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<p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>Autor:</p><p>Fábio Dutra</p><p>03 de Junho de 2024</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>Índice</p><p>..............................................................................................................................................................................................1) Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 3</p><p>..............................................................................................................................................................................................2) Princípios Constitucionais Tributários 6</p><p>..............................................................................................................................................................................................3) Questões Comentadas - Princípios Constitucionais Tributários - CEBRASPE 62</p><p>..............................................................................................................................................................................................4) Questões Comentadas - Princípios Tributários - FCC 90</p><p>..............................................................................................................................................................................................5) Questões Comentadas - Princípios Tributários - FGV 126</p><p>..............................................................................................................................................................................................6) Questões Comentadas - Princípios Tributários - MULTIBANCAS 148</p><p>..............................................................................................................................................................................................7) Lista de Questões - Princípios Constitucionais Tributários - CEBRASPE 181</p><p>..............................................................................................................................................................................................8) Lista de Questões - Princípios Tributários - FCC 198</p><p>..............................................................................................................................................................................................9) Lista de Questões - Princípios Tributários - FGV 221</p><p>..............................................................................................................................................................................................10) Lista de Questões - Princípios Tributários - MULTIBANCAS 231</p><p>..............................................................................................................................................................................................11) Resumo - Princípios Tributários 248</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>2</p><p>252</p><p>LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE</p><p>TRIBUTAR</p><p>Prezado candidato, vamos manter o foco total a partir de agora, pois este assunto “despenca” em provas</p><p>de concurso, e eu tenho certeza de que haverá pelo menos uma questão sobre o tema na sua prova! Por</p><p>essa razão, vamos nos aprofundar no ponto certo para que você domine o assunto e seja capaz de “detonar”</p><p>a questão que cair! Tudo bem? Vamos lá!</p><p>Conforme você já deve ter estudado no Direito Constitucional, para a formação de um Estado são necessários</p><p>três elementos: território, povo e governo soberano.</p><p>Perceba que é dessa soberania do governo que surge o poder de tributar do Estado. Na aula passada, nós</p><p>já havíamos aprendido que o Estado existe para a consecução do bem comum, e é para isso que ele é dotado</p><p>de poderes que o colocam em condições de superioridade em relação aos contribuintes. Afinal de contas, se</p><p>não houvesse certa coação, ninguém se sentiria obrigado em contribuir.</p><p>Assim, os entes federados receberam competência tributária (assunto a ser detalhado em momento</p><p>oportuno), que é o poder constitucional para instituir tributos - impostos, taxas, contribuições de melhorias,</p><p>por exemplo.</p><p>Contudo, precisamos entender que o poder de tributar não é ilimitado, pois se o fosse, a vontade</p><p>arrecadatória estatal poderia ser desmedida a ponto de prejudicar a vida financeira dos cidadãos. Muito</p><p>lógico, não?!</p><p>Nesse rumo, para que tal poder represente a vontade do povo em um Estado democrático de direito, ele</p><p>deve estar previsto no texto constitucional. Podemos dizer que o poder de tributar é um poder de direito.</p><p>Portanto, a relação entre contribuinte e Estado deve ser dotada de juridicidade, e não simplesmente uma</p><p>imposição de poder.</p><p>Com isso, nossa Constituição Federal impõe limitações ao poder de tributar, por meio de princípios e de</p><p>imunidades tributárias, em seus artigos 150, 151 e 152.</p><p>Basicamente, podemos dizer que as limitações ao poder de tributar são constituídas por princípios e regras</p><p>que disciplinam o exercício da competência para instituir e modificar tributos.</p><p>As limitações constitucionais ao poder de tributar são constituídas por princípios e</p><p>imunidades. Guarde isso!</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>3</p><p>252</p><p>Há que se ressaltar, no entanto, que nem todas as limitações foram previstas nesse trecho, ou mesmo no</p><p>texto constitucional, pois o próprio art. 150 menciona que pode haver outras garantias asseguradas aos</p><p>contribuintes, além daquelas previstas naquele texto.</p><p>De fato, há limitações previstas em outras partes da CF/88, como a imunidade de pagamento de taxas para</p><p>obtenção de certidões na hipótese prevista no art. 5°, XXXIV, b. Além disso, o § 2°do mesmo artigo menciona</p><p>que os direitos e garantias expressos na CF não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por</p><p>ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.</p><p>É relevante observar também que cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de</p><p>tributar (art. 146, II, CF/88). Preste atenção, pois isso cai bastante em prova.</p><p>A lei complementar apenas regula as limitações constitucionais ao poder de tributar, não</p><p>tendo autonomia para instituir novas limitações.</p><p>Cumpre-nos destacar também a relação entre as limitações ao poder de tributar e as cláusulas pétreas. Você</p><p>já ouvir falar sobre isso?</p><p>O legislador constituinte determinou – art. 60, § 4°, IV, da CF – que os direitos e garantias individuais não</p><p>podem ser abolidos por emendas constitucionais. A essa proibição denominamos cláusula pétrea. Tais</p><p>normas são previstas como uma espécie de blindagem para que a Constituição não sofra sucessivas emendas</p><p>que a desvirtue dos princípios que foram nela consolidados, quando houve sua promulgação.</p><p>Com base no que acabamos de aprender, grande parte das limitações constitucionais ao poder de tributar</p><p>podem ser consideradas como direitos individuais do contribuinte, sendo, portanto, cláusulas pétreas.</p><p>Não é possível, portanto, que uma emenda constitucional venha reduzir, criar exceções ou mesmo suprimir</p><p>uma limitação ao poder de tributar, pois estaria abolindo um direito individual. Note que o contrário não é</p><p>proibido, ou seja, é permitido que uma emenda constitucional venha acrescentar novos direitos aos</p><p>contribuintes, instituindo outras limitações ao poder de tributar.</p><p>Devemos estar atentos também ao fato de que a forma federativa de Estado também é uma cláusula pétrea</p><p>(art. 60, §4°, I). Como ainda vamos ver, a imunidade recíproca (imunidade, como vimos, é uma forma de</p><p>limitação ao poder de tributar) proíbe que os entes federados instituam impostos sobre o patrimônio, rendas</p><p>ou serviços uns dos outros. Nesse contexto, se uma emenda constitucional permite que a União cobre</p><p>impostos sobre o patrimônio dos Municípios, por exemplo, estaria violando</p><p>não incidência tributária confiscatória.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>(SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2009) Sobre os princípios que regem nosso Sistema Tributário Nacional</p><p>é correto afirmar: o princípio da Vedação de Confisco tem por objetivo estabelecer a tributação justa e livre</p><p>de arbitrariedade, não se aplica, porém, a todas as espécies tributárias, mas somente aos tributos de</p><p>natureza vinculada à atuação estatal.</p><p>Comentário: O princípio da vedação ao efeito de confisco alcança todo e qualquer tributo. Contudo, é</p><p>evidente que se trata de um conceito jurídico indeterminado, cabendo ao Juiz decidir em cada caso. O que</p><p>temos que memorizar sobre isso é que a jurisprudência do STF entende que o efeito confiscatório deve ser</p><p>aferido pela análise da totalidade da carga tributária a que está sujeito o contribuinte em relação ao ente</p><p>federado.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Princípios da Anterioridade e Irretroatividade</p><p>Como já sabemos, um Estado Democrático de Direito pressupõe a existência de princípios que</p><p>protejam os particulares do excesso de poder do Estado.</p><p>Nessa concepção, surge o princípio da segurança jurídica relacionado à estabilidade das relações jurídicas,</p><p>fornecendo garantia e certeza das consequências dos atos praticados pelo contribuinte, no que concerne às</p><p>relações jurídico-tributárias.</p><p>Isso significa que uma das vertentes do princípio da segurança jurídica é proteger o contribuinte contra</p><p>alterações repentinas que possam trazer prejuízos inesperados ao seu patrimônio. Relativamente à matéria</p><p>tributária, a segurança jurídica é concretizada por meio do princípio da não surpresa, embora não se</p><p>resuma neste. Mas o que viria a ser tal princípio?</p><p>Como o Direito Tributário rege as normas atinentes à instituição, arrecadação e fiscalização tributária, ou</p><p>seja, envolve a subtração do patrimônio particular em benefício do Estado, é natural que a Constituição</p><p>estabeleça princípios que evitem – ou reduzam – a alteração brusca das normas que venham a prejudicar</p><p>os contribuintes.</p><p>Portanto, quando se fala em princípios da anterioridade (anual ou nonagesimal) ou princípio da</p><p>irretroatividade, lembramo-nos daquilo que alguns doutrinadores denominam como princípio da não</p><p>surpresa. Pode-se dizer que o referido princípio é representado, na CF/88, pelos princípios da</p><p>anterioridade, noventena e até mesmo o da irretroatividade.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>28</p><p>252</p><p>Estudaremos, a partir de agora, esses três princípios. Contudo, apesar de a ordem em que inserimos</p><p>acima ser a adotada pela CF/88, para fins didáticos, iniciaremos nosso estudo pelo princípio da</p><p>anterioridade.</p><p>Princípio da Anterioridade</p><p>De acordo com o que foi previsto no art. 150, III, b, da CF/88, é vedado a qualquer dos entes</p><p>federativos (União, Estados, DF e Municípios) cobrar tributos “no mesmo exercício financeiro em que haja</p><p>sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”.</p><p>Observação: O princípio da anterioridade também pode vir na prova com os seguintes</p><p>títulos: anterioridade anual, de exercício, geral ou, ainda, anterioridade comum.</p><p>O que seria “exercício financeiro”?</p><p>No Brasil, o denominado exercício financeiro tem início no dia 01 de janeiro e termina em</p><p>31 de dezembro. Pode-se dizer, pois, que o exercício financeiro se confunde com o ano</p><p>civil.</p><p>Isso significa que, como regra, se uma lei institui um tributo, o ente federado que a editou só poderá</p><p>cobrá-lo no ano seguinte ao que foi publicada a lei instituidora.</p><p>Perceba que a essência do dispositivo é justamente proteger o contribuinte contra surpresas</p><p>decorrentes de alterações legislativas que possam vir a prejudicá-lo.</p><p>Imagine que uma lei majoradora de determinado tributo seja publicada em 20/02/X1. Esta lei</p><p>somente produzirá efeitos no primeiro dia do ano seguinte àquele em que foi publicada:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>29</p><p>252</p><p>Vale observar que as alterações que venham trazer vantagens para os contribuintes não estão</p><p>protegidas por esta norma. Com isso, a redução e extinção de um tributo obviamente não necessitarão</p><p>aguardar tais prazos, produzindo efeitos imediatamente.</p><p>Destaque-se que, de acordo com o STF (RE-AgR 274.949/SC), a alteração de prazo para recolhimento</p><p>de tributo não prejudica o contribuinte, mesmo que se trate de antecipação do prazo, não se sujeitando, tal</p><p>medida, ao princípio da anterioridade.</p><p>Vejamos também uma súmula vinculante do STF que corrobora o seu entendimento:</p><p>Súmula Vinculante 50 - Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária</p><p>não se sujeita ao princípio da anterioridade.</p><p>Observação: Esta súmula vinculante possui a mesma redação da Súmula 669 do STF. Isso</p><p>significa que já se tratava de entendimento pacífico no STF.</p><p>Ademais, de acordo com a Corte Suprema (RE-AgR 200.844/PR), a atualização do valor monetário</p><p>do tributo também não constitui majoração de tributo, não sendo necessário que se submeta ao</p><p>princípio da anterioridade.</p><p>Observação: Lembre-se de que tanto a alteração do prazo para recolhimento, como a</p><p>atualização monetária também são exceções ao princípio da legalidade.</p><p>Nessa linha, o STF (RE 204.062) já considerou que a revogação de isenção anteriormente concedida</p><p>não se equipara à majoração de tributo, não se sujeitando ao princípio da anterioridade. Portanto, esta</p><p>revogação produz efeitos imediatamente. Acompanhe a ementa do citado recurso extraordinário:</p><p>EMENTA: - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO: REVOGAÇÃO. PRINCÍPIO DA</p><p>ANTERIORIDADE. I. - Revogada a isenção, o tributo torna-se imediatamente exigível. Em caso</p><p>assim, não há que se observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já é existente.</p><p>II. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal. III. - R.E. conhecido e provido.</p><p>(RE 204.062/ES, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 19/12/1996)</p><p>Veja que o STF entendia, nos idos de 1996, que a revogação de isenção não configuraria majoração de</p><p>tributo, não havendo porque observar o princípio da anterioridade. Contudo, é muito importante</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>30</p><p>252</p><p>considerarmos a decisão mais recente da Primeira Turma da Suprema Corte, no sentido da necessidade</p><p>de observância do princípio da anterioridade:</p><p>(...) REVOGAÇÃO DE BENEFÍCIO FISCAL – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – DEVER DE</p><p>OBSERVÂNCIA – PRECEDENTES.</p><p>Promovido aumento indireto do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS por</p><p>meio da revogação de benefício fiscal, surge o dever de observância ao princípio da</p><p>anterioridade, geral e nonagesimal, constante das alíneas “b” e “c” do inciso III do artigo 150,</p><p>da Carta. Precedente – Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.325/DF,</p><p>de minha relatoria, julgada em 23 de setembro de 2004. (...)</p><p>(STF, RE 564.225-AgR/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, Julgamento em 02/09/2014)</p><p>Veja que, atualmente, o STF entende que a redução de benefício fiscal caracteriza aumento indireto de</p><p>tributo, atraindo a aplicação do princípio da anterioridade anual e nonagesimal, sendo que esta será</p><p>estudada adiante. Ademais, entende a Corte que o prévio conhecimento da carga tributária tem como</p><p>base a segurança jurídica e, como conteúdo, a garantia da certeza do direito.</p><p>Leve isto para a sua prova: A majoração indireta de tributo, levada a cabo por meio de</p><p>redução de benefício fiscal, atrai a aplicação do princípio da anterioridade (anual e</p><p>nonagesimal, sendo que este será estudado adiante).</p><p>Acrescentamos, ainda, um interessante dispositivo do CTN, acerca da revogação de isenções, a</p><p>saber:</p><p>Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a</p><p>sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a</p><p>renda:</p><p>I - que instituem ou majoram tais impostos;</p><p>II - que definem novas hipóteses de incidência;</p><p>III -</p><p>que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável</p><p>ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.</p><p>O art. 104 do CTN foi elaborado à luz da Emenda Constitucional nº 18, de 1965. Importa-nos, neste</p><p>momento, verificar as distinções entre os regramentos dos incisos I e II do art. 104 e o que estabelece o</p><p>princípio da anterioridade, consignado no art. 150, III, “b”, da Constituição Federal de 1988:</p><p>CTN, art. 104 CF/88, art. 150, III, “b”</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>31</p><p>252</p><p>Aplica-se apenas aos impostos sobre patrimônio ou</p><p>renda</p><p>Aplica-se aos tributos em geral</p><p>Refere-se à entrada em vigor da lei Refere-se à eficácia da lei</p><p>Justamente por conta dessas divergências é que boa parte da doutrina defende que os incisos I e II não se</p><p>compatibilizam com a CF/88, não tendo sido recepcionados por esta. De qualquer modo, a transcrição</p><p>literal dos dispositivos em questões de concursos públicos deve ser analisada com cautela, pois as bancas</p><p>podem considerá-las corretas!</p><p>No que se refere ao art. 104, III, do CTN, a revogação ou redução de isenção deve obedecer ao princípio da</p><p>anterioridade, mas esta lei só faz essa restrição em relação aos impostos sobre o patrimônio ou renda.</p><p>Observe que para o STF, como já foi explicado, não houve tal restrição. Da mesma forma, é recomendável</p><p>ao candidato que procure entender qual é a fonte utilizada para elaboração da questão, lembrando-se das</p><p>palavras-chave do art. 104, do CTN: “vigor” e “impostos sobre o patrimônio ou a renda”.</p><p>Observação: O art. 178, do CTN, refere-se à revogação de isenções onerosas (concedidas</p><p>por prazo certo e sob determinadas condições). Tais isenções são irrevogáveis. Este</p><p>assunto não será estudado nesta aula.</p><p>Observação: O princípio da anterioridade não se confunde com o da anualidade (não</p><p>existente na CF/88). Este exigia prévia autorização orçamentária para que fosse feita sua</p><p>cobrança.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>32</p><p>252</p><p>Vamos ver agora os tributos que constituem exceções ao princípio da anterioridade.</p><p>Tributos que Constituem Exceções ao Princípio da Anterioridade</p><p>Os tributos que constituem exceções ao princípio ora estudado são os seguintes:</p><p>Com esse esquema, não vai ficar difícil decorar, já que eu associei o tributo a algo que o faça lembrar das</p><p>exceções. Vamos entender melhor esse esquema, correto?</p><p>Perceba que todos os tributos considerados extrafiscais (Imposto de Importação e Exportação,</p><p>Imposto sobre Produtos Industrializados e Imposto sobre Operações Financeiras) foram excepcionados</p><p>para conceder plena eficácia aos fins que lhes foram propostos.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>33</p><p>252</p><p>Além disso, os impostos extraordinários de guerra e os empréstimos compulsórios (guerra e</p><p>calamidade) foram excluídos da aplicação do princípio, por conta da situação urgente a que se referem.</p><p>Os empréstimos compulsórios, instituídos com base na hipótese de investimento público</p><p>de caráter urgente, não foram excepcionados da anterioridade. Então, a princípio, os</p><p>investimentos não são tão urgentes assim!</p><p>No que se refere às contribuições destinadas ao financiamento da seguridade social, vale ressaltar</p><p>que, desde a promulgação da CF/88, elas estiveram sujeitas apenas ao princípio da noventena (será visto a</p><p>seguir), constituindo, portanto, exceção ao princípio da anterioridade.</p><p>Há ainda os casos específicos do ICMS-Combustíveis (também denominado</p><p>ICMS-monofásico-Combustíveis) e da CIDE-Combustíveis, que são exceção à anterioridade apenas em caso</p><p>de redução (dedução óbvia do próprio princípio) e do restabelecimento. Se houver majoração das</p><p>alíquotas, portanto, haverá a consequente sujeição ao princípio estudado.</p><p>Princípio da Noventena (Anterioridade Nonagesimal)</p><p>O princípio da noventena (também denominado anterioridade nonagesimal) estabelece que a</p><p>cobrança de tributos deve ocorrer apenas 90 dias após a publicação de uma lei que institua ou majore</p><p>tributos.</p><p>Observação: Não caia em “pegadinhas” de prova, dizendo que o prazo é de 3 MESES. São</p><p>90 dias!</p><p>O princípio da noventena também pode vir na prova com os seguintes títulos:</p><p>anterioridade nonagesimal, privilegiada, qualificada ou até mesmo mitigada.</p><p>Conforme explicamos no tópico anterior, as contribuições para o financiamento da seguridade social estão</p><p>sujeitas apenas ao princípio da noventena. Aliás, elas são a única hipótese prevista no texto constitucional,</p><p>na data da sua promulgação, em 1988.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>34</p><p>252</p><p>Contudo, ficou provado que o princípio da anterioridade, na verdade, não protegia de forma efetiva</p><p>os contribuintes, tendo em vista que se uma lei que torne um tributo mais oneroso seja publicada no dia 31</p><p>de dezembro de determinado ano, no dia seguinte tal lei já estaria surtindo efeitos.</p><p>Diante do exposto, a Emenda Constitucional 42/2003 trouxe uma alteração, ampliando o rol de</p><p>tributos que estariam sujeitos ao princípio da noventena. Portanto, agora a regra é a aplicação desse</p><p>princípio, ficando excetuadas apenas as hipóteses previstas no art. 150, § 1°, da CF/88.</p><p>A única diferença entre o dispositivo supra mencionado e o § 6° do art. 195 (princípio da noventena</p><p>aplicável às contribuições para seguridade social) é que o primeiro fala em instituição ou aumento, e o</p><p>segundo, instituição ou modificação, o que, para o STF, não há nenhuma diferença, pois o objetivo é</p><p>proteger o contribuinte de normas que o onerem.</p><p>Parte da doutrina confere denominações distintas ao princípio previsto no art. 150, III,</p><p>“c” e aquele consignado no art. 195, § 6º, da CF/88.</p><p>Você pode encontrar em provas a referência ao princípio da anterioridade previsto no art.</p><p>150, III, “c”, incluído na Carta Magna pela EC 42/03 e aplicável aos tributos de um modo</p><p>geral, como princípio da anterioridade mínima, e a referência ao disposto no art. 195,</p><p>§ 6º, da CF/88, aplicável apenas às contribuições para a seguridade social, como princípio</p><p>da anterioridade especial. Essa diferenciação não é comum, mas pode ocorrer!☺</p><p>O grande detalhe é que, regra geral, o princípio da anterioridade nonagesimal deve ser aplicado</p><p>juntamente com o princípio da anterioridade anual. Isso mesmo! A partir da publicação da lei, devem ser</p><p>observados esses dois princípios, prevalecendo aquele que tiver o prazo mais longo. Vamos a um exemplo,</p><p>para facilitar nosso estudo!</p><p>Imagine aquela lei, do nosso exemplo anterior, majorando o tributo e sendo publicada em</p><p>20/02/X1. Esta lei somente produzirá efeitos no primeiro dia do ano seguinte àquele em que foi publicada,</p><p>do mesmo modo, visto que o prazo de 90 dias a ser contado a partir da data da publicação da lei</p><p>certamente faria com que a norma produzisse efeitos ainda no ano X1. Porém, em observância ao princípio</p><p>da anterioridade anual, a produção de efeitos deve ser postergada para, no mínimo, até 01/01/X2.</p><p>Vamos repetir a ilustração:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>35</p><p>252</p><p>Caso, porém, tal lei fosse publicada no fim do ano X1, prevaleceria o princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal, haja vista que, cumprido o prazo anual, não necessariamente já teria sido cumprido o prazo</p><p>nonagesimal. Isso ocorreria, por exemplo, se a lei fosse publicada em dezembro de X1. Entendido até aqui?</p><p>☺</p><p>Um detalhe a ser guardado é que, no entendimento do STF (RE 584.100), a simples prorrogação de</p><p>alíquota já aplicada anteriormente não está sujeita ao prazo nonagesimal, tendo em vista que não há</p><p>nenhuma surpresa para o contribuinte.</p><p>Vejamos, a partir de agora, os tributos que constituem exceções ao princípio da noventena.</p><p>Tributos que Constituem</p><p>Exceções ao Princípio da Noventena</p><p>Com algumas diferenças e semelhanças em relação ao princípio da anterioridade, os tributos que</p><p>constituem exceções ao princípio ora estudado são os seguintes:</p><p>Observe que, dos impostos extrafiscais, apenas o IPI está sujeito à noventena. Essa opção pode ter sido</p><p>feita, pois o IPI já é considerado por parte da doutrina como tributo com finalidade fiscal.</p><p>No que se refere ao IEG e aos empréstimos compulsórios, segue-se a mesma regra aplicável ao</p><p>princípio da anterioridade. Trata-se de tributos que se referem a situações de urgência.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>36</p><p>252</p><p>==302b8==</p><p>No tocante ao Imposto de Renda, percebe-se que há sujeição apenas ao princípio da anterioridade,</p><p>o que torna a proteção ao contribuinte bastante insignificante, pois uma majoração no dia 31/12/13, por</p><p>exemplo, pode repercutir efeitos no dia 01/01/14.</p><p>Já as exceções referentes à fixação das bases de cálculo do IPVA e do IPTU foram estabelecidas para</p><p>facilitar que os entes competentes para instituir tais tributos possam promover alterações nos valores</p><p>dos bens imóveis e veículos sobre os quais tais impostos incidem. Se tivessem que aguardar 90 dias, não</p><p>seria possível fazer tais revisões com precisão.</p><p>Atente-se ainda ao que prevê o art. 130, § 1º, do ADCT, incluído pela Emenda Constitucional 132/2023</p><p>(Reforma Tributária), no sentido de que as alíquotas de referência do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS)</p><p>serão fixadas no ano anterior ao de sua vigência, não se aplicando o princípio da noventena</p><p>(anterioridade nonagesimal).</p><p>Por fim, eu gostaria de auxiliá-los a guardar tais minúcias deste ponto da matéria. Observem que o</p><p>II, IE, IOF, IEG e Empréstimos compulsórios decorrentes de guerra ou calamidade constituem exceções aos</p><p>dois princípios.</p><p>Além disso, todos os demais tributos que não constam nas exceções estudadas ficam sujeitos aos</p><p>dois princípios. Ou seja, a instituição de uma contribuição de melhoria, por exemplo, fica sujeita aos dois</p><p>princípios constitucionais tributários.</p><p>Portanto, se tal tributo for instituído em 2 janeiro, terá que aguardar até o próximo ano para</p><p>produzir efeitos (prevalece, neste caso, o princípio da anterioridade, tendo em vista que faltam mais do que</p><p>90 dias para o próximo ano). Por outro lado, se a instituição ocorrer em 15 de novembro, há que se</p><p>aguardar 90 dias, pois este prazo superará o intervalo entre a data da publicação da lei e o primeiro dia</p><p>do ano subsequente. Compreendido?</p><p>Os Princípios da Anterioridade e Noventena e as Medidas Provisórias</p><p>Estudamos em aula anterior que as medidas provisórias são atos normativos com força de lei e, por</p><p>isso mesmo, podem instituir tributos, desde que observados os requisitos de urgência e relevância,</p><p>expressos no caput do art. 62, da CF/88.</p><p>O § 2° do referido dispositivo menciona que a medida provisória, que implique instituição ou</p><p>majoração de impostos, só produzirá efeitos no exercício seguinte se houver sido convertida em lei até o</p><p>último dia daquele em que foi editada. Destaque-se que nem todos os impostos estão sujeitos a essa</p><p>regra, pois o II, IE, IPI, IOF e IEG constituem exceções estampadas na própria norma.</p><p>A regra só vale para a espécie IMPOSTO, estando excepcionados os seguintes impostos:</p><p>II, IE, IPI, IOF e IEG.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>37</p><p>252</p><p>Temos que entender que o que foi dito acima é uma exigência restrita às medidas provisórias, como</p><p>meio de forçar a sua conversão em lei antes da produção de efeitos no ano seguinte.</p><p>Eu acredito que pode ter surgido alguma dúvida na sua cabeça. Portanto, vamos abordar o assunto</p><p>devagar, dando dicas que irão ajudá-lo a matar qualquer questão que venha a incidir sobre o assunto que,</p><p>por sinal, é bastante cobrado em provas de concurso público.</p><p>Em primeiro lugar, fiquemos atentos, pois, a partir da EC 32/2001, as medidas provisórias</p><p>passaram a ter vigência de 60 dias prorrogáveis por igual período (mais 60 dias).</p><p>A regra geral que temos de observar são os princípios da anterioridade e noventena em se tratando</p><p>de uma norma que institua ou majore tributos, considerando as exceções. Isso é o que é aplicável, ainda</p><p>que tais tributos sejam instituídos ou majorados por MPs.</p><p>No entanto, quando se tratar de impostos, que não sejam aqueles excepcionados pelo próprio § 2º</p><p>do art. 62 da CF (II, IE, IPI, IOF e IEG), há que se obedecer a regra segundo a qual só haverá produção de</p><p>efeitos no exercício financeiro seguinte, se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em</p><p>que a MP foi editada.</p><p>Seguindo essa linha, a majoração do IPI não fica sujeita a essa regra, mas um aumento nas alíquotas do ITR</p><p>sujeita-se, além da anterioridade e noventena, também à regra do art. 62, § 2º.</p><p>Vejamos um caso hipotético do ICMS (comum, não específico sobre combustíveis), sujeito à regra do art.</p><p>62, § 2º, bem como aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal.</p><p>Digamos que uma MP estadual, majoradora da alíquota desse imposto, tenha sido publicada em meados de</p><p>novembro de 2014, sendo que a conversão desta MP em lei ocorreu apenas em janeiro de 2015. A partir de</p><p>quando essa majoração produziu efeitos?</p><p>Ora, como neste caso o ICMS está sujeito à anterioridade e à noventena, a regra seria a MP produzir efeitos</p><p>após 90 dias (já que também seria obedecido o princípio da anterioridade). Isso faria com que a MP</p><p>produzisse efeitos ainda em 2015.</p><p>Contudo, com a aplicação dessa regra que estamos estudando, somente haverá produção de efeitos a partir</p><p>do dia 1º de janeiro de 2016, pelo fato de a MP não ter sido convertida até o último dia em que foi editada</p><p>(31/12/2014).</p><p>Por fim, vale destacar o entendimento do STF no que se concerne ao termo inicial de contagem do prazo</p><p>nonagesimal, referente à majoração de contribuições sociais destinadas à seguridade social por meio de</p><p>MP. Pergunto: caso a MP venha a ser convertida em lei, tal prazo é contado da edição da MP ou da sua</p><p>conversão em lei?</p><p>Como tais contribuições somente se submetem ao princípio da anterioridade nonagesimal (ou</p><p>anterioridade especial, neste caso), após o término do prazo de 90 dias, a MP produziria efeitos por 30 dias.</p><p>Se, dentro desse período, a MP for convertida em lei sem alterações substanciais em tal conversão, a</p><p>cobrança continua. De outra forma, se houver alterações substanciais (conversão parcial da MP em lei) no</p><p>texto originário da MP, reinicia-se o prazo de contagem a partir da publicação da lei de conversão. Esse é o</p><p>entendimento do STF.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>38</p><p>252</p><p>Se a questão não fizer nenhuma ressalva quanto às alterações substanciais,</p><p>consideraremos que o prazo se conta a partir da publicação da medida provisória.</p><p>Há, ainda, a hipótese de a MP ser rejeitada no Congresso Nacional (CN) ou vir a perder sua eficácia</p><p>por decurso do prazo de 120 dias. Nestes casos, o tributo deixa de ser cobrado. Contudo, cabe ao</p><p>Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas que foram geradas nesses 30 dias de cobrança do</p><p>tributo, por meio de decreto legislativo. Vale dizer, o CN decidirá se haverá ou não a devolução dos valores</p><p>pagos pelos contribuintes.</p><p>Se o CN não deliberar sobre isso no prazo de 60 dias após a rejeição ou perda de eficácia, as</p><p>relações jurídicas (os valores pagos) são mantidas, valendo-se o que foi disposto na MP.</p><p>(AFM -Pref Fortaleza/Direito/2023) Com base no que dispõe a Constituição Federal de 1988 acerca de</p><p>princípios do direito tributário e de espécies de tributo, julgue o seguinte item.</p><p>A União poderá instituir, mediante lei complementar, empréstimos compulsórios para atender a despesas</p><p>extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência ou no caso de</p><p>investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,</p><p>não se aplicando, em ambos os</p><p>casos, em razão da excepcionalidade de ambas as situações, o princípio da anterioridade contido no art.</p><p>150, III, b, da Constituição Federal de 1988.</p><p>Comentário: A exceção ao princípio da anterioridade anual se refere apenas aos empréstimos compulsórios</p><p>para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua</p><p>iminência.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>(SEF-MG-Auditor Fiscal/2023) O princípio da anterioridade nonagesimal, previsto no Art. 150, inciso III,</p><p>alínea c, da Constituição Federal de 1988, importante por trazer segurança para os contribuintes e permitir</p><p>um planejamento tributário, não se aplica a todos os impostos.</p><p>Quanto aos impostos já instituídos pela União, assinale a opção que apresenta os que devem observar o</p><p>princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>A) Imposto sobre Produtos Industrializados / Imposto sobre Propriedade Territorial Rural.</p><p>B) Imposto sobre Exportação para o Exterior de produtos nacionais ou nacionalizados / Imposto sobre</p><p>Propriedade Territorial Rural.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>39</p><p>252</p><p>C) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários /</p><p>Imposto sobre Propriedade Territorial Rural.</p><p>D) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros / Imposto sobre Produtos Industrializados.</p><p>E) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros / Imposto sobre Exportação para o Exterior de</p><p>produtos nacionais ou nacionalizados.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Tanto o IPI como o ITR devem observar o princípio da anterioridade nonagesimal. Alternativa</p><p>correta.</p><p>Alternativa B: O ITR deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o IE não. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa C: O ITR deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o IOF não. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa D: O IPI deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o II não. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa E: Nenhum dos dois impostos (II e IE) deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>(CAU-RJ-Advogado/2023) O princípio tributário que impede a cobrança de tributos no mesmo exercício</p><p>financeiro em que foi instituído ou aumentado denomina-se princípio da:</p><p>A) irretroatividade</p><p>B) legalidade</p><p>C) isonomia</p><p>D) anterioridade</p><p>E) seletividade</p><p>Comentário: Ora, das alternativas apresentadas, a única que se refere ao princípio estudado, que impede a</p><p>cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que foi instituído ou aumentado é a Letra D,</p><p>princípio da anterioridade, previsto no art. 150, III, "b", da CF.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>(SEFAZ-AM/2022) Na Constituição Federal de 1988, muitos princípios em matéria tributária garantem que</p><p>os contribuintes não serão surpreendidos pelo Fisco com novas cobranças e venham a ter problemas com</p><p>seu planejamento financeiro.</p><p>Assim, o princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena não se aplica</p><p>A) ao Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto de</p><p>Importação.</p><p>B) ao Imposto de Propriedade Territorial Rural, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto de Exportação.</p><p>C) ao Imposto de Importação, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto de Exportação.</p><p>D) aos Impostos Extraordinários no caso de guerra externa, ao Imposto de Propriedade Territorial Rural e ao</p><p>Imposto de Importação.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>40</p><p>252</p><p>E) ao Imposto sobre Produtos Industrializados, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto sobre Propriedade</p><p>Predial e Territorial Urbana.</p><p>Comentário: A Constituição Federal estabelece diversas limitações ao Poder de Tributar e, entre elas, está o</p><p>princípio da anterioridade previsto no art. 150, III, alíneas “b” e “c”, confira.</p><p>E seguindo, os demais §§ do art. 150, trazem as exceções a esses princípios.</p><p>Exceção (não se aplica) a anterioridade anual e nonagesimal: II, IE, IOF, IEG e EC.</p><p>Exceção (não se aplica) APENAS à anterioridade anual: CIDE combustível quando for caso de</p><p>reestabelecimento das alíquotas, ICMS combustível, IPI e Contribuições da Seguridade Social.</p><p>Exceção (não se aplica) APENAS à anterioridade nonagesimal: Base de cálculo IPTU, base de cálculo IPVA e</p><p>IR.</p><p>Feita essa introdução vamos aos comentários das alternativas.</p><p>Alternativa A: Ao IPTU não se aplica a noventena apenas em relação a sua base de cálculo, então tenha</p><p>atenção quando a banca trouxer o termo geral.</p><p>Por força constitucional o princípio da anterioridade nonagesimal não se aplica ao Imposto de Renda e ao</p><p>Imposto de Importação. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O ITR se submete tanto ao princípio da anterioridade anual quanto à nonagesimal.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O II, IR e IE realmente são exceções à noventena. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Como visto na alternativa b, o ITR se submete à noventena. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O IPI se submete à noventena, e o IPTU é exceção apenas na hipótese da base de cálculo.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>(SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020) A majoração de qualquer tributo por medida provisória somente produzirá</p><p>efeitos no exercício financeiro seguinte se for convertida em lei até o último dia do exercício em que tiver</p><p>sido editada.</p><p>Comentário: A referida regra é aplicável apenas aos impostos, estando excepcionados os seguintes</p><p>impostos: II, IE, IPI, IOF, IEG.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>(MPE-CE-Promotor de Justiça/2020) A fixação da base de cálculo do IPVA está sujeita à anterioridade anual,</p><p>mas não à anterioridade nonagesimal.</p><p>Comentário: Realmente, A fixação da base de cálculo especificamente do IPVA (e do IPTU) está sujeita à</p><p>anterioridade anual, mas não se sujeita ao prazo de 90 dias (noventena).</p><p>Gabarito: Correta</p><p>(ISS-Campinas-Auditor Fiscal/2019) O Município X, com o objetivo de reduzir o déficit do seu regime</p><p>previdenciário, resolve aumentar, mediante lei própria, a alíquota da contribuição previdenciária cobrada</p><p>de seus servidores de 11% para 14%, que se situa acima da alíquota cobrada pela União de seus próprios</p><p>servidores.</p><p>A esse respeito, é correto afirmar que</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>41</p><p>252</p><p>a) os Municípios não têm competência para a modificação da legislação previdenciária, que é de</p><p>competência da União Federal, motivo pelo qual deve ser suspensa a cobrança até que sobrevenha lei</p><p>federal com ela compatível.</p><p>b) as espécies tributárias previstas pela Constituição na competência dos Municípios são apenas os</p><p>impostos, as taxas e as contribuições de melhoria, motivo pelo qual deve ser considerada como</p><p>inconstitucional a modificação realizada por lei municipal.</p><p>c) a cobrança da alíquota majorada deverá aguardar necessariamente ao menos noventa dias após a</p><p>entrada em vigor da lei para ser cobrada em virtude da chamada anterioridade nonagesimal.</p><p>d) o aumento da alíquota é inconstitucional, pois os Municípios não podem estabelecer alíquotas de</p><p>contribuição previdenciária dos servidores públicos acima do fixado pela União para seus próprios</p><p>servidores.</p><p>e) não se trata de contribuição de natureza tributária, motivo pelo qual não se aplicam as regras de direito</p><p>tributário aos créditos decorrentes da cobrança de contribuições para o regime próprio de previdência.</p><p>Comentário: Esta questão trata também do assunto competência tributária dos Municípios. Vamos lá!</p><p>Alternativa A: Em se tratando de suas próprias contribuições, não há qualquer vedação quanto á alteração</p><p>da legislação. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Os Municípios podem instituir, além do que foi mencionado na alternativa, as contribuições</p><p>para o regime próprio de previdência bem como a contribuição de iluminação pública. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Deve-se aguardar o prazo nonagesimal para sua cobrança,</p><p>em razão do disposto no art. 195,</p><p>§ 6º, da CF/88. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: A única vedação existe é que os Municípios não podem estabelecer uma alíquota inferior</p><p>àquela cobrada pela União de seus próprios servidores. Ademais, deve-se aguardar o prazo nonagesimal</p><p>para sua cobrança. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: As contribuições para o regime próprio de previdência possuem natureza tributária, logo a</p><p>alternativa está errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>(Pref. Campinas-SP-Procurador/2016) O chefe do poder executivo, por meio de medida provisória</p><p>aprovada no Congresso Nacional, majorou a alíquota do imposto sobre a renda das pessoas físicas. A nova</p><p>lei, decorrente da medida provisória aprovada, produzirá efeitos</p><p>a) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei foi publicada, respeitando-se, também, o</p><p>princípio nonagesimal (noventena), por se tratar do imposto sobre a renda, o qual deve observar as duas</p><p>anterioridades constitucionais, ou seja, a anual e a noventena.</p><p>b) no exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei, decorrente da medida provisória aprovada, foi</p><p>publicada.</p><p>c) imediatamente, desde que seja promulgada e publicada de acordo com o processo legislativo previsto na</p><p>Constituição Federal.</p><p>d) após o prazo de noventa dias da data em que haja sido publicada a nova lei que majorou o imposto sobre</p><p>a renda.</p><p>e) no mesmo dia da publicação da lei, tendo em vista a exceção prevista na Constituição Federal, ao tratar</p><p>das regras sobre medida provisória.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>42</p><p>252</p><p>Comentário: Como se trata de medida provisória majorando IR, devemos considerar, além do princípio da</p><p>anterioridade anual (O IR constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal), a regra contida no</p><p>art. 62, § 2º, da CF/88, ou seja, a nova lei publicada fruto da conversão da medida provisória só produzirá</p><p>efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que</p><p>foi editada. Assim sendo, analisemos as alternativas da questão:</p><p>Alternativa A: Como o IR não se submete ao princípio da anterioridade nonagesimal, está assertiva já pode</p><p>ser descartada. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Esta assertiva está correta, já que, ao considerarmos que a lei produzirá efeitos no exercício</p><p>financeiro seguinte àquele em que a nova lei decorrente da medida provisória aprovada foi publicada, já se</p><p>considera a regra do art. 62, § 2º, da CF/88. Afinal, por exemplo, se a MP foi publicada em 2015 e</p><p>convertida em lei ainda em 2015, produzirá efeitos em 2016. Se, por outro lado, a medida provisória foi</p><p>publicada no fim do ano 2015, e só convertida em lei em 2016, a produção de efeitos será também no</p><p>exercício financeiro seguinte àquele em que a nova lei foi publicada, isto é, em 2017. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: Em razão da regra prevista no art. 62, § 2º, e considerando que o IR se submete ao princípio</p><p>da anterioridade anual, a referida lei não produzirá efeitos imediatamente. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Como o IR não se submete ao princípio da anterioridade nonagesimal, está assertiva já pode</p><p>ser descartada. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Na realidade, em razão da regra prevista no art. 62, § 2º, e considerando que o IR se submete</p><p>ao princípio da anterioridade anual, a referida lei não produzirá efeitos no dia de sua publicação.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>Princípio da Irretroatividade</p><p>Este princípio foi disposto no art. 150, III, “a”, o qual assevera que é vedado a todos os entes federativos</p><p>cobrar tributos “em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver</p><p>instituído ou aumentado”.</p><p>Não há exceções ao princípio da irretroatividade na CF/88. Contudo, o CTN previu</p><p>situações em que a norma pode retroagir, desde que seja expressamente interpretativa</p><p>ou, tratando de infração, que venha a beneficiar os infratores.</p><p>Veja que a proibição tem, por objetivo, evitar que uma lei seja instituída hoje e venha a instituir ou</p><p>aumentar tributos cujos fatos geradores ocorreram antes do início da vigência desta lei. Por exemplo, seria</p><p>inconstitucional se uma lei fosse editada hoje, afirmando que o IPTU seria majorado e que todos aqueles</p><p>que possuíssem imóveis urbanos a partir de 2012 sofreriam tal ônus.</p><p>Além disso, perceba a diferença entre esse princípio e os princípios da anterioridade anual e</p><p>nonagesimal. Nesses, o marco temporal utilizado para vedar a cobrança de tributos é a publicação da lei;</p><p>naquele, trata-se da vigência da lei.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>43</p><p>252</p><p>Repare, então, que o objetivo do princípio da irretroatividade está diretamente interligado à</p><p>segurança jurídica, pois o objetivo é proteger as relações constituídas de novos efeitos tributários. Ou</p><p>seja, quando se praticou o fato gerador (uma importação, por exemplo), o contribuinte havia levado em</p><p>consideração a legislação em vigor naquela data.</p><p>Observação: Segurança jurídica, em termos simples, significa certeza do direito, ou seja,</p><p>ao praticar um ato, o contribuinte deve ter a garantia dos efeitos dele decorrentes.</p><p>Levando em consideração que, somente podem ser cobrados tributos cujos fatos geradores tenham</p><p>ocorrido após a vigência da lei que os instituiu ou majorou, o CTN assim dispôs:</p><p>“Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e</p><p>aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja</p><p>completa nos termos do artigo 116.”</p><p>Observação: Não se preocupe com os detalhes deste dispositivo, por enquanto.</p><p>Estudaremos isso em momento oportuno.</p><p>Por ora, precisamos entender um pouco sobre temas abordados nas próximas aulas. Quando uma</p><p>lei institui um tributo, prevê-se na norma um fato que, ocorrido, faz surgir o vínculo entre o contribuinte e o</p><p>fisco. A essa previsão na norma denominamos hipótese de incidência. Ao fato ocorrido no mundo real,</p><p>chamamos de fato gerador. Por fim, denomina-se obrigação tributária a relação jurídica constituída entre o</p><p>fisco e o contribuinte, quando da ocorrência do fato gerador.</p><p>Para a doutrina, a hipótese de incidência (previsão do fato gerador na lei) é estruturada em 5</p><p>aspectos: material, temporal, espacial, pessoal e quantitativo.</p><p>O aspecto material se refere ao fato descrito na norma como ensejador do surgimento da obrigação</p><p>tributária. Por exemplo, o fato de auferir rendas faz com que a pessoa se sujeite à tributação pelo Imposto</p><p>de Renda. Já o aspecto temporal da hipótese de incidência diz respeito ao momento em que a lei</p><p>considerar consumado o fato gerador da obrigação tributária. Por exemplo, o Imposto de Renda Pessoa</p><p>Física tem o seu fato gerador ocorrido em 31 de dezembro de cada ano, muito embora decorra de vários</p><p>fatos isolados ao longo do ano-calendário.</p><p>Com base no exposto, vamos analisar a aplicação da irretroatividade a dois tributos que possuem</p><p>jurisprudência importante para provas de concurso. Trata-se da CSLL e do IR.</p><p>A CSLL é uma contribuição para a seguridade social, estando sujeita apenas ao princípio da</p><p>noventena (art. 195, § 6°, da CF/88). Além disso, considera-se que o fato gerador deste tributo ocorre no</p><p>dia 31 de dezembro, embora ele decorra de vários eventos surgidos durante todo o ano.</p><p>Surge, portanto, a seguinte dúvida: se uma lei editada no dia 2 de outubro majorar o tributo, em 31</p><p>de dezembro (após 90 dias), ela produzirá efeitos sobre o fato gerador? Para o STF (AI-AgR-ED</p><p>333.209/PR), a resposta é positiva.</p><p>Ainda que nos pareça injusto, pois o contribuinte havia planejado certa carga de tributação sobre</p><p>seus lucros, quando uma alteração no final do ano repercutiu sobre todas as suas atividades durante todo o</p><p>exercício financeiro. Devemos considerar o posicionamento do STF acerca do tema.</p><p>Ainda nesse contexto, há que se observar que o STF tem como referência, para análise</p><p>da</p><p>irretroatividade, o aspecto temporal da hipótese de incidência. Ou seja, para a Corte, o que importa é o</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>44</p><p>252</p><p>momento definido na lei como ocorrido o fato gerador do tributo. Registre-se, contudo, que há indícios de</p><p>que a Suprema Corte (RE 587.008) esteja alterando o seu posicionamento, adotando como referência o</p><p>aspecto material da hipótese de incidência, conforme se vê na ementa desse Recurso Extraordinário:</p><p>“É o aspecto material – e não o aspecto temporal da norma – que deve ser considerado para</p><p>fins de resguardo da irretroatividade e da anterioridade da lei tributária (...). Havendo</p><p>afirmação constitucional expressa da irretroatividade da lei ao fato gerador, bem como da</p><p>anterioridade da lei tributária, e considerando-se que tais garantias constituem</p><p>desdobramentos inequívocos do princípio da segurança jurídica, pode-se concluir que não tem</p><p>lugar, no direito tributário brasileiro, a chamada retroatividade imprópria.”</p><p>(STF, RE 587.008; Voto da Min. Ellen Gracie, Relator: Dias Toffoli, J. 02/02/2011, DJ 05/05/2011)</p><p>No que se refere ao IR, a problemática é ainda maior. Como sabemos, o Imposto de Renda está</p><p>sujeito unicamente ao princípio da anterioridade. Portanto, uma lei que majore este tributo começa a</p><p>produzir efeitos no primeiro dia do exercício seguinte ao que foi editada.</p><p>Imposto de Renda</p><p>Irretroatividade � SIM</p><p>Anterioridade Anual � SIM</p><p>Anterioridade Nonagesimal � NÃO</p><p>Agora que você já sabe distinguir os princípios, e sabe também os que se aplicam e os que não se aplicam</p><p>ao IR, vamos entender como funciona o fato gerador desse imposto.