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<p>1</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO SISTEMA</p><p>LOCOMOTOR</p><p>ARTICULAÇÕES- PARTE II</p><p>HAM II</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Articulação ou junta é uma região anatômica que</p><p>estabelece a contiguidade entre ossos ou cartilagens,</p><p>possibilitando que o movimento seja direcionado nesse</p><p>segmento.</p><p>Quando são de natureza fibrosa (suturas do crânio),</p><p>dificultam o movimento; as de natureza cartilaginosa (p.</p><p>ex., sacroilíaca) e sinovial têm maior interesse no estudo</p><p>semiológico do aparelho locomotor.</p><p>ARTICULAÇÃO SINOVIAL</p><p>A articulação do tipo sinovial, também denominada</p><p>diartrodial, é mais rica em elementos, sendo sede</p><p>frequente de doenças. Seus componentes são a cápsula,</p><p>a membrana sinovial e a cartilagem de revestimento, e</p><p>esta protege a superfície óssea. São articulações</p><p>móveis.</p><p>O tecido conjuntivo é constituído de fibras colágenas,</p><p>elásticas e reticulares.</p><p>As fibras colágenas apresentam grande resistência,</p><p>sendo encontradas principalmente nas estruturas em</p><p>que se necessita de força de tração e elasticidade, como</p><p>o tecido celular subcutâneo, os tendões e as</p><p>submucosas.</p><p>As fibras elásticas predominam nos ligamentos, na pele</p><p>e nos vasos.</p><p>As reticulares constituem o esqueleto fibrorreticular</p><p>dos parênquimas.</p><p>ARTICULAÇÃO CARTILAGINOSA</p><p>Também chamadas de anfiartroses ou levemente</p><p>móveis, possuem uma separação cartilaginosa e não</p><p>apresentam cavidade articular. A mobilidade dessas</p><p>articulações é reduzida.</p><p>Existem dois tipos de articulações cartilaginosas: as</p><p>sincondroses e as sínfises.</p><p>SÍNFISES: possuem entre os ossos cartilagem fibrosa.</p><p>Como exemplo, podemos citar as articulações presentes</p><p>entre as vértebras, que possuem entre elas o disco</p><p>intervertebral. São articulações ligeiramente móveis.</p><p>Nestas, uma estrutura fibrocartilaginosa une os ossos</p><p>(p. ex., sínfise púbica).</p><p>SINCONDROSES: possuem entre os ossos cartilagem</p><p>hialina. A articulação esternocostal, entre o esterno e a</p><p>cartilagem costal da primeira costela, é um exemplo</p><p>desse tipo de articulação.</p><p>2</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>ARTICULAÇÃO FIBROSA</p><p>Também chamadas de articulações imóveis, são fixadas</p><p>por tecido fibroso (p. ex., suturas do crânio).</p><p>ANAMNESE</p><p>Sexo, idade, etnia, procedência, profissão, além dos</p><p>outros elementos de identificação, são de significância</p><p>epidemiológica e para qualquer caso em si.</p><p>EXEMPLOS:</p><p>MULHERES: Lúpus eritematoso disseminado,</p><p>esclerodermia e osteoporose predominam.</p><p>HOMENS: Gota e a poliarterite nodosa.</p><p>CRIANÇAS E ADOLESCENTES: Febre reumática e</p><p>osteomielite.</p><p>40 ANOS: Espondilite anquilosante.</p><p>ACIMA DE 45 ANOS: Gota, as doenças neoplásicas, a</p><p>osteoporose e a artrose.