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<p>CASOS CLINICOS</p><p>Luana Aguiar e Fernanda Maldaner</p><p>Mycobacterium Tuberculosis</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Mycobacterium tuberculosis (MTB), ou bacilo de Koch, é uma bactéria patogênica Gram-positiva, em forma de bastonete, aeróbia e o agente causador da tuberculose. Apesar da infecção inicial ser pulmonar, podem ser estabelecidos focos de infecção pelo MTB em quase todos os locais do organismo, podendo permanecer viáveis, mas latentes por muitos anos após a infecção inicial.</p><p>PERSONA</p><p>ORÇAMENTO</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CASO CLINICO</p><p>C.J.S., sexo masculino, 43 anos, portador de HIV, relatando visão turva no olho esquerdo, acompanhada de cefaleia na região frontotemporal e dispneia.</p><p>Manifestações clínicas</p><p>O exame oftalmológico inicial mostrou: acuidade visual corrigida no olho direito (1,0) e no olho esquerdo visão apenas de vultos; tonometria de 14 mm HgAO e granuloma coroidiano na região macular do olho esquerdo</p><p>IDEIAS SELECIONADAS</p><p>Resultados diagnósticos</p><p>Realizado teste de Ziehl-Neelsen, que identificou M. tuberculosis , com diagnóstico de tuberculose pulmonar miliar e lesões nodulares no lobo temporal direito visualizadas por tomografia computadorizada de crânio, bem como nas regiões temporo-occipital e parietal à esquerda.</p><p>Esquema de antibioticoterapia RIP (rifampicina, isoniazida e pirazinamida), clássico para tuberculose, prontamente iniciado, mas modificado após um mês para a associação de estreptomicina, etambutol e ofloxacina, em função de interação com a terapia antirretroviral (Biovir, Ritonavir e Saquinavir).</p><p>Após dois meses de tratamento, novos exames foram realizados e o paciente apresentava CD4 = 141 cels/mm3 , carga viral < 80 cópias/ml, além da completa cicatrização do granuloma coroidiano e manutenção da acuidade visual do olho esquerdo, com a visualização apenas de vultos .</p><p>Tratamento</p><p>Treponema</p><p>CASO CLINICO</p><p>C.H.Y., 37 anos, sexo masculino, é atendido no serviço de emergência. Relata de dor em peso no andar superior do abdome com irradiação para região torácica dorsal há 15 dias. Amenização da dor ao adotar a posição ortostática e agravamento em decúbito lateral. Surgimento de lesões cutâneas há 10 dias e picos febris de 38 °C há sete dias.</p><p>Manifestações clínicas</p><p>Ao exame clínico, o paciente apresentou estado geral regular, anictérico, acianótico, taquipneico, com gânglios palpáveis na cadeia inguinal esquerda, endurecidos e dolorosos. Ausculta pulmonar diminuída bilateralmente, com sibilos em terços superiores e crepitações na base pulmonar esquerda.</p><p>Resultados diagnósticos</p><p>Radiografia toráxica mostrou diminuição da transparência no terço inferior do pulmão esquerdo e provável nódulo pulmonar à esquerda. Hemograma completo apontou leve neutrofilia e bioquímica normal.</p><p>O exame dermatológico evidenciou lesões papulosas, eritemato-rosadas com halo eritematoso na base e distribuição no tórax e abdomem.</p><p>Resultados diagnósticos</p><p>•Somando-se às outras, presença de lesões papulosas, achatadas, um pouco pálidas, localizadas na região anal e sugestivas de condiloma plano.</p><p>•Solicitada sorologia para sífilis e biópsia de lesão cutânea.</p><p>Tratamento</p><p>Paciente tratado com penicilina G benzatina 2.400.000 UI via intramuscular, em duas sessões semanais. Administração de prednisona 40 mg, via oral, duas horas antes da administração de penicilina, para evitar a reação de Jarisch-Hexheimer. Paciente obteve melhora satisfatória, com desaparecimento das lesões cutâneas e anais. Por fim, VDRL negativo e regressão dos achados radiológicos, bem como normalização do líquido cerebrospinal.</p><p>Neisseria Meningitidis</p><p>Neisseria meningitidis, também conhecida como meningococo, é uma bactéria Gram-negativa que pode causar infecções graves, como meningite e sepse. A transmissão ocorre principalmente através de secreções salivares e respiratórias, sendo comum em ambientes fechados, como dormitórios e escolas. A infecção pode levar a complicações severas, incluindo a síndrome de Waterhouse-Frederichsen, que pode ser fatal em poucas horas. A meningite meningocócica é especialmente perigosa em crianças e pode ser prevenida por vacinas específicas.