Prévia do material em texto
<p>EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 45ª</p><p>VARA CÍVEL CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO</p><p>ANCO MÁRCIO, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por</p><p>intermédio de seu advogado legalmente constituído através de instrumento</p><p>procuratório em anexo, com endereço profissional à Rua Rosa, Nº 123, Bairro</p><p>Flores, CEP 98009894, da Cidade Encantado, no Estado de São Paulo, com</p><p>endereço eletrônico: ancomar@look.comm.br,</p><p>nos autos da ação que move em face de SANITAS SERVIÇOS</p><p>MÉDICOS LTDA vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tendo</p><p>em vista a respeitável sentença de fls. 299,300,301 e 302 interpor:</p><p>RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO</p><p>DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAL E MORAL. FALHA NA</p><p>PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS MÉDICOS. INFECÇÃO HOSPITALAR.</p><p>RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FORTUITO INTERNO.</p><p>Com fundamento nos arts. 1.009 e seguintes do NCPC/2015, conforme</p><p>razões em anexo.</p><p>Outrossim, requer seja o presente recurso recebido no efeito devolutivo</p><p>e no efeito suspensivo, intimando-se a parte contrária para, querendo,</p><p>apresentar suas contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.</p><p>Por fim, requer a remessa dos autos para o Egrégio Tribunal de Justiça,</p><p>para seu processamento e julgamento.</p><p>Nestes termos,</p><p>Pede-se deferimento,</p><p>SÃO PAULO/SP, 04/06/2024.</p><p>JENNIFER DORNELLES</p><p>OAB/SP 143988</p><p>RAZÕES RECURSAIS</p><p>APELANTE: ANCO MÁRCIO</p><p>APELADO: SANITAS SERVIÇOS MÉDICOS LTDA</p><p>AUTOS Nº: 01679876394793</p><p>VARA DE ORIGEM: VARA ÚNICA DA CIDADE EGRÉGIO TRIBUNAL DE</p><p>JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COLENDA CÂMARA NOBRES</p><p>JULGADORES</p><p>I – DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE</p><p>O apelante é parte legítima, com interesse sucumbencial, devidamente</p><p>representado, conforme se verifica, portanto, preenchido os pressupostos</p><p>objetivos e subjetivos de admissibilidade. No que tange a parte demandada nos</p><p>autos em epígrafe, é reconhecido que a mesma é parte ilegítima para configurar</p><p>no pólo passivo desta referida ação, deste modo, impugno para que seja mantida</p><p>a sua exclusão da lide, devendo, contudo, prosseguir a ação em face do</p><p>HOSPITAL MONTE AVENTINO, apontada pelo autor no polo passivo desta lide.</p><p>II – DA TEMPESTIVIDADE</p><p>Verifica-se que houve publicação no dia 09/05/2024. Sendo a juntada</p><p>neste dia, verifica-se a sua tempestividade para a apresentação da contestação</p><p>em tela, nos moldes a seguir declinados.</p><p>III – BREVE SÍNTESE DOS FATOS</p><p>Trata-se de AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E</p><p>MATERIAIS, em que o autor, ora apelante, Requer que sejam reparados os</p><p>danos oriundos de uma infecção hospitalar pós - cirúrgico, pelo qual o apelante</p><p>obsterce do exercício de sua atividade laboral (representante comercial),</p><p>durante o tempo da internação. Em que pese o HOSPITAL MONTE AVENTINO</p><p>que é mantido pela sociedade Ré, não fora demandado como parte no pólo</p><p>passivo na demanda inicial, resultando na improcedência do julgamento do</p><p>mérito, apela-se então, pelo reconhecimento de sua culpa in eligendo com</p><p>amparo no artigo186 CC, sob a alegação de que um estabelecimento hospitalar</p><p>é um fornecedor de serviços – serviços de saúde médico-hospitalares e está,</p><p>portanto, sujeito às normas do Código de Defesa do Consumidor – CDC (Lei nº.</p><p>8.078, de 11 de setembro de 1990) e do Código Civil brasileiro, no que couber,</p><p>além de outras normas legais de nosso ordenamento jurídico, quer no</p><p>IV – RAZÕES DA REFORMA</p><p>A sentença proferida pelo Juízo a quo, mesmo após a demonstração das</p><p>provas nos autos, foi julgada totalmente improcedente, pois o Apelante, não</p><p>havia comprovado a culpados profissionais que o atenderam, como exige o</p><p>art.14 § 4º, do Código de defesa do consumidor, instituído pela Lei 8.078/1990,</p><p>evidenciando-se a ausência de culpa. Uma vez que o ocorrido acontecera logo</p><p>após o ingresso no HOSPITAL apelado. Todavia não há que se falar em cuidado</p><p>devido do apelado, pois mesmo o HOSPITAL MONTE AVENTINO sendo</p><p>notoriamente reconhecido por sua agilidade e eficiência nos meios de</p><p>comunicação, deixou no apelante, desta feita, danos materiais e morais</p><p>significantes, claramente evidenciados nos fatos demonstrados nos autos.</p><p>Não resta dúvida que a sentença recorrida deverá ser anulada e/ou</p><p>totalmente reformada, consoante fundamentos e pedidos delineados na inicial.</p><p>V – PEDIDOS</p><p>Em virtude do exposto, o apelante requer que o presente recurso de</p><p>apelação seja CONHECIDO, quando de seu julgamento, seja totalmente</p><p>PROVIDO para reformar a sentença recorrida, no sentido de acolher o pedido</p><p>inicial do Autor Apelante, desconsiderando a relação jurídica sobre o Apelado</p><p>SANITAS SERVIÇOS MÉDICOS LTDA citado na inicial, reconhecendo a culpa</p><p>do Apelado indicado HOSPITAL MONTE AVENTINO nesta apelação, por ser de</p><p>inteira Justiça.</p><p>Nestes termos,</p><p>Pede-se deferimento,</p><p>SÃO PAULO/SP, 04/06/2024.</p><p>JENNIFER DORNELLES</p><p>OAB/SP 143988</p>