</p><p>diretamente relacionadas ao risco suicida, permanecem sob sigilo.</p><p>Não se deve esquecer, também, que o atendimento a pessoas em risco de</p><p>suicídio representa um grande desafio ao profissional de saúde, sendo muitas</p><p>vezes acompanhado de intensa angústia. A principal exigência do profissional que</p><p>está diante de uma crise suicida é manter a disponibilidade interna para ouvir e</p><p>acolher o intenso sofrimento do outro, gerenciar grande quantidade de informações</p><p>para tomar decisões em curto período de tempo, em contextos que muitas vezes</p><p>envolvem alto nível de tensão. Muitos sentimentos podem ser despertados nesta</p><p>relação, sendo necessário ter consciência deles para que a atuação seja adequada</p><p>e não leve a prejuízos ao usuário e nem ao esgotamento do profissional.</p><p>O principal ponto protetivo do profissional e o mais relevante é o trabalho em</p><p>equipe: compartilhar os casos com os colegas divide a sobrecarga do trabalho,</p><p>potencializa a atuação dos profissionais e amplia as possibilidades de recursos</p><p>para profissionais e usuários. Da mesma forma, acolher e dar suporte a um colega</p><p>em sofrimento protege a pessoa e a equipe.</p><p>17</p><p>IMPORTANTE:</p><p>O cuidado à crise suicida exige, em diferentes momentos, investimentos mais ou</p><p>menos intensivos, por isso, a necessidade de compartilhar o caso entre a equipe</p><p>e/ou serviços de saúde, de acordo com a sua complexidade.</p><p>7. AVALIAÇÃO DE RISCO</p><p>É comum que a pessoa que apresenta comportamento suicida, dê sinais de</p><p>seu sofrimento ou deixe transparecer suas intenções a familiares, conhecidos, ou</p><p>profissionais de serviços de saúde ligados à Atenção Básica. Estas pessoas, por</p><p>muitas vezes, não têm acesso aos serviços especializados de saúde mental. Desta</p><p>forma, é importante a qualificação dos profissionais, em todos os níveis de atenção,</p><p>de modo a se sentirem aptos a este tipo de cuidado.</p><p>A avaliação de risco talvez seja um dos maiores desafios para os</p><p>profissionais de saúde, todavia, para a definição do cuidado mais adequado e</p><p>assertivo ao usuário é o ponto mais importante a ser considerado. Avaliar o risco</p><p>de suicídio por meio de perguntas diretas pode gerar receio e constrangimento,</p><p>mas quando essa abordagem é cuidadosa, sincera e respeitosa, fortalece o vínculo</p><p>e abre espaço para a fala. A maneira como nos sentimos em relação ao tema</p><p>influencia na forma como interagimos com a pessoa e na nossa compreensão sobre</p><p>o risco. Por essa razão, é importante o preparo pessoal e técnico a respeito desse</p><p>tema para uma boa condução da avaliação.</p><p>Abaixo, seguem algumas sugestões de questões a serem avaliadas ao longo</p><p>do atendimento. Lembrando que a forma de exposição das perguntas são</p><p>sugestões, devendo as mesmas serem ajustadas de acordo com as características</p><p>do profissional e da relação estabelecida com o usuário no momento.</p><p>18</p><p>IDENTIFICANDO</p><p>PENSAMENTOS DE MORTE</p><p>Essas questões permitem avaliar a</p><p>existência de pensamentos de morte e</p><p>sentimentos de desamparo e</p><p>desesperança. São importantes para</p><p>abrir um canal de comunicação com a</p><p>pessoa, para que ela possa falar sobre</p><p>o que está sentindo, e o profissional</p><p>investigar a melhor forma de condução.</p><p>Importante demonstrar o interesse</p><p>genuíno pela fala e sentimentos, não</p><p>assumindo a conotação de cobrança e</p><p>/ ou julgamento.</p><p>Você se sente triste ou</p><p>desesperançoso em relação a sua</p><p>vida?</p><p>Pensa que a vida não vale a pena?</p><p>Você tem tido pensamentos de se</p><p>machucar ou de não se cuidar?</p><p>Você teve ou tem vontade de</p><p>morrer?</p><p>Exemplos:</p><p>“Eu gostaria de sumir”</p><p>“Não tenho mais porque estar aqui”</p><p>“Eu preferiria estar morto”</p><p>“Preferiria dormir e não acordar mais”</p><p>“Eu não aguento mais”</p><p>AVALIANDO IDEAÇÃO SUICIDA</p><p>Questões que permitem avaliar a</p><p>ideação suicida atual, além de trazer</p><p>elementos do histórico prévio, que são</p><p>fatores de risco para uma nova</p><p>tentativa.</p><p>No caso da pessoa mencionar</p><p>tentativas anteriores, é muito</p><p>importante conversar sobre estes fatos,</p><p>investigando-os em relação ao período</p><p>em que ocorreu, métodos utilizados,</p><p>contextos de vida no momento da</p><p>tentativa e desfecho das mesmas. No</p><p>caso de terem acontecido há mais</p><p>tempo, é interessante investigar como a</p><p>pessoa lidou com isso após a</p><p>ocorrência e quais estratégias utilizou</p><p>para a melhora.</p><p>Como você tem lidado com esses</p><p>pensamentos?</p><p>Você já pensou em se matar?</p><p>Está pensando atualmente? Você</p><p>acha que está em risco?</p><p>Você chegou a tentar suicídio em</p><p>outro momento de sua vida? Quando</p><p>foi isso?</p><p>19</p><p>Importante também considerar como a</p><p>pessoa está lidando com os</p><p>pensamentos atuais, pois permite</p><p>compreender quais são seus fatores</p><p>protetivos.</p><p>AVALIANDO PLANEJAMENTO</p><p>SUICIDA</p><p>Estas questões permitem avaliar a</p><p>existência e estruturação do</p><p>planejamento suicida. Neste quesito,</p><p>cabe uma avaliação acerca do acesso</p><p>aos meios e da letalidade dos mesmos</p><p>(acesso a medicações, armas de fogo,</p><p>etc) , o que guiará a classificação do</p><p>risco.