</p><p>O fato gerador do IR é denominado periódico, tendo em vista que se prolonga durante um período</p><p>estabelecido em lei, sendo considerado ocorrido no final deste período. Ademais, diferentemente do que</p><p>ocorre com o IPVA ou IPTU, o fato gerador do IR é composto de diversos eventos ocorridos dentro do</p><p>período citado, fazendo com que seja chamado de fato gerador período composto (ou complexivo).</p><p>Observação: O IPTU e o IPVA possuem fatos geradores periódicos simples, pois são</p><p>constituídos de um único evento no período, qual seja a propriedade de veículo</p><p>automotor ou de imóvel urbano.</p><p>Assim, por exemplo, no regime de tributação anual do IRPF, o imposto é apurado com base nos</p><p>rendimentos recebidos pelo contribuinte no decorrer do exercício financeiro. O fato gerador considera-se</p><p>ocorrido no dia 31 de dezembro, embora seja constituído do conjunto de fatos isolados durante o ano. No</p><p>ano seguinte, o contribuinte tem um prazo para entregar a declaração à Receita Federal, demonstrando a</p><p>apuração do IRPF anual e o pagamento, se houver, do imposto.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>45</p><p>252</p><p>Vamos ilustrar para facilitar:</p><p>Você já deve estar se perguntando onde os princípios estudados neste tópico entram em toda essa</p><p>explicação. Ora, foi necessário te fornecer toda essa explicação, para que você seja capaz de responder a</p><p>seguinte pergunta: caso uma lei que majore o IR seja publicada no meio do ano de 2020, essa lei produziria</p><p>efeitos sobre todo o IR apurado em 2020?</p><p>Não poderia, pois se assim o fosse, a lei acabaria produzindo efeitos sobre rendimentos anteriores ao início</p><p>da sua vigência (afinal, há rendimentos auferidos desde o início do ano 2020). Isso, por si só, já violaria o</p><p>princípio da irretroatividade. Ademais, essa aplicação também violaria o princípio da anterioridade anual,</p><p>pois a lei produziria efeitos sobre o fato gerador ocorrido no mesmo exercício de sua publicação, isto é,</p><p>dentro do próprio ano 2020.</p><p>Estamos explicando com detalhes essa situação, pois havia uma súmula do STF (Súmula 584), que previa</p><p>que a lei vigente no ano da declaração do imposto de renda (2021), poderia se aplicada aos rendimentos do</p><p>ano-base (2020). A Súmula era bastante antiga (de 1976) e não guardava mais contabilidade com a</p><p>sistemática de apresentação de declaração de imposto de renda atual, que sempre se refere ao ano</p><p>anterior, e por isso, violaria o princípio da anterioridade anual e também da irretroatividade.</p><p>Atualmente, você pode considerar incorreta a questão que afirma a redação da Súmula</p><p>584, que foi cancelada:</p><p>Súmula STF 584 – Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano base</p><p>aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.</p><p>(SEFIN-RO-Auditor Fiscal/2018) A Lei Z, do estado Delta, publicada no dia 31 de dezembro de 2016,</p><p>alterou, em seu Art. 1º, a data de recolhimento do imposto de transmissão causa mortis e doação, de</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>46</p><p>252</p><p>quaisquer bens e direitos, e, em seu Art. 2º, aumentou a respectiva alíquota. O Art. 3º, por sua vez, dispôs</p><p>que a Lei Z entraria em vigor no dia 1º de janeiro de 2017.</p><p>À luz da sistemática constitucional afeta ao sistema tributário nacional, o Art. 3º da Lei Z</p><p>a) é totalmente inconstitucional, sob o prisma material.</p><p>b) é totalmente constitucional, sob os prismas formal e material.</p><p>c) é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor do Art. 1º.</p><p>d) é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor do Art. 2º.</p><p>e) é totalmente constitucional, apenas sob o prisma material.</p><p>Comentário: A inconstitucionalidade do art. 3º, da Lei Z, diz respeito ao art. 2º, que aumentou a alíquota do</p><p>ITCD, não respeitando o princípio da anterioridade nonagesimal. Quanto ao art. 1º, não há qualquer</p><p>ressalva, tendo em vista que a alteração na data de recolhimento do imposto não configura sua majoração,</p><p>razão pela qual o STF já decidiu ser inaplicável o princípio da anterioridade.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>(SEFAZ-MA-Auditor Fiscal/2016) De acordo com a Constituição Federal, as limitações ao poder de tributar,</p><p>descritas nos princípios da anterioridade, da irretroatividade, da anterioridade nonagesimal (noventena) e</p><p>da legalidade aplicam-se à instituição de empréstimos compulsórios com a finalidade de</p><p>a) realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.</p><p>b) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra externa.</p><p>c) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública iminente.</p><p>d) realizar parceria público privada de caráter urgente e de relevante interesse regional.</p><p>e) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de iminência de guerra externa.</p><p>Comentário: Os princípios da legalidade tributária e irretroatividade aplicam-se a todo e qualquer tributo.</p><p>Contudo, em relação aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal, há diversas exceções.</p><p>Em relação aos empréstimos compulsórios, tais princípios aplicam-se no caso de instituição em razão de</p><p>investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, e são excepcionados no caso de</p><p>empréstimos compulsórios instituídos para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade</p><p>pública, de guerra externa ou sua iminência.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>(SEFAZ-MA-Auditor Fiscal/2016) A Constituição Federal, em seu art. 150, trata das limitações do poder de</p><p>tributar, consagrando, nesse artigo, vários princípios relacionados com essas limitações. De acordo com o</p><p>texto constitucional, estão EXCLUÍDOS do princípio da</p><p>(A) anterioridade, o IR, o ITR, o ITCMD e o ITBI.</p><p>(B) legalidade, o IPI, o IOF e o aumento da base de cálculo do ICMS e do ISS.</p><p>(C) anterioridade nonagesimal (noventena), o II, o IE, o IR e o IOF.</p><p>(D) legalidade, o aumento da base de cálculo do IR, o aumento da alíquota do IPVA e do IPTU.</p><p>(E) irretroatividade, o IR, o IOF, o IPVA e o IPTU.</p><p>Comentário:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>47</p><p>252</p><p>Alternativa A: Todos os</p><p>impostos citados estão submetidos ao princípio da anterioridade. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa B: Em relação ao princípio da legalidade, o IPI e o IOF constituem exceções, relativamente à</p><p>alteração de suas alíquotas. Contudo, quando ao aumento da base de cálculo do ICMS e do ISS, não há</p><p>exceção ao princípio da legalidade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Todos os impostos citados constituem exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: O aumento da base de cálculo do IR não constitui exceção ao princípio da legalidade, assim</p><p>como o aumento da alíquota do IPVA e do IPTU. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Nenhum desses impostos constitui exceção ao princípio da irretroatividade. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>(SEFIN-RO-Auditor Fiscal/2018) A Lei Z, do estado Delta, publicada no dia 31 de dezembro de 2016,</p><p>alterou, em seu Art. 1º, a data de recolhimento do imposto de transmissão causa mortis e doação, de</p><p>quaisquer bens e direitos, e, em seu Art. 2º, aumentou a respectiva alíquota. O Art. 3º, por sua vez, dispôs</p><p>que a Lei Z entraria em vigor no dia 1º de janeiro de 2017.</p><p>À luz da sistemática constitucional afeta ao sistema tributário nacional, o Art. 3º da Lei Z</p><p>a) é totalmente inconstitucional, sob o prisma material.</p><p>b) é totalmente constitucional, sob os prismas formal e material.</p><p>c) é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor do Art. 1º.</p><p>d) é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor do Art. 2º.</p><p>e) é totalmente constitucional, apenas sob o prisma material.</p><p>Comentário: A inconstitucionalidade do art. 3º, da Lei Z, diz respeito ao art. 2º, que aumentou a alíquota do</p><p>ITCD, não respeitando o princípio da anterioridade nonagesimal. Quanto ao art. 1º, não há qualquer</p><p>ressalva, tendo em vista que a alteração na data de recolhimento do imposto não configura sua majoração,</p><p>razão pela qual o STF já decidiu ser inaplicável o princípio da anterioridade.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>Princípio da Liberdade de Tráfego</p><p>De acordo com o texto constitucional (art. 150, V), temos que é vedado aos entes federados</p><p>“estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou</p><p>intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder</p><p>Público”.</p><p>Amigo, perceba que o que se quis proteger com esse dispositivo foi a liberdade de tráfego das</p><p>pessoas e seus bens dentro do território nacional, direito individual expressamente previsto no art. 5°,</p><p>XV, da própria CF.</p><p>Sobre o tema, é relevante citarmos a decisão unânime do STF, no sentido de que o pedágio cobrado</p><p>pela utilização das vias conservadas pelo Poder Público não possui natureza tributária:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>48</p><p>252</p><p>Ementa: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. PEDÁGIO. NATUREZA JURÍDICA DE PREÇO PÚBLICO.</p><p>DECRETO 34.417/92, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O</p><p>pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público, cuja</p><p>cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição de 1988, não tem</p><p>natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua instituição,</p><p>consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita. 2. Ação direta de</p><p>inconstitucionalidade julgada improcedente.</p><p>(STF, Plenário, ADI 800/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, Julgamento em 11/06/2014)</p><p>Podemos acrescentar outra exceção, que, embora não prevista no dispositivo em análise,</p><p>encontra-se no corpo da Magna Carta: a incidência de ICMS sobre operações de circulação de bens e sobre</p><p>a prestação de determinados serviços.</p><p>Perceba que o ICMS incide sobre a circulação de bens bem como a prestação de serviços com</p><p>destino a outro Estado. Portanto, na prática, acaba se tornando outra limitação ao tráfego de bens.</p><p>Entretanto, como há previsão na própria CF/88, é constitucional!</p><p>(ISS-Campinas-Auditor Fiscal/2019) Corresponde à previsão constitucional do princípio da irretroatividade</p><p>em matéria tributária a vedação a</p><p>a) cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou.</p><p>b) tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente.</p><p>c) utilização de tributo com efeito de confisco.</p><p>d) cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os</p><p>houver instituído ou aumentado.</p><p>e) estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou</p><p>intermunicipais.</p><p>Comentário: O princípio da irretroatividade da lei tributária, previsto no art. 150, III, “a”, da CF/88, veda a</p><p>cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver</p><p>instituído ou aumentado.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>(Pref. Campinas-SP-Procurador/2016) Acerca dos princípios consagrados pela Constituição Federal, é</p><p>correto afirmar: Somente a União poderá instituir tributo para estabelecer limitações ao tráfego de pessoas</p><p>ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, sem qualquer ressalva.</p><p>Comentário: Na verdade, de acordo com o art. 150, V, da CF/88, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito</p><p>Federal e aos Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos</p><p>interestaduais ou intermunicipais. Assim, a União não pode instituir tributo para estabelecer limitações ao</p><p>tráfego de pessoas ou bens.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>49</p><p>252</p><p>Gabarito: Errada</p><p>(MPOG-APO/2015) Sobre os princípios constitucionais tributários, é correto afirmar que o princípio</p><p>constitucional tributário da liberdade de tráfego de pessoas ou bens apenas obsta a cobrança de pedágio</p><p>pela utilização de vias conservadas por empresas privadas concessionárias de serviço público outorgado</p><p>pelo Distrito Federal.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 150, V, da CF/88, é vedado aos entes federados estabelecer limitações</p><p>ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a</p><p>cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Ou seja, não há óbice à</p><p>cobrança de pedágio.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Outros Princípios Constitucionais Tributários</p><p>Os princípios que vamos estudar neste tópico não são aplicáveis a todos os entes federativos. Alguns são</p><p>aplicáveis exclusivamente à União; outros têm sua aplicação destinada unicamente aos Estados, Distrito</p><p>Federal e Municípios. Portanto, antes de partirmos para o estudo de cada um deles, vamos dividi-los</p><p>conforme os entes a que se destinam:</p><p>Destaque-se que os princípios aplicáveis à União se traduzem em garantias da Federação, sendo protegidos,</p><p>portanto, por cláusulas pétreas (art. 60, § 4°, I, da CF/88).</p><p>Além dos referidos princípios, estudaremos também, ao final, o princípio da transparência tributária.</p><p>Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação</p><p>O texto constitucional veda, no seu art. 151, I, que a União institua tributo que não seja uniforme</p><p>em todo o território nacional ou que venha implicar em distinção em relação a outro ente federativo, em</p><p>detrimento dos demais.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>50</p><p>252</p><p>Contudo, é permitida a concessão de incentivos fiscais para promover o desenvolvimento</p><p>socioeconômico de determinadas regiões do país.</p><p>Ressalte-se que tal princípio encontra respaldo no art. 3° da CF/88, segundo o qual é objetivo da</p><p>República Federativa do Brasil erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e</p><p>regionais. Então, entenda que, se a União majorar as alíquotas de tributos federais, tal aumento deverá ser</p><p>uniforme em todo o território nacional.</p><p>“Mas, professor, e a exceção?”</p><p>A única exceção é a que vimos, permitindo-se a concessão de incentivos fiscais para que se</p><p>promova o desenvolvimento de determinadas regiões do país.</p><p>Observe que não é qualquer incentivo fiscal que justifica a tributação diferenciada. Deve</p><p>haver um elemento finalístico que justifique tal distinção!</p><p>Há que se destacar, ainda, o posicionamento do STF (RE 344.331/PR) acerca da abrangência dos incentivos</p><p>fiscais àqueles que não foram objeto da benesse. De acordo com a Corte, não cabe ao Judiciário substituir</p><p>o legislador, estendendo a isenção (incentivo fiscal) a contribuintes que não foram contemplados pela lei,</p><p>a título de isonomia.</p><p>Princípio da Uniformidade da Tributação da Renda</p><p>De acordo com o art. 151, II, é vedado à União</p><p>“tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos,</p><p>em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes”.</p><p>Ao analisar a própria nomenclatura conferida pela doutrina a esse princípio, percebemos que o que</p><p>se busca é a tributação uniforme da renda, sem privilegiar o seu ente instituidor – que é a União.</p><p>Perceba que o dispositivo menciona que tanto o rendimento decorrente dos investimentos em</p><p>títulos públicos estaduais, distritais e municipais como a remuneração dos servidores de tais entes não</p><p>podem ser tributados em níveis superiores ao que foi fixado para a própria União.</p><p>O princípio é de fácil entendimento, pois, partindo-se para uma análise lógica, caso a União tribute</p><p>os rendimentos gerados pelos seus títulos públicos de forma menos onerosa do que os títulos dos demais</p><p>entes, certamente haveria uma forte tendência de que os investidores demonstrassem grande interesse</p><p>pelos títulos federais em detrimento dos demais.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>51</p><p>252</p><p>De maneira análoga, se a remuneração dos servidores federais sofresse menor carga tributária do</p><p>que os servidores pertencentes às carreiras dos demais entes federativos, seria natural que houvesse</p><p>migração para os cargos públicos federais.</p><p>Ante o exposto, creio que entender a essência do princípio da uniformidade da tributação da renda</p><p>não foi nem um pouco difícil. O segredo é sempre tentar analisar a situação com base na lógica, e não</p><p>simplesmente decorar os dispositivos constitucionais.</p><p>Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas</p><p>Primeiramente, precisamos entender que as isenções são concedidas pelos entes políticos. Ou seja,</p><p>o ente é capaz de tributar, mas opta por conceder esse benefício fiscal, que deve ser criado exclusivamente</p><p>por lei.</p><p>Quando um ente federado competente para instituir determinado tributo concede</p><p>isenção sobre tal exação, este benefício é denominado isenção autônoma.</p><p>Tendo em vista a autonomia de todos os entes federados, é certo que cabe a cada um deles decidir</p><p>a forma e o momento em que concederão isenções fiscais, correto?</p><p>Com base nessas explicações, vejamos o que foi consignado no art. 151, III, da CF/88:</p><p>Art. 151. É vedado à União:</p><p>III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos</p><p>Municípios.</p><p>Esse dispositivo consagra o Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas. O que se veda, com o</p><p>princípio em análise, é que um ente político conceda isenção sobre tributo instituído por outro. Tal</p><p>benefício é chamado de isenção heterônoma. Assim sendo, não obstante tenha sido vedado apenas à</p><p>União, a lógica jurídica deve prevalecer, isto é, também é vedado aos Estados instituir isenções de tributos</p><p>municipais.</p><p>Tal regra, ao que parece, busca evidenciar algo que já se encontrava implícito na rígida repartição de</p><p>competência tributária na Constituição Federal de 1988. Ora, o ente competente para isentar, renunciando</p><p>receitas, deve ser o que é competente para tributar, forte no argumento de resguardar o pacto federativo.</p><p>Contudo, temos que saber também que este princípio comporta algumas exceções. Ou seja, se a questão</p><p>disser que a isenção heterônoma é proibida, podemos dizer que está correta, pois esta é a regra geral.</p><p>Contudo, se a banca disser que a isenção heterônoma não possui exceção, podemos considerá-la incorreta.</p><p>Ok?</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>52</p><p>252</p><p>A vedação à isenção heterônoma é novidade na CF/88. Na CF de 1967, era possível, em</p><p>certas ocasiões, à União conceder isenção de impostos estaduais e municipais.</p><p>A primeira exceção diz respeito à incidência do ICMS sobre exportações, e está prevista no art. 155,</p><p>§ 2°, XII, e, da CF/88. Esse dispositivo permite que uma lei complementar federal exclua da incidência do</p><p>ICMS (imposto estadual) as operações com mercadorias e prestação de serviços, destinados ao exterior.</p><p>Cabe observar, no entanto, que esta previsão de isenção heterônoma deixou de ter utilidade após a</p><p>EC 42/2003, pois tal emenda criou a imunidade do ICMS decorrente de operações que destinem</p><p>quaisquer mercadorias para o exterior e sobre os serviços prestados a destinatários no exterior.</p><p>Aprenderemos, com detalhes, a diferença entre as isenções e as imunidades em momento oportuno.</p><p>A segunda exceção se refere à possibilidade de a União conceder, mediante lei complementar,</p><p>isenção heterônoma sobre o ISS (tributo de competência dos municípios) nas exportações de serviços para</p><p>o exterior. Tal permissão está prevista no art, 156, § 3°, II, da CF/88.</p><p>Não podemos deixar de comentar ainda sobre a possibilidade de tratado internacional conceder</p><p>isenção sobre tributos estaduais e municipais. Em princípio, não seria possível tal hipótese, tendo em vista</p><p>que não há nada expresso sobre o tema na Constituição de 1988. Além disso, pelo fato de o tratado</p><p>internacional ser produzido por órgãos pertencentes à União (Presidente da República e Congresso</p><p>Nacional), haveria a proteção do princípio que estamos estudando neste tópico.</p><p>Contudo, há que se observar que, de acordo com o STF (RE 229.096), o Presidente da República, ao</p><p>celebrar tratados internacionais, não estaria agindo em nome da União, mas, sim, em nome da República</p><p>Federativa do Brasil, atuando como Chefe de Estado, e não Chefe de Governo. Pela relevância do assunto,</p><p>transcreve-se a ementa do referido julgado:</p><p>EMENTA: “(...) 1. A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comércio</p><p>para as mercadorias importadas dos países signatários quando o similar nacional tiver o mesmo</p><p>benefício foi recepcionada pela Constituição da República de 1988. 2. O artigo 98 do Código</p><p>Tributário Nacional "possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados e os</p><p>Municípios" (voto do eminente Ministro Ilmar Galvão). 3. No direito internacional apenas a</p><p>República Federativa do Brasil tem competência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da</p><p>Constituição da República), dela não dispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios.</p><p>O Presidente da República não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe</p><p>de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art.</p><p>151, inc. III, da Constituição. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido.”</p><p>(STF, Pleno, RE 229.096/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Julgado em 16/08/2007)</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>53</p><p>252</p><p>Que tal entendermos a que se refere a decisão do STF?</p><p>Em termos práticos, no Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio (GATT), tratado</p><p>internacional do qual o Brasil é signatário, há um princípio denominado “Princípio do</p><p>Tratamento Nacional”, segundo o qual os produtos importados não devem ser mais</p><p>onerados que os produtos nacionais. Neste contexto, se as isenções forem inicialmente</p><p>concedidas aos produtos nacionais, seus similares importados também receberão os</p><p>privilégios decorrentes do benefício, em virtude do princípio que consta</p><p>no GATT.</p><p>Veja que na ementa do julgado ficou expresso o entendimento da Suprema Corte, no sentido de que</p><p>a isenção relativa a tributos estaduais e municipais concedida por tratado internacional não configura uma</p><p>isenção heterônoma.</p><p>Seguindo essa linha de entendimento, Sacha Calmon2 diferencia a isenção heterônoma (concedida</p><p>por lei) da isenção convencional (derivada de tratado internacional). Destacamos, entretanto, que há</p><p>outros autores que defendem haver uma terceira exceção ao princípio da vedação às isenções</p><p>heterônomas, que seria a situação exposta acima.</p><p>Princípio da Não Discriminação Baseada em Procedência ou Destino</p><p>Você se lembra que eu fiz um esquema, mencionando que este princípio é aplicável exclusivamente</p><p>aos Estados, DF e Municípios? Pois bem, o art. 152 tem o intuito de proibir que tais entes federados criem</p><p>diferenças tributárias em razão da procedência ou destino dos bens e serviços. Esse princípio é ratificado</p><p>pelo Princípio do Tratamento Nacional, previsto no GATT.</p><p>2 COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 14ª Edição. 2015. Pág. 557.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>54</p><p>252</p><p>Não confunda a aplicação deste raciocínio com o que foi visto no tópico anterior. Lá, mencionamos</p><p>que os tratados internacionais podem conceder isenções heterônomas. Aqui, estamos estudando que os</p><p>entes federados (a União não está entre eles) devem tratar igualmente o produto importado e o produto</p><p>nacional, com base no GATT e no art. 152, pois diferenciar bem nacional de importado é uma distinção</p><p>com base em procedência.</p><p>Cumpre-nos ressaltar que tal princípio não é aplicável apenas em relação a bens trazidos do</p><p>exterior, mas também aos que circulam entre diferentes estados ou municípios brasileiros.</p><p>Na esteira desse entendimento, cabe dizer que à União é permitido criar distinções entre as regiões</p><p>do país, pois o art. 151, I, permite a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do</p><p>desenvolvimento socioeconômico.</p><p>Princípio da Transparência Tributária</p><p>De acordo com o art. 150, § 5º, da CF/88, “a lei determinará medidas para que os consumidores</p><p>sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços”. Tal disposição prevê o</p><p>princípio da transparência tributária.</p><p>O objetivo precípuo desse postulado é promover transparência ao contribuinte quanto à carga</p><p>tributária resultante da incidência de impostos a que está submetido, quando do consumo de mercadorias</p><p>e serviços. Trata-se, portanto, de uma norma direcionada ao legislador ordinário.</p><p>Atualmente, temos a Lei Federal 12.741/2012, que dispõe basicamente sobre medidas de</p><p>esclarecimento ao consumidor, em cumprimento ao disposto na CF/88 e no Código de Defesa do</p><p>Consumidor.</p><p>É interessante observamos a redação do art. 1º desta norma para compreendermos melhor qual</p><p>seria exatamente a medida para esclarecer os contribuintes sobre a incidência dos impostos:</p><p>Art. 1º Emitidos por ocasião da venda ao consumidor de mercadorias e serviços, em todo</p><p>território nacional, deverá constar, dos documentos fiscais ou equivalentes, a informação</p><p>do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e</p><p>municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda.</p><p>Talvez agora você já seja capaz de se lembrar daquele campo no cupom fiscal destinado ao</p><p>esclarecimento do montante de tributos incidentes sobre aquela operação. Cabe ressaltarmos que, não</p><p>obstante o dispositivo constitucional exigir apenas o esclarecimento quanto aos impostos incidentes</p><p>sobre mercadorias e serviços, o legislador ordinário foi além, definindo que deverá constar a informação</p><p>do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja</p><p>incidência influi na formação dos respectivos preços de venda.</p><p>Princípio da Segurança Jurídica</p><p>De acordo com Paulo de Barros Carvalho3, o princípio da segurança jurídica é decorrência de fatores</p><p>sistêmicos que utilizam o a certeza do direito de modo racional e objetivo, com o objetivo de propagar o</p><p>sentimento de previsibilidade quanto aos efeitos jurídicos da regulação da conduta.</p><p>3 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 25ª Edição. 2013. Pág. 160.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>55</p><p>252</p><p>Encontrando previsão expressa no preâmbulo da CF/88, o princípio da segurança jurídica permite</p><p>que as pessoas saibam a consequência jurídica dos atos por ela praticados. Por exemplo, quando</p><p>determinado contribuinte vende sua casa, sabe exatamente qual será a alíquota do imposto de renda</p><p>aplicável pelo ganho de capital apurado pela diferença positiva entre o valor do imóvel por ele adquirido e</p><p>o valor que conseguiu obter com a venda desse bem imóvel.</p><p>Leandro Paulsen4, em sua precisa análise, discrimina os conteúdos do princípio da segurança</p><p>jurídica:</p><p>1 – certeza do direito (legalidade, irretroatividade, anterioridade) � A compreensão desses</p><p>princípios constitucionais como realizadoras da certeza do direito no que diz respeito à</p><p>instituição e à majoração de tributos permite que se perceba mais adequadamente o alcance de</p><p>cada um e o acréscimo de proteção que representam relativamente às garantias gerais da</p><p>legalidade relativa (art. 5º, II, da CF), do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa</p><p>julgada (art. 5º, XXXVIII, da CF).</p><p>2 – intangibilidade das posições jurídicas (proteção ao direito adquirido e ao ato jurídico</p><p>perfeito) � pode ser vislumbrado, por exemplo, no que diz respeito à consideração da</p><p>formalização de um parcelamento de dívida tributária como ato jurídico perfeito, a vincular o</p><p>contribuinte e o ente tributante, gerando todos os efeitos previstos nas normas gerais de Direito</p><p>Tributário, como a suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151, VI, do CTN) e o</p><p>consequente direito a certidões negativas de débito (art. 206 do CTN).</p><p>3 – estabilidade das situações jurídicas (decadência, prescrição extintiva e aquisitiva) �</p><p>evidencia-se nos arts. 150, § 4º, 173 e 174 do CTN, que estabelecem prazos decadenciais (para a</p><p>constituição de créditos tributários) e prescricionais (para a cobrança judicial desses créditos</p><p>tributários).</p><p>4 – confiança no tráfego jurídico (cláusula geral da boa-fé, teoria da aparência, princípio da</p><p>confiança) � este conteúdo fundamenta, por exemplo, o art. 100 do CTN, que estabelece que a</p><p>observância das normas complementares das leis e dos decretos (atos normativos, decisões</p><p>administrativas com eficácia normativa, práticas reiteradamente observadas pelas autoridades</p><p>administrativas e convênios entre os entes políticos) exclui a imposição de penalidades e a</p><p>cobrança de juros de mora e inclusive a atualização do valor monetária da base de cálculo do</p><p>tributo.</p><p>5 – devido processo legal (direito à ampla defesa inclusive no processo administrativo, direito</p><p>de acesso ao Judiciário e garantias específicas como o mandado de segurança) � nota-se na</p><p>ampla gama de instrumentos processuais colocados à disposição do contribuinte para o</p><p>questionamento de créditos tributários, tanto na esfera administrativa como na esfera judicial.</p><p>Princípios da simplicidade, da transparência, da justiça tributária, da</p><p>cooperação e da defesa do meio ambiente</p><p>Vejamos a redação do art. 145, § 3º, da CF/88, incluído pela Emenda Constitucional 132/2023 (Reforma</p><p>Tributária):</p><p>Art. 145.</p><p>4 PAULSEN, Leandro. Direito Tributário. 3ª Edição. 2010. Pág. 105.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>56</p><p>252</p><p>(...)</p><p>§ 3º O Sistema Tributário Nacional deve observar os princípios da simplicidade, da</p><p>transparência, da justiça tributária, da cooperação e da defesa do meio ambiente.</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>Neste dispositivo, foram acrescidos pela 5 princípios a serem observados</p><p>no Sistema Tributário Nacional:</p><p>● Simplicidade;</p><p>● Transparência;</p><p>● Justiça Tributária;</p><p>● Cooperação;</p><p>● Defesa do meio ambiente.</p><p>O princípio da simplicidade indica o que você mesmo acabou de ler: um sistema tributário simples para o</p><p>contribuinte. Isso implica simplificar a forma de apuração e recolhimento dos tributos, simplificar a</p><p>interpretação da legislação tributária, facilitar o cumprimento de obrigações tributárias acessórias.</p><p>Já o princípio da transparência tem relação com a percepção do contribuinte acerca da carga tributária que</p><p>lhe está sendo imposta.</p><p>O princípio da justiça tributária lembra-nos do princípio da capacidade contributiva, afinal, tem relação com</p><p>a adequação da carga tributária à capacidade econômica do contribuinte. Significa retirar o peso da carga</p><p>tributária de quem não possui capacidade financeira para suportá-la.</p><p>A imposição de tributos tem uma relação indissociável com os deveres do Estado e dos direitos dos</p><p>contribuintes. Veja, por exemplo o caso da saúde. O art. 196, da CF/88 estabelece que a saúde é um direito</p><p>de todos e dever do Estado. Assim, o Estado precisa arrecadar recursos para custear o Sistema Único de</p><p>Saúde. A cooperação tem sentido quando a tributação encontra-se aliada aos direitos e necessidades dos</p><p>contribuintes.</p><p>A reforma tributária trouxe uma série de regras visando à defesa do meio ambiente. Afinal, este passa a ser</p><p>um princípio tributário a ser observado na tributação. Desse modo, para cumprir esse princípio, espera-se</p><p>uma tributação extrafiscal, que contribua para a preservação do meio ambiente.</p><p>PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>57</p><p>252</p><p>Outro ponto de destaque é que o § 4º do art. 145, incluído pela Emenda Constitucional 132/2023 (Reforma</p><p>Tributária), prevê que as alterações na legislação tributária buscarão atenuar efeitos regressivos. Afinal, é</p><p>natural que a tributação sobre o consumo acabe por gerar uma tributação regressiva. Afinal, o mesmo</p><p>valor de tributo incidente sobre uma determinada mercadoria tem um impacto muito maior no rendimento</p><p>de uma pessoa menos favorecida financeiramente.</p><p>Art. 145.</p><p>(...)</p><p>§ 4º As alterações na legislação tributária buscarão atenuar efeitos regressivos. (Incluído</p><p>pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>(Questão Inédita/2024) O Sistema Tributário Nacional deve observar os princípios da simplicidade, da</p><p>transparência, da justiça tributária, da cooperação e da defesa do meio ambiente.</p><p>Comentário: Trata-se de regra prevista no art. 145, § 3º, da CF/88, introduzida pela EC 132/2023 (Reforma</p><p>Tributária).</p><p>Gabarito: Correta</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>58</p><p>252</p><p>(APO -SEPLAN-RR/2023) Relativamente às limitações ao poder de tributar e às imunidades tributárias,</p><p>julgue o item seguinte, de acordo com a Constituição Federal de 1988.</p><p>O dever de instituir imposto uniforme em todo o Brasil alcança não só a União, mas também os municípios,</p><p>que são proibidos de estabelecer diferença tributária entre serviços, de qualquer natureza, em razão de sua</p><p>procedência ou destino.</p><p>Comentário: O princípio da não discriminação em razão da procedência ou destino é aplicável aos Estados,</p><p>Distrito Federal ou Municípios:</p><p>Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre</p><p>bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.</p><p>Gabarito: Certo</p><p>(SEFAZ-ES/2021) No Estado X, foi decretado pelo Governador o estado de calamidade pública referente às</p><p>áreas fortemente afetadas por chuvas torrenciais. O Governador, por Medida Provisória (MP) estadual,</p><p>também concedeu isenção de IPTU referente às áreas afetadas.</p><p>Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) Tal isenção é heterônoma, sendo vedada pela Constituição.</p><p>B) Tal isenção não poderia ser concedida por medida provisória.</p><p>C) Tal isenção poderia ser concedida por decreto dos prefeitos dos municípios afetados, mas não por ato do</p><p>Governador.</p><p>D) Para que a isenção concedida por MP estadual tivesse validade seria necessário o prévio</p><p>reconhecimento da calamidade pública pela Assembleia Legislativa.</p><p>E) Para que a isenção concedida por MP estadual tivesse validade seria necessário o prévio reconhecimento</p><p>da calamidade pública pelas Câmaras de Vereadores dos municípios afetados.</p><p>Comentário: A isenção heterônoma é quando um ente federativo concede isenção em relação a um tributo</p><p>que não possui competência para institui-lo. Exemplo, o Estado X conceder isenção sobre IPTU. E esse</p><p>instituto, em regra, é vedado pela Constituição Federal (CF), salvo a União na concessão, por meio lei</p><p>complementar federal, acerca do ICMS-exportação, ISSQN-exportação e em tratados internacionais.</p><p>Alternativa A: Confira a previsão constitucional.</p><p>Art. 151. É vedado à União:</p><p>(...)</p><p>III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.</p><p>Por conseguinte, o Estado X concedeu uma isenção heterônoma, ademais, uma isenção só pode ser</p><p>concedida por lei, e como uma MP tem força de lei não houve problema aqui. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: Conforme art. 150, § 6º da CF, qualquer isenção só poderá ser concedida mediante lei</p><p>específica, contudo uma MP tem força de lei, então um Estado pode conceder uma isenção, desde que não</p><p>seja heterônoma, pode ser por meio de MP. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Um decreto municipal não possui força de lei, portanto não é o instituto adequado para</p><p>concessão de isenção, que em regra deve ser mediante lei específica. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Não há essa previsão legal de que a calamidade pública deve ser reconhecida previamente</p><p>pela Assembleia Legislativa. Alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>59</p><p>252</p><p>Alternativa E: Conforme explicação o item anterior. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>(TCE-RO-Procurador/2019) A respeito dos princípios tributários, assinale a opção correta.</p><p>a) De acordo com o princípio da legalidade tributária, em sua vertente reserva legal, o imposto sobre</p><p>grandes fortunas (IGF), os empréstimos compulsórios e os impostos e contribuições residuais devem ser</p><p>instituídos por lei complementar.</p><p>b) A instituição de imposto que incidirá sobre o transporte interestadual viola o princípio da liberdade de</p><p>tráfego.</p><p>c) Conforme o princípio da retroatividade in bonam partem, por meio de ato infralegal é possível reduzir</p><p>tributo ou penalidade.</p><p>d) Em atenção ao princípio da progressividade tributária, é constitucional lei que estabelece alíquotas</p><p>progressivas para o imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) com base no valor venal do imóvel.</p><p>e) O princípio da anterioridade tributária aplica-se à revogação de tributos ou diminuição de alíquotas.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Como regra, os tributos são instituídos por meio de lei ordinária. Porém, alguns casos foram</p><p>reservados expressamente à lei complementar. São eles: o imposto sobre grandes fortunas (IGF), os</p><p>empréstimos compulsórios e os impostos e contribuições residuais. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: O ICMS está previsto no texto constitucional assim como o princípio da liberdade de tráfego.</p><p>Logo, o ICMS não pode ser considerado como violador do referido princípio. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: A instituição de tributos, assim como a sua extinção, e também a imposição e redução de</p><p>penalidades dependem de lei.</p><p>Alternativa D: De acordo com a Súmula 656 do STF, é inconstitucional lei que estabelece alíquotas</p><p>progressivas para o imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) com base no valor venal do imóvel.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O princípio da anterioridade tributária não se aplica à revogação de tributos ou diminuição</p><p>de alíquotas, pois o seu objetivo é apenas trazer garantias</p><p>uma cláusula pétrea também.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>4</p><p>252</p><p>==302b8==</p><p>Portanto, não é somente a limitação ao poder de tributar referente aos direitos dos contribuintes que podem</p><p>ser caracterizadas como cláusulas pétreas. O exemplo que eu dei em relação à imunidade recíproca ilustra</p><p>que devemos analisar cada situação para verificar se a emenda está ferindo ou não o art. 60, § 4° e suas</p><p>hipóteses.</p><p>Abaixo, vou exemplificar as limitações que já foram consideradas pelo STF como cláusulas pétreas:</p><p>•Princípio da anterioridade (previsto no art. 150, III, b, da CF/88);</p><p>•Princípio da anterioridade nonagesimal (previsto no art. 195, § 6°, da CF/88)</p><p>•Princípio da imunidade tributária recíproca (previsto no art. 150, VI, a, da CF/88);</p><p>•Imunidade dos templos de qualquer culto (prevista no art, 150, VI, b, da CF/88);</p><p>•Imunidade do patrimônio, renda e serviços dos partidos políticos, entidades sindicais e instituições</p><p>de educação e assistência social sem fins lucrativos (prevista no art, 150, VI, c, da CF/88);</p><p>•Imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (prevista no art. 150,</p><p>VI, d, da CF/88).</p><p>Agora que já tivemos uma noção razoável do que são as limitações constitucionais ao poder de tributar,</p><p>podemos começar a falar dos princípios tributários.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>5</p><p>252</p><p>PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS</p><p>Princípio da Legalidade</p><p>O princípio da legalidade (art. 150, I, da CF/88) prevê a necessidade de que uma lei seja editada para</p><p>instituir ou aumentar um tributo. Trata-se, na verdade, de uma forma de representação popular. Afinal de</p><p>contas, as leis são editadas pelo Congresso Nacional, onde estão aqueles que representam a vontade do</p><p>povo.</p><p>De acordo com o art. 5°, II, da CF/88, “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma</p><p>coisa senão em virtude de lei”. Como o tributo é uma prestação pecuniária compulsória (é uma obrigação,</p><p>portanto), deve ser instituído em lei, como decorre do seu próprio conceito, estampado no art. 3° do CTN.</p><p>Da mesma forma, as multas tributárias, apesar de se distanciarem do conceito de tributo, devem ser</p><p>instituídas em lei, pois elas são prestações obrigatórias, assim como aqueles.</p><p>Tal princípio também é denominado por alguns estudiosos de princípio da reserva legal. Portanto,</p><p>caro candidato, você pode considerar correta a questão que fizer menção tanto à legalidade quanto ao</p><p>princípio da reserva legal.</p><p>“A instituição dos emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça afronta o princípio da</p><p>reserva legal”. (STF, ADI 1.709)</p><p>Obs.: Os emolumentos cartorários são taxas judiciárias.</p><p>Embora o dispositivo constitucional apenas se refira à instituição e majoração de tributos, devemos</p><p>considerar que a norma que institui ou majora é a mesma que reduz ou extingue o tributo.</p><p>Em consonância com o disposto na CF/88 acerca do princípio da legalidade, o art. 97 do CTN ressalta</p><p>que a instituição/extinção e a majoração/redução de tributos será realizada somente por lei. Ademais,</p><p>também especifica outros aspectos que devem ser legalmente definidos, conforme vemos a seguir:</p><p>Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:</p><p>I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;</p><p>II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39,</p><p>57 e 65;</p><p>III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no</p><p>inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>6</p><p>252</p><p>IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos</p><p>artigos 21, 26, 39, 57 e 65;</p><p>V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos,</p><p>ou para outras infrações nela definidas;</p><p>Assim, somente a lei pode instituir os tributos, como também somente a lei pode extingui-los. Do</p><p>mesmo modo, embora haja algumas exceções (exceções ao princípio da legalidade), somente as leis podem</p><p>majorar ou reduzir os tributos.</p><p>Observação: Não se preocupe com as exceções citadas no art. 97, do CTN, já que muitas</p><p>delas não foram recepcionadas pela CF/88. As exceções ao princípio da legalidade serão</p><p>devidamente estudadas adiante.</p><p>No que se refere à definição do fato gerador, a fixação da alíquota e a base de cálculo dos tributos, o</p><p>CTN também determinou a necessidade de estarem previstos em lei. Trata-se de elementos que são</p><p>previstos na própria lei instituidora do tributo, ou em alguma lei que venha alterá-lo.</p><p>Destacamos ainda a necessidade de que as multas (cominação de penalidades) sejam</p><p>estabelecidas apenas mediante lei. Nesse sentido, atos infralegais (como os decretos, por exemplo) não</p><p>possuem competência para criar penalidades.</p><p>Outro ponto a ser estudado é a possibilidade de delegação do Congresso Nacional ao Presidente da</p><p>República, para editar as chamadas leis delegadas. A princípio, seria estranho dizer que o Presidente da</p><p>República poderia editar leis, mas como tal permissão foi prevista no texto da CF/88, não há qualquer vício</p><p>nessa norma.</p><p>O que você precisa saber sobre o tema é que o Chefe do Executivo (o Presidente da República)</p><p>pode criar leis delegadas, inclusive sobre matéria tributária, pois tal assunto não foi proibido no § 1° do</p><p>art. 68 da CF/88, o qual elenca as restrições de tais normas. Além disso, saiba que este instrumento</p><p>normativo foi usado poucas vezes, por ser mais fácil editar uma medida provisória.</p><p>As medidas provisórias (MPs) são atos normativos editados pelo Presidente da República que</p><p>possuem vida curta, e devem obedecer aos requisitos constitucionais de urgência e relevância (art. 62,</p><p>caput). Além disso, são imediatamente submetidas ao Congresso Nacional, podendo ser ou não convertidas</p><p>em lei.</p><p>Observação: De acordo com o STF (RE 217.162/DF), os requisitos de urgência e</p><p>relevância são políticos. Isto é, em princípio, a sua apreciação fica a cargo do Presidente</p><p>da República. Contudo, admite-se o controle judicial se houver excesso do poder de</p><p>legislar.</p><p>Há muitas discussões a respeito da possibilidade de que as medidas provisórias tratem sobre</p><p>matéria tributária e se elas seriam capazes de instituir tributos.</p><p>O que o aluno deve guardar a respeito do assunto é que as MPs podem tratar, sim, de matéria</p><p>tributária bem como instituir tributos, inclusive isso consta na Magna Carta (art. 62, § 2°), quando esta</p><p>dispõe sobre a instituição e majoração de impostos por meio de MP, e que, além disso, esse tem sido o</p><p>entendimento do STF:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>7</p><p>252</p><p>EMENTA: Recurso extraordinário. 2. Medida provisória. Força de lei. 3. A Medida Provisória,</p><p>tendo força de lei, é instrumento idôneo para instituir e modificar tributos e contribuições</p><p>sociais. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.</p><p>(STF, AI 236.976/MG-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Néri da Silva, Julgamento em 17/08/1999)</p><p>Destaque-se que a MP não pode tudo na seara tributária, pois a CF (art. 62, 1°, III) proibiu a edição</p><p>de MPs que versem sobre matéria reservada a lei complementar. Há vários temas, em matéria tributária,</p><p>cujo tratamento é restrito às leis complementares.</p><p>Veremos durante este curso todas as situações em que tal requisito se faz necessário. Vai ser muito</p><p>importante gravar todas as hipóteses, pois nem sempre a questão pergunta diretamente se uma MP pode</p><p>regulamentar matérias destinadas às LCs. Algumas questões mencionam o assunto e perguntam se é</p><p>possível se utilizar de uma MP para regulamentar aquilo.</p><p>Grosso modo, você já pode fazer uma leitura nos arts. 146; 146-A; 148; 153, VII; 154, I; 195, § § 4° e 11. Há</p><p>ainda outros temas em Direito Tributário</p><p>ao contribuinte contra situações que poderiam</p><p>prejudicá-los. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>(Pref. Teresina-Analista Administrativo/2016) O dispositivo constitucional previsto no art. 151, I, da Carta</p><p>Magna, que veda à União ao instituir tributo a distinção em relação a um Estado, ao Distrito Federal ou a</p><p>um Município, em prejuízo dos demais, adota o princípio da</p><p>a) vinculabilidade da tributação.</p><p>b) indelegabilidade da competência tributária.</p><p>c) uniformidade geográfica.</p><p>d) tipologia tributária.</p><p>e) anterioridade vinculada.</p><p>Comentário: O princípio tributário em questão é o princípio da uniformidade geográfica da tributação.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>60</p><p>252</p><p>(ISS-Cuiabá-Auditor Fiscal/2016) A União Federal estabeleceu, por meio de lei ordinária, alíquotas</p><p>progressivas aplicáveis ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF). Segundo a referida lei</p><p>ordinária, sobre a renda dos contribuintes localizados nos Estados da região Sudeste, incidiria a alíquota</p><p>máxima de 10% (dez por cento) e, sobre a renda dos contribuintes localizados no restante do país, incidiria</p><p>a alíquota máxima de 20% (vinte por cento). Assinale a opção que indica o princípio constitucional violado</p><p>na hipótese apresentada.</p><p>a) Legalidade, uma vez que competiria à lei complementar a fixação de alíquotas do IRPF.</p><p>b) Capacidade contributiva, no que se refere à alíquota máxima de 20%, pois a referida legislação afetaria</p><p>de maneira desproporcional a renda do contribuinte.</p><p>c) Uniformidade geográfica da tributação, visto que a legislação fixaria alíquotas diversas no território</p><p>nacional.</p><p>d) Não-confisco, uma vez que a União está utilizando o IRPF com fins confiscatórios.</p><p>e) Imunidade tributária recíproca, uma vez que os contribuintes dos Estados da região Sudeste irão pagar</p><p>menos tributos que os demais Estados da Federação.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 151, I, é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo</p><p>o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a</p><p>Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o</p><p>equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. Portanto, a medida</p><p>adotada pela União violou o princípio da uniformidade geográfica da tributação.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>(TCE-PR-Analista de Controle/2016) É vedado aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios estabelecer</p><p>diferença tributária de qualquer natureza entre bens e serviços em razão de sua procedência ou destino.</p><p>Comentário: É o que estabelece o princípio da não discriminação baseada em procedência ou destino,</p><p>previsto no art. 152, da CF/88.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>Mais uma etapa cumprida, futuro servidor!</p><p>Você encontrará inúmeras questões comentadas em áudio para treinar, e a abordagem de alguns temas</p><p>específicos que você estudou neste material na minha Comunidade do Telegram:</p><p>Comunidade no Telegram:</p><p>https://t.me/ProfFabioDutraConcursos</p><p>Instagram:</p><p>@ProfFabioDutra</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>61</p><p>252</p><p>QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS</p><p>1. CEBRASPE/Auditor do Estado (CGE RJ) /2024</p><p>A respeito dos princípios constitucionais tributários e das espécies tributárias, julgue o item a seguir,</p><p>considerando o Código Tributário Nacional (CTN), a Constituição Federal de 1988 e a jurisprudência do STF.</p><p>É legítimo ao estado do Rio de Janeiro estabelecer regime diferenciado de tributação exclusivamente em</p><p>favor de operações das quais resulte a saída interna de mercadorias produzidas em estabelecimentos</p><p>localizados naquele estado.</p><p>Comentário: O art. 152 da Constituição Federal proíbe expressamente que Estados, o Distrito Federal e os</p><p>Municípios estabeleçam diferenciações tributárias baseadas na procedência ou destino de bens e serviços.</p><p>Além disso, a concessão de benefícios fiscais no âmbito do ICMS deve seguir o procedimento de convênio</p><p>interestadual, conforme estabelecido pelo art. 155, § 2º, XII, 'g' da Constituição, a fim de evitar</p><p>desequilíbrios no pacto federativo e guerras fiscais. A jurisprudência do STF (ADI 3984), reafirma essa</p><p>interpretação, invalidando leis estaduais que estabelecem benefícios fiscais sem o devido convênio, por</p><p>violarem os princípios da isonomia tributária e da não discriminação.