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<p>O Estado se tornou laico, vale dizer tornou-se equidistante dos cultos religiosos</p><p>em assumir um deles como religião oficial. A modernidade vai se distanciando</p><p>cada vez mais do cujus regio, ejusreligio. A laicidade, ao condizer com a liberdade</p><p>de expressão, de consciência e de culto, não pode conviver com um Estado</p><p>portador de uma confissão. Por outro lado, o Estado laico não adota a religião da</p><p>irreligião ou da antirreligiosidade. Ao respeitar todos os cultos e não adotar</p><p>nenhum, o Estado libera as igrejas de um controle no que toca à especificidade do</p><p>religioso e se libera do controle religioso. Isso quer dizer, ao mesmo tempo, o</p><p>deslocamento do religioso do estatal para o privado e a assunção da laicidade</p><p>como um conceito referido ao poder de Estado. (CURY, 2004, p. 183).”</p><p>Fonte: SEPULVEDA, D. SEPULVEDA, J. A. A disciplina Ensino Religioso: história,</p><p>legislação e práticas. Revista do Centro de Educação. V. 42, n. 1, p. 177-190, p.3,</p><p>2017. Disponível em:</p><p>https://www.redalyc.org/jatsRepo/1171/117150748014/html/index.html. Acesso</p><p>em: 01 set. 2021.</p><p>Considerando o trecho citado acima e tudo que aprendemos na disciplina de</p><p>Fundamentos epistemológicos do ensino religioso, discorra sobre como a</p><p>laicidade do Estado pode beneficiar a educação por meio de uma disciplina de</p><p>Ensino Religioso.</p><p>Resposta:</p><p>Primeiro precisamos responder 2 perguntas.</p><p>O que é um Estado laico?</p><p>O que é um ensino religioso?</p><p>Um Estado laico :</p><p>Um Estado laico é aquele que se separa da religião e não adota nenhuma como</p><p>religião oficial. A laicidade é compatível com a liberdade de expressão, de</p><p>consciência e de culto.</p><p>um Estado laico é aquele que se torna equidistante dos cultos</p><p>religiosos, não assumindo nenhum deles como religião oficial.</p><p>No Brasil, o Estado laico tem algumas características, como:</p><p>https://www.redalyc.org/jatsRepo/1171/117150748014/html/index.html</p><p>O Estado e a Igreja podem ser parceiros em obras sociais.</p><p>O Estado não pode legislar sobre religião ou subvencionar cultos.</p><p>O Estado deve garantir o livre exercício dos cultos religiosos.</p><p>O Estado deve proteger os locais de culto e as suas liturgias.</p><p>O ensino religioso é permitido nas escolas públicas e privadas, mas é facultativo.</p><p>Ele deve respeitar a diversidade de credos e não pode impor um dogma ou</p><p>converter alguém.</p><p>A laicidade do Estado pode beneficiar a educação por meio do Ensino Religioso ao</p><p>garantir a liberdade de culto, de consciência e de crença, e ao respeitar a</p><p>diversidade cultural religiosa.</p><p>A laicidade do Estado é um princípio que garante a liberdade de crença e de culto,</p><p>e impede a formação de alianças entre o espaço público e as religiões. A</p><p>educação laica é aquela que se baseia em regras do espaço público e em</p><p>princípios científicos, e não em dogmas ou argumentos religiosos.</p><p>Ensino religioso nas escolas</p><p>O Ensino Religioso costuma ser um assunto polêmico, considerando a</p><p>diversidade religiosa existente em nosso país e a instituição do Estado laico,</p><p>embora seja relevante para trabalhar em sala de aula .</p><p>O Ensino Religioso é uma disciplina presente na Base Nacional Comum</p><p>Curricular (BNCC). A Constituição Brasileira de 1988 garante o Ensino</p><p>Religioso, mas não o torna obrigatório.</p><p>O Ensino Religioso é uma disciplina escolar que estuda o fenômeno religioso e</p><p>suas manifestações sociais, com o objetivo de formar integralmente o</p><p>indivíduo de forma inclusiva e respeitosa.