</p><p>Você chegou a pensar em uma forma</p><p>para se matar?</p><p>Conte-me mais sobre a forma que</p><p>você pensou…</p><p>Você tem algum plano definido para</p><p>acabar com a sua vida?</p><p>RECONHECENDO IMPULSIVIDADE E</p><p>GATILHOS</p><p>Estas questões permitem avaliar a</p><p>forma como o indivíduo se posiciona</p><p>diante de dificuldades da vida e,</p><p>também, possíveis gatilhos para o</p><p>desencadeamento de comportamentos</p><p>de impulsividade.</p><p>Você está utilizando bebida alcoólica</p><p>ou outro tipo de substância? Em</p><p>quais ocasiões?</p><p>Aconteceu alguma mudança na sua</p><p>vida recentemente?</p><p>Você já passou, anteriormente, por</p><p>momentos tão difíceis como esse</p><p>que está vivendo agora? Como lidou</p><p>com ele?</p><p>20</p><p>IDENTIFICANDO FATORES DE</p><p>PROTEÇÃO</p><p>Estas questões são importantes para</p><p>avaliar os fatores de proteção do</p><p>indivíduo. Ao identificá-los, é importante</p><p>conversar com a pessoa, de modo a,</p><p>diante da ambivalência do desejo de</p><p>morte e vida, levá-la a valorizar os</p><p>fatores relacionados à</p><p>autopreservação.</p><p>O que te motiva a viver?</p><p>Você tem pessoas com as quais</p><p>pode contar? Família, amigos?</p><p>Você tem planos para o futuro?</p><p>A partir da coleta dessas informações, é possível pensar qual a gravidade</p><p>do caso que se apresenta, estratificando o risco, para a definição da melhor</p><p>conduta. A crise suicida pode ser compreendida da seguinte forma:</p><p>Risco Baixo Risco Moderado Risco Alto</p><p>- Nunca tentou suicídio;</p><p>- Ideias de suicídio são</p><p>passageiras e</p><p>perturbadoras;</p><p>- Não tem planejamento;</p><p>- Transtorno mental, se</p><p>presente, com sintomas</p><p>bem controlados;</p><p>- Boa adesão ao</p><p>tratamento;</p><p>- Tem rede de apoio</p><p>funcional;</p><p>- Apresenta capacidade de</p><p>reflexão para mudanças e</p><p>tolerância à frustração.</p><p>- Tentativa de suicídio</p><p>prévia;</p><p>- Presença de depressão</p><p>ou transtorno afetivo</p><p>bipolar;</p><p>- Ideias persistentes de</p><p>suicídio e percebidas</p><p>como solução;</p><p>- Não tem um</p><p>planejamento concreto ou</p><p>acesso a meios</p><p>potencialmente</p><p>perigosos;</p><p>- Não é uma pessoa</p><p>impulsiva;</p><p>- Apresenta mínima</p><p>capacidade de planejar;</p><p>esperar mudanças e</p><p>- Tentativa de suicídio prévia;</p><p>- Presença de depressão</p><p>grave, influência de delírio ou</p><p>alucinação;</p><p>- Abuso/dependência de</p><p>álcool e outras drogas;</p><p>- Desespero, tormento</p><p>psíquico intolerável, não vê</p><p>saída;</p><p>- Plano definido de se matar;</p><p>- Tem meios de como fazê-lo;</p><p>- Já tomou providências para</p><p>o ato suicida;</p><p>- Apresenta apoio social</p><p>frágil, ou inexistente;</p><p>- Não apresenta capacidade</p><p>21</p><p>tolerar frustrações</p><p>- Não abusa/depende de</p><p>álcool ou outras drogas;</p><p>- Tem rede de apoio,</p><p>ainda que limitada;</p><p>- Deseja tratamento.</p><p>de reflexão para mudanças;</p><p>- Apresenta</p><p>impulsividade;</p><p>- Não deseja</p><p>tratamento.</p><p>Figura 3: Estratificação do risco suicida. (Botega, 2022)</p><p>Configuram-se como de baixo risco os casos em que há ideação suicida,</p><p>mas não há planejamento específico e a intencionalidade é baixa. Nestas</p><p>situações, o paciente ainda vislumbra alternativas para lidar com o sofrimento. O</p><p>acompanhamento pode ser mantido na UBS de referência, por distintos</p><p>profissionais de saúde, também com a inserção do usuário em atividades de</p><p>promoção de saúde, como grupos e Práticas Integrativas e Complementares em</p><p>Saúde (PICS), avaliando-se a necessidade de seguimento em conjunto com a</p><p>equipe e-Multi.</p><p>Configuram-se como de médio risco os casos em que a pessoa apresenta</p><p>planos suicidas possíveis, mas não tem planejamento estruturado atual. Visualiza</p><p>seu planejamento como algo possível, para o futuro, caso a situação não melhore.</p><p>Nestes casos, pode ser proposto Projeto Terapêutico Singular na UBS, que</p><p>contemple: manutenção do contato pela equipe da UBS/e-Multi para</p><p>monitoramento do caso, avaliação da necessidade de atendimento psicossocial</p><p>e/ou psiquiátrico com equipe e-Multi, em tempo oportuno, de acordo com o risco</p><p>avaliado. Caso a equipe, ao longo do acompanhamento tenha dúvidas ou perceba</p><p>agravamento do caso, deve acionar o CAPS de referência para discussão e/ou</p><p>acolhimento inicial. Lembrando que é fundamental que este tipo de</p><p>encaminhamento se dê de forma implicada, ou seja, que seja verificado com o</p><p>serviço / usuário se o encaminhamento ao serviço foi seguido, qual a avaliação do</p><p>outro ponto de atenção e, também, as possibilidades de seguimento do caso e de</p><p>22</p><p>busca ativa, caso o usuário não tenha chegado ao serviço referenciado. Nestes</p><p>casos, o CAPS, após a chegada do usuário, deve realizar a avaliação inicial,</p><p>discussão do caso com a Atenção Básica e estabelecer Projeto Terapêutico</p><p>Singular para o acompanhamento inicial. No caso de estabilização do quadro,</p><p>quando levantada a possibilidade de alta do CAPS e continuidade do cuidado junto</p><p>à Atenção Básica, deverá ser realizada a discussão do mesmo, para a articulação</p><p>do deslocamento e continuidade dos cuidados.