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<p>O artigo 139 é um artigo bastante complexo que traz uma série de disposições bastante importantes, ele nos apresenta algumas incumbências do juiz, então vamos lá:</p><p>O caput do artigo 139 vai disciplinar que:...... O código estabelece ao juiz poder de dirigir o processo. significa que o juiz está investido de uma autoridade jurisdicional com a finalidade de conduzir o processo para que ele chegue ao seu final em total respeito a todas as garantias processuais estabelecidas tanto na Constituição quanto na lei infraconstitucional. Analisando o papel do juiz no processo e as funções que ele deve desempenhar, é suma importância destacar que o juiz deverá ser IMPARCIAL na relação processual. Não podemos esquecer nunca de que o juiz exerce uma parcela do poder estatal, não só no processo civil, mas, em qualquer tipo de processo jurisdicional, e independentemente do grau do magistrado NÃO se confere poder a ele sem que esse poder esteja vinculado à legalidade à norma ou às normas estabelecidas pelo nosso ordenamento jurídico vigente, portanto, qualquer função que o juiz desempenhar no processo tem que faze lá em respeito às garantias processuais..... sabendo disso, passamos a analisar cada um dos incisos do artigo 139.</p><p>I. O art. 5° da Constituição, prevê que todos são iguais perante a lei instituindo aí um direito fundamental à igualdade, e deve ser obedecido nas relações jurídicas processuais e é incumbência do juiz fazer essa fiscalização, de modo a garantir que as partes durante todo o desenvolvimento dessa relação jurídica processual estejam em situação de igualdade. Aqui a gente tem que pensar tanto na igualdade formal quanto na igualdade material, ou seja, a depender da situação, se houver previsão normativa que autorize, e estando as partes numa situação de desigualdade, caberá ao juiz tentar suprir essa desigualdade promovendo medidas afirmativas para promoção da igualdade material. EX: A Inversão do Ônus da Prova, Cod. Consumidor.</p><p>II. O direito à duração razoável do processo, também se trata de um direito de natureza constitucional e foi inserido pela reforma feita no poder judiciário a partir da emenda constitucional n°45 de 2004. Ele impõe ao poder judiciário um DEVER de prestar os serviços jurisdicionais dentro de um tempo razoável, embora a Constituição não diz o que é um tempo razoável para verificação do tempo razoável temos que analisar cada caso e suas complexidades, cabe ao juiz adotar medidas de natureza administrativa por exemplo, para possibilitar que o processo se desenvolva (IMPULSO OFICIAL) de forma célere, estabelecidos bem como na Constituição no art 5° LXXVIII (78) e art. 4° CPC. Significa que ele tem que adotar rotinas administrativas que otimizem o tempo e a tramitação dos processos seja mais ágil.</p><p>III. Dever do juiz de atuar basicamente como um fiscal do comportamento das partes no processo, PRIMANDO pela respeitabilidade e DIGNIDADE da justiça. Todos que participam do processo devem primar pela verdade, esse comportamento está ligado a boa-fé, caso seja identificado ALTERAÇÃO na verdade dos fatos, cabe ao juiz aplicar penalidades por Litigância de Má-fé, art. 80 CPC. além disso quando se fala em INDEFERIR postulações meramente protelatórias, quer dizer que VERIFICADA postulação da parte a fim de prejudicar/ADIAR o curso do processo, ele será INDEFERIDO.</p><p>IV. É muito importante e polêmico, ele disciplina que:... Ele traz em discussão as chamadas medidas executivas atípicas (que não estão previstas na lei de forma discriminada) mas há uma autorização genérica para que os juízes apliquem essas medidas, mas, que não sejam contrárias a lei para obrigar o devedor a cumprir com suas obrigações de pagar quantia. Na prestação pecuniária caberá ao juiz analisar as necessidades do caso concreto, mas para que isso aconteça, as partes precisam discutir antes de haver decisão a respeito do assunto e ao decidir o juiz precisa fundamentar sua decisão e justificar a proporção entre a medida executiva atípica adotada e a situação concreta.