</p><p>Quanto à etnia, temos, por exemplo, um tipo de</p><p>amiloidose que ocorre em Portugal ("doença dos</p><p>pezinhos") e a DOENÇA DE BEHÇET em turcos.</p><p>Trabalhadores que carregam peso apresentam maior</p><p>predisposição à LOMBOCIATALGIA;</p><p>Esportistas, a desarranjos internos de joelhos e lesões</p><p>musculares; FENÔMENO DE RAYNAUD pode ser</p><p>desencadeado por atividades que traumatizam os</p><p>dedos ou quando são utilizados instrumentos</p><p>vibratórios.</p><p>Dentre outros aspectos que caracterizam as doenças do</p><p>aparelho locomotor, destacamos a DURAÇÃO, que</p><p>costuma ser inferior a 1 mês na febre reumática e na</p><p>osteomielite, e mais longa - podendo durar anos - na</p><p>artrite reumatoide e na artrose; o MODO DE INÍCIO DO</p><p>SINTOMA, que é insidioso na artrite reumatoide e</p><p>abrupto na gota, na osteomielite hematogênica e na</p><p>bursite;</p><p>A ocorrência de dor e/ ou de sinais inflamatórios (calor,</p><p>rubor e edema), sempre presente nos processos</p><p>reumáticos em atividade.</p><p>Certas expressões usadas pelos pacientes são</p><p>caracteristicamente importantes, salientando-se a</p><p>sensação de "dedo morto" e de formigamento nos</p><p>dedos no FENÔMENO DE RAYNAUD, em especial</p><p>quando ocorrem modificações de temperatura e</p><p>coloração da pele, que se torna arroxeada ou azulada</p><p>quando em contato com o frio.</p><p>SINAIS E SINTOMAS</p><p>DOR (ARTRALGIA)</p><p>DEVEM-SE INVESTIGAR TODAS AS CARACTERÍSTICAS</p><p>SEMIOLÓGICAS DE UMA DOR ARTICULAR, PORQUE</p><p>ESTE SINTOMA CONSTITUI A QUEIXA PRINCIPAL NA</p><p>QUASE TOTALIDADE DAS AFECÇÕES DAS</p><p>ARTICULAÇÕES.</p><p>Por meio de arcos reflexos visceromotores, a dor</p><p>articular pode determinar espasmo da musculatura</p><p>circunvizinha ou atrofia. Neste caso, acredita-se que</p><p>sejam envolvidas outras vias responsáveis pelos</p><p>reflexos viscerotróficos.</p><p>Distúrbios vasomotores periféricos também podem ser</p><p>causados por alterações articulares, como por distrofia</p><p>reflexo-simpática (síndrome ombro-mão).</p><p>A dor articular pode ser aguda (gota, bursite, artrite</p><p>séptica) ou crônica (artrite reumatoide, artrose), em</p><p>peso (artrose) ou cruciante (gota, artrite séptica). Por</p><p>vezes, a dor vem acompanhada de outros sintomas,</p><p>como parestesias (formigamentos) decorrentes da</p><p>compressão de raízes nervosas na coluna cervical ou</p><p>lombar. A localizaç.ão das parestesias torna possível</p><p>diagnosticar o nível da compressão na coluna.</p><p>RIGIDEZ PÓS-REPOUSO</p><p>A rigidez pós-repouso, mais conhecida como rigidez</p><p>matinal, É UM SINTOMA QUE APARECE EM GERAL EM</p><p>ENFERMIDADES INFLAMATÓRIAS.</p><p>3</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>Resulta do acúmulo de substâncias produzidas pelo</p><p>processo inflamatório nos locais acometidos.</p><p>A duração é proporcional à intensidade da doença.</p><p>Quando ocorre nas interfalangeanas proximais na</p><p>artrite reumatoide, costuma durar mais de 1 h. Na</p><p>artrose, ao contrário, é mais fugaz.</p><p>Na espondilite anquilosante, a rigidez ocorre nos</p><p>segmentos vertebrais.