</p><p>Configuram-se como de risco elevado aqueles casos em que há</p><p>planejamento claro, com convicção, e há intenção de levá-lo a cabo nas próximas</p><p>horas ou dias. A convicção nunca é absoluta, pois todos os usuários têm uma</p><p>ambivalência, que abre possibilidade para a intervenção. Para estes casos, é</p><p>importante o encaminhamento implicado para o CAPS de referência, para avaliação</p><p>e primeiros cuidados. Apesar do encaminhamento ao CAPS, é importante manter</p><p>o seguimento regular do usuário e familiares junto à Unidade Básica de Saúde de</p><p>referência, a fim do acompanhamento conjunto do caso.</p><p>Para os casos de tentativas de suicídio com repercussões clínicas ou</p><p>intoxicação exógena, fazer o referenciamento para atendimento aos serviços de</p><p>urgência e emergência. Os casos de alto risco, sem tentativa de suicídio atual com</p><p>repercussões clínicas podem ser encaminhados para acolhimento inicial no CAPS</p><p>de referência, o qual avaliará a necessidade de outras condutas.</p><p>Vale lembrar que, uma vez no CAPS, para os casos de alto risco de suicídio,</p><p>a equipe pode contar com o dispositivo da Hospitalidade Noturna (CAPS III e CAPS</p><p>AD são referência para os demais CAPS do município), ou de internação breve na</p><p>Enfermaria de Retaguarda em Saúde Mental (ERSM), do Hospital São Vicente de</p><p>Paulo (HSVP) e leitos de observação no Hospital Universitário, quando se tratar de</p><p>crianças, adolescentes, gestantes e puérperas.</p><p>Nos casos de médio e alto risco, é fundamental avaliar se há rede protetiva</p><p>para o paciente e a possibilidade de contar com o apoio de familiares ou amigos</p><p>para o monitoramento da situação de risco.</p><p>23</p><p>Dependendo do risco e da urgência, também é possível construir outros</p><p>arranjos de intensificação de cuidado, de acordo com o Projeto Terapêutico</p><p>Singular, o qual pode ser construído em conjunto entre os serviços da Atenção</p><p>Básica e CAPS tais como:</p><p>- atendimentos sistematizados nos serviços de saúde de referência</p><p>(em CAPS ou Atenção Básica);</p><p>- visitas domiciliares por agente comunitário de saúde e por outros</p><p>profissionais;</p><p>- monitoramento telefônico;</p><p>- compartilhamento por diferentes serviços de saúde, de forma a</p><p>ampliar as ações de cuidado.</p><p>24</p><p>Figura 4: Ofertas de cuidado intersetorial de acordo com a classificação de risco suicida</p><p>25</p><p>O quadro abaixo visa, por meio de exemplos de situações concretas, orientar</p><p>os profissionais acerca das possíveis condutas diante da avaliação de diferentes</p><p>níveis de gravidade:</p><p>SITUAÇÃO CONDUTA</p><p>Se a pessoa teve uma tentativa de</p><p>suicídio recente, com repercussões</p><p>clínicas (cortes, sangramentos, sequelas</p><p>de enforcamento) ou intoxicação</p><p>exógena.</p><p>O serviço de referência hospitalar</p><p>deve ser acionado, por meio do</p><p>SAMU.</p><p>Caso a família não esteja</p><p>acompanhando o usuário no momento, a</p><p>mesma deverá ser acionada pelo serviço</p><p>de saúde.</p><p>Se a pessoa está com planejamento e /</p><p>ou ideação suicida com risco de morrer</p><p>(alta impulsividade):</p><p>- Refere planejamento (sabe como</p><p>vai morrer, com quais meios, está</p><p>se despedindo das pessoas)</p><p>- Demonstra intenso sofrimentos</p><p>(refere desejo de morrer, de</p><p>desaparecer)</p><p>- Impulsividade (age sem pensar)</p><p>- Apresenta rigidez de ideias e/ou</p><p>de comportamento</p><p>- Com ou sem suporte familiar /</p><p>rede de apoio</p><p>- Caso a família / rede de apoio não</p><p>esteja acompanhando o usuário no</p><p>momento, a mesma deverá ser acionada</p><p>pelo serviço de saúde.</p><p>- A família / rede de apoio deve ser</p><p>orientada, com a máxima transparência</p><p>possível, quanto aos riscos e sobre a</p><p>necessidade de acesso a cuidados em</p><p>saúde.</p><p>- As pessoas em risco de suicídio podem</p><p>estar em estado de diminuição, ou total</p><p>incapacidade de tomada de decisões</p><p>voluntárias, por este motivo, faz-se</p><p>necessária a tomada de decisão em</p><p>conjunto com a família.</p><p>26</p><p>- Direcionar ao CAPS de referência,</p><p>preferencialmente acompanhado por</p><p>familiar.</p><p>- No caso de risco suicida alto, com</p><p>avaliação de juízo crítico prejudicado</p><p>e ausência de rede de suporte,</p><p>acionar o SAMU para</p><p>encaminhamento ao serviço de</p><p>urgência e conduta.</p><p>- Se a pessoa apresenta ideação suicida</p><p>ativa, com planejamento ou tentativa de</p><p>suicídio recente (no último mês);</p><p>- Apresenta histórico de múltiplas</p><p>tentativas de suicídio prévias</p><p>- Após a alta hospitalar recente por</p><p>tentativa de suicídio</p><p>Direcionar ao CAPS de referência,</p><p>preferencialmente acompanhado por</p><p>familiar.