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<p>Disciplina Homem, Cultura e</p><p>Sociedade</p><p>Código: N008</p><p>Carga horária: 80h</p><p>Créditos: 04</p><p>Aula 5 – seções 5, 6 e 7</p><p>Seção 5: O processo de individualização e socialização</p><p>• Trabalho - transformação ou manutenção de algo. Inerente às</p><p>sociedades humanas.</p><p>• Emprego - a atividade (trabalho) remunerada, com determinada regras</p><p>a serem seguidas (salário, horário específico, etc.). Surgiu com a</p><p>Revolução Industrial.</p><p>Trabalho - agente do processo de socialização.</p><p>• Intencionalidade – o que nos diferencia dos outros animais.</p><p>• A intermediação da cultura.</p><p>“A cultura é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência</p><p>histórica das gerações anteriores. Este processo limita ou estimula a ação</p><p>criativa do indivíduo”. (LARAIA,2001, P.48)</p><p>Seção 6: Aspectos políticos na contemporaneidade</p><p>Processo de transformação do trabalho:</p><p>• Trabalho nas comunidades primitivas – nômades (caçadores e coletores), sedentários</p><p>(agricultura e pecuária)</p><p>• Trabalho no período da antiguidade clássica - escravidão</p><p>• Trabalho no período na Idade Média – trabalho servil</p><p>• Trabalho no período moderno – transição</p><p>• Trabalho no período contemporâneo - assalariado</p><p>→ Essas formas de trabalho estão ligadas ao modo de produção.</p><p>Modo de produção - meio material para realizar um trabalho. É o modo, é a</p><p>forma de como transformamos a natureza para produzir bens para o nosso</p><p>consumo, bens que satisfaçam as nossas necessidades.</p><p>• O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas</p><p>e pelas relações de produção existentes nessa sociedade.</p><p>• Modo de produção – “vida econômica de uma sociedade”, composta pela</p><p>produção, pela circulação e pelo consumo. É composta por forças produtivas +</p><p>relações de produção.</p><p>• Modo de produção primitivo – propriedade coletiva, cooperação, ausência</p><p>do Estado.</p><p>• Modo de produção escravista – propriedade da terra, dominação e</p><p>sujeição.</p><p>• Modo de produção feudal – propriedade feudal, sociedade estamental,</p><p>hierarquia rígida.</p><p>• Modo de produção capitalista – propriedade privada dos meios de</p><p>produção.</p><p>- Capitalismo Comercial ou Mercantil (pré-capitalismo) – do século XV ao</p><p>XVIII.</p><p>- Capitalismo Industrial ou Industrialismo – séculos XVIII e XIX.</p><p>- Capitalismo Financeiro ou Monopolista – a partir do século XX.”</p><p>É com o surgimento do capitalismo que se constrói e se consolida uma</p><p>mudança mais visível na reflexão sobre o trabalho. Assim, podemos</p><p>questionar: por quê? (p.28)</p><p>Para Marx (1983), as novidades na concepção do trabalho refletem as mudanças</p><p>concretas na organização do trabalho e na sociedade. Para ele, dois fatos principais</p><p>demarcaram o surgimento da produção capitalista: a ocupação pelo mesmo capital</p><p>individual de um grande número de operários, estendendo seu campo de ação e</p><p>fornecendo produtos em grande quantidade, e a eliminação (dentro de certos limites)</p><p>das diferenças individuais, passando o capitalista a lidar com o operário médio ou</p><p>abstrato. (MOTTA, p. 28)</p><p>É essa condição “livre” e desprovida dos meios de produção do trabalhador</p><p>que proporciona a venda da força de trabalho como uma mercadoria – a única</p><p>que o trabalhador detém. (MOTTA, p. 28)</p><p>- Mercadoria - significa representar um valor de uso e um valor de troca.</p><p>(...) O trabalhador, que vende sua força de trabalho como qualquer</p><p>mercadoria, realiza no ato de venda o valor de troca, alienando o valor de</p><p>uso no que produziu. O capitalista prolonga o uso da força de trabalho em</p><p>seu benefício, obtendo o lucro da diferença do que pagou e a quantidade de</p><p>trabalho recebida do trabalhador. Assim, a mais-valia é o prolongamento do</p><p>processo de formação de valor, ou seja, resulta de um excedente quantitativo</p><p>de trabalho na duração prolongada do processo de produção. (MOTTA, p. 29)</p><p>O novo modo de produção afetou vários aspectos da organização da vida e</p><p>da sociedade, por exemplo:</p><p>• Separou os ambientes doméstico e de trabalho.</p><p>• Reuniu um número imenso de pessoas em um mesmo lugar ( fábricas) em</p><p>torno de uma única atividade econômica.</p><p>• Intensificou o crescimento das cidades e sua separação do campo.</p><p>Mercadoria – dupla realidade: valor de uso e valor de troca</p><p>• O valor de toda mercadoria é o ‘trabalho abstrato’</p><p>• Essa dupla realidade da mercadoria é expressa em uma unidade mais</p><p>profunda, o trabalho no seu duplo caráter: trabalho concreto (que se</p><p>manifesta no valor de uso) e o trabalho abstrato (que se manifesta no seu</p><p>valor de troca).