</p><p>CREPITAÇÃO ARTICULAR</p><p>É sinal característico de COMPROMETIMENTO DA</p><p>CARTILAGEM ARTICULAR e está presente em todos os</p><p>processos com degeneração daquele elemento, como</p><p>ocorre nas artroses e nas artropatias neurogênicas.</p><p>MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS</p><p>As manifestações sistêmicas mais importantes são a</p><p>febre, a astenia, a anorexia e a perda de peso. São</p><p>frequentes nas mesenquimopatias ou doenças difusas</p><p>do tecido conjuntivo - DDTC - ("colagenoses") e nos</p><p>processos neoplásicos.</p><p>Dentre as doenças difusas de natureza inflamatória,</p><p>devem ser citadas: artrite reumatoide, moléstia</p><p>reumática, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose</p><p>sistêmica progressiva, dermatopolimiosite e angiites</p><p>necrosantes.</p><p>As doenças articulares degenerativas e metabólicas</p><p>raramente se acompanham de manifestações</p><p>sistêmicas, pois são doenças localizadas nas próprias</p><p>articulações sem comprometer o organismo como um</p><p>todo.</p><p>EXAME FÍSICO</p><p>É feito por INSPEÇÃO, PALPAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO,</p><p>usadas de maneira associada - um método</p><p>complementando os outros.</p><p>1. AO EXAMINAR AS ARTICULAÇÕES, O PACIENTE</p><p>DEVE FICAR DE PÉ, SENTADO OU DEITADO,</p><p>DESCOBRINDO-SE DE MODO SUFICIENTE A</p><p>REGIÃO EM QUESTÃO.</p><p>Quando sentado, suas mãos devem repousar sobre as</p><p>coxas ou sobre o leito, em estado de relaxamento. Para</p><p>a inspeção, é indispensável boa iluminação. O</p><p>examinador deve sempre comparar articulações</p><p>homólogas.</p><p>2. PELA PALPAÇÃO, PROCURA-SE RECONHECER</p><p>AUMENTO DE VOLUME, RUBOR, ATROFIA,</p><p>DESALINHAMENTO ARTICULAR,</p><p>DEFORMIDADES, FÍSTULAS, VERMELHIDÃO E</p><p>NÓDULOS.</p><p>A presença de pontos hipersensíveis no nível da linha</p><p>interarticular e em outras áreas, a presença de</p><p>tumorações (nódulos, ossificações, neoplasias</p><p>propriamente ditas) e o aumento da temperatura local</p><p>(para isso, utiliza-se o dorso da mão, iniciando o exame</p><p>das regiões próximas à articulação). A presença de calor</p><p>local é sinal seguro de processo inflamatório.</p><p>Pela análise da postura (com o paciente em posição</p><p>ortostática), é possível reconhecer genu varum, genu</p><p>valgum, pé plano ou cavo, cifose, escoliose e</p><p>cifoescoliose.</p><p>3. OBSERVA-SE TAMBÉM A MARCHA DO</p><p>PACIENTE;</p><p>Pois ela costuma modificar-se nas enfermidades</p><p>vertebrais e osteoarticulares dos membros inferiores</p><p>(traumáticas, metabólicas, congênitas, inflamatórias e</p><p>degenerativas).</p><p>4. AVALIE A AMPLITUDE DE MOVIMENTO</p><p>E</p><p>MANOBRAS PARA TESTAR FUNÇÃO E A</p><p>ESTABILIDADE ARTICULARES, ALÉM DA</p><p>INTEGRIDADE DOS LIGAMENTOS, TENDÕES E</p><p>BOLSAS, ESPECIALMENTE EM CASO DE DOR OU</p><p>TRAUMATISMO.</p><p>5. AINDA PELA PALPAÇÃO, É POSSÍVEL</p><p>CARACTERIZAR CREPITAÇÕES.</p><p>Quando grosseiras e no nível das articulações, denotam</p><p>comprometimento da cartilagem articular, significando</p><p>degeneração articular (artrose). Crepitação no nível de</p><p>um osso significa fratura do mesmo.