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<p>Cuidado Integral À Saúde do Adulto II</p><p>Resenha</p><p>Doença de Hashimoto: Uma revisão integrativa de literatura</p><p>Alessandro Marney Galdino do Nascimento</p><p>1689420</p><p>Elizabeth Araújo de Sousa</p><p>01661903</p><p>Maracanaú - CE</p><p>Setembro - 2024</p><p>2</p><p>Resenha</p><p>O artigo escolhido apresenta uma revisão integrativa de literatura que buscou analisar e</p><p>sintetizar os principais aspectos discutidos sobre a doença de Hashimoto, abordando os</p><p>aspectos epidemiológicos, incluído a prevalência em diferentes populações e sua distribuição</p><p>por faixa etária e sexo. Foram utilizados na pesquisa bibliográfica bases de dados cientificas</p><p>reconhecidas, como PubMed, Scopus, LILACS, Scielo e Google Scholar, com palavras-chave</p><p>na busca: “Doença de Hashimoto”, “Tireoidite de Hashimoto”, “Impacto na qualidade de</p><p>vida”. Onde os critérios de inclusão da seleção foram artigos científicos originais, revisões</p><p>sistemáticas, estudos de caso-controle relacionados à doença de Hashimoto e seu impacto na</p><p>qualidade de vida dos doentes. Os artigos que atendiam aos critérios de inclusão foram</p><p>analisados e extraídos dados relevantes como os mecanismos fisiopatológicos, sintomas</p><p>clínicos, opções terapêuticas e o impacto na qualidade de vida dos pacientes.</p><p>De acordo com Benseñor et. al. (2021), após um período de acompanhamento de 4</p><p>anos, observou-se uma alta incidência de novos casos de hipertireoidismo e hipotireoidismos.</p><p>Esses resultados revelaram uma incidência mais elevada de hipotireoidismo no país, com uma</p><p>menor proporção de mulheres para homens acometidos por doenças tireoidianas, bem como o</p><p>aumento com o envelhecimento. Além disso, foi notável uma incidência semelhante de</p><p>hipertireoidismo quando comparado a outros países. Globalmente, a prevalência de doenças</p><p>tireoidianas e a frequência de tratamento foi maior em mulheres em comparação com homens.</p><p>A Doença de Hashimoto ou Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune e crônica</p><p>que afeta a glândula tireoide, ou seja, é uma condição que se caracteriza pela presença de</p><p>anticorpos do sistema imunológico do corpo que atacam e danificam as células da tireoide,</p><p>causando uma redução da atividade da glândula e danos teciduais. O diagnóstico ocorre</p><p>através da anamnese do quadro clínico e de exames laboratoriais que revelam alterações do</p><p>TSH, na tiroxina (T4) e nos níveis de concentração de anticorpo anti-TPO positivos na fase</p><p>ativa da doença, bem como os exames de ultrassonografia que auxiliam na avaliação do</p><p>tamanho e aparência da glândula.</p><p>Na apresentação clinica a tireoidite crônica, pode variar entre indivíduos que</p><p>apresentam fadiga, ganho de peso inexplicável, sensibilidade ao frio, pele seca, queda de</p><p>cabelo, constipação e bócio sendo inicialmente sutis e progredindo gradualmente. Song et. al.,</p><p>(2019) demonstrou em seus estudos uma associação entre obesidade e distúrbios da tireoide,</p><p>sugerindo então que a obesidade pode ser fator contribuinte para o desenvolvimento de</p><p>hipotireoidismo e tireoidite de Hashimoto. Ao analisar esses resultados, é razoável sugerir</p><p>3</p><p>relação entre a doença tireoidiana e a obesidade que pode ser tanto uma causa como uma</p><p>consequência das disfunções tireoidianas.