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<p>ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA ÁGIL DE PROJETOS</p><p>DISCIPLINA: ENGENHARIA ECONÔMICA DE PROJETOS</p><p>PROF.: MARCOS AUGUSTO MENDES MARQUES</p><p>1</p><p>2. IMPOSTOS E DEPRECIAÇÃO</p><p>2.1 INFLUÊNCIA DOS IMPOSTOS NO FLUXO DE CAIXA</p><p>Os impostos são despesas e devem ser considerados no fluxo de caixa.</p><p>Os impostos podem ser classificados em 3 (três) tipos:</p><p>1) Impostos que não dependem da produção, como o imposto predial;</p><p>2) Impostos de dependem diretamente da produção, tal qual o IPI</p><p>(Imposto sobre Produtos Industriaizados), o ICMS (Imposto sobre Circulação de</p><p>Mercadorias e Prestação de Serviços);</p><p>3) Imposto de renda.</p><p>Para se considerar a influência dos dois primeiros tipos de impostos,</p><p>basta incluí-los no fluxo de caixa do projeto os valores correspondentes no</p><p>instante do pagamento.</p><p>O imposto de renda exige um tratamento separado, pois depende do</p><p>lucro.</p><p>2.2 IMPOSTO DE RENDA</p><p>O imposto de renda (IR) é baseado no lucro tributável (LT) do exercício, ou seja,</p><p>𝐿𝑇 = 𝑅𝐸𝐶𝐸𝐼𝑇𝐴𝑆 − 𝐷𝐸𝑆𝑃𝐸𝑆𝐴𝑆 − 𝐷𝐸𝐷𝑈ÇÕ𝐸𝑆</p><p>• A depreciação do ativo imobilizado está entre as deduções permitidas.</p><p>o ATIVO IMOBILIZADO: Ativos imobilizados são todos os bens</p><p>físicos usados por uma empresa para gerar renda. É o caso do</p><p>maquinário de uma indústria, dos fogões, geladeiras, cadeiras e</p><p>mesas de um restaurante e até mesmo do computador de um</p><p>profissional MEI que trabalha com textos.</p><p>OBS.13: Geralmente considera-se despesa aquilo que tem duração inferior a</p><p>1 (um) ano e investimento o que tem duração superior a 1 (um) ano.</p><p>ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA ÁGIL DE PROJETOS</p><p>DISCIPLINA: ENGENHARIA ECONÔMICA DE PROJETOS</p><p>PROF.: MARCOS AUGUSTO MENDES MARQUES</p><p>2</p><p>2.3 DEPRECIAÇÃO</p><p>Os elementos que constituem o ativo imobilizado de uma empresa</p><p>(equipamentos, edifícios, instalações entre outros) sofrem uma perda de valor</p><p>com o uso e o passar do tempo. Essa perda de valor, não recuperada pelos</p><p>serviços de manutenção é denominada de depreciação real.</p><p>A depreciação real pode ser causada por:</p><p>a) Desgaste;</p><p>b) Obsoletismo;</p><p>c) Inadequação;</p><p>d) Acidentes.</p><p>2.4 MODELOS DE DEPRECIAÇÃO</p><p>A literatura nos define diversos tipos de depreciação contábil, tal qual a</p><p>depreciação linear, depreciação exponencial e a depreciação mista. No nosso</p><p>estudo focaremos na depreciação linear para fins de dedução no imposto de</p><p>renda.</p><p>2.4.1 Depreciação Linear</p><p>A depreciação linear supõe que a depreciação por período é uma</p><p>porcentagem constante do valor inicial do ativo, ou seja, é a mesma em todos</p><p>os períodos em relação ao valor contábil do equipamento, declinando</p><p>linearmente com o tempo de uso.</p><p>Assim,</p><p>𝐷𝐿𝐼𝑁 =</p><p>(𝑉𝐶0−𝑉𝐶𝑛)</p><p>𝑛</p><p>(26)</p><p>Onde: 𝑉𝐶0 é o valor de aquisição do equipamento, 𝑉𝐶𝑛 é o valor residual após n</p><p>períodos.