</p><p>6. Utilizando-se a INSPEÇÃO E A PALPAÇÃO DE</p><p>MODO CONJUGADO, são estudadas as</p><p>seguintes estruturas:</p><p>PELE E ANEXOS (é fundamental, mormente nos casos</p><p>com suspeita de DDTC ou de celulite (erisipela)</p><p>Tecido celular subcutâneo e circunvizinhos (a procura</p><p>de alterações cutâneas),</p><p>MUSCULATURA (cumpre investigar o tônus e a</p><p>troficidade, principalmente dos músculos da vizinhança</p><p>dos processos reumáticos de natureza inflamatória),</p><p>TENDÕES E LIGAMENTOS,</p><p>4</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>REDE VASCULAR (é necessário saber diferenciar as</p><p>alterações vasculares das alterações reumáticas,</p><p>principalmente nos membros inferiores (aterosclerose,</p><p>tromboangüte obliterante, tromboflebite e</p><p>flebotrombose),</p><p>SISTEMA NERVOSO, ESTRUTURAS</p><p>OSTEOARTICULARES,</p><p>Formato e tamanho dos vários segmentos ósseos e os</p><p>pontos dolorosos.</p><p>Quando sintomas e sinais articulares são</p><p>acompanhados simultaneamente de sintomas das vias</p><p>urinárias inferiores - disúria, polaciúria, corrimento</p><p>uretral -, a síndrome de Reiter deve ser considerada e,</p><p>obviamente, também a artrite blenorrágica.</p><p>Diarreia, disenteria e poliartrite constituem os sintomas</p><p>principais das enteroartropatias, como a da colite</p><p>ulcerativa grave e da ileíte regional.</p><p>A secura das mucosas bucal, nasal, ocular e vaginal</p><p>ocorre na síndrome de Sjõgren.</p><p>Púrpura, equimoses e hemorragias coincidentes com</p><p>artropatias lembram a hemofilia; lesões pulmonares,</p><p>com sintomas catarrais e hemoptise, são encontradas</p><p>na artrite tuberculosa e na granulomatose de Wegener.</p><p>TIPOS DE JOELHOS</p><p> JOELHO VARO</p><p>Joelho ou geno varo ou genu varum, é o termo utilizado</p><p>para referir “pernas tortas”, com os joelhos sendo</p><p>projetados lateralmente. Esta condição ocorre quando a</p><p>tíbia, o maior osso da canela, se volta para dentro em</p><p>vez de se alinhar com o fêmur, o osso da coxa.</p><p>A relação entre as posições de seu fêmur e tíbia é</p><p>chamada de alinhamento tibiofemoral. Kapandji (1987)</p><p>nos mostra que a angulação fisiológica normal dos</p><p>joelhos deve ficar em aproximadamente 170°. No caso</p><p>do geno varo, esta angulação fica acima de 180°.</p><p> JOELHO VALGO</p><p>O joelho valgo, também conhecido como geno valgo, é</p><p>uma situação em que os joelhos estão desalinhados e</p><p>voltados para dentro, encostando um no outro. Assim,</p><p>devido à posição do joelho, essa situação também pode</p><p>ser conhecida popularmente como "pernas em forma de</p><p>X" e "pernas de tesoura".</p><p>EXAME DAS ARTICULAÇÕES</p><p>O exame de uma articulação compreende os seguintes</p><p>parâmetros:</p><p> FORMATO E VOLUME,</p><p> POSIÇÃO DAS ESTRUTURAS,</p><p> ALTERAÇÕES DAS MASSAS MUSCULARES,</p><p> PRESENÇA DE SINAIS INFLAMATÓRIOS,</p><p> MODIFICAÇÕES DAS ESTRUTURAS</p><p>CIRCUNJACENTES,</p><p> CREPITAÇÃO,</p><p> ESTALIDOS E MOVIMENTAÇÃO.</p><p>FORMATO E VOLUME</p><p>É NECESSÁRIO PESQUISAR IRREGULARIDADES DO</p><p>CONTORNO E MODIFICAÇÕES DO TAMANHO DAS</p><p>JUNTAS.