</p><p>Pessoa que apresenta comportamento</p><p>de risco ou de autolesão, sem finalidade</p><p>suicida</p><p>Seguir com os cuidados junto à</p><p>Unidade Básica de Saúde, acionando-</p><p>se o apoio da e-Multi</p><p>Pessoa que apresenta ideação suicida</p><p>sem planejamento efetivo atual e/ou</p><p>refere medo de tentar</p><p>Seguir com os cuidados junto à</p><p>Unidade Básica de Saúde, acionando-</p><p>se o apoio da e-Multi para discussão</p><p>do caso</p><p>REFERENCIAMENTO DOS CAPS</p><p>- CAPS III Sem Fronteiras - atendimento a adultos com transtornos mentais</p><p>severos e persistentes, residentes nas regiões referenciadas às seguintes Unidades</p><p>Básicas de Saúde: Anhangabaú, Central, Corrupira, Eloy Chaves, Fazenda Grande,</p><p>27</p><p>Guanabara, Hortolândia, Morada das Vinhas, Novo Horizonte, Parque Centenário,</p><p>Retiro, Rio Acima, Rio Branco, Sarapiranga, Traviú, Tulipas</p><p>- CAPS II Bem Viver - atendimento a adultos com transtornos mentais severos e</p><p>persistentes, residentes nas regiões referenciadas às seguintes Unidades Básicas</p><p>de Saúde: Agapeama, Aparecida, Caxambu, Colônia, Comercial, Esplanada,</p><p>Ivoturucaia, Jardim do Lago, Jundiaí Mirim, Maringá, Pitangueiras, Rami, Rui</p><p>Barbosa, Santa Gertrudes, São Camilo, Tamoio, Tarumã, Vila Ana</p><p>- CAPS AD III Maluco Beleza - atendimento a adultos com questões relacionadas</p><p>ao uso de álcool / outras substâncias, residentes em todo o município</p><p>- CAPS IJ É Liberdade - atendimento a crianças e adolescentes até 17 anos e 11</p><p>meses, residentes em todo o município.</p><p>Tão importante quanto considerar o cuidado à pessoa que está em</p><p>sofrimento pela crise suicida, é pensar em estratégias, também, para intervenção</p><p>junto ao núcleo familiar desta, o qual também pode estar sendo impactado pelo</p><p>sofrimento. Ofertar espaços de escuta para o sofrimento, de fortalecimento de</p><p>vínculos e orientações quanto aos cuidados para o familiar, são intervenções de</p><p>grande valia para a superação da situação de crise.</p><p>8. ATRIBUIÇÕES DOS DIFERENTES NÍVEIS DE ATENÇÃO NO CUIDADO</p><p>À CRISE SUICIDA</p><p>O cuidado à crise suicida, em virtude da necessidade de ações amplas,</p><p>permeia os mais diversos níveis de atenção à saúde. Dentre as atribuições de cada</p><p>nível de atenção, podem ser previstas uma gama de ações que podem ser</p><p>realizadas com vistas à prevenção e ao cuidado da pessoa em risco de suicídio</p><p>28</p><p>1. Atribuições da Atenção Básica</p><p>● Realizar acolhimento porta aberta, com escuta qualificada às demandas de</p><p>sofrimento psíquico;</p><p>● Realizar classificação de risco do comportamento suicida, de forma a</p><p>propiciar o acesso ao cuidado no nível de atenção mais adequado em tempo</p><p>oportuno;</p><p>● Na ocorrência de tentativa de suicídio com repercussões clínicas, realizar os</p><p>primeiros cuidados e encaminhar para atendimentos nos pontos de atenção</p><p>à urgência e emergência;</p><p>● Na identificação de médio ou alto risco de suicídio, acionar a rede de apoio</p><p>do usuário;</p><p>● Realizar atendimentos de núcleo com a equipe da e-Multi quando avaliada</p><p>tal necessidade;</p><p>● Discutir casos em matriciamento de Saúde Mental, com vistas à construção</p><p>de Projetos Terapêuticos Singulares que promovam cuidado ampliado e</p><p>articulado com outros pontos de atenção;</p><p>● Na avaliação de gravidade que exija referenciamento ao CAPS, preencher</p><p>guia de referência/contrarreferência com os elementos que foram avaliados</p><p>para o encaminhamento;</p><p>● Ao identificar demanda para encaminhamento ao CAPS, preferencialmente</p><p>realizar contato prévio com a unidade;</p><p>● Realizar orientações aos familiares/ rede de apoio;</p><p>● Discutir o caso em equipe, para a definição da melhor estratégia de cuidado</p><p>e elaboração de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS);</p><p>● Articular o acesso à rede de proteção intersetorial, favorecendo a</p><p>interlocução entre políticas e viabilizando acesso a direitos;</p><p>● Realizar visitas domiciliares para o acompanhamento de pacientes em risco</p><p>de suicídio, que tiveram tentativas recentes ou a famílias que perderam</p><p>entes por suicídio;</p><p>29</p><p>● Manter acompanhamentos regulares a indivíduos e famílias com</p><p>necessidades de cuidado relacionadas à crise suicida;</p><p>● Realizar busca ativa dos casos de tentativa de suicídio notificados pela</p><p>Vigilância Epidemiológica, com vistas à avaliação dos mesmos e vinculação</p><p>ao cuidado adequado;</p><p>● Na ocorrência de tentativa de suicídio, realizar a notificação compulsória</p><p>imediata, por meio da Ficha de notificação de Violência Interpessoal e</p><p>Autoprovocada, disponível em: https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-</p><p>content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-</p><p>INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-</p><p>.pdf</p><p>● Realizar ações coletivas regulares de valorização à vida e campanhas de</p><p>prevenção ao suicídio;</p><p>2. Atribuições dos CAPS</p><p>● Realizar acolhimento porta aberta, com escuta qualificada às demandas de</p><p>sofrimento psíquico;</p><p>● Realizar classificação de risco do comportamento suicida, de forma a</p><p>propiciar o acesso ao cuidado no nível de atenção mais adequado em tempo</p><p>oportuno;</p><p>● Na ocorrência de tentativa de suicídio com repercussões clínicas, realizar os</p><p>primeiros cuidados e encaminhar para atendimentos nos pontos de atenção</p><p>à urgência e emergência;</p><p>● Na identificação de médio ou alto risco de suicídio, acionar a rede de apoio</p><p>do usuário;</p><p>● Articular o acesso à rede de proteção intersetorial, favorecendo