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>2. CEBRASPE/Delegado de Polícia (PC PE) /2024</p><p>Com base na jurisprudência predominante, na legislação vigente e na doutrina majoritária, julgue os itens a</p><p>seguir.</p><p>I Sujeita-se ao princípio da anterioridade a norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação</p><p>tributária.</p><p>II O princípio da legalidade tributária impede a instituição de quaisquer impostos mediante medida</p><p>provisória.</p><p>III O princípio da irretroatividade veda a cobrança de tributos em relação a fatos geradores pretéritos ao</p><p>início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.</p><p>IV O Estado tributa com a finalidade precípua, mas não exclusiva, de arrecadar recursos para os cofres</p><p>públicos.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>A) Apenas os itens I e II estão certos.</p><p>B) Apenas os itens I e IV estão certos.</p><p>C) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>D) Apenas os itens III e IV estão certos.</p><p>E) Todos os itens estão certos.</p><p>Comentário: Vamos tratar dos princípios tributários, conforme estabelecido pela Constituição Federal e</p><p>pela jurisprudência do STF.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>62</p><p>252</p><p>Item I: A alteração do prazo de recolhimento de uma obrigação tributária não é considerada uma</p><p>instituição ou aumento de tributo, portanto, não está sujeita ao princípio da anterioridade. Errado.</p><p>Item II: O princípio da legalidade permite a instituição de impostos por medida provisória, exceto aqueles</p><p>que exigem lei complementar, como o IGF, por exemplo. Errado.</p><p>Item III: O princípio da irretroatividade (CF, art. 150, III, “a”) protege o contribuinte contra a cobrança de</p><p>tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os criou ou aumentou.</p><p>Correto.</p><p>Item IV: O Estado utiliza a tributação principalmente para arrecadar recursos, mas também para outros</p><p>objetivos como intervenção econômica ou redistribuição de renda. A tributação com finalidade</p><p>arrecadatória é conhecida como finalidade fiscal. Correto.</p><p>Gabarito: Letra D.</p><p>3. CEBRASPE/Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024</p><p>A respeito dos princípios constitucionais tributários e das espécies tributárias, julgue o item a seguir,</p><p>considerando o Código Tributário Nacional (CTN), a Constituição Federal de 1988 e a jurisprudência do STF.</p><p>O princípio da não surpresa está inserido entre as limitações ao poder de tributar, de forma que é garantia a</p><p>ser assegurada aos contribuintes mesmo nos casos de majoração indireta de tributo, como a revogação de</p><p>benefício fiscal.</p><p>Comentário: A aplicação do princípio da não surpresa na tributação assegura previsibilidade e estabilidade</p><p>ao contribuinte, evitando cobranças imprevistas ou alterações abruptas que afetem negativamente sua</p><p>capacidade financeira.</p><p>A previsão na Constituição Federal, encontra-se no art. 150, III, b e c, que estabelece os princípios da</p><p>anterioridade de exercício e da noventena, respectivamente, assegurando que os tributos não sejam</p><p>cobrados no mesmo exercício financeiro de sua criação ou aumento, e que não sejam cobrados antes de 90</p><p>dias da publicação da lei.</p><p>Ademais, o STF possui o entendimento de que que a revogação ou redução de incentivos fiscais configura</p><p>uma majoração indireta de tributos e, portanto, está sujeita aos princípios da anterioridade geral e</p><p>nonagesimal para garantir o princípio da não surpresa.</p><p>Gabarito: Correto</p><p>4. CEBRASPE/Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024</p><p>João, por não ter pagado o crédito tributário que devia, foi demandado pela</p><p>fazenda pública, por meio de</p><p>execução fiscal. Posteriormente, o contribuinte efetuou judicialmente o depósito integral, em dinheiro, do</p><p>valor cobrado e impugnou a cobrança. No curso do processo, foi editada, pelo Poder Executivo, uma</p><p>portaria que, embasada em determinada lei, permitiu o parcelamento dos créditos tributários relativos ao</p><p>mesmo tributo cobrado de João, excetuando apenas os contribuintes que tivessem feito depósito judicial</p><p>relativo aos valores dos créditos tributários cobrados. Por esse motivo, João formalizou pedido de</p><p>parcelamento, o qual foi indeferido.</p><p>A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte com base no CTN, na Constituição</p><p>Federal de 1988 e na jurisprudência dos tribunais superiores.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>63</p><p>252</p><p>A portaria editada pelo Poder Executivo conflita com o princípio da isonomia tributária, por revelar critério</p><p>de discriminação entre os contribuintes desprovido de razoabilidade.</p><p>Comentário: A situação apresentada questiona a validade de uma portaria que exclui contribuintes que</p><p>realizaram depósito judicial dos valores devidos de um programa de parcelamento. O princípio da isonomia,</p><p>conforme Art. 150, II da Constituição Federal, proíbe a instituição de tratamento desigual entre</p><p>contribuintes em situação equivalente. Contudo, a jurisprudência dos tribunais superiores, especificamente</p><p>o STF no Tema 573, esclarece que tal diferenciação é admissível ao restringir o acesso ao parcelamento aos</p><p>contribuintes que optaram pelo litígio judicial, não violando, assim, o princípio da isonomia ou o acesso à</p><p>justiça. Logo, a ação da portaria não configura violação ao princípio da isonomia, já que reconhece uma</p><p>diferenciação razoável baseada na conduta processual dos contribuintes.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>5. CEBRASPE/AFM -Pref Fortaleza/Direito/2023</p><p>Com base no que dispõe a Constituição Federal de 1988 acerca de princípios do direito</p><p>tributário e de espécies de tributo, julgue o seguinte item.</p><p>A União poderá instituir, mediante lei complementar, empréstimos compulsórios para atender a</p><p>despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua</p><p>iminência ou no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse</p><p>nacional, não se aplicando, em ambos os casos, em razão da excepcionalidade de ambas as</p><p>situações, o princípio da anterioridade contido no art. 150, III, b, da Constituição Federal de</p><p>1988.</p><p>Comentário: A exceção ao princípio da anterioridade anual se refere apenas aos empréstimos</p><p>compulsórios para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de</p><p>guerra externa ou sua iminência.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>6. CEBRASPE/Proc -TCE-RJ/2023</p><p>Em relação às fontes do direito tributário, ao crédito tributário e à legislação e às obrigações</p><p>tributárias, julgue o item a seguir.</p><p>Ato com força de lei material, emitido pelo Poder Executivo federal, que instituir imposto sobre</p><p>produtos industrializados só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido</p><p>convertido em lei até o último dia do ano em que foi editado.</p><p>Comentário: Ao se referir a “ato com força de lei material”, a banca quis dizer medida provisória.</p><p>A regra descrita na questão é a prevista no art. 62, § 2º, da CF. Porém, tal regra é inaplicável aos</p><p>seguintes impostos: II, IE, IPI, IOF e IEG. Logo, não se aplica à situação descrita.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>7. CEBRASPE/PGE-RR-Procurador/2023</p><p>Considerando o princípio constitucional da retroatividade em matéria tributária, julgue o</p><p>próximo item.</p><p>A retroatividade de nova lei não pode ser aplicada quando se diminui alíquota de tributo devido</p><p>anteriormente.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>64</p><p>252</p><p>Comentário: A regra é a lei produzir efeitos em relação aos fatos geradores posteriormente ao</p><p>início da sua eficácia. Assim, como regra, a norma tributária não pode retroagir, mesmo que</p><p>esteja diminuindo a alíquota do tributo devido.</p><p>Gabarito: Certo</p><p>8. CEBRASPE/APO -SEPLAN-RR/2023</p><p>Acerca do Sistema Tributário Nacional, julgue o item que se segue.</p><p>Constitui princípio geral do direito tributário o ideal de que todos os tributos devem ter caráter</p><p>pessoal e ser graduados conforme a capacidade econômica do contribuinte.</p><p>Comentário: O princípio aludido na questão é o princípio da capacidade contributiva, aplicável</p><p>aos impostos, e previsto no art. 145, § 1º, da CF:</p><p>Art. 145:</p><p>(...)</p><p>§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a</p><p>capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,</p><p>especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os</p><p>direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades</p><p>econômicas do contribuinte.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>9. CEBRASPE/Pref Fortaleza-Auditor/2023</p><p>No que se refere ao sistema tributário brasileiro e aos princípios da tributação, julgue o item a</p><p>seguir.</p><p>A cobrança dos impostos deve, sempre que possível, ter caráter pessoal, onerando mais pessoas</p><p>com maior capacidade de pagamento.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 145, § 1º, da CF, sempre que possível, os impostos terão</p><p>caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à</p><p>administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,</p><p>respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as</p><p>atividades econômicas do contribuinte.</p><p>Gabarito: Certo</p><p>10.CEBRASPE/AFM -Pref Fortaleza/Direito/2023</p><p>Com base no que dispõe a Constituição Federal de 1988 acerca de princípios do direito</p><p>tributário e de espécies de tributo, julgue o seguinte item.</p><p>É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios exigir ou aumentar tributo</p><p>sem lei que o estabeleça, o que representa a expressão do princípio da estrita legalidade;</p><p>entretanto, a própria Constituição Federal de 1988 ressalva esse entendimento, ao dispor que o</p><p>Poder Executivo poderá editar medidas provisórias em matéria tributária.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>65</p><p>252</p><p>Comentário: A regra é que os tributos sejam instituídos por meio de lei. Tendo a medida</p><p>provisória força de lei, a CF permite que tais atos sejam utilizados em matéria tributária,</p><p>conforme art. 62, § 2º.</p><p>Gabarito: Certo</p><p>11. CEBRASPE/Pref Fortaleza-Auditor/2023</p><p>No que se refere ao sistema tributário brasileiro e aos princípios da tributação, julgue o item a</p><p>seguir.</p><p>O objetivo do desenho tributário ótimo é fazer que o governo arrecade sem que,</p><p>necessariamente, considere a capacidade contributiva dos indivíduos.</p><p>Comentário: O intuito do legislador constituinte é que a arrecadação tributária considere, sendo</p><p>possível, a capacidade contributiva dos indivíduos. Não é à toa que temos a regra do princípio da</p><p>capacidade contributiva, prevista no art. 145, § 1º, da CF. Ademais, a CF traz, por exemplo, a</p><p>imunidade para a pequena gleba rural, explorada pelo proprietário que não possua outro bem</p><p>imóvel.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>12.CEBRASPE/Adv -AGU/2023</p><p>Considere-se que, no âmbito da condução da política tributária dos Poderes Legislativo e</p><p>Executivo federais, tenha sido cogitada a adoção das medidas seguintes:</p><p>I isenção, por meio de lei federal, de IPTU em relação ao ITBI, no âmbito de território federal</p><p>dividido em municípios.</p><p>II assinatura, pelo presidente da República, de tratado internacional que dispõe sobre a isenção</p><p>de ICMS de determinada mercadoria.</p><p>III alteração, mediante nova lei complementar, da atual lei complementar que dispõe acerca das</p><p>normas gerais do ISS, para excluir determinada atividade do rol de serviços tributáveis pelo</p><p>referido imposto.</p><p>Nessa situação hipotética, haverá ofensa ao princípio constitucional da proibição das isenções</p><p>heterônomas caso ocorra a adoção</p><p>a) apenas da medida mencionada no item I.</p><p>b) apenas da medida prevista no item II.</p><p>c) da medida mencionada no item I ou da medida mencionada em III.</p><p>d) da medida prevista no item II ou da medida prevista em III.</p><p>e) de qualquer uma das medidas mencionadas.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: O princípio da vedação às isenções heterônomas veda que a União conceda isenção de</p><p>tributo municipal. Correto.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>66</p><p>252</p><p>Item II: Tal situação não é considerada uma isenção heterônoma, haja vista que o Presidente da</p><p>República não celebra tratados internacionais representando a União, e sim a República</p><p>Federativa do Brasil. Assim, o STF entende que tal situação é possível. Errado.</p><p>Item III: A própria CF no art. 156, III, prevê que os serviços tributáveis pelo ISS são definidos em</p><p>lei complementar. Logo, seria possível que outra lei complementar alterasse tais serviços</p><p>tributáveis. Errado.</p><p>Gabarito: A</p><p>13.CEBRASPE/AFM -Pref Fortaleza/Direito/2023</p><p>Com base no que dispõe a Constituição Federal de 1988 acerca de princípios do direito</p><p>tributário e de espécies de tributo, julgue o seguinte item.</p><p>Sempre que possível, os tributos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade</p><p>econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir</p><p>efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o</p><p>patrimônio e os rendimentos, mas não as atividades econômicas do contribuinte.</p><p>Comentário: O princípio aludido na questão é o princípio da capacidade contributiva está</p><p>previsto no art. 145, § 1º, da CF:</p><p>Art. 145:</p><p>(...)</p><p>§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a</p><p>capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,</p><p>especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os</p><p>direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades</p><p>econômicas do contribuinte.</p><p>Veja que foi facultado administração tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e as</p><p>atividades econômicas do contribuinte.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>14.CEBRASPE/Pref Fortaleza-Auditor/2023</p><p>No que se refere ao sistema tributário brasileiro e aos princípios da tributação, julgue o item a</p><p>seguir.</p><p>A chamada guerra fiscal promovida pelos governadores para atrair investimentos para os seus</p><p>estados contribui para a seletividade do sistema tributário brasileiro.</p><p>Comentário: A seletividade não condiz com o conceito apresentado na questão. A seletividade</p><p>tem relação com a tributação em razão da essencialidade dos produtos. Ou seja, produtos mais</p><p>supérfluos sofrem tributação mais onerosa do que produtos de consumo essencial à subsistência.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>15.CEBRASPE/APO -SEPLAN-RR/2023</p><p>Relativamente às limitações ao poder de tributar e às imunidades tributárias, julgue o item</p><p>seguinte, de acordo com a Constituição Federal de 1988.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>67</p><p>252</p><p>O dever de instituir imposto uniforme em todo o Brasil alcança não só a União, mas também os</p><p>municípios, que são proibidos de estabelecer diferença tributária entre serviços, de qualquer</p><p>natureza, em razão de sua procedência ou destino.</p><p>Comentário: O princípio da não discriminação em razão da procedência ou destino é aplicável</p><p>aos Estados, Distrito Federal ou Municípios:</p><p>Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença</p><p>tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou</p><p>destino.</p><p>Gabarito: Certo</p><p>16.CEBRASPE/Pref Fortaleza-Auditor/2023</p><p>No que se refere ao sistema tributário brasileiro e aos princípios da tributação, julgue o item a</p><p>seguir.</p><p>Conforme o princípio da isonomia tributária, é vedado o tratamento desigual entre contribuintes</p><p>que ganhem salários significativamente diferentes.</p><p>Comentário: O que o princípio da isonomia tributária veda é instituir tratamento desigual entre</p><p>contribuintes que se encontrem em situação equivalente, ficando proibida ainda qualquer</p><p>distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da</p><p>denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.</p><p>Assim sendo, não é vedado o tratamento desigual entre contribuintes que ganhem salários</p><p>significativamente diferentes.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>17.CEBRASPE/Pref Fortaleza-Auditor/2023</p><p>No que se refere ao sistema tributário brasileiro e aos princípios da tributação, julgue o item a</p><p>seguir.</p><p>A Constituição Federal de 1988 autoriza a majoração de tributos regulatórios do comércio</p><p>exterior pelo Poder Executivo sem a necessidade de aprovação de lei pelo Poder Legislativo.</p><p>Comentário: O art. 153, § 1º, da CF, excepciona do princípio da legalidade a alteração de</p><p>alíquotas de determinados impostos, dentro dos limites e condições legais.</p><p>Gabarito: Certo</p><p>18.CEBRASPE/Pref Maringá-Auditor/2022</p><p>Relativamente ao Sistema Tributário Nacional, conforme previsto na Constituição Federal de</p><p>1988, julgue os itens que se seguem.</p><p>I Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal, sendo graduados de acordo com a</p><p>capacidade econômica do contribuinte.</p><p>II Qualquer ente da Federação poderá estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de</p><p>qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.</p><p>III O imposto municipal sobre propriedade predial e territorial urbana poderá ter alíquotas</p><p>diferenciadas em função da localização do imóvel.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>68</p><p>252</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>a) Apenas o item II está certo.</p><p>b) Apenas o item III está certo.</p><p>c) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>d) Apenas os itens I e II estão certos.</p><p>e) Todos os itens estão certos.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: Trata-se do princípio da capacidade contributiva previsto no art. 145, § 1º, da CF. Correto.</p><p>Item II: O estabelecimento de diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza,</p><p>em razão de sua procedência ou destino é vedado pelo princípio tributário previsto no art. 152,</p><p>da CF. Errado.</p><p>Item III: Realmente, o IPTU pode ter alíquotas diferenciadas em função da localização e também</p><p>do uso do imóvel. Correto.</p><p>Gabarito: C</p><p>19.CEBRASPE/Pref Maringá-Auditor/2022</p><p>A Carta Magna estipulou a competência tributária, a imunidade tributária, o alcance da norma e</p><p>as limitações ao poder de tributar, parâmetros que devem ser respeitados pelos cidadãos e</p><p>pelos entes federados. Acerca do tema, assinale a opção correta.</p><p>a) A cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público é considerada</p><p>taxa, que não se inclui entre as espécies de tributo.</p><p>b) A União tem competência constitucional para instituir isenções de tributos da competência dos</p><p>estados, do Distrito Federal ou dos municípios.</p><p>c) A CIDE-combustíveis poderá ter alíquota específica, tendo por base a unidade de medida</p><p>adotada, e terá que respeitar o princípio da anterioridade nonagesimal no caso de ter sua</p><p>alíquota reduzida e restabelecida.</p><p>d) Além do papel, a tinta destinada à impressão de livros também tem imunidade tributária de</p><p>impostos.</p><p>e) Os videofonogramas contendo obras musicais de artistas brasileiros ou europeus, gravados no</p><p>país em mídia física, apenas, têm imunidade tributária de impostos.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público não</p><p>é considerada taxa, de acordo com a jurisprudência do STF. Errada.</p><p>Alternativa B: O art. 151, III, da CF/88 veda que a União institua isenções de tributos da</p><p>competência dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios. Trata-se das isenções</p><p>heterônomas. Errada.</p><p>Alternativa C: As CIDEs, assim como as contribuições sociais, podem ter alíquotas específicas ou</p><p>ad</p><p>valorem, conforme estabelece o art. 149, § 2º, da CF. Especificamente em relação a</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>69</p><p>252</p><p>CIDE-Combustíveis, existe exceção quanto ao princípio da anterioridade anual no caso de ter sua</p><p>alíquota reduzida e restabelecida, mas deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Correta.</p><p>Alternativa D: Trata-se de assunto relativo às imunidades tributárias. Tal imunidade abrange os</p><p>livros, jornais e periódicos (art. 150, VI, “d”, da CF). A jurisprudência do STF entende que a tinta</p><p>destinada à impressão de livros não tem imunidade tributária de impostos. Errada.</p><p>Alternativa E: A imunidade tributária abrange apenas os impostos incidentes sobre fonogramas e</p><p>videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de</p><p>autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os</p><p>suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial</p><p>de mídias ópticas de leitura a laser. Errada.</p><p>Gabarito: C</p><p>20.CEBRASPE/Pref Maringá-Auditor/2022</p><p>Os impostos podem ser instituídos e cobrados por todos os entes federados, respeitada a</p><p>competência privativa de cada um deles. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.</p><p>I As alíquotas do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro ou relativas a títulos e</p><p>valores mobiliários (IOF) podem ser alteradas por decreto pelo Poder Executivo.</p><p>II Na majoração da alíquota do imposto sobre produtos industrializados (IPI), os novos valores só</p><p>poderão ser cobrados depois de passado o prazo da anterioridade nonagesimal.</p><p>III O imposto sobre grandes fortunas (IGF) carece de regulamentação por lei complementar para</p><p>poder ser cobrado.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>a) Apenas o item I está certo.</p><p>b) Apenas o item II está certo.</p><p>c) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>d) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>e) Todos os itens estão certos.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: O art. 153, § 1º, da CF, autoriza que as alíquotas do IOF, II, IE e IPI sejam alteradas por ato</p><p>do Poder Executivo, dentro dos limites e condições legais. Correto.</p><p>Item II: De fato, o IPI se sujeita ao princípio da anterioridade nonagesimal, de modo que a</p><p>majoração de suas alíquotas só pode ser cobrada após decorridos os 90 dias da publicação do</p><p>ato normativo. . Correto.</p><p>Item III: O IGF é um dos tributos cuja instituição foi reservada a lei complementar (CF, art. 153,</p><p>VII). . Correto.</p><p>Gabarito: E</p><p>21.CEBRASPE/SEFAZ-CE-AUDITOR/2021</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>70</p><p>252</p><p>Considerando a doutrina clássica e majoritária de direito tributário, julgue o item que se segue.</p><p>Entende-se por princípio da não afetação a característica dos impostos de terem por fato</p><p>gerador uma situação que não precisa estar ligada a uma atividade estatal específica e divisível.</p><p>Comentário: Na verdade, o princípio da não afetação está previsto no art. 167, IV, vedando a</p><p>vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do</p><p>produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de</p><p>recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do</p><p>ensino e para realização de atividades da administração tributária e a prestação de garantias às</p><p>operações de crédito por antecipação de receita.</p><p>Ou seja, veja que o princípio não está relacionado à característica dos fatos geradores dos</p><p>impostos (CTN, art. 16), mas sim quanto ao destino do produto da sua arrecadação.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>22.CEBRASPE/SEFAZ-RR-AUDITOR/2021</p><p>Considerando-se as limitações do poder de tributar, consiste em exceção ao princípio da</p><p>legalidade tributária</p><p>a) a redução ou o restabelecimento de alíquotas de contribuição de intervenção no domínio</p><p>econômico incidente sobre combustíveis (CIDE-combustíveis) por decreto.</p><p>b) a redução de alíquotas do ICMS monofásico por decreto.</p><p>c) a redução ou o restabelecimento de alíquotas de CIDE-combustíveis por convênio.</p><p>d) o aumento de alíquotas de CIDE-combustíveis por decreto.</p><p>e) a fixação da base de cálculo do ICMS monofásico por decreto.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A redução ou o restabelecimento de alíquotas da CIDE-combustíveis pode ocorrer</p><p>por ato infralegal. Correta.</p><p>Alternativa B: A fixação das alíquotas do ICMS monofásico deve ocorrer por meio de convênios</p><p>celebrados no âmbito do CONFAZ. Errada.</p><p>Alternativa C: A redução ou o restabelecimento de alíquotas da CIDE-combustíveis pode ocorrer</p><p>por ato infralegal (decreto). Errada.</p><p>Alternativa D: Em se tratando de aumento de alíquotas da CIDE-combustíveis, deve-se observar</p><p>a exigência de lei. Errada.</p><p>Alternativa E: A fixação das alíquotas do ICMS monofásico devem ocorrer por meio de</p><p>convênios celebrados no âmbito do CONFAZ. Errada.</p><p>Gabarito: A</p><p>23.CEBRASPE/SEFAZ-CE-Auditor/2021</p><p>Considerando o disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir, a respeito</p><p>do direito tributário.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>71</p><p>252</p><p>É permitido instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, desde que se</p><p>trate de concessão de incentivo fiscal destinado a promover o equilíbrio do desenvolvimento</p><p>socioeconômico entre as distintas regiões.</p><p>Comentário: Embora como regra seja vedada a tributação de forma não uniforme no território</p><p>nacional, a CF previu essa exceção no art. 151, III:</p><p>Art. 151. É vedado à União:</p><p>I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique</p><p>distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em</p><p>detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o</p><p>equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;</p><p>Gabarito: Certo</p><p>24.CEBRASPE/SEFAZ-AL-AUDITOR/2021</p><p>Considerando os princípios do direito tributário, a Constituição Federal de 1988 (CF) e o CTN,</p><p>julgue o item a seguir.</p><p>A CF adotou sem mitigações o princípio da uniformidade geográfica, uma vez que estabelece</p><p>que a concessão de qualquer incentivo fiscal deve ser uniforme em todo o território nacional.</p><p>Comentário: O referido princípio constitucional do art. 151, I, da CF, contém uma exceção, qual</p><p>seja a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento</p><p>sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>25.CEBRASPE/Pref. Aracaju-Auditor/2021</p><p>De acordo com a Constituição Federal de 1988, o princípio da anterioridade nonagesimal é</p><p>excepcionado quanto</p><p>a) ao imposto sobre produtos industrializados (IPI).</p><p>b) à contribuição de intervenção no domínio econômico referente a combustível.</p><p>c) ao imposto sobre circulação de mercadoria e serviços (ICMS) incidente sobre combustível.</p><p>d) à alteração da base de cálculo do imposto de renda (IR).</p><p>e) à alteração do fato gerador do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU).</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O IPI se submete ao princípio da noventena (CF, art. 151, III, “c”). Errada.</p><p>Alternativa B: A CIDE-Combustíveis se submete ao princípio da noventena (CF, art. 151, III, “c”).</p><p>Errada.</p><p>Alternativa C: O ICMS incidente sobre combustíveis se submete ao princípio da noventena (CF,</p><p>art. 151, III, “c”). Errada.</p><p>Alternativa D: A base de cálculo do IR não se submete ao princípio da noventena, apenas</p><p>anterioridade anual, caso ocorra sua majoração. Correta.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>72</p><p>252</p><p>Alternativa E: O fato gerador do IPTU se submete ao princípio da noventena (CF, art. 151, III,</p><p>“c”). Errada.</p><p>Gabarito: D</p><p>26.CEBRASPE/SEFAZ-RR-AUDITOR/2021</p><p>Considere que o governo federal tenha instituído por lei complementar,</p><p>publicada em 4 de</p><p>agosto de 2021, imposto não previsto na competência tributária da União, que seja não</p><p>cumulativo e que não tenha fato gerador ou base de cálculo próprio dos discriminados na CF;</p><p>considere também que o governo federal tenha instituído por lei ordinária, publicada em 4 de</p><p>setembro de 2021, o imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR).</p><p>Nessa situação hipotética, os referidos impostos podem ser cobrados</p><p>a) desde a data de suas respectivas publicações.</p><p>b) em janeiro de 2022 e janeiro de 2022, respectivamente.</p><p>c) em novembro de 2021 e fevereiro de 2022, respectivamente.</p><p>d) em janeiro de 2022 e fevereiro de 2022, respectivamente.</p><p>e) em novembro de 2021 e janeiro de 2022, respectivamente.</p><p>Comentário: Foram instituídos dois impostos distintos (IGF e ITR), cuja análise será realizada</p><p>abaixo:</p><p>IGF – Tal imposto deve se submeter aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal. Assim,</p><p>considerando a publicação em 04/08/21, a partir de 01/01/22 já poderia produzir efeitos.</p><p>ITR – Tal imposto deve se submeter aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal. Assim,</p><p>considerando a publicação em 04/09/21, a partir de 01/01/22 já poderia produzir efeitos.</p><p>Gabarito: B</p><p>27.CEBRASPE/SEFAZ-CE-Auditor/2021</p><p>Considerando as normas constitucionais do Direito Tributário, julgue o item a seguir.</p><p>O presidente da República pode editar medida provisória para instituir ou majorar impostos.</p><p>Comentário: Com a EC 32/01, a CF passou a ter previsão expressa para instituição ou majoração</p><p>de impostos por meio de medidas provisórias, desde que observada a regra a seguir transcrita:</p><p>Art. 62:</p><p>(...)</p><p>§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os</p><p>previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro</p><p>seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>Gabarito: Certo</p><p>28.CEBRASPE/SEFAZ-CE/2021</p><p>Considerando as normas constitucionais do Direito Tributário, julgue o item a seguir.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>73</p><p>252</p><p>==302b8==</p><p>O aumento da alíquota do imposto de renda está sujeito tanto à anterioridade anual quanto à</p><p>nonagesimal.</p><p>Comentário: O aumento da alíquota do imposto de renda se sujeita ao princípio da anterioridade</p><p>anual, mas encontra-se excepcionado quanto ao princípio da anterioridade nonagesimal ou</p><p>noventena.</p><p>Gabarito: Errado</p><p>29.CEBRASPE/Pref. Aracaju-Auditor/2021</p><p>Determinado deputado estadual apresentou projeto de lei com as seguintes previsões para o</p><p>ICMS incidente sobre serviços de transporte interestadual de passageiros:</p><p>I alteração da alíquota do imposto, de 15% para 20%;</p><p>II autorização para a correção monetária da base de cálculo do imposto;</p><p>III redução, em 50%, da multa pelo não pagamento do imposto, se pagada em até 30 dias do</p><p>cometimento da infração;</p><p>IV autorização para o governador do estado, ouvido o secretário estadual de fazenda, conceder</p><p>remissão do imposto para as empresas que realizem preponderantemente o transporte</p><p>interestadual de idosos, bem como para dispor sobre obrigações acessórias para o cumprimento</p><p>da obrigação de recolher o imposto.</p><p>Considerando essa situação hipotética e as disposições do Código Tributário Nacional (CTN),</p><p>assinale a opção correta.</p><p>a) As obrigações acessórias, por envolverem obrigação de fazer ou não fazer, devem ser</p><p>instituídas por lei formal.</p><p>b) Deputados estaduais possuem legitimidade para apresentar projeto de lei em matéria</p><p>tributária, mas não para aumentar alíquota de imposto.</p><p>c) Somente lei específica poderá conceder remissão tributária.</p><p>d) A legitimidade para dispor sobre sanção tributária em tributo estadual é exclusiva de</p><p>governador de estado.</p><p>e) Lei formal é exigida para que ocorra a correção monetária do valor da base de cálculo do</p><p>imposto.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Embora ainda não tenha sido estudado, as obrigações acessórias são obrigações</p><p>do contribuinte perante a Fazenda Pública que não tem por objeto o pagamento de tributos. Ou</p><p>seja, são obrigações de fazer ou não fazer, como emitir uma nota fiscal, por exemplo. Tais</p><p>obrigações podem ser previstas em atos infralegais. Errada.</p><p>Alternativa B: Não há óbice ao aumento de alíquota de imposto pelos membros do Poder</p><p>Legislativo, mediante projeto de lei. Errada.</p><p>Alternativa C: A CF/88, em seu art. 150, § 6º, definiu que somente lei específica poderá conceder</p><p>benefícios fiscais, como remissão tributária. Correta.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>74</p><p>252</p><p>Alternativa D: Não há essa atribuição exclusiva ao governador do estado. Aliás, a sanção</p><p>tributária deve ser prevista em lei. Errada.</p><p>Alternativa E: A correção monetária do valor da base de cálculo do imposto independe de</p><p>previsão legal. Errada.</p><p>Gabarito: C</p><p>30.CESPE/TJ-SC-Juiz Estadual/2019</p><p>Determinada lei tributária prevê o valor do teto para a cobrança de uma taxa de fiscalização,</p><p>permitindo que ato do Poder Executivo fixe o valor específico do tributo e autorizando o ministro</p><p>da Economia a corrigir monetariamente, a partir de critérios próprios, esse valor.</p><p>A respeito dessa lei hipotética, considerando-se a jurisprudência do STF acerca do princípio da</p><p>legalidade tributária, é correto afirmar que</p><p>a) a delegação do ato infralegal para a fixação do valor da taxa ou determinação dos critérios</p><p>para a sua correção é inconstitucional.</p><p>b) os índices de correção monetária da taxa podem ser atualizados por ato do Poder Executivo,</p><p>ainda que em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos.</p><p>c) a fixação do valor da taxa por ato normativo infralegal, se em proporção razoável com os</p><p>custos da atuação estatal, é permitida, devendo sua correção monetária ser atualizada em</p><p>percentual não superior aos índices legalmente previstos.</p><p>d) o Poder Executivo tem permissão legal para fixar discricionariamente o valor da correção</p><p>monetária da referida taxa, independentemente de previsão legal de índice de correção.</p><p>e) a fixação, em atos infralegais, de critérios para a correção monetária de taxas é</p><p>inconstitucional, independentemente de observar expressa previsão legal.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O STF já considerou que a fixação do valor da taxa pode ocorrer por ato infralegal,</p><p>desde que atendidos os requisitos previstos em lei, como o seu limite máximo. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa B: A correção do valor monetário do tributo por meio de ato infralegal é ponto</p><p>pacifico na jurisprudência, desde que dentro do índice oficial de correção monetária. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa C: Conforme já comentado, a fixação do valor da taxa pode ocorrer por ato infralegal,</p><p>podendo haver a correção do valor monetário do tributo também por meio de ato infralegal,</p><p>desde que dentro do índice oficial de correção monetária. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Esta alternativa não condiz com o que explicamos no comentário das alternativas</p><p>anteriores. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Esta alternativa não condiz com o que explicamos no comentário das alternativas</p><p>anteriores. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>31.CESPE/DPF-Perito Criminal Federal/2018</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>75</p><p>252</p><p>A majoração de alíquotas do imposto sobre produtos industrializados depende de lei</p><p>complementar aprovada pelo Congresso Nacional, sendo vedada sua implementação no mesmo</p><p>exercício financeiro em que tenha sido publicada lei que aumentou tal tributo.</p><p>Comentário: A majoração de alíquotas do imposto sobre produtos industrializados pode ser</p><p>realizada pelo próprio Poder Executivo, dentro dos limites e condições legais, produzindo efeitos</p><p>dentro do mesmo exercício financeiro, desde que observada a noventena.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>32.CESPE/TJ-AM-Juiz/2016</p><p>Por decreto do prefeito, de agosto de 2014, o município de Manaus atualizou a base de cálculo</p><p>do IPTU e sua planta de valores imobiliários, para a cobrança do tributo em 2015. Na atualização,</p><p>foi usada como referência a taxa SELIC para títulos federais, índice oficial para cálculo dos</p><p>encargos pela mora dos tributos federais.</p><p>Nessa situação hipotética,</p><p>a) o ato é válido, pois, tendo o decreto sido editado no ano de 2014 para surtir efeitos em 2015,</p><p>foi observado o princípio da anterioridade.</p><p>b) o ato é inválido, pois apenas lei municipal poderia indicar a SELIC como índice de correção</p><p>monetária no município.</p><p>c) o ato é inválido, por implicar acréscimo real, e não mera correção.</p><p>d) o ato é válido, pois sendo o IPTU um tributo extrafiscal, a ele não se aplica o princípio da</p><p>legalidade.</p><p>e) o ato é válido, pois a taxa SELIC é índice oficial, não constituindo a sua aplicação, para</p><p>correção da base de cálculo do IPTU, majoração de tributo.</p><p>Comentário: A Taxa SELIC representa não só a correção monetária mas também os juros</p><p>moratórios. Por essa razão, não pode ser considerada apenas como correção monetária. Desse</p><p>modo, o ato é inválido, pois configura majoração do imposto, não podendo ser realizada por ato</p><p>infralegal (decreto), mas tão somente por meio de lei.</p><p>Cabe ressaltar que a EC 132/2023 (Reforma Tributária) incluiu a possibilidade de o IPTU ter sua</p><p>base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em lei</p><p>municipal. Ou seja, o art. 156, § 1º, III, da CF/88, passou a prever expressamente a atualização da</p><p>base de cálculo por meio de ato infralegal.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>33.CESPE/CGE-PI-Auditor Governamental/2015</p><p>As limitações ao poder de tributar podem ser reguladas, em âmbito legislativo, tanto por lei</p><p>complementar quanto por lei ordinária.</p><p>Comentário: Cabe à lei complementar, e não ordinária, regular as limitações constitucionais ao</p><p>poder de tributar (art. 146, II, CF/88).</p><p>Gabarito: Errada</p><p>34.CESPE/CGE-PI-Auditor Governamental/2015</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>76</p><p>252</p><p>São limitações ao poder de tributar as imunidades, os princípios de direito tributário e as anistias.</p><p>Comentário: De fato, tanto os princípios tributários como as imunidades tributárias constituem</p><p>limitações ao poder de tributar. Porém, a anistia não é uma limitação do poder de tributar, e sim</p><p>o próprio exercício do poder de tributar, que também permite ao ente federado anistiar</p><p>determinadas infrações à legislação tributária.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>35.CESPE/AGU/2015</p><p>De acordo com o princípio da legalidade, fica vedada a criação ou a majoração de tributos, bem</p><p>como a cominação de penalidades em caso de violação da legislação tributária, salvo por meio</p><p>de lei.</p><p>Comentário: Deveras, a instituição e majoração de tributos bem como a cominação de</p><p>penalidades devem sempre ocorrer mediante edição de lei.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>36.CESPE/MPE-CE-Promotor de Justiça/2020</p><p>É vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação</p><p>equivalente, salvo se a distinção se der em razão da sua ocupação profissional.</p><p>Comentário: O princípio da isonomia tributária, previsto no art. 150, II, da CF/88, veda o</p><p>tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, veda, ainda,</p><p>a distinção em razão da sua ocupação profissional.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>37.CESPE/PGE-PE-Analista Judiciário/2019</p><p>Os legisladores devem buscar graduar os impostos de acordo com a capacidade econômica do</p><p>contribuinte.</p><p>Comentário: De acordo com o exposto no art. 145, § 1º, da CF/88, os impostos devem ser</p><p>graduados pelos legisladores de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>38.CESPE/TJ-SC-Juiz Estadual/2019</p><p>O § 1.º do art. 145 da Constituição Federal de 1988 dispõe que “Sempre que possível, os</p><p>impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do</p><p>contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses</p><p>objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os</p><p>rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”.</p><p>O princípio do direito tributário relacionado à norma constitucional transcrita anteriormente é o</p><p>a) princípio da capacidade contributiva.</p><p>b) princípio da igualdade tributária.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>77</p><p>252</p><p>c) princípio da irretroatividade tributária.</p><p>d) princípio da não cumulatividade.</p><p>e) princípio da benignidade.</p><p>Comentário: Esta questão é bastante simples e direta! O § 1.º do art. 145 da Constituição Federal</p><p>de 1988 trata do princípio da capacidade contributiva.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>39.CESPE/PGE-PE-Procurador/2018</p><p>A técnica de tributação que observa o princípio da capacidade contributiva consiste em</p><p>a) diminuir a alíquota na proporção da ampliação da base de cálculo.</p><p>b) majorar a carga tributária conforme a essencialidade do produto tributado.</p><p>c) estabelecer teto máximo de valor para o pagamento de determinados tributos, mantendo-se a</p><p>modicidade tributária.</p><p>d) fixar alíquotas percentualmente menores para os contribuintes que tenham menor patrimônio</p><p>pessoal.</p><p>e) confiscar bens considerados supérfluos em relação aos contribuintes que apresentem sinais</p><p>externos de riqueza excessiva.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Ao diminuir a alíquota na proporção da ampliação da base de cálculo, confere-se o</p><p>efeito regressivo ao tributo, contrariando o princípio da capacidade contributiva. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa B: O fato de majorar a carga tributária conforme a essencialidade do produto</p><p>tributado torna os tributos essenciais mais onerados, contrariando o princípio da capacidade</p><p>contributiva. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O estabelecimento de teto máximo de valor para o pagamento de determinados</p><p>tributos não necessariamente atenderá ao princípio da capacidade contributiva, pois dentro do</p><p>teto, podemos ter uma grande variação de pessoas com capacidade econômicas distintas.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Ao fixar alíquotas percentualmente menores para os contribuintes que tenham</p><p>menor patrimônio pessoal, as pessoas com menor capacidade contributiva se submeterão a uma</p><p>tributação mais branda. Logo, atende ao princípio da capacidade contributiva. Alternativa</p><p>correta.</p><p>Alternativa E: O confisco de bens não atende o princípio da capacidade contributiva, uma vez</p><p>que estar-se-ia penalizando a aquisição de capacidade contributiva, e o tributo não possui</p><p>natureza punitiva. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>40.CESPE/PC-PE-Delegado/2016</p><p>Sempre que for possível, os impostos terão caráter pessoal, facultado à administração tributária</p><p>identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>78</p><p>252</p><p>Comentário: Foi cobrada a previsão contida no art. 145, § 1º, da CF/88: sempre que possível, os</p><p>impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do</p><p>contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses</p><p>objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os</p><p>rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>41.CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013</p><p>Segundo o STF, não haverá ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei complementar, por</p><p>motivos extrafiscais, imprimir tratamento desigual a microempresas e empresas de pequeno</p><p>porte de capacidade contributiva distinta, afastando do regime diferenciado aquelas cujos sócios</p><p>tenham condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado.</p><p>Comentário: Conforme a jurisprudência do STF, não fere o princípio da isonomia o tratamento</p><p>desigual a microempresas (ME) e empresas de</p><p>pequeno porte (EPP) cujos sócios têm condição de</p><p>disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>42.CESPE/PROMOTOR-MP-TO/2012</p><p>Norma estadual que conceda incentivo fiscal a empresa que contratar empregado com idade</p><p>superior a cinquenta anos vai de encontro ao princípio da isonomia, constituindo discriminação</p><p>em virtude da idade.</p><p>Comentário: De acordo com a jurisprudência do STF, não fere o princípio da isonomia quando a</p><p>lei estimula a contratação de empregados com determinadas características (por exemplo, idade</p><p>mais elevada), por meio de incentivos fiscais.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>43.CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012</p><p>O princípio da isonomia não se inclui entre os princípios que limitam o poder de tributar, mas</p><p>entre os princípios universais de justiça.</p><p>Comentário: O princípio da isonomia é um princípio tributário que atua como uma evidente</p><p>limitação constitucional ao poder de tributar, já que restringe a arbitrariedade do ente tributante</p><p>no tocante à imposição tributária sobre as pessoas.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>44.CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012</p><p>Dados os princípios da personalização e da capacidade contributiva, os impostos devem, sempre</p><p>que possível, ter caráter pessoal e ser graduados de acordo com a capacidade econômica do</p><p>contribuinte, sendo facultado à administração, respeitados os direitos individuais e os termos da</p><p>lei, identificar os rendimentos do contribuinte, seu patrimônio e suas atividades econômicas.</p><p>Comentário: A questão realizou cópia do art. 145, § 1º, da CF/88.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>79</p><p>252</p><p>Gabarito: Correta</p><p>45.CESPE/CAGE-RS-Auditor/2018</p><p>Após regular processo administrativo, determinado auditor tributário aplicou multa a</p><p>contribuinte, em decorrência do não recolhimento de imposto. O valor da multa corresponde ao</p><p>dobro do montante não recolhido com base em previsão legal.</p><p>Nessa situação hipotética,</p><p>A) não é possível a redução do valor da multa por decisão judicial.</p><p>B) houve violação do princípio do não confisco, dado o valor da multa aplicada.</p><p>C) não se aplica o princípio do não confisco, porque não se pode confundir multa com tributo.</p><p>D) não se aplicará o princípio do não confisco caso haja previsão legal nesse sentido.</p><p>E) a redução da multa é condicionada à anulação do processo administrativo.</p><p>Comentário: O STF (ADI 551/RJ) já considerou inconstitucional norma que estabelecia que multa</p><p>exigida pelo não recolhimento de impostos ou taxas não poderia ser inferior a duas vezes o valor</p><p>destes.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>46.CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2013</p><p>Configura-se o caráter confiscatório de determinado tributo sempre que o efeito cumulativo,</p><p>resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal, afetar,</p><p>substancialmente e de maneira irrazoável, o patrimônio ou os rendimentos do contribuinte.</p><p>Comentário: A questão traz a definição perfeita do efeito confiscatório causado pelo excesso de</p><p>tributação por parte do Fisco.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>47.CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012</p><p>A vedação do efeito confiscatório aplica-se tanto aos tributos propriamente ditos quanto às</p><p>multas pelo descumprimento da legislação tributária.</p><p>Comentário: Para o STF, realmente o princípio do não confisco aplica-se também às multas pelo</p><p>descumprimento da legislação tributária.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>48.CESPE/JUIZ-TJ-CE/2012</p><p>Segundo o STF, o denominado princípio da vedação ao confisco tem aplicação apenas em</p><p>relação ao tributo e não à sanção, motivo pelo qual não estende a sua aplicação às multas</p><p>moratórias.</p><p>Comentário: Na realidade, o STF entende que o princípio do não confisco aplica-se também às</p><p>multas, inclusive às moratórias.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>80</p><p>252</p><p>49.CESPE/SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020</p><p>A majoração de qualquer tributo por medida provisória somente produzirá efeitos no exercício</p><p>financeiro seguinte se for convertida em lei até o último dia do exercício em que tiver sido</p><p>editada.</p><p>Comentário: A referida regra é aplicável apenas aos impostos, estando excepcionados os</p><p>seguintes impostos: II, IE, IPI, IOF, IEG.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>50.CESPE/MPE-CE-Promotor de Justiça/2020</p><p>A fixação da base de cálculo do IPVA está sujeita à anterioridade anual, mas não à anterioridade</p><p>nonagesimal.</p><p>Comentário: Realmente, A fixação da base de cálculo especificamente do IPVA (e do IPTU) está</p><p>sujeita à anterioridade anual, mas não se sujeita ao prazo de 90 dias (noventena).</p><p>Gabarito: Correta</p><p>51.CESPE/Pref. Campo Grande-Procurador/2019</p><p>Empréstimos compulsórios no caso de investimentos públicos de caráter urgente e de relevante</p><p>interesse nacional — como a reconstrução de escolas e hospitais atingidos por enchentes —</p><p>dada a urgência do investimento público, não se sujeitam à anterioridade do exercício financeiro</p><p>e à anterioridade nonagesimal.</p><p>Comentário: A questão tenta retratar uma situação que pode levar o candidato menos</p><p>atento à ideia de que não seria necessário aguardar o cumprimento dos princípios citados.</p><p>Porém, nos empréstimos compulsórios instituídos em face de investimentos públicos de caráter</p><p>urgente e de relevante interesse nacional, os princípios da à anterioridade do exercício financeiro</p><p>e à anterioridade nonagesimal são aplicáveis.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>52.CESPE/TJ-BA-Juiz Estadual/2019</p><p>De acordo com as limitações constitucionais ao poder de tributar, a fixação da base de cálculo do</p><p>IPVA se submete à</p><p>a) anterioridade nonagesimal, sem necessidade de observância da anterioridade anual.</p><p>b) anterioridade anual, sem necessidade de observância da anterioridade nonagesimal.</p><p>c) anualidade, sem necessidade de observância da anterioridade nonagesimal.</p><p>d) anualidade e à anterioridade anual, sem necessidade de observância da anterioridade</p><p>nonagesimal.</p><p>e) anterioridade anual e à anterioridade nonagesimal, sem necessidade de observância da</p><p>anualidade.