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pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowOSAtMDMwMA== PROVA OBJETIVA 3 REALIZAÇÃO 01 - Criança do sexo masculino, 10 anos, estudante, com dor de garganta, febre em torno de 39 oC e mialgias há 3 dias. Mãe refere que a criança só fez uso de paracetamol para conter a febre, com resposta temporária. Negou prurido ou contato com casos semelhantes. Ao exame físico a criança se apresenta febril, corada, hidratada, irritada porém não toxemiada; no exame da cavidade oral observa-se angina exsudativa e eritema intenso da mucosa da faringe posterior. Adenomegalias cervicais discretas. Na interpretação prática do resultado da cultura de swab de garganta, adequadamente coletado: (A) se negativo, está descartada a necessidade de tratamento; (B) se negativo, é usualmente preferível tratar o paciente do que repetir a cultura; (C) se positivo, deve-se considerar a possibilidade de estado de carreador e não tratar; (D) se positivo, para estreptococo beta hemolítico está afastada a possibilidade de complicação não supurativa; (E) se positivo, é necessária a realização posterior do teste de sensibilidade à penicilina. 02 - Paciente do sexo feminino, 75 anos, com história de ruptura de cordoalha secundária a degeneração senil corrigida cirurgicamente por sutura há 6 anos, evolui assintomática e sem regurgitação mitral ao exame físico. Paciente faz uso diário de sulfametoxazol + trimetoprim como profilaxia de infecção urinária baixa. Vai ser submetida a manipulação dentária e gengival para adaptação de nova prótese ortodôntica. A conduta mais adequada para o caso é: (A) não fazer antibioticoprofilaxia, pois tanto a paciente como o procedimento envolvem mínimo risco para endocardite infecciosa; (B) iniciar antibioticoprofilaxia na véspera e mantê-la por seis horas após o procedimento; (C) iniciar antibioticoprofilaxia uma hora antes do procedimento e mantê-la por 24 horas; (D) iniciar antibioticoprofilaxia uma hora antes do procedimento e mantê-la por seis horas; (E) não fazer antibioticoprofilaxia, pois a profilaxia da infecção urinária é adequada para prevenir endocartite infecciosa. 03 - Paciente masculino de 14 anos foi internado no Serviço de DIP com quadro de febre alta há 1 semana, cefaléia holocraniana, desorientação e torpor. Foi inicialmente levado a um hospital onde foi realizada punção lombar com saída de líquor hemorrágico com 450 cél. 70% PMN, glicose 61 mg% e proteína 179 mg%. Foi então transferido para o Hospital Universitário após instabilidade hemodinâmica. Mãe relata achado de “sopro no coração” há 1 ano, por ocasião de consulta médica em Posto de Saúde. Ao exame da admissão no HUCFF: torporoso, fascies de doença aguda, com rigidez de nuca, discreta hemiparesia, petéquias subconjuntivais, sopro sistólico ++++/6 e lesões em quirodáctilos dolorosas sugestivas de vasculite. Hemoculturas coletadas na internação do HUCFF não revelaram crescimento bacteriano. Ecocardiograma transtorácico evidenciou imagem sugestiva de vegetação em folheto mitral. O agente etiológico mais freqüentemente envolvido na etiologia deste quadro é: (A) Streptococcus pneumoniae; (B) Streptococcus viridans; (C) Streptococcus bovis; (D) Staphylococcus aureus; (E) Enterococcus faecalis. 04 - Homem com 35 anos, diabético dependente de insulina desde os 13 anos, apresenta febre há três dias acompanhada de dor lombar à direita, disúria e hematúria. Análise de urina mostrou proteinúria 3+, incontáveis hemácias, 20-25 leucócitos por campo. Radiografia simples de abdome mostrou a presença de imagem de hipotransparência delineando o contorno renal à direita, compatível com a presença de gás peri-renal. A cultura de urina mostrou crescimento bacteriano de >105 unidades formadoras de colônias/mL. O patógeno mais provavelmente envolvido na etiologia deste quadro é: (A) Klebsiella pneumoniae; (B) Enterococcus faecalis; (C) Proteus mirabilis; (D) Micrococcus aerogenes; (E) Escherichia coli. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowOSAtMDMwMA== PROVA OBJETIVA 4 REALIZAÇÃO 05 - Criança de 3 anos é levada a emergência de hospital conveniado no plano de saúde dos pais com quadro de febre alta (entre 38 oC e 39 oC) há dez dias, queda do estado geral e dor de garganta que vem dificultando a alimentação. A médica plantonista examina e encontra amígdalas aumentadas, com exsudato brancacento restrito às lojas amigdalianas, linfadenopatia cervical, submandibular, axilar e inguinal bilateral e ponta de baço palpável na inspiração. Solicita hemograma, transaminases, cultura de swab de orofaringe e monoteste e libera a criança para casa com amoxacilina via oral. Considerando a hipótese diagnóstica mais provável, esta conduta vai resultar mais freqüentemente em: (A) leucocitose com desvio à esquerda e linfopenia no hemograma; (B) transaminases normais; (C) isolamento de estreptococo beta hemolítico na cultura; (D) monoteste positivo; (E) aparecimento de exantema cutâneo maculopapular pruriginoso. 06 - Paciente de 30 anos, sexo masculino, foi internado no Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião com quadro de febre, cefaléia, rigidez de nuca, com dois episódios de crises convulsivas generalizadas e coma superficial. A análise liquórica revelou 1200 células 85% polimorfonucleares, 80 mg% de proteinorraquia, 10 mg% de glicorraquia, látex positivo para pneumococo. Foi medicado com penicilina cristalina 24 milhões de unidades por dia com melhora gradativa do quadro. No sexto dia de tratamento houve diminuição do nível de consciência, hipotensão arterial e retorno da febre. Foi então transferido para o Serviço de DIP do Hospital Universitário. Ao exame: torporoso, hidratado, taquipneico, febril, extremidades aquecidas, acianóticas, PA 95 X 40 mm Hg, PVC 2 cm de H2O, FC 120 bpm, FR 32 irpm. A conduta imediata mais adequada para o caso é: (A) repetição da punção lombar para nova análise liquórica; (B) submeter o paciente a tomografia computadorizada de crânio; (C) coletar hemoculturas e ampliar o espectro da antibioticoterapia; (D) prescrever manitol para redução da pressão intracraniana; (E) substituir a penicilina cristalina por ceftriaxone. 07 - Criança com quadro de febre alta, cefaléia, mialgia e inapetência há 24 horas procura posto de Saúde onde é orientada a retornar ao seu domicílio após o diagnóstico clínico de Dengue clássico. Mãe retorna seis horas após com a criança mais prostrada e relatando aparecimento de pequenas “pintas no corpo” que ela atribui a alergia à dipirona, que usou pois “a febre não abaixava com acetaminofen”. A médica do Posto telefona para o DIP do Hospital Universitário e pede orientações de como tratar o dengue hemorrágico. Fez somente a prova do laço que foi positiva. A orientação mais apropriada nesta situação seria: (A) vigiar o hematócrito, fazer hidratação venosa e coletar soro para diagnóstico específico; (B) iniciar antibioticoterapia venosa, fazer reposição volêmica e transferir a criança para uma unidade de terapia intensiva; (C) fazer hidratação oral, suspender a dipirona e iniciar corticosteróide e anti-histamínicos; (D) prescrever hidratação oral, manter o acetaminofen e não coletar exames, pois o quadro é característico; (E) avaliar nível de plaquetopenia, fazer hidratação venosa e transfundir plaquetas pelo risco de sangramento. 08- Paciente adulto relata há cerca de dois meses achado de “vermes achatados, de mais ou menos 2 centímetros de comprimento, que caminham como minhocas” nos lençóis, nas peças íntimas e eventualmente nas coxas e vãos das pernas. A conduta terapêutica mais adequada é: (A) praziquantel em dose única; (B) tiabendazol por dois dias; (C) albendazol em dose única; (D) piperazina por quatro dias; (E) ivermectina em dose única. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowOSAtMDMwMA== PROVA OBJETIVA 5 REALIZAÇÃO 09 - Paciente de 22 anos, do sexo masculino, estudante, natural do Rio de Janeiro, previamente hígido chegou para consulta ambulatorial no Hospital Universitário referindo, há cerca de 3 semanas, início gradual de dor abdominal em cólicas, diarréia de 2 a 3 evacuações diá rias, de fezes sanguinolentas, alternando-se com períodos de constipação intestinal. Nega febre. Referiu ser homossexual e ter chegado recentemente de Salvador. Refere uso de preservativo nas relações sexuais durante a viagem, exceto nas relações orais. A conduta diagnóstica mais adequada para o quadro clínico descrito é a realização de: (A) hemoculturas e coproculturas visando isolamento de Salmonella typhi; (B) PCR quantitativo para HIV e Elisa anti-HIV em amostras de sangue pareadas; (C) pesquisa de cistos de Giardia lamblia em fezes diarreicas pelo método de Faust; (D) coloração de Ziehl Neelsen modificado das fezes para identificação de Isospora belli; (E) pesquisa de trofozoítos de Entamoeba hystolitica em fezes coradas por hematoxilina férrica. 10 - Paciente de 23 anos, natural do Rio de Janeiro, estudante, está há 48 horas com diarréia de mais de 10 evacuações diárias, cólicas abdominais intensas e tenesmo. As fezes, inicialmente aquosas, tornaram-se pouco volumosas e sanguinolentas. Acompanha o quadro febre de 38 oC a 39 oC e alguns episódios de vômitos. Refere ingestão de um hamburguer com molho acebolado dois dias antes do início do quadro clínico. Ao exame físico, paciente febril, regular estado geral, desidratado 2+/4, anictérico, abdome difusamente doloroso à palpação profunda e com ruídos hidro-aéreos aumentados. A pesquisa de polimorfonucleares em fezes foi positiva. Os possíveis agentes etiológicos do quadro descrito são: (A) Vibrio cholerae, Salmonella spp e Escherichia coli enterotoxigênica; (B) Shigella spp, enterotoxina estafilocócica e rotavírus; (C) Campilobacter spp, Escherichia coli enteroinvasiva e Yersinia sp; (D) Escherichia coli enteropatogênica, vírus Norwalk e Shigella spp; (E) Strongyloides stercoralis, Salmonella spp e Bacillus cereus. 11 - Paciente masculino, 44 anos, operador de impressora, foi admitido num Hospital Geral de Belo Horizonte (MG) com história de febre, vômitos e cefaléia intensa com 6 dias de evolução. Apresentava confusão mental leve, hepatomegalia, petéquias em membros, leucopenia e plaquetopenia discretas, além de pequena elevação de creatinina. Relatava viagem recente ao sul do Pará para pescaria. Realizada punção lombar, que evidenciou: 50 células, 85% MN, proteinorraquia 55 mg%, glicorraquia 35 mg%. Manteve febre, confusão mental e piorou o padrão respiratório sendo iniciado cefotaxima e feito o diagnóstico de sepse. Progrediu com elevação de escórias e insuficiência respiratória, necessitando de ventilação mecânica, aminas vasoativas e hemodiálise. Foi a óbito, sem diagnóstico, no segundo dia de internação no CTI para onde tinha sido transferido após cinco dias na enfermaria. O exame complementar que deveria obrigatoriamente ter sido realizado na investigação diagnóstica do quadro é: (A) Tomografia computadorizada de crânio; (B) Macroaglutinação para leptospirose; (C) Gota espessa e distensão de sangue periférico; (D) PCR para herpes simplex em líquor; (E) Ecocardiograma transesofágico. 12 - Paciente de 33 anos, náufrago durante uma tentativa de travessia do rio Oiapoque entre o estado do Amapá e a Guiana Francesa, permaneceu 14 dias dentro da Floresta Amazônica até alcançar um povoado indígena e ser resgatado. Apresentou, algumas semanas após seu retorno a Macapá, aparecimento de lesões ulceradas em membros superiores e face. Os possíveis agentes causadores das lesões descritas são: (A) Leishmania (L) chagasi ou Leishmania (L) tropica; (B) Leishmania (L) amazonensis ou Leishmania (V) braziliensis; (C) Leishmania (L) tropica ou Leishmania (V) braziliensis; pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowOSAtMDMwMA== PROVA OBJETIVA 6 REALIZAÇÃO (D) Leishmania (L) donovani ou Leishmania (V) guyanensis; (E) Leishmania (L) chagasi ou Leishmania (L) amazonensis. 