a</p><p>interlocução entre políticas e viabilizando acesso a direitos;</p><p>● Realizar discussões frequentes com as equipes da Atenção Básica, a fim de</p><p>qualificar o cuidado e alinhar os Projetos Terapêuticos dos usuários;</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>30</p><p>● Realizar busca ativa dos casos de tentativa de suicídio notificados pela</p><p>Vigilância Epidemiológica, com vistas à avaliação dos mesmos e vinculação</p><p>ao cuidado adequado;</p><p>● Ofertar ações intensivas de cuidado, com atendimentos individuais, grupais,</p><p>oficinas e inserção em hospitalidade diurna / noturna, diante de situações de</p><p>agravamento do quadro psíquico;</p><p>● Ofertar atendimentos multidisciplinares;</p><p>● Ser o serviço de referência para pessoas egressas de internações na</p><p>Enfermaria de Retaguarda de</p><p>Saúde Mental;</p><p>● Ser o serviço de referência para casos classificados como alto risco;</p><p>● Realizar matriciamento regular e ações de Educação Permanente em Saúde</p><p>no tocante ao cuidado à crise suicida junto às Unidades de Atenção Básica;</p><p>● Na ocorrência de tentativa de suicídio, realizar a notificação compulsória</p><p>imediata, por meio da Ficha de notificação de Violência Interpessoal e</p><p>Autoprovocada, disponível em: https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-</p><p>content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-</p><p>INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-</p><p>.pdf</p><p>● Na identificação de casos cuja sequência do cuidado possa se dar junto aos</p><p>serviços da Atenção Básica, realizar o encaminhamento implicado do</p><p>mesmo, com discussão com a equipe e monitoramento do usuário até sua</p><p>efetiva inserção no outro ponto de atenção;</p><p>● Realizar ações coletivas regulares de valorização à vida e campanhas de</p><p>prevenção ao suicídio;</p><p>● Monitorar os casos vinculados ao CAPS e que, por conta de agravamento,</p><p>encontram-se inseridos na Enfermaria de Retaguarda de Saúde Mental;</p><p>● Ofertar atendimentos a famílias (individuais ou grupais) dos usuários</p><p>referenciados ao serviço;</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>31</p><p>3. Atribuições da Rede de Urgência e Emergência</p><p>● Acolher os usuários na ocorrência de crise suicida, realizando os cuidados</p><p>necessários em caso de sequelas e/ou repercussões clínicas da tentativa;</p><p>● Realizar classificação de risco do comportamento suicida, de forma a</p><p>propiciar o acesso ao cuidado no nível de atenção mais adequado em tempo</p><p>oportuno;</p><p>● Em pronto-atendimento, sem necessidade de internação - Direcionar</p><p>todos os casos de tentativas de suicídio para continuidade do cuidado na</p><p>Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) - CAPS ou Atenção Básica - de</p><p>acordo com classificação de risco, através de guia de referência/</p><p>contrarreferência;</p><p>● Em pronto-atendimento, com necessidade de internação - Acionar o</p><p>SAMU para encaminhamento ao pronto-socorro de hospital de referência;</p><p>● Na alta de internação na Enfermaria de Retaguarda em Saúde Mental -</p><p>realizar encaminhamento implicado para a continuidade do cuidado junto ao</p><p>CAPS de referência;</p><p>● No momento da alta e/ou liberação do atendimento, é imprescindível</p><p>sempre convocar familiares ou rede de apoio, para os quais será entregue o</p><p>resumo de alta e/ou guia de referência/contrarreferência, além de</p><p>orientações quanto à importância da continuidade do cuidado em Saúde</p><p>Mental;</p><p>● Na ocorrência de tentativa de suicídio, realizar a notificação compulsória</p><p>imediata, por meio da Ficha de notificação de Violência Interpessoal e</p><p>Autoprovocada, disponível em: https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-</p><p>content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-</p><p>INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-</p><p>.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>32</p><p>9. REDE DE ATENDIMENTO</p><p>1. Unidade Básica de Saúde de referência</p><p>Endereços e telefones disponíveis em:</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/rede-de-atendimento/rede-completa-de-</p><p>atendimento/</p><p>2. CAPS III Sem Fronteiras</p><p>Rua Dr. Ramiro de Araújo Filho, 234 - Vila Hortolândia</p><p>Fone: 4589-0378</p><p>3. CAPS II Bem Viver</p><p>Rua Dom Amaury Castanho, 70 - Vila Mafalda</p><p>Fone: 4589-0298</p><p>4. CAPS AD III Maluco Beleza</p><p>Rua Professor Giácomo Ítria, 393 - Anhangabaú</p><p>Fone: 4522-4277 / 4522-6898</p><p>5. CAPS IJ É Liberdade</p><p>Avenida Comandante Videlmo Munhoz, 345 - Anhangabaú</p><p>Fone: 4589-0388</p><p>6. PRONTO ATENDIMENTO HORTOLÂNDIA - funcionamento até às 22h</p><p>Rua Campinas, 58- Vila Hortolândia</p><p>Fone: 4582-6989.