</p><p>Comentário: A fixação da base de cálculo do IPVA se submete apenas ao princípio da</p><p>anterioridade anual, sem necessidade de observância da anterioridade nonagesimal.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>81</p><p>252</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>53.CESPE/TJ-PR-Juiz Estadual/2019</p><p>A Constituição Federal de 1988 prevê exceções ao princípio tributário da anterioridade, como</p><p>ocorre nos casos dos impostos sobre importação e sobre exportação. Nesses casos, a exceção é</p><p>justificada pela necessidade de ajuste do tributo aos objetivos da política cambial e do comércio</p><p>exterior.</p><p>De acordo com a doutrina majoritária, a referida hipótese de exceção ao princípio tributário da</p><p>anterioridade é explicada em razão de os tributos citados terem finalidade</p><p>a) parafiscal.</p><p>b) parafiscal e extrafiscal.</p><p>c) extrafiscal.</p><p>d) exclusivamente fiscal.</p><p>Comentário: Trata-se dos impostos com nítida finalidade extrafiscal, ou interventiva. Isso significa</p><p>que o objetivo precípuo não é arrecadar, mas sim influenciar no comportamento das pessoas,</p><p>seja em relação ao comércio exterior, ou em relação ao consumo interno, como no caso do IPI.</p><p>Porém, não há qualquer relação com a finalidade parafiscal, que inclui a atribuição da</p><p>arrecadação a outra pessoa diversa do ente instituidor, e que se torna destinatária dos recursos.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>54.CESPE/EBSERH-Analista Administrativo/2018</p><p>A majoração de alíquota do imposto de renda deve seguir o princípio da anterioridade do</p><p>exercício financeiro, mas não o princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Comentário: Exatamente! Tanto a instituição como a majoração do imposto de renda se submete</p><p>ao princípio da anterioridade do exercício financeiro, mas não ao princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>55.CESPE/EMAP-Analista Portuário/2018</p><p>O princípio da carência tributária proíbe a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios</p><p>de cobrar tributos antes de transcorridos noventa</p><p>dias da data da publicação da lei que os</p><p>instituir ou aumentar.</p><p>Comentário: A denominação “princípio da carência tributária” é atípica e foi abordada pela</p><p>banca CESPE nesta prova, fazendo referência ao princípio da anterioridade nonagesimal ou</p><p>noventena. Por essa razão, a questão está correta.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>56.CESPE/DPF-Delegado de Polícia Federal/2018</p><p>A empresa XZY Ltda., contribuinte do ICMS, pagava mensalmente esse tributo a determinado</p><p>estado da Federação, no dia 15 de cada mês. No dia 30/6/2017, esse estado editou ato</p><p>normativo que alterava a data do pagamento do referido tributo para o dia 10 de cada mês,</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>82</p><p>252</p><p>entrando tal ato em vigor no dia 1.º/7/2017. Sem saber da alteração, a empresa XZY Ltda. pagou</p><p>o tributo no dia 15/7/2017, o que acarretou multa e juros de mora pelo pagamento com atraso.</p><p>Nessa situação hipotética, a antecipação do prazo para o pagamento do ICMS só poderia ter</p><p>sido feita por lei e somente poderia ter entrado em vigor no exercício financeiro seguinte.</p><p>Comentário: De acordo com a jurisprudência pacífica do STF, a mera alteração no prazo para</p><p>recolhimento do tributo não implica sua majoração, razão pela qual não se submete ao princípio</p><p>da anterioridade.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>57.CESPE/SEFAZ-RS-Técnico Tributário/2018</p><p>Assinale a opção que indica o princípio tributário segundo o qual o cidadão brasileiro tem o</p><p>direito de não ser surpreendido com a criação de novo tributo.</p><p>a) princípio da vedação ao confisco</p><p>b) princípio da isonomia</p><p>c) princípio da anterioridade nonagesimal</p><p>d) princípio da capacidade contributiva</p><p>e) princípio da irretroatividade</p><p>Comentário: O princípio da anterioridade anual e nonagesimal vedam a incidência tributária</p><p>repentina da norma instituidora ou majoradora de determinado tributo. Alguns chegam a</p><p>denominá-los princípio da não surpresa.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>58.CESPE/STJ-Analista Judiciário/2018</p><p>De acordo com o Supremo Tribunal Federal, a norma legal que altera o prazo de recolhimento da</p><p>obrigação tributária deve observar o princípio da anterioridade que for aplicável ao respectivo</p><p>tributo.</p><p>Comentário: Na realidade, de acordo com a Súmula Vinculante 50, norma legal que altera o</p><p>prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. Afinal,</p><p>alterar o prazo de recolhimento do tributo não configura uma majoração.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>59.CESPE/TCE-PA-Auditor de Controle Externo/2016</p><p>Qualificado como garantia individual do contribuinte e, por conseguinte, como cláusula pétrea da</p><p>Constituição Federal de 1988, o princípio da anterioridade não se aplica à norma jurídica que</p><p>altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária.</p><p>Comentário: É a jurisprudência pacífica do STF, qualificando o princípio da anterioridade como</p><p>garantia individual do contribuinte. A Súmula Vinculante 50 prevê que Norma legal que altera o</p><p>prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>60.CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2015</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>83</p><p>252</p><p>A União pode instituir uma contribuição social cobrada do empregador e incidente sobre as</p><p>aplicações financeiras da empresa, desde que se submeta ao princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal.</p><p>Comentário: A CF/88 (art. 195, § 4°) permite que o legislador institua outras fontes destinadas a</p><p>garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, desde que obedecidos os requisitos</p><p>previstos no art. 154, I. Desse modo, em se tratando de contribuição social, deve haver</p><p>obediência ao princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>61.CESPE/TRF-1ª REGIÃO-Juiz Federal/2015</p><p>Lei federal referente ao imposto de renda publicada em 25/11/2014 introduziu majoração da</p><p>alíquota do imposto, entretanto não dispôs sobre o início de sua vigência.</p><p>Nessa situação hipotética, a nova norma teria eficácia a partir de</p><p>a) 23/2/2015, aplicando-se os princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal.</p><p>b) 9/1/2015, aplicando-se o princípio da anterioridade anual e desconsiderando-se o princípio da</p><p>anterioridade nonagesimal.</p><p>c) 1.º/1/2016, aplicando-se o princípio da anterioridade anual a partir do início da vigência da</p><p>norma.</p><p>d) 1.º/1/2015, aplicando-se o princípio da anterioridade anual e sem se considerar o princípio da</p><p>anterioridade nonagesimal.</p><p>e) 23/2/2015, aplicando-se o princípio da anterioridade nonagesimal e desconsiderado o</p><p>princípio da anterioridade anual.</p><p>Comentário: Como se trata do Imposto de Renda, imposto que deve obediência ao princípio da</p><p>anterioridade anual, mas é excepcionado do princípio da anterioridade nonagesimal, a lei federal</p><p>majoradora terá eficácia a partir de 01/01/2015.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>62.CESPE/AGU/2015</p><p>Pela aplicação do princípio da anterioridade tributária, quaisquer modificações na base de</p><p>cálculo ou na alíquota dos tributos terão sua eficácia suspensa até o primeiro dia do exercício</p><p>financeiro seguinte a ̀ publicação da lei que promoveu a alteração.</p><p>Comentário: Primeiramente, devemos nos lembrar de que tal princípio não se aplica a quaisquer</p><p>alterações, mas tão somente à instituição ou majoração de tributos. Em segundo lugar, há</p><p>diversas exceções, no que diz respeito à alteração das alíquotas. Portanto, não se pode afirmar</p><p>que quaisquer modificações na alíquota dos tributos terão sua eficácia suspensa até o primeiro</p><p>dia do exercício financeiro seguinte a ̀ publicação da lei que promoveu a alteração. Questão</p><p>errada.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>63.CESPE/PROCURADOR-MP-TCDF/2013</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>84</p><p>252</p><p>A União pode criar empréstimos compulsórios visando investimentos públicos de caráter urgente</p><p>e de relevante interesse nacional, mas está impedida de cobrar tais tributos no mesmo exercício</p><p>financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu.</p><p>Comentário: Conforme acabamos de estudar, somente os empréstimos compulsórios</p><p>decorrentes de guerra externa ou sua iminência e calamidade pública constituem exceções ao</p><p>princípio da anterioridade (e noventena também).</p><p>Gabarito: Correta</p><p>64.CESPE/PROCURADOR-MP-TCDF/2013</p><p>Uma norma legal que apenas altere o prazo de recolhimento das contribuições sociais destinadas</p><p>à previdência social não se sujeitará ao princípio da anterioridade.</p><p>Comentário: A mera alteração de prazo de recolhimento de contribuições sociais não se sujeita</p><p>ao princípio da anterioridade. Aqui vale uma observação: mesmo que fosse feita a majoração, as</p><p>contribuições sociais para previdência social não ficariam sujeitas à anterioridade, pois tais</p><p>tributos são excepcionados da aplicação desse princípio.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>65.CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2013</p><p>A edição pela União de norma modificadora alterando o prazo para o recolhimento de</p><p>determinada obrigação tributária deve respeitar o princípio da anterioridade.</p><p>Comentário: A alteração de prazo para o recolhimento de determinada obrigação tributária não</p><p>necessita obedecer ao princípio da anterioridade (nem mesmo o da legalidade), segundo</p><p>orientação do STF.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>66.CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2013</p><p>O imposto sobre operações financeiras submete-se ao princípio da anterioridade anual.</p><p>Comentário: O IOF é uma das exceções ao princípio da anterioridade anual.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>67.CESPE/PROMOTOR-MP-ES/2010</p><p>Para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, a União pode</p><p>instituir empréstimo compulsório, mediante lei complementar, sem a observância dos princípios</p><p>da anterioridade e da irretroatividade.</p><p>Comentário: O empréstimo compulsório não observa o princípio da anterioridade. Entretanto,</p><p>não se pode dizer o mesmo em relação ao princípio da irretroatividade.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>68.CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>85</p><p>252</p><p>Considere que determinada lei, publicada no dia 30/12/2011, que instituiu taxa de coleta</p><p>domiciliar de lixo, tenha sido omissa em relação à data de início de sua vigência. Nesse caso, é</p><p>correto afirmar que a taxa somente poderá ser cobrada a partir</p><p>a) de 45 dias após a data de publicação da referida lei.</p><p>b) de 90 dias após a data de publicação dessa lei.</p><p>c) da data de publicação da referida lei.</p><p>d) do primeiro dia do exercício financeiro de 2012.</p><p>e) de 30 dias após a data de publicação dessa lei.</p><p>Comentário: Existe uma regra prevista na Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro</p><p>(LINDB) que trata da vigência da lei omissa em relação à data de início de sua vigência. De</p><p>acordo com essa regra, a vigência da lei, nesse caso, inicia-se 45 dias após a data de publicação.</p><p>No entanto, o que se pede é a data em que será possível realizar a cobrança, o que diz respeito à</p><p>eficácia da lei e não à sua vigência (estudaremos isso em aula própria). Detalhes à parte, a</p><p>majoração das taxas submete-se tanto á anterioridade anual como à nonagesimal, o que faz com</p><p>que a lei produza efeitos apenas 90 dias após a data de sua publicação.</p><p>Observe que sempre prevalece o prazo mais longo, quando o tributo se sujeita a ambos os</p><p>princípios. Por exemplo, se a lei tivesse sido publicada em 30/01/2011, somente seria possível a</p><p>cobrança da taxa em 01/01/2012. A resposta, portanto, é Letra B.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>69.CESPE/TCE-PA-Procurador de Contas/2019</p><p>Conforme a jurisprudência do STF, o pedágio</p><p>a) é uma espécie de imposto.</p><p>b) é uma espécie de taxa.</p><p>c) possui natureza jurídica de preço público.</p><p>d) não possui natureza tributária, mas deve ser instituído mediante edição de lei.</p><p>e) possui natureza de contribuição parafiscal.</p><p>Comentário: O pedágio já foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como possuindo</p><p>natureza jurídica de preço público, razão pela qual não depende de instituição por meio de lei.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>70.CESPE/JUIZ-TJ-ES/2011</p><p>De acordo com a CF, é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo</p><p>qualquer pessoa nele entrar, permanecer ou dele sair, entretanto, sobre o trânsito dos bens dessa</p><p>pessoa incidirão impostos.</p><p>Comentário: A assertiva trata da liberdade de locomoção, direito protegido pela CF/88, em seu</p><p>art. 5º, XV. Justamente por isso, o Constituinte previu o princípio da liberdade de tráfego. Como</p><p>regra, não incidem tributos sobre o tráfego de pessoas ou bens, admitidas exceções, como o</p><p>ICMS.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>86</p><p>252</p><p>Gabarito: Errada</p><p>71.CESPE/TCE-RO-Procurador/2019</p><p>A respeito dos princípios tributários, assinale a opção correta.</p><p>a) De acordo com o princípio da legalidade tributária, em sua vertente reserva legal, o imposto</p><p>sobre grandes fortunas (IGF), os empréstimos compulsórios e os impostos e contribuições</p><p>residuais devem ser instituídos por lei complementar.</p><p>b) A instituição de imposto que incidirá sobre o transporte interestadual viola o princípio da</p><p>liberdade de tráfego.</p><p>c) Conforme o princípio da retroatividade in bonam partem, por meio de ato infralegal é possível</p><p>reduzir tributo ou penalidade.</p><p>d) Em atenção ao princípio da progressividade tributária, é constitucional lei que estabelece</p><p>alíquotas progressivas para o imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) com base no</p><p>valor venal do imóvel.</p><p>e) O princípio da anterioridade tributária aplica-se à revogação de tributos ou diminuição de</p><p>alíquotas.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Como regra, os tributos são instituídos por meio de lei ordinária. Porém, alguns</p><p>casos foram reservados expressamente à lei complementar. São eles: o imposto sobre grandes</p><p>fortunas (IGF), os empréstimos compulsórios e os impostos e contribuições residuais. Alternativa</p><p>correta.</p><p>Alternativa B: O ICMS está previsto no texto constitucional assim como o princípio da liberdade</p><p>de tráfego. Logo, o ICMS não pode ser considerado como violador do referido princípio.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: A instituição de tributos, assim como a sua extinção, e também a imposição e</p><p>redução de penalidades dependem de lei.</p><p>Alternativa D: De acordo com a Súmula 656 do STF, é inconstitucional lei que estabelece</p><p>alíquotas progressivas para o imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) com base no</p><p>valor venal do imóvel. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O princípio da anterioridade tributária não se aplica à revogação de tributos ou</p><p>diminuição de alíquotas, pois o seu objetivo é apenas trazer garantias ao contribuinte contra</p><p>situações que poderiam prejudicá-los. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>72.CESPE/CGM-João Pessoa-Auditor Municipal/2018</p><p>É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos estados, do Distrito</p><p>Federal e dos municípios.</p><p>Comentário: O que se veda no art. 151, II, da CF/88, é que a União tribute a renda das</p><p>obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a</p><p>remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar</p><p>para suas obrigações e para seus agentes.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>87</p><p>252</p><p>Gabarito: Errada</p><p>73.CESPE/PC-GO-Delegado/2017</p><p>Sabendo que, por disposição constitucional expressa, em regra, os princípios tributários e as</p><p>limitações ao poder de tributar não se aplicam de forma idêntica a todas as espécies tributárias,</p><p>assinale a opção correta a respeito da aplicação desses institutos.</p><p>a) Apenas aos impostos estaduais aplica-se o princípio que proíbe o estabelecimento de</p><p>diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza em razão de sua procedência ou</p><p>seu destino.</p><p>b) A aplicação do princípio da não vinculação de receita a despesa específica é limitada aos</p><p>impostos.</p><p>c) Em regra, o princípio da anterioridade do exercício aplica-se da mesma forma aos impostos e</p><p>às contribuições sociais da seguridade social.</p><p>d) O princípio da capacidade contributiva aplica-se sempre e necessariamente aos impostos.</p><p>e) O princípio da anterioridade do exercício atinge, de forma ampla, as hipóteses de</p><p>empréstimos compulsórios previstas no texto constitucional.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: De acordo com o art. 152, da CF/88, é vedado aos Estados, ao Distrito Federal e</p><p>aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em</p><p>razão de sua procedência ou destino. Portanto, a regra não é restrita aos impostos estaduais.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Realmente, o princípio da não afetação ou não vinculação de receita a despesa</p><p>específica é limitado aos impostos, nos termos do art. 167, IV, da CF/88. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: O princípio da anterioridade do exercício não se aplica às contribuições sociais da</p><p>seguridade social. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: O princípio da capacidade contributiva foi mencionado no art. foi mencionado no</p><p>art. 145, § 1º, da CF/88, fazendo referência aos impostos. Porém, o entendimento do STF é o de</p><p>que também se aplica às demais espécies tributárias. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O princípio da anterioridade do exercício atinge apenas a hipótese de empréstimo</p><p>compulsório relativa aos investimentos públicos de caráter urgente e de relevante interesse</p><p>nacional, nos termos do art. 148, II, da CF/88. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>74.CESPE/TCE-PR-Analista de Controle/2016</p><p>É vedado à União conceder incentivos que visem à promoção do equilíbrio socioeconômico a</p><p>determinadas áreas do país.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 151, I, da CF/88, que prevê o princípio da uniformidade</p><p>geográfica da tributação, admite-se a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o</p><p>equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.</p><p>Gabarito:</p><p>Errada</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>88</p><p>252</p><p>75.CESPE/DPDF/2013</p><p>É vedado à União estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza,</p><p>em razão de sua procedência ou destino.</p><p>Comentário: Este princípio foi direcionado unicamente aos Estados, Distrito Federal e</p><p>Municípios, não se aplicando à União.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>76.CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012</p><p>De acordo com a CF, em nenhuma hipótese a União poderá conceder isenção de tributos</p><p>estaduais e municipais.</p><p>Comentário: A concessão de isenções heterônomas, via de regra, é proibida. Contudo, como</p><p>estudamos, há algumas exceções a esse princípio, de modo que a questão está errada.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>77.CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012</p><p>Tratados internacionais ratificados pelo Brasil não constituem meio hábil para a instituição de</p><p>isenções relativas a tributos estaduais e municipais, conforme a jurisprudência.</p><p>Comentário: No decorrer da aula, vimos que uma das exceções ao princípio da vedação às</p><p>isenções heterônomas é a previsão em tratados internacionais, estando esse entendimento</p><p>amparado pela jurisprudência.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>78.CESPE/JUIZ-TJ-ES/2011</p><p>É possível que, em razão de relevantes interesses, a União institua um tributo implicando</p><p>distinção de um estado em detrimento de outro, admitida, ainda, a concessão de incentivos</p><p>fiscais, buscando-se o fomento econômico das regiões mais pobres do país.</p><p>Comentário: O art. 151, I, da CF/88, prega que é vedado à União instituir tributo que não seja</p><p>uniforme em todo o território nacional, ou que implique distinção ou preferência em relação a</p><p>Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro. Por conseguinte, a questão</p><p>está errada.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>79.CESPE/JUIZ-TJ-ES/2011</p><p>É possível que um tributo federal contenha alíquotas diferenciadas em algumas áreas do país,</p><p>não se observando uma alíquota una para toda a extensão do território nacional.</p><p>Comentário: De acordo com o princípio da uniformidade geográfica da tributação, é vedado à</p><p>União cobrar tributos na uniforme em diferentes áreas do território nacional, admitindo-se a</p><p>concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento</p><p>socioeconômico entre as diferentes regiões do País.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>89</p><p>252</p><p>QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS</p><p>1. FCC/SEFAZ-AP-FISCAL/2023</p><p>Determinado Município, pretendendo recompor perdas na arrecadação tributária ocorridas no período da</p><p>pandemia, em 2019 e 2020, resolveu, por meio de lei ordinária municipal, publicada no Diário Oficial do</p><p>Município, em 29 de dezembro de 2021 (quarta-feira), instituir contribuição para o custeio do serviço de</p><p>iluminação pública, devendo sua cobrança ser feita na fatura de consumo da energia elétrica. Nessa</p><p>hipótese, esses fatos geradores serão alcançados pela referida contribuição</p><p>a) a partir de 01 de janeiro de 2022 em respeito à anterioridade.</p><p>b) a partir de 30 de dezembro de 2021, dia útil seguinte à sua instituição.</p><p>c) após 90 dias contados da sua instituição.</p><p>d) retroativamente aos dois últimos anos de sua instituição devido às perdas de arrecadação tributária na</p><p>pandemia.</p><p>e) a partir de 29 de dezembro de 2021, data de sua instituição.</p><p>Comentário: A COSIP se sujeita ao princípio da anterioridade anual e nonagesimal. Portanto, só poderia ser</p><p>cobrada a partir de 2022, e após o prazo de 90 dias contados da sua instituição.</p><p>Conforme a redação atualizada do dispositivo (EC 132/2023), a COSIP abrange o custeio, a expansão e a</p><p>melhoria do serviço de iluminação pública e de sistemas de monitoramento para segurança e preservação</p><p>de logradouros públicos.</p><p>Gabarito: C</p><p>2. FCC/SEFAZ-AP-AUDITOR/2023</p><p>Suponha que a União, depois de ter decretado estado de calamidade pública, resolvesse instituir, por meio</p><p>de publicação no Diário Oficial, já em dezembro de 2022, empréstimo compulsório sobre o consumo de</p><p>combustíveis, para fazer frente às despesas extraordinárias decorrentes dos prejuízos causados pela</p><p>referida calamidade. Nesse caso, a União</p><p>a) não poderia instituir este tributo, tendo em vista que a competência para sua instituição seria dos</p><p>Estados atingidos pela calamidade, e sua efetiva cobrança poderia ser feita em 2022, não se aplicando</p><p>neste caso a anterioridade anual ou nonagesimal.</p><p>b) poderia instituir este tributo e sua efetiva cobrança deveria ser feita a partir de 01/01/2023, em</p><p>observância ao princípio da anterioridade anual.</p><p>c) poderia instituir este tributo e sua efetiva cobrança deveria ser feita em 2023, observando-se, além da</p><p>anterioridade anual, a anterioridade nonagesimal.</p><p>d) poderia instituir este tributo e sua efetiva cobrança poderia ser feita em 2022, não se aplicando, neste</p><p>caso, a anterioridade anual ou nonagesimal.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>90</p><p>252</p><p>e) não poderia instituir este tributo, tendo em vista que a competência para sua instituição seria dos</p><p>Estados atingidos pela calamidade, e sua efetiva cobrança deveria ser feita a partir de 01/01/2023, em</p><p>observância ao princípio da anterioridade anual.</p><p>Comentário: Em relação aos empréstimos compulsórios, deve-se ter em mente o seguinte:</p><p>I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua</p><p>iminência – produção de efeitos imediata.</p><p>II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional – sujeição ao</p><p>princípio da anterioridade anual e nonagesimal.</p><p>Assim, no caso em comento, a União poderia instituir este tributo e sua efetiva cobrança poderia ser feita</p><p>em 2022, não se aplicando, neste caso, a anterioridade anual ou nonagesimal.</p><p>Gabarito: D</p><p>3. FCC/SEFAZ-PE-AUDITOR/2022</p><p>Determinado Estado brasileiro aumenta alíquota do ICMS em operações internas com veículos de passeio,</p><p>mediante a publicação no Diário Oficial de 28/09/2022 de Lei Ordinária Estadual, estabelecendo data inicial</p><p>de vigência em 28/10/2022, com o objetivo de fortalecer o erário enfraquecido no período da Pandemia de</p><p>Covid-19. Nos termos previstos na Constituição Federal de 1988, a nova alíquota prevista por esta Lei</p><p>Ordinária Estadual deve ser aplicada aos fatos geradores do ICMS ocorridos a partir</p><p>a) da data da publicação da lei.</p><p>b) do primeiro dia do exercício financeiro seguinte à publicação da lei.</p><p>c) do exercício financeiro seguinte à publicação da lei, devendo ser observada também a anterioridade</p><p>nonagesimal.</p><p>d) da data de vigência prevista na própria lei.</p><p>e) do nonagésimo dia após a data de vigência prevista na própria lei.</p><p>Comentário: A majoração das alíquotas do ICMS se sujeita tanto à anterioridade anual como noventena.</p><p>Portanto, a referida lei só poderia valer no ano de 2023, contando-se ainda o prazo de 90 dias.</p><p>Gabarito: C</p><p>4. FCC/SEFAZ-PE-AUDITOR/2022</p><p>A União publica no seu Diário Oficial decreto concedendo isenção de ICMS a diversos produtos da cesta</p><p>básica, no intuito de reduzir os preços ao consumidor final. Nos termos previstos na Constituição Federal de</p><p>1988, esta isenção</p><p>a) seria constitucional, se fosse concedida por Lei Complementar Federal.</p><p>b) seria constitucional, se fosse concedida por Lei Ordinária Federal.</p><p>c) seria constitucional, se fosse concedida por Resolução do Senado Federal.</p><p>d) é inconstitucional, porque a União não pode conceder isenção de tributo Estadual.</p><p>e) é inconstitucional, porque a União não pode conceder isenção de imposto Estadual, apesar de ter a</p><p>possibilidade de conceder isenção de imposto Municipal.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>91</p><p>252</p><p>Comentário:</p><p>Letra A: A União não pode conceder isenção de tributos de competência dos Estados, conforme vedação</p><p>prevista no art. 151, III, da CF.</p><p>Letra B: A União</p><p>que devem ser tratados por lei complementar. Contudo, são bem</p><p>específicos de cada tributo, motivo pelo qual deixarei para estudarmos quando estivermos nos</p><p>aprofundando sobre cada assunto, ok?</p><p>São tributos cuja instituição deve ser realizada por meio de lei complementar:</p><p>● Empréstimos Compulsórios;</p><p>● Impostos Residuais;</p><p>● Contribuições Residuais</p><p>● Imposto sobre Grandes Fortunas</p><p>● Imposto sobre produção, extração, comercialização ou importação de bens e serviços prejudiciais à</p><p>saúde ou ao meio ambiente (Imposto Seletivo)</p><p>● Imposto sobre Bens e Serviços (IBS)</p><p>● Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS)</p><p>Exceções ao Princípio da Legalidade</p><p>Vimos até aqui que a regra geral é que a instituição/extinção e a majoração/redução devem</p><p>obedecer ao princípio da legalidade ou reserva legal, correto?</p><p>Para a instituição e extinção, devemos considerar que a regra não possui exceção, ou seja, todos os tributos</p><p>são criados e extintos por lei! Contudo, isso não se repete quando o assunto é majoração/redução de</p><p>tributos.</p><p>No texto constitucional inicial, foram previstas quatro exceções ao princípio da legalidade, no que se</p><p>refere à alteração unicamente de alíquotas dentro dos limites legais, quais sejam:</p><p>• Imposto de Importação (II);</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>8</p><p>252</p><p>• Imposto de Exportação (IE);</p><p>• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);</p><p>• Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).</p><p>Segundo o CTN, é possível a alteração das alíquotas e bases de cálculo. Saiba que isso não deve ser</p><p>encarado como verdadeiro, pois a CF recepcionou apenas a alteração de alíquotas como exceção ao</p><p>princípio da legalidade. Nesses casos, a alteração das alíquotas não ocorre por lei, mas por atos infralegais</p><p>(por decreto do Presidente da República, por exemplo). Mas por que esses tributos gozam de tal privilégio?</p><p>Ora, trata-se de tributos extrafiscais, cuja finalidade principal não é arrecadar, mas, sim, regular a</p><p>economia. Nós já estudamos as classificações dos tributos na aula anterior, lembra?</p><p>Pois bem, para cumprir com os fins que lhes foram propostos é mais do que necessário haver certa</p><p>flexibilização para que o Governo intervenha na economia com agilidade e eficácia.</p><p>Além dessas exceções ao princípio da legalidade, duas outras surgiram com a Emenda</p><p>Constitucional 33/2001, tratando sobre a tributação de combustíveis.</p><p>A primeira delas se refere à CIDE-Combustíveis, tributo que já foi por nós estudado, também, na</p><p>aula anterior. A exceção foi prevista no art. 177, § 4°, I, b, da CF/88, que afirma que a alíquota da referida</p><p>contribuição poderá ser reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo.</p><p>Caro aluno, entenda que restabelecer a alíquota significa elevá-la ao limite máximo fixado</p><p>inicialmente pela lei. Ou seja, a lei, quando cria o tributo, prevê certa alíquota, como, por exemplo, 30%.</p><p>Com a redução por ato do Poder Executivo, a alíquota poderia ser reduzida para 10%. Neste caso, para</p><p>permanecer como exceção ao princípio da legalidade, as alíquotas só poderiam ser restabelecidas ao que</p><p>foi inicialmente previsto, qual seja, 30%.</p><p>Caso fosse cobrado algo além desse percentual, estaria caracterizada a majoração de alíquotas, que deverá</p><p>ocorrer por meio de uma lei.</p><p>A segunda das exceções que foram criadas pela EC 33/2001 é a referente ao ICMS-Combustíveis, prevista</p><p>no art. 155, § 4°, IV, da CF/88. Perceba, pela redação do dispositivo em análise, que as alíquotas serão</p><p>fixadas mediante deliberação dos Estados e do DF, por meio de convênios interestaduais, que, hoje, são</p><p>realizados no âmbito do Conselho de Política Fazendária (CONFAZ).</p><p>Observação: O ICMS-Combustíveis, também denominado ICMS-monofásico, é o imposto</p><p>de incidência monofásica (uma incidência em toda etapa de circulação da mercadoria),</p><p>que se aplica tão somente aos combustíveis e lubrificantes definidos em lei</p><p>complementar, conforme estabelece o art. 155, § 2°, XII, “h”. Por ora, é somente isso que</p><p>você precisa para acertar questões relativas ao princípio da legalidade.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>9</p><p>252</p><p>Não caia em “pegadinhas”, afirmando que as alíquotas do ICMS podem ser fixadas por</p><p>decreto estadual! Não existe essa possibilidade!</p><p>Neste caso, a fixação das alíquotas sempre estará excetuada da legalidade, mesmo que haja aumento</p><p>superior ao que foi inicialmente previsto, pois isso é o que se extrai da norma constitucional. Na alínea “c”</p><p>desse mesmo inciso IV, fala-se sobre o restabelecimento, mas veja que ele se refere a outro princípio, o da</p><p>anterioridade, que será posteriormente estudado por nós, ainda nesta aula. Pela riqueza de detalhes,</p><p>deixarei abaixo um breve resumo do que estudamos neste último tópico:</p><p>• Existem 6 tributos, cuja alteração de alíquotas (e não as bases de cálculos) está excetuada da</p><p>legalidade, que são: II, IE, IPI, IOF, CIDE-Combustíveis e ICMS-Combustíveis;</p><p>• As exceções da CIDE-Combustíveis e do ICMS-Combustíveis só entraram na CF com a EC</p><p>33/2001 e, são justamente elas, que guardam peculiaridades;</p><p>• A CIDE-Combustíveis, embora possa ter sua alíquota alterada por decreto do Poder</p><p>Executivo, este somente poderá reduzir e RESTABELECER as alíquotas ao máximo que foi</p><p>inicialmente previsto.</p><p>• O ICMS-Combustíveis se submete à deliberação dos Estados e do DF, mas pode ter a alíquota</p><p>livremente fixada, sem se sujeitar ao rito legal.</p><p>Creio que com esse resumo não tenha ficado difícil para ninguém. Afinal, basta que o aluno guarde</p><p>as 4 exceções que foram incialmente previstas, as duas que vieram depois, e que cada uma dessas duas</p><p>últimas possui uma peculiaridade, que as distinguem entre si e das outras 4.</p><p>Por fim, eu gostaria de acrescentar algumas situações em matéria tributária que escapam do rigor</p><p>da lei, ou seja, são exceções ao princípio da legalidade. Trata-se da atualização do valor monetário da base</p><p>de cálculo do tributo e da fixação do prazo para da exação tributária.</p><p>A atualização do valor monetário da base de cálculo foi expressamente permitida pelo § 2° do art.</p><p>97 do CTN. Ressalte-se que não se deve confundir atualização com aumento, este está sujeito à edição de</p><p>lei.</p><p>Portanto, os entes federados devem observar o índice oficial de correção monetária para atualizar a</p><p>base de cálculo dos tributos. A correção que for realizada em valor superior a tal índice revela aumento de</p><p>tributo e isso só é possível por lei, como vimos. Não poderia, portanto, ser realizada por ato do Poder</p><p>Executivo (decreto, por exemplo).</p><p>Com a EC 132/2023 (Reforma Tributária), tal previsão passou a constar na CF/88:</p><p>Art.156.</p><p>(...)</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>10</p><p>252</p><p>§1º</p><p>(...)</p><p>III – ter sua base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios</p><p>estabelecidos em lei municipal.</p><p>Esse posicionamento já era pacífico no âmbito da jurisprudência. Vejamos, por exemplo, a seguinte súmula</p><p>do STJ:</p><p>Súmula STJ 160 – É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual</p><p>superior ao índice oficial de correção monetária.</p><p>No mesmo sentido, é a jurisprudência do STF (Tema 211 de Repercussão Geral):</p><p>A majoração do valor venal dos imóveis para efeito da cobrança de IPTU não prescinde da</p><p>edição de lei em sentido formal, exigência que somente se pode afastar quando a atualização</p><p>não excede os índices inflacionários anuais de correção monetária. (STF, RE 648245)</p><p>No que se refere ao prazo para recolhimento dos tributos, o STF já se posicionou no sentido de que</p><p>também não há motivo para criar tal restrição (obediência ao princípio da legalidade):</p><p>EMENTA: TRIBUTÁRIO. ICMS. MINAS GERAIS. DECRETOS N.ºS 30.087/89 E 32.535/91, QUE</p><p>ANTECIPARAM O DIA DE RECOLHIMENTO DO TRIBUTO E DETERMINARAM A INCIDÊNCIA DE</p><p>CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR DE ENTÃO. ALEGADA OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA</p><p>LEGALIDADE, DA ANTERIORIDADE E DA NÃO-CUMULATIVIDADE.</p><p>não pode conceder isenção de tributos de competência dos Estados, conforme vedação</p><p>prevista no art. 151, III, da CF.</p><p>Letra C: Resolução do Senado Federal não pode conceder isenção de tributos de competência dos Estados</p><p>Letra D: Realmente, conforme já comentado, o art. 151, III, da CF, veda a concessão de isenções</p><p>heterônomas.</p><p>Letra E: A União não pode conceder isenção de imposto Estadual ou Municipal.</p><p>Gabarito: D</p><p>5. FCC/TRT23-Analista/2022</p><p>Caso houvesse sido publicada, em 17 de novembro de 2020, uma lei federal aumentando a alíquota do</p><p>Imposto de Renda, relativamente a diversos tipos de rendimento tributados, o respectivo crédito tributário,</p><p>majorado em razão dessa lei, só poderia ser cobrado a partir de</p><p>a) 18 de novembro de 2020.</p><p>b) 1º de janeiro de 2021.</p><p>c) 15 de fevereiro de 2021.</p><p>d) 16 de fevereiro de 2021.</p><p>e) 18 de novembro de 2021.</p><p>Comentário: O IR se sujeita ao princípio da anterioridade anual, mas não se sujeita ao princípio da</p><p>anterioridade nonagesimal. Portanto, a lei majoradora do IR poderia produzir efeitos a partir de 1º de</p><p>janeiro de 2021.</p><p>Gabarito: B</p><p>6. FCC/PGE-AM-Analista/2022</p><p>O princípio da anterioridade nonagesimal foi instituído, como regra, pela Emenda Constitucional no</p><p>42/2003. Nos termos da Constituição Federal, é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal a</p><p>majoração</p><p>a) dos impostos sobre produtos industrializados, importação e exportação.</p><p>b) da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos automotores e da alíquota do imposto</p><p>sobre importação.</p><p>c) da alíquota do imposto predial territorial urbano e somente da base de cálculo do imposto sobre</p><p>operações financeiras.</p><p>d) do empréstimo compulsório instituído para atender despesas extraordinárias provenientes de guerra e</p><p>da alíquota do imposto sobre produtos industrializados.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>92</p><p>252</p><p>e) das bases de cálculo do imposto sobre propriedade predial urbana e imposto sobre propriedade</p><p>territorial rural.</p><p>Comentário:</p><p>Letra A: O IPI não constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Letra B: A base de cálculo do IPVA constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Letra C: A base de cálculo do IPTU constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas não</p><p>suas alíquotas.</p><p>Letra D: A alíquota do IPI não constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Letra E: Apenas a base de cálculo do IPTU constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Gabarito: B</p><p>7. FCC/SEFAZ-PE-AUDITOR/2022</p><p>A Constituição federal estabelece limitações ao poder de tributar. Neste contexto, é vedado</p><p>a) à União instituir tratamento tributário ou favores fiscais diferentes, para contribuintes que tenham</p><p>domicílio ou residência em diferentes locais ou regiões.</p><p>b) cobrar tributos federais sobre fonogramas e videofonogramas, produzidos no Brasil ou importados,</p><p>desde que contenham obras cinematográficas, musicais ou literomusicais.</p><p>c) conceder qualquer subsídio, isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,</p><p>anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições.</p><p>d) aos Estados e ao Distrito Federal instituir tributo que não seja uniforme em todo seu território, admitida</p><p>a concessão de incentivos fiscais destinados a combater a fome e a pobreza, em localidades específicas.</p><p>e) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços,</p><p>de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.</p><p>Comentário:</p><p>Letra A: A vedação prevista no art. 150, II, da CF, diz respeito ao tratamento desigual entre contribuintes</p><p>que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional</p><p>ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou</p><p>direitos.</p><p>Letra B: Existe uma imunidade que veda a cobrança de impostos (e CBS, de acordo com a EC 132/2023)</p><p>sobre fonogramas e videofonogramas, produzidos no Brasil, apenas, desde que sejam de autoria de artistas</p><p>brasileiros ou por eles interpretados. É a regra do art. 150, VI, “e”, da CF.</p><p>Letra C: É permitida a concessão, desde que realizada por meio de lei (CF, art. 150, § 6º).</p><p>Letra D: Na realidade, o art. 151, I, da CF/88 prevê que é vedado à União instituir tributo que não seja</p><p>uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao</p><p>Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais</p><p>destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do</p><p>País.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>93</p><p>252</p><p>Letra E: O art. 152, da CF/88 prevê que é vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios</p><p>estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência</p><p>ou destino.</p><p>Gabarito: E</p><p>8. FCC - Juiz Estadual (TJ CE)/2014</p><p>Atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, o IPI, o ICMS, as taxas municipais pelo</p><p>poder de polícia, as contribuições de melhoria e o Imposto de Exportação podem ter suas</p><p>alíquotas aumentadas, respectivamente, por:</p><p>a) lei ordinária, decreto, lei ordinária, decreto e lei ordinária.</p><p>b) lei complementar, lei ordinária, decreto, decreto e lei complementar.</p><p>c) decreto, lei ordinária, lei ordinária, lei ordinária e decreto.</p><p>d) lei ordinária, decreto, lei ordinária, lei ordinária e lei complementar.</p><p>e) decreto, lei ordinária, decreto, decreto e lei ordinária.</p><p>Comentário: O IPI e IOF são exceções ao princípio da legalidade tributária, podendo ter suas</p><p>alíquotas aumentadas por ato do Poder Executivo, conforme §1º do art. 153 da CF/88</p><p>Os demais tributos citados obedecem ao princípio da Legalidade.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>9. FCC/ICMS-PE-Auditor-Fiscal/2014</p><p>Sobre os princípios constitucionais tributários, é correto afirmar que a instituição dos</p><p>emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça, por não possuir natureza tributária, não viola o</p><p>princípio da legalidade tributária.</p><p>Comentário: Sabe-se que os emolumentos cartorários são tributos da espécie taxa. Portanto, sua</p><p>instituição deve ocorrer por meio de lei, em obediência ao princípio da legalidade tributária.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>10. FCC/ICMS-PE-Auditor-Fiscal/2014</p><p>Sobre os princípios constitucionais tributários, é correto afirmar que a definição de vencimento</p><p>das obrigações tributárias sujeita-se ao princípio da legalidade tributária.</p><p>Comentário: A definição da data de vencimentos das obrigações tributárias não se sujeita ao</p><p>princípio da legalidade tributária.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>11. FCC/AFR-SP/2013</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>94</p><p>252</p><p>É uma das limitações constitucionais do poder de tributar a legalidade tributária estrita, incluída</p><p>na Constituição Federal de 1988 pela Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003.</p><p>Comentário: O princípio da legalidade existiu em quase todas as constituições brasileiras, tendo</p><p>sido previsto na CF/88 desde a sua promulgação. Portanto, a questão encontra-se errada.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>12. FCC/SEMPLAN Teresina - Técnico de Nível Superior/Analista em Gestão Pública/2016</p><p>A respeito dos Princípios Gerais Tributários,</p><p>a) a instituição de tributo através de Decreto não fere o princípio da legalidade.</p><p>b) a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro sem que haja sido publicada a lei que os</p><p>instituiu ou aumentou fere especificamente o princípio da competência.</p><p>c) a instituição de tributo fora da matéria que foi destinada constitucionalmente à entidade</p><p>tributante fere especificamente o princípio da anterioridade.</p><p>d) a graduação dos tributos fora da capacidade econômica de contribuir não fere o princípio da</p><p>capacidade contributiva.</p><p>e) o</p><p>imposto progressivo não fere o princípio da igualdade.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Tributo deve ser instituído por meio de Lei. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O princípio violado é o Princípio da Anterioridade Anual. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: No caso, fere à competência tributária, estabelecida na Constituição Federal.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: A tributação deve, em tese, ser de tal modo que cada um seja tributado</p><p>proporcionalmente a sua capacidade econômica. Logo, a graduação de tributos fora da</p><p>capacidade econômica do contribuinte fera a capacidade contributiva. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Exatamente! O imposto progressivo na verdade consubstancia o Princípio da</p><p>Isonomia por “tratar igual os desiguais, e desigual os desiguais, na medida de suas</p><p>desigualdades”. Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>13. FCC/Assembleia Legislativa do PE - Analista Legislativo/2014</p><p>Respeita o princípio da isonomia</p><p>a) a concessão de isenção, em favor do Ministério Público e aos membros e servidores do Poder</p><p>Judiciário, inclusive inativos, de custas processuais, notariais, cartorárias, e quaisquer taxas e</p><p>emolumentos.</p><p>b) a isenção de imposto de renda sobre a verba de representação percebida especificamente</p><p>pelos magistrados.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>95</p><p>252</p><p>c) o regime diferenciado, e mais benéfico, em relação ao IPVA relativo a veículos de propriedade</p><p>de motoristas cooperados a cooperativas de trabalho contratadas pela Administração Municipal</p><p>para o transporte público de escolares.</p><p>d) o regime de recolhimento diferenciado a determinadas categorias de profissionais liberais, em</p><p>relação ao ISSQN, para o fim de aproximar suas condições de trabalho e competitividade às das</p><p>empresas de maior porte.</p><p>e) a isenção do IPVA em favor de proprietários de veículos que se mantêm associados a</p><p>determinadas associações de interesse público. de cálculo do ICMS.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Tal benefício, instituído tão somente em razão do cargo que o servidor ocupa, fere</p><p>o Princípio da Isonomia. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Tal como a assertiva anterior, há violação do Princípio da Igualdade. Alternativa</p><p>errada</p><p>Alternativa C: Tal benefício fere o Princípio da Isonomia, na medida em que aqueles não</p><p>contratados serem mais onerados por não terem vínculo com a Administração Pública. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa D: Segundo o STF:” Não se trata de isenção, sequer parcial: não ofende a igualdade,</p><p>na medida em que o tratamento peculiar que se lhes deu pretende fundar-se me características</p><p>gerais e próprias das sociedades de profissionais liberais, especificamente dos que trabalham sob</p><p>a responsabilidade pessoal do executante do trabalho e não da pessoa jurídica, seja qual for a</p><p>profissão das enumeradas na lista que tem, todas, esses características; finalmente, a organização</p><p>em sociedade não autoriza presumir maior capacidade contributiva (RE 236.604-7/PR).”</p><p>Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: Tal benefício fere o Princípio da Isonomia. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>14. FCC/Defensoria Pública do Estado de SP - Defensor Público do Estado de São Paulo/2019</p><p>Acerca do regime dos princípios tributários, considere as assertivas abaixo:</p><p>I. o princípio da capacidade contributiva autoriza a graduação dos impostos de caráter pessoal,</p><p>segundo a capacidade econômica do contribuinte.</p><p>II. o princípio da igualdade tributária, que se encontra expressamente previsto na Constituição</p><p>Federal de 1988, permite ao legislador ordinário estabelecer critérios de diferenciação entre</p><p>contribuintes, com a finalidade de promover a igualdade material.</p><p>III. o princípio da anterioridade da lei tributária, implícito na Constituição Federal de 1988, veda a</p><p>cobrança de tributos cujos fatos geradores ocorreram antes do início da vigência da lei que os</p><p>criou ou aumentou.</p><p>IV. o princípio do não-confisco, implícito no texto constitucional, veda o emprego da tributação</p><p>com finalidade extrafiscal.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em:</p><p>a) I e III.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>96</p><p>252</p><p>b) I e IV.</p><p>c) III e IV.</p><p>d) II e III.</p><p>e) I e II.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: É o que informa o art. 145, §1º da CF/88: “§ 1º Sempre que possível, os impostos terão</p><p>caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à</p><p>administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,</p><p>respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as</p><p>atividades econômicas do contribuinte.” Item correto.</p><p>Item II: O art. 150 II da CF/88 veda que haja tratamento diferenciado entre contribuintes que se</p><p>encontram em idêntica situação.</p><p>“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos</p><p>Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,</p><p>proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,</p><p>independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;” Item correto.</p><p>Item III: O princípio da anterioridade encontra-se expresso na CF/88 no art. 150, III, alíneas “b” e</p><p>“c”: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,</p><p>aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>III - cobrar tributos:</p><p>b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou;</p><p>c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou, observado o disposto na alínea b;” Item errado.</p><p>Item IV: O princípio do não- confisco encontra previsão expressa na CF/88 Art. 150, IV:</p><p>“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos</p><p>Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>IV - utilizar tributo com efeito de confisco;” Item errado.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>15. FCC/Prefeitura de Manaus - Assistente Técnico Fazendário/2019</p><p>A Constituição Federal contempla várias regras que limitam o poder de tributar da União, dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. De acordo com o texto constitucional,</p><p>a) o IPVA, taxa municipal, deve ser lançado e cobrado pelo Município em que o veículo está</p><p>licenciado.</p><p>b) o ITBI, imposto municipal, está sujeito aos princípios da anterioridade de exercício, da</p><p>anterioridade nonagesimal (noventena) e da irretroatividade.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>97</p><p>252</p><p>c) as taxas instituídas pelos Municípios não estão sujeitas ao princípio da legalidade.</p><p>d) o IPVA, tributo municipal, deve ser lançado e cobrado pelo Município em que o veículo</p><p>efetivamente circula.</p><p>e) as contribuições de melhoria instituídas pelos Municípios não estão sujeitas ao princípio da</p><p>legalidade.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: IPVA é tributo, da espécie imposto, de competência dos Estados e DF, e não dos</p><p>Municípios. Ademais sua receita é dividida entre 50% para o Estado e 50% para o Município em</p><p>relação aos veículos licenciados em seu território. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Exatamente! O ITBI é tributo municipal da espécie imposto, sujeito às</p><p>anterioridades e irretroatividade. