RESUMO FILOLOGIA

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<p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA</p><p>NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA A EDUCAÇÃO – UEMANET</p><p>UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB – POLO VITORINO FREIRE</p><p>CURSO DE LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS DE</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>NAYANA ALMEIDA ARAUJO DIAS</p><p>RESUMO: “Filologia: Uma Ciência Antiga e uma Polêmica Eterna”, de Expedito</p><p>Eloísio Ximenes</p><p>VITORINO FREIRE – MA</p><p>AGOOSTO/ 2024</p><p>NAYANA ALMEIDA ARAUJO DIAS</p><p>RESUMO: “Filologia: Uma Ciência Antiga e uma Polêmica Eterna”, de Expedito</p><p>Eloísio Ximenes</p><p>Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em</p><p>Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa,</p><p>da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, como</p><p>requisito para a obtenção de nota na disciplina</p><p>FILOLOGIA ROMÂNICA</p><p>Professor (a): Sebastiana Sousa Reis Fernandes</p><p>Tutora: Leidiane da Silva Rodrigues.</p><p>VITORINO FREIRE – MA</p><p>AGOSTO/ 2024</p><p>Um tema que tem gerado e ainda gera conflitos quanto a sua definição. A</p><p>filologia é uma disciplina que estuda as línguas, especialmente por meio da análise</p><p>de textos escritos em sua forma original. Ela investiga a evolução das línguas ao longo</p><p>do tempo, interpretando e preservando textos antigos para compreender a cultura, a</p><p>sociedade e o pensamento das épocas em que foram produzidos. A filologia é uma</p><p>ciência multidisciplinar que envolve elementos de linguística, história, literatura e</p><p>crítica textual, buscando reconstruir e interpretar textos para oferecer uma visão mais</p><p>precisa das tradições culturais e literárias de uma sociedade.</p><p>De acordo com o livro “Filologia: Uma Ciência Antiga e uma Polêmica Eterna”,</p><p>de Expedito Eloísio Ximenes (2012) o autor nos mostra uma análise profunda dos</p><p>conceitos fundamentais a respeito de filologia explorando os seus principais conceitos,</p><p>e ressaltando sua natureza interdisciplinar que abrange o estudo das línguas,</p><p>literaturas e culturas. Segundo o autor a filologia não é só apenas o estudo de textos</p><p>antigos, mas também ela se expande para a compreensão das civilizações que</p><p>produziram esses textos. E que esse aspecto holístico da mesma, evidencia seu papel</p><p>fundamental na preservação e interpretação do patrimônio cultural da humanidade.</p><p>Diante do contexto brasileiro o percurso dos estudos filológicos é traçado a partir da</p><p>influência europeia, especialmente da tradição filológica alemã. No Brasil, o</p><p>desenvolvimento da filologia esteve intimamente ligado à formação das primeiras</p><p>universidades e aos esforços de preservação das línguas indígenas e da literatura</p><p>colonial. Alguns autores que Ximenes menciona em seu artigo falaram sobre a sua</p><p>visão sobre a filologia ambos discutindo a sua natureza multifacetada, são eles:</p><p>Basseto que enfatiza que a filologia é uma disciplina que lida não apenas com textos</p><p>antigos, mas também com as condições culturais, sociais e históricas que moldaram</p><p>esses textos. Ele vê a filologia como uma ciência que busca compreender o texto em</p><p>seu contexto mais amplo, considerando todos os elementos que influenciam a</p><p>produção textual.</p><p>Silva Neto, em particular, é destacado por sua defesa da filologia como</p><p>ciência que possibilita o entendimento profundo da nossa história cultural, desde os</p><p>primórdios da colonização.</p><p>Ximenes também discute a introdução da linguística moderna nos currículos</p><p>acadêmicos brasileiros, um processo que trouxe uma nova abordagem ao estudo da</p><p>língua, focando mais nas estruturas e funções das línguas naturais, em vez da ênfase</p><p>tradicional nos textos e suas interpretações. A linguística moderna, com seu foco na</p><p>análise formal e científica das línguas, representou um desafio às abordagens</p><p>filológicas tradicionais. A partir da década de 1960, com a influência dos estudos</p><p>linguísticos norte-americanos e europeus, as universidades brasileiras começaram a</p><p>incorporar essa nova perspectiva em seus currículos, o que gerou debates sobre o</p><p>lugar da filologia no novo cenário acadêmico.</p><p>Por fim o autor aborda os papeis do filólogo e do filologista. O filólogo é descrito</p><p>como aquele que se dedica ao estudo dos textos antigos e ao trabalho de crítica</p><p>textual, buscando estabelecer o texto mais próximo possível do original. Já o filologista,</p><p>embora também envolvido na análise textual, se preocupa mais com o contexto</p><p>cultural, histórico e literário que cerca os textos, oferecendo uma interpretação mais</p><p>ampla. Ximenes sugere que, apesar das polêmicas e das transformações no campo</p><p>dos estudos linguísticos, a filologia continua sendo uma ciência vital para a</p><p>compreensão das raízes culturais e linguísticas, preservando-se como uma disciplina</p><p>que transcende a mera análise técnica dos textos, nos mostrando uma reflexão de</p><p>que a filologia é uma ciência que está em constante diálogo com outras disciplinas e</p><p>que é uma área de estudo que mesmo com as mudanças, sempre é relevante e</p><p>contribui para a compreensão da cultura e história da humanidade.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>XIMENES, Expedito Eloísio. Filologia: Uma ciência antiga e uma polêmica</p><p>eterna. Revista Philologus, v. 18, n. 52, p. 93-115, 2012.</p>