</p><p>7. PRONTO ATENDIMENTO RETIRO - funcionamento até às 19h</p><p>Rua Maria Lúcia de Almeida, 100</p><p>Fone: 4582-3330</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/rede-de-atendimento/rede-completa-de-atendimento/</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/rede-de-atendimento/rede-completa-de-atendimento/</p><p>33</p><p>8. PRONTO ATENDIMENTO PONTE SÃO JOÃO - funcionamento até às 19h</p><p>Rua Santo Antonio, 191</p><p>Fone: 4589-6853</p><p>9. PRONTO ATENDIMENTO CENTRAL - funcionamento 24h</p><p>Rua João Lopes, 78</p><p>Fone: 4583-5391</p><p>10. UPA VETOR OESTE - funcionamento 24h</p><p>Rua Santo Antonio, 191</p><p>Fone: 4589-6853</p><p>11. PRONTO SOCORRO ADULTO - funcionamento 24h (apenas</p><p>referenciado pelo SAMU / PA)</p><p>Rua São Vicente de Paulo, 223</p><p>Fone: 4583-8155</p><p>12. PRONTO SOCORRO PEDIÁTRICO E GESTANTES - funcionamento 24h</p><p>Praça da Rotatória s/nº - Jardim Messina</p><p>Fone: 4527-5700</p><p>13. Centro de Valorização da Vida (CVV) - Apoio emocional e prevenção ao</p><p>suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e</p><p>precisam conversar.</p><p>www.cvv.org.br</p><p>Telefone: 188 (ligação gratuita)</p><p>http://www.cvv.org.br/</p><p>34</p><p>IMPORTANTE:</p><p>Ao se considerar o compartilhamento do caso com os CAPS ou demais</p><p>equipes de saúde, deve-se sempre lembrar da realização do encaminhamento</p><p>implicado, ou seja, com a prestação de informações suficientes acerca do</p><p>mesmo e preferencialmente precedidos de contato telefônico, com o serviço</p><p>que irá acolher.</p><p>Esses cuidados garantem uma melhor articulação da rede, e a garantia</p><p>do atendimento ao usuário, com contrarreferenciamento, se necessário.</p><p>A mesma premissa é válida no momento em que o usuário irá receber</p><p>alta do CAPS e ser contrarreferenciado para seguimento junto aos serviços da</p><p>Atenção Básica: a discussão do caso e fornecimento de informações</p><p>detalhadas do período em que permaneceu vinculado ao CAPS, objetivos do</p><p>cuidado e evolução do caso são fundamentais.</p><p>10. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA</p><p>De acordo com a Lei n.º 13.819, de 26 de abril de 2019, os casos de violência</p><p>autoprovocada (tentativas de suicídio e autolesão) são de notificação compulsória</p><p>por parte de TODOS os profissionais de saúde. Desta forma, todos os profissionais,</p><p>ao atenderem um caso, devem realizar o preenchimento da ficha SINAN, disponível</p><p>em:</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-</p><p>VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-</p><p>5.1_03.06.15-.pdf</p><p>Os dados são encaminhados para a Vigilância Epidemiológica, a qual faz a</p><p>consolidação dos mesmos, eliminando possíveis duplicidades.</p><p>Notificar corretamente os eventos é mais uma forma de colaborar com o</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>https://jundiai.sp.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/17/2015/08/FICHA-DE-VIOL%C3%8ANCIA-INTERPESSOAL-E-AUTOPROVOCADA-VERS%C3%83O-5.1_03.06.15-.pdf</p><p>35</p><p>cuidado e também dar subsídios para a construção de políticas públicas que</p><p>melhorem o atendimento, a prevenção e a promoção da saúde.</p><p>11. FLUXO</p><p>O usuário que apresenta uma crise suicida, pode iniciar seu percurso de</p><p>cuidado por meio de quaisquer dos pontos de atenção da rede. A equipe que</p><p>teve contato, inicialmente, com esta demanda, deve realizar o primeiro acolhimento,</p><p>a estratificação do risco e, assim, percorrer com o usuário o melhor caminho dentre</p><p>as possibilidades de cuidado. Nesse sentido, apresenta-se, abaixo, os fluxos de</p><p>atendimento a partir das portas de entrada possíveis: Atenção Básica, CAPS ou</p><p>Rede de Urgência e Emergência.</p><p>36</p><p>Figura 5: Fluxograma de manejo da crise suicida na Atenção Básica</p><p>37</p><p>Figura 6: Fluxograma de manejo da crise suicida no CAPS</p><p>38</p><p>Figura 7: Fluxograma de manejo da crise suicida nos serviços de urgência / emergência</p><p>39</p><p>12. INTERVENÇÕES DE PÓSVENÇÃO</p><p>Nos casos em que o suicídio foi consumado, a disponibilidade para</p><p>atendimento e monitoramento das famílias é essencial, considerando a</p><p>suscetibilidade para a ocorrência de outros suicídios nestes casos. Uma</p><p>possibilidade é fazer contato com as pessoas próximas ao sujeito, visando a</p><p>construção de um plano de cuidado, haja vista que o luto é vivenciado de formas</p><p>diferentes pelas pessoas, sendo que algumas preferirão conversar, outras vivenciar</p><p>seus sentimentos sozinhas, ou ainda buscar ajuda em outros lugares.</p><p>Os equipamentos da Atenção Básica podem ofertar espaços de cuidado a</p><p>esta demanda, por meio de ofertas existentes no próprio território, em grupos e</p><p>espaços de escuta já instituídos. Além disso, para o caso de suicídios consumados,</p><p>o Centro de Valorização da Vida (CVV) possui ações voltadas ao cuidado de</p><p>sobreviventes de suicídio, tais como o Grupo de Apoio aos Sobreviventes de</p><p>Suicídio (GASS), que oferta um espaço de apoio emocional com troca de</p><p>experiências, com reuniões abertas e gratuitas.</p><p>Grupo de Apoio ao Sobreviventes do Suicídio (GASS) / CVV</p><p>Reuniões abertas na segunda quarta-feira do mês, das 19h às 20h30</p><p>Local: Rua Monteiro Lobato, 199 - Vila Argos</p><p>Informações: jundiai@cvv.org.br</p><p>Importante lembrar que a ocorrência de um suicídio pode causar impactos,</p><p>também, na equipe de saúde e no território em que o mesmo ocorreu e/ou nos</p><p>espaços de circulação da pessoa que cometeu o suicídio. Ao identificar estes</p><p>casos, as equipes da Atenção Básica podem acionar os profissionais da RAPS que,</p><p>em parceria com o CVV, podem realizar ações de pósvenção junto à equipe do</p><p>território afetado.