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: Taxas não são exceções ao Princípio da Legalidade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: IPVA é tributo, da espécie imposto, de competência dos Estados e DF, e não dos</p><p>Municípios. Ademais sua receita é dividida entre 50% para o Estado e 50% para o Município em</p><p>relação aos veículos licenciados em seu território. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Contribuições de melhoria se sujeitam sim ao Princípio da Legalidade. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>16. FCC/Prefeitura de Manaus</p><p>- Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2019</p><p>A Constituição Federal estabelece diversas limitações ao Poder de Tributar. De acordo com estas</p><p>limitações, os Municípios podem alterar a</p><p>a) alíquota do ITBI, aumentando-a, e cobrar este imposto calculado com a nova alíquota, antes</p><p>mesmo de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que a aumentou.</p><p>b) base de cálculo do IPTU, aumentando-a, e cobrar este imposto calculado com a nova base de</p><p>cálculo, antes mesmo de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que a</p><p>aumentou.</p><p>c) base de cálculo e a alíquota do ITBI, aumentando-as, e cobrar este imposto calculado com as</p><p>novas alíquota e base de cálculo, antes mesmo de decorridos 90 dias da data em que haja sido</p><p>publicada a lei que as aumentou.</p><p>d) alíquota do ISSQN, aumentando-a, e cobrar este imposto calculado com a nova alíquota, antes</p><p>mesmo de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que a aumentou, desde</p><p>que o faça por meio de alteração em sua lei orgânica.</p><p>e) base de cálculo e a alíquota do IPTU, aumentando-as, e cobrar este imposto calculado com as</p><p>novas alíquota e base de cálculo, antes mesmo de decorridos 90 dias da data em que haja sido</p><p>publicada a lei que as aumentou.</p><p>Comentário:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>98</p><p>252</p><p>Alternativa A: O ITBI sujeita-se ao Princípio da Noventena. Ao ser majorado, deve-se observar o</p><p>prazo de 90 dias da Lei que o aumentou, não se podendo fazer qualquer cobrança com a</p><p>alíquota majorada durante esse período.</p><p>Alternativa B: Exatamente. É o que informa o art. 150, §1º da CF/88 : a BC do IPTU não se sujeita</p><p>a anterioridade nonagesimal, apenas a anual. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: A BC do ITBI e a sua alíquota sujeitam-se tanto à anterioridade anual como à</p><p>anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: A BC e a alíquota do ISS também se sujeitam a ambas as anterioridades, anual e</p><p>nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: De fato a BC do IPTU é exceção à garantia nonagesimal. Já a sua alíquota obedece</p><p>a tal princípio. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>17. FCC/SEFAZ BA - Auditor Fiscal/2019</p><p>A Constituição Federal consagra o princípio da anterioridade anual, ou seja, a proibição de a</p><p>Administração Fiscal cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a</p><p>lei que os instituiu ou aumentou e consagra, também, o princípio da anterioridade nonagesimal</p><p>ou noventena, que veda a cobrança de tributos antes de decorridos noventa dias da data em que</p><p>haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.</p><p>Sobre este tema, a Constituição vigente estabelece que</p><p>a) o imposto sobre a renda deve observar os princípios constitucionais da anterioridade anual e</p><p>da anterioridade nonagesimal (noventena).</p><p>b) a anterioridade nonagesimal (noventena), prevista na Constituição Federal, aplica-se à fixação</p><p>da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos automotores e do imposto sobre</p><p>propriedade predial e territorial urbana.</p><p>c) o imposto sobre produtos industrializados observa o princípio da anterioridade nonagesimal</p><p>(noventena), mas não observa o princípio da anterioridade anual.</p><p>d) os empréstimos compulsórios instituídos para atender a despesas extraordinárias, decorrentes</p><p>de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e no caso de investimento público</p><p>de caráter urgente e de relevante interesse nacional devem observar a anterioridade anual.</p><p>e) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis,</p><p>para o custeio do serviço de iluminação pública, observando o princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal, não precisando observar a anterioridade anual, por expressa autorização</p><p>constitucional.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O IR obedece apenas ao princípio da anterioridade anual, sendo exceção ao</p><p>princípio da anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A majoração da BC do IPTU e IPVA são exceções ao princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal, apesar de respeitarem o princípio da anterioridade anual. Alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>99</p><p>252</p><p>Alternativa C: Exatamente. O IPI é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas</p><p>obedece à noventena. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Os empréstimos compulsórios instituídos para atender a despesas extraordinárias,</p><p>decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, são exceções aos</p><p>princípios da anterioridade anual e nonagesimal. Já os empréstimos compulsórios no caso de</p><p>investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional devem observar a</p><p>ambas as anterioridades. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: De fato, a competência para a COSIP é dos Municípios e do DF. Contudo tal</p><p>tributo sujeita-se a ambas as anterioridades. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>18. FCC/Procuradoria do Estado do Tocantins - Procurador do Estado do Tocantins/2018</p><p>Em 16 de novembro de 2016 foi publicada lei estadual, que produziu efeitos a partir da data de</p><p>sua publicação, e que alterou a lei do IPVA de um determinado Estado brasileiro. As alterações</p><p>promovidas implicaram a fixação da</p><p>I. alíquota das motocicletas em percentual superior ao anteriormente fixado.</p><p>II. alíquota dos veículos de carga, tipo caminhão, em percentual inferior ao anteriormente fixado.</p><p>III. base de cálculo de veículos de passeio importados do exterior, em valor superior ao</p><p>anteriormente fixado.</p><p>De acordo com a disciplina constitucional, a norma relacionada com a situação mencionada</p><p>acima, no item</p><p>a) I já pôde ser aplicada desde 1º de janeiro de 2017.</p><p>b) II só pôde ser aplicada a partir de 1º de janeiro de 2017.</p><p>c) III só pôde ser aplicada a partir de 1º de janeiro de 2017.</p><p>d) III só pôde ser aplicada a partir de 15 de fevereiro de 2017.</p><p>e) I já pôde ser aplicada desde 16 de novembro de 2016.</p><p>Comentário: A questão cobra conhecimentos do princípio da anterioridade anual e nonagesimal</p><p>acerca do IPVA. As alíquotas do IPVA obedecem a ambas as anterioridades, mas a fixação da</p><p>Base de Cálculo deste Imposto é exceção ao Princípio da Garantia Nonagesimal.</p><p>Item I: A majoração de alíquota só obedece a ambas as anterioridades, e assim só entrará em</p><p>vigor 15 de fevereiro de 2017.</p><p>Item II: A diminuição de alíquotas não se sujeita às anterioridades. Veja o art. 150, III, alíneas “b”</p><p>e “c”:</p><p>“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos</p><p>Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,</p><p>proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,</p><p>independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;</p><p>III - cobrar tributos:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>100</p><p>252</p><p>b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou;</p><p>c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou, observado o disposto na alínea b; “</p><p>Veja que as anterioridades se limitam a instituição ou aumento de tributo, mas não a sua</p><p>diminuição. Assim a diminuição pode ser aplicada imediatamente, da data da publicação da Lei.</p><p>Item III: Exatamente o que informa o § 1º do art. 150. A BC do IPVA é exceção somente ao</p><p>princípio da anterioridade nonagesimal. Dessa forma o imposto só poderá ser cobrado a partir</p><p>de 1º de janeiro de 2017.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>19. FCC/Defensoria Pública do Amapá - Defensor Público/2018</p><p>À luz das normas constitucionais sobre as limitações do poder de tributar e da jurisprudência do</p><p>Supremo Tribunal Federal,</p><p>a) a multa moratória, embora não seja tributo,</p><p>não pode ter um importe que lhe confira</p><p>característica confiscatória, inviabilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos.</p><p>b) o imposto sobre grandes fortunas, caso instituído por lei complementar federal, poderá</p><p>assumir efeito confiscatório, tendo em vista os princípios da função social da propriedade e da</p><p>redução das desigualdades regionais e sociais.</p><p>c) a taxa judiciária, devida em razão do acionamento do serviço prestado pelo Poder Judiciário,</p><p>poderá ter sua alíquota majorada por Decreto editado pelo Governador, observado o limite</p><p>máximo fixado em lei, dada sua natureza de preço público.</p><p>d) a prestação de serviços públicos pelos Municípios aos Estados e à União não poderá ser</p><p>tributada por meio de taxa, tendo em vista o princípio da imunidade recíproca, que decorre do</p><p>princípio federativo.</p><p>e) as taxas instituídas em razão do exercício do poder de polícia poderão ser cobradas no mesmo</p><p>exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que as instituiu ou aumentou.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: É exatamente este o posicionamento do STF acerca do tema. As multas</p><p>moratórias e punitivas não podem ter efeito de confisco. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: Nem impostos e nem multas podem ter efeitos confiscatórios. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Preços públicos possuem natureza contratual; taxas natureza jurídica tributária,</p><p>sendo esta confusão entre os conceitos a incorreção da alternativa. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: A imunidade recíproca é para IMPOSTOS. Taxas, contribuições de melhoria,</p><p>empréstimos compulsórios e contribuições especiais podem sim ser cobradas de um ente</p><p>federativo pelo outro. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: As taxas se submetem a ambas as anterioridades – anual e nonagesimal.</p><p>Alternativa incorreta.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>101</p><p>252</p><p>20. FCC/Câmara Legislativa do DF - Procurador Legislativo/2018</p><p>De acordo com a Constituição Federal, não está sujeita ao princípio constitucional da</p><p>anterioridade nonagesimal (noventena), a fixação da base de cálculo dos seguintes tributos de</p><p>competência do Distrito Federal:</p><p>a) ISSQN e ICMS.</p><p>b) taxa pela prestação de serviços e taxa pelo exercício do poder de polícia.</p><p>c) IPVA e IPTU.</p><p>d) ITCD e ITBI.</p><p>e) contribuição de melhoria e empréstimo compulsório.</p><p>Comentário: São tributos de competência do DF: todos os impostos municipais, todos os</p><p>impostos estaduais, taxas, contribuições de melhoria, COSIP e a contribuição previdenciária</p><p>cobrada de seus servidores para o Regime Próprio de Previdência.</p><p>Desse tributos, os únicos que a fixação da BC não está sujeito a garantia nonagesimal são o IPTU</p><p>e IPVA.</p><p>Todos os demais se submetem a ambas as anterioridades. Além disso, os empréstimos</p><p>compulsórios são de competência da União, e não do DF.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>21. FCC/Procuradoria do Estado do Mato Grosso - Procurador do Estado do Mato</p><p>Grosso/2016</p><p>Tendo em vista calamidade pública, regularmente decretada pelo Governador do Estado, e a</p><p>necessidade de elevação dos níveis de arrecadação de Imposto sobre operações relativas à</p><p>circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e</p><p>de comunicação − ICMS, Imposto sobre a propriedade de veículos automotores − IPVA e</p><p>Imposto sobre transmissão causa mortis e doação − ITD, é INCORRETA a adoção da seguinte</p><p>medida:</p><p>a) aumento do ICMS sobre bens supérfluos, mediante lei estadual, para vigência após decorridos</p><p>noventa dias da edição da lei correspondente.</p><p>b) revisão, mediante os atos infralegais pertinentes, das margens de valor adicionado utilizadas</p><p>para o cálculo do ICMS devido no regime de antecipação tributária, para vigência imediata.</p><p>c) aumento, por meio de lei editada no mês de julho do ano corrente, das bases de cálculo do</p><p>IPVA, para vigência no ano seguinte ao de sua edição.</p><p>d) antecipação dos prazos de recolhimento dos impostos estaduais, para vigência imediata.</p><p>e) elevação, por meio de lei, das alíquotas do ITD aplicáveis a partir dos fatos geradores</p><p>ocorridos durante o ano-calendário 2017, respeitando-se o prazo mínimo de noventa dias</p><p>contados da edição da lei.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O ICMS obedece tanto a anterioridade anual como a nonagesimal. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>102</p><p>252</p><p>Alternativa B: Ao mencionar “revisão”, poderia causar dúvidas ao candidato. Contudo trata-se de</p><p>revisão no sentido de atualização monetária. É verdade que tal assertiva causa estranheza a</p><p>primeira vista, razão pela qual em questões assim devemos comparar assertiva a assertiva para</p><p>achar aquela que é indubitavelmente incorreta, certeza que só temos quando comparamos com a</p><p>alternativa anterior. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: O aumento da BC do IPVA, por meio de Lei, para ter vigência no ano seguinte,</p><p>obedece o Princípio da Anterioridade Anual. Obs.: a fixação da BC do IPVA e o IPTU são</p><p>exceções ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Prazo de recolhimento de tributos não se sujeita ao Princípio da Anterioridade</p><p>Anual ou Nonagesimal. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: Ocorrendo a elevação das alíquotas do ITCMD , por meio de Lei publicada em</p><p>2016, em 2017 tal elevação já surtirá efeitos, devendo contudo respeitar também a Garantia</p><p>Nonagesimal. Alternativa correta.</p><p>É importante ressaltar que EC 132/2023 (Reforma Tributária) definiu que o ITCMD será</p><p>progressivo em razão do valor do quinhão, do legado ou da doação.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>22. FCC/Pref. Teresina-PI-Advogado/2016</p><p>A câmara municipal de um Município brasileiro aprovou lei aumentando a alíquota do ISS.</p><p>Sancionada pelo prefeito daquele Município, o texto dessa lei foi publicado em 12 de novembro</p><p>de 2014, uma quarta-feira. O último artigo dessa lei estabeleceu que ela entraria em vigor na</p><p>data de sua publicação.</p><p>Com fundamento no que disciplina a Constituição Federal a respeito dessa matéria, essa alíquota</p><p>majorada poderia ser aplicada a fatos geradores ocorridos a partir de</p><p>a) 12 de novembro de 2014.</p><p>b) 1º de janeiro de 2014.</p><p>c) 1º de janeiro de 2015.</p><p>d) 13 de novembro de 2014</p><p>e) 11 de fevereiro de 2015.</p><p>Comentário: A majoração da alíquota do ISS submete-se aos princípios da anterioridade anual e</p><p>nonagesimal. Assim, o ISS só poderia ser cobrado após a contagem do prazo de 90 dias da data</p><p>de publicação da lei, isto é, em 11 de fevereiro de 2015.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>23. FCC/TRT-20ª Região-Analista Judiciário/2016</p><p>É da União a competência para instituir o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer</p><p>Natureza. De acordo com as regras que disciplinam as limitações do poder de tributar,</p><p>insculpidas na Constituição Federal, a exigência, aumento e cobrança deste imposto estão</p><p>sujeitos à observância de vários princípios, dentre os quais se encontram os da</p><p>a) anterioridade, legalidade e irretroatividade.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>103</p><p>252</p><p>b) anterioridade nonagesimal (noventena), legalidade e rentabilidade tributável.</p><p>c) legalidade, rentabilidade tributável e alcance tributável.</p><p>d) anterioridade, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade.</p><p>e) alcance tributável, anterioridade nonagesimal (noventena) e irretroatividade.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: De fato, a exigência e aumento do IR está sujeita tanto ao princípio da</p><p>anterioridade (anual), legalidade e irretroatividade. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: O IR não está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal. Além disso, não</p><p>há que se falar em princípio da rentabilidade tributável. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O IR não está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: O IR não está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O IR não está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>24. FCC/Pref. Teresina-PI-Auditor Fiscal/2016</p><p>Determinado Município brasileiro decidiu adotar as seguintes medidas, no exercício de 2014:</p><p>(I) lançou e promoveu a cobrança do IPTU em relação ao terreno em que se localiza um cemitério</p><p>que é comprovadamente extensão de entidade de cunho religioso, e cuja doutrina não aceita o</p><p>sepultamento dos fiéis falecidos em cemitérios que não sejam esses;</p><p>(II) concedeu isenção desse mesmo imposto a um grupo limitado de munícipes, exclusivamente</p><p>em razão de sua condição de servidores públicos municipais;</p><p>(III) editou decreto, no mês de novembro de 2014, para vigorar a partir do exercício seguinte,</p><p>majorando a base de cálculo do IPTU, redundando esse fato, inclusive, em aumento superior à</p><p>variação dos índices oficiais de inflação.</p><p>Considerando as limitações ao poder de tributar, arroladas no texto da Constituição Federal, a</p><p>medida</p><p>a) III violou o princípio da anterioridade.</p><p>b) II violou o princípio da isonomia tributária.</p><p>c) I não violou qualquer regra constitucional limitadora do poder de tributar.</p><p>d) III violou o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena).</p><p>e) II não violou qualquer regra constitucional limitadora do poder de tributar, mas a medida I</p><p>violou o princípio da irretroatividade.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: Embora não se tenha estudado imunidades tributárias, neste caso houve uma violação à</p><p>imunidade tributária dos templos de qualquer culto, considerando a jurisprudência do STF de</p><p>que não se pode cobrar impostos sobre o patrimônio das entidades religiosas, estando incluído</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>104</p><p>252</p><p>nessa vedação o imóvel onde esteja localizado um cemitério que seja comprovadamente</p><p>extensão de entidade de cunho religioso.</p><p>Item II: Esta isenção viola o princípio da isonomia tributária, que veda o tratamento distinto em</p><p>razão da ocupação profissional ou função exercida por determinados contribuintes.</p><p>Item III: Não houve violação ao princípio da anterioridade nonagesimal, já que há exceção no</p><p>que se refere à fixação da base de cálculo do IPTU. Porém, tal medida violou o princípio da</p><p>legalidade tributária.</p><p>Cabe ressaltar que a EC 132/2023 (Reforma Tributária) incluiu a possibilidade de o IPTU ter sua</p><p>base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em lei</p><p>municipal. Ou seja, o art. 156, § 1º, III, da CF/88, passou a prever expressamente a atualização da</p><p>base de cálculo por meio de ato infralegal.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>25. FCC/AL-MS-Consultor de Processo Legislativo/2016</p><p>Observam os princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal (noventena), os</p><p>impostos sobre</p><p>a) produtos industrializados e sobre a renda, respectivamente.</p><p>b) produtos industrializados e à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade predial</p><p>e territorial urbana, respectivamente.</p><p>c) a renda e à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos automotores,</p><p>respectivamente.</p><p>d) importação de produtos estrangeiros e sobre exportação, para o exterior, de produtos</p><p>nacionais ou nacionalizados, respectivamente.</p><p>e) a renda e sobre produtos industrializados, respectivamente.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O IPI obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal, e o IR, ao princípio da</p><p>anterioridade anual. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O IPI obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal apenas, e fixação da</p><p>base de cálculo do IPTU observa apenas o princípio anterioridade anual. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O IR obedece apenas ao princípio da anterioridade anual e a base de cálculo do</p><p>IPVA observa a anterioridade anual apenas. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Tanto o II como o IE não observam nenhum desses dois princípios. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa E: Tal como afirmado, o IPI obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal, e o</p><p>IR, ao princípio da anterioridade anual. Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>26. FCC/TRT-3ª Região-Analista Judiciário/2015</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>105</p><p>252</p><p>Pode ter alíquotas majoradas por ato do Poder Executivo e, ao mesmo tempo, se submete à</p><p>anterioridade nonagesimal, mas não se submete à regra da anterioridade anual é</p><p>a) o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.</p><p>b) o Imposto Sobre Produtos Industrializados.</p><p>c) a contribuição social para a Seguridade Social.</p><p>d) a taxa.</p><p>e) o Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.</p><p>Comentário: Das alternativas apresentadas, o único tributo que pode ter alíquotas majoradas por</p><p>ato do Poder Executivo e, ao mesmo tempo, se submete à anterioridade nonagesimal, mas não</p><p>se submete à regra da anterioridade anual é o IPI.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>27. FCC/TJ-RR-Juiz Substituto/2015</p><p>O Município de Manaus, desejando promover o aumento da base de cálculo do IPTU incidente</p><p>sobre a propriedade de imóveis localizados em seu território, deverá elaborar norma jurídica que</p><p>atenda, dentre outros, aos princípios constitucionais da</p><p>a) legalidade, anterioridade e irretroatividade.</p><p>b) legalidade, anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.</p><p>c) legalidade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.</p><p>d) legalidade, anterioridade e noventena (ou anterioridade nonagesimal).</p><p>e) anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.</p><p>Comentário: Como a majoração da base de cálculo do IPTU constitui exceção ao princípio da</p><p>noventena, o Município de Manaus deve elaborar norma jurídica que atenda aos princípios</p><p>constitucionais da legalidade, anterioridade e irretroatividade.</p><p>Cabe ressaltar que a EC 132/2023 (Reforma Tributária) incluiu a possibilidade de o IPTU ter sua</p><p>base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em lei</p><p>municipal. Ou seja, o art. 156, § 1º, III, da CF/88, passou a prever expressamente a atualização da</p><p>base de cálculo por meio de ato infralegal.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>28. FCC/MANAUSPREV - Procurador Autárquico/2015</p><p>A seguridade social será financiada mediante recursos provenientes dos poderes públicos e de</p><p>algumas contribuições sociais de particulares. Sobre estas últimas, após a criação por lei,</p><p>somente poderão ser exigidas:</p><p>a) após decorridos 120 dias.</p><p>b) no dia seguinte da sua criação.</p><p>c) no exercício financeiro seguinte ao ano da criação.</p><p>d) após decorridos 45 dias.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>106</p><p>252</p><p>e) após decorridos 90 dias.</p><p>Comentário: As contribuições à seguridade social devem necessariamente obedecer à</p><p>noventena, nos termos do art. 195, §6º da CF/88:</p><p>“Art. 195§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após</p><p>decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não</p><p>se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b”</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>29. FCC/TCE-CE - Analista de Controle Externo (TCE-CE)/Controle Externo/2015</p><p>Suponha que premido pela crise econômica e pela necessidade de investimentos urgentes e de</p><p>relevante impacto social, o chefe do Poder Executivo municipal iniciou amplo debate e enviou à</p><p>Câmara dos Vereadores projeto de Lei para aumentar, de 2% para 5%, a alíquota do ISSQN</p><p>relativa a determinados serviços sujeitos ao imposto municipal. A lei foi aprovada em 30/08/2014</p><p>e devidamente sancionada. Houve ampla cobertura por parte da sociedade e dos meios de</p><p>comunicação locais durante a tramitação e aprovação da lei. A lei demorou a ser publicada em</p><p>razão de ato doloso praticado por agente público ligado ao partido de oposição local. Devido ao</p><p>recesso de final de ano, o texto da lei aprovada e sancionada só foi afixado no quadro de avisos</p><p>da Prefeitura, conforme</p><p>previsto na respectiva lei orgânica, em 02/01/2015. O aumento da</p><p>alíquota aprovado e sancionado</p><p>a) vigorará a partir do dia seguinte ao da publicação oficial, pois houve ampla publicidade sobre</p><p>o aumento da lei ocorrido no ano anterior, e o ato do agente público pode ser considerado</p><p>crime.</p><p>b) só poderá ser exigido a partir do 1o dia do exercício seguinte àquele em que tenha ocorrido a</p><p>publicação pelo veículo oficial estabelecido na lei orgânica do Município.</p><p>c) poderá ser exigido pela Prefeitura após 90 dias, contados a partir de 02/01/2015.</p><p>d) poderá ser exigido no curso do ano-calendário de 2015 caso o agente público citado venha a</p><p>ser condenado em processo administrativo tendente a apurar a falta funcional.</p><p>e) não poderá ser exigido, pois a publicação deve ocorrer no mesmo ano-calendário em que</p><p>tenha havido a aprovação da lei que instituiu ou aumentou o tributo.</p><p>Comentário: Apesar de sancionada em 30/08/2014, a sua publicação só se deu em 02/01/2015.</p><p>O ISS é um imposto em que a base de cálculo e alíquota se submetem a ambas as</p><p>anterioridades: anual e nonagesimal. Assim o imposto só poderá ser exigido em 01/01/2016.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>30. FCC/ CGM São Luís - Auditor de Controle Interno/2015</p><p>Considere as seguintes ocorrências tributárias hipotéticas no ano de 2013.</p><p>A União, por meio de lei ordinária, criou mais uma alíquota para tributar o Imposto de Renda, no</p><p>percentual de 35%, e publicou essa lei em 18 de dezembro de 2013.</p><p>Por meio de decreto do Poder Executivo, publicado em 10 de junho de 2013, a União também</p><p>aumentou a alíquota do IPI de determinados produtos, de 10% para 20%.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>107</p><p>252</p><p>Um Estado brasileiro aumentou a alíquota do ITCMD, nas transmissões causa mortis, de 5% para</p><p>6%, e publicou a respectiva lei ordinária em 10 de setembro de 2013.</p><p>Um Município brasileiro aumentou a base de cálculo do IPTU, mediante atualização da tabela de</p><p>valores venais dos imóveis, e publicou essa lei ordinária em 11 de novembro de 2013.</p><p>Considerando especificamente os princípios constitucionais da anterioridade e da noventena</p><p>(anterioridade nonagesimal), é correto afirmar que a cobrança majorada do IR, do IPI, do ITCMD</p><p>e do IPTU poderá ser feita, respectivamente, a partir do dia:</p><p>a) 19 de março de 2014; 09 de setembro de 2013; 10 de dezembro de 2013; 10 de fevereiro de</p><p>2014.</p><p>b) 19 de março de 2014; 1º de janeiro de 2014; 10 de dezembro de 2013; 1º de janeiro de 2014.</p><p>c) 1º de janeiro de 2014; 09 de setembro de 2013; 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014.</p><p>d) 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014; 10 de fevereiro de 2014.</p><p>e) 19 de março de 2014; 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014; 10 de fevereiro de 2014.</p><p>Comentário: A questão pede conhecimento dos princípios da anterioridade e noventena acerca.</p><p>Vejamos:</p><p>O IR se submete apenas a anterioridade anual; assim a lei publicada em 18/12/2013 já produz</p><p>efeitos em 01/01/2014</p><p>O IPI, que pode ter suas alíquotas aumentadas por Ato do Poder Executivo Federal, obedece</p><p>apenas à garantia nonagesimal. Logo, se publicado tal ato em 10/06/2013 produzirá efeitos em</p><p>09/09/2013.</p><p>O ITCMD obedece a ambas as anterioridades. Assim, majorado em 10/09/2013, produzirá efeitos</p><p>em 01/01/2014.</p><p>A Base de Cálculo do IPTU obedece apenas a garantia anual, sendo exceção à garantia</p><p>nonagesimal. Publicada a Lei em 11/11/2013 majorando sua base de cálculo, tal lei produzirá</p><p>efeitos em 01/01/2014.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>31. FCC/TCE-AM - Auditor/2015</p><p>O prefeito de um Município brasileiro publicou decreto, em 1º de novembro de 2014,</p><p>aumentando a alíquota do IPTU em um ponto percentual e estabeleceu o início da vigência</p><p>dessa regra para 1º de dezembro de 2014. Caso o proprietário do imóvel fosse engenheiro ou</p><p>arquiteto e, concomitantemente, funcionário público daquele Município, o percentual de</p><p>aumento seria de apenas meio ponto percentual.</p><p>Com base no que dispõe a Constituição Federal, esse diploma legislativo municipal</p><p>a) não ofendeu princípio constitucional algum.</p><p>b) ofendeu os princípios da legalidade e da noventena (anterioridade nonagesimal), apenas.</p><p>c) ofendeu os princípios da legalidade, da anterioridade, da noventena (anterioridade</p><p>nonagesimal) e da isonomia.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>108</p><p>252</p><p>==302b8==</p><p>d) ofendeu os princípios da anterioridade, da noventena (anterioridade nonagesimal) e da</p><p>isonomia, apenas.</p><p>e) ofendeu os princípios da legalidade, da anterioridade e da isonomia, apenas.</p><p>Comentário: As alíquotas do IPTU sujeitam-se a ambas as anterioridades e ao princípio da</p><p>legalidade, isto é, devem ser majoradas tais alíquotas por Lei. Além disso, em decorrência do</p><p>Princípio da Isonomia, é vedado tal tratamento desigual, sendo permitido apenas que a</p><p>diferenciação de alíquota seja progressiva em razão do valor do imóvel ou de acordo com a</p><p>localização e uso do imóvel conforme art. 156, §1º da CF/88.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>32. FCC/PGE-RN-Procurador/2014</p><p>Em relação ao princípio constitucional da anterioridade, é correto afirmar que a prorrogação, por</p><p>meio de lei complementar, do termo inicial para que contribuintes se beneficiem do</p><p>creditamento amplo de ICMS relativo às aquisições de materiais de uso e consumo deve ser</p><p>formalizada com o mínimo de 90 dias antes do término do ano-calendário para que possa surtir</p><p>efeito a partir de 1° de Janeiro do ano-calendário seguinte.</p><p>Comentário: Não existe essa condição de que a norma tenha que ser formalizada com certo</p><p>prazo antes do término do ano-calendário para surtir feito em 1º de janeiro do ano-calendário</p><p>subsequente.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>33. FCC/TRF-4ª Região-Técnico Judiciário/2014</p><p>Acerca do Imposto sobre Produtos Industrializados,</p><p>a) por ter natureza extrafiscal, é exceção à legalidade, irretroatividade, anterioridades anual e</p><p>nonagesimal.</p><p>b) pode ser instituído ou majorado por ato do Poder Executivo, sendo exceção à regra da</p><p>legalidade.</p><p>c) é instituído por lei, mas tem as alíquotas incidentes sobre cada produto industrializado fixadas</p><p>por ato do Poder Executivo, mais especificamente Decreto.</p><p>d) é exceção à anterioridade nonagesimal, mas deve obediência à anterioridade anual.</p><p>e) é exceção à anterioridade anual e nonagesimal.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Embora o IPI tenha natureza extrafiscal, está sujeito aos princípios da legalidade</p><p>(em regra), anterioridade nonagesimal e irretroatividade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Embora possa ser majorado por ato do Poder Executivo, sua instituição deve</p><p>ocorrer por intermédio de lei. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Conforme comentamos, a instituição do IPI deve ocorrer por meio de lei, mas a</p><p>definição de suas alíquotas por ocorrer por meio de ato do Poder Executivo (decreto). Alternativa</p><p>correta.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>109</p><p>252</p><p>Alternativa D: Trata-se de justamente o contrário, ou seja, o IPI constitui exceção à anterioridade</p><p>anual, mas deve obediência à anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O IPI constitui exceção à anterioridade anual, mas deve obediência à anterioridade</p><p>nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>34. FCC/TJ-CE-Juiz/2014</p><p>De acordo com a Constituição Federal, a alíquota da contribuição de intervenção no domínio</p><p>econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e de seus</p><p>derivados, de gás natural e de seus derivados e de álcool combustível - CIDE-COMBUSTÍVEL -</p><p>poderá ser</p><p>a) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo da União, aplicando-se à tributação do</p><p>gás natural e de seus derivados os princípios da legalidade, noventena e anterioridade.</p><p>b) aumentada e restabelecida por ato do Poder Legislativo da União, não se lhe aplicando o</p><p>princípio da legalidade.</p><p>c) reduzida e aumentada</p><p>por ato do Poder Legislativo da União, não se lhe aplicando o princípio</p><p>da noventena.</p><p>d) reduzida e aumentada por ato dos Poderes Executivos dos Estados e do Distrito Federal, não</p><p>se lhe aplicando o princípio da irretroatividade.</p><p>e) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo da União, não se lhe aplicando o princípio</p><p>da anterioridade.</p><p>Comentário: Na verdade, a CIDE-Combustível pode ter suas alíquotas reduzidas e restabelecidas</p><p>por ato do Poder Executivo da União (exceção ao princípio da legalidade), não se lhe aplicando o</p><p>princípio da anterioridade anual, mas sendo respeitado o princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>35. FCC/TJ-RR-Juiz Substituto/2015</p><p>A instituição, pelos Estados e pelo Distrito Federal, da contribuição para o custeio do serviço de</p><p>iluminação pública está sujeita ao princípio da irretroatividade, mas não ao da anterioridade.</p><p>Comentário: Primeiramente, é relevante saber que os Estados não possuem competência</p><p>tributária para instituição de contribuição de iluminação pública, apenas o DF e os Municípios.</p><p>Ademais, não bastasse tal erro, a instituição da referida contribuição está sujeita não só ao</p><p>princípio da irretroatividade, mas também ao da anterioridade.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>36. FCC/PGE-RN-Procurador/2014</p><p>Em relação ao princípio constitucional da anterioridade, é correto afirmar que por sua natureza</p><p>de remuneração de serviços públicos, a instituição ou majoração das taxas não está sujeita à</p><p>aplicação do princípio da anterioridade.</p><p>Comentário: A instituição ou majoração das taxas está sujeita ao princípio da anterioridade.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>110</p><p>252</p><p>Gabarito: Errada</p><p>37. FCC/PGE-RN-Procurador/2014</p><p>Em relação ao princípio constitucional da anterioridade, é correto afirmar que a elevação de</p><p>alíquota de tributo pela própria Constituição Federal ou Emenda à Constituição prescinde da</p><p>observância do princípio da anterioridade.</p><p>Comentário: Constituição Federal ou Emenda à Constituição federal não são normas definidoras</p><p>da competência tributária, não regulamentando temas específico que compreendem o próprio</p><p>exercício da competência tributária (instituição e alteração de tributos).</p><p>Gabarito: Errada</p><p>38. FCC/PGE-RN-Procurador/2014</p><p>Em relação ao princípio constitucional da anterioridade, é correto afirmar que a edição de lei que</p><p>prorroga a aplicação de lei temporária que prevê a aplicação de alíquota majorada de ICMS não</p><p>está sujeita ao princípio da anterioridade.</p><p>Comentário: Se está havendo apenas prorrogação de uma majoração, não há que se falar em</p><p>surpresa negativa, mas tão somente na manutenção da situação atual. Portanto, neste caso, não</p><p>há que se falar em aplicação do princípio da anterioridade.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>39. FCC/SEFAZ RJ - Auditor Fiscal da Receita Estadual/2014</p><p>Relativamente aos tributos estaduais que podem ser instituídos pelo Estado do Rio de Janeiro,</p><p>NÃO está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal, também chamada de princípio da</p><p>“noventena”,</p><p>a) a fixação da base de cálculo e da alíquota do IPVA.</p><p>b) a majoração da alíquota do ICMS, relativamente às prestações de serviços de comunicação,</p><p>quando esse imposto tiver de ser retido antecipadamente, por substituição tributária.</p><p>c) a instituição de taxa para atender a despesas extraordinárias urgentes, decorrentes de</p><p>calamidade pública, ocasionada por convulsões sociais.</p><p>d) a inclusão de determinadas operações com mercadorias na sistemática da retenção antecipada</p><p>do ICMS por substituição tributária.</p><p>e) o aumento da alíquota do ITD, nas doações de bens localizados no exterior.</p><p>Comentário: A única situação que não se sujeita ao princípio da anterioridade nonagesimal é a</p><p>inclusão de determinadas operações com mercadorias na sistemática da retenção antecipada do</p><p>ICMS por substituição tributária, por não configurar majoração do imposto.</p><p>Cabe ressaltar, ainda, que a Letra A não pode ser considerada como gabarito da questão, por</p><p>mencionar a alíquota do IPVA, além da base de cálculo.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>40. FCC/TCE-PI - Assessor Jurídico/2014</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>111</p><p>252</p><p>Um Estado brasileiro, em 11 de novembro de 2013, publicou lei ordinária (Lei nº 01/2013) que</p><p>fixou a base de cálculo do IPVA para o ano de 2014 relativa a veículos usados. A nova base de</p><p>cálculo fixada é equivalente à base de cálculo fixada para o ano de 2013 mais um acréscimo de</p><p>6% para todos os veículos automotores registrados e licenciados no Estado, exceto no que se</p><p>refere aos veículos movidos exclusivamente a gasolina, cuja base de cálculo não foi alterada.</p><p>A mesma lei (Lei nº 01/2013) alterou a alíquota do IPVA no Estado, passando de 3% para 5% a</p><p>alíquota aplicável aos veículos movidos exclusivamente a gasolina.</p><p>Considerando as informações acima e os princípios constitucionais em matéria tributária, os</p><p>efeitos do aumento da base de cálculo e da alíquota, introduzidos pela Lei nº 01/2013, se</p><p>aplicam nos fatos geradores relacionados</p><p>a) aos veículos licenciados naquele Estado, exceto aos movidos exclusivamente a gasolina, desde</p><p>sua publicação.</p><p>b) a todos os veículos licenciados naquele Estado, a partir de 1º de janeiro de 2014.</p><p>c) aos veículos licenciados naquele Estado, exceto aos movidos exclusivamente a gasolina, a</p><p>partir de 1º de janeiro de 2014.</p><p>d) a todos os veículos licenciados naquele Estado, desde a data de sua publicação.</p><p>e) aos veículos licenciados naquele Estado, exceto aos movidos exclusivamente a gasolina,</p><p>apenas a partir de 10 de fevereiro de 2014.</p><p>Comentário: Sabemos que as alíquotas do IPVA se submetem ao princípio da anterioridade e da</p><p>garantia nonagesimal; já a base de cálculo do IPVA é exceção ao princípio da garantia</p><p>nonagesimal. Assim, relativamente à Lei que modificou a base de cálculo, a mesma produzirá</p><p>efeitos a partir de 01/01/2014. Em relação à Lei que modificou a alíquota, esta produzirá efeitos</p><p>90 dias depois de publicada, isto é, 90 dias após 11/11/2013, ou seja, 10/02/2014.</p><p>A alteração da alíquota ficou limitada a apenas veículos movidos exclusivamente a gasolina.</p><p>Assim, as modificações legais produzirão efeitos a partir de 01/01/2014 para todos os veículos,</p><p>exceto para aqueles movidos exclusivamente por gasolina.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>41. FCC/AFR-SP/2013</p><p>É uma das limitações constitucionais do poder de tributar o princípio da anualidade, vigente na</p><p>atual ordem constitucional, que impõe a necessidade, para a cobrança de determinado tributo,</p><p>de sua previsão na lei orçamentária aprovada na legislatura no ano calendário anterior, salvo as</p><p>exceções constitucionalmente previstas.</p><p>Comentário: No ordenamento jurídico em vigor, não há que se falar em princípio da anualidade</p><p>em matéria tributária.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>42. FCC/Auditor-TCE-SP/2013</p><p>A majoração da base de cálculo do IPVA e do IPTU é exceção, dentre outras, à regra da</p><p>a) legalidade.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>112</p><p>252</p><p>b) anterioridade nonagesimal.</p><p>c) anterioridade anual.</p><p>d) irretroatividade da lei tributária.</p><p>e) vedação ao confisco.</p><p>Comentário: Conforme explicado em aula, a base de cálculo (e não alíquotas) do IPVA e IPTU é</p><p>exceção à regra da anterioridade nonagesimal. Portanto, a resposta correta é Letra B.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>43. FCC/Juiz-TJ-PE/2013</p><p>Prefeito Municipal que entrou em exercício no dia primeiro de janeiro de 2013 baixou um decreto</p><p>corrigindo monetariamente, conforme índice de correção lá indicado, a Planta Genérica de</p><p>Valores utilizada para apuração da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e</p><p>Territorial Urbana - IPTU e sobre o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis por ato inter</p><p>vivos a título oneroso - ITBI. Fez constar o Prefeito que a vigência do decreto é imediata, a partir</p><p>da data da publicação, já valendo para o exercício de</p><p>2013. Inconformados com esta medida,</p><p>que acabou por majorar a base de cálculo do IPTU e do ITBI, alguns proprietários ingressaram</p><p>em juízo questionando a constitucionalidade do decreto.</p><p>Considerando-se os fatos relatados, é correto afirmar que esse decreto é</p><p>a) inconstitucional porque não atendeu às regras da anterioridade anual e nonagesimal, embora</p><p>seja exceção à regra da legalidade.</p><p>b) constitucional porque majoração de base de cálculo de IPTU e ITBI é exceção às regras da</p><p>legalidade e da anterioridade.</p><p>c) constitucional porque a correção monetária da base de cálculo não equivale a majoração, razão</p><p>pela qual não se submete às regras da anterioridade e da legalidade.</p><p>d) inconstitucional porque não atendeu à regra da legalidade pois, apesar de se tratar de</p><p>exceção à regra da anterioridade, deveria ter sido feito por lei.</p><p>e) inconstitucional porque não atendeu à regra da anterioridade nonagesimal, embora seja</p><p>exceção à regra da legalidade.</p><p>Comentário: Embora, a princípio, pareça uma questão mais complexa, é muito simples de ser</p><p>resolvida, com base no entendimento jurisprudencial sobre correção monetária, que já</p><p>estudamos nessa aula.</p><p>A correção monetária proposta pelo prefeito acabou por alterar o valor do IPTU e ITBI, no</p><p>entanto, conforme estudamos, a correção monetária da base de cálculo não equivale à</p><p>majoração, não se submetendo, portanto, aos princípios da anterioridade e da legalidade.</p><p>Atualmente, a EC 132/2023 (Reforma Tributária) incluiu a possibilidade de o IPTU ter sua base de</p><p>cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em lei municipal. Ou</p><p>seja, o art. 156, § 1º, III, da CF/88, passou a prever expressamente a atualização da base de</p><p>cálculo por meio de ato infralegal.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>113</p><p>252</p><p>44. FCC/TCE SP - Auditor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo/2013</p><p>A majoração da base de cálculo do IPVA e do IPTU é exceção, dentre outras, à regra da</p><p>a) legalidade.</p><p>b) anterioridade nonagesimal.</p><p>c) anterioridade anual.</p><p>d) irretroatividade da lei tributária.</p><p>e) vedação ao confisco.</p><p>Comentário: A fixação da BC do IPVA e IPTU são exceções ao princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal, conforme preceitua a Constituição Federal em seu art. 151, §1º, parte final do</p><p>dispositivo.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>45. FCC/SEAD PI - Analista de Planejamento e Orçamento/2013</p><p>O princípio constitucional da anualidade nonagesimal (noventena) é aplicado</p><p>a) ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.</p><p>b) aos impostos sobre importação e exportação.</p><p>c) ao empréstimo compulsório para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de</p><p>calamidade pública, de guerra exter na ou sua iminência.</p><p>d) à fixação da base do cálculo dos impostos sobre propriedade territorial urbana e sobre</p><p>propriedade de veículos automo tores.</p><p>e) à contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou</p><p>comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível.</p><p>Comentário: As alternativas A, B, C e D trazem exatamente aqueles tributos que são exceção ao</p><p>Princípio da Noventena. Apenas na hipótese descrita na alternativa “E” aplica-se a garantia</p><p>nonagesimal.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>46. FCC/PGE-BA - Analista de Procuradoria/2013</p><p>Lei X de um determinado Estado-membro majorou a alíquota do Imposto de Transmissão Causa</p><p>Mortis e Doação (ITCMD), entrando em vigor na data de sua publicação. É certo que referido</p><p>tributo poderá ser cobrado</p><p>a) no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei, desde que decorridos 90 dias da</p><p>publicação, já que o ITCMD observa a noventena e a anterioridade anual.</p><p>b) no mesmo exercício financeiro ao da publicação da lei, mas antes de decorridos 90 dias já que</p><p>o ITCMD não observa a noventena e a anterioridade anual.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>114</p><p>252</p><p>c) no mesmo exercício financeiro ao da publicação da lei e após decorridos 90 dias da publicação</p><p>já que o ITCMD observa a noventena e é exceção à anterioridade anual.</p><p>d) antes de decorridos 90 dias e no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei, já que o</p><p>ITCMD é exceção à noventena, mas observa a anterioridade anual.</p><p>e) após decorridos 90 dias e após dois exercícios financeiros ao da publicação da lei, já que o</p><p>ITCMD observa a noventena e a anterioridade anual.</p><p>Comentário: O ITCMD deve cumprir a ambas as anterioridades, anual e nonagesimal. Assim</p><p>majorada a sua alíquota, tal majoração produzirá efeitos apenas no exercício seguinte, desde que</p><p>tenham decorridos noventa dias de sua publicação.</p><p>É importante ressaltar que EC 132/2023 (Reforma Tributária) definiu que o ITCMD será</p><p>progressivo em razão do valor do quinhão, do legado ou da doação.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>47. FCC/Juiz-TJ-PE/2011</p><p>A regra da anterioridade, que veda cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja</p><p>sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, NÃO se aplica:</p><p>a) aos impostos de importação e exportação.</p><p>b) ao IR.</p><p>c) ao ITR.</p><p>d) às contribuições sociais.</p><p>e) aos impostos estaduais.</p><p>Comentário: A única exceção ao princípio da anterioridade é a Letra A, que se refere ao II e IE.</p><p>O candidato até poderia ficar em dúvida com relação à Letra D, contudo, devemos lembrar que</p><p>nem todas as contribuições sociais são as destinadas à seguridade social (apenas estas</p><p>constituem exceções ao princípio). Na dúvida, retorne à aula anterior para relembrar o que lá</p><p>estudamos. A alternativa correta é Letra A.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>48. FCC/Procuradoria de São Luís - Procurador do Município de São Luís/2016</p><p>Um Município brasileiro, que nunca havia instituído o IPTU em seu território, decidiu fazê-lo em</p><p>novembro de 2013, de modo que ainda houvesse tempo de lançá-lo e cobrá-lo, no próprio</p><p>exercício de 2013, relativamente aos exercícios de 2009 a 2013. Ocorre, porém, que o referido</p><p>imposto teve de ser instituído por decreto, pois a Câmara Municipal local, por esmagadora</p><p>maioria de votos, não aprovou o projeto de lei relativo a sua criação.</p><p>De acordo com as normas da Constituição Federal,</p><p>a) se esse imposto tivesse sido instituído por lei, ele poderia ter sido lançado e cobrado em</p><p>relação aos exercícios de 2009 a 2013.</p><p>b) se esse imposto tivesse sido instituído por lei, ele poderia ter sido lançado e cobrado apenas</p><p>em relação ao exercício de 2013.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>115</p><p>252</p><p>c) esse imposto poderia ser exigido, lançado e cobrado a partir de 1º de janeiro de 2014.</p><p>d) esse imposto seria inexigível mesmo no exercício de 2015.</p><p>e) se esse imposto tivesse sido instituído por lei, ele poderia ter sido exigido, lançado e cobrado</p><p>a partir de 1º de janeiro de 2014.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Ainda que instituído por Lei, o imposto não poderia ser cobrado em relação aos</p><p>exercícios anteriores, por causa do Princípio da Irretroatividade (Art. 150, III, “a” da CF/88).</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Como o fato gerador do IPTU se dá no 1º dia do ano civil, em relação a 2013, o</p><p>fato gerador já teria ocorrido, não sendo possível a sua exigência em razão do Princípio da</p><p>Irretroatividade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Não poderia ser exigido, lançado e cobrado uma vez que o tributo foi instituído</p><p>por Ato do Executivo Municipal. Alternativa errada</p><p>Alternativa D: Por não ter sido instituído por Lei, mesmo em 2015, o tributo não poderia ser</p><p>exigido dos contribuintes. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: Veja que o tributo foi instituído em novembro de 2013 e a assertiva informa que</p><p>poderia ser cobrado em 1º/01/14. Mas o IPTU deve obedecer também à anterioridade</p><p>nonagesimal, razão pela qual não poderia ser exigido, lançado e cobrado a partir de 1º/01/2014</p><p>por ter transcorrido os 90 dias da data da publicação da Lei.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>49. FCC/Prefeitura de Teresina - Assistente Técnico Administrativo/Técnico do Tesouro</p><p>Municipal/2016</p><p>Entende-se por Limitações do Poder de Tributar</p><p>a) toda e qualquer restrição imposta pelo sistema jurídico às entidades dotadas desse poder.</p><p>b) as normas jurídicas que estabelecem os tributos que podem ser cobrados pelas pessoas</p><p>jurídicas de direito público.</p><p>c) somente as regras decorrentes do princípio da legalidade.