</p><p>Características do Ensino Religioso</p><p>*Abordagem</p><p>Aborda os conhecimentos religiosos com base em pressupostos éticos e</p><p>científicos, sem privilégio de nenhuma crença</p><p>*Finalidade</p><p>Assegurar a formação integral do indivíduo, respeitando a diversidade cultural e</p><p>sem proselitismos</p><p>*Objetivos</p><p>Proporcionar aos alunos conhecimentos sobre questões religiosas, entender os</p><p>papéis culturais e estéticos, conhecer as manifestações religiosas de cada cultura</p><p>*Atividades</p><p>Atividades expositivas de apresentação e contextualização da história das</p><p>religiões, atividades que permitem ao aluno identificar e aprender a respeitar</p><p>símbolos religiosos, manifestações e tradições de diferentes crenças</p><p>A proposta de ensino desse componente curricular, enquanto área do</p><p>conhecimento, é disseminar informações sobre o assunto, considerando os</p><p>direitos de aprendizagem e a formação integral, que contemplam todas as áreas</p><p>relevantes para a sociedade — portanto, o objetivo não é doutrinar os alunos</p><p>como algumas pessoas acreditavam no passado.</p><p>“Vivemos em um país onde as leis determinam um Estado laico, mas, na prática, a</p><p>religiosidade ainda pauta os debates políticos”, diz o sacerdote Flávio. A própria</p><p>história da educação pública no Brasil revela a forte influência da Igreja Católica,</p><p>mesmo durante a República, que motivou o retorno do ensino religioso na</p><p>Constituição Federal de 1934. Com algumas alterações, essa previsão permanece</p><p>até hoje. Em 1988, a nova Constituição definiu que a disciplina seria</p><p>obrigatoriamente oferecida no ensino fundamental, porém com matrícula</p><p>facultativa.</p><p>A Disputa mais recente em relação ao tema se deu na Ação Direta de</p><p>Inconstitucionalidade (ADI) 4.439, por meio da qual a Procuradoria Geral da</p><p>República solicitou que a disciplina de ensino religioso apresentasse a concepção</p><p>geral das religiões, sem representação de credo específico (ensino não</p><p>confessional). Em 2017, por 6 votos a 5, o STF julgou a ADI improcedente. Hoje, o</p><p>ensino religioso consta como uma das cinco áreas do conhecimento definidas</p><p>pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).</p><p>Teses em disputa na ADI 4.439 A primeira tese era de que o ensino</p><p>religioso nas escolas públicas deve ser confessional, de acordo com a</p><p>Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Já a Procuradoria-</p><p>Geral da República (PGR), autora da ação, defendia o modelo “não</p><p>confessional”, sem vinculação com diferentes doutrinas e posições</p><p>religiosas e não religiosas. A interpretação de movimentos de direitos</p><p>humanos, por sua vez, era a de que a Constituição deveria estabelecer</p><p>uma separação nítida entre a escola pública e as religiões.</p><p>Diferentemente das demais, a terceira tese não considerava necessária</p><p>a disciplina de ensino religioso para a formação integral dos cidadãos,</p><p>dogma inserido na Constituição e na LDB.</p><p>*Ensino religioso</p><p>O ensino religioso deve abordar as manifestações religiosas de diferentes culturas</p><p>e sociedades, a partir de pressupostos éticos e científicos, sem privilegiar</p><p>nenhuma religião. São quatro objetivos apresentados:</p><p>1. Proporcionar a aprendizagem dos conhecimentos religiosos, culturais e</p><p>estéticos, a partir de manifestações religiosas percebidas na realidade dos</p><p>educandos;</p><p>2. Propiciar conhecimentos sobre o direito à liberdade de consciência e de</p><p>crença, no constante propósito de promoção dos libertos humanos;</p><p>3. Desenvolver competências e habilidades que contribuam para o diálogo entre</p><p>perspectivas religiosas e seculares de vida, exercitando o respeito à liberdade de</p><p>concepções e o pluralismo de ideias, de acordo com a Constituição Federal;</p><p>4. Contribuir para que os educandos construam seus sentidos pessoais de vida a</p><p>partir de valores, princípios éticos e da cidadania.</p><p>O Ensino Religioso é uma disciplina facultativa que pode ser oferecida em escolas</p><p>públicas e privadas. A sua proposta é disseminar informações sobre o assunto,</p><p>sem doutrinar os alunos. O Ensino Religioso deve:</p><p>Assegurar o respeito à diversidade de credos</p><p>Não tentar impor um dogma ou converter alguém</p><p>Proporcionar conhecimentos sobre o direito à liberdade de consciência e de</p><p>crença</p><p>Contribuir para a formação integral dos alunos, considerando todos os direitos de</p><p>aprendizagem</p>

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