</p><p>É conveniente medir a circunferência da articulação</p><p>com fita métrica ou com o artrocitômetro, quando se</p><p>trata de pequenas articulações, como as</p><p>interfalangeanas (proximais e distais).</p><p>O aumento de volume de uma articulação pode ser</p><p>devido a várias causas, como edema de partes moles,</p><p>excesso de líquido sinovial (derrames intra-articulares),</p><p>espessamento da membrana sinovial e da cápsula</p><p>articular, crescimento ósseo localizado (osteófitos,</p><p>exostoses, periostite), depósitos de uratos (tofos) ou</p><p>calcificações.</p><p>POSIÇÃO DAS ESTRUTURAS</p><p>A posição das estruturas que compõem a articulação é</p><p>um dado importante, podendo o desalinhamento</p><p>articular ser causa ou consequência de artropatia</p><p>degenerativa, como acontece nos casos de genu</p><p>valgum, ou de comprometimento articular, como na</p><p>artrite reumatoide.</p><p>MASSAS MUSCULARES</p><p>5</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>AS MASSAS MUSCULARES PRÓXIMAS DAS JUNTAS</p><p>DEVEM SER AVALIADAS CUIDADOSAMENTE.</p><p>Pode haver atrofia dos interósseos das mãos e dos pés</p><p>nos casos de artrite reumatoide, atrofia dos quadríceps</p><p>na artrite dos joelhos, e assim por diante.</p><p>É correto dizer que a atrofia muscular é característica</p><p>inerente dos processos articulares periféricos em que</p><p>exista bloqueio articular por tempo prolongado.</p><p>SINAIS INFLAMATÓRIOS</p><p>A OCORRÊNCIA DE SINAIS INFLAMATÓRIOS, EDEMA,</p><p>CALOR, RUBOR E IMPOTÊNCIA FUNCIONAL INDICA A</p><p>EXISTÊNCIA DE ARTRITE, sendo este achado de grande</p><p>importância no diagnóstico das afecções reumáticas,</p><p>pois, conforme foi assinalado, a presença de artrite tem</p><p>mais valor diagnóstico que a artralgia.</p><p>ESTRUTURAS CIRCUNJACENTES</p><p>A modificação das estruturas circunjacentes pode</p><p>depender de neoplasias, irregularidades e de fístulas.</p><p>CREPITAÇÃO</p><p>A crepitação articular indica processo articular</p><p>degenerativo, no qual há comprometimento da</p><p>cartilagem hialina, enquanto a crepitação óssea</p><p>denuncia a presença de fratura.</p><p>MOVIMENTAÇÃO</p><p>A avaliação dos movimentos das articulações torna</p><p>possível a verificação de dor e do grau de impotência</p><p>funcional. Para isso, é fundamental conhecer os</p><p>movimentos normais de cada articulação para maior</p><p>facilidade em detectar e avaliar a amplitude dos</p><p>movimentos ou evidenciar movimentos anormais.</p><p>O estudo dos movimentos articulares deve obedecer aos</p><p>seguintes postulados:</p><p>• A movimentação da articulação deve ser feita com</p><p>máxima delicadeza</p><p>• É necessário pesquisar os movimentos ativo e passivo,</p><p>comparando articulações homólogas</p><p>• O médico deve estar atento às reações do paciente,</p><p>em especial à demonstração de dor</p><p>• Sempre que possível, a amplitude dos movimentos</p><p>precisa ser medida em graus, partindo-se de uma</p><p>posição neutra que seria o ponto zero.