</p><p>d) apenas as restrições decorrentes dos princípios da irretroatividade e da anterioridade da lei</p><p>tributária.</p><p>e) somente as restrições decorrentes dos princípios da legalidade, da irretroatividade e da</p><p>anterioridade da lei tributária.</p><p>Comentário: Limitações ao Poder de Tributar são todas aquelas trazidas pela Constituição</p><p>Federal, especialmente aquelas insculpidas nos art. 150 e 151 (mas não apenas nestes), que</p><p>versam sobre restrições constitucionais aos entes federados no exercício de sua competência</p><p>tributária.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>50. FCC/Pref. Campinas-SP-Procurador/2016</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>116</p><p>252</p><p>Acerca dos princípios consagrados pela Constituição Federal, é correto afirmar: Os entes</p><p>políticos tributantes não podem cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos após o</p><p>início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.</p><p>Comentário: Ora, o que se veda pelo princípio da irretroatividade é a cobrança de tributos em</p><p>relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou</p><p>aumentado. Após o início da vigência da lei, não há qualquer ofensa ao referido princípio, haja</p><p>vista não estar a lei retroagindo a fatos passados.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>51. FCC/TCM-GO - Procurador do Ministério Público de Contas/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, é VEDADO à União, aos Estados, ao Distrito Federal e</p><p>aos Municípios:</p><p>I. Cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os</p><p>houver instituído ou aumentado.</p><p>II. Instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.</p><p>III. Cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os</p><p>instituiu ou aumentou.</p><p>IV. Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.</p><p>V. Cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que</p><p>os instituiu ou aumentou.</p><p>As vedações citadas acima correspondem, correta e respectivamente, aos denominados</p><p>princípios da</p><p>a) anterioridade; imunidade recíproca; imediatibilidade; legalidade; trimestralidade.</p><p>b) irretroatividade; imunidade recíproca; anterioridade; legalidade; anterioridade nonagesimal ou</p><p>noventena.</p><p>c) trimestralidade; intributabilidade mútua; anterioridade; inexigibilidade tributária; anterioridade</p><p>nonagesi mal ou noventena.</p><p>d) intributabilidade mútua; anterioridade; legalidade; tri mestralidade; imediatibilidade.</p><p>e) anterioridade nonagesimal ou noventena; imunidade recíproca; legalidade; inexigibilidade</p><p>tributária; trimestralidade.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: Trata-se do princípio da irretroatividade.</p><p>Item II: Os entes federados são impedidos de cobrar IMPOSTOS uns dos outros.</p><p>Item III: É o princípio da anterioridade anual.</p><p>Item IV: É o princípio da legalidade.</p><p>Item V: Trata-se do princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>117</p><p>252</p><p>52. FCC/MANAUSPREV - Procurador Autárquico/2015</p><p>O Município de Manaus, desejando promover o aumento da base de cálculo do IPTU incidente</p><p>sobre a propriedade de imóveis localizados em seu território, deverá elaborar norma jurídica que</p><p>atenda, dentre outros, aos princípios constitucionais da</p><p>a) legalidade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.</p><p>b) legalidade, anterioridade e noventena (ou anterioridade nonagesimal).</p><p>c) anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.</p><p>d) legalidade, anterioridade e irretroatividade.</p><p>e) legalidade, anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.</p><p>Comentário: A fixação da BC do IPVA e IPTU e IPVA são exceções à noventena (Art. 150, §1º</p><p>parte final). A partir daí já podemos excluir todas as letras que trazem a noventena como</p><p>requisito, isto é, as letras A, B, C e E.</p><p>Ademais o IPTU se sujeita aos princípio da legalidade, anterioridade e irretroatividade.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>53. FCC/TJRR - Juiz Estadual (TJ RR)/2015</p><p>Autoridades judiciais, estaduais e federais, conforme o caso, exercendo jurisdição no Estado de</p><p>Roraima, e tendo de proferir decisões em cinco processos judiciais distintos, pronunciaram-se das</p><p>seguintes maneiras:</p><p>I. O Imposto de Renda está sujeito ao princípio da anterioridade, mas não ao princípio da</p><p>noventena (anterioridade nonagesimal).</p><p>II. A instituição, pelos Estados e pelo Distrito Federal, da contribuição para o custeio do serviço</p><p>de iluminação pública está sujeita ao princípio da irretroatividade, mas não ao da anterioridade.</p><p>III. A majoração da base de cálculo do IPVA não está sujeita ao princípio da noventena</p><p>(anterioridade nonagesimal), mas a majoração de sua alíquota está.</p><p>Com base no que dispõe a Constituição Federal acerca dessa matéria, as autoridades judiciais</p><p>decidiram corretamente em relação às situações descritas nos itens:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) I e II, apenas.</p><p>c) I e III, apenas.</p><p>d) III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>Comentário: Vejamos item a item:</p><p>Item I: Exatamente isso! O IR é exceção à garantia nonagesimal, mas cumpria a garantia anual.</p><p>Item correto.</p><p>Item II: Contribuição de melhoria se sujeita a ambas as anterioridades e ao princípio da</p><p>irretroatividade. Item errado.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>118</p><p>252</p><p>Item III: Correto, conforme o art. 150, §1º da CF/88 Item correto.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>54. FCC/PGE-MT-Analista/2016</p><p>Um determinado Estado brasileiro, famoso pelas lindas paisagens que ornamentam muitas de</p><p>suas cidades, estava passando por severa crise econômica. Decidiu, em razão disso, investir</p><p>fortemente no turismo destas cidades, com a finalidade de atrair pessoas com alto poder</p><p>aquisitivo e que estivessem predispostas a gastar neste “Estado paradisíaco”. Paralelamente,</p><p>com o intuito de evitar a afluência e o tráfego de turistas provenientes de unidades federadas</p><p>com baixo ou nenhum poder aquisitivo, o governo deste “Estado paradisíaco” criou uma exação</p><p>que denominou de “Taxa Interestadual de Compensação Financeira”, e que tinha o intuito</p><p>específico de impedir, ou, pelo menos, de reduzir o tráfego de pessoas provenientes de outros</p><p>Estados sem poder aquisitivo naquelas cidades turísticas do Estado.</p><p>De acordo com a Constituição Federal, essa taxa</p><p>a) poderia ser cobrada, desde que obedecido o princípio da anterioridade.</p><p>b) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da anterioridade</p><p>nonagesimal (noventena).</p><p>c) não poderia ser cobrada.</p><p>d) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da</p><p>irretroatividade.</p><p>e) não poderia ser cobrada pelo Estado em que se localizam essas cidades, pois a competência</p><p>para instituir essa taxa é do Estado de proveniência dos turistas.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 150, V, da CF/88, é vedado aos entes federados estabelecer</p><p>limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.</p><p>No caso em comento, ficou muito claro que o objetivo da exação era limitar o tráfego de</p><p>determinadas pessoas. Logo, a taxa em questão não poderia ser cobrada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>55. FCC/TCE-SP-Auditor do Tribunal de Contas/2013</p><p>É vedada a limitação ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou</p><p>intermunicipais. A proibição refere-se ao princípio da</p><p>a) não discriminação em razão da procedência</p><p>ou destino, que deve ser observado por todos os</p><p>entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas</p><p>pelo poder público.</p><p>b) liberdade do tráfego de pessoas e bens, que deve ser observado por todos os entes</p><p>federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo</p><p>poder público.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>119</p><p>252</p><p>c) liberdade do tráfego de pessoas e bens, sendo direcionado unicamente à União, Estados e</p><p>Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio pela utilização de vias conservadas</p><p>pelo poder público.</p><p>d) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado por todos os</p><p>entes federados, não contemplando exceção.</p><p>e) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser observado pela União,</p><p>Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio pela utilização de vias</p><p>conservadas pelo poder público.</p><p>Comentário: Trata-se do princípio da liberdade do tráfego de pessoas e bens, que deve ser</p><p>observado por todos os entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela</p><p>utilização de vias conservadas pelo poder público.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>56. FCC/AFR-SP/2009-Adaptada</p><p>Sobre as prescrições constitucionais insertas na seção 'Das limitações do poder de tributar', é</p><p>correto afirmar que as operações interestaduais devem ser imunes a qualquer tributação em</p><p>obediência ao princípio da vedação de se estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens</p><p>por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio.</p><p>Comentário: Não está correta tal asserção, pois a vedação de se estabelecer limitações ao</p><p>tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais é atenuada</p><p>pela previsão constitucional do ICMS – tributo cujo fato gerador incide sobre a circulação de</p><p>mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de</p><p>comunicação.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>57. FCC/METRÔ-SP-Advogado/2008</p><p>Sobre a limitação do poder de tributar, é correto afirmar que à União, aos Estados, ao Distrito</p><p>Federal e aos Municípios é permitido estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de</p><p>pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.</p><p>Comentário: O princípio da liberdade de tráfego veda a todos entes federativos o</p><p>estabelecimento de imitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por</p><p>meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>58. FCC/MPE-PE-Promotor de Justiça/2002</p><p>Atendendo ao princípio da liberdade de tráfego, os titulares de competência tributária não</p><p>podem, de regra, estabelecer limites ao fluxo de pessoas ou mercadorias por meio de tributos</p><p>interestaduais ou intermunicipais.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>120</p><p>252</p><p>Comentário: O art. 150, V, veda aos entes federados estabelecer limitações ao tráfego de</p><p>pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança</p><p>de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>59. FCC/PGM Teresina - Técnico de Nível Superior/Analista Administrativo/2016</p><p>O dispositivo constitucional previsto no art. 151, I, da Carta Magna, que veda à União ao instituir</p><p>tributo a distinção em relação a um Estado, ao Distrito Federal ou a um Município, em prejuízo</p><p>dos demais, adota o princípio da</p><p>a) vinculabilidade da tributação.</p><p>b) indelegabilidade da competência tributária.</p><p>c) uniformidade geográfica.</p><p>d) tipologia tributária.</p><p>e) anterioridade vinculada.</p><p>Comentário: Vejamos o art. 151, I da CF/88:</p><p>“Art. 151. É vedado à União:</p><p>I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção</p><p>ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,</p><p>admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do</p><p>desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;”</p><p>Trata-se do princípio da uniformidade geográfica.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>60. FCC/PGE-MT-Procurador do Estado/2016</p><p>Considere o seguinte princípio constitucional:</p><p>“Art. 152 É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença</p><p>tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.”</p><p>Os Estados e o Distrito Federal estão impedidos de</p><p>a) cobrar o ICMS sobre a entrada de mercadorias oriundas de determinado país, em operação de</p><p>importação, mas desonerar por completo esse imposto na saída de mercadorias tendo como</p><p>destinatário o mesmo país.</p><p>b) exigir o ICMS pelas alíquotas interestaduais variáveis conforme o Estado de destino dos bens</p><p>ou serviços, diferentemente das alíquotas praticadas às operações internas.</p><p>c) instituir isenções ou alíquotas diferenciadas do ITD tendo como fator de discriminação o</p><p>domicílio do respectivo donatário dos bens doados.</p><p>d) estabelecer a não incidência do ITD sobre doações de imóveis situados em outras Unidades</p><p>da Federação.</p><p>e) exigir o ICMS por alíquotas diferenciadas para mercadorias ou serviços diferentes.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>121</p><p>252</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O ICMS já incide sobre as importações e não incide sobre as exportações, por</p><p>determinação constitucional. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A própria CF/88 autoriza a exigência de alíquotas diferenciadas, dentro das regras</p><p>nela previstas. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O que se veda com o referido princípio é o tratamento tributário distinto, em razão</p><p>da procedência ou destino de bens e serviços. Assim, veda-se a instituição de isenções ou</p><p>alíquotas diferenciadas do ITD tendo como fator de discriminação o domicílio do respectivo</p><p>donatário dos bens doados. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Embora você não tenha estudado o ITCMD (ou ITD), cabe ressaltar que tal imposto</p><p>é devido ao Estado onde está localizado o imóvel. Logo, não há como estabelecer a não</p><p>incidência de algo que já não incide por determinação constitucional. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O princípio da seletividade pode ser aplicável ao ICMS, e neste caso o imposto</p><p>incidirá com alíquotas diferenciadas para mercadorias ou serviços diferentes.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>61. FCC/SEFAZ PE - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014</p><p>De acordo com a Constituição Federal,</p><p>a) é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tributos sobre</p><p>patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.</p><p>b) a União poderá instituir taxa, mediante lei complementar, com base de cálculo própria de</p><p>imposto, desde que compreendido em sua competência tributária.</p><p>c) é vedado à União conceder incentivos fiscais em favor de Estado, Distrito Federal ou</p><p>Município, ainda que destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico</p><p>entre as diferentes regiões do País.</p><p>d) é vedado aos Estados e ao Distrito Federal instituir tratamento tributário diferenciado entre</p><p>bens e serviços, em razão de sua procedência ou destino, salvo nos casos em que tenha por</p><p>propósito a redução das desigualdades econômicas das entidades políticas, ou mediante</p><p>convênio firmado entre as Unidades da Federação.</p><p>e) é vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito</p><p>Federal ou dos Municípios.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Embora não seja assunto desta aula, a imunidade recíproca é para IMPOSTOS e</p><p>não para TRIBUTOS. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: É vedado que as taxas tenham base de cálculo própria dos impostos. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa C: A Constituição Federal permite tais incentivos, conforme art. 151, I da CF/88</p><p>Alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA -</p><p>Improcedência da alegação,</p><p>tendo em vista não se encontrar sob o princípio da legalidade estrita e da anterioridade a</p><p>fixação do vencimento da obrigação tributária; já se havendo assentado no STF, de outra</p><p>parte, o entendimento de que a atualização monetária do débito de ICMS vencido não afronta o</p><p>princípio da não-cumulatividade (RE 172.394). Recurso não conhecido.</p><p>(STF, Primeira Turma, RE 195.218/MG, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em 28/05/2002)</p><p>Observação: Há exceção ao princípio da legalidade, no que se refere à majoração de</p><p>alíquotas, não sendo extensível às bases de cálculo (permite-se, neste caso, apenas a</p><p>atualização monetária).</p><p>Resumindo, além das exceções relativas à alteração de alíquotas dos tributos citados, temos as seguintes</p><p>matérias que não necessitam obedecer ao princípio da legalidade:</p><p>• Atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo;</p><p>• Alteração do prazo para recolhimento dos tributos.</p><p>Antes de encerrarmos o assunto, é interessante citarmos o caso julgado no âmbito do Recurso</p><p>Extraordinário 838.284/SC. No caso concreto, discutiu-se a fixação do valor de uma taxa de polícia</p><p>(Anotação de Responsabilidade Técnica – ART) por meio de ato infralegal, sendo que a norma legal definiu</p><p>apenas os limites máximos para cobrança.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>11</p><p>252</p><p>Entendendo que o montante cobrado a título de taxas, diferentemente do que acontece com</p><p>impostos, não pode variar senão em função do custo da atividade estatal, o STF decidiu que a</p><p>Administração, por esta exercer diretamente a atividade ensejadora da taxa, tem maiores condições de</p><p>estipular o custo dessa atividade e, por conseguinte, definir o valor da taxa a ser cobrada em cada caso.</p><p>Observação: Existe jurisprudência do STF (Tema 692) no sentido de que a ART é</p><p>considerada taxa. Ou seja, para sua instituição, é necessário editar lei, apenas a fixação do</p><p>seu valor é que foi facultada a definição por ato infralegal.</p><p>Evidentemente, o valor definido não fica ao completo arbítrio da Administração, devendo o</p><p>legislador estabelecer um limite máximo para cobrança das taxas.</p><p>(Pref. Fortaleza-Analista/2023) É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios exigir</p><p>ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça, o que representa a expressão do princípio da estrita</p><p>legalidade; entretanto, a própria Constituição Federal de 1988 ressalva esse entendimento, ao dispor que o</p><p>Poder Executivo poderá editar medidas provisórias em matéria tributária.</p><p>Comentário: De fato, como aprendemos, o princípio da legalidade (CF, art. 150, I) exige que os tributos</p><p>sejam instituídos por meio de lei. Mas também é fato que a medida provisória, por expressa autorização na</p><p>CF, pode ser utilizada para instituição de tributos. Embora a rigor seja mencionada como exceção, não</p><p>podemos nos esquecer de que a medida provisória é um ato normativo com força de lei.</p><p>Gabarito: Certo</p><p>(ISS-Campinas-Auditor Fiscal/2019) É facultado ao Poder Executivo Federal, atendidas as condições e os</p><p>limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos elencados em:</p><p>a) imposto de importação, imposto de exportação e imposto sobre renda.</p><p>b) imposto sobre exportação, imposto sobre importação e imposto sobre operações financeiras.</p><p>c) imposto sobre produtos industrializados, imposto extraordinário e imposto sobre importação.</p><p>d) imposto sobre renda, imposto sobre exportação e imposto sobre importação.</p><p>e) imposto sobre operações financeiras, imposto sobre produtos industrializados e imposto sobre renda.</p><p>Comentário: A atenuação do princípio da legalidade tributária diz respeito aos impostos extrafiscais de</p><p>competência da União: II, IE, IPI e IOF.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>(TJ-SC-Juiz Estadual/2019) Determinada lei tributária prevê o valor do teto para a cobrança de uma taxa de</p><p>fiscalização, permitindo que ato do Poder Executivo fixe o valor específico do tributo e autorizando o</p><p>ministro da Economia a corrigir monetariamente, a partir de critérios próprios, esse valor.</p><p>A respeito dessa lei hipotética, considerando-se a jurisprudência do STF acerca do princípio da legalidade</p><p>tributária, é correto afirmar que</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>12</p><p>252</p><p>a) a delegação do ato infralegal para a fixação do valor da taxa ou determinação dos critérios para a sua</p><p>correção é inconstitucional.</p><p>b) os índices de correção monetária da taxa podem ser atualizados por ato do Poder Executivo, ainda que</p><p>em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos.</p><p>c) a fixação do valor da taxa por ato normativo infralegal, se em proporção razoável com os custos da</p><p>atuação estatal, é permitida, devendo sua correção monetária ser atualizada em percentual não superior</p><p>aos índices legalmente previstos.</p><p>d) o Poder Executivo tem permissão legal para fixar discricionariamente o valor da correção monetária da</p><p>referida taxa, independentemente de previsão legal de índice de correção.</p><p>e) a fixação, em atos infralegais, de critérios para a correção monetária de taxas é inconstitucional,</p><p>independentemente de observar expressa previsão legal.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O STF já considerou que a fixação do valor da taxa pode ocorrer por ato infralegal, desde que</p><p>atendidos os requisitos previstos em lei, como o seu limite máximo. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A correção do valor monetário do tributo por meio de ato infralegal é ponto pacifico na</p><p>jurisprudência, desde que dentro do índice oficial de correção monetária. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Conforme já comentado, a fixação do valor da taxa pode ocorrer por ato infralegal, podendo</p><p>haver a correção do valor monetário do tributo também por meio de ato infralegal, desde que dentro do</p><p>índice oficial de correção monetária. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Esta alternativa não condiz com o que explicamos no comentário das alternativas anteriores.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Esta alternativa não condiz com o que explicamos no comentário das alternativas anteriores.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>(DPF-Perito Criminal Federal/2018) A majoração de alíquotas do imposto sobre produtos industrializados</p><p>depende de lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional, sendo vedada sua implementação no</p><p>mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada lei que aumentou tal tributo.</p><p>Comentário: A majoração de alíquotas do imposto sobre produtos industrializados pode ser realizada pelo</p><p>próprio Poder Executivo, dentro dos limites e condições legais, produzindo efeitos dentro do mesmo</p><p>exercício financeiro, desde que observada a noventena.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>(Pref. Campinas-SP-Procurador/2016) Acerca dos princípios consagrados pela Constituição Federal, é</p><p>correto afirmar: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar</p><p>tributo sem lei ou decreto que o estabeleça.</p><p>Comentário: Trata-se de uma “pegadinha”. O princípio da legalidade, previsto no art. 150, I, da CF/88,</p><p>estabelece que É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar</p><p>tributo sem lei que o estabeleça. A inclusão do “decreto” foi apenas para confundir o candidato, já que</p><p>decreto não institui tributos.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>13</p><p>252</p><p>Princípio da Isonomia</p><p>O estudo desse princípio exige o conhecimento de diversos entendimentos jurisprudenciais.</p><p>Veremos todos os principais que já caíram e que possam vir a cair em provas de concurso. Por isso, vamos</p><p>fazer da seguinte forma: estudaremos inicialmente os conceitos básicos do princípio, para, logo em seguida,</p><p>partir para a análise dos posicionamentos dos tribunais. Ok?</p><p>Precisamos saber, basicamente, que isonomia significa o mesmo que igualdade. Você deve estar</p><p>pensando que</p><p>Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>122</p><p>252</p><p>Alternativa D: O Princípio da Não-Discriminação baseada procedência ou destino, disposto no</p><p>art. 152 da CF/88, não possui tal ressalva. Na verdade, a alternativa tentou induzir o candidato a</p><p>confundir tal princípio com o Princípio da Uniformidade Geográfica, previsto no art. 151, I da</p><p>CF/88 Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: É exatamente o que dispõe o art. 151, III da CF/88 Alternativa correta</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>62. FCC/METRO SP - Advogado Júnior/2014</p><p>Considere duas situações hipotéticas: I. União Federal cobrou tributo no mesmo exercício</p><p>financeiro em que haja sido publicada a lei que o aumentou; II. União Federal concedeu isenção</p><p>de tributo de competência de determinado Município. Nos termos da Constituição Federal,</p><p>a) a conduta I é vedada e a conduta II permitida.</p><p>b) ambas as condutas são permitidas, pois próprias do permissivo constitucional atribuído à</p><p>União Federal.</p><p>c) ambas as condutas são vedadas.</p><p>d) a conduta I é permitida e a conduta II vedada.</p><p>e) ambas as condutas são permitidas, embora não estejam expressamente previstas na</p><p>Constituição Federal.</p><p>Comentário:</p><p>I: O princípio da anterioridade veda tal prática.</p><p>II: O art. 151, III da CF/88 veda a isenção heterônoma, isto é, a isenção estabelecida por um ente</p><p>federativo e imposta a outro.</p><p>Assim, ambas as condutas são vedadas.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>63. FCC/SEFAZ SP - Agente Fiscal de Rendas/Gestão Tributária/2013</p><p>O art. 150, I, da Constituição Federal, estipula que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas</p><p>ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou</p><p>aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Este dispositivo enuncia o Princípio da</p><p>a) Uniformidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o restabelecimento por</p><p>ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico −</p><p>CIDE relativa às atividades de importação de petróleo.</p><p>b) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a fixação das alíquotas máximas e</p><p>mínimas do ISS por meio de Resolução do Senado Federal, aprovada por 1/3 dos Senadores.</p><p>c) Inafastabilidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, o aumento da base de cálculo do</p><p>IOF por meio de decreto do Poder Executivo Federal.</p><p>d) Uniformidade Tributária, e não admite exceções.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>123</p><p>252</p><p>e) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o restabelecimento por</p><p>ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico −</p><p>CIDE relativa às atividades de comercialização de álcool combustível.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: De fato tal Princípio admite exceções. Contudo, não são estas descritas nesta</p><p>alternativa. Vejamos o art. 151, I da CF/88: “Art. 151. É vedado à União: I - instituir tributo que</p><p>não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em</p><p>relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a</p><p>concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento</p><p>sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;” Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Tais alíquotas não são estabelecidas por resolução do Senado Federal, mas sim por</p><p>Lei Complementar Nacional, conforme artigo 156, §3º inciso I da CF/88 Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Tal princípio não existe. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Conforme visto na redação do art. 151, I da CF/88, há sim exceções. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa E: Tal exceção é prevista no art. 177, §4º, I, alínea “b” da Constituição Federal.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>64. FCC/TRT 15ª Região - Analista Judiciário/Contabilidade/2013</p><p>A união NÃO pode instituir tributos que</p><p>a) deem isenções a tributos da competência dos Estados.</p><p>b) incidam sobre importação de produtos estrangeiros.</p><p>c) incorram sobre a propriedade territorial rural.</p><p>d) recaiam sobre operações de crédito, câmbio e seguro.</p><p>e) fixem alíquotas diferenciadas para desestimular propriedades improdutivas.</p><p>Comentário: As alternativas B, C e D, refere-se aos impostos II, ITR e IOF, que são de</p><p>competência da União. Ademais é permitida a progressividade alíquotas no ITR com fins de</p><p>desestimular propriedades improdutivas (art. 153, §4º, I da CF/88).</p><p>Por fim, é vedada a isenção heterônoma, nos termos do art. 151, III da CF/88</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>65. FCC/AFR-SP/2009-Adaptada</p><p>Sobre as prescrições constitucionais insertas na seção 'Das limitações do poder de tributar', é</p><p>correto afirmar que as operações interestaduais devem ser imunes a qualquer tributação em</p><p>obediência ao princípio da vedação de se estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens</p><p>por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>124</p><p>252</p><p>Comentário: Não está correta tal asserção, pois a vedação de se estabelecer limitações ao</p><p>tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais é atenuada</p><p>pela previsão constitucional do ICMS – tributo cujo fato gerador incide sobre a circulação de</p><p>mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de</p><p>comunicação.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>66. FCC/MPE-PE-Promotor de Justiça/2002</p><p>O princípio da uniformidade geográfica, por guardar semelhança com o princípio da igualdade,</p><p>não comporta qualquer atenuação ou exceção em sua aplicabilidade.</p><p>Comentário: O art. 151, V, prevê o princípio da uniformidade geográfica, definido ser vedado à</p><p>União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique</p><p>distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento</p><p>de outro. Porém, referido princípio admite a concessão de incentivos fiscais destinados a</p><p>promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>125</p><p>252</p><p>QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS</p><p>Princípios Tributários</p><p>1. FGV/SEF-MG-Auditor Fiscal/2023</p><p>O princípio da anterioridade nonagesimal, previsto no Art. 150, inciso III, alínea c, da Constituição</p><p>Federal de 1988, importante por trazer segurança para os contribuintes e permitir um</p><p>planejamento tributário, não se aplica a todos os impostos.</p><p>Quanto aos impostos já instituídos pela União, assinale a opção que apresenta os que devem</p><p>observar o princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>A) Imposto sobre Produtos Industrializados / Imposto sobre Propriedade Territorial Rural.</p><p>B) Imposto sobre Exportação para o Exterior de produtos nacionais ou nacionalizados / Imposto</p><p>sobre Propriedade Territorial Rural.</p><p>C) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou valores</p><p>mobiliários / Imposto sobre Propriedade Territorial Rural.</p><p>D) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros / Imposto sobre Produtos</p><p>Industrializados.</p><p>E) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros / Imposto sobre Exportação para o</p><p>Exterior de produtos nacionais ou nacionalizados.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Tanto o IPI como o ITR devem observar o princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: O ITR deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o IE não.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O ITR deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o IOF não.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: O IPI deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o II não.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Nenhum dos dois impostos (II e IE) deve observar o princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>2. FGV/RFB-Analista Tributário/2023</p><p>Decreto do Presidente da República publicado no Diário Oficial da União, em 05/12/2022,</p><p>reduziu a alíquota de IPI incidente sobre determinado produto, estabelecendo que produziria</p><p>seus efeitos a partir de 15/12/2022.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>126</p><p>252</p><p>Acerca desse cenário, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) Decreto do Presidente da República não poderia alterar a alíquota de IPI.</p><p>B) A alteração de alíquota do IPI somente poderia ser feita por lei ordinária.</p><p>C) A produção de efeitos de tal Decreto não poderia ocorrer nem antes do exercício financeiro</p><p>seguinte, nem antes de decorridos noventa dias da data da publicação do Decreto.</p><p>D) A produção de efeitos de tal Decreto poderia ocorrer antes do exercício financeiro seguinte,</p><p>mas não antes de decorridos noventa dias da data da publicação do Decreto.</p><p>E) A produção de efeitos de tal Decreto poderia ocorrer a partir de 15/12/2022.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: As alíquotas do IPI podem ser alteradas por ato do Poder Executivo (decreto).</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Como informado acima, as alíquotas do IPI podem ser alteradas por ato do Poder</p><p>Executivo (decreto). Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Como se trata de uma redução da carga tributária (redução de alíquota do IPI), é</p><p>possível que os efeitos ocorram a partir da sua publicação. Portanto, não há tal vedação.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Já foi dito que, por se tratar de uma redução da carga tributária (redução de</p><p>alíquota do IPI), é permitido que os efeitos ocorram a partir da sua publicação. Portanto, não há</p><p>tal vedação. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: De fato, por se tratar de uma redução da carga tributária, a produção de efeitos de</p><p>tal Decreto poderia ocorrer a partir de 15/12/2022. Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>3. FGV/RFB-Auditor Fiscal/2023</p><p>Lei federal instituidora do Conselho Federal de certa profissão regulamentada estatuiu que a</p><p>Diretoria da entidade poderia fixar o valor a ser cobrado a título de anuidades a serem pagas</p><p>pelos profissionais vinculados a tal Conselho, limitado a um teto de até R$ 500,00. Também</p><p>estabeleceu que a fiscalização e a arrecadação de tais anuidades seriam feitas pelos próprios</p><p>funcionários deste Conselho, contratados pelo regime da CLT.</p><p>Acerca desse cenário, é correto afirmar que tal lei federal</p><p>A) violou o princípio da legalidade tributária ao conferir à Diretoria deste Conselho Profissional o</p><p>poder de fixar o valor das anuidades.</p><p>B) consubstancia o fenômeno da parafiscalidade, admitido no ordenamento jurídico nacional.</p><p>C) não poderia ter atribuído a tal Conselho, que não é parte da administração tributária federal,</p><p>nem a fiscalização nem a cobrança destas anuidades.</p><p>D) poderia ter atribuído a tal Conselho, apesar de não ser parte da administração tributária</p><p>federal, a cobrança de tais anuidades, mas não sua fiscalização.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>127</p><p>252</p><p>E) não poderia ter atribuído a funcionários de tal Conselho, regidos pela CLT, a fiscalização e</p><p>cobrança destas anuidades, uma vez que não são agentes da Secretaria Especial da Receita</p><p>Federal do Brasil.</p><p>Comentário: Para responder esta questão, é importante se lembrar da jurisprudência do Supremo</p><p>Tribunal Federal que permite que ato normativo infralegal fixe o valor do tributo, não</p><p>ultrapassando o valor do teto legalmente previsto. É o caso semelhante ao da taxa pela emissão</p><p>da ART.</p><p>Alternativa A: Como vimos, há respaldo jurisprudencial para a fixação do valor por ato normativo</p><p>infralegal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: De fato, a fixação, cobrança e arrecadação das anuidades por terceiro que não o</p><p>ente instituidora configura o fenômeno da parafiscalidade, admitido no ordenamento jurídico</p><p>nacional. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: Como comentamos, a parafiscalidade presente na situação em comento é</p><p>permitida constitucionalmente. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Tanto a arrecadação como a fiscalização poderia ser atribuída a esse Conselho,</p><p>afinal, o STF já afirmou que Conselhos de fiscalização profissional têm natureza jurídica de</p><p>autarquia. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Por tudo o que já foi comentado nesta questão, está errada. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>4. FGV/RFB-Auditor Fiscal/2023</p><p>Por meio de Decreto, o Presidente da República ampliou o prazo de pagamento de certo tributo</p><p>federal de 30 para 45 dias, determinando que tal Decreto produziria efeitos imediatamente a</p><p>contar da data da publicação no Diário Oficial da União.</p><p>Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) Tal Decreto é ato normativo apto para realizar essa alteração de prazo.</p><p>B) Tal Decreto não poderia contrariar a previsão do Código Tributário Nacional de prazo de</p><p>pagamento em 30 dias para tributos federais.</p><p>C) Tal Decreto viola o princípio da anterioridade tributária nonagesimal.</p><p>D) A alteração do prazo de pagamento de tributos federais somente pode ser feita mediante lei</p><p>ordinária.</p><p>E) A alteração do prazo de pagamento de tributos federais somente pode ser feita mediante lei</p><p>complementar.</p><p>Comentário: A alteração de prazo para pagamento de tributo não configura a sua majoração,</p><p>podendo, portanto, ser fixada por meio de decreto, e com efeitos imediatos. É a jurisprudência</p><p>do STF.</p><p>Alternativa A: De fato, o é ato normativo apto para realizar essa alteração de prazo. Alternativa</p><p>correta.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>128</p><p>252</p><p>Alternativa B: O art. 160, do CTN, define que a regra de 30 dias será aplicada se a legislação</p><p>(incluindo os atos infralegais) não dispuser de modo diverso. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Não há qualquer violação ao princípio da anterioridade tributária nonagesimal.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Como comentamos, a matéria pode ser disciplinada em decreto. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa E: Foi dito que a matéria pode ser disciplinada em decreto. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>5. FGV/ SEFAZ-AM/2022</p><p>Na Constituição Federal de 1988, muitos princípios em matéria tributária garantem que os</p><p>contribuintes não serão surpreendidos pelo Fisco com novas cobranças e venham a ter</p><p>problemas com seu planejamento financeiro.</p><p>Assim, o princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena não se aplica</p><p>A) ao Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana, ao Imposto sobre a Renda e ao</p><p>Imposto de Importação.</p><p>B) ao Imposto de Propriedade Territorial Rural, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto de</p><p>Exportação.</p><p>C) ao Imposto de Importação, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto de Exportação.</p><p>D) aos Impostos Extraordinários no caso de guerra externa, ao Imposto de Propriedade Territorial</p><p>Rural e ao Imposto de Importação.</p><p>E) ao Imposto sobre Produtos Industrializados, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto sobre</p><p>Propriedade Predial e Territorial Urbana.</p><p>Comentário: A Constituição Federal estabelece diversas limitações ao Poder de Tributar e, entre</p><p>elas, está o princípio da anterioridade previsto no art. 150, III, alíneas “b” e “c”, confira.</p><p>Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos</p><p>Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>(...)</p><p>III - cobrar tributos:</p><p>(...)</p><p>b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;</p><p>c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou, observado o disposto na alínea b;</p><p>Feita essa introdução vamos aos comentários das alternativas.</p><p>Alternativa A: Ao IPTU não se aplica a noventena apenas em relação a sua base de cálculo, então</p><p>tenha atenção quando a banca trouxer o termo geral.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>129</p><p>252</p><p>Por força constitucional o princípio da anterioridade nonagesimal não se aplica ao Imposto de</p><p>Renda e ao Imposto de Importação. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O ITR se submete tanto ao princípio da anterioridade anual quanto à nonagesimal.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O II, IR e IE realmente são exceções à noventena. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Como visto na alternativa b, o ITR se submete à noventena. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O IPI se submete à noventena, e o IPTU é exceção apenas na hipótese da base de</p><p>cálculo. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>6. FGV/ SEFAZ-BA/2022</p><p>Considere que a União, por meio de decreto do Presidente da República, publicado em abril</p><p>deste ano, majorou a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de diversos</p><p>produtos, nos limites estabelecidos em lei. A referida alteração entrou em vigor 30 (trinta) dias</p><p>após a publicação do decreto.</p><p>Sobre a hipótese descrita, considerados os princípios gerais tributários, assinale a afirmativa</p><p>correta.</p><p>A) Houve violação aos princípios da anterioridade anual, da anterioridade nonagesimal e da</p><p>legalidade.</p><p>B) Houve violação ao princípio da anterioridade anual; o IPI não se submete ao princípio da</p><p>anterioridade nonagesimal; e não há violação ao princípio da legalidade.</p><p>C) O IPI não se submete à anterioridade anual; houve violação ao princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal; e não há violação ao princípio da legalidade.</p><p>D) O IPI não se submete ao princípio da anterioridade anual; houve violação aos princípios da</p><p>anterioridade nonagesimal e da legalidade.</p><p>E) O IPI não se submete aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal; e não há violação</p><p>ao princípio da legalidade.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Por força constitucional o IPI é exceção ao princípio da anterioridade anual e do</p><p>princípio da legalidade (pode alterar as alíquotas por decreto), e se submete ao princípio da</p><p>anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Ao majorar a alíquota do IPI para o mesmo período não há violação ao princípio da</p><p>anterioridade anual, pois o IPI é exceção a esse princípio, porém se faz necessário respeitar a</p><p>anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Conforme previsão expressa do art. 150, § 1º, da Constituição Federal, o IPI não se</p><p>submete ao princípio da anterioridade anual e ao princípio da legalidade, mas se submete ao da</p><p>noventena. Confira.</p><p>Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos</p><p>Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>130</p><p>252</p><p>I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;</p><p>(...)</p><p>III - cobrar tributos:</p><p>(...)</p><p>b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;</p><p>c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou, observado o disposto na alínea b;</p><p>E o § 1º traz as exceções: A vedação do inciso III, “b” (princípio da anterioridade anual), não se</p><p>aplica ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).</p><p>E o § 1º do art. 153, da CF traz a faculdade para que o Poder Executivo altere as alíquotas do IPI,</p><p>ou seja, a alteração das alíquotas, por exemplo, por meio de decreto.</p><p>Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:</p><p>(...)</p><p>IV - produtos industrializados;</p><p>§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,</p><p>alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV (Imposto sobre Produtos</p><p>Industrializados) e V.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Não houve violação ao princípio da legalidade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O IPI se submete ao princípio da anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>7. FGV/MPE-GO/2022</p><p>Lei do Estado Alfa publicada em 31/12/2021 majorou as bases de cálculo do Imposto sobre a</p><p>Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) pelo valor de mercado, estabelecendo que as</p><p>alterações teriam efeitos a partir de 01/01/2022. Também em 31/12/2021, Decreto do Prefeito da</p><p>Capital do Estado Alfa estabeleceu a atualização, pelo índice inflacionário oficial, do valor</p><p>monetário da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU),</p><p>determinando que as alterações também teriam efeitos a partir de 01/01/2022. Diante desse</p><p>cenário</p><p>A) tanto a lei estadual como o decreto municipal violaram o princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal, e o decreto municipal também violou o princípio da legalidade tributária.</p><p>B) a lei estadual violou o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o decreto municipal apenas</p><p>violou o princípio da legalidade tributária.</p><p>C) a lei estadual não violou o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o decreto municipal</p><p>violou tanto o princípio da legalidade tributária como o da anterioridade nonagesimal.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>131</p><p>252</p><p>D) nem a lei estadual nem o decreto municipal violaram o princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal, mas o decreto municipal violou o princípio da legalidade tributária.</p><p>E) nem a lei estadual nem o decreto municipal violou o princípio da anterioridade nonagesimal, e</p><p>o decreto municipal tampouco violou o princípio da legalidade tributária.</p><p>Comentário: O que temos aqui na questão é um Estado, majorando as bases de cálculo do IPVA</p><p>por meio de Lei e aplicação desse efeito no próximo exercício financeiro sem aguardar 90 dias</p><p>após a publicação da lei.</p><p>Temos também um município atualizando por decreto, dentro do índice inflacionário, a base de</p><p>cálculo do IPTU e aplicando essas alterações no próximo exercício financeiro sem aguardar 90</p><p>dias.</p><p>É importante destacar que a EC 132/2023 (Reforma Tributária) passou a prever a possibilidade de</p><p>se atualizar a base de cálculo do IPTU por meio de decreto do Poder Executivo (algo que em tese</p><p>já constava no CTN e era pacificado na jurisprudência do STJ):</p><p>Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:</p><p>I - propriedade predial e territorial urbana;</p><p>(...)</p><p>§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o</p><p>imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)</p><p>(...)</p><p>III - ter sua base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em</p><p>lei municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>Feita essa introdução vamos ao comentário das alternativas.</p><p>Alternativa A: Por força constitucional, nem a lei, nem o decreto violam o princípio da</p><p>anterioridade nonagesimal. Já em relação à violação da legalidade tributária, o STJ já decidiu</p><p>que a atualização do IPTU em percentual menor ou igual ao índice oficial de correção monetária,</p><p>mesmo que por decreto, não fere o princípio da legalidade (lembrando que atualmente a CF</p><p>autoriza a atualização da base de cálculo do IPTU por meio de ato do Poder Executivo). Segundo</p><p>a corte o que é vedado é essa atualização, por meio de decreto, em percentual superior ao</p><p>índice. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A lei estadual não violou o princípio da noventena e o decreto não violou o</p><p>princípio da legalidade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O decreto não violou o princípio da legalidade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Conforme o item anterior. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: A Constituição Federal estabelece diversas limitações ao Poder de Tributar e, entre</p><p>elas, estão o princípio da anterioridade previsto no art. 150, III, alíneas “b” e “c”, e o princípio da</p><p>legalidade previsto no art. 150, I. Confira.</p><p>Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos</p><p>Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>132</p><p>252</p><p>I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;</p><p>(...)</p><p>III - cobrar tributos:</p><p>(...)</p><p>b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;</p><p>c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou, observado o disposto na alínea b;</p><p>E seguindo, os demais §§ do art. 150, trazem as exceções a esses princípios.</p><p>Exceção (não se aplica) APENAS à anterioridade nonagesimal: Base de cálculo IPTU, base de</p><p>cálculo IPVA e IR.</p><p>Já a atualização por decreto, dentro do índice inflacionário, da base de cálculo do IPTU temos a</p><p>seguinte súmula.</p><p>Súmula STJ nº 160: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual</p><p>superior ao índice oficial de correção monetária.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>8. FGV/TJ-PR/2021</p><p>Decreto do Governador do Estado X de 30/12/2020 majorou o valor a ser pago de IPVA por</p><p>meio da incorporação de índices oficiais de atualização monetária à base de cálculo do imposto.</p><p>O Decreto também determinou que produziria efeitos a partir de 01/01/2021.</p><p>Diante desse cenário e à luz do entendimento do Superior Tribunal de Justiça, tal Decreto:</p><p>A) não viola o princípio da legalidade tributária nem o da anterioridade tributária;</p><p>B) não viola o princípio da legalidade tributária, mas sim o da anterioridade tributária</p><p>nonagesimal;</p><p>C) viola o princípio da legalidade tributária, mas não o da anterioridade tributária;</p><p>D) viola o princípio da anterioridade tributária, mas não o da legalidade tributária;</p><p>E) viola o princípio da legalidade tributária e o princípio da anterioridade tributária.</p><p>Comentário: A questão aborda os princípios da anterioridade anual e da legalidade, ambos</p><p>previstos no art. 150 da CF. Confira.</p><p>Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos</p><p>Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;</p><p>(...)</p><p>III - cobrar tributos:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>133</p><p>252</p><p>(...)</p><p>b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;</p><p>c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou, observado o disposto na alínea b;</p><p>Alternativa A: O art. 97 do CTN prevê o que somente pode ser estabelecido por meio de lei, e</p><p>uma dessas previsões é a majoração de tributo, contudo § 2º, art. 97 do CTN, traz que a</p><p>atualização de valor monetário não se equipara a uma majoração de tributo. Confira.</p><p>Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:</p><p>(...)</p><p>II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e</p><p>65;</p><p>(...)</p><p>§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a</p><p>atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.</p><p>Consequentemente, um decreto pode atualizar o valor monetário da base de cálculo do IPVA.