Carbunculo Bacteiano

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<p>9/9/2010</p><p>1</p><p>CARBÚNCULO BACTERIANO</p><p>CONCEITO</p><p>O CARBÚNCULO É UMA DOENÇA INFECCIOSA PRODUZIDA</p><p>POR BACILLUS (B.) ANTHRACIS, QUE AFETA, SOBRETUDO,</p><p>MAMÍFEROS, EVOLUI GERALMENTE DE FORMA AGUDA E</p><p>MORTAL COM O QUADRO DE UMA SEPTICEMIA E É</p><p>CARACTERIZADA, PRINCIPALMENTE, POR INFILTRADOS SERO-</p><p>HEMORRÁGICOS NO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO E</p><p>SUBSEROSO.</p><p>ETIOLOGIA</p><p>B. ANTHRACIS É UM AGENTE AERÓBIO E FORMADOR DE</p><p>ESPOROS. É UM BACILO IMÓVEL, CILÍNDRICO.</p><p>NO SUCO GÁSTRICO MORREM AOS 15-20 MINUTOS.</p><p>ENTRETANTO, PODEM SOBREVIVER AINDA 1 MÊS NO SANGUE</p><p>DESSECADO.</p><p>ESPÉCIES SENSÍVEIS</p><p>OS HERBÍVOROS SÃO, EM CONDIÇÕES NORMAIS, OS MAIS</p><p>RECEPTIVOS. OS QUE COM MAIOR FREQUÊNCIA ADOECEM</p><p>SÃO OS OVINOS, CAPRINOS, BOVINOS E EQUINOS. TAMBÉM</p><p>SÃO MUITO SENSÍVEIS OS BÚFALOS, CAMELOS E RENAS. ALÉM</p><p>DISSO, O CARBÚNCULO AFETA HERBÍVOROS SELVAGENS,</p><p>COMO HIPOPÓTAMOS, ELEFANTES, BÚFALOS, ANTÍLOPES E</p><p>ALCES. OS SUÍNOS SÃO RELATIVAMENTE RESISTENTES E</p><p>ADOECEM RARAMENTE.</p><p>EPIDEMIOLOGIA</p><p>A INFECÇÃO É PRODUZIDA, GERALMENTE, MEDIANTE A INGESTÃO DE</p><p>ESPOROS CARBUNCULOSOS COM O ALIMENTO OU A ÁGUA. SOMENTE EM</p><p>CASOS EXCEPCIONAIS, A DOENÇA É TRANSMITIDA DIRETAMENTE DE</p><p>ANIMAL A ANIMAL.</p><p>AS VIAS DE TRANSMISSÃO MAIS IMPORTANTES NO CARBÚNCULO SÃO OS</p><p>CADÁVERES E AS FEZES DOS ANIMAIS DOENTES.</p><p>AS CIRCUNSTÂNCIAS PREDISPONENTES, COMO O ESGOTAMENTO, A</p><p>FOME, A SEDE, O CALOR E O FRIO, FAVORECEM A INFECÇÃO.</p><p>PATOGENIA</p><p>A EVOLUÇÃO DA DOENÇA DEPENDE, DA SENSIBILIDADE DAS</p><p>DISTINTAS ESPÉCIES ANIMAIS E DA VIA DE TRANSMISSÃO.</p><p>SINTOMAS CLÍNICOS</p><p>O PERÍODO DE INCUBAÇÃO DEPENDE DA QUANTIDADE DE ESPOROS</p><p>CARBUNCULOSOS INGERIDOS. EM EQUINOS E BOVINOS É, PELO MENOS,</p><p>DE TRÊS DIAS; EM OVINOS PODEM APARECER OS PRIMEIROS SINTOMAS</p><p>DA DOENÇA JÁ ÀS 24 HORAS.</p><p>APÓS A INGESTÃO É DESENVOLVIDO, HABITUALMENTE, UM QUADRO</p><p>SEPTICÊMICO, QUE PODE EVOLUIR DE FORMA HIPERAGUDA</p><p>(APOPLÉTICA), AGUDA OU SUBAGUDA. POR OUTRO LADO, OCORRE UMA</p><p>EVOLUÇÃO CRÔNICA DA DOENÇA.</p><p>9/9/2010</p><p>2</p><p>PROGNÓSTICO</p><p>NA EVOLUÇÃO DE CERTOS SURTOS EPIDEMIOLÓGICOS, OS ANIMAIS SÃO</p><p>AFETADOS, FREQUENTEMENTE, SÓ DE MODO PASSAGEIRO E RECUPERAM</p><p>A SAÚDE. TAMBÉM NOS CASOS QUE APARECEM NO FINAL DE UMA</p><p>EPIDEMIA, SÃO OBSERVADAS CURAS ESPONTÂNEAS NÃO RARAMENTE.</p><p>O PROGNÓSTICO É MUITO DESFAVORÁVEL NOS CASOS HIPERAGUDOS.</p><p>DEVEM SER JULGADOS COMO SINAIS DESFAVORÁVEIS AS ALTERAÇÕES</p><p>GRAVES DO ESTADO GERAL, AS TUMORAÇÕES EDEMATOSAS E AS</p><p>HEMORRAGIAS.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>O EXAME CLÍNICO E AS DESCOBERTAS DE NECRÓPSIA NÃO</p><p>SÃO SUFICIENTES PARA ASSEGURAR, SEM NENHUMA DÚVIDA,</p><p>O DIAGNÓSTICO DE CARBÚNCULO NUM ANIMAL. É</p><p>NECESSÁRIO, ANTES DE TUDO, O EXAME BACTERIOLÓGICO.</p><p>O SANGUE COLETADO DA VEIA JUGULAR E MAMÁRIA OU VEIA</p><p>AURICULAR PODE PROPORCIONAR MATERIAL PARA EXAME</p><p>CITOLÓGICO E CULTURA QUANDO A CARCAÇA SE ENCONTRAR</p><p>FRESCA.</p><p>PROFILAXIA</p><p>DADO QUE A INFECÇÃO DOS ANIMAIS É PRODUZIDA, QUASE</p><p>EXCLUSIVAMENTE, ATRAVÉS DO TRATO DIGESTIVO, AS MEDIDAS</p><p>PREVENTIVAS DEVEM SER DIRIGIDAS PARA A ELIMINAÇÃO DAS POSSÍVEIS</p><p>VIAS DE TRANSMISSÃO ORAL. DEVEM SER MANTIDOS SEPARADOS DOS</p><p>PASTOS QUE, POR EXPERIÊNCIA, SÃO PERIGOSOS AOS ANIMAIS NÃO</p><p>VACINADOS E NÃO DEVEM SER ALIMENTADOS COM FENO DE TAIS</p><p>PRADARIAS. AS PRADARIAS E PASTOS CONTAMINADOS PODEM SER</p><p>SANEADOS MEDIANTE DRENAGENS E ROTAÇÕES REPETIDAS.</p>