</p><p>• Não sendo possível medir em graus, pode-se falar em</p><p>limitação total, quando a articulação está</p><p>impossibilitada de fazer a mínima movimentação, ou</p><p>em limitação parcial, que pode ser mínima, moderada</p><p>ou intensa (quase total).</p><p>ARTICULAÇÕES E SEUS MOVIMENTOS</p><p>ARTICULAÇÕES</p><p>TEMPOROMANDIBULARES</p><p>• Abertura e fechamento da boca</p><p>• Protrusão e retrocesso da mandíbula</p><p>• Movimentos de lateralidade.</p><p>COLUNA VERTEBRAL</p><p> Cervical (pescoço)</p><p>• Flexão (o mento deve tocar a fúrcula esternal). A</p><p>separação entre ambos deve ser medida com fita</p><p>métrica</p><p>• Extensão (o mento deve afastar-se em torno de 18 em</p><p>da fúrcula esternal)</p><p>• Rotação esquerda e direita (60°)</p><p>• Lateralidade esquerda e direita (30°)</p><p> Torácica</p><p>• Rotação direita e esquerda (75°)</p><p>• Flexão e extensão</p><p>• Lateralidade esquerda e direita</p><p> Lombar</p><p>6</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>• Flexão (meça a distância das polpas digitais-solo)</p><p>• Extensão (30°)</p><p>• Rotação esquerda e direita (90°)</p><p>• Lateralidade esquerda e direita (35°).</p><p>OMBROS</p><p>• Abdução ( 110° a 120°)</p><p>• Flexão ou elevação anterior (180°)</p><p>• Extensão ou movimentação para trás ( 60°)</p><p>• Rotação externa (90°)</p><p>• Rotação interna posterior (180°).</p><p>COTOVELOS</p><p>• Extensão (0° ou 180°)</p><p>• Flexão (45° ou 150° a 160°)</p><p>• Pronação (90°)</p><p>• Supinação (90°)</p><p>• Pronossupinação (90° a 180° para cada movimento).</p><p>PUNHOS</p><p>• Flexão palmar ( 90°)</p><p>• Extensão dorsal ou dorsiflexão (70°)</p><p>• Desvio mediai ou radial ou adução (20°)</p><p>• Desvio cubital ou lateral ou abdução (30°).</p><p>ARTICULAÇÕES</p><p>METACARPOFALANGEANAS E</p><p>INTERFALANGEANAS (PROXIMAIS E</p><p>DISTAIS)</p><p>• Metacarpofalangeanas- flexão (90°), extensão (30°)</p><p>• Interfalangeana proximal- flexão (90°)</p><p>• Interfalangeana- flexão (80°)</p><p>CUBITAL RADIAL</p><p>7</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>• Metacarpofalangeana do polegar- flexão</p><p>(90°)</p><p>• Interfalangeana do polegar- flexão (90°)</p><p>• Abdução do polegar (110°)</p><p>• Oposição do polegar (45°)</p><p>ARTICULAÇÃO DO QUADRIL (PACIENTE</p><p>EM DECÚBITO DORSAL)</p><p>• Posição neutra (180°)</p><p>• Flexão (110° a 120°)</p><p>• Rotação interna em extensão (90°)</p><p>• Rotação externa em extensão (90°)</p><p>• Rotação interna em flexão ( 45°)</p><p>• Rotação externa em flexão (45°)</p><p>• Abdução ( 45°)</p><p>• Adução (30°)</p><p>• Hiperextensão em decúbito ventral (30°).</p><p>ARTICULAÇÃO DOS JOELHOS</p><p>• Flexão (30°)</p><p>• Extensão (180°).</p><p>TESTE DE DERRAMES</p><p>MENORES/ABAULAMENTO</p><p> ORDENHE PARA BAIXO</p><p>LATERALIDADE</p><p>8</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p> APLIQUE PRESSÃO MEDIAL</p><p> TOQUE E OBSERVE A ONDA LÍQUIDA</p><p>TESTE PARA SINAL DE BALONAMENTO</p><p>Coloque seu polegar e o indicador da mão direita de</p><p>cada lado da patela; com a mão esquerda, comprima a</p><p>bolsa suprapatelar contra o fêmur.</p><p>Palpe o líquido ejetado nos espaços próximos à patela</p><p>sob seu polegar e indicador direitos.