</p><p>Ademais, o § 1º do art. 150 da CF excepciona a alteração da base de cálculo do IPVA da</p><p>submissão ao princípio da noventena, porém ao princípio da anterioridade anual ele se</p><p>submente. Mas como o decreto determinou a produção de efeitos somente a partir do próximo</p><p>exercício financeiro, não houve violação de tal princípio. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: Não violou o princípio da anterioridade nonagesimal, pois a alteração da base de</p><p>cálculo do IPVA, por força constitucional, não se submete a tal limitação. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Não houve violação ao princípio da legalidade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Não houve violação ao princípio da anterioridade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O decreto não violou nem o princípio da legalidade nem ao princípio da</p><p>anterioridade. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>9. FGV/SEFAZ-ES/2021</p><p>No Estado X, foi decretado pelo Governador o estado de calamidade pública referente às áreas</p><p>fortemente afetadas por chuvas torrenciais. O Governador, por Medida Provisória (MP) estadual,</p><p>também concedeu isenção de IPTU referente às áreas afetadas.</p><p>Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) Tal isenção é heterônoma, sendo vedada pela Constituição.</p><p>B) Tal isenção não poderia ser concedida por medida provisória.</p><p>C) Tal isenção poderia ser concedida por decreto dos prefeitos dos municípios afetados, mas não</p><p>por ato do Governador.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>134</p><p>252</p><p>D) Para que a isenção concedida por MP estadual tivesse validade seria necessário o prévio</p><p>reconhecimento da calamidade pública pela Assembleia Legislativa.</p><p>E) Para que a isenção concedida por MP estadual tivesse validade seria necessário o prévio</p><p>reconhecimento da calamidade pública pelas Câmaras de Vereadores dos municípios afetados.</p><p>Comentário: A isenção heterônoma é quando um ente federativo concede isenção em relação a</p><p>um tributo que não possui competência para institui-lo. Exemplo, o Estado X conceder isenção</p><p>sobre IPTU. E esse instituto, em regra, é vedado pela Constituição Federal (CF), salvo a União na</p><p>concessão, por meio lei complementar federal, acerca do ICMS-exportação, ISSQN-exportação e</p><p>em tratados internacionais.</p><p>Alternativa A: Confira a previsão constitucional.</p><p>Art. 151. É vedado à União:</p><p>(...)</p><p>III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos</p><p>Municípios.</p><p>Por conseguinte, o Estado X concedeu uma isenção heterônoma, ademais, uma isenção só pode</p><p>ser concedida por lei, e como uma MP tem força de lei não houve problema aqui. Alternativa</p><p>correta.</p><p>Alternativa B: Conforme art. 150, § 6º da CF, qualquer isenção só poderá ser concedida mediante</p><p>lei específica, contudo uma MP tem força de lei, então um Estado pode conceder uma isenção,</p><p>desde que não seja heterônoma, pode ser por meio de MP. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Um decreto municipal não possui força de lei, portanto não é o instituto adequado</p><p>para concessão de isenção, que em regra deve ser mediante lei específica. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Não há essa previsão legal de que a calamidade pública deve ser reconhecida</p><p>previamente pela Assembleia Legislativa. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Conforme explicação o item anterior. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>10.FGV/CREAS/2021</p><p>José percebeu que, a partir de janeiro de 2021, em sua fatura de consumo de energia elétrica,</p><p>passou a ser cobrada também uma nova contribuição para o custeio do serviço de iluminação</p><p>pública, instituída por lei municipal de dezembro de 2020.</p><p>Acerca dessa contribuição, é correto afirmar que tal cobrança</p><p>A) é inconstitucional, por não ser específico e divisível o serviço de iluminação pública.</p><p>B) não poderia ser efetuada na fatura de consumo de energia elétrica.</p><p>C) violou o princípio da anterioridade tributária nonagesimal.</p><p>D) não poderia ser instituída por lei municipal.</p><p>E) está adequada às normas constitucionais que regem tal tributo.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>135</p><p>252</p><p>Comentário: Destacamos que a EC 132/2023 (Reforma Tributária) ampliou o escopo da COSIP: a</p><p>contribuição pode ser instituída para o custeio, a expansão e a melhoria do serviço de iluminação</p><p>pública e de sistemas de monitoramento para segurança e preservação de logradouros públicos.</p><p>Alternativa A: O custeio do serviço de iluminação pública deve ser feito por meio de</p><p>contribuição, ou seja, não pode ser por meio de taxa ou imposto, e a COSIP possui previsão</p><p>constitucional no art. 149-A, portanto é constitucional. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O § 1º, art. 149-A da CF faculta a cobrança da COSIP na fatura de consumo de</p><p>energia elétrica. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O § 1º, art. 150 da CF é</p><p>que traz os tributos que não se submetem à anterioridade</p><p>nonagesimal e a COSIP não consta nessa lista, portanto ela se submete ao princípio da</p><p>anterioridade nonagesimal. Consequentemente, se a instituição da lei foi em dezembro de 2020</p><p>já tendo efeitos em janeiro de 2021 ela não cumpriu a noventena, ou seja, violou tal princípio.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: As contribuições, conforme art. 97 do CTN, devem ser instituídas mediante lei.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: A COSIP instituída na presente questão violou o princípio da noventena, logo não</p><p>está adequada às normas constitucionais. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>11.FGV/MPE-AL/2018</p><p>Leia a afirmativa a seguir.</p><p>“Diz respeito à incidência progressiva de alíquotas na razão inversa da essencialidade da</p><p>mercadoria ou do serviço”.</p><p>A afirmativa diz respeito ao princípio da</p><p>a) razoabilidade.</p><p>b) proporcionalidade.</p><p>c) seletividade.</p><p>d) não-cumulatividade.</p><p>e) capacidade contributiva.</p><p>Comentário: O caput aborda que o que for mais essencial seja menos tributado ou vice-versa, ou</p><p>seja, ser seletivo no momento de determinar as alíquotas, fixando alíquotas menores para bens</p><p>mais essenciais ou alíquotas maiores para aqueles bens menos essenciais.</p><p>A Constituição Federal prevê que as alíquotas do ICMS poderão (facultativo) ser seletivas e as</p><p>alíquotas do IPI deverão (obrigatório) ser seletivas. Confira.</p><p>Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:</p><p>IV - produtos industrializados;</p><p>§ 3º O imposto previsto no inciso IV:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>136</p><p>252</p><p>I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;</p><p>Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:</p><p>II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte</p><p>interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se</p><p>iniciem no exterior;</p><p>§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:</p><p>III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>12.FGV/ALERO/2018</p><p>O Governador do Estado ABC, por meio de Decreto publicado em 29 de dezembro de 2017,</p><p>alterou a base de cálculo do IPVA para incorporar a ela a atualização do valor monetário por</p><p>índices oficiais de correção.</p><p>Sobre a referida alteração de base de cálculo, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas terá eficácia imediata a</p><p>partir da data em que haja sido publicada a lei.</p><p>b) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia</p><p>após decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei.</p><p>c) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia no</p><p>exercício financeiro seguinte àquele em que haja sido publicada a lei.</p><p>d) Embora possa ser feita mediante Decreto, somente poderá ter eficácia depois de decorridos</p><p>noventa dias da data em que haja sido publicado o Decreto.</p><p>e) Não é reputada majoração de tributo para fins de aplicação do princípio da reserva legal em</p><p>sentido estrito.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A alteração da base de cálculo do IPVA conforme índices oficiais de correção,</p><p>inflação por exemplo, não se equipara a majoração de tributo. Consequentemente, pode ser</p><p>feita por instituto que não possua força de lei no seu sentido estrito.</p><p>Ademais, o IPVA se submete à anterioridade anual e é exceção à anterioridade nonagesimal,</p><p>logo se o decreto foi publicado em 29 de dezembro de 2017, ele só pode ter eficácia no próximo</p><p>exercício financeiro, ou seja, não tem eficácia imediata como afirma a alternativa. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa B: Não precisa de lei no sentido estrito nem precisa aguardar a noventena. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa C: Não precisa de lei no sentido estrigo, a segunda parte está correta. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa D: A base de cálculo do IPVA é exceção ao princípio da noventena. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>137</p><p>252</p><p>Alternativa E: O art. 97 do CTN prevê o que somente pode ser estabelecido por meio de lei, e</p><p>uma dessas previsões é a majoração de tributo, contudo § 2º, art. 97 do CTN, traz que a</p><p>atualização de valor monetário não se equipara a uma majoração de tributo. Confira.</p><p>Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:</p><p>(...)</p><p>II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e</p><p>65;</p><p>(...)</p><p>§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a</p><p>atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.</p><p>Em relação ao IPTU, a CF/88 passou a prever expressamente tal possibilidade, com a EC</p><p>132/2023:</p><p>Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:</p><p>I - propriedade predial e territorial urbana;</p><p>(...)</p><p>§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o</p><p>imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)</p><p>(...)</p><p>III - ter sua base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em</p><p>lei municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>Consequentemente, um decreto pode atualizar o valor monetário da base de cálculo do IPVA.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>13.FGV/ALERO/2018</p><p>A União, desejando implementar política pública de fomento ao povoamento do interior do país,</p><p>concedeu isenção de IPTU no território de alguns Municípios pouco populosos situados no</p><p>Estado X.</p><p>Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) A União pode conceder tal isenção, por ser ela a principal responsável pela promoção das</p><p>políticas de redução das desigualdades regionais, objetivo fundamental da República.</p><p>b) A União pode conceder tal isenção, desde que compense os Municípios afetados mediante</p><p>transferências voluntárias.</p><p>c) A União pode conceder tal isenção, desde que por meio de resolução do Senado Federal</p><p>aprovada por maioria absoluta dos senadores.</p><p>d) O Estado ABC, e não a União, é o ente federado competente para conceder tais isenções</p><p>relativas a tributo de competência dos Municípios situados no território estadual.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>138</p><p>252</p><p>e) A União não pode conceder tal isenção, por violar a autonomia municipal.</p><p>Comentário: A isenção heterônoma é quando um ente federativo concede isenção em relação a</p><p>um tributo que não possui competência constitucional para institui-lo. Exemplo, a União</p><p>conceder isenção sobre IPTU. E esse instituto, em regra, é vedado pela Constituição Federal (CF),</p><p>salvo a União na concessão, por meio lei complementar federal, acerca do ICMS-exportação,</p><p>ISSQN-exportação e em tratados internacionais.</p><p>Alternativa A: Em conformidade com a previsão constitucional, em regra, a União não pode</p><p>conceder isenção de tributos em que ela não detém a competência de instituição. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa B: Como o IPTU é de competência municipal não é possível a União conceder a</p><p>isenção. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Conforme explicação dos itens A e B supracitados. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Como o IPTU é de competência municipal, nem mesmo os Estados podem</p><p>conceder a isenção de tal tributo. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Conforme previsão constitucional. Confira.</p><p>Art. 151. É vedado à União:</p><p>(...)</p><p>III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos</p><p>Municípios.</p><p>Mas ressalva-se que, essa vedação dirige-se a União Federal enquanto pessoa jurídica de direito</p><p>público interno, já quando é a pessoa jurídica de direito internacional público, a República</p><p>Federativa do Brasil, formada pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal,</p><p>é autorizada a</p><p>conceder isenções de tributos federais, estaduais ou municipais, mas que fique claro, nesta</p><p>hipótese não é a União quem está concedendo, mas sim a República Federativa do Brasil.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>14.FGV/PREF. CUIABÁ/2016</p><p>A União Federal estabeleceu, por meio de lei ordinária, alíquotas progressivas aplicáveis ao</p><p>Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF).</p><p>Segundo a referida lei ordinária, sobre a renda dos contribuintes localizados nos Estados da</p><p>região Sudeste, incidiria a alíquota máxima de 10% (dez por cento) e, sobre a renda dos</p><p>contribuintes localizados no restante do país, incidiria a alíquota máxima de 20% (vinte por</p><p>cento).</p><p>Assinale a opção que indica o princípio constitucional violado na hipótese apresentada.</p><p>a) Legalidade, uma vez que competiria à lei complementar a fixação de alíquotas do IRPF. que</p><p>os demais Estados da Federação.</p><p>b) Capacidade contributiva, no que se refere à alíquota máxima de 20%, pois a referida</p><p>legislação afetaria de maneira desproporcional a renda do contribuinte.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>139</p><p>252</p><p>c) Uniformidade geográfica da tributação, visto que a legislação fixaria alíquotas diversas no</p><p>território nacional.</p><p>d) Não-confisco, uma vez que a União está utilizando o IRPF com fins confiscatórios.</p><p>e) Imunidade tributária recíproca, uma vez que os contribuintes dos Estados da região Sudeste</p><p>irão pagar menos tributos que os demais Estados da Federação.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O princípio da legalidade ou princípio da reserva legal está previsto no art. 150, I</p><p>da CF e prevê que a instituição ou majoração de tributos seja por meio de lei, como para a</p><p>fixação de alíquotas progressivas para o IRPF não foi previsto a necessidade lei complementar, o</p><p>instituto utilizado (lei ordinária) aqui na questão está correto, logo não houve violação a tal</p><p>princípio. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O princípio da capacidade contributiva está previsto no § 1º do art. 145 da CF.</p><p>Esse princípio é aplicado, quando por exemplo, quando a incidência tributária é mais gravosa</p><p>sobre aqueles que possuem maior capacidade contributiva. É o que ocorre com o Imposto de</p><p>Renda, em que as pessoas que auferem maiores rendas contribuem com alíquotas maiores. Por</p><p>conseguinte, ele não foi violado aqui questão. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Esse é o princípio da Uniformidade Geográfica previsto no art. 151, I da CF,</p><p>confira.</p><p>Art. 151. É vedado à União:</p><p>I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção</p><p>ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,</p><p>admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do</p><p>desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País;</p><p>Então, quando União fixa alíquotas do IRPF distintas para diversos territórios ela violou o</p><p>princípio. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Princípio previsto constitucionalmente no art. 150, IV. Por ele a constituição quis</p><p>proteger foi a tributação com efeito confiscatório, ou seja, não pode haver uma sobrecarga de</p><p>tributos sobre a pessoa de tal forma que se assemelhe a uma punição. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: A imunidade recíproca está prevista no art. 150, VI, “a”, da CF e prevê que é</p><p>vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre o</p><p>patrimônio, renda ou serviços uns dos outros.</p><p>Como o que está endo tributado na questão são pessoas físicas, tal imunidade não se aplica.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>15.Prof. Fábio Dutra/Questão Inédita/2022</p><p>Acerca das limitações ao poder de tributar, previstas na Constituição da República Federativa do</p><p>Brasil (CF/88), assinale a alternativa incorreta:</p><p>a) A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos</p><p>que incidam sobre mercadorias e serviços;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>140</p><p>252</p><p>b) Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,</p><p>anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido</p><p>mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias</p><p>acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição;</p><p>c) É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito</p><p>Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes</p><p>públicos, em níveis inferiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;</p><p>d) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária</p><p>entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino;</p><p>e) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tratamento</p><p>desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer</p><p>distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da</p><p>denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.</p><p>Comentário:</p><p>Letra A: Correta. De acordo com o art. 150, § 5º, da CF/88, “a lei determinará medidas para</p><p>que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e</p><p>serviços”. Tal disposição prevê o princípio da transparência tributária.</p><p>O objetivo precípuo desse postulado é promover transparência ao contribuinte quanto à</p><p>carga tributária resultante da incidência de impostos a que está submetido, quando do consumo</p><p>de mercadorias e serviços. Trata-se, portanto, de uma norma direcionada ao legislador ordinário.</p><p>Letra B: Correta. Trata-se de regra contida no art. 150, § 6º, da CF/88, no sentido de ser</p><p>necessária a edição de lei específica para a concessão dos mais diversos benefícios fiscais. Para</p><p>isso, o Constituinte definiu como benefícios fiscais qualquer subsídio ou isenção, redução de</p><p>base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão.</p><p>Letra C: Errada. De acordo com o art. 151, II, da CF/88, é vedado à União “tributar a renda</p><p>das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a</p><p>remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar</p><p>para suas obrigações e para seus agentes”.</p><p>Letra D: Correta. Trata-se da literalidade do art. 152, da CF/88: é vedado aos Estados, ao Distrito</p><p>Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer</p><p>natureza, em razão de sua procedência ou destino. Esse princípio é ratificado pelo Princípio do</p><p>Tratamento Nacional, previsto no GATT.</p><p>Esse princípio veda, por exemplo, que os Estados estabeleçam uma tributação diferenciada do</p><p>ICMS, a depender da origem da mercadoria a ser tributada.</p><p>Letra E: Correta. O art. 150, II, da CF/88 previu o princípio da isonomia, da mesma forma como</p><p>previsto nesta alternativa: é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir</p><p>tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer</p><p>distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da</p><p>denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.</p><p>Observe que, segundo o texto constitucional, é vedado a todos os entes federativos</p><p>conferir tratamento desigual entre pessoas que se encontram em situação equivalente. Note que</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>141</p><p>252</p><p>isso não significa tratar a todos igualmente, pois, da mesma forma que é vedado desigualar</p><p>pessoas que se encontram em situações iguais, também é proibido tratar igualmente os</p><p>contribuintes que são financeiramente desiguais.</p><p>Com efeito, se “A” aufere maiores rendimentos do</p><p>que “B”, nada mais justo que “A”</p><p>tenha que arcar com o pagamento de valores maiores, a título de tributo. Por outro lado, se duas</p><p>pessoas podem ser consideradas iguais, sob a ótica tributária, nada mais injusto do que</p><p>tributá-las de maneira diferente.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>16.Prof. Fábio Dutra/Questão Inédita/2022</p><p>Constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal:</p><p>a) a majoração da alíquota do ITBI.</p><p>b) a majoração da base de cálculo do IPTU.</p><p>c) a majoração da alíquota do IPTU.</p><p>d) A majoração da base de cálculo do ITBI.</p><p>e) A majoração da alíquota do ISS.</p><p>Comentário:</p><p>Letra A: Errada. Não há exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal no tocante ao ITBI.</p><p>Letra B: Correta. Há exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal em relação à base de</p><p>cálculo do IPTU, obedecendo apenas à anterioridade anual.</p><p>Letra C: Errada. Não há exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal em relação à alíquota</p><p>do IPTU.</p><p>Letra D: Errada. Não há exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal no tocante ao ITBI.</p><p>Letra E: Errada. Não há exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal no que diz respeito</p><p>ao ISS.</p><p>Gabarito: B</p><p>17.Prof. Fábio Dutra/Questão Inédita/2022</p><p>Submetem-se ao princípio da anterioridade anual, exceto:</p><p>a) Majoração da base de cálculo do IPTU;</p><p>b) Instituição de empréstimo compulsório decorrente de investimento público de caráter urgente.</p><p>c) Instituição do ITCMD;</p><p>d) Majoração da alíquota da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>142</p><p>252</p><p>==302b8==</p><p>e) Instituição de empréstimo compulsório em caso de despesas extraordinárias decorrentes de</p><p>calamidade pública.</p><p>Comentário:</p><p>Letra A: Correta. A majoração da base de cálculo do IPTU se submete ao princípio da</p><p>anterioridade anual, ficando excepcionada apenas do princípio da noventena.</p><p>Letra B : Correta. Em se tratando da instituição de empréstimo compulsório decorrente de</p><p>investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional, há necessidade de</p><p>observância do princípio da anterioridade anual.</p><p>Letra C: Correta. A instituição do ITCMD não foi excepcionada do princípio da anterioridade</p><p>anual.</p><p>Letra D: Correta. Tanto a instituição como a majoração da alíquota da contribuição para o custeio</p><p>do serviço de iluminação pública se sujeita ao princípio da anterioridade anual.</p><p>Letra E: Errada. O art. 148, da CF/88, prevê que a instituição de empréstimo compulsório em</p><p>caso de despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública e guerra externo ou sua</p><p>iminência não está sujeita ao princípio da anterioridade anual.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>18.FGV/CODEBA-Analista Portuário/2016</p><p>A União instituiu, por meio de lei ordinária, empréstimo compulsório para atender a despesa</p><p>extraordinária decorrente de calamidade pública. Sobre essa lei, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Ela é inconstitucional, pois a União não é competente para a instituição de empréstimos</p><p>compulsórios.</p><p>b) Ela é inconstitucional, pois a CRFB/88 não autoriza a instituição de empréstimos compulsórios</p><p>para atender despesa extraordinária, decorrente de calamidade pública.</p><p>c) Ela, ao instituir o empréstimo compulsório, é constitucional e entrará em vigor no exercício</p><p>seguinte ao da sua publicação, uma vez que é necessária a observância do princípio da</p><p>anterioridade de exercício.</p><p>ld) Ela é constitucional e entrará em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, em razão da</p><p>relevância e urgência da medida.</p><p>e) Ela é inconstitucional, uma vez que os empréstimos compulsórios devem ser instituídos por</p><p>meio de lei complementar e não lei ordinária.</p><p>Comentário: O empréstimo compulsório deve sempre ser instituído por meio de lei</p><p>complementar. Quanto a esse ponto, a lei em questão é inconstitucional. Por outro lado,</p><p>admite-se a sua instituição para atender a despesa extraordinária decorrente de calamidade</p><p>pública. Assim, a única alternativa que responde a questão é a Letra E.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>19.FGV/CODEMIG-Advogado Societário/2015</p><p>De acordo com os princípios constitucionais tributários, pode ser previsto em norma infralegal:</p><p>a) o aumento do percentual das multas por descumprimento de obrigação acessória;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>143</p><p>252</p><p>b) a causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário;</p><p>c) a redução da base de cálculo do IOF;</p><p>d) a modificação da data do vencimento da obrigação tributária principal;</p><p>e) a remissão do crédito tributário.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A imposição de multas ou até mesmo o aumento do percentual das multas por</p><p>descumprimento de obrigação acessória deve ocorrer por meio de lei, nos termos do art. 97, V,</p><p>do CTN. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário deve ser prevista em</p><p>lei, nos termos do art. 97, VI, do CTN. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Apenas a alteração da alíquota do IOF é que pode ser alterada por meio de norma</p><p>infralegal. Quanto à sua base de cálculo, há necessidade de lei. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: A modificação da data do vencimento da obrigação tributária principal não</p><p>configura majoração do tributo, não havendo necessidade de previsão em lei. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: A remissão do crédito tributário configura uma extinção do crédito tributário,</p><p>devendo estar prevista em lei, nos termos do art. 97, VI, do CTN. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>20.FGV/SEFIN-RO-Auditor Fiscal/2018</p><p>A Lei Z, do estado Delta, publicada no dia 31 de dezembro de 2016, alterou, em seu Art. 1º, a</p><p>data de recolhimento do imposto de transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens e</p><p>direitos, e, em seu Art. 2º, aumentou a respectiva alíquota. O Art. 3º, por sua vez, dispôs que a</p><p>Lei Z entraria em vigor no dia 1º de janeiro de 2017.</p><p>À luz da sistemática constitucional afeta ao sistema tributário nacional, o Art. 3º da Lei Z</p><p>a) é totalmente inconstitucional, sob o prisma material.</p><p>b) é totalmente constitucional, sob os prismas formal e material.</p><p>c) é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor do Art.</p><p>1º.</p><p>d) é parcialmente inconstitucional, sob o prisma material, em relação à entrada em vigor do Art.</p><p>2º.</p><p>e) é totalmente constitucional, apenas sob o prisma material.</p><p>Comentário: A inconstitucionalidade do art. 3º, da Lei Z, diz respeito ao art. 2º, que aumentou a</p><p>alíquota do ITCD, não respeitando o princípio da anterioridade nonagesimal. Quanto ao art. 1º,</p><p>não há qualquer ressalva, tendo em vista que a alteração na data de recolhimento do imposto</p><p>não configura sua majoração, razão pela qual o STF já decidiu ser inaplicável o princípio da</p><p>anterioridade.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>21.FGV/Câmara Municipal de Salvador – Advogado Legislativo/2018</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>144</p><p>252</p><p>Conforme previsto na Constituição da República de 1988, deve obediência integral aos princípios</p><p>da legalidade, anterioridade anual e anterioridade nonagesimal, o imposto sobre:</p><p>a) a propriedade de veículos automotores;</p><p>b) a renda e proventos de qualquer natureza;</p><p>c) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos</p><p>ou valores mobiliários;</p><p>d) serviços de qualquer natureza;</p><p>e) a propriedade territorial urbana.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O IPVA deve obediência à legalidade, anterioridade anual, mas a fixação da sua</p><p>base de cálculo constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O IR constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal, devendo</p><p>obediência apenas aos princípios da anterioridade anual e legalidade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O IOF constitui exceção aos princípios da anterioridade anual, nonagesimal e</p><p>legalidade, sendo que, quanto a este último, apenas em relação</p><p>à alteração de suas alíquotas</p><p>dentro dos limites e condições legais. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: O ISS deve obediência aos três princípios constitucionais mencionados no</p><p>enunciado da questão. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: O IPTU deve obediência à legalidade, anterioridade anual, mas a fixação da sua</p><p>base de cálculo constitui exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Além disso, a atualização da sua base de cálculo não observa necessariamente a legalidade:</p><p>Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:</p><p>I - propriedade predial e territorial urbana;</p><p>(...)</p><p>§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o</p><p>imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)</p><p>(...)</p><p>III - ter sua base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em</p><p>lei municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>22.FGV/CODEBA-Analista Portuário/2016</p><p>Em maio de 2015, a União aumentou, por meio de lei, as alíquotas do Imposto sobre Produtos</p><p>Industrializados (IPI) de itens de alimentação e higiene. Sobre essa lei, assinale a afirmativa</p><p>correta.</p><p>a) A lei que majorou as alíquotas do IPI entrará em vigor imediatamente após a sua publicação,</p><p>uma vez que o IPI não está sujeito ao princípio da anterioridade.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>145</p><p>252</p><p>b) A lei que majorou as alíquotas do IPI entrará em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação,</p><p>uma vez que o IPI não está sujeito ao princípio da anterioridade de exercício.</p><p>c) A lei que majorou as alíquotas do IPI entrará em vigor no primeiro dia do exercício financeiro</p><p>de 2016, uma vez que o IPI se submete apenas ao princípio da anterioridade de exercício.</p><p>d) A lei que majorou as alíquotas do IPI poderá ser aplicada a fatos geradores ocorridos antes do</p><p>início da vigência da lei que as aumentou, uma vez que o IPI não se submete ao princípio da</p><p>irretroatividade.</p><p>e) A lei que majorou as alíquotas do IPI entrará em vigor no primeiro dia do exercício de 2016,</p><p>uma vez que o IPI se submete ao princípio da anterioridade de exercício e ao princípio da</p><p>anterioridade nonagesimal.</p><p>Comentário: Como o IPI é imposto que se submete ao princípio da anterioridade nonagesimal,</p><p>mas foi excepcionado do princípio da anterioridade anual, a lei que majorou as alíquotas do IPI</p><p>entrará em vigor 90 dias após a sua publicação.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>23.FGV/Pref. Niterói-RJ-Agente Fazendário/2015</p><p>De acordo com as normas do Sistema Tributário Nacional previstas na Constituição de 1988, é</p><p>vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>a) exigir ou aumentar imposto conforme disposto em lei ordinária;</p><p>b) cobrar tributos do exercício financeiro seguinte àquele em que haja sido publicada a lei que o</p><p>instituiu;</p><p>c) instituir, através de lei, impostos sobre a renda ou serviços uns dos outros;</p><p>d) instituir, através de lei, contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;</p><p>e) instituir taxa pelo exercício de poder de polícia dentro de sua competência material.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Na realidade, o que se veda é a exigência ou amento de tributo sem lei que o</p><p>estabeleça. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A CF/88 vedou a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro àquele em</p><p>que haja sido publicada a lei que o instituiu. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: De fato, embora ainda não tenhamos estudado, a imunidade recíproca impede a</p><p>instituição de impostos sobre a renda ou serviços uns dos outros. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Trata-se exatamente do contrário: a CF autorizou os entes tributantes a instituírem</p><p>contribuição de melhoria decorrente de obras públicas das quais decorra valorização imobiliária.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Não é vedado instituir taxa pelo exercício de poder de polícia, conforme prevê o</p><p>art. 145, II, da CF/88. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>146</p><p>252</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>147</p><p>252</p><p>QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS</p><p>1. VUNESP/TJ SP/2022</p><p>O art. 152 da Constituição Federal dispõe que: “É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos</p><p>Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão</p><p>de sua procedência ou destino”. Este artigo explicita um Princípio Constitucional Tributário, qual</p><p>seja:</p><p>a) Princípio da liberdade de tráfego.</p><p>b) Princípio da uniformidade da tributação da renda.</p><p>c) Princípio da não-discriminação.</p><p>d) Princípio da uniformidade geográfica.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O princípio da liberdade de tráfego consta no art. 150, V, da CF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O princípio da uniformidade da tributação da renda consta no art. 151, II, da CF.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O princípio da não discriminação é justamente o que consta no art. 152, citado na</p><p>questão. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: O princípio da uniformidade geográfica consta no art. 151, I, da CF. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Gabarito: C</p><p>2. VUNESP/Pref Jundiaí-Direito/2022</p><p>Assinale a alternativa que apresenta o princípio do direito tributário correspondente ao trecho a</p><p>seguir, retirado do texto constitucional.</p><p>“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,</p><p>ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) III - cobrar tributos: (...) a) em relação a fatos geradores</p><p>ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado”.</p><p>a) Princípio da legalidade tributária.</p><p>b) Princípio da anterioridade.</p><p>c) Princípio da isonomia.</p><p>d) Princípio da irretroatividade.</p><p>e) Princípio da proibição de confisco.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O princípio da legalidade tributária veda exigir ou aumentar tributo sem lei que o</p><p>estabeleça. Alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>148</p><p>252</p><p>Alternativa B: O princípio da anterioridade veda cobrar tributos no mesmo exercício financeiro</p><p>em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O princípio da isonomia veda instituir tratamento desigual entre contribuintes que</p><p>se encontrem em situação equivalente. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Tal como afirmado na questão, e previsto no art. 150, III, “a”, da CF, o princípio da</p><p>irretroatividade veda cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da</p><p>vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: O princípio da proibição de confisco veda utilizar tributo com efeito de confisco.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: D</p><p>3. VUNESP/CM Orlândia-Procurador /2022</p><p>A respeito das limitações constitucionais ao poder de tributar, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O princípio da legalidade tributária não impede o uso da norma tributária em branco.</p><p>b) O princípio da anterioridade tributária assegura que não será realizada a cobrança de tributo</p><p>sem prévia autorização orçamentária.</p><p>c) O princípio da anterioridade nonagesimal aplica-se a qualquer modificação que altere o valor</p><p>de imposto.</p><p>d) O princípio do não confisco não se aplica às multas tributárias, dado o seu caráter punitivo.</p><p>e) A União, com o objetivo de garantir a supremacia do interesse público, poderá conceder</p><p>isenção de impostos estaduais e municipais.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A norma em branco seria aquela que atribui a regulamentação de algum de seus</p><p>aspectos a decreto do Poder Executivo. De fato, não há óbice a essa regulamentação, desde que</p><p>o decreto não inove a ordem jurídica, ou seja, não extrapole o conteúdo</p><p>legal. Alternativa</p><p>correta.</p><p>Alternativa B: Na realidade, o princípio da anterioridade tributária assegura a necessidade de se</p><p>aguardar um prazo para que se inicie a cobrança de um tributo instituído ou majorado.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O princípio da anterioridade nonagesimal se aplica à instituição ou majoração</p><p>tributos. Logo, não se trata de qualquer modificação. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: De acordo com a jurisprudência do STF, o princípio do não confisco se aplica às</p><p>multas tributárias, sejam elas moratórias ou punitivas. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O princípio da vedação às isenções heterônomas impede que isso aconteça, com</p><p>fulcro no art. 151, III, da CF. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: A</p><p>4. VUNESP/TJ SP/2022</p><p>Sobre as limitações ao Poder de Tributar, é correto afirmar que</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>149</p><p>252</p><p>a) a alteração de alíquotas ou base de cálculo poderá ocorrer por meio de decreto ou atos de</p><p>órgãos do Poder Executivo.</p><p>b) empréstimos compulsórios poderão ser instituídos por medida provisória, a fim de: atender a</p><p>despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua</p><p>iminência; nos casos de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse</p><p>nacional, respeitado o princípio da anualidade.</p><p>c) é defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice</p><p>oficial de correção monetária.</p><p>d) a majoração do tributo pode retroagir a ocorrência do fato gerador, sempre que assim</p><p>determinado por lei.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Como regra, tanto a alteração de alíquotas como a alteração da base de cálculo</p><p>depende de lei. Porém, permite-se que a alteração das alíquotas em alguns casos ocorra por ato</p><p>do Executivo, mas não é a regra. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Os empréstimos compulsórios somente poderão ser instituídos por lei</p><p>complementar. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Trata-se da Súmula 160 do STJ: é defeso (vedado), ao Município, atualizar o IPTU,</p><p>mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária Alternativa</p><p>correta.</p><p>Cabe ressaltar que a EC 132/2023 (Reforma Tributária) incluiu a possibilidade de o IPTU ter sua</p><p>base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em lei</p><p>municipal. Ou seja, o art. 156, § 1º, III, da CF/88, passou a prever expressamente a atualização da</p><p>base de cálculo por meio de ato infralegal.</p><p>Alternativa D: Conforme previsto no art. 150, III, “a”, da CF, o princípio da irretroatividade veda</p><p>cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os</p><p>houver instituído ou aumentado. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: C</p><p>5. VUNESP/UNICAMP/2023</p><p>É correto afirmar a respeito do princípio da legalidade tributária, com base na Constituição</p><p>Federal, que:</p><p>a) impede a cobrança de tributos sobre fatos geradores ocorridos posteriormente à entrada em</p><p>vigor da lei que a autorize.</p><p>b) aplica-se em relação à criação de novos tributos, mas não em relação ao aumento de alíquota</p><p>de tributo já existente.</p><p>c) não é válida a instituição de tributo pelo Poder Executivo, mediante delegação do Poder</p><p>Legislativo.</p><p>d) o Poder Executivo pode reduzir a alíquota de contribuição de intervenção econômica</p><p>incidente sobre combustíveis, mas não pode restabelecê-la ao patamar anterior à redução.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>150</p><p>252</p><p>e) o aspecto pessoal e temporal da regra matriz de incidência tributária independem de</p><p>definição por lei, podendo ser definidos por norma de hierarquia inferior.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Esta vedação se refere ao princípio da irretroatividade. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O princípio da legalidade tributária aplica-se tanto em relação à criação de novos</p><p>tributos como em relação à majoração de tributos já instituídos. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: A instituição de tributo depende de lei, de modo que não é válida a instituição de</p><p>tributo pelo Poder Executivo, mediante delegação do Poder Legislativo. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: A CIDE-Combustíveis pode ser reduzida e restabelecida por ato do Poder</p><p>Executivo. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Todos os aspectos da regra matriz de incidência tributária dependem de definição</p><p>por lei: material, espacial, temporal, pessoal e quantitativo. Afinal, é a “estrutura” da lei</p><p>instituidora do tributo. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: C</p><p>6. VUNESP/ CM Fernandópolis/Jurídico Administrativo/2022</p><p>A Constituição Federal de 1988 limita o poder de tributar do Estado, estabelecendo que os entes</p><p>da Federação não poderão cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido</p><p>publicada a lei que os instituiu ou aumentou.</p><p>Assinale a qual dos seguintes princípios essa previsão se refere.</p><p>a) Princípio da anualidade orçamentária.</p><p>b) Princípio da isonomia.</p><p>c) Princípio da irretroatividade.</p><p>d) Princípio da legalidade.</p><p>e) Princípio da anterioridade.</p><p>Comentário: O princípio apresentado é a anterioridade da lei tributária, também conhecido</p><p>como anterioridade anual ou anterioridade de exercício (ou ainda “geral”). Está consagrado no</p><p>art. 150, III, “b”, da CF:</p><p>Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,</p><p>aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>(...)</p><p>III - cobrar tributos:</p><p>(...)</p><p>b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou</p><p>aumentou; (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)</p><p>Gabarito: E</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>151</p><p>252</p><p>7. VUNESP/Pref Guaratinguetá/Administração/2022</p><p>Suponha que um prefeito tentou instituir uma alíquota de IPTU de 10%. Suponha, também, que</p><p>uma decisão judicial vetou essa alíquota, com argumento que, com ela, em 10 anos o</p><p>contribuinte teria pago o equivalente à propriedade para a Prefeitura. O princípio tributário em</p><p>que, corretamente, se baseou essa decisão é o</p><p>a) da isonomia.</p><p>b) da legalidade.</p><p>c) da irretroatividade.</p><p>d) do não confisco.</p><p>e) da anterioridade.</p><p>Comentário: Veja que a questão destaca o fato de o tributo se tornar muito oneroso ao</p><p>contribuinte, de modo a representar o próprio valor do imóvel. Então, estamos diante do</p><p>princípio do não confisco, previsto no art. 150, IV, da CF:</p><p>Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,</p><p>aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>(...)</p><p>IV - utilizar tributo com efeito de confisco;</p><p>Gabarito: D</p><p>8. VUNESP/Pref Guaratinguetá/Direito/2022</p><p>O princípio tributário da______________não tem previsão expressa no texto constitucional, mas</p><p>pode ser deduzido a partir do princípio do Estado Democrático de Direito e das regras da</p><p>legalidade, anterioridade e irretroatividade.</p><p>Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.</p><p>a) capacidade contributiva</p><p>b) proibição do confisco</p><p>c) imunidade recíproca</p><p>d) isonomia</p><p>e) segurança jurídica</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O princípio da capacidade contributiva encontra-se expresso na CF em seu art.</p><p>145, § 1º. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O princípio da capacidade contributiva encontra-se expresso na CF em seu art.</p><p>150, IV. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: A imunidade tributária recíproca encontra-se expressa na CF em seu art. 150, VI,</p><p>“a”. Alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>152</p><p>252</p><p>Alternativa D: O princípio da isonomia encontra-se expresso na CF em seu art. 150, II. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa E: O princípio da segurança jurídica não se encontra expresso no texto constitucional.</p><p>Como apontado na questão, pode ser deduzido a partir do princípio do Estado Democrático</p><p>de</p><p>Direito e das regras da legalidade, anterioridade e irretroatividade. Alternativa correta.</p><p>Gabarito: E</p><p>9. VUNESP/Pref Guaratinguetá/2022</p><p>O princípio da capacidade contributiva:</p><p>a) incide, de forma obrigatória, nos impostos reais e de forma facultativa nos impostos pessoais.</p><p>b) é implementado por meios de alíquotas progressivas.</p><p>c) impede a implementação de alíquotas progressivas.</p><p>d) incide apenas nos impostos reais e impõe o dever de estabelecer alíquotas progressivas</p><p>limitadas ao percentual máximo previsto em lei complementar federal.</p><p>e) impede o estabelecimento de alíquotas progressivas nos impostos pessoais.</p><p>Comentário: O princípio da capacidade contributiva encontra-se no art. 145, §1º da CF:</p><p>Art. 145:</p><p>(...)</p><p>§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a</p><p>capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente</p><p>para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e</p><p>nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.</p><p>Alternativa A: A própria CF estabelece que sua incidência se dá, sempre que possível. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa B: De fato, o princípio da capacidade contributiva é implementado por meio da</p><p>tributação progressiva. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: Ao contrário do que foi afirmado, o princípio da capacidade contributiva é</p><p>concretizado por meio da tributação progressiva. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Como comentamos, o princípio da capacidade contributiva deve ser aplicado</p><p>sempre que possível aos impostos. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Reiterando o que foi dito nos comentários, o princípio da capacidade contributiva</p><p>deve ser aplicado sempre que possível aos impostos. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: B</p><p>10.VUNESP/CM Jundiaí-Procurador/2022</p><p>No estado da Federação “Y”, o prazo do recolhimento de determinado tributo, estabelecido</p><p>originalmente em decreto, foi alterado mediante novo decreto do Governador na sequência de</p><p>um problema pontual nos sistemas informatizados do estado que impediu a emissão de notas</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>153</p><p>252</p><p>fiscais pelos contribuintes do tributo pelo período de cerca de 10 dias. A mudança foi realizada</p><p>antes do término do prazo ordinário de vencimento do tributo e o seu objetivo foi o de minimizar</p><p>os transtornos aos contribuintes afetados pela falha técnica. A respeito da situação hipotética,</p><p>é correto afirmar, com base na legislação e jurisprudência tributárias, que</p><p>a) a mudança no prazo de recolhimento do tributo não afastará os juros e multa moratórios, uma</p><p>vez que para a aprovação de remissão tributária se faz necessária a aprovação de lei em sentido</p><p>estrito.</p><p>b) a modificação do prazo de recolhimento do tributo, por afetar o aspecto temporal da</p><p>obrigação tributária é causa para incidência das regras constitucionais relativas à anterioridade</p><p>anual e nonagesimal, conforme o tributo.</p><p>c) a norma que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não precisa ser veiculada</p><p>mediante lei em sentido estrito e não se sujeita ao princípio da anterioridade.</p><p>d) o decreto em questão é meramente declaratório, na medida em que o Fisco não poderia</p><p>exigir dos contribuintes o pagamento dos créditos tributários na data usual de vencimento, após</p><p>falha nos seus sistemas informatizados.</p><p>e) a postergação do prazo de pagamento de tributo não vencido por ato do Governador, no</p><p>caso, seria ilegal, pois se trataria de aprovação de moratória tributária, sem prévia aprovação</p><p>legislativa.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A mera alteração no prazo de vencimento do tributo não se caracteriza como</p><p>remissão. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A alteração no prazo de vencimento do tributo não configura sua majoração,</p><p>portanto, não se submete às regras constitucionais relativas à anterioridade anual e nonagesimal.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Como se sabe, da jurisprudência, a norma que altera o prazo de recolhimento de</p><p>obrigação tributária não precisa ser veiculada mediante lei em sentido estrito e não se sujeita ao</p><p>princípio da anterioridade. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Na verdade, não, porque o art. 161, do CTN, prevê que o crédito não</p><p>integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo</p><p>determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de</p><p>quaisquer medidas de garantia. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: A postergação do prazo de pagamento de tributo não se caracteriza, por si só,</p><p>como moratória tributária. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: C</p><p>11.VUNESP/Pref Jundiaí /Contabilidade/2022</p><p>A respeito dos princípios tributários, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O princípio da anterioridade estabelece que é proibido cobrar tributos em relação a fatos</p><p>geradores ocorridos antes do início do instrumento jurídico que os houver instituído ou</p><p>aumentado.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>154</p><p>252</p><p>b) O princípio da competência estabelece que só é possível aumentar tributo, seja pela elevação</p><p>de tarifa, seja pela ampliação da base de cálculo, em virtude de Lei.</p><p>c) O princípio da irretroatividade tributária estabelece que não é possível que um instrumento</p><p>jurídico aumente ou institua um imposto no mesmo ano de sua edição.</p><p>d) O princípio da isonomia tributária estabelece que é proibido instituir tratamento desigual</p><p>entre contribuintes com situação equivalente.