Prévia do material em texto
<p>Neuroinfecção</p><p>DOCENTE: Suelen Santos</p><p>SALVADOR-BA</p><p>2019.2</p><p>CENTRO UNIVERSITÁTIO ESTÁCIO DE SÁ</p><p>DISCIPLINA: Ensino clinico VII alta complexidade</p><p>CURSO: Enfermagem</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>É a ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas</p><p>que envolvem o cérebro.</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>ETIOLOGIA</p><p>A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como</p><p>bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos (ex.:</p><p>traumatismo).</p><p>As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por</p><p>bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde</p><p>pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos.</p><p>ETIOLOGIA</p><p>Principais agentes etiológicos</p><p>ETIOLOGIA</p><p>Neisseria meningitidis (Meningococo)</p><p>Bactéria gram-negativa em forma de coco. Possui diversos sorogrupos, os</p><p>mais frequentes são os sorogrupos A, B, C,W135 eY.</p><p>RESERVATÓRIO</p><p>Principal hospedeiro</p><p>Meningite</p><p>tuberculosa</p><p>MODO DE TRANSMISSÃO</p><p>Pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da</p><p>nasofaringe.</p><p>EPI</p><p>A transmissão fecal-oral é de grande importância em infecções por</p><p>enterovírus.</p><p>PERIODO DE INCUBAÇÃO</p><p>➢ Em geral, é de 2 a 10 dias, em média de 3 a 4 dias;</p><p>➢ Pode haver alguma variação em função do agente etiológico responsável;</p><p>➢A meningite tuberculosa, em geral, ocorre nos primeiros 6 meses após a</p><p>infecção.</p><p>PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE</p><p>➢ Depende do agente infeccioso e da instituição do diagnóstico e</p><p>tratamento precoces.</p><p>➢ No caso da doença meningocócica, a transmissibilidade persiste até que o</p><p>meningococo desapareça da nasofaringe - Após 24 horas de</p><p>antibioticoterapia.</p><p>➢Aproximadamente 10% da população podem apresentar-se como</p><p>portadores assintomáticos.</p><p>SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE</p><p>➢ Grupo etário mais vulnerável são as crianças menores de 5 anos, mas as</p><p>crianças menores de 1 ano e adultos maiores de 60 anos são mais</p><p>suscetíveis à doença.</p><p>➢ Os neonatos raramente adoecem, em virtude da proteção conferida pelos</p><p>anticorpos maternos.</p><p>➢meningite pneumocócica - idosos e indivíduos portadores de quadros</p><p>crônicos ou de doenças imunossupressoras apresentam maior risco de</p><p>adoecimento.</p><p>ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS</p><p>➢ Febre, cefaleia, alteração do nível de consciência, rigidez de nuca, prostração e</p><p>confusão mental;</p><p>➢Alterações do líquido cefalorraquidiano (LCR).</p><p>ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS</p><p>As infecções causadas pelas bactérias N. meningitidis, H. influenzae e S.</p><p>pneumoniae podem limitar-se à nasofaringe ou evoluir para septicemia.</p><p>A infecção pela N. meningitidis pode provocar meningite, meningococcemia e as</p><p>duas formas clínicas associadas: meningite meningocócica com</p><p>meningococcemia, a qual se denomina Doença Meningocócica.</p><p>Meningites bacterianas</p><p>ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS</p><p>Evolução lenta – semanas ou meses</p><p>Meningites tuberculosa e fúngicas</p><p>Estágio I – em geral, tem duração de 1 a 2 semanas, caracterizando-se pela</p><p>inespecificidade dos sintomas, podendo ocorrer febre, mialgias, sonolência,</p><p>apatia, irritabilidade, cefaleia, anorexia, vômitos.