</p><p>ARTICULAÇÕES DO TORNOZELO</p><p>• Dorsiflexão ou flexão dorsal (20°)</p><p>• Flexão plantar (50°)</p><p>• Inversão</p><p>• Eversão.</p><p>PALPAÇÃO DA ARTICULAÇÃO ANTERIOR</p><p>DO TORNOZELO</p><p>Sinta o tendão de Aquiles para verificar nódulos e dor à</p><p>palpação.</p><p>MANOBRAS</p><p> ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO</p><p>(TIBIOTALAR)</p><p>Promova a dorsiflexão e a flexão plantar do pé do</p><p>paciente no nível do tornozelo.</p><p>A dor durante osmovimentos do tornozelo e do pé</p><p>ajuda a localizar uma possível artrite.</p><p> ARTICULAÇÃO TALOCALCÂNEA</p><p>Estabilize o tornozelo com uma das mãos, segure o</p><p>calcanhar com a outra e efetue a inversão e a eversão do</p><p>pé.</p><p>9</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>A movimentação da articulação artrítica provoca, com</p><p>frequência, dor seja qual for o sentido, enquanto a</p><p>entorse ligamentar provoca dor com a extensão do</p><p>ligamento.</p><p>Por exemplo, com frequência, a inversão de entorse do</p><p>tornozelo com flexão plantar do pé causa dor, enquanto</p><p>a eversão com flexão plantar pode ser realizada</p><p>relativamente sem dor.</p><p>ARTICULAÇÕES</p><p>METATARSOFALANGEANAS</p><p>• Flexão</p><p>• Extensão</p><p>PALPAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES</p><p>METATARSOFALÂNGICAS</p><p>Comprima a parte anterior do pé entre o polegar e os</p><p>dedos.</p><p>Comprima um ponto imediatamente proximal às</p><p>cabeças do 1° e 5° metatarsais.</p><p>Verificar se há dor à palpação.</p><p>PALPAÇÃO DAS CABEÇAS DOS</p><p>METATARSOS</p><p>Palpe as cabeças dos cinco ossos metatarsais e os sulcos</p><p>entre eles com seu polegar e indicador.</p><p>Coloque seu polegar no dorso do pé e o indicador na</p><p>superfície plantar.</p><p> ARTICULAÇÃO TRANSVERSA DO</p><p>TARSO</p><p>Estabilize o calcanhar e efetue a inversão e a eversão</p><p>da parte anterior do pé</p><p>10</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p> ARTICULAÇÕES</p><p>METATARSOFALÂNGICAS</p><p>Mova a falange proximal de todos os dedos dos pés</p><p>para cima e para baixo.</p><p>MANOBRAS</p><p>GAVETA ANTERIOR</p><p>Com o paciente em decúbito dorsal, os quadris</p><p>flexionados, os joelhos flexionados a 90°e os pés</p><p>apoiados na mesa, coloque suas mãos envolvendo o</p><p>joelho, com os polegares sobre a linha articular medial e</p><p>lateral e os outros dedos nas inserções medial e lateral</p><p>dos músculos isquio tibiais.</p><p>Puxe a tíbia para frente e observe se ela desliza nesse</p><p>sentido (como uma gaveta) deixando sua posição</p><p>debaixo do fêmur. Compare o grau de movimento</p><p>anterógrado com aquele do joelho oposto.</p><p>Avalia o LCA (ligamento cruzado anterior).</p><p>É positivo para lesão do ligamento cruzado anterior</p><p>quando se percebe uma anteriorização da tíbia ao</p><p>movimento realizado, sem a sensação de “parada” que</p><p>o ligamento íntegro produz.</p><p>GAVETA POSTERIOR</p><p>O sentido da realização da força é o oposto do teste de</p><p>gaveta anterior.</p><p>Posicione o paciente e coloque suas mãos nas posições</p><p>descritas para o teste da gaveta anterior.