13 - Um surto de doença febril em 17 pessoas, adultos e crianças de três famílias diferentes, moradoras do município de Mazagão, no Estado do Amapá, foi investigado. Acompanhando o quadro febril, a grande maioria dos casos apresentava cefaléia intensa, edema de face e de membros inferiores, dores articulares generalizadas e eritema cutâneo em todo o corpo, principalmente no rosto. Os hemogramas geralmente evidenciavam discreta leucocitose com linfocitose. As hemoculturas foram negativas. As radiografias de tórax não mostravam alterações, exceto discreto aumento de área cardíaca em alguns pacientes. As famílias moravam numa vila com distância de no máximo 50 metros entre suas casas, e nunca haviam se ausentado do estado. As casas eram cercadas de palmeiras de urucuri e havia ratos e morcegos no peri-domicílio. Um hábito comum era o consumo de suco de açaí, preparado em máquina elétrica comunitária e distribuído entre as famílias. Os pacientes, depois de diagnosticados, foram adequadamente tratados. A droga provavelmente utilizada no tratamento foi: (A) Cloranfenicol; (B) Quinino; (C) Estreptomicina; (D) Anfotericina B; (E) Benzonidazol. 14 - Paciente de 38 anos, masculino, agricultor, natural de Volta Redonda, residente em Barra do Piraí. Há 5 meses com febre intermitente, adinamia e emagrecimento. Evoluiu com aumento progressivo de gânglios cervicais e axilares, tendo ocorrido, há uma semana, fistulização de um gânglio axilar com eliminação de secreção purulenta. Ao exame: emagrecido, mucosas hipocoradas 1+/4. FR = 24 inc/min. FC = 102 bat/min. PA = 110/80 mmHg. Tax = 37,2 oC. Linfonodomegalias de 2 a 3 cm, levemente dolorosas a palpação, com gânglio fistulizado em região axilar direita. Lesão verrucosa em face, próxima ao lábio superior. Abdome flácido e indolor. Fígado palpável a 4 cm do rebordo costal direito. Na investigação diagnóstica desse paciente espera-se encontrar: (A) raspado da lesão cutânea corado por Ziehl-Neelsen com bacilos álcool-ácido resistentes; (B) cultura do material fistulizado em meio de Sabouraud a 37oC com hifas septadas em colônias filamentosas; (C) exame direto do material fistulizado com KOH entre lâmina e lamínula positiva para fungo com cápsula birrefringente; (D) sorologia por imunodifusão em agar com precipitinas anti-M negativa e anti-H positiva; (E) biópsia ganglionar corada por Mucicarmin mostrando fungo com cápsula característica em vermelho. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowOSAtMDMwMA==PROVA OBJETIVA 7 REALIZAÇÃO 15 - Na patogenia da esquistossomose mansoni, é correto afirmar que: (A) a dermatite cercariana ocorre nas primeiras 12 horas de contato com águas contaminadas em indivíduos sem sensibilização prévia; (B) a forma aguda toxêmica é predominantemente uma reação tipo doença de soro devido a maciça exposição a antígenos de vermes adultos mortos; (C) a forma crônica intestinal é caracterizada por presença de granulomas em torno dos ovos na parede do reto mas não nos espaços peri-portais; (D) a forma crônica hepatoesplênica é secundária a reação de hipersensibilidade retardada com formação de granulomas em torno dos vermes mortos impactados no fígado; (E) a forma pulmonar acompanha as formas hepatoesplênicas e é conseqüência de arterite e formação de granuloma em torno de ovos. 16 - Num paciente infectado pelo HIV com contagem de CD4 de 380 cel/mm3 e carga viral de 5700 cópias/mL, co- infectado pelos vírus das hepatites B e C, com transaminases persistentemente elevadas (>3,0 vezes o limite superior da normalidade), HbsAg e HbeAg positivos, HBV-DNA 150.000 cópias/mL, HCV-RNA 100.000 cópias/mL e com critérios histológicos para a indicação de tratamento, a conduta preconizada é: (A) tratar o HCV com interferon-α e ribavirina e o HBV com lamivudina; (B) tratar o HBV com interferon-α e não tratar o HCV e o HIV; (C) tratar o HCV com interferon-α + ribavirina e o HIV e o HBV com didanosina + lamivudina + indinavir; (D) tratar o HCV e o HBV com interferon-α + ribavirina e não tratar o HIV; (E) tratar o HCV com ribavirina e o HIV e o HBV com zidovudina + lamivudina + efavirenz. 