</p><p>Já o tratamento é baseado na reposição de hormônios tireoidianos, sendo a principal</p><p>terapia a administração oral de levotiroxina sódica titulada que é recomendada diariamente</p><p>em jejum, para otimizar a absorção. Visando a importância de se evitar a administração</p><p>simultaneamente com suplementos de ferro ou cálcio, hidróxido de alumínio e inibidores da</p><p>bomba de prótons, pois podem prejudicar a absorção do medicamento (MINCER & JIALAL,</p><p>2023; LAURBERG et. al., 2005). Além do tratamento medicamentoso, deve-se envolver uma</p><p>abordagem nutricional e de suplementação. Estudos mostram que a suplementação de selênio</p><p>tem um efeito positivo no tratamento da doença. No entanto, à dieta isenta de glúten,</p><p>apresentou apenas um estudo que demostra benefícios para pacientes com a doença de</p><p>Hashimoto, sugerindo a necessidade de mais pesquisas relacionadas a nutrição e doenças</p><p>tireoidianas.</p><p>Em relação à dieta, algumas pesquisas ainda um pouco limitadas apoiam uma dieta anti-</p><p>inflamatória/autoimune, teorias sugerem que diversas inflamações podem estar relacionadas à</p><p>síndrome do intestino permeável, onde ocorre um comprometimento da mucosa intestinal,</p><p>facilitando a absorção de diversas substancias que não deveriam entrar na corrente sanguínea</p><p>através dos transportadores intestinais. Essa ideia de dieta autoimune almeja na cicatrização</p><p>do intestino, reduzindo assim as respostas autoimunes do organismo. Sendo necessárias mais</p><p>pesquisas sobre o tema.</p><p>Além disso, foi ressaltado os impactos psicossociais que a doença de Hashimoto exerce</p><p>nos pacientes afetados. Receber um diagnóstico de uma doença crônica, acarreta em uma serie</p><p>de desafios emocionais e sociais, onde muitas vezes os pacientes enfrentam incertezas sobre a</p><p>progressão da doença, a necessidade do tratamento contínuo e as dificuldades de concentração</p><p>podem afetar o bem-estar emocional e a qualidade de vida. Na disfunção tireoidiana de</p><p>Hashimoto a depressão tem sido objeto de estudos e discursão, por influenciar nos</p><p>relacionamentos pessoais e profissionais, bem como leva a alterações dos níveis hormonais</p><p>que afetam diretamente o equilíbrio emocional dos pacientes. Além disso, os sintomas</p><p>clínicos como a fadiga, a letargia e as dificuldades de concentração contribuem para o</p><p>desenvolvimento ou agravamento da depressão.</p><p>Portanto, é importante que os profissionais de saúde forneçam um tratamento que</p><p>aborde tanto a disfunção tireoidiana quanto os aspectos psicológicos, com o objetivo de</p><p>ofertar qualidade de vida, adaptação à condição e o bem-estar emocional dos indivíduos</p><p>afetados. Ficou evidenciado nessa revisão integrativa que a abordagem integral e humanizada,</p><p>4</p><p>entre o médico e a equipe multidisciplinar seja em conjunto para um tratamento adequado da</p><p>doença.</p><p>5</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>ASSAD, R. F.; RESENDE, B. R.; BUENO, S. M. DOENÇA DE HASHIMOTO: UMA</p><p>REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA. Revista Corpus Hippocraticum, v. 2, n. 1,</p><p>6 dez. 2023. Disponível em: https://revistas.unilago.edu.br/index.php/revista-</p><p>medicina/article/view/965</p><p>SANAR, A. C. TIREOIDITE DE HASHIMOTO: A PRINCIPAL ETIOLOGIA DE</p><p>HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO - Colunistas. Disponível em:</p><p><https://sanarmed.com/tireoidite-de-hashimoto-a-principal-etiologia-de-hipotireoidismo-</p><p>primario-colunistas/>.</p><p>https://revistas.unilago.edu.br/index.php/revista-medicina/article/view/965</p><p>https://revistas.unilago.edu.br/index.php/revista-medicina/article/view/965</p><p>6</p><p>Anexo</p><p>7</p><p>8</p><p>9</p><p>10</p><p>11</p><p>12</p><p>13</p>