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<p>Estudo</p><p>do</p><p>Documento 106 - CNBB</p><p>PASTORAL</p><p>DO</p><p>DÍZIMO</p><p>INSTRUMENTO EFICAZ</p><p>PARA</p><p>EVANGEIZAÇÃO</p><p>SINAIS DOS TEMPOS E CONVERSÃO PASTORAL</p><p>O Concílio Vaticano II propõe o diálogo na relação da Igreja com a sociedade. Assim, a Igreja é chamada a reconhecer os “sinais dos tempos”, 3 pois a história é rica em sinais da presença de Deus. O Concílio destacou a pastoral e a ação evangelizadora da Igreja para que esta seja sinal de Cristo no mundo.4 Tal posicionamento exige que a Igreja se revitalize continuamente no Espírito que se revela nos sinais dos tempos. Para isso é preciso considerar que as mudanças na Igreja, especialmente na sua forma de evangelizar, constituem a sua identidade de acolher o que o Espírito Santo dá a conhecer em diferentes momentos históricos; daí se compreende o aforismo: ecclesia semper reformanda5 [a Igreja deve sempre se reformar]. 10. Enfrenta-se a realidade para encontrar as demandas novas que se apresentam para a evangelização. Trata-se de discernir “os acontecimentos, nas exigências e nas aspirações de nossos tempos [...], quais sejam os sinais verdadeiros da presença ou dos desígnios de Deus.” 6 Esse “ver” está condicionado pelo olhar.7 Seguindo o Documento de Aparecida, pretende-se ir ao encontro da realidade com o olhar do discípulo. Não é um olhar puramente sociológico. Trata-se na verdade de um autêntico discernimento evangélico. “É o olhar do discípulo missionário que se nutre da luz e da força do Espírito Santo”.</p><p>Pastoral do Dízimo é uma ação eclesial que tem por finalidade motivar, planejar, organizar e executar iniciativas para a implantação e o funcionamento do dízimo.</p><p>E acompanhar os membros da comunidade no que diz respeito à sua colaboração, em sintonia com a Pastoral de Conjunto .</p><p>A implantação do dízimo oferece aos fiéis a singular oportunidade de compreendê-lo , bem como de assumi-lo.</p><p>Tendo tal conhecimento, a participação do fiel se torna efetiva.</p><p>Portanto, é fundamental para o funcionamento do Dízimo que todos conheçam seus fundamentos e suas finalidades.</p><p>É vital para que o dízimo alcance seus objetivos, um amplo diálogo entre todos os membros da comunidade (Pastoral de Conjunto).</p><p>E que as decisões tomadas sejam após um profundo processo participativo.</p><p>Assembleias, encontros, têm sido um meio eficaz para que haja o diálogo, participação e corresponsabilidade.</p><p>DÍZIMO: EVANGÉLICA GRATUIDADE</p><p>O dízimo não pode simplesmente ser uma forma de captação de recursos. Essa deve ser consequência.</p><p>Mas dever ser antes tudo uma tomada de consciência formada e alimentada a partir do Evangelho da gratuidade.</p><p>Dentro desse princípio é necessário rever a questão das taxas, espórtulas, festas, campanhas, promoções.</p><p>ELEMENTOS FUNDAMENTAIS</p><p>Que todos tenham o conhecimento do que significa o dízimo, das dimensões e seus objetivos;</p><p>Adoção de um processo participativo no planejamento e na organização;</p><p>Adesão de todos membros (pastorais, movimentos, serviços);</p><p>Escolha criteriosa do material (ter domínio);</p><p>Distinção entre o dízimo e outras formas</p><p>de contribuição (prestação de serviço voluntário);</p><p>A clara ligação entre dízimo e evangelização.</p><p>ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO</p><p>Equipe de coordenação: assumir os vários aspectos de seu funcionamento e a sua relação com a Pastoral de Conjunto.</p><p>Participantes: sejam preparados e em número suficiente para os vários aspectos da Pastoral.</p><p>Pároco (padres): sejam pastores e gestores</p><p>O dízimo é que deve contribuir para concretizar a comunhão eclesial e a organicidade de sua ação evangelizadora, que acontece a partir do conhecimento da realidade (sentido missionário) que atenda todas as necessidades da comunidade.</p><p>Por isso é necessário que todos contribuam, para que o montante seja partilhado entre as dimensões (pastoral/Eclesial / missionária/caritativa).</p><p>Partindo desse princípio, nota-se a necessidade de educarmos as crianças na catequese, também os noivos que irão constituir as novas famílias, bem como os seminaristas e todos os agentes de pastoral.</p><p>A motivação dever ser permanente em vista do dízimo estar relacionado à vivência integral da fé, que implica na inserção na comunidade eclesial (membros da comunidade), ou seja, tudo que promove o aprofundamento da fé promove o aprofundamento do dízimo.</p><p>Elementos motivacionais:</p><p>Visitas missionárias;</p><p>Comunicação (aniversário, convites e promoções)</p><p>Domingo do Dizimista (fixar um domingo do mês)</p><p>número de dizimistas</p><p>Oração do dízimo</p><p>Toda conversão supõe um processo de transformação permanente e integral, o que implica o abandono de um caminho e a escolha de outro. A conversão pastoral sugere renovação missionária das comunidades, para passar de “uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária.” Isso supõe mudança de estruturas e métodos eclesiais, mas principalmente, exige uma nova atitude dos pastores, dos agentes de pastoral e dos membros das associações de fiéis e movimentos eclesiais.</p><p>A expressão conversão pastoral remete acima de tudo a uma renovada conversão a Jesus Cristo, que consiste no arrependimento dos pecados, no perdão e na acolhida do dom de Deus (cf. At 2, 38ss.) Trata-se de uma conversão pessoal e comunitária. Há muitos batizados e até agentes de pastoral que não fizeram um encontro pessoal com Jesus Cristo, capaz de mudar sua vida para se configurar cada vez mais ao Senhor. Alguns vivem o cristianismo de forma sacramentalista sem deixar que o Evangelho renove sua vida. Outros até trabalham na pastoral, mas perderam o sentido do discipulado e esqueceram a força missionária que o seguimento de Jesus implica.</p><p>A mudança não é apenas prática, pois ela requer uma nova mentalidade: “Quanto à conversão pastoral, quero lembrar que ‘pastoral’ nada mais é que o exercício da maternidade da Igreja. Ela gera, amamenta, faz crescer, corrige, alimenta, conduz pela mão... por isso, faz falta uma Igreja capaz de redescobrir as entranhas da misericórdia. Sem a misericórdia, poucas possibilidades temos hoje de inserir-nos em um mundo de ‘feridos’, que têm necessidade de compreensão, de perdão, de amor.”</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.png</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p>