</p><p>40</p><p>13. SUICÍDIO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA</p><p>O fenômeno do sofrimento psíquico, que pode resultar na crise suicida,</p><p>conforme inicialmente descrito, está presente nas diferentes fases da vida,</p><p>incluindo-se, também, as crianças e adolescentes. De acordo com os dados do</p><p>Ministério da Saúde, no período entre 2010 e 2019 houve, no Brasil, um aumento</p><p>de 81% na taxa de mortalidade por suicídio em adolescentes, passando de 3,5 para</p><p>6,4 mortes por 100 mil habitantes.</p><p>A criança e adolescente, enquanto indivíduo que se encontra em fase de</p><p>desenvolvimento, tem necessidades de cuidado mais próximo e, pode estar sujeito</p><p>a momentos de maior impulsividade, o que torna primordial o apoio de pessoas de</p><p>referência para o acompanhamento deste processo. Ter um adulto atento ao</p><p>comportamento e necessidades emocionais ao público desta faixa etária é um fator</p><p>de proteção muito importante para a superação da vulnerabilidade.</p><p>A infância e a adolescência são períodos em que o indivíduo encontra-se</p><p>mais vulnerável à influência de fatores externos, relacionados ao seu contexto de</p><p>vida e relações sociais. Alguns fatores de risco importantes de serem considerados,</p><p>especialmente nesta fase do desenvolvimento, são:</p><p>- Ausência e/ou rede de apoio pouco continente;</p><p>- Sentimentos de solidão e isolamento;</p><p>- Falta de interações significativas com os pares;</p><p>- Vivências de bullying;</p><p>- Exposição a violências ao longo do desenvolvimento;</p><p>- Sentimentos de depressão, ansiedade e desesperança;</p><p>- Exposição à discriminação e à violência no ambiente escolar;</p><p>- Uso de álcool e/ou substâncias psicoativas;</p><p>- Suporte social deficitário;</p><p>- Sofrimentos relacionados à identidade de gênero;</p><p>- Experiências de negligência.</p><p>41</p><p>Ao se identificar fatores de risco para o suicídio em crianças e adolescentes,</p><p>um dos papeis mais importantes da equipe de saúde é criar estratégias para o</p><p>desenvolvimento de redes de apoio a este indivíduo. Estas podem se dar das mais</p><p>diversas formas possíveis, a depender do plano traçado para o cuidado, tais como</p><p>inserção em atividades de promoção de saúde, estabelecimento de figuras de</p><p>referência para acolhimento e cuidado; ações para o fortalecimento dos vínculos</p><p>familiares e articulação com o ambiente escolar.</p><p>Importante lembrar que em caso de identificação de ideação suicida, com ou</p><p>sem planejamento, o sigilo profissional deverá ser quebrado e a rede de apoio/</p><p>familiar do sujeito acionada, com a ciência da criança/ adolescente.</p><p>14. COMPORTAMENTOS DE AUTOLESÃO</p><p>A autolesão é descrita como comportamentos de violência autoinfligida, tais</p><p>como mordeduras, arranhões, cortes, esfoliações, arranhaduras na pele, entre</p><p>outros. Estes comportamentos não tem intencionalidade suicida, caracterizando-se</p><p>como uma tentativa de exteriorização e alívio do sofrimento</p><p>O comportamento de autolesão, segundo diversos estudos, ocorre nas mais</p><p>diversas faixas etárias, mas é mais predominante entre os adolescentes. No recorte</p><p>de sexo, é mais comum encontrarmos este comportamento entre as pessoas do</p><p>sexo feminino.</p><p>São apontados diversos fatores de risco para esta condição, dentre eles:</p><p>características de personalidade, transtornos psiquiátricos, problemas sociais,</p><p>problemas familiares, uso de substâncias psicoativas, dentre outros.</p><p>Apesar de funcionalmente o comportamento de autolesão não ter intenção</p><p>suicida, a mesma pode aparecer como um fator preditor para o comportamento</p><p>suicida. Sendo assim, na prática cotidiana, as equipes devem identificar estes</p><p>usuários e realizar proposições de cuidado, com a criação de espaços que</p><p>permitam o acompanhamento da questão apresentada, a oferta de suporte</p><p>42</p><p>emocional e o monitoramento de possível ideação suicida (vide possibilidades de</p><p>cuidado na página 23).</p><p>15. ORIENTAÇÕES GERAIS</p><p>A intervenção em crise permite a utilização de diversas técnicas, geralmente</p><p>mais diretivas. Tem o objetivo de proteger a vida, diminuir riscos, auxiliando no</p><p>processo de retomada da esperança e na possibilidade de cuidados terapêuticos.</p><p>A abordagem multidisciplinar deve ser preferencialmente adotada, trazendo</p><p>benefícios para a conduta terapêutica, por meio do compartilhamento de saberes e</p><p>responsabilidades. Dependendo do risco, a conduta pode variar desde a</p><p>necessidade de acionamento de serviços de urgência e emergência, quebra de</p><p>sigilo, envolvimento da família, internação domiciliar até o acompanhamento</p><p>ambulatorial com o número de sessões usuais. A disponibilização de canais de</p><p>ajuda 24 horas é importante para que a pessoa possa ter acesso a algum suporte</p><p>em momentos mais críticos. Alguns profissionais se disponibilizam a prestar esse</p><p>atendimento emergencial por telefone, mas também é possível oferecer outros</p><p>canais como pronto atendimentos e Centro de Valorização da Vida (CVV).