</p><p>• Mais-valia - prolongamento do processo de formação de valor, ou seja,</p><p>resulta de um excedente quantitativo de trabalho na duração prolongada do</p><p>processo de produção. (Motta,p.29)</p><p>Seção 7: Caracterização da sociedade humana</p><p>“Por isso, a história do desenvolvimento capitalista é, também, a história</p><p>da resistência dos trabalhadores, que caracteriza a sociedade humana.</p><p>Os embates em torno da regulamentação da jornada de trabalho nas leis fabris</p><p>da segunda metade do século XIX são exemplos da luta do proletariado para</p><p>impor um limite à exploração capitalista.” (MOTTA, página 32)</p><p>• O sistema de “cooperação”, ao mesmo tempo que engendrou todas as</p><p>novidades já assinaladas, também reuniu as pessoas em grandes massas</p><p>trabalhadoras, criando as condições necessárias à construção da</p><p>consciência de classe dos próprios trabalhadores, estimulando o</p><p>desenvolvimento da organização trabalhista.</p><p>• A transformação do modo de produção manufatureira para o modo de</p><p>produção capitalista da “cooperação” exige um parcelamento progressivo do</p><p>trabalho em suas operações, simplificando a atuação de cada um. (...). Um</p><p>conjunto de trabalhadores atua lado a lado, sob um plano geral em um</p><p>mesmo processo de produção. Tal tipo de organização do trabalho possibilita</p><p>a massificação da produção. Introduz a noção de operário coletivo. O</p><p>trabalhador não detém os meios de produção, não tem controle sobre o</p><p>produto nem sobre o processo de trabalho, e, portanto, são suprimidos seu</p><p>saber fazer e suas possibilidades de identificação com a tarefa e com o</p><p>produto. (MOTTA, pp 32-33)</p><p>A exploração é um dos pontos centrais na teoria marxiana porque, segundo</p><p>Marx, o regime capitalista caracteriza-se por tomar “[...] a produção da mais-</p><p>valia como finalidade direta e móvel determinante da produção (Marx, 1980, p. 78).</p><p>Assim, a exploração, antes de ser uma distorção do capitalismo, é uma</p><p>característica inerente a ele. (...) o trabalho, que deveria ser humanizador,</p><p>sob o capitalismo, é o contrário (...).</p><p>A ética do trabalho, associada à primeira Revolução Industrial, e o</p><p>marxismo exaltam o trabalho. No entanto, tal importância se funda em</p><p>valores sociais distintos, na caracterização da sociedade humana.</p><p>(MOTTA, p. 34)</p><p>Sugestões de leitura:</p><p>• Ellen Meiksins Wood, As origens Agrárias do capitalismo.</p><p>Disponível em:</p><p>https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo66</p><p>12_merged.pdf</p><p>• Ricardo Antunes, Trabalho uno ou omni: a dialética entre trabalho</p><p>concretos e o trabalho abstrato.</p><p>Disponível em:</p><p>https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/941</p><p>• Max Weber, A ética protestante e o “espírito” do capitalismo.</p><p>Disponível em:</p><p>https://ppgs.uff.br/wp-content/uploads/sites/563/2023/08/Weber-Etica.pdf</p><p>https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo6612_merged.pdf</p><p>https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo6612_merged.pdf</p><p>https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/941</p><p>https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/941</p><p>https://ppgs.uff.br/wp-content/uploads/sites/563/2023/08/Weber-Etica.pdf</p><p>https://ppgs.uff.br/wp-content/uploads/sites/563/2023/08/Weber-Etica.pdf</p><p>https://ppgs.uff.br/wp-content/uploads/sites/563/2023/08/Weber-Etica.pdf</p><p>https://ppgs.uff.br/wp-content/uploads/sites/563/2023/08/Weber-Etica.pdf</p><p>https://ppgs.uff.br/wp-content/uploads/sites/563/2023/08/Weber-Etica.pdf</p><p>https://ppgs.uff.br/wp-content/uploads/sites/563/2023/08/Weber-Etica.pdf</p><p>Avaliação</p><p>• Conteúdo para o T1 (ou TF1) e a V1, disponível em OBJETOS DE</p><p>APRENDIZAGEM:</p><p>1. Livro da disciplina Homem, Cultura e Sociedade, estudar as 10</p><p>primeiras seções.</p><p>2. LIDÓRIO, R. A. Conceituando a Antropologia. Revista Antropos –</p><p>Volume 3, Ano 2, Dezembro de 2009.</p><p>3. Resenha crítica do livro Cultura: um conceito antropológico, de R. B.</p><p>Laraia</p><p>4. NAVARRO, V. L. PADILHA, V. “Dilemas do trabalho no capitalismo</p><p>contemporâneo” Psicologia e Sociedade, 19, 2007.</p><p>5. Resenha: ANTUNES, Ricardo (org.). 2020. Uberização, trabalho digital</p><p>e indústria 4.0. 1. ed. São Paulo: Boitempo.</p><p>• A nossa VT é a média entre os testes (T1 ou TF1 e T2), ou seja:</p><p>VT= (T1 ou TF1 + T2)/2</p><p>• Períodos das avaliações, consultar o Cronograma de Atividades,</p><p>disponível na seção Planejamento da Disciplina.</p><p>• Estudo dirigido V1/R1 (não é para entregar, não vale nota), disponível</p><p>em Material de Apoio.</p>

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