</p><p>ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA ÁGIL DE PROJETOS</p><p>DISCIPLINA: ENGENHARIA ECONÔMICA DE PROJETOS</p><p>PROF.: MARCOS AUGUSTO MENDES MARQUES</p><p>3</p><p>𝑉𝐶𝑡 = 𝑉𝐶𝑡−1 − 𝐷𝐿𝐼𝑁 (27)</p><p>Onde: 𝑉𝐶𝑡 é o valor contábil do ativo no período t.</p><p>O valor contábil do equipamento após t períodos é dado por</p><p>𝑉𝐶𝑡 = 𝑉𝐶0 − 𝑡. 𝐷𝐿𝐼𝑁 (28)</p><p>EXEMPLO 10: Um equipamento custa R$ 20.000,00 e deve ser depreciado em</p><p>5 anos, quanto terá um valor residual de R$ 2.000,00. Construir a tabela de</p><p>depreciação linear e de valor contábil.</p><p>OBS.14: A empresa, de modo geral, tem interesse em deduzir o máximo no</p><p>menor tempo possível, mas o Fisco estabelece prazos mínimos para a</p><p>depreciação (vida útil legal) e, no Brasil, por enquanto, não aceita métodos de</p><p>depreciação que levem a deduções maiores que a obtida pela depreciação</p><p>linear. Alguns exemplos de vida útil legal admitidos no Brasil:</p><p>Computadores (hard e software) – 5 anos</p><p>Edifícios e construções – 25 anos</p><p>Máquinas em geral – 10 anos</p><p>Móveis e utensílios – 10 anos</p><p>Veículos em geral – 5 anos</p><p>Os terrenos não são depreciáveis.</p><p>Para equipamentos utilizados intensivamente, admite-se uma</p><p>depreciação acelerada, multiplicando a taxa anual (inverso da vida útil) por</p><p>1,5 para funcionamento em dois turnos de 8 horas e por 2,0 para</p><p>funcionamento em três turnos.</p><p>2.5 FLUXO DE CAIXA DEPOIS DO IR</p><p>Como o IR é uma despesa, ele deve ser incluído em um fluxo de caixa.</p><p>A depreciação não é despesa (não há desembolso de dinheiro) e, portanto,</p><p>nunca pode aparecer em um fluxo de caixa.</p><p>ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA ÁGIL DE PROJETOS</p><p>DISCIPLINA: ENGENHARIA ECONÔMICA DE PROJETOS</p><p>PROF.: MARCOS AUGUSTO MENDES MARQUES</p><p>4</p><p>É usual que o imposto de renda tenha taxas progressivas por faixa de</p><p>lucros.</p><p>OBS.15: Se um lucro adicionado não mudar a faixa de lucro atual da empresa,</p><p>a taxa a ser usada é a mesma da taxa correspondente. Porém, se houver</p><p>mudança de faixa, a parte do lucro do projeto que cair na nova faixa pagará uma</p><p>taxa maior e, para efeito de cálculo usaremos uma taxa média, calculada</p><p>proporcionalmente.</p><p>Essa taxa média é denominada de taxa marginal ρ</p><p>LEGENDA</p><p>• 𝐹𝐶𝑎= fluxo de caixa antes do IR;</p><p>• 𝐹𝐶𝑑 = fluxo de caixa depois do IR;</p><p>• Ρ = taxa marginal do IR;</p><p>• R = receita;</p><p>• VR = valor residual;</p><p>• D = despesa;</p><p>• I = investimento;</p><p>• Depr = dedução por depreciação;</p><p>• IR = imposto de renda a ser pago;</p><p>• LT = lucro tributável do projeto.