</p><p>e) O princípio da representação fidedigna prevê que qualquer subsídio ou isenção, redução da</p><p>base de cálculo, concessão de crédito presumido relativos a tributos só podem ser concedidos</p><p>mediante lei federal.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A definição trazida na assertiva se refere ao princípio da irretroatividade.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A definição trazida na assertiva se refere ao princípio da legalidade. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa C: A definição trazida na assertiva se refere ao princípio da anterioridade anual.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Esta é exatamente a definição do princípio da isonomia tributária, prevista no art.</p><p>150, II, da CF. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: A definição trazida na assertiva se refere ao princípio da legalidade. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Gabarito: D</p><p>12.VUNESP/Pref Piracicaba/Rendas/2022</p><p>Fulano de Tal foi condenado pela prática do ilícito de corrupção passiva, tendo sido provado o</p><p>fato de ter recebido cerca de um milhão de reais para a realização de ato administrativo em favor</p><p>de determinada empresa. Como parte da condenação, Fulano foi obrigado a pagar multa no</p><p>valor de 2x (duas vezes) o montante recebido como propina. Nada obstante, Fulano foi</p><p>surpreendido com autuação pela Receita Federal pelo não pagamento do imposto de renda</p><p>sobre os proventos decorrentes da corrupção. A respeito dessa situação hipotética,</p><p>é correto afirmar, com base na legislação e jurisprudência tributárias, que:</p><p>a) não se pode falar em recebimento de proventos para fins de incidência do imposto de renda,</p><p>considerando que Fulano foi condenado ao pagamento de multa em montante de 2x o valor</p><p>recebido.</p><p>b) o princípio tributário do não confisco prevê a possibilidade de cobrança de tributos sobre</p><p>situações independentemente da sua validade jurídica, mesmo nos casos de fato gerador que se</p><p>refira à situação jurídica.</p><p>c) não há que se falar em incidência de tributos em geral sobre situações consideradas ilícitas,</p><p>tais como a situação de receitas decorrentes do recebimento de propinas por agente público.</p><p>d) por se tratar de imposto sobre produto de ato ilícito, é imprescritível o crédito tributário</p><p>decorrente da autuação apresentada pela Receita Federal.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>155</p><p>252</p><p>e)</p><p>igualdade seria tributar TODOS os contribuintes igualmente, certo? Entretanto, esse</p><p>pensamento não está correto. Vejamos o que a nossa CF fala acerca do princípio da isonomia:</p><p>“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à</p><p>União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação</p><p>equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por</p><p>eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou</p><p>direitos;”</p><p>Antes de analisarmos a norma, quero ressaltar que o princípio da isonomia possui como</p><p>destinatários tanto o legislador (Poder Legislativo) quanto o aplicador da lei (Poder Executivo e Judiciário).</p><p>No primeiro caso, dizemos que se trata da igualdade na lei; no segundo, igualdade perante a lei. Vale dizer,</p><p>o princípio deve ser obedecido não só no momento da elaboração das leis, mas também na sua</p><p>aplicação.</p><p>Observe que, segundo o texto constitucional, é vedado a todos os entes federativos conferir</p><p>tratamento desigual entre pessoas que se encontram em situação equivalente. Note que isso não significa</p><p>tratar a todos igualmente, pois, da mesma forma que é vedado desigualar pessoas que se encontram em</p><p>situações iguais, também é proibido tratar igualmente os contribuintes que são financeiramente desiguais.</p><p>Com efeito, se “A” aufere maiores rendimentos do que “B”, nada mais justo que “A” tenha que arcar</p><p>com o pagamento de valores maiores, a título de tributo. Por outro lado, se duas pessoas podem ser</p><p>consideradas iguais, sob a ótica tributária, nada mais injusto do que tributá-las de maneira diferente.</p><p>Como já vimos na aula anterior, já foi julgado no STF (HC 77.530/RS) a adoção ao princípio do</p><p>pecunia non olet. De acordo com o tribunal, para que não haja ofensa ao princípio da isonomia, os</p><p>rendimentos auferidos com atividades ilícitas devem ser tributados. Isso ocorre porque seria injusto</p><p>tributar quem aufere rendimentos decorrentes de atividades lícitas e não fazer o mesmo com aqueles que</p><p>ganham a vida ilicitamente, concordam?</p><p>Outro aspecto curioso, é o parâmetro utilizado para igualar ou desigualar os contribuintes. Trata-se da</p><p>capacidade contributiva das pessoas, princípio que guarda íntima relação com a isonomia e que, por tal</p><p>motivo, o estudaremos dentro do tópico a seguir.</p><p>O princípio da capacidade contributiva</p><p>Primeiramente, devemos ressaltar que o princípio da capacidade contributiva não se limita a um</p><p>parâmetro de isonomia tributária. Na verdade, ele existe para a busca da justiça na tributação, que pode</p><p>ser considerada, grosso modo, sinônimo de equidade.</p><p>Nesse contexto, surgem duas acepções para a equidade na tributação, quais sejam:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>14</p><p>252</p><p>• Equidade Vertical: contribuintes que possuem capacidade contributiva diferente,</p><p>devem contribuir de forma desigual.</p><p>• Equidade Horizontal: contribuintes que possuem igual capacidade contributiva,</p><p>devem ser tributados de maneira igual.</p><p>Tal princípio foi previsto na CF/88 no art. 145 § 1°, como vemos a seguir:</p><p>“Art. 145: (...):</p><p>§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo</p><p>a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,</p><p>especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os</p><p>direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades</p><p>econômicas do contribuinte.”</p><p>Embora o dispositivo em análise só faça menção aos impostos, o entendimento que o STF (RE 406.955-AgR)</p><p>tem é o de que esse princípio (capacidade contributiva) também pode ser extensível a outras espécies</p><p>tributárias, obedecendo, é claro, as singularidades de cada uma delas.</p><p>Partindo desse pressuposto, a capacidade contributiva é aferida de várias formas, adequando-se aos</p><p>diversos impostos, bem como aos demais tributos, aos quais se aplica o subprincípio.</p><p>A aplicação da capacidade contributiva aos tributos ocorre de maneira distinta.</p><p>Por exemplo, a progressividade ocorre quando a incidência tributária é mais gravosa sobre</p><p>aqueles que possuem maior capacidade contributiva. É o que ocorre com o Imposto de Renda, em que as</p><p>pessoas que auferem maiores rendas contribuem com alíquotas maiores.</p><p>Para facilitar o seu entendimento, note a diferença entre a proporcionalidade e a progressividade. Alíquotas</p><p>progressivas ocorrem quando o percentual a ser aplicado sobre a renda aumenta, à medida que a renda</p><p>aumenta. Já a proporcionalidade está presente quando a mesma alíquota é aplicada sobre qualquer renda.</p><p>Digamos que, hipoteticamente, Antônio receba um salário de R$ 5.000,00, e que Beto</p><p>receba um salário de R$ 10.000,00. Percebe-se facilmente que o salário de Beto é o dobro</p><p>do salário de Antônio, correto? O imposto seria proporcional se incidisse à alíquota de</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>15</p><p>252</p><p>10%, por exemplo, independentemente do salário, isto é, da base de cálculo. Assim, o</p><p>imposto a ser pago por Beto corresponderia ao dobro do imposto a ser pago por Antônio.</p><p>Porém, sendo a tributação progressiva, teríamos algo como uma alíquota de 10% para</p><p>uma classe de salários (como o de Antônio) e 20% para salários mais altos (como o de</p><p>Beto). Nessa linha, Beto acabaria pagando o quadruplo do imposto pago por Antônio, a</p><p>despeito de sua renda ser apenas o dobro. Conseguiu perceber a diferença?</p><p>Atenção! Vale lembrar que os percentuais utilizados acima não correspondem com as</p><p>alíquotas atuais do imposto de renda, e foram utilizados apenas para fins didáticos!</p><p>Quanto a este aspecto, é relevante demonstrarmos o entendimento do STF acerca da</p><p>progressividade dos impostos. Primeiramente, devemos diferenciar os impostos reais dos impostos</p><p>pessoais:</p><p>Impostos reais � São impostos incidentes sobre o patrimônio, desconsiderando as</p><p>características pessoais dos contribuintes.</p><p>Impostos pessoais � São os impostos que estabelecem diferenças tributárias em função</p><p>das condições pessoais de cada contribuinte.</p><p>Com base nessa definição, o STF entendia que a progressividade somente seria aplicável aos</p><p>impostos pessoais, já que os impostos reais não consideram as características pessoais dos contribuintes.</p><p>Em relação a estes, a progressividade somente seria possível se houvesse norma constitucional dispondo</p><p>neste sentido, como atualmente ocorre com o IPTU (imposto municipal) e com o ITR (imposto federal).</p><p>Foi com base nesta linha de raciocínio, que o STF editou a Súmula 656, vedando a progressividade</p><p>das alíquotas do ITBI e, também, a Súmula 668, vedando a progressividade fiscal do IPTU antes de ter sido</p><p>permitida expressamente no texto constitucional, o que só ocorreu com a EC 29/00.</p><p>Vejamos as referidas súmulas abaixo:</p><p>Súmula STF 656 – É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto</p><p>de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel.</p><p>O ITBI, por ser um imposto que incide sobre a transmissão da propriedade, é considerado um</p><p>imposto real, e por esse motivo, o STF vedou a sua progressividade.</p><p>Súmula STF 668 – É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda</p><p>Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o</p><p>cumprimento da função social da propriedade urbana.</p><p>Em relação ao IPTU, precisamos saber que existe duas formas de progressividade das alíquotas</p><p>desse imposto: a progressividade extrafiscal, que tem por finalidade assegurar o cumprimento da função</p><p>social da propriedade urbana, e a progressividade fiscal, estabelecida unicamente com base no valor do</p><p>imóvel.</p><p>A progressividade extrafiscal (também conhecida como progressividade em razão do tempo sem</p><p>que seja dado o adequado aproveitamento ao imóvel urbano) existe desde a promulgação da CF/88,</p><p>o princípio do non olet estabelece a possibilidade de cobrança de tributos sobre situações</p><p>independentemente da sua validade jurídica, tais como na situação de rendas decorrentes da</p><p>corrupção.</p><p>Comentário:</p><p>Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:</p><p>I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou</p><p>terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;</p><p>II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.</p><p>Em decorrência do exposto, o princípio do non olet estabelece a possibilidade de cobrança de</p><p>tributos sobre situações independentemente da sua validade jurídica, tais como na situação de</p><p>rendas decorrentes da corrupção.</p><p>Vale lembrar que tal princípio decorre da isonomia tributária, isto é, conceder tratamento</p><p>imparcial aos contribuintes.</p><p>Gabarito: E</p><p>13.VUNESP/DAE Bauru /2022</p><p>Em relação à afirmação: “Inexiste, na Constituição Federal de 1988, reserva de iniciativa para leis</p><p>de natureza tributária, inclusive para as que concedem renúncia fiscal.”, é correto afirmar que</p><p>a) está integralmente em conformidade com o texto constitucional e com a jurisprudência do</p><p>Supremo Tribunal Federal.</p><p>b) não corresponde ao texto constitucional, pois a Constituição reserva ao Chefe do Poder</p><p>Executivo o início do processo legislativo em matéria tributária.</p><p>c) não corresponde ao texto constitucional, pois a Constituição reserva ao Chefe do Poder</p><p>Executivo o início do processo legislativo que objetive a criação de benefício de ordem fiscal.</p><p>d) estava correta até o ano de 2000, quando a Lei Complementar nº 101/2000 estabeleceu a</p><p>proibição de aprovação de lei de iniciativa do Poder Legislativo veiculando benefício fiscal.</p><p>Comentário: As leis de natureza tributária, e mesmo aquelas que concedem benefícios fiscais</p><p>(renúncia fiscal) não possuem reserva de iniciativa. Assim, um projeto de lei sobre a matéria pode</p><p>ser apresentado pelo Chefe do Executivo ou mesmo pelo Poder Legislativo.</p><p>Gabarito: A</p><p>14.VUNESP/EBSERH-Advogado/2020</p><p>É correta a correlação entre o princípio jurídico da tributação e o dispositivo constitucional</p><p>contida na alternativa:</p><p>a) parafiscalidade – possibilidade de estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou</p><p>bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.</p><p>b) legalidade – proibição à utilização de tributo com efeito de confisco.</p><p>c) irretroatividade – vedação à cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes</p><p>do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>156</p><p>252</p><p>d) anualidade – vedação à exigência ou aumento de tributo sem lei que o estabeleça.</p><p>e) hierarquia federativa – possibilidade de a União instituir isenções de tributos da competência</p><p>dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A afirmação tem relação com o princípio da liberdade de tráfego, previsto no art.</p><p>150, V, da CF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A afirmação tem relação com o princípio do não confisco, previsto no art. 150, IV,</p><p>da CF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Como apontado na questão, a afirmação tem relação com o princípio da</p><p>irretroatividade, previsto no art. 150, III, a, da CF. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: A afirmação tem relação com o princípio da legalidade, previsto no art. 150, I, da</p><p>CF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: A afirmação tem relação com o princípio da vedação às isenções heterônomas,</p><p>previsto no art. 151, III, da CF. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: C</p><p>15. FGV/SEF-MG-Auditor Fiscal/2023</p><p>O princípio da anterioridade nonagesimal, previsto no Art. 150, inciso III, alínea c, da Constituição</p><p>Federal de 1988, importante por trazer segurança para os contribuintes e permitir um</p><p>planejamento tributário, não se aplica a todos os impostos.</p><p>Quanto aos impostos já instituídos pela União, assinale a opção que apresenta os que devem</p><p>observar o princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>A) Imposto sobre Produtos Industrializados / Imposto sobre Propriedade Territorial Rural.</p><p>B) Imposto sobre Exportação para o Exterior de produtos nacionais ou nacionalizados / Imposto</p><p>sobre Propriedade Territorial Rural.</p><p>C) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou valores</p><p>mobiliários / Imposto sobre Propriedade Territorial Rural.</p><p>D) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros / Imposto sobre Produtos</p><p>Industrializados.</p><p>E) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros / Imposto sobre Exportação para o</p><p>Exterior de produtos nacionais ou nacionalizados.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Tanto o IPI como o ITR devem observar o princípio da anterioridade nonagesimal.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: O ITR deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o IE não.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>157</p><p>252</p><p>Alternativa C: O ITR deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o IOF não.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: O IPI deve observar o princípio da anterioridade nonagesimal, mas o II não.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Nenhum dos dois impostos (II e IE) deve observar o princípio da anterioridade</p><p>nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>16. FGV/RFB-Analista Tributário/2023</p><p>Decreto do Presidente da República publicado no Diário Oficial da União, em 05/12/2022,</p><p>reduziu a alíquota de IPI incidente sobre determinado produto, estabelecendo que produziria</p><p>seus efeitos a partir de 15/12/2022.</p><p>Acerca desse cenário, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) Decreto do Presidente da República não poderia alterar a alíquota de IPI.</p><p>B) A alteração de alíquota do IPI somente poderia ser feita por lei ordinária.</p><p>C) A produção de efeitos de tal Decreto não poderia ocorrer nem antes do exercício financeiro</p><p>seguinte, nem antes de decorridos noventa dias da data da publicação do Decreto.</p><p>D) A produção de efeitos de tal Decreto poderia ocorrer antes do exercício financeiro seguinte,</p><p>mas não antes de decorridos noventa dias da data da publicação do Decreto.</p><p>E) A produção de efeitos de tal Decreto poderia ocorrer a partir de 15/12/2022.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: As alíquotas do IPI podem ser alteradas por ato do Poder Executivo (decreto).</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Como informado acima, as alíquotas do IPI podem ser alteradas por ato do Poder</p><p>Executivo (decreto). Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Como se trata de uma redução da carga tributária (redução de alíquota do IPI), é</p><p>possível que os efeitos ocorram a partir da sua publicação. Portanto, não há tal vedação.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Já foi dito que, por se tratar de uma redução da carga tributária (redução de</p><p>alíquota do IPI), é permitido que os efeitos ocorram a partir da sua publicação. Portanto, não há</p><p>tal vedação. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: De fato, por se tratar de uma redução da carga tributária, a produção de efeitos de</p><p>tal Decreto poderia ocorrer a partir de 15/12/2022. Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>17. FGV/RFB-Auditor Fiscal/2023</p><p>Lei federal instituidora do Conselho Federal de certa profissão regulamentada estatuiu que a</p><p>Diretoria da entidade poderia fixar o valor a ser cobrado a título de anuidades a serem pagas</p><p>pelos profissionais vinculados a tal Conselho, limitado a um teto de até R$ 500,00. Também</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>158</p><p>252</p><p>estabeleceu que a fiscalização e a arrecadação de tais anuidades seriam feitas pelos próprios</p><p>funcionários deste Conselho, contratados pelo regime da CLT.</p><p>Acerca desse cenário, é correto afirmar que tal lei federal</p><p>A) violou o princípio da legalidade tributária ao conferir à Diretoria deste Conselho Profissional o</p><p>poder de fixar o valor das anuidades.</p><p>e você</p><p>pode encontrar esta regra no art. 182, § 4º, da CF/88. Já a progressividade fiscal somente foi prevista no</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>16</p><p>252</p><p>texto constitucional pela Emenda Constitucional 29/2000. Antes disso, só havia a progressividade</p><p>extrafiscal.</p><p>Foi em razão disso que o STF decidiu que, antes da EC 29/00, somente poderia haver</p><p>progressividade extrafiscal. Entendido até aqui? O que vimos até o momento é importante, pois tais</p><p>súmulas não foram canceladas, razão pela qual, se cobradas na íntegra, devem ser consideradas como</p><p>corretas.</p><p>Contudo, em 2013, o STF demonstrou estar alterando seu entendimento, ao julgar o RE 562.045,</p><p>relativamente à progressividade das alíquotas do ITCMD, típico imposto real. Vejamos:</p><p>(...)</p><p>Transcrição parcial do voto da Min. Ellen Gracie:</p><p>“Por revelar efetiva e atual capacidade contributiva inerente ao acréscimo patrimonial, o</p><p>imposto sobre transmissão “causa mortis”, também conhecido como imposto sobre heranças ou</p><p>sobre a sucessão, é um imposto que bem se vocaciona à tributação progressiva.”</p><p>(STF, RE 562.045/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 06/02/2013, publicado em</p><p>27/11/2013)</p><p>Com a publicação da Emenda Constitucional 132/2023 (Reforma Tributária), a CF passou a exigir que o</p><p>ITCMD seja progressivo. Senão, vejamos:</p><p>Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação</p><p>dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)</p><p>I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;(Redação dada pela</p><p>Emenda Constitucional nº 3, de 1993)</p><p>(...)</p><p>§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de</p><p>1993)</p><p>(...)</p><p>VI - será progressivo em razão do valor do quinhão, do legado ou da doação; (Incluído</p><p>pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>O posicionamento acima do STF continua sendo relevante, para entendermos que a Suprema Corte tem a</p><p>sua jurisprudência seguindo essa linha.</p><p>Afinal, em 2016, o STF caminhou ainda mais em direção à progressividade das alíquotas no momento em</p><p>que, ao julgar as ADIs 4697/DF e 4762/DF, foi observado pelo relator Min. Edson Fachin, que a</p><p>progressividade deve incidir sobre todas as espécies tributárias, à luz da capacidade contributiva do</p><p>contribuinte. De acordo com o eminente ministro, a progressividade e a capacidade contributiva são os</p><p>fundamentos normativos do Sistema Tributário Nacional.</p><p>E a jurisprudência não para por aqui! Precisamos comentar ainda o caso do ITR (Imposto Territorial</p><p>Rural), que é um imposto semelhante ao IPTU (Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana), porém</p><p>incidente sobre os imóveis rurais.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>17</p><p>252</p><p>O caso do ITR tem relação com a redação original da CF/88 só estabelecia que o ITR deveria ter suas</p><p>alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas, não fazendo</p><p>qualquer referência à progressividade com base na área do imóvel.</p><p>Porém, a Lei 9.393/1996, que instituiu o referido imposto (ITR), estabeleceu alíquotas progressivas,</p><p>considerando a área do imóvel e o seu grau de utilização. Em termos simplificados, a lei estabeleceu uma</p><p>tabela de alíquotas, que prevê maiores alíquotas para imóveis com menor grau de utilização (como já</p><p>previa a CF/88, em seu texto original). Mas a referida tabela também considera a área do imóvel, ou seja,</p><p>imóveis maiores, são tributados com alíquotas maiores. Basicamente, temos uma relação direta das</p><p>alíquotas com a área do imóvel (progressividade), e uma relação inversa das alíquotas do imposto com o</p><p>grau de utilização do imóvel (com o objetivo de desestimular as grandes propriedades improdutivas).</p><p>Posteriormente, com a EC 42/03, o texto constitucional passou a prever a progressividade expressa para o</p><p>ITR, mas o que queremos ressaltar neste ponto da aula é que o STF também apreciou a suposta</p><p>inconstitucionalidade da Lei 9.393/96, com base na redação original do texto constitucional (sem</p><p>progressividade expressa).</p><p>Assim, a Suprema Corte, ao julgar o RE 1.038.357 AgR/SP, decidiu pela constitucionalidade da Lei</p><p>9.393/96, mesmo se considerada a redação originária da CF/88, sustentando a irrelevância da classificação</p><p>do imposto como pessoal ou real para ser progressivo.</p><p>Em suma, como comentamos, a despeito da evolução no entendimento da Suprema Corte, as súmulas</p><p>continuam em vigor, de modo que, recomendamos considerá-las corretas, caso sejam cobradas em prova.</p><p>Por outro lado, se a mencionar a progressividade alcança outras espécies tributárias, também está</p><p>correta.</p><p>A EC 132/2023 também passou a permitir que o IPVA de certo modo seja progressivo, considerando o valor</p><p>do automóvel. Vamos explicar melhor: anteriormente, o IPVA poderia ter suas alíquotas diferenciadas em</p><p>razão do tipo ou da utilização do veículo.</p><p>A referida emenda constitucional passou a permitir essa diversificação de alíquotas, considerando diversos</p><p>outros fatores, quer seriam: tipo, do valor, da utilização e do impacto ambiental. Ora, diversificar com base</p><p>no valor do veículo pode tornar o imposto progressivo.</p><p>� Súmulas 656 e 668 – que impedem a progressividade do ITBI e do IPTU</p><p>(progressividade fiscal antes da EC 29/00) – ainda estão válidas e devem ser consideradas</p><p>corretas.</p><p>ITCMD será progressivo, por determinação constitucional (Art. 155, § 1º, VI, da CF)</p><p>� O IPVA pode ter alíquotas diferenciadas conforme o valor do veículo.</p><p>� Jurisprudência mais recente:</p><p>-O ITR pode ser progressivo;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>18</p><p>252</p><p>-A progressividade pode ser utilizada em todas as espécies tributárias.</p><p>Deve-se considerar também que, para o STF (AI 583.636-MS), a adequação do tributo de acordo com a</p><p>capacidade contributiva não é obtida apenas como a alteração de alíquotas, mas, também, pode ser</p><p>concretizada por meio do escalonamento das bases de cálculo. Como assim?</p><p>A base de cálculo do IPTU, por exemplo, é o valor venal do imóvel. Contudo, para se chegar ao valor venal,</p><p>vários critérios são utilizados pelos municípios. Um dos critérios poderia ser o tipo de construção (precário,</p><p>popular, médio, fino e luxo). Ou seja, à medida que o padrão da construção aumenta, haverá consequente</p><p>escalonamento da base de cálculo. Como o tributo é calculado multiplicando-se a base de cálculo pela</p><p>alíquota, de acordo com a Suprema Corte, trata-se de “índice hábil à mensuração da frivolidade ou da</p><p>essencialidade do bem, além de lhe conferir mais matizes para definição da capacidade contributiva”.</p><p>Observação: Valor venal é o valor pelo qual o imóvel é comercializado, com pagamento à</p><p>vista, em condições normais de mercado. Para o estabelecimento desse valor, os</p><p>Municípios normalmente consideram os seguintes fatores: tamanho do terreno,</p><p>localização do terreno, área construída, tipo de acabamento.</p><p>A capacidade contributiva pode ser mensurada não só pela aplicação de diferentes</p><p>alíquotas, mas também pelo escalonamento da base de cálculo.</p><p>Voltando nossa análise do art. 145, o dispositivo confere alguns poderes à administração tributária</p><p>para que ela seja capaz de aplicar o princípio da capacidade contributiva com efetividade. Dessa forma, é</p><p>facultado a ela identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.</p><p>Observação: Perceba que tal poder não é ilimitado, já que devem ser respeitados os</p><p>direitos individuais dos contribuintes, e nos termos da lei.</p><p>Princípio da Isonomia e a Jurisprudência</p><p>Agora que já estudamos o princípio da isonomia, vamos trabalhar os entendimentos que os tribunais vêm</p><p>adotando acerca desse princípio:</p><p>• Fere o princípio da isonomia a discriminação com base na função ou ocupação exercida (STF,</p><p>AI 157.871-AgR)</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 -</p><p>ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>19</p><p>252</p><p>No caso concreto, o contribuinte estava requerendo isenção de IPTU, em decorrência de ser</p><p>funcionário público. Note que o próprio art. 150, II, da CF/88, proíbe qualquer distinção em razão da</p><p>ocupação profissional ou função exercida.</p><p>Nesse rumo, o STF também já considerou inconstitucional lei complementar estadual que isenta</p><p>os membros do Ministério Público do pagamento de custas judiciais, notariais, cartorárias e quaisquer</p><p>taxas ou emolumentos (ADI 3.260).</p><p>• Não fere o princípio da isonomia o tratamento desigual a microempresas (ME) e empresas</p><p>de pequeno porte (EPP) cujos sócios têm condição de disputar o mercado de trabalho sem</p><p>assistência do Estado (ADI 1.643, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 5-12-2002, Plenário, DJ</p><p>de 14-3-2003.)</p><p>Vejamos inicialmente o que estabelece o art. 179, da CF/88:</p><p>Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às</p><p>microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento</p><p>jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações</p><p>administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução</p><p>destas por meio de lei.</p><p>Com base na norma constitucional, em 1996, foi editada a Lei 9.317/96, instituindo o Sistema</p><p>Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das microempresas e empresas de pequeno porte</p><p>(SIMPLES), conferindo tratamento diferenciado, simplificado e favorecido às ME e EPP.</p><p>Contudo, nem todos os micro e pequenos empresários estavam aptos a ingressarem no SIMPLES,</p><p>haja vista a vedação do art. 9º, XIII, desta norma, impedindo as empresas de profissionais liberais</p><p>(corretores, médicos, dentistas, veterinários, engenheiros etc.) de optarem pelo regime diferenciado.</p><p>Esse foi o motivo pelo qual a Confederação Nacional das Profissões Liberais ajuizou ADI perante o</p><p>STF, com base na justificativa de que a exclusão dessas empresas estaria ofendendo o princípio da</p><p>isonomia.</p><p>O STF se manifestou no sentido de que tais profissionais têm condições de disputar o mercado de</p><p>trabalho sem assistência do Estado, isto é, sem gozarem de tratamento favorecido, como as demais</p><p>empresas. São profissionais com preparo científico, técnico e profissional, não sofrendo impacto causado</p><p>pelas grandes empresas, tal como ocorre com um pequeno supermercado, por exemplo.</p><p>A Lei 9.317/96 foi revogada pela Lei Complementar 123/2006!</p><p>Com o advento da EC 42/03, incluindo a alínea “d” ao inciso III, do caput do art. 146, da</p><p>CF/88, passou a ser exigido lei complementar para dispor sobre o tratamento diferenciado</p><p>e favorecido às ME e EPP. O objetivo foi estabelecer que uma lei complementar nacional</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>20</p><p>252</p><p>dispusesse sobre as normas gerais a respeito desse tema, visando conferir uniformidade</p><p>ao tratamento diferenciado.</p><p>Com isso, em 1º de Julho de 2007, ocorreu a revogação da Lei 9.317/96 pela LC 123/2006,</p><p>instituindo o Simples Nacional. Esta lei complementar continuou excluindo os</p><p>profissionais liberais da sistemática desse regime tributário diferenciado, com base no seu</p><p>art. 17, XI.</p><p>Foi apenas com a edição da LC 147/2014, responsável por diversas alterações na LC</p><p>123/2006, que ocorreu a efetiva revogação do inciso XI, de forma que, atualmente, os</p><p>profissionais liberais passaram a poder optar pelo Simples Nacional.</p><p>De qualquer modo, a jurisprudência acima pode vir a ser cobrada na sua prova, ao tratar</p><p>do princípio da isonomia. Evidentemente, se a questão estiver versando sobre o Simples</p><p>Nacional, sua resposta se pautará na mais recente alteração, que permite a opção de</p><p>tais empresas pelo Simples Nacional.</p><p>• Não fere o princípio da isonomia quando a lei estimula a contratação de empregados com</p><p>determinadas características (por exemplo, idade mais elevada), por meio de incentivos fiscais (ADI</p><p>1.276, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 28-8-2002.)</p><p>No caso concreto, a Assembleia Legislativa de SP, por motivos extrafiscais, criou incentivo fiscal para</p><p>estimular a contratação de empregados com mais de quarenta anos de idade. De acordo com a Suprema</p><p>Corte, tais normas não ferem o princípio da isonomia.</p><p>• Não fere o princípio da isonomia a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades</p><p>financeiras, no que se refere à contribuição previdenciária sobre a folha de salários. (AC 1.109-MC,</p><p>Rel. p/ o ac. Min. Ayres Britto, julgamento em 31-5-2007, Plenário, DJ de 9-10-2007.)</p><p>Realmente, não há que se falar em conflito com o princípio da isonomia neste caso, já que o art.</p><p>195, § 9º, da Constituição prevê que as contribuições sociais a cargo do empregador poderão ter suas</p><p>alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, dependendo, entre outras características, do porte da empresa</p><p>ou da condição estrutural do mercado de trabalho.</p><p>• Não afronta o princípio da isonomia norma que proíbe a adoção do regime de admissão</p><p>temporária para as operações de importação amparadas por arrendamento mercantil. (RE</p><p>429.306/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 16/3/11)</p><p>De acordo com a Lei 6.099/74, “a entrada no território nacional dos bens objeto de arrendamento</p><p>mercantil, contratado com entidades arrendadoras domiciliadas no exterior, não se confunde com o regime</p><p>de admissão temporária”.</p><p>Consoante a Suprema Corte, “o arrendamento mercantil foi adotado no Brasil para que os interessados</p><p>possam usufruir de suas virtudes intrínsecas, mas não para que obtenham tratamento fiscal mais</p><p>benéfico, se comparado ao previsto em relação às operações de compra e venda financiada”.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>21</p><p>252</p><p>O que seria o arrendamento mercantil e qual a sua relação com o regime de admissão</p><p>temporária?</p><p>A Lei 6.099/74 vedou as pessoas que estejam realizando operações de arrendamento</p><p>mercantil (leasing) se valerem dos benefícios da admissão temporária (suspensão do</p><p>pagamento dos tributos na importação temporária de bens do exterior). As operações de</p><p>arrendamento mercantil consistem basicamente naquelas em que o bem é "locado" ao</p><p>arrendatário, ficando este obrigado ao pagamento de parcelas. Ao final do contrato, o</p><p>arrendatário pode devolver o bem, arrendá-lo novamente ou adquiri-lo, pagando apenas</p><p>um valor residual (valor este muitas vezes insignificante em relação ao valor do produto).</p><p>Então, na prática, os arrendatários acabam por adquirir o bem arrendado ao final do</p><p>contrato. Portanto, embora não haja transferência do bem coma realização do contrato</p><p>de arrendamento mercantil, o objetivo final é internalizar o produto definitivamente no</p><p>Brasil. Entendemos que foi esse o motivo pelo qual o legislador proibiu o regime de</p><p>admissão temporária para tais operações.</p><p>Dito isso, você precisa entender que o STF decidiu que essa vedação não viola o princípio</p><p>da isonomia, já que tem por objetivo evitar que o leasing se torne opção por excelência,</p><p>devido às virtudes tributárias, e não em razão da função social e do escopo empresarial</p><p>que a avença tem.</p><p>• Não afronta o princípio da isonomia a vedação de importação de automóveis usados, sob a</p><p>alegação de a União estar atuando contra as pessoas de menor capacidade econômica (STF, RE</p><p>312.511, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ de 28.06.2002)</p><p>A proibição de importação de veículos usados consta na Portaria n° 8/91 do Departamento de</p><p>Operações de Comércio Exterior (DECEX) e não pode ser considerada como discriminação, tendo em vista</p><p>que está de acordo com os interesses fazendários. Afinal de contas, o art. 237 da CF/88 delega a</p><p>competência de controle do comércio exterior ao Ministério da Fazenda.</p><p>Princípio da Capacidade Contributiva e o Sigilo Bancário</p><p>Na segunda parte do § 1°, do art. 145, da CF/88, ao tratar do princípio da capacidade contributiva,</p><p>foi dito que é “facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses</p><p>objetivos,</p><p>identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e</p><p>as atividades econômicas do contribuinte.”</p><p>Com base nesse dispositivo, a LC 105/2001 estabeleceu o seguinte:</p><p>Art. 6o As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito</p><p>Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros e registros de</p><p>instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações</p><p>financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>22</p><p>252</p><p>curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa</p><p>competente.</p><p>Isso significa que as autoridades e os agentes fiscais tributários, sejam eles da União, dos Estados,</p><p>do DF ou dos Municípios podem examinar as informações bancárias do contribuinte, independentemente</p><p>de ordem judicial nesse sentido, bastando que haja processo administrativo instaurado ou procedimento</p><p>fiscal em curso e que tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa</p><p>competente.</p><p>Essa previsão foi levada ao Judiciário, tendo em vista que os interesses arrecadatórios parecem</p><p>suprimir os direitos individuais relativos à proteção da intimidade e da vida privada das pessoas. O tema</p><p>gerou forte controvérsia jurisprudencial.</p><p>Somente em fevereiro de 2016, o STF pôs fim às controvérsias. A Suprema Corte concluiu o</p><p>julgamento de um conjunto de cinco processos (RE 601.314 e ADIs 2859, 2390, 2386 e 2397) que</p><p>questionavam dispositivos da LC 105/01. Por maioria de votos, prevaleceu o entendimento de que a</p><p>previsão da referida lei complementar não resulta em quebra de sigilo bancário, mas, sim, na</p><p>transferência de sigilo da órbita bancária para a fiscal, ambas protegidas contra o acesso de terceiros. A</p><p>transferência de informações é feita dos bancos ao Fisco que tem o dever de preservar o sigilo dos dados.</p><p>Portanto, não há ofensa à Constituição Federal.</p><p>De acordo com a jurisprudência do STF, as autoridades fiscais podem requisitar aos</p><p>bancos as informações financeiras dos contribuintes, sem prévia autorização judicial.</p><p>(Pref Fortaleza-Auditor/2023) No que se refere ao sistema tributário brasileiro e aos princípios da</p><p>tributação, julgue o item a seguir.</p><p>A cobrança dos impostos deve, sempre que possível, ter caráter pessoal, onerando mais pessoas com maior</p><p>capacidade de pagamento.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 145, § 1º, da CF, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal</p><p>e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,</p><p>especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e</p><p>nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.</p><p>Gabarito: Certo</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>23</p><p>252</p><p>(MPE-CE-Promotor de Justiça/2020) É vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes que se</p><p>encontrem em situação equivalente, salvo se a distinção se der em razão da sua ocupação profissional.</p><p>Comentário: O princípio da isonomia tributária, previsto no art. 150, II, da CF/88, veda o tratamento</p><p>desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, veda, ainda, a distinção em razão</p><p>da sua ocupação profissional.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>(Pref. Campinas-SP-Procurador/2016) Acerca dos princípios consagrados pela Constituição Federal, é</p><p>correto afirmar: Os entes da Federação não podem instituir tratamento desigual entre contribuintes que se</p><p>encontrem em situação equivalente, admitindo-se, entretanto, levar em conta a distinção em razão de</p><p>ocupação profissional ou função por eles exercida.</p><p>Comentário: O que estabelece o princípio da isonomia, consagrado no art. 150, II, da CF/88, é que os entes</p><p>federados não podem instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação</p><p>equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,</p><p>independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>(Pref. Campinas-SP-Procurador/2016) Acerca dos princípios consagrados pela Constituição Federal, é</p><p>correto afirmar: Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a</p><p>capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir</p><p>efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o</p><p>patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.</p><p>Comentário: Trata-se do princípio da capacidade contributiva, consignado no art. 145, § 1º, da CF/88:</p><p>Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade</p><p>econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a</p><p>esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os</p><p>rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. A assertiva cobrou a literalidade do dispositivo e,</p><p>por tal motivo, deve ser considerada correta.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>Princípio do Não Confisco</p><p>Dando continuidade ao estudo dos princípios constitucionais tributários, veremos agora o Princípio do Não</p><p>Confisco, previsto no art. 150, IV, da CF/88 (acompanhe na sua Constituição Federal). Na realidade, embora</p><p>majoritariamente conhecido por princípio do não confisco, o que a Constituição quis proteger foi a</p><p>tributação com efeito confiscatório, que é diferente do confisco em si.</p><p>Veja que confiscar bens significa aplicar pena de perdimento nos bens dos contribuintes. Tendo em</p><p>vista que a perda de bens é considerada uma punição pela própria Magna Carta (art. 5°, XLVI, “b”), o</p><p>tributo não poderia ser confiscatório, pois o art. 3° do CTN assevera que o tributo não constitui sanção</p><p>por ato ilícito.</p><p>Então, o que seria a tributação com efeito confiscatório? Ora, seria uma sobrecarga de tributos, de</p><p>tal forma que se assemelhe a uma punição, pois o Estado estaria absorvendo boa parte da riqueza gerada</p><p>pelos contribuintes.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>24</p><p>252</p><p>Destaque-se que, para Luciano Amaro1, o princípio da vedação ao confisco atua em conjunto com o</p><p>princípio da capacidade contributiva, pois ambos visam preservar a capacidade econômica do contribuinte.</p><p>Agora que já sabemos o que é efeito de confisco, resta-nos saber quando se configura a verdadeira</p><p>tributação com efeito confiscatório. A principal informação que temos que gravar aqui é que se trata de um</p><p>conceito indeterminado. Diante disso, muitas vezes o Judiciário se vale dos princípios da razoabilidade ou</p><p>proporcionalidade para conseguir enquadrar a situação no verdadeiro efeito confiscatório.</p><p>De qualquer modo, para o Supremo Tribunal Federal, a caracterização do efeito confiscatório deve</p><p>ser obtida analisando a totalidade de tributos a que um contribuinte está submetido, dentro de</p><p>determinado período, em relação à mesma pessoa política. Ou seja, se o objetivo é descobrir se</p><p>determinado imposto federal está sendo utilizado com efeito de confisco, há que se verificar todo o ônus</p><p>tributário com que certo contribuinte arca em relação à União.</p><p>Observação:</p><p>Princípio do não confisco: Totalidade da carga tributária / Mesma pessoa política</p><p>(União, por exemplo).</p><p>Em relação aos tributos vinculados, como as taxas, para o STF (ADI-MC-QO 2.551/MG), a análise a ser feita</p><p>é entre a relação do custo do serviço prestado ao contribuinte e o que foi efetivamente cobrado dele.</p><p>Nesses casos, o princípio objetiva evitar a onerosidade excessiva da atividade prestada pelo Estado.</p><p>Foi também considerando essa direção argumentativa que o Supremo</p><p>(ADI 6211/AP) declarou</p><p>inconstitucional uma lei do Estado do Amapá que instituiu a Taxa de Controle, Acompanhamento e</p><p>Fiscalização das Atividades de Exploração e Aproveitamento de Recursos Hídricos (TFRH), já que o valor do</p><p>tributo cobrado era muito superior ao custo da atividade estatal a ser remunerada (atividade de</p><p>fiscalização ou, como sabemos, poder de polícia).</p><p>No julgamento da ADI 2.078/PB, o STF também decidiu ser constitucional, não havendo ofensa ao princípio</p><p>da vedação ao efeito confiscatório, a utilização do valor da causa como base de cálculo das taxas</p><p>judiciárias, havendo a fixação de valores máximos para o tributo cobrado.</p><p>Cumpre-nos ressaltar que, embora não se trate de tributo, as multas tributárias também estão</p><p>sujeitas ao princípio do não confisco. Esse é o entendimento adotado pelo STF (ADI 551/RJ):</p><p>EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. §§ 2.º E 3.º DO ART. 57 DO ATO DAS</p><p>DOSPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE</p><p>JANEIRO. FIXAÇÃO DE VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO-RECOLHIMENTO E</p><p>SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ESTADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 150 DA CARTA DA</p><p>REPÚBLICA. A desproporção entre o desrespeito à norma tributária e sua conseqüência</p><p>jurídica, a multa, evidencia o caráter confiscatório desta, atentando contra o patrimônio do</p><p>contribuinte, em contrariedade ao mencionado dispositivo do texto constitucional federal.</p><p>Ação julgada procedente.</p><p>(STF, ADI 551/RJ, Plenário, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em 24/10/2002)</p><p>Quanto a este tema, precisamos ressaltar a jurisprudência do STF quanto ao limite da multa em</p><p>relação ao valor do tributo:</p><p>1 AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 20ª Edição. 2014. Pág. 270.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>25</p><p>252</p><p>Ementa: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM</p><p>AGRAVO. MULTA PUNITIVA DE 120% REDUZIDA AO PATAMAR DE 100% DO VALOR DO TRIBUTO.</p><p>ADEQUAÇÃO AOS PARÂMETROS DA CORTE.</p><p>1. A multa punitiva é aplicada em situações nas quais se verifica o descumprimento voluntário</p><p>da obrigação tributária prevista na legislação pertinente. É a sanção prevista para coibir a burla</p><p>à atuação da Administração tributária. Nessas circunstâncias, conferindo especial destaque ao</p><p>caráter pedagógico da sanção, deve ser reconhecida a possibilidade de aplicação da multa em</p><p>percentuais mais rigorosos, respeitados os princípios constitucionais relativos à matéria.</p><p>2. A Corte tem firmado entendimento no sentido de que o valor da obrigação principal deve</p><p>funcionar como limitador da norma sancionatória, de modo que a abusividade revela-se nas</p><p>multas arbitradas acima do montante de 100%. Entendimento que não se aplica às multas</p><p>moratórias, que devem ficar circunscritas ao valor de 20%. Precedentes. 3. Agravo interno a</p><p>que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 557, § 2º, do CPC/1973.</p><p>(STF, ARE 938.538 AgR/ES, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, Julgamento em</p><p>30/09/2016)</p><p>O princípio da vedação ao efeito de confisco também é aplicável às multas tributárias</p><p>(tanto moratórias como punitivas). No entanto, as multas não se confundem com</p><p>tributos (aprendemos isso na aula anterior).</p><p>Limite estabelecido pelo STF para a multa punitiva: 100% do valor do tributo</p><p>Limite estabelecido pelo STF para a multa moratória: 20% do valor do tributo</p><p>Existe ainda outro julgado bastante interessante, envolvendo análise de constitucionalidade de norma que</p><p>impôs aplicação de multa de 300% ao contribuinte por descumprimento da legislação tributária:</p><p>E M E N T A: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI Nº 8.846/94 EDITADA PELA UNIÃO</p><p>FEDERAL(...)</p><p>É cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de o Supremo Tribunal</p><p>Federal examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio constitucional da</p><p>não-confiscatoriedade consagrado no art. 150, IV, da Constituição da República. Hipótese que</p><p>versa o exame de diploma legislativo (Lei 8.846/94, art. 3º e seu parágrafo único) que instituiu</p><p>multa fiscal de 300% (trezentos por cento). - A proibição constitucional do confisco em matéria</p><p>tributária - ainda que se trate de multa fiscal resultante do inadimplemento, pelo contribuinte,</p><p>de suas obrigações tributárias - nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de</p><p>qualquer pretensão governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>26</p><p>252</p><p>apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes,</p><p>comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma</p><p>existência digna, ou a prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de</p><p>suas necessidades vitais básicas.</p><p>(...)</p><p>(STF, ADI 1075 MC/DF, Plenário, Rel. Min. Celso de Mello, Julgamento em 17/06/1998)</p><p>Observação: O controle abstrato da constitucionalidade de uma norma considera apenas</p><p>o texto da norma, desvinculado de qualquer situação concreta. Assim, cabe ao Supremo</p><p>Tribunal Federal verificar se o texto legal está ou não em compatibilidade com a norma</p><p>constitucional.</p><p>Por último, fique atento ao fato de que a aplicação do princípio do não confisco deve ser atenuada,</p><p>quando se trata de tributos extrafiscais. Tais tributos são utilizados como forma de controle e, por isso</p><p>mesmo, a doutrina e a jurisprudência aceitam que se estipulem alíquotas elevadas nesses tributos.</p><p>Nesse contexto, as alíquotas do IPI em relação aos cigarros, por exemplo, chegam a 300%, não</p><p>sendo caracterizado confisco, haja vista que o interesse do Estado é o de que as pessoas evitem fumar.</p><p>Portanto, a sobrecarga tem intuito extrafiscal, qual seja o de inibir certo comportamento das pessoas.</p><p>(Pref. Bom Jardim-Fiscal Tributário/2023)</p><p>“O princípio em questão preconiza que não podem ser instituídos tributos com carga a ponto de a pessoa</p><p>perder seus bens, ou seja, o tributo não poderá ser superestimado.” A definição acima, refere-se a qual</p><p>princípio constitucional tributário?</p><p>A) Princípio da vedação do confisco.</p><p>B) Princípio da anterioridade.</p><p>C) Princípio da igualdade.</p><p>D) Princípio da capacidade contributiva.</p><p>Comentário: O art. 150, IV, da CF/88, prevê o princípio da vedação ao efeito confiscatório, ou princípio do</p><p>não confisco - como apontado na questão. O objetivo é evitar que haja tributação desproporcional, ao</p><p>ponto de extrair parte significativa do patrimônio do contribuinte.</p><p>Entenda que a banca não quis dizer que o tributo seria a punição de perda de bens, mas sim que, para</p><p>satisfazer à dívida tributária, o contribuinte teria que se desfazer de seus bens.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>(AGU/2015) O princípio da vedação à utilização de tributo com efeito de confisco, previsto expressamente</p><p>na CF, aplica-se igualmente às multas tributárias, de modo a limitar, conforme jurisprudência pacífica do</p><p>STF, o poder do Estado na instituição e cobrança de penalidades.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 01</p><p>SEFAZ-BA - Direito Tributário</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>80913156515 - ALEXANDRE PONDE DE OLIVEIRA PINTO</p><p>27</p><p>252</p><p>Comentário: O STF tem entendimento pacífico, conforme se demonstra no julgamento da ADI 551/RJ,</p><p>acerca da aplicabilidade do princípio da vedação à utilização de tributo com efeito de confisco às multas</p><p>tributárias.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>(AFRFB/2014) Sobre o entendimento do STF acerca da vedação da utilização, por parte da União, Estados,</p><p>Distrito Federal e Municípios, dos tributos com efeitos de confisco, pode-se afirmar que por veicular um</p><p>conceito jurídico indeterminado, e não havendo diretriz objetiva e genérica, aplicável a todas as</p><p>circunstâncias, é permitido aos Tribunais que procedam à avaliação dos excessos eventualmente praticados</p><p>pelo Estado, com apoio no prudente critério do Juiz.</p><p>Comentário: Por se tratar de um conceito jurídico indeterminado, cabe ao Juiz determinar quando há ou</p>