</p><p>INTRODUÇÃ0</p><p>CASO CLINICO</p><p>Uma criança, sexo masculino, cinco anos de idade, histórico de desenvolvimento normal, chega ao serviço de emergência do hospital acompanhado pelos pais, que relatam febre intensa, vômitos e falta de apetite.</p><p>Manifestações Clinicas</p><p>Temperatura de 39 °C, pressão arterial de 110/60 mmHg, desenvolvimento normal, peso e altura compatíveis, sonolência, positivo para sinal de Brudzinski e fortes indicativos de inflamação das meninges.</p><p>Resultado diagnóstico</p><p>•Coleta de amostra de sangue para hemocultura e hemograma, punção lombar realizada, indicando aumento de pressão intracraniana, e LCS com aspecto turvo.</p><p>•Amostra de LCS utilizada para coloração de Gram que mostrou diplococos gram-negativos, indicativos de infecção por N. meningitidis.</p><p>Resultado diagnóstico</p><p>Resultados dos exames realizados com as amostras de sangue dentro da normalidade, mas a hemocultura apontou N. meningitidis, assim como a cultura de LCS). Proteína no LCS elevada (100 mg/dl) e nível de glicose baixo (15 mg/ dl), colaborando a suspeita de meningite.</p><p>Tratamento</p><p>Cefotaxima e dexametasona intravenosas logo após a entrada do paciente. Tratamento durante duas semanas com antibioticoterapia, paciente reestabelecido sem sequelas aparentes. Como medida profilática, recomendou-se o uso de rifampicina para as crianças da escola do paciente.</p><p>Pseudomonas Aeroginosa</p><p>INTRODUÇÃ0</p><p>Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria Gram-negativa, aeróbica e em forma de bastonete, que é conhecida por sua resistência a múltiplos medicamentos. Essa bactéria é um patógeno oportunista, capaz de causar infecções em indivíduos com o sistema imunológico comprometido, como pacientes hospitalizados ou aqueles com doenças crônicas, pode infectar diversos tecidos e órgãos, incluindo pulmões, onde é uma causa comum de pneumonia, especialmente em pacientes com fibrose cística.</p><p>CASO CLINICO</p><p>J.B.S., 62 anos, homem, diabético (diabetes melito tipo II), apresentando dor perianal durante sete dias. Após esse período, notou o aparecimento de um abaulamento com hiperemia e edema. Apresentava-se lúcido, hipocorado, eupneico, febril, prostrado e hemodinamicamente estável no momento da internação.</p><p>Manifestações Clinicas</p><p>No exame físico foi detectada área de necrose, com secreção purulenta, edema e eritema que atingiam o saco escrotal, a região perianal e a região perineal.</p><p>Resultado diagnóstico</p><p>Ao exame laboratorial sanguíneo apresentou 38.000 leucócitos e 58% de bastonetes. A cultura da secreção mostrou crescimento de Pseudomonas aeruginosa.</p><p>Tratamento</p><p>•Uso inicial de insulina regular subcutânea no controle do diabetes, sendo depois substituída por hipoglicemiantes orais até a alta hospitalar.</p><p>•Realizado desbridamento cirúrgico extenso do tecido necrótico no primeiro dia e colostomia em alça para desvio de trânsito intestinal.</p><p>Tratamento</p><p>•Iniciado tratamento com sulbactam sódico 3 g/dia e ampicilina sódica 6 g/dia, associado a metronidazol 500 mg/dia, com interrupção após 25 dias em razão de melhora clínica e laboratorial.</p><p>•No 24º dia de internação foi submetido à enxertia de pele parcial obtida das coxas.</p><p>•Alta após 38 dias de internação (HOFFMANN et al., 2009).</p><p>OLIVEIRA, E. V, L. de et al. Sífilis secundária com acometimento pulmonar. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 82, n. 2, p. 163−167, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ abo/v66n6/18989.pdf. Acesso em: 12 out. 2019.</p><p>COSTA, D. S. da et al. Tuberculose ocular: relato de casos. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v. 66, n. 6, p. 887−890, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abo/ v66n6/18989.pdf. Acesso em: 12 out. 2019.</p><p>Referências</p><p>Meningite e Meningococo - Ministério da Saúde do Brasil. Disponível em: saude.gov.br.</p><p>Pseudomonas aeruginosa - Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Disponível em: cdc.gov.</p><p>OBRIGADO</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p>