17 - Em relação à epidemiologia da febre amarela no Brasil, é correto afirmar que: (A) algumas cidades brasileiras apresentam transmissão da febre amarela em razão dos altos índices de infestação pelo Aedes aegypti; (B) vacinação anti-amarílica em massa é recomendada como medida de controle da disseminação da infecção em áreas limítrofes a zonas endêmicas; (C) a febre amarela silvestre é transmitida pelo mosquito Aedes albopictus, que mantém o ciclo entre primatas não humanos; (D) a febre amarela deixou de ser doença de notificação internacional compulsória no Brasil, embora o alerta a turistas estrangeiros para a necessidade de vacinação continue; (E) o certificado internacional de vacinação anti-amarílica caiu em desuso pelo baixo nível de transmissão urbana atualmente verificada no país. 18 - Na caracterização etiológica dos acidentes ofídicos, os sinais e sintomas de aparecimento precoce esperados são: (A) dor imediata, edema e rubor locais nos acidentes por serpentes do gênero Crotalus; (B) aumento do tempo de coagulação e hemorragias nos acidentes por serpentes do gênero Micrurus; (C) ptose palpebral bilateral, oftalmoplegia e paralisia de velopalatina nos acidentes por serpentes do gênero Bothrops; (D) dor, edema e rubor locais, bradicardia e diarréia nos acidentes por serpentes do gênero Lachesis; pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowOSAtMDMwMA== PROVA OBJETIVA 8 REALIZAÇÃO (E) dor imediata intensa, sinais locais discretos, e hemoglobinúria nos acidentes por serpentes do gênero Loxosceles. 19 - Em relação aos sítios de atuação dos anti-retrovirais, é correto afirmar que: (A) os análogos de nucleosídeos atuam bloqueando a transcrição de RNA para DNA; (B) os não análogos de nucleosídeos atuam inibindo a integração do RNA viral no núcleo da célula; (C) os inibidores de protease bloqueiam a liberação da partícula viral montada pela membrana da célula; (D) os análogos de nucleosídeos impedem que o DNA transcrito seja incorporado ao núcleo da célula; (E) os inibidores de fusão atuam impedindo que a protease viral se ligue com as proteínas recém codificadas. 20 - Paciente de 43 anos, masculino, acaba de ser submetido ao teste anti-HIV, que foi reativo, em função do recente diagnóstico de tuberculose pulmonar. Apresentava PPD reator (10 mm) e Rx de tórax com infiltrado apical direito. BAAR positivo ++. Iniciado RIP e encaminhado ao Posto de Saúde para acompanhamento e tratamento da co- infecção TB/HIV. Emagrecido, sem candidose ou outros estigmas de imunodeficiência. A conduta preconizada para esse paciente é: (A) tratar a tuberculose com esquema contendo rifampicina e iniciar terapia anti-retroviral com zidovudina + lamivudina + indinavir, independentemente da contagem de CD4; (B) tratar a tuberculose com esquema contendo rifampicina e iniciar terapia anti-retroviral com zidovudina + lamivudina + ritonavir + saquinavir, independentemente da contagem de CD4; (C) tratar a tuberculose com esquema contendo rifampicina e postergar o início da terapia anti- retroviral até a realização da contagem de CD4, após estabilização do quadro; (D) tratar a tuberculose com esquema que não contenha rifampicina e iniciar terapia anti-retroviral com zidovudina + lamivudina + lopinavir + ritonavir, independentemente da contagem de CD4; (E) tratar a tuberculose com esquema contendo rifampicina e iniciar terapia anti-retroviral com zidovudina + lamivudina + abacavir, independentemente da contagem de CD4. 21 - Paciente em uso de estavudina + didanosina + ritonavir + indinavir + efavirenz como terapia de resgate evoluindo com redução significativa da carga viral e aumento da contagem de linfócitos CD4. No entanto, começa a se queixar de efeitos adversos. Os efeitos adversos mais proeminentes associados com este esquema anti-retroviral são: (A) pancreatite, anemia e parestesia peri-oral; (B) acidemia lática, dislipidemia e síndrome de Stevens- Johnson; (C) diarréia, hiperpigmentação ungueal e depressão; (D) neuropatia periférica, nefrolitíase e displasia ectodérmica; (E) diabetes mellitus, hiperbilirrubinemia indireta e ulcerações orais. 