</p><p>Empurre a tíbia posteriormente e observe o grau de</p><p>movimento para frente no fêmur, forçando a</p><p>subluxação posterior da tíbia em relação ao fêmur.</p><p>Realizado com flexão de 90°. Positivo quando ocorre a</p><p>translação posterior.</p><p>Avalia o LCP (ligamento cruzado posterior).</p><p>TESTE DE TENSÃO/ESTRESSE EM VALGO</p><p>(ABDUÇÃO) FORÇADA</p><p>Com o paciente em decúbito dorsal e o joelho</p><p>discretamente flexionado, mova a coxa dele cerca de 30°</p><p>lateralmente, em direção à borda da mesa de exame.</p><p>Coloque uma das suas mãos contra a parte lateral do</p><p>joelho, para estabilizar o fêmur, e a outra mão em torno</p><p>da parte medial do tornozelo.</p><p>Empurre medialmente o joelho e puxe lateralmente o</p><p>tornozelo, de forma a “abrir” a articulação do joelho na</p><p>sua parte medial (tensão em valgo).</p><p>11</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>TESTE DE TENSÃO/ESTRESSE EM VARO</p><p>(ADUÇÃO) FORÇADA</p><p>Com a coxa e o joelho do paciente na mesma posição,</p><p>mude sua posição para poder colocar uma das mãos</p><p>contra a superfície medial do joelho e a outra em torno</p><p>da parte lateral do tornozelo.</p><p>Empurre lateralmente joelho e puxe medialmente o</p><p>tornozelo, de forma a “abrir” a articulação do joelho na</p><p>sua parte lateral (tensão em varo).</p><p>TESTE DE LACHMAN</p><p>Coloque o joelho do paciente em flexão de 15°e rotação</p><p>externa. Segure a região distal do fêmur com uma das</p><p>mãos e a região superior da tíbia com a outra.</p><p>Coloque o polegar da mão apoiada na tíbia sobre a linha</p><p>articular e, simultaneamente, puxe a tíbia para frente e</p><p>o fêmur para trás.</p><p>Faça uma estimativa do grau de movimentação para</p><p>frente.</p><p>TESTE DE MCMURRAY</p><p>Com o paciente em decúbito dorsal, segure o calcanhar</p><p>e flexione o joelho. Coloque a outra mão sobre a</p><p>articulação do joelho, com os dedos e o polegar</p><p>posicionados ao longo da linha articular medial.</p><p>A partir do calcanhar faça a rotação lateral (externa) da</p><p>perna, depois, empurre a parte lateral para aplicar</p><p>tensão em valgo na face medial da articulação.</p><p>Ao mesmo tempo, faça a rotação externa da perna e</p><p>estenda-a devagar.</p><p>A mesma manobra com rotação interna (medial) do pé</p><p>exerce tensão sobre o menisco lateral.</p><p>TESTE DE GALEAZZI</p><p>O indivíduo é colocado em decúbito dorsal, em posição</p><p>simétrica, com os membros inferiores fletidos de modo</p><p>a manter os pés juntos.</p><p>Quando há discrepância de comprimento dos membros</p><p>os topos dos joelhos ficam em alturas diferentes. Esta</p><p>discrepância pode ser causada por encurtamento real do</p><p>membro ou apenas funcional, como acontece na luxação</p><p>congênita do quadril.</p><p>Serve para verificar se há diferença de comprimento</p><p>nos membros inferiores.</p><p>12</p><p>MONICK LEBRÃO</p><p>MED XIV- FASAVIC</p><p>ABORDAGEM SOBRE AS QUEIXAS MUSCULOESQUELÉTICAS</p><p> OBSERVAÇÃO: NÃO PRECISA FOCAR NAS DOENÇAS!</p>

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