</p><p>V. Isso porque lá no art. 3° nós tivemos um modelo multiportas de acesso à justiça e prevê a possibilidade de se buscar a justiça por meio da jurisdição. A conciliação tem que ser tentada a QUALQUER TEMPO do processo por meio da MEDIAÇÃO visando a CONCILIAÇÃO dos conflitos, elas são regidas pelo princípio da voluntariedade. O inciso V. refere se ao dever do juiz sempre que possível promover a solução consensual dos conflitos. A audiência de conciliação será realizada preferencialmente por intermédio de um MEDIADOR ou CONCILIADOR, caso não haja esse profissional disponível, será realizada pelo juiz. Ao juiz não incumbe forçar as partes que se cheguem ao acordo se as partes desejarem continuar com o processo é dever do juiz julgar o caso sem fazer qualquer apreciação moral negativa no sentido de que as partes não cooperaram porque não quiseram fazer acordo.</p><p>VI. Temos uma disposição que incumbe ao juiz a possibilidade de flexibilizar, de AUMENTAR os prazos processuais, bem com ALTERAR a ordem de produção dos meios das provas. Em regra, existe uma ordem a ser seguida, mas se o juiz entender necessário para maior efetividade, poderá fazê-la. Este poder-dever é previsto no próprio dispositivo, Parag. ÚNICO do CPC estabelece a adequação na relação processual ao caso concreto, conferindo maior efetividade. a DILAÇÃO, pressupõe que não tenha ocorrido a preclusão temporal dos prazos, tendo que ser analisada e deferida ANTES do término do prazo. ((((No curso do processo podem ocorrer circunstâncias que determinem a modificação da ordem dos meios de prova. É concebível, portanto, colher o depoimento das testemunhas das partes antes de realizada a prova pericial. Alterar a ordem dos meios de prova não significa modificar a sequência dos atos do específico meio de prova. Assim, por exemplo, não é lícito ao juiz inquirir as testemunhas do réu antes de ouvir as do autor, salvo convenção das partes em sentido contrário (art. 456 do CPC).)))))</p><p>VII. A requisição policial é para prevenir ou reprimir atos ilícitos que possam comprometer o desenvolvimento adequado da atividade jurisdicional. O poder de polícia processual caracteriza-se como um conjunto de poderes-deveres atribuídos ao juiz e que são destinados aos interesses públicos do processo (segurança, decoro, organização e documentação) além da segurança interna que existe nos tribunais,</p><p>VIII. Inspirado no modelo “processo cooperativo”. O dever de cooperação, determinar a qualquer tempo durante a tramitação do processo que a parte compareça para ser interrogada, e se a parte silenciar se negando a responder não incidirá pena de confesso. O não comparecimento injustificado da parte nesta audiência poderá configurar má-fé (art. 80, inciso IV).</p><p>IX. O juiz tem o dever de SUPRIR a falta dos pressupostos processuais e de SANAR outros vícios processuais, o objetivo de resolver com efetividade, pacificando o conflito, por meio de acordo ou decisão de mérito, há processos que são interrompidos ou que são encerrados por conta de algum vício grave que impede que o juiz analise o mérito, quando for possível o juiz deve suprir ou sanar esses vícios sem que haja prejuízo às partes efetivando então o máximo aproveitamento dos atos processuais.</p><p>X. Ao se deparar com demandas repetitivas (((multiplicidade de ações individuais))) o juiz deverá oficiar o MP, DF, ou outros ORGÃOS LEGITIMADOS na medida do possível para que esses órgãos possam promover a respectiva propositura de ação coletiva, para a proteção desses direitos de natureza coletivo essa é a finalidade básica desse inciso.</p><p>XI. PARAGRAFO ÚNICO: trata fazendo menção a dilação de prazo que é prevista no inciso 6 Que somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular. Para que haja então a sua dilação essa é a regra.</p>

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