22 - Paciente masculino de 34 anos acompanhado no Posto de Saúde, em uso de zidovudina + lamivudina + nevirapina iniciado há dois anos, ocasião em que apresentava contagem de CD4 de 220 cel/mm3 (12%) e carga viral de 40.000 cópias/mL (4,60 log/mL). Um ano após o início deste esquema, apresentava contagem de CD4 de 340 cel/mm3 (15%) e carga viral indetectável. Recentemente, realizou novos exames que mostraram contagem de CD4 de 160 cel/mm3 (9%) e carga viral de 61.000 cópias/mL(4,78 log/mL). Passou então a queixar-se de emagrecimento, sudorese noturna e dificuldade de deglutição para alimentos sólidos. Ao exame, candidose pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowOSAtMDMwMA== PROVA OBJETIVA 9 REALIZAÇÃO oral exuberante. Entre as opções abaixo, a conduta mais adequada para este paciente é: (A) tratar a candidose e repetir a contagem de CD4 e a mensuração da carga viral a fim de melhor caracterizar falha terapêutica; (B) manter o esquema terapêutico atual e tratar a candidose para garantir aderência à terapia anti- retroviral; (C) além de tratar a candidose, trocar o esquema anti- retroviral para estavudina + lamivudina + efavirenz, pois está caracterizada falha terapêutica; (D) tratar a candidose e trocar o esquema para estavudina + didanosina + indinavir + ritonavir, esta última droga como adjuvante farmacológico; (E) suspendera terapia anti-retroviral para resgatar sensibilidade às drogas anti-retrovirais utilizadas e reiniciá-las após o término do tratamento da candidose. 23 - Paciente de 45 anos, trabalhador previamente hígido da área rural de Juquitiba, estado de São Paulo, apresentou quadro febril agudo por três dias que evoluiu no quarto dia com tosse seca, dispnéia, taquicardia, hipotensão arterial e sangramento gengival, sendo então internado para investigação. Paciente negou casos semelhantes em familiares. A radiografia de tórax inicial evidenciou infiltrado pulmonar intersticial difuso. O hemograma revelou 55% de hematócrito, 15.200 leucócitos/mm3 e 90.000 plaquetas/mm3. Progrediu para insuficiência respiratória grave, com nova radiografia evidenciando padrão de síndrome de angústia respiratória do adulto. No momento da internação, o diagnóstico etiológico específico foi firmado através de: (A) reação de PCR para coronavírus da SARS em secreções respiratórias; (B) pesquisa de anticorpos da classe IgM para hantavírus no soro; (C) isolamento de Chlamydia pneumoniae em cultura de células a partir do escarro; (D) pesquisa de crioaglutininas relacionadas ao Mycoplasma pneumoniae no soro; (E) imunofluorescência para vírus influenza A em escarro. 24 - No diagnóstico de uma sepse originada de infecção de acesso vascular, é necessário: (A) isolamento do mesmo germe em hemocultura e em cultura de ponta do cateter; (B) visualização de infecção no local do acesso vascular; (C) isolamento de germe de microbiota permanente da pele, como Staphylococcus epidermidis; (D) resolução do quadro após a retirada do cateter; (E) comprovação da presença de foco infeccioso metastático, como endocardite ou tromboflebite. 25 - A medida que comprovadamente reduz a ocorrência de infecção do sítio cirúrgico é: (A) administrar antimicrobiano 4 horas antes do início da cirurgia, para que haja níveis tissulares quando a incisão for praticada; (B) administrar o antimicrobiano por via endovenosa, salvo em procedimentos colo-retais nos quais se prefere a via oral; (C) selecionar o antibiótico com base no perfil de sensibilidade dos germes causadores de infecção na unidade hospitalar; (D) proteger a incisão cirúrgica com curativo estéril por 24 a 48 horas, assegurando que ele permaneça seco e não seja removido durante o banho; (E) realizar tricotomia na véspera do procedimento, preferindo-se o uso de tricotomizadores ao emprego de lâminas ou cremes depiladores. 26 - Assinale a situação clínica de antecedente de alergia a beta-lactâmicos em que estaria formalmente CONTRA- INDICADA a realização de teste intradérmico com a penicilina: pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowOSAtMDMwMA== PROVA OBJETIVA 10 REALIZAÇÃO (A) sexo feminino, 12 anos, relata exantema urticariforme há 4 anos, quando usou amoxacilina + clavulanato para tratar celulite após mordedura animal; (B) sexo masculino, 25 anos, relata choque anafilático há 3 anos, quando usou penicilina benzatina para tratar sífilis latente tardia; (C) sexo feminino, 45 anos, relata quadro de síndrome de Stevens-Johnson há 25 anos, quando usou fenoximetilpenicilina para faringite estreptocócica; (D) sexo masculino, 38 anos, relata edema de Quinck há 5 anos, quando usou piperacilina + tazobactam para tratar infecção de vias biliares; (E) sexo masculino, 30 anos, relata leucopenia grave há 6 anos, quando usou oxacilina para tratar osteomielite aguda de tíbia. 