</p><p>Assim,</p><p>• 𝐹𝐶𝑎 = 𝑅 − 𝐷 − 𝐼 ± 𝑉𝑅</p><p>• 𝐹𝐶𝑑 = 𝐹𝐶𝑎 − 𝐼𝑅</p><p>• 𝐼𝑅 = 𝜌𝐿𝑇 → 𝐼𝑅 = 𝜌(𝑅 − 𝐷 − 𝐷𝑒𝑝𝑟)</p><p>• 𝐹𝐶𝑑 = 𝑅 − 𝐷 − 𝐼 ± 𝑉𝑅 − 𝜌(𝑅 − 𝐷 − 𝐷𝑒𝑝𝑟) (Fluxo de caixa líquido)</p><p>ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA ÁGIL DE PROJETOS</p><p>DISCIPLINA: ENGENHARIA ECONÔMICA DE PROJETOS</p><p>PROF.: MARCOS AUGUSTO MENDES MARQUES</p><p>5</p><p>MODELO DE FLUXO DE CAIXA</p><p>Tempo (Anos) 0 1</p><p>Investimento -</p><p>1. RECEITAS DOS PRODUTOS +</p><p>2. CUSTOS (FIXOS + VARIÁVEIS + OUTROS) -</p><p>3. LUCRO BRUTO (1+2) 1+2</p><p>4. DEPRECIAÇÃO -</p><p>5. VALOR RESIDUAL (ÚLTIMO ANO) + ou -</p><p>6. LUCRO TRIBUTÁVEL 3+4</p><p>7. IMPOSTOS -</p><p>8. LUCRO LÍQUIDO 6+7</p><p>9. REVERSÃO DA DEPRECIAÇÃO 8-4</p><p>10. FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO 5+9+Investimento</p><p>EXEMPLO 11: Uma empresa está estudando a aquisição de um equipamento</p><p>que custa 100 mil reais. A receita esperada é 55 mil reais e o custo operacional,</p><p>10 mil reais por ano durante toda a vida útil, que é estimada em 8 anos, quando</p><p>se calcula que o equipamento poderá ser vendido por 40 mil reais. A vida útil</p><p>legal é 10 anos, com depreciação linear. O equipamento será usado em três</p><p>turnos de trabalho. Montar o diagrama de fluxo de caixa após o IR sabendo-se</p><p>que a taxa marginal de IR é ρ= 30% a) Montar o fluxo de caixa com a depreciação</p><p>linear; b) Montar o fluxo de caixa considerando a depreciação acelerada.</p><p>EXERCICIOS PROPOSTOS 3:</p><p>1) Uma empresa está considerando duas alternativas de equipamento para</p><p>fabricar determinada peça. A previsão de vendas é de 10.000 peças por ano, ao</p><p>preço unitário de R$ 2. O equipamento A custa R$ 4.500 e tem uma vida</p><p>esperada de 10 anos, quando pode ser vendida por R$ 500. Seu custo de</p><p>produção é R$ 0,12 por peça. O material empregado custa R$ 0,50 por peça. A</p><p>máquina B custa R$ 8.000, tem uma vida esperada de 15 anos, sem valor</p><p>residual. Seu custo de produção é R$ 0,10 por peça. O material empregado custa</p><p>R$ 0,50 por peça. Se a taxa de imposto de renda é 35% para qualquer valor do</p><p>lucro, e a vida útil legal de ambas as máquinas é 10 anos, construir o fluxo de</p><p>caixa pós-IR para cada uma das duas máquinas, usando depreciação linear.</p><p>ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA ÁGIL DE PROJETOS</p><p>DISCIPLINA: ENGENHARIA ECONÔMICA DE PROJETOS</p><p>PROF.: MARCOS AUGUSTO MENDES MARQUES</p><p>6</p><p>2) Uma empresa deseja adquirir, para uso imediato, uma prensa para moldar</p><p>artefatos de plástico. Existem 4 modelos disponíveis, conforme tabela dada,</p><p>considerando uma vida útil de 5 anos. Construir o fluxo de caixa</p><p>para as 4</p><p>prensas. (Considerar a depreciação linear e uma alíquota de 5% para o imposto</p><p>de renda.</p><p>P1 P2 P3 P4</p><p>Investimento Inicial 20000 21400 32000 41000</p><p>Despesas anuais</p><p>Energia 2720 2720 4800 5040</p><p>MDO (Mão de Obra) 26400 24000 16800 14800</p><p>Manutenção 1600 1800 2600 2000</p><p>Seguros 480 608 992 1040</p><p>Capacidade de produção (peças/ano) 120000 110000 130000 125000</p><p>Perdas (peças com defeito) 8,40% 0,30% 2,60% 5,60%</p><p>Preço unitário 0,375 0,375 0,375 0,375</p><p>Valor residual 4000 4500 6000 9600</p>

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