</p><p>Algumas medidas são preconizadas para qualquer serviço onde a pessoa</p><p>for atendida, em todos os níveis de atenção:</p><p>1) Avaliar a necessidade clínica/cirúrgica imediata em caso de tentativa</p><p>de suicídio (por exemplo, intoxicação, feridas e traumas), com</p><p>direcionamento à Rede de Urgência e Emergência conforme</p><p>Portarias n° 386 de 2017 e n° 536 de 2018;</p><p>2) Realizar o acolhimento e a escuta ativa: a validação das emoções e</p><p>a escuta empática sem julgamentos alivia a angústia, permite uma</p><p>melhor compreensão da situação de crise pela própria pessoa;</p><p>ameniza o sofrimento e possibilita a construção</p><p>de alternativas e</p><p>43</p><p>oferta de suporte; o bom vínculo terapêutico é um dos componentes</p><p>mais importantes, se não o mais importante, de uma intervenção em</p><p>crise suicida;</p><p>3) Mobilizar o suporte social: realizar contato com familiar ou rede de</p><p>apoio; orientá-los quanto aos mitos a respeito do suicídio, sobre a</p><p>importância da escuta e suporte sem julgamentos, e sobre a restrição</p><p>do acesso a meios potencialmente letais.</p><p>4) Orientar um familiar ou pessoa da rede social do paciente quanto à</p><p>necessidade de vigilância: não deixar a pessoa sozinha neste período</p><p>de crise, evitar que ela tenha acesso a métodos potencialmente</p><p>perigosos, como armas, substâncias químicas, locais altos sem</p><p>proteção, medicamentos, entre outros.</p><p>5) Identificar os fatores de risco e de proteção, e os sinais de alerta de</p><p>risco iminente, construindo um plano de atendimento pautado nessa</p><p>avaliação: a avaliação do risco de suicídio deve ser frequente e</p><p>sistemática, porque alterações no contexto podem aumentar ou</p><p>reduzir o risco de suicídio, até a resolução da crise. Após alta</p><p>hospitalar de uma internação por tentativa, sugerem-se contatos</p><p>periódicos com o paciente pelo menos até a inserção no serviço</p><p>especializado que fará o acompanhamento de longo prazo.</p><p>6) Documentar todo o procedimento: oferecer os encaminhamentos por</p><p>escrito e realizar contato prévio com o serviço de referência,</p><p>garantindo o encaminhamento implicado, orientar paciente e</p><p>familiares de forma clara, registrar toda a abordagem e intervenções</p><p>realizadas no prontuário, inclusive contatos telefônicos, por</p><p>mensagens eletrônicas ou outros meios, se houver.</p><p>7) Preencher a ficha SINAN, haja vista que a notificação de violência</p><p>autoprovocada (autolesão sem intenção suicida ou tentativas de</p><p>suicídio) é compulsória (Lei n° 13.819, de 26 de abril de 2019, que</p><p>institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do</p><p>44</p><p>Suicídio, e Portaria n° 1.271, de 6 de junho de 2014, do Ministério da</p><p>Saúde). As orientações específicas sobre este procedimento estão</p><p>descritas na Nota Técnica n° 2/2017, da Subsecretaria de Vigilância</p><p>à Saúde.</p><p>8) Notificar às autoridades policiais em caso de identificação de incitação</p><p>ao suicídio: é crime conforme o Art. 122 do Código Penal - Induzir ou</p><p>instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-</p><p>lhe auxílio material para que o faça. Em outras palavras, realizar uma</p><p>tentativa de suicídio não é crime, mas induzir outra pessoa a isto é</p><p>contra a Lei.</p><p>16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>1. BOTEGA, Neury José. Crise Suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre:</p><p>Artmed, 2022.</p><p>2. PREFEITURA DE JUNDIAÍ. Plano Municipal de Prevenção da</p><p>Automutilação e do Suicídio. Jundiaí, 2022. Disponível em:</p><p>https://direitoshumanos.jundiai.sp.gov.br/projetos-e-politicas/plano-</p><p>municipal-de-prevencao-da-automutilacao-e-do-suicidio/ (Acesso em</p><p>11/12/2023).</p><p>3. KUCZYNSKI, Evelin. Suicídio na infância e adolescência. Revista Psicologia</p><p>USP, São Paulo, vol. 25, n.º 3, pp. 246-252. Disponível em:</p><p>https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140005 (Acesso em 11/12/2023).</p><p>4. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico 33. Volume 52, setembro</p><p>2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-</p><p>conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epide</p><p>https://direitoshumanos.jundiai.sp.gov.br/projetos-e-politicas/plano-municipal-de-prevencao-da-automutilacao-e-do-suicidio/</p><p>https://direitoshumanos.jundiai.sp.gov.br/projetos-e-politicas/plano-municipal-de-prevencao-da-automutilacao-e-do-suicidio/</p><p>https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140005</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_33_final.pdf/view</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_33_final.pdf/view</p><p>45</p><p>miologico_svs_33_final.pdf/view (Acesso em 11/12/2023).</p><p>5. World Health Organization. Suicide worldwide in 2019: global health</p><p>estimates. Disponível em:</p><p>https://www.who.int/publications/i/item/9789240026643 (Acesso em</p><p>11/12/2023).</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_33_final.pdf/view</p><p>https://www.who.int/publications/i/item/9789240026643</p><p>46</p><p>17. ANEXOS</p><p>Composição da Rede de Atenção Psicossocial do Município de Jundiaí</p><p>Figura 8: Equipamentos que compõem a Rede de Atenção Psicossocial de Jundiaí</p><p>Capa protocolos.pdf</p><p>Programa Municipal de Prevenção de Suicídio e Automutilação.pdf</p><p>Figura 1: Fatores de risco e de proteção. (Botega, 2022)</p><p>Figura 3: Estratificação do risco suicida. (Botega, 2022)</p>

Mais conteúdos dessa disciplina