27 - Na epidemiologia das infecções após transplantes hepáticos, é correto afirmar que: (A) a reativação da infecção pelo vírus varicela -zoster ocorre mais freqüentemente nos primeiros 30 dias após o transplante; (B) as infecções bacterianas representam a complicação infecciosa mais comum em receptores de transplante hepático, ocorrendo com maior incidência nos primeiros dois meses de pós-operatório; (C) as infecções por Cryptococcus neoformans representam a principal complicação de etiologia fúngica, incidindo predominantemente entre o segundo e quarto mês após o transplante; (D) a infecção por Pneumocystis carinii ocorre usualmente entre o quarto e o sexto mês após o transplante, justificando o uso de profilaxia com sulfametoxazol-trimetoprim durante este período; (E) receptores de transplante que apresentam sorologia para CMV negativa no pré-operatório têm menor chance de desenvolver citomegalovirose após o transplante. 28 - Auxiliar de enfermagem, 34 anos, sexo feminino, procura a CCIH informando ter se acidentado, há aproximadamente 90 minutos, com agulha de grande lúmen após recapear a mesma imediatamente depois de coletar sangue para bioquímica de paciente infectado pelo HIV. Estava sem luvas. A agulha penetrou em seu segundo quirodáctilo esquerdo. A auxiliar de enfermagem recebeu 3 doses para hepatite B há 4 anos, mas nunca realizou sorologia para avaliar soroconversão. O paciente fonte está em uso de seu primeiro esquema anti-retroviral com estavudina + lamivudina + nevirapina, referindo boa aceitação e estabilidade clínica, mas não tem avaliação recente de carga viral. Teste rápido para HbsAg na fonte foi positivo. A conduta imediata mais adequada é: (A) imunoglobulina e vacina para hepatite B; mensuração da carga viral para HIV; (B) vacina para hepatite B; iniciar estavudina + lamivudina + efavirenz; (C) teste do acidentado para Anti-HBs e vacina; iniciar zidovudina + lamivudina + nevirapina; (D) imunoglobulina para hepatite B; iniciar zidovudina + lamivudina + indinavir; (E) teste do acidentado para Anti-HBs; iniciar zidovudina + lamivudina + nelfinavir. 29 - Em relação ao emprego de imunobiológicos prática médica, é correto afirmar que: (A) a vacinação contra Haemophilus b reduz a incidência de doença invasiva por Haemophilus entre vacinados e não vacinados; (B) a existência de vacinação anti-tetânica eficaz torna esta doença candidata a erradicação mundial, como aconteceu com a varíola; (C) a documentação da presença de anticorpos contra um agente infeccioso correlaciona-se com imunidade contra este agente infeccioso; (D) a presença de anticorpos maternos transferidos passivamente tornam a vacinação anti-sarampo e a vacinação OPV ineficazes no lactente; (E) a vacinação para hepatite B em grupos de risco dispensa a necessidade de incorporar esta vacina no calendário vacinal básico. 30 - Assinale a situação clínica em que a vacina sugerida estaria formalmente CONTRA-INDICADA: pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowOSAtMDMwMA== PROVA OBJETIVA 11 REALIZAÇÃO (A) vacina MMR em criança suscetível de 14 meses, filha de uma gestante soronegativa para rubéola; (B) vacina para varicela em criança suscetível de 15 meses que vive com irmã imunocomprometida; (C) vacina OPV em criança suscetível de 2 meses que vive com irmão imunodeficiente; (D) vacina para sarampo em criança suscetível que teve contato direto com primo com sarampo; (E) vacina da febre amarela em mulher em idade fértil suscetível viajando para zona endêmica. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:VHVlLCAxNCBTZXAgMjAyMSAxMjozMDowNSAtMDMwMA== UFRJ / UNIRIO Concurso Público para Área de Saúde – Médico Infectologia Gabarito da Prova de Objetiva Realização - NÚCLEO DE COMPUTAÇÃO ELETRÔNICA - UFRJ Questão01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Gabarito A D D E E C B A E C C B E C E D B D A C Questão 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Gabarito D D B A D C B E A C