</p><p>Estágio II – caracteriza-se pela persistência dos sintomas sistêmicos e pelo</p><p>surgimento de evidências de dano cerebral (sinais de lesão de nervos</p><p>cranianos, exteriorizando-se por paresias, plegias, ptose palpebral e irritação</p><p>meníngea ).</p><p>Estágio III ou período terminal – ocorre quando surge o déficit neurológico</p><p>focal, rigidez de nuca, alterações do ritmo cardíaco e da respiração e graus</p><p>variados de perturbação da consciência, incluindo o coma.</p><p>ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS</p><p>O quadro clínico é semelhante ao das demais meningites agudas.</p><p>Virais</p><p>Exame físico - bom estado geral associado à presença de sinais de irritação</p><p>meníngea.</p><p>ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS</p><p>Diagnóstico laboratorial</p><p>➢ Exame quimiocitológico do líquor;</p><p>➢ Bacterioscopia direta (líquor);</p><p>➢ Cultura (líquor, sangue, petéquias ou fezes);</p><p>➢ Contra-imuneletroforese cruzada – CIE (líquor e soro);</p><p>➢Aglutinação pelo látex (líquor e soro).</p><p>ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS</p><p>Diagnóstico laboratorial</p><p>ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS</p><p>Diagnóstico laboratorial</p><p>➢ O aspecto do líquor, embora não considerado um exame, funciona</p><p>como um indicativo;</p><p>➢ O líquor normal é límpido e incolor. Nos processos infecciosos,</p><p>ocorre o aumento de elementos figurados (células), causando turvação,</p><p>cuja intensidade varia de acordo com a quantidade e o tipo desses</p><p>elementos.</p><p>TRATAMENTO</p><p>➢ Meningite bacteriana - o tratamento com antibiótico deve ser instituído</p><p>tão logo seja possível, preferencialmente logo após a punção lombar e a</p><p>coleta de sangue para hemocultura;</p><p>➢ O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de</p><p>suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência;</p><p>➢ De um modo geral, a antibioticoterapia é administrada por via venosa</p><p>por um período de 7 a 14 dias, ou até mais, dependendo da evolução clínica</p><p>e do agente etiológico.</p><p>TRATAMENTO</p><p>Recomendação de antibioticoterapia nos casos de meningite bacteriana sem</p><p>etiologia determinada</p><p>Microorganismo Antibioticoterapia Corticóides</p><p>Bacteria não identificada</p><p>(tratamento empírico)</p><p>Ceftriaxona 2g EV</p><p>12/12h + Ampicilina 2g</p><p>EV 4/4h por 10-14 dias</p><p>Dexametasona 0,15</p><p>mg/kg dose EV 6/6h por</p><p>4 dias</p><p>Streptococcus pneumoniae Ceftriaxona 2g EV</p><p>12/12h por 10-14 dias</p><p>Dexametasona 0,15</p><p>mg/kg dose EV 6/6h por</p><p>4 dias</p><p>Neisseria meningitidis Ceftriaxona 2g EV</p><p>12/12h por 7dias</p><p>Sem benefício, mas</p><p>seguro</p><p>Drogas e doses</p><p>➢ Isolamento respiratório;</p><p>➢ Providenciar local calmo e escuro;</p><p>➢Administrar medicamentos prescritos;</p><p>➢ Monitorar sinais vitais e registrar curva térmica;</p><p>➢ Realizar balanço hídrico;</p><p>➢ Realizar resfriamento – Se necessário;</p><p>➢ Monitorar estado neurológico, atenção para ocorrência de</p><p>elevação da PIC;</p><p>➢ Promover mudança de decúbito</p><p>➢ Elevar a cabeceira a 30 graus;</p><p>PRINCIPAIS CUIDADOS DE ENFERMAGEM</p><p>➢ DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, Guia. Secretaria de Vigilância</p><p>em Saúde. Ministério da Saúde, p. 07-21, 2005.;</p><p>➢MACHADO, Cynthia Fernanda Teles; BORGES, Bertha Lúcia Costa.</p><p>Meningite Bacteriana na Unidade de Terapia Intensiva: um Protocolo de</p><p>Cuidados de Enfermagem. UNICIÊNCIAS